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Código de obras Apresentação Para iniciar um projeto de edificação é necessário consultar o Código de obras, obtendo mais informações sobre as exigências a serem observadas para aprovação de tal projeto, bem como o que pode ou não ser construído em determinada região. O Código de obras varia de acordo com cada município e possui as normas técnicas para qualquer tipo de construção. Estão, também, definidos os procedimentos para aprovação dos projetos, licenças e metodologia para fiscalização na execução dessas obras e aplicação de eventuais penalidades no caso de descumprimento da lei. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o Código de obras e edificações e ver como pode empregá-lo como ferramenta de trabalho no desenvolvimento dos seus projetos arquitetônicos. Além disso, você vai conhecer as competências e saberá identificar hierarquicamente quais leis, quem sãos os órgãos públicos envolvidos e os trâmites que envolvem o processo para aprovação de projeto. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer as características principais da legislação urbana através do Código de obras e edificações. • Empregar os parâmetros da legislação no desenvolvimento de projetos arquitetônicos.• Conhecer as competências de cada envolvido no processo de aprovação e fiscalização de projeto. • Desafio A crescente preocupação com as mudanças climáticas e o uso de energias renováveis traz novos caminhos para o tema do conforto ambiental, além do enorme desenvolvimento no estudo de materiais, nos processos construtivos e tecnologias aplicadas à construção. O Código de obras e edificações cumpre importante função por ser o instrumento legal que estabelece os procedimentos relativos à atividade construtiva. É fato que o Brasil é um país que apresenta grande diversidade climática, por isso é importante lançar mão de elementos construtivos para diminuir oscilações térmicas e tirar partido das melhores condições de iluminação e ventilação naturais nas edificações. Imagine você tendo que desenvolver um projeto para uma residência, e que o foco do seu cliente fosse a redução nos gastos com água e energia elétrica ao final de cada mês. Quais medidas você poderia adotar, desde a fase da elaboração do projeto, que resultariam em uma economia mensal, além de aplicar aspectos que enfatizam a qualidade ambiental e eficiência energética? Infográfico No processo de aprovação e expedição da licença de um projeto, existem setores responsáveis por desenvolver determinados aspectos do projeto para que, ao final, possa ser executado corretamente, conforme a legislação determina. Veja no Infográfico quem são os responsáveis e por quais pontos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/3f4283dd-ef9e-4a72-a28c-c80f0e190d05/f5f63fec-bd29-438f-a151-5759432d350c.jpg Conteúdo do livro Para iniciar um projeto de edificação é necessário consultar o Código de obras e edificações do respectivo município, pois ele pode variar de acordo com cada localidade e possui as normas técnicas para qualquer tipo de construção. Neste capítulo, Código de obras, do livro Legislação urbana e prática profissional,conheça alguns dos diferentes dispositivos e ferramentas disponíveis no Código de obras para elaboração de projetos, através de conceitos básicos que garantam o conforto ambiental, segurança, eficiência energética, salubridade e acessibilidade, permitindo uma melhor qualidade de vida às pessoas. Boa leitura! LEGISLAÇÃO URBANA E PRÁTICA PROFISSIONAL Vanessa Ramires Código de Obras Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer as características principais da legislação urbana por meio do Código de Obras e Edificações. � Empregar os parâmetros da legislação no desenvolvimento de projetos arquitetônicos. � Conhecer as competências de cada envolvido no processo de apro- vação e fiscalização de projetos. Introdução Para iniciar um projeto de edificação, é necessário consultar o Código de Obras para obter mais informações sobre as exigências a serem obser- vadas para aprovação de tal projeto, bem como o que pode ou não ser construído em determinada região. O Código de Obras varia de acordo com cada município e possui as normas técnicas para qualquer tipo de construção. Nele, também estão definidos os procedimentos para aprovação de projetos, licenças para execução das obras, metodologia para fiscalização da execução dessas obras e aplicação de eventuais penalidades no caso de descumprimento da lei. Neste texto, você vai conhecer o Código de Obras e Edificações e ver como empregá-lo como ferramenta de trabalho no desenvol- vimento de projetos arquitetônicos. Além disso, você vai conhecer as competências e saberá identificar hierarquicamente as leis, os órgãos públicos envolvidos e os trâmites que envolvem o processo de aprovação de projeto. Código de Obras: introdução ao tema O Código de Obras cumpre importante função por ser o instrumento legal que estabelece os procedimentos relativos à atividade construtiva, com poder de impacto direto na qualidade do ambiente urbano. Ele beneficia diretamente projetistas, técnicos, construtores e demais usuários que lidam diariamente com processos de elaboração de projetos, licenciamento e regularidade das edificações. Na prática, o Código de Obras integra os cuidados que devemos ter tanto com a legislação urbana municipal como com as normas já estabelecidas por outros órgãos públicos ou reguladores em relação à construção civil. Ele deve ser estudado juntamente com as leis do plano diretor do município, que englobam aspectos como taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento do lote, essenciais para a correta concepção de um projeto. Alguns dos objetivos que podemos destacar contidos no Código de Obras são: � coordenar o crescimento urbano; � regular o uso do solo; � controlar a densidade do ambiente edificado; � proteger o meio ambiente; � garantir espaços abertos destinados a preservar a ventilação e iluminação naturais adequadas a todos os edifícios; � eliminar barreiras arquitetônicas que impeçam ou limitem a possibi- lidade de deslocamento de pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção. Atualmente, o Código de Obras tem grande foco nas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, com o objetivo de permitir uma melhor qualidade de vida para as pessoas, seja na área urbana ou rural do município. O Código de Obras serve para assegurar conforto ambiental, conservação de energia, salubridade, segurança e acessibilidade a todos com o objetivo de assegurar uma melhor qualidade de vida para a população tanto da área urbana como da área rural do município, por meio da definição de conceitos básicos, como: Código de Obras76 � tipo de ocupação permitido para um determinado lote – se residencial, comercial, industrial ou de uso misto; � projeção máxima do edifício sobre o terreno (taxa de ocupação); � área máxima permitida para a construção (coeficiente de utilização ou índice de aproveitamento); � recuos a serem observados com relação às divisas e a testado do lote, de acordo com o zoneamento e seu uso; � dimensões mínimas e detalhes construtivos, por exemplo, de corredores, escadas e rampas. Em 1996, por meio de uma parceria entre a Eletrobras e o Instituto Brasileiro de Admi- nistração Municipal (IBAM), foi apresentada uma proposta de elaboração da publicação Modelo para Elaboração de Código de Obras e Edificações com o objetivo de oferecer aos gestores e técnicos municipais, e ao público interessado em geral, conceitos, instrumentos e recomendações para a prática do planejamento urbano local e da legislação edilícia, indicando relações com as premissas do conforto ambiental e de eficiência energéticana gestão das cidades e das edificações. Segundo dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais do Insti- tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 57% dos 5.565 municípios brasileiros possuem o Código de Obras, existente na totalidade dos grandes municípios, com mais de 500.000 habitantes, seguido da classe de municí- pios que possuem entre 50.001 a 100.000 habitantes e da classe de 100.001 a 500.000 habitantes. A tabela da Figura 1 apresenta o total de municípios que possuem Código de Obras e Edificações, segundo as classes de tamanho da população. 77Código de Obras Figura 1. Tabela de municípios, total e com instrumentos de planejamento urbano, segundo as classes de tamanho da população dos municípios – 2015. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2017). A importância do Poder Público se apresenta como um potencial indutor de boas práticas construtivas e de inovações ambientais no contexto do seu Código de Obras e regulamentos, por meio do estabelecimento de exigências de adaptações e medidas necessárias à política de sustentabilidade ambiental no licenciamento das edificações públicas e privadas. O Código de Obras é de extrema importância para que escolas, pontos comerciais e instituições ligadas à saúde, por exemplo, garantam a acessibilidade universal e o descarte correto de resíduos ou para que grandes edifícios garantam a ventilação e insolação em todos os cômodos, além de redução de ruídos de uma unidade para outra. A exigência dos requisitos de conforto ambiental, eficiência energética e sustentabilidade pode ser realizada nas várias etapas de uma edificação, cujas diretrizes previstas no Código de Obras e Edificações abrangem desde o projeto arquitetônico até condições para a construção e reforma de edificações existentes. Código de Obras78 As principais oportunidades e estratégias com vistas à sustentabilidade com potencial de adoção nas diretrizes do Código de Obras Sustentável são apresentadas na Figura 2. Figura 2. Oportunidades e estratégias de atuação. Fonte: Adaptado de Moraes (2012). Projeto de Lei – Disposições gerais A legislação sobre o plano diretor é a seguinte: � Municípios com plano diretor: o Código de Obras e Edificações é o instrumento específico de controle das atividades edílicas. Juntamente com o plano diretor e o conjunto da legislação dele decorrente, com- põe um sistema integrado para orientação e controle da qualidade da ocupação urbana e do território municipal e como um todo, tendo em vista o cumprimento da função social da propriedade. � Municípios sem plano diretor: mesmo os municípios não obrigados por lei a elaborar um plano diretor têm como atribuições, entre outras, o controle do uso, a ocupação e parcelamento do solo urbano e a condução do planejamento para desenvolvimento local (art. 30 da Constituição Federal de 1988), de forma identificada com princípios constitucionais de inclusão social, gestão democrática e sustentabilidade. 79Código de Obras Condicionantes relacionados ao edifício A seguir, você irá ler sobre os diferentes dispositivos e ferramentas disponíveis no Código de Obras para elaboração de projetos, por meio de conceitos básicos que garantam conforto ambiental, segurança, eficiência energética, salubri- dade e acessibilidade, permitindo uma melhor qualidade de vida às pessoas, seja na área urbana ou rural do município, e respeitando as condicionantes relacionadas à edificação disponibilizadas no Código de Obras e Edificações. Os critérios e parâmetros técnicos e geométricos apresentados no Código de Obras e Edificações e complementados pelas Normas Brasileiras Regula- mentadoras (NBRs) são importantíssimos para a materialização das condições contemporâneas de habitabilidade das edificações. Podemos destacar alguns dos temas tratados no Código de Obras e Edificações: � estrutura; � parede e piso; � iluminação e ventilação; � acessos e circulações; � vãos de portas e passagens; � escadas e rampas; � instalações prediais; � estacionamento; � guarda de veículos. Ainda estão contemplados no Código de Obras e Edificações os seguintes parâmetros, que podem ser consultados sempre que houver necessidade: � passeios e vedações; � terreno e fundações; � coberturas; � fachadas; � compartimentos; � circulações e corredores; � elevadores e escadas rolantes. Estrutura, parede e piso Os elementos estruturais, as paredes e divisórias e os pisos deverão atender às normas técnicas brasileiras para garantir: Código de Obras80 � resistência ao fogo; � impermeabilidade; � estabilidade da construção; � eficiente desempenho acústico, térmico e de iluminação das unidades; � condições de acessibilidade e segurança. As espessuras das paredes externas e internas deverão ser compatíveis com os materiais empregados e as cargas e propiciar condições técnicas adequadas para cada uso. Os pisos deverão ser executados em materiais adequados a cada tipo de compartimento e uso, obedecendo aos padrões nacionais normatizados. Nenhum elemento da edificação poderá ultrapassar as linhas limite do lote, exceto marquises, saliências e elementos de abertura e proteção, com altura superior a 2,7m sobre o passeio público. As coberturas das edificações construídas até o limite do terreno deverão ter um dispositivo que impeça a queda de água sobre os lotes vizinhos e passeios públicos. Iluminação e ventilação Todo e qualquer compartimento das edificações deve ter comunicação com o exterior, seja de forma direta por meio de vão (janelas), seja de forma indireta por meio de dutos. Pode-se lançar mão de diferentes soluções incorporadas ao projeto de arquitetura, entre outras estratégias de conforto ambiental passivo: � iluminação e ventilação zenitais; � aberturas mais generosas e devidamente protegidas da incidência direta de raios solares; � emprego de cores claras internamente a fim de melhor refletir a iluminância; � aberturas voltadas para os ventos dominantes em regiões que demandem a ventilação constante como prerrogativa básica de projeto. Acessos e circulações Os espaços destinados aos acessos e à circulação de pessoas – como vãos de portas e passagens, vestíbulos, circulações e corredores, escadas e rampas – classificam-se como: 81Código de Obras � De uso privativo: internos à unidade, sem acesso do público em geral. Por exemplo, interior de apartamentos, lojas e demais unidades de uso restrito. � De uso coletivo: de utilização aberta à distribuição de fluxos de circu- lação e acesso do público em geral. Por exemplo, circulações perten- centes às edificações multifamiliares e de uso comum dos condôminos, edifícios de escritórios, lojas, galerias comerciais e shopping centers, hotéis e similares, indústrias, cinemas, teatros e demais equipamentos culturais, estabelecimentos religiosos, ginásio de esportes, escolas, hospitais, entre outros. Em acessos e circulações, quando integrantes de rotas de fuga, serão adotados os parâmetros determinados pelo Corpo de Bombeiros estadual e pela NBR 9077 – Saídas de Emergência em Edifícios (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001). Vãos de portas e passagens As portas e passagens deverão conter os seguintes vão livres mínimos: � Uso privativo: compartimentos de permanência prolongada (vão livre mínimo com 0,8m de largura) e compartimentos de permanência tran- sitória (vão livre com 0,7 metro de largura). � Uso coletivo: deverão conter vão livre mínimo de 1,20m de largura, salvo maior exigência. A quantidade e a largura das portas destinadas ao acesso (entrada e saída) deverão ser dimensionadas em função do cálculo de lotação da edificação, de acordo com os parâmetros e a fórmula de cálculo apresentados em regulamento. Código de Obras82 Nos compartimentos de serviço destinados à casa de máquinas, a depósitos, despensa e similares, a utilização de portas de 0,60 metro de largura será admitido. Todos os vãos de portas e passagens integrantesde rotas acessíveis deverão atender aos requerimentos da NBR 9050 e às seguintes larguras mínimas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015): � Portas: vão livre mínimo com 0,8 metro de largura. � Vão de passagem: vão livre mínimo de 0,9m de largura. Escadas e rampas As rampas deverão: � ser construídas em material resistente e incombustível; � ter piso revestido em material adequado à sua finalidade; � ter declividade máxima de 8,33% para pedestres e 30% para veículos; � ter balaústre ou corrimão com altura entre 0,8 e 0,92 metro, se forem para pedestres, e atender à NBR 9050. Nas edificações privadas, de uso coletivo e de uso público, é obrigatória a construção de rampa para acesso de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. As escadas deverão: � ter largura dos degraus entre 0,28 e 0,32m e altura entre 0,16 e 0,18 metro, em conformidade com a fórmula de Blondel (Figura 3); � ter lance máximo, sem patamar, de 16 degraus; � ter obrigatoriamente patamares junto às portas com comprimento e largura não inferiores à largura da escada; � ter corrimão fixado entre 0,8 e 0,92 metro de altura e atender à NBR 9050; 83Código de Obras � ter patamar, no mínimo, com a mesma largura e profundidade da escada. É indicado consultar o Código de Edificações de cada município na se- ção referente a escadas, pois, em alguns casos, é indicado que a altura entre patamares não ultrapasse 3 a 3,5m. As escadas de uso coletivo, obrigatoriamente, deverão ter pisos antider- rapantes, ser construídas em material incombustível e possuir corrimãos. Figura 3. Fórmula de Blondel para cálculo de altura e profundidades de degrau mínimas. Instalações prediais As instalações prediais deverão atender às NBRs, à legislação aplicável e às determinações dos prestadores dos respectivos serviços públicos, além das disposições do Código de Obras e Edificações. Sobre as instalações de água e esgoto, toda a edificação deverá dispor de reservatório elevado de água tratada, com tampa, boia, reserva para combate a incêndio e altura suficiente para permitir o bom funcionamento e a qualidade da distribuição interna, além de permitir o acesso. Código de Obras84 Atualmente, a coleta, a reserva e o tratamento para reuso das águas pluviais em regas de jardim, lavagem de calçadas, entre outras atividades cotidianas, firmam-se como mais uma alternativa de redução do consumo de água tratada. As edificações multifamiliares deverão prever um hidrômetro por unidade autônoma, que será instalado em área comum e de fácil acesso, para avaliação do consumo individual, bem como a instalação de hidrômetro para avaliação do consumo de água global do condomínio. Em caso de edificações localizadas em áreas onde não há rede pública de coleta e tratamento de esgoto, admite-se a adoção de tecnologias alternativas para esgotamento sanitário, como fossa, filtros, sumidouros, entre outros. Os sistemas individuais de esgotamento sanitário deverão estar localizados de forma a garantir o acesso de serviços de limpeza. As novas edificações ou empreendimentos destinados ao uso residencial e não resi- dencial poderão ser dotadas de sistema para aquecimento solar da água, dispensados os casos em que se comprove ser tecnicamente inviável alcançar as condições para aquecimento de água por energia solar. Sobre as instalações elétricas, devem ser planejadas e executadas segundo os requisitos para eficiência energética em edificações, definidos no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE Edifica) – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). O projeto e a instalação dos equipamentos elétricos de proteção contra incêndio deverão cumprir as orientações do Corpo de Bombeiros estadual e a legislação aplicável. Sobre a impermeabilização, a drenagem e as águas pluviais, é obri- gatória a existência de sistema de aproveitamento das águas pluviais para fins não potáveis para novas edificações públicas ou privadas, de qualquer categoria de uso, que apresentarem área de cobertura ou telhado igual ou 85Código de Obras superior a 500m² e nas edificações residenciais multifamiliares com 50 ou mais unidades. Estacionamento e guarda de veículos É obrigatória, nas edificações de qualquer uso, exceto as unifamiliares, a des- tinação de áreas internas ao lote para estacionamento de veículos. A residência multifamiliar vertical deve ter: � uma vaga para cada 150m² de área construída, computados no índice de aproveitamento; � uma vaga para cada unidade superior a 40m². Cada vaga deverá ter as dimensões mínimas de 2,5m de largura e 5m de comprimento, com exceção das vagas que ficarem junto às paredes, as quais deverão ter largura de 2,5m. Em alguns municípios, são permitidas as dimensões mínimas de 2,4m de largura e 4,8m de comprimento. Na dúvida, consulte o Código de Edificação do município em questão. A Figura 4 apresenta as dimensões mínimas para vagas de estacionamento. Figura 4. Dimensões mínimas para vagas de estacionamento. Deverão ser contempladas vagas para estacionamento de bicicletas, de acordo com a necessidade do empreendimento, exceto nas edificações resi- denciais unifamiliares. Nos estacionamentos externos e internos das edificações de uso pú- blico, ou de uso coletivo ou naqueles localizados nas vias públicas, serão Código de Obras86 reservados 5% do total de vagas para veículos que transportem pessoa com deficiência física ou visual e para idosos, conforme as disposições a seguir apresentadas: � Vagas para pessoa com deficiência física ou visual: 2% do total de vagas, sendo assegurada, no mínimo, uma vaga em locais próximos à entrada principal ou ao elevador, de fácil acesso à circulação de pedes- tres, com especificações técnicas de desenho, traçado e sinalização, conforme normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e no decreto que regulamenta a lei. � Vagas para idosos: 3% do total de vagas com acesso e percurso até a entrada principal ou elevador, dotadas de condições de acessibilidade, conforme a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). A Figura 5 apresenta as dimensões mínimas para vagas de estacionamento com condições de acessibilidade. Figura 5. Dimensões mínimas para vagas de estacionamento com condições de acessibilidade. Ficam dispensadas da obrigação de áreas de estacionamento: � as edificações residenciais com até 70m² de área total; 87Código de Obras � as edificações residenciais unifamiliares em fundo de lote, no qual, diante destas, exista construção executada antes da vigência do Código de Edificações, desde que a passagem lateral resulte inferior a 2,5m; � as edificações destinadas aos usos de produção, especial e misto, de até 100m² de área total; � as reformas ou retrofit de imóveis de valor histórico ou cultural. As áreas, coletivas ou individuais cobertas, para estacionamentos e guarda de veículos deverão conter: � paredes e pisos com material impermeável; � ventilação permanente por meio de vãos com um vinte avos da área de piso do estacionamento, podendo ser reduzido em 50%, caso a ventilação se faça por meio de ventilação cruzada; � no caso da utilização de prisma de ventilação, este deverá ser exclusivo e com dimensionamento mínimo de um vinte avos dos pavimentos tendidos, não podendo ser inferior a 1m; � pé-direito mínimo de 2,2m em qualquer ponto. As áreas de estacionamento descobertas e localizadas no nível do solo deverão ser executadas com piso do tipo drenante. As rampas destinadas ao acesso de veículos aos pavimentos deverão conter largura mínima de 2,5m quando retas e, quando em curva, largura mínima de 3m, com raio médio de 5,5m. As rampas para acesso ao subsolo ou pavimento elevado deverão manter distância mínima de 2m do alinhamento ou elemento de fechamento do lote para seu início, com inclinação máxima de 30%. Gestão, controle e fiscalização sobre as edificações e obras A seguir, serão abordados os trâmites e as etapas paralicenciamento, bem como os órgãos envolvidos na aprovação, na fiscalização de projetos e nas sanções a serem aplicadas em caso de descumprimento. Também conhecere- mos algumas orientações sobre as condições gerais de organização do local das obras a serem realizadas, determinando a adoção de dispositivos para segurança e proteção. Código de Obras88 Direitos e responsabilidades Cabe analisar os seguintes conceitos: � Executivo municipal: cabe aprovar os projetos e licenciar as obras, observando as disposições previstas na legislação urbanística municipal, na legislação ambiental, no Código de Obras e Edificações do município e na sua regulamentação, além da legislação estadual e federal aplicável. Ao município, também compete fiscalizar e fazer cumprir as disposições previstas no Código de Obras e Edificações, além de impor as sanções cabíveis pelo não cumprimento da lei. � Titular da licença: as licenças de obras e de habite-se serão concedidas ao titular do direito de construir, conforme o Código Civil brasileiro, após o cumprimento das condições estabelecidas pelo município. � Responsável técnico: somente profissionais e empresas legalmente habilitadas e com situação regular perante o respectivo Conselho Re- gional poderão elaborar e executar projetos e obras no município com o intuito de obtenção de licença. Licenciamento Entende-se como licença de obras o ato administrativo municipal de controle prévio de caráter urbanístico, pelo qual a autoridade municipal competente expressa a admissão quanto à localização e execução de obras e construções. A licença é única e intransferível, mesmo nos casos em que mais de uma unidade administrativa participe do processo de análise e fiscalização. 89Código de Obras Todas as obras, sejam elas públicas ou privadas, somente poderão ser executadas após a aprovação do projeto e concessão da licença de obras pelo órgão municipal competente, a partir da solicitação do interessado, instruída em requerimento. Existem alguns casos em que existe a dispensa da aprovação do projeto e da licença de obras, em que podemos destacar: � qualquer obra para conservação ou reparo das fachadas e do interior da edificação, desde que não seja necessária a instalação de equipamentos sobre o logradouro ou para proteção do patrimônio público e de pedestres; � impermeabilização, reparo ou substituição de telhado ou cobertura da edificação e seus elementos exclusivamente para fins de conservação e proteção do imóvel; � obras de reforma que não resultem em acréscimo ou decréscimo da área construída do imóvel, desde que não realizadas nas áreas de uso comum; � obras para construção ou instalação de elementos acessórios à edificação principal e não previstos como parte integrante do cálculo da área total edificada (ATE), como obras de embelezamento e paisagismo; � consertos de manutenção em áreas públicas e construção ou reparo de calçamento em área privada. As dispensas previstas no Código de Obras e Edificações não eximem promotores e executores de obras das responsabilidades a estes atribuídas previstas em lei. Para aprovação de projeto e expedição de licença, os projetos de arquitetura deverão conter, obrigatoriamente, as seguintes informações e elementos: � todas as pranchas identificadas, carimbadas e assinadas pelo proprietário; � planta de situação, em escala mínima de 1:200 com orientação do norte magnético; � planta de localização, em escala mínima de 1:500; � planta baixa de cada pavimento, em escala mínima de 1:50; � cortes transversais e longitudinais, em escala mínima de 1:50; � planta de cobertura com indicação do sentido dos escoamentos de água, entre outros, em escala mínima de 1:200; � elevação das fachadas, em escala mínima de 1:50; � distinção dos elementos a demolir e construir nas plantas em caso de reforma, acréscimo ou decréscimo de área construída; � Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Res- ponsabilidade Técnica (RRT) da obra junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia/Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CREA/CAU). Código de Obras90 Nenhuma licença de qualquer natureza ou habite-se será expedida sem a realização de, no mínimo, uma vistoria administrativa. O processo adminis- trativo será finalizado com a incorporação aos autos de: � habite-se ou certidão de regularização imobiliária, no caso de edificações; � Termo de Verificação de Execução de Obras (TVEO) realizadas e certidões do registro geral de imóveis com averbações promovidas no caso de parcelamento do solo; � TVEO, habite-se e certidões do registro geral de imóveis com averbações promovidas no caso de conjuntos habitacionais; � TVEO, habite-se e certidões do registro geral de imóveis com averbações promovidas nos casos de obra pública municipal. As obras somente poderão ser iniciadas após a expedição do alvará de licença da obra pelo órgão municipal competente. A licença para execução da obra – alvará de construção, alvará de des- montagem ou alvará de demolição – será emitida mediante projeto aprovado, apresentação de profissional habilitado como responsável técnico pela sua execução e efetuação do pagamento das taxas estabelecidas pela legislação tributária. O habite-se é a licença municipal de caráter urbanístico que certifica a conclusão da obra e libera o uso da edificação conforme o projeto aprovado e as condições de habitabilidade, acessibilidade e parâmetros urbanísticos exigidos na licença de obras. Fiscalização e sanções A fiscalização das obras será exercida pelo município por intermédio de servidor autorizado e devidamente identificado como fiscal. Ao proprietário, não é admitido manter o imóvel com as edificações em estado de ruína, devendo, no prazo de 45 dias após a intimação do órgão municipal competente, dar início à demolição ou às obras de restauro ou conservação das edificações, observados os procedimentos indicados para licenciamento nessa lei. 91Código de Obras A seguir, alguns dos motivos que podem caracterizar infração e serem passíveis de multa, quando constatados ao longo da execução das obras: � existência de irregularidades em relação às normas municipais, estaduais e federais aplicáveis; � perigo eminente ou infrações flagrantes que coloquem em risco a integridade física de pessoas e bens, exigindo ação imediata por parte do Poder Público; � atividades de risco ao meio ambiente ou ao patrimônio público; � reincidência em infrações graves; O não cumprimento às disposições do Código de Obras e Edificações ou da legislação urbanística, por ação ou omissão dos envolvidos, autoriza a prefeitura a aplicar as seguintes sanções: � multa; � cassação da licença; � interdição de edificação ou dependência; � demolição da edificação. Mesmo aplicada a multa, permanece o infrator obrigado ao cumprimento da exigência que a tiver determinado. Compete aos agentes públicos a aplicação das penalidades previstas no Código de Obras e Edificações de cada município e nos regulamentos dele decorrentes. 1. Determine quantos degraus (pisos) terá uma escada, a partir da altura vertical que temos que vencer do primeiro para o segundo pavimento. A casa tem uma Altura (H) = 342cm do piso do 1 pavimento ao piso do 2 pavimento e Degrau (P)=28 cm, qual será o número de pisos? Código de Obras92 a) 15 degraus b) 18 degraus c) 20 degraus d) 22 degraus e) 25 degraus 2. Para a elaboração de um projeto de banheiro, com previsão de agrupamentos de bacias sanitárias em edificações de uso público ou coletivo, o dimensionamento e os critérios quanto à instalação de banheiros acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida seguirão as determinações do Decreto Federal nº 5.269, de 2 de dezembro de 2004, e os padrões da NBR 9050. Quais são as medidas mínimas exigidas (largura de porta e diâmetro da área de manobra) e qual a distância máxima a ser percorrida de qualquer ponto da edificação até o sanitário acessível? a)Porta de acesso: 0,80m, Diâmetro área de manobra: 1,50m, Distância máxima: 30m b) Porta de acesso: 0,80m, Diâmetro área de manobra: 1,20m, Distância máxima: 50m c) Porta de acesso: 0,90m, Diâmetro área de manobra: 1,20m, Distância máxima: 50m d) Porta de acesso: 0,80m, Diâmetro área de manobra: 1,50m, Distância máxima: 50m e) Porta de acesso: 0,90m, Diâmetro área de manobra: 1,50m, Distância máxima: 20m 3. Para aprovar um projeto e expedir sua licença, os projetos de arquitetura deverão conter, obrigatoriamente, as seguintes informações e elementos e escala adequada: a) Elevação das fachadas, em escala mínima de 1:100 b) Planta de localização, em escala mínima de 1:200 c) Cortes transversais e longitudinais, em escala mínima de 1:100 d) Planta de cobertura com indicação do sentido dos escoamentos de água etc, em escala mínima de 1:200 e) Planta baixa de cada pavimento, em escala mínima de 1:100 4. O Código de Obras é um conjunto de leis municipais que controla o uso do solo urbano que permite à administração municipal controlar e fiscalizar o espaço construído e seu entorno. Na prática, o Código de Obras integra os cuidados que devemos ter tanto com a legislação urbana municipal como com as normas já estabelecidas por outros órgãos públicos ou reguladores em relação à construção civil. Ele deve ser estudado juntamente com as leis do plano diretor do município, que englobam aspectos como taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento do lote, essenciais para a correta concepção de um projeto. Dos objetivos citados a seguir, quais não fazem parte do Código de Obras? a) Regular o uso do solo. b) Controlar a densidade do ambiente edificado. c) Proteger o meio ambiente. 93Código de Obras ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade a edifi- cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Informações Básicas Municipais – MUNIC: o que é. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/1Mwopq>. Acesso em: 20 nov. 2017. MORAES, R. Elaboração e atualização do código de obras e edificações. Rio de Janeiro: Procel Edifica, 2012. Leituras recomendadas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15215: iluminação natural. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-4: edificações habita- cionais – Desempenho - Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 63 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16537: acessibilidade – Si- nalização tátil no piso – Diretrizes para elaboração de projetos e instalação. Rio de Janeiro: ABNT, 2016. CAMISÃO, V.; MORAES, R. (Coord.). Manual para acessibilidade aos prédios residenciais da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IBAM/DUMA, 2002. d) Garantir espaços abertos destinados a preservar a ventilação e iluminação naturais adequadas a todos os edifícios. e) Garantir os princípios da reforma urbana. 5. O Código de Obras é de extrema importância _________________________, por exemplo, garantam a acessibilidade universal e descarte correto de resíduos ou para que grandes edifícios garantam a ventilação e insolação em todos os cômodos, além de redução de ruídos de uma unidade para outra. A lacuna é preenchida corretamente por qual alternativa? a) para que prefeituras b) para que residências unifamiliares c) para que escolas, pontos comerciais e instituições ligadas à saúde d) para que residências multifamiliares e) para que igrejas e prefeituras Código de Obras94 FERNANDES, J. T. Código de Obras e edificações do DF: inserção de conceitos bioclimá- ticos, conforto térmico e eficiência energética. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Brasília, Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2009. GUIA para arquitetos da aplicação da Norma de Desempenho NBR 15575. [2015]. Disponível em: <http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2015/09/2_guia_nor- mas_final.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2017. MANUAL para a implantação da assistência técnica pública e gratuita a famílias de baixa renda para projeto e construção da habitação de interesse social. [S.I]: IAB; TECNODIDATA Educacional, 2010. PORTO ALEGRE. Lei complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992. Institui o código de edificações de porto alegre e dá outras providências. 1992. Disponível em: <ht- tps://leismunicipais.com.br/a/rs/p/porto-alegre/lei-complementar/1992/28/284/ lei-complementar-n-284-1992-institui-o-codigo-de-edificacoes-de-porto-alegre- -e-da-outras-providencias>. Acesso em: 20 nov. 2017. 95Código de Obras Conteúdo: Dica do professor Conhecer a lei, o que é e para que serve, as responsabilidades, os direitos e os deveres de cada um dos envolvidos, quais os mecanismos e as etapas para desenvolvimento, aprovação e execução de obra de edificação são extremamente importantes para uma atuação consciente e responsável do arquiteto. Nesta dica do professor, você verá aspectos relacionados ao conforto ambiental, mais especificamente iluminação e ventilação das edificações, que são referenciados no Código de obras e edificações. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/5bc1e0d09b97cd04b1b97f101bfca28a Exercícios 1) Determine quantos degraus (pisos) terá uma escada, a partir da altura vertical que temos que vencer do primeiro para o segundo pavimento. A casa tem uma Altura (H) = 342cm do piso do 1º pavimento ao piso do 2º pavimento e Degrau (P)=28 cm. Qual será o número de pisos? , A) 15 degraus. B) 18 degraus. C) 20 degraus. D) 22 degraus. E) 25 degraus. 2) Para a elaboração de um projeto de banheiro, com previsão de agrupamentos de bacias sanitárias em edificações de uso público ou coletivo, o dimensionamento e os critérios quanto à instalação de banheiros acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida seguirão as determinações do Decreto Federal n. 5.296/2004 e os padrões da Norma Técnica Brasileira de Acessibilidade – NBR 9050. A) Porta de acesso: 0,80m Diâmetro da área de manobra: 1,50m Distância máxima: 30m B) Porta de acesso: 0,80m Diâmetro da área de manobra: 1,20m Distância máxima: 50m C) Porta de acesso: 0,90m Diâmetro da área de manobra: 1,20m Distância máxima: 50m D) Porta de acesso: 0,80m Diâmetro da área de manobra: 1,50m Distância máxima: 50m E) Porta de acesso: 0,90m Diâmetro da área de manobra: 1,50m Distância máxima: 20m 3) Para aprovar um projeto e expedir sua licença, os projetos de arquitetura deverão conter, obrigatoriamente, as seguintes informações e elementos e escala adequada: A) Elevação das fachadas, em escala mínima de 1:100. B) Planta de localização, em escala mínima de 1:200. C) Cortes transversais e longitudinais, em escala mínima de 1:100. D) Planta de cobertura com indicação do sentido dos escoamentos de água, etc., em escala mínima de 1:200. E) Planta baixa de cada pavimento, em escala mínima de 1:100. 4) O Código de obras é um conjunto de leis municipais que controla o uso do solo urbano, e que permite à Administração Municipal, controlar e fiscalizar o espaço construído e seu entorno. Na prática, o Código de obras integra os cuidados que devemos ter tanto com a legislação urbana municipal quanto com as normas já estabelecidas por outros órgãos públicos ou reguladores em relação à construção civil, e deve ser estudado juntamente com as leis do Plano Diretor do município, que englobam aspectos como Taxa de ocupação e Coeficiente de aproveitamento do lote, essenciais para a correta concepção de um projeto. Dos objetivos citados abaixo, podemos afirmar que fazem parte do Código de obras: A) Regular o uso do solo, proteger o meio ambiente e garantir espaços abertosdestinados a preservar a ventilação e a iluminação naturais adequadas a todos os edifícios. B) Proteger o meio ambiente, garantir o atendimento das necessidades da cidade e promover a regularização fundiária. C) Regular o uso do solo, preservar e restaurar os sistemas ambientais e consolidar os princípios da reforma urbana. D) garantir espaços abertos destinados a preservar a ventilação e a iluminação naturais adequadas a todos os edifícios, garantir uma melhor qualidade de vida na cidade e garantir o atendimento das necessidades da cidade. Eliminar barreiras arquitetônicas que impedem ou limitam a possibilidade de deslocamento de pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção, preservar e restaurar os E) sistemas ambientais e regular o uso do solo. 5) O Código de Obras é de extrema importância ________________________________, por exemplo, garantam a acessibilidade universal e descarte correto de resíduos ou para que grandes edifícios garantam a ventilação e insolação em todos os cômodos, além de redução de ruídos de uma unidade para outra. A lacuna é preenchida corretamente por qual alternativa? A) para que prefeituras B) para que residências unifamiliares C) para que escolas, pontos comerciais e instituições ligadas à saúde D) para que residências multifamiliares E) para que igrejas e prefeituras Na prática Paulo é arquiteto e recebeu a solicitação de um cliente para elaborar o projeto de uma residência. A princípio, ele não irá executar de imediato, porém realizará uma entrevista com o cliente para estabelecer o programa de necessidades, para que, assim, todos os procedimentos e critérios sejam obedecidos conforme o Código de obras e o projeto seja aprovado. Acompanhe as suas etapas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/a63516ad-0c7e-4d9d-bd92-2e30c29fbf28/2b4c3609-ef4f-4f7f-b07c-738473a813ca.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Veja neste guia técnico, Elaboração e atualização do código de obras e edificações, todos os aspectos importantes, jurídicos e técnicos, que devem ser obedecidos para a elaboração correta do projeto, bem como a punições pelo não cumprimento. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estipula a NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos fornecendo critérios e parâmetros técnicos que devem ser observados durante todas as fases (projeto, construção, instalação e adaptação) para proporcionar acessibilidade nas edificações urbanas e rurais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O Guia para arquitetos na aplicação da Norma de Desempenho NBR 15575 incluiu em sua elaboração publicações internacionalmente reconhecidas, com o intuito de auxiliar de forma prática e simples no desenvolvimento de um projeto de qualidade técnica, consistência e de inquestionável valor. http://www.ibam.org.br/media/arquivos/estudos/guia_codigo_obras_1.pdf http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/NBR9050.pdf Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2015/09/2_guia_normas_final.pdf