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Gabriella de Paula - Diretora de Ensino Monitoração não invasiva em medicina de urgência Importância Todo paciente encaminhado à sala de emergência necessita de monitoração contínua e adequada para que a evolução da doença e comportamento do organismo sejam analisados de maneira intensiva O que inclui na monitorização não invasiva A monitoração não invasiva é realizada pelo monitor multiparamétrico que permite o médico acompanhar dados de maneira contínua, como pressão arterial, temperatura, FC, parâmetros respiratórios ( FR, oximetria) . O exame físico inicial é fundamental para o diagnóstico e para tipo de tratamento oferecido na sala de emergência. Exame físico e monitor multiparamétrico No exame físico feito no paciente grave, deve-se procurar sinais que indiquem a gravidade máxima e riscos eminentes de morte. Todo paciente admitido na emergência deve ser submetido a avaliação XABCDE primária e secundária. Caso o paciente passe por esse primeiro exame apresentando ventilação e circulação adequada, inicia- se a procura de dados por sistema. O Exame Físico Procura de dados por sistema De acordo com os livros de semiologia, não existe uma rotina de exame físico preconizada na sala de emergência Sistema neurológico Abdome Sistema cardiovascular Pelve Sistema Respiratório Começar pelos sistemas cujo o acometimento pode levar a situações eminentemente fatais. 01 04 02 05 03 O registro no prontuário é de extrema importância para retrospectivas futuras no decorrer do tratamento do paciente, além de documentar uma avaliação inicial bem-feita Respiração o valor da frequência respiratória traz informações importantes sobre qualquer desconforto ou alteração respiratória que o paciente tenha, podendo indicar alguma complicação mais grave em seu estado; Oximetria (SpO2) Monitor Multiparamétrico mede, indiretamente, a quantidade de oxigênio no sangue. O objetivo da oximetria de pulso é verificar quão bem o coração do paciente está bombeando oxigênio pelo corpo; Eletrocardiograma ( ECG/FC) mede a atividade elétrica do coração. Através deste parâmetro, é possível acompanhar os batimentos cardíacos do paciente; Temperatura (TEMP): indicar a atividade metabólica, auxiliar em diagnósticos e detectar distúrbios circulatórios periféricos; Pressão não invasiva mede a pressão arterial do paciente. FC FR OX Eletrocardioscopia A necessidade em detectar alterações importantes na frequência cardíaca, alterações de ritmo e, principalmente, em diagnosticar as que ocorrem no paciente em parada cardíaca fez com que a monitoração eletrocardiográfica contínua se tornasse peça fundamental na sala de emergência. Atualmente, com o uso de monitores mais sofisticados, é possível identificar arritmias mais complexas, diagnosticar síndromes coronarianas agudas e monitorar o intervalo QT de pacientes com distúrbios eletrolíticos ou vítimas de intoxicações exógenas Pressão arterial A pressão arterial depende do fluxo sanguíneo e da resistência vascular periférica. Logo, é um fator determinante na geração da perfusão tecidual de órgãos Nos monitores multíferos o método mais utilizado para detecção das pressões sistólica e diastólica é o OSCILAMÉTRICO. O método oscilométrico automático é capaz de identificar o fluxo sanguíneo pulsátil por meio da oscilação da parede do vaso. A oscilação máxima corresponde à pressão arterial média, da qual são calculadas as pressões sistólica e diastólica. Esse cálculo diminui a acurácia do método. Monitoração da Temperatura A alteração da temperatura em pacientes graves muitas vezes pode ser um sinal precoce de infecção, inflamação, disfunção no sistema nervoso central ou de intoxicações exógenas. O monitor multiparamétrico usa sensores de temperatura. É considerada padrão de referência a medida da temperatura central, já que avalia diretamente a regulação da temperatura pelo hipotálamo, onde se sofre menos com as variações térmicas do ambiente. Esôfago, reto e bexiga são considerados os locais mais utilizados pois apresentam relação mais próxima com a central e são de boa acurácia. Oximetria de pulso A oximetria de pulso é um método de monitoração não invasivo que permite a detecção de hipoxemia não detectável pelo exame físico. Possibilita a avaliação contínua da saturação de oxigênio arterial, além de conceder indiretamente uma estimativa indireta da pressão sistólica por meio da onda de pulso fornecida pelo aparelho Capnografia Capnografia é o nome dado ao monitoramento em tempo real da concentração ou pressão parcial de CO2 nos gases respiratórios expirados pelo paciente durante a ventilação pulmonar mecânica. A mensuração da pressão de C02 expirada é feita pela emissão de luz infravermelha, a qual é absorvida pelas moléculas de dióxido de carbono ao passarem pelo capnógrafo. A quantificação dessa absorção medida pelo condutor fotodetector corresponde à PC02 exalada. Esse método possui a vantagem de resposta instantânea às variações do gás, aproximadamente 100 milissegundos, além do baixo custo. Entretanto, trata-se de um dispositivo que aumenta o espaço morto do circuito e adiciona peso ao tubo endotraquea Capnografia A leitura capnograma é realizada em 3 etapas: caracteriza-se inicialmente a presença de CO2 na mistura exalada; a seguir, são analisadas as curvas geradas; e, finalmente, busca-se correlacionar PETCO2 (pressão parcial de CO2 ao final da expiração) e PaCO2 (pressão parcial de CO₂ no sangue arterial). Capnografia O valor normal do capnógrafo é de 35 a 45mmHg. Uma diminuição da capnografia indica hipotireoidismo, anestesia geral, hiperventilação alveolar ou mau funcionamento do equipamento. O aumento indica hipertermia ou sepse, aumento da atividade muscular, hipoventilação alveolar ou hipertireoidismo. Capnografia Obrigada!
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