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Pratica Profissional em Negocios - Final

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22
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
CAROLINE NASCIMENTO DA SILVA
PRÁTICA PROFISSIONAL EM NEGÓCIOS – RELATÓRIO FINAL
LOCAL (cidade da instituição)
2023
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	2
2	EMPREENDEDORISMO	3
2.1	Empreendedorismo social	5
2.2	Gestão Estratégica	8
2.3	Business Model Canvas	10
2.4	Design Thinking	12
2.4.1	Prototipagem	16
3	OPORTUNIDADE DE EMPREENDIMENTO SOCIAL	19
3.1	Termo de Ciência	19
3.2	Ambiente Socioempresarial	20
3.3	Oportunidade de mercado do Empreendimento Social e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)	23
3.4	Contexto e problema do Empreendimento Social	25
3.5	Planejamento do Empreendimento Social através do Canvas	27
3.6	Operacionalização do Negócio e criação do Produto Mínimo Viável (MVP)	28
3.7	Avaliação e teste do protótipo de Empreendimento Social	29
3.8	Proposta de implementação do projeto	31
4	CONCLUSÃO	36
REFERÊNCIAS	37
INTRODUÇÃO
De acordo com Dornelas (2008), observa-se um amplo crescimento em relação ao empreendedorismo mundial, sobretudo por conta do aumento de ações que visam apoiar os empreendedores, programas governamentais de incentivo a criação de novos negócios, parques que auxiliam no desenvolvimento de tecnologias e programas de incubação de empresas. Não somente isso, destacam-se as agências que fornecem suporte e treinamento frente à abertura de novos empreendimentos, além da desburocratização e liberação de crédito que são fornecidos à micro e pequenas empresas.
Frente a isso, de acordo com o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), de 2019, e publicado em 2020, os dados coletados sobre o empreendedorismo no Brasil revelaram que o país atingiu a sua segunda maior Taxa de Empreendedorismo Total, ou seja, 38,7% da população adulta está envolvida em alguma atividade empreendedora. Além disso, observou-se a maior Taxa de Empreendedorismo Inicial desde o início das pesquisas, em 1999.
Além do crescimento do empreendedorismo por si só, novos desafios passaram a ocupar cada vez mais espaço frente às discussões e atuação das empresas, assim como no governo e na sociedade civil. São desafios de ordem social e ambiental, que antes eram ignorados ou subestimados, e que agora provocam consequências para toda uma cadeia produtiva. 
Através desse cenário começaram a surgir organizações que têm por objetivo a geração de valor social e/ou ambiental além do valor econômico. São empresas que possuem formatos de inovação e olhares diferenciados, de modo a atender outra parcela da sociedade. Surge então o empreendedorismo social.
Frente a isso, essa Prática Profissional teve como objetivo oportunizar a criação de um empreendimento social frente a empresa Evolluto e, através dele, implementar um projeto que busque sua aplicação prática perante à sociedade.
EMPREENDEDORISMO
De acordo com Mocelin e Azambuja (2017), foi a partir de meados do século 19 que o empreendedorismo passou a ganhar importância e, consequentemente, passar a fazer parte da história econômica mundial. Mesmo sendo amplamente reconhecido como criação de novas empresas, formação de novos negócios e busca por novos mercados, o empreendedorismo também possui conceitos em diversos campos do conhecimento, tendo seus fatores analisados quanto a padrões comportamentais, conduta social, aspiração pessoal, fonte de inovação, motor do desenvolvimento, expressão de liderança, modalidade de ação baseada na dinâmica de mercados, processo social incrustado e formação técnico-administrativa.
Analisa-se quanto a isso que o empreendedorismo faz parte do interesse de diversos campos do conhecimento, indo desde a administração e economia até a psicologia e sociologia. Por conta disso, Mocelin e Azambuja (2017) evidenciam que, na literatura, encontra-se uma ampla gama de significados quanto ao processo empreendedor, incluindo questões referentes à sua importância econômica, relevância estratégica, consequências socioculturais e função que representa perante os mercados. Encontram-se desde abordagens que priorizam a dimensão ambiental em que ocorre a ação empreendedora, na qual evidenciam-se as condições objetivas que fazem parte da rotina do empreendedor, até outras que priorizam a dimensão comportamental relacionada aos empreendedores, evidenciando os processos mentais que os caracterizam. 
Portanto, como uma visão geral, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2015) evidenciou que o empreendedorismo está relacionado a qualquer tentativa de criação de um novo negócio, seja através da abertura de uma nova empresa, de uma atividade autônoma ou da ampliação de um negócio já existente. 
Já em relação ao perfil empreendedor, Filion (1999, p. 19) destacou que: 
O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel empreendedor
Dessa forma, o empreendedor possui a habilidade de mobilizar pessoas, fazendo com que haja a cooperação de investidores, fornecedores e capitalistas, além de garantir o apoio de agências e manter relações bem-sucedidas com clientes e funcionários. O empreendedor está em busca de realização pessoal, de forma que garanta sua excelência e obtenção de resultados, além de possuir grande desejo de reconhecimento e sucesso (MOCELIN; AZAMBUJA, 2017).
Pedroso, Nakatani e Mussi (2009) citam que o perfil de um empreendedor pode ser caracterizado através de cinco fatores essenciais, sendo eles:
a) Criatividade e inovação: empreendedores avistam oportunidades antes de outras pessoas;
b) Habilidade: seus esforços criativos são voltados para objetivos que sejam determinados e claros;
c) Geração de valor: buscam alta qualidade naquilo que fazem, com o menor tempo e custo possível;
d) Assumir riscos: são pessoas que se arriscam e buscam novas formas de realizar determinadas coisas;
e) Força de vontade: acreditam em si mesmos e são perseverantes naquilo que possuem como objetivo.
Dessa forma, é necessário que haja pessoas que sejam proativas e dispostas ao risco para formar um corpo de empreendedores que irão responder pelos investimentos realizados em unidades produtivas frente aos setores primário, secundário e terciário. É através dessa realidade que nascem empresas que fazem o Produto Interno Bruto (PIB) e que contribuem para o capitalismo de mercado de determinado país (GEM, 2009).
A iniciativa empreendedora traz consigo condicionantes que fazem parte de seu processo, tais como identificação de oportunidades, avaliação, tomada de decisão e abertura de um novo negócio, todos baseados nas redes, habilidades e recursos que compreendem o empreendedor, assim como evidencia a Figura 1.
Figura 1 – Condicionantes da iniciativa empreendedora
Fonte: Mocelin; Azambuja (2017)
A Figura 1 traz o desenho sistemático dos elementos citados anteriormente. Através dela avalia-se que todo o processo é realizado por agentes que possuem determinado perfil e trajetória, os quais contribuem na iniciativa empreendedora, e que essa está relacionada a habilidades adquiridas e acesso a redes e recursos variados. Deve-se ainda ter em mente que o nível do empreendimento está diretamente relacionado à qualidade desses fatores (MOCELIN; AZAMBUJA, 2017).
Ainda segundo Mocelin e Azambuja (2017), são duas as etapas que fazem parte do reconhecimento de determinada oportunidade: a identificação e a avaliação. Na primeira, os indivíduos são sensibilizados por um conjunto de problemas, e, ao mesmo tempo, são expostos a informações que lhes auxiliam a solucionar esses problemas encontrados, fatores que desencadeiam a visão de oportunidade. Já na avaliação, esses indivíduos imaginam as ações que serão tomadas frente a esse problema, averiguando se as mesmas serão viáveis e terão resultados desejáveis.
Empreendedorismo social
De acordo comRosolen, Tiscoski e Comini (2014), o empreendedorismo social é bastante abrangente frente às suas terminologias, tendo em vista que seu conceito está relacionado a um contexto de atuação em vários tipos de organizações. Austin, Stevenson e Wei-Skillern (2006) tratam o conceito de empreendedorismo social de uma forma mais ampla, referindo-se a ele como uma atividade inovadora que possui um objetivo social, e que pode ocorrer tanto no setor privado quanto no terceiro setor.
Rosolen, Tiscoski e Comini (2014) avaliam então que o conceito de empreendedorismo social abrange a criação de valor social e a introdução de inovações em serviços, produtos ou metodologias, as quais promovem uma transformação social. Isso foi possível devido à abertura da dimensão econômica e da lógica de mercado, as quais possibilitaram que as organizações atuassem em outras esferas além daquelas relacionadas à dimensão econômica ou social. 
De acordo com Bose (2012), a figura do empreendedor social está relacionada com a liderança capaz de reunir recursos individuais, privados e coletivos, para que assim seja possível viabilizar o desenvolvimento e a implementação de soluções aos problemas crônicos. 
São pessoas que percebem onde há uma oportunidade para satisfazer algumas necessidades que o sistema social do Estado não vai ou não pode alcançar, e que captam coletivamente os recursos necessários (geralmente pessoas, às vezes voluntários, dinheiro e premissas) e os usam para “fazer a diferença” (THOMPSON et al., 2000 apud JOHNSON, 2000, p. 5).
Oliveira (2004) elencou as principais definições que caracterizam o empreendedor social, sendo algumas delas:
a) Sabem aproveitar as oportunidades;
b) São visionários com sentido prático, cuja motivação é a melhoria de vida das pessoas;
c) Destacam-se pela sua criatividade, determinação e foco na inovação social;
d) Combinam o pragmatismo empresarial com habilidades profissionais e com a busca de benefícios sociais;
e) Sabem trabalhar em equipe;
f) Desenvolvem ideias, procedimentos e serviços para resolver problemas sociais;
g) Combinam risco e valor com critério e sabedoria;
h) Sabem interagir com diversos setores da sociedade;
i) Suas iniciativas têm o objetivo de emancipar as pessoas, de forma que as torne menos dependentes do governo e da caridade.
Evidencia-se, através do perfil do empreendedor social, que suas características estão voltadas a ações inovadoras perante o campo social, e que seu processo inicial contém o fato de observar determinada situação-problema local, a qual, posteriormente, será o foco de elaboração de uma alternativa de enfrentamento (OLIVEIRA, 2004).
Para que essa elaboração de alternativa de enfrentamento seja possível, são necessárias algumas características fundamentais, tais como (OLIVEIRA, 2004): 
a) Ser inovadora;
b) Ser realizável;
c) Ser autossustentável;
d) Promover impacto social;
e) Possibilitar a avaliação dos resultados;
f) Envolver diversas pessoas e segmentos da sociedade.
Frente a isso, primeiramente, a ideia necessita ser colocada em prática, de modo a gerar um momento de maturação, até que seja possível avaliar seus principais pontos e então proporcionar sua multiplicação em outras localidades, formando então uma rede de atendimento ou de franquia social, até a mesma vir a se tornar uma política pública.
Pode-se dizer então que a criação de valor social é um dos objetivos estratégicos do empreendedorismo social, de forma a orientar sua missão e instituir seus valores. Os empreendedores sociais são, portanto, os atores do empreendedorismo social, os quais buscam por iniciativas inovadoras como modo de promover mudança social. Além disso, eles desenvolvem modelos organizacionais que gerem novas formas de atuação das empresas sociais ou dos negócios sociais (SILVA; MOURA; JUNQUEIRA, 2015).
São diversos os serviços prestados pelas empresas sociais, tais como: educação, moradia, combate à fome, cuidados médicos, combate à violência, poluição ambiental, artes e combate às drogas. Essas empresas atuam em áreas onde o mercado, por si só, não supre de forma adequada as necessidades da população, ou mesmo de forma a complementar as atividades praticadas pelo governo (DEES, 1998).
Além disso, as empresas sociais baseiam-se em um dinamismo coletivo, com diferentes stakeholders participando do seu conselho de administração. Dessa forma, o empreendedor social possui sua atuação apoiada pelo grupo, o qual esse é coletivamente responsável pelo cumprimento dos objetivos da empresa (ROSOLEN; TISCOSKI; COMINI, 2014).
Gestão Estratégica
De acordo com Lobato et al. (2012), a gestão estratégica é um conjunto de compromissos, decisões e ações necessárias para que uma empresa obtenha vantagem competitiva e retorno acima da média. Trata-se de um processo dinâmico, uma vez que os mercados passam por constantes mudanças e as estruturas competitivas têm de ser coordenadas pela empresa por meio das informações estratégicas em contínua mutação.
O processo de gestão estratégica é composto por vários elementos e desenvolve-se de forma essencialmente sequencial, em dois sub-processos distintos e sucessivos: a formulação da estratégia e a implantação da estratégia (SANTOS, 2008).
O planejamento estratégico é de extrema importância para que a empresa possa ter as melhores condições para conquistar seus objetivos, além de analisar as variáveis ambientais e forças internas ou externas à empresa que afetarão seu desempenho. Definido este plano, a empresa será capaz de entender a sua posição no mercado, bem como as estratégias necessárias para sobreviver nele.
Assim, o processo de planejamento estratégico tem como ponto central definir objetivos e metas relacionando-os com o ambiente, levando em conta os desafios e oportunidades internos e externos. É algo para ser visto a longo prazo, pois é baseado no que será reformulado, oferecido, e o que se pretende atingir diante dos clientes (MAXIMIANO, 2000).
Maximiano (2000) e Andion e Fava (2002), definem que as etapas a serem seguidas para a implementação de um bom planejamento estratégico consistem na análise da situação estratégica, seguida das análises externas (oportunidades e ameaças) e das análises internas (pontos fortes e fracos da organização), definição das diretrizes organizacionais e, por fim, a implementação da estratégia, visando sua vantagem competitiva.
Segundo Kotler (1992, p.63 apud BARBOSA; BRONDANI, 2005), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”. Portanto, o planejamento estratégico possui com foco a orientação e reorientação dos negócios e produtos da empresa de modo que haja lucro e crescimento de acordo com o objetivo pré-estabelecido.
Segundo Barbosa e Brondani (2005), há cinco características no planejamento estratégico:
a) O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação da organização em um ambiente de mudanças, tendo incerteza dos eventos ambientais. Assim, baseia-se as decisões em julgamentos, não em dados concretos. Há uma orientação externa que tem como foco as respostas adequadas às forças e pressões que estão fora da organização;
b) É orientado para o futuro, para o longo prazo. Leva-se em consideração que os problemas atuais são dados em função dos obstáculos e barreiras que possam provocar para garantir seu local no futuro;
c) É compreensível, envolvendo toda a organização, dando uma sinergia entre todas as capacidades e potencialidades da empresa. Como a estratégia é global, compreensiva e sistêmica, é de grande importância a participação de todos os colaboradores envolvidos no processo;
d) É um processo de construção de consenso, tendo a diversidade dos interesses e necessidades dos parceiros envolvidos. Assim, deve atender a todos os interesses de todos os participantes de modo que faça a organização atingir os seus objetivos, necessitando de uma aceitação em todos os níveis da empresa;
e) É uma aprendizagem organizacional, pois, jáque orienta para a adaptação da organização ao contexto mundial, o planejamento constitui em tentativas de se adaptar a ambientes diversos, complexos e competitivos.
A palavra-chave para o processo de planejamento estratégico é a análise, realizando a dissolução dos principais pontos associados à estratégia empresarial, para que assim possam ser tomadas decisões concretas e dados mais precisos, além de poder traçar objetivos de médio e longo prazo. É o caminho planejado que a empresa tem de seguir, estabelecendo a interação entre ambientes internos e externos (ELIAS; RUIZ, 2016).
Business Model Canvas
Um modelo de negócios é utilizado para que a empresa analise como a mesma entrega valor aos seus clientes, ofertando seus produtos e serviços, envolvendo os clientes, e demonstrando sua infraestrutura e viabilidade financeira. Os autores Osterwalder e Pigneur (2011) em seu livro Business Model Generation- inovação em modelos de negócios: um manual para visionários, inovadores e revolucionários, descrevem um modelo de negócios baseado em um quadro, o qual foi considerado uma ferramenta inovadora que descreve, projeta e analisa diferentes modelos de negócios (ALFONSO, 2017).
De acordo com Alfonso (2017), o quadro resultou de uma pesquisa que buscava por um jeito simplificado e intuitivamente compreensível do funcionamento de qualquer empresa. O modelo traz consigo nove componentes que evidenciam a lógica de como uma determinada organização pretende gerar valor. Esses componentes fazem parte das quatro áreas de um negócio: oferta, clientes, infraestrutura e viabilidade financeira. 
O quadro pode ser utilizado também como um plano de ação, do tipo 5W2H, em que há quatro etapas: o que deve ser feito, quem é o cliente, como entregar valor para o cliente, e quanto o modelo custa e recebe de receita. Por conta disso que o modelo é amplamente utilizado na prática das empresas, pois através dele é possível ir modificando e adequando as informações nele escritas para que o mesmo se adapte da melhor forma aos objetivos empresariais (AVENI, 2018).
A criação do modelo foi dada com base em várias metodologias que auxiliam a aprendizagem diante do visual, utilizando-se de cores, simplicidade, usabilidade, visão sistêmica e cocriação. Os componentes são divididos em dois grandes grupos, os de coloração verde englobam a parte lógica e eficiente do processo, e os de coloração rosa, que representam o lado emocional e de valor da organização, assim como mostrado na Figura 2 (AVENI, 2018).
Figura 2 - Representação do Model Business Canvas
Fonte: Aveni (2019)
Os nove componentes que formam o quadro são representados pelos itens que auxiliam na agregação de valor à empresa, sendo destacado cada um deles a seguir (ALFONSO, 2017; AVENI, 2018; AVENI, 2019): 
a) Segmentos de clientes/mercado: define os diferentes grupos de pessoas ou mercados que a organização busca alcançar. Para sua melhor compreensão, a empresa necessita agrupá-los em segmentos distintos, o qual cada um terá necessidades em comum, comportamentos em comum e outros atributos. Deve-se salientar que segmentos distintos exigem ofertas diferentes, são alcançados por canais diferentes, possuem relacionamentos e lucratividade diferentes;
b) Proposta de valor: a organização necessita compreender qual o valor que a mesma proporcionará ao cliente, quais os problemas que a mesma auxiliará a solucionar, quais necessidades irá satisfazer, quais as dores do cliente em relação à proposta e quais produtos e serviços ofertará em cada segmento de mercado;
c) Canais de distribuição: evidencia como a empresa alcança e se comunica com seus clientes, ou seja, são o ponto de contato entre ambas as partes. Ele é responsável por demonstrar os produtos e serviços da empresa, permitir que os clientes adquiram os produtos e serviços, auxiliar os clientes a avaliarem a proposta de valor, levar a proposta de valor aos clientes e fornecer suporte de pós-vendas;
d) Relacionamento com o cliente: aqui é onde a empresa terá que avaliar questões como qual a relação que os diferentes segmentos de clientes esperam da empresa, quais as relações que a mesma oferece, como essas relações fazem parte do modelo de marketing, e como serão alcançados os clientes;
e) Fontes de receita: representa o quanto a empresa gera a partir de cada segmento de cliente. Aqui a empresa deverá saber qual o seu modo de precificação. Além disso, pode envolver dois tipos de transações, de rendas advindas de pagamento único e de rendas resultantes de pagamentos constantes;
f) Atividades-chave: aqui a empresa deverá compreender quais as atividades mais importantes que a mesma deve realizar para atender os segmentos de clientes e atingir a proposta de valor mencionada. Assim, quais seriam as principais atividades que irão alcançar o público-alvo, manter o relacionamento com o cliente e gerar receita?;
g) Parcerias-chave: entram nesse componente os fornecedores e parceiros que contribuem no funcionamento no negócio. Entram desde fornecedores constantes até serviços temporários que auxiliam no atingimento da proposta de valor;
h) Recursos-chave: são os itens que são necessários para que se atinja a realização da proposta de valor e contribua nos serviços fornecidos aos clientes, como por exemplo funcionários de tal área, laboratório de tal coisa, etc.;
i) Estrutura de custos: envolve todos os custos envolvidos no modelo de negócio, sobretudo os mais impactantes no orçamento da empresa. 
Design Thinking
De acordo com Tim Brown (2010), Design Thinking é um processo comumente usado por designers para encontrar a solução para problemas complexos, navegar em ambientes novos ou incertos e criar um novo produto para o mundo. O Design Thinking usa elementos centrais e habilidades de jogo, empatia, reflexão, criação e experimentação para colaborar, criar e desenvolver descobertas. No Design Thinking, o fracasso não é uma ameaça, mas um caminho para mais aprendizado. Por meio de observação, síntese, alternativas, pensamento crítico, feedback, representação visual, criatividade, resolução de problemas e criação de valor, os empreendedores podem usar o Design Thinking para identificar oportunidades únicas de empreendimento. 
Os pensadores de design aceitam dificuldades e restrições, pois abrem caminho para ideias e soluções inovadoras. É importante, no entanto, que essas ideias sejam viáveis ​​e desejadas pelas pessoas.
Para demonstrar o processo de inovação para um episódio de 1999 do noticiário noturno da ABC Nightline, a IDEO criou um novo conceito de carrinho de compras, considerando questões como manobrabilidade, comportamento de compra, segurança infantil e custo de manutenção. A mostra concentrou-se no processo de design da IDEO, registrando como uma equipe multidisciplinar discutiu, pesquisou, prototipou e coletou feedback dos usuários sobre um design que passou da ideia para um modelo de aparência funcional em quatro dias.
Portanto, Design Thinking significa focar intencionalmente o design em torno das preocupações, interesses e valores dos usuários. A corrente atual de Design Thinking que obteve muita atenção e interesse do público originou-se no design de produtos industriais na empresa IDEO, fundada em 1991 por David Kelley em parceria com várias outras empresas de design.
Segundo Brown (2010), existem três fases principais do Design Thinking: inspiração, ideação e implementação. O problema, ou desafio de design, é a inspiração. A ideação é um processo criativo de resolver o desafio do design com base em observações. As ideias são transformadas em ações na fase de implementação. As soluções possíveis são testadas através de experimentos para criar a melhor versão do produto. Em todas essas fases, existem dois tipos principais de pensamento: convergente e divergente. O pensamento convergente se move através de pensamentos amplos para a compreensão concreta, onde os pensamentos do divergente podem ser reduzidos às ideias e soluções mais promissoras. O pensamento divergente usa a imaginação para abrir a mente para novas possibilidadese soluções e, finalmente, tornar-se mais inovador.
Em 2006, Kelley fundou o Stanford Design Center, que se tornou um centro intelectual para um movimento de Design Thinking. De acordo com seu curso de Design Thinking, as dicas da IDEO para o modelo de Design Thinking são:
a) Sempre diga sim a uma oferta. Se a outra pessoa lhe oferecer um copo de água, lanches ou até mesmo um passeio pela casa dela, você deve sempre aceitar. Este pequeno gesto permite que você faça a transição de um pesquisador para um convidado em sua casa. É sempre importante gastar tempo construindo relacionamento, mesmo que sua conversa inicial pareça completamente fora do tópico. Mais tarde, quando você realmente mergulhar em suas perguntas de pesquisa, a conversa fluirá mais livremente;
b) Use roupas simples. Muitas vezes, as roupas podem comunicar status social ou refletir um gosto pessoal com o qual outros podem discordar. É melhor se tornar o mais neutro possível para que você possa se encaixar com pessoas de todas as origens. Tente evitar usar logotipos ou parecer muito chique;
c) Trate as pessoas como parceiras na pesquisa. As pessoas que você entrevista não são apenas sujeitos de pesquisa ou pontos de dados. Em vez disso, você deve ser transparente com eles e mostrar que valoriza a contribuição deles. Suas histórias e comentários desempenham um papel enorme no que acabamos projetando, por isso é ótimo que eles saibam por que eles são uma parte fundamental do seu projeto;
d) Deixe silêncios confortáveis. Quando parece que a outra pessoa terminou de falar, a maioria das pessoas sente a necessidade de passar imediatamente para a próxima pergunta. Em vez disso, você deve criar algum espaço apenas balançando a cabeça e escrevendo as coisas – isso dá à outra pessoa espaço para continuar falando além dos parâmetros da pergunta anterior e talvez revelar informações sobre si mesmo que você não aprenderia de outra forma;
e) Tire os holofotes da outra pessoa. Como parte do nosso processo de design, gostamos de trazer provocações para as sessões de pesquisa. Isso significa que esboçamos conceitos básicos para mostrar à outra pessoa e pedimos feedback. Ao mudar nossa atenção da pessoa para outro objeto, pode-se remover qualquer pressão que ela esteja sentindo. Esses objetos externos também permitem que os participantes se comuniquem de maneira não verbal – a maneira como interage com eles pode revelar atitudes ou comportamentos tácitos. Como um bônus adicional, você pode trazer para casa alguns artefatos tangíveis que você pode consultar durante o processo de design;
f) Tente, muito intencionalmente, se apaixonar por cada pessoa (mesmo que seja só um pouquinho). Mesmo se você não se der bem naturalmente com alguém, sempre poderá encontrar algo que realmente aprecie sobre eles, seja sua voz ou sua paixão pelo tópico em questão. Quando você quer se apaixonar por alguém, tudo muda – sua curiosidade sobre sua história de vida, sua linguagem corporal e sua empatia em relação à situação. Essas pequenas mudanças mostrarão ao seu entrevistado que ele não precisa se apresentar ou mostrar as “melhores” partes de si mesmo, pois perceberá que você está do lado dele. Mesmo após a entrevista, você terá ideias melhores porque é muito mais fácil pensar coisas para alguém que você gosta.
A filosofia IDEO enfatiza que o design é um esporte em equipe com três valores principais:
a) Equipe multidisciplinar - as equipes de design incluem conhecimentos diversificados, como engenharia, fatores humanos, comunicação, gráficos, etnografia, sociologia e muito mais. A perspectiva única de cada membro da equipe ajuda os outros membros a verem coisas que normalmente não veriam;
b) Ponto de vista do cliente - as equipes de design visitam os locais dos clientes para entrevistá-los e observar o que eles realmente fazem, incluindo suas reações em casos extremos de "estresse";
c) Tangibilidade - as equipes de design constroem protótipos e maquetes, os experimentam e aprendem com o feedback e as reações.
Há um grande interesse no setor público em aplicar o Design Thinking aos seus próprios problemas, tendo em vista que a abordagem padrão do governo não funciona para as diversas comunidades que as agências estão tentando servir. A IDEO tem ajudado as agências a melhorarem seus processos, muitas vezes com excelentes resultados, os quais recebem muita publicidade.
O designer entende que os problemas que afetam o bem-estar das pessoas são de vários tipos, o que torna necessário o levantamento da cultura do indivíduo, contexto, experiência pessoal e processos de vida, a fim de alcançar uma melhor visão, melhor identificar os obstáculos e criar alternativas para obter uma boa solução.
Ao se dar ao trabalho de realizar uma pesquisa completa, o designer pode identificar as causas e consequências das dificuldades e ser mais assertivo na busca de soluções. O designer sabe que, para identificar os problemas reais e resolvê-los mais efetivamente, é necessário abordá-los de diferentes perspectivas e ângulos. Portanto, faz sentido favorecer os esforços de colaboração por equipes multidisciplinares que oferecem uma gama diversificada de pontos de vista, e uma variedade de interpretações sobre o assunto em questão, o que renderá inovadas soluções.
O processo faz parte de uma linha multifásica e não linear, permitindo interação e aprendizado constante. Isso força continuamente o projetista a tentar novos caminhos, abrindo-o para novas alternativas: como erros de origem à descoberta, o que o ajuda a traçar rumos alternativos e identificar oportunidades de inovação. 
Além disso, como o próprio nome já diz, Design Thinking refere-se a como o pensa o designer, valendo-se de um estilo de raciocínio pouco convencional no mundo dos negócios, conhecido como pensamento abdutivo. O pensamento abdutivo se esforça para formular indagações através da apreensão ou compreensão dos fenômenos, ou seja, são colocadas questões a serem respondidas usando informações coletadas a partir da observação do contexto que permeia o problema. No raciocínio abdutivo, portanto, a solução não deriva do problema, ela se padroniza o problema (BROWN, 2010). 
Não se pode resolver problemas com o mesmo tipo de raciocínio que os criou, por conta disso, desafiar as convenções dos negócios é à base do Design Thinking. É raciocinando abdutivamente que os designers desafiam constantemente seus padrões, criando e desfazendo conjecturas e transformando-as em oportunidades para inovação. É a capacidade do designer de se libertar do pensamento lógico, o que lhe permite permanecer “fora da caixa”.
Prototipagem
A prototipagem é parte integrante do Design Thinking e do design de experiência do usuário em geral, pois permite testar as ideias rapidamente e aprimorá-las em tempo hábil. O Institute of Design em Stanford encoraja um “viés para a ação”, onde a construção e o teste são mais valorizados do que o pensamento e a reunião (BROWN, 2010). 
Um protótipo é um modelo experimental simples, de uma solução proposta, utilizado para testar ou validar ideias, suposições de design e outros aspectos de sua conceituação de forma rápida e barata, para que o(s) designer(es) envolvido(s) possam fazer refinamentos apropriados ou possíveis mudanças de direção (BONINI; SBRAGIA, 2011).
Sua utilização é realizada, frequentemente, na fase final de teste. Todo produto tem um público-alvo e é pensado para resolver seus problemas de alguma forma. Para avaliar se um produto realmente resolve os problemas de seus usuários, os designers criam um modelo quase funcional ou maquete do produto, chamado de protótipo, e o testam com possíveis usuários e as partes interessadas. Assim, a prototipagem permite que os designers testem a viabilidade do projeto atual e, potencialmente, investiguem como os usuários do teste pensam e se sentem sobre o produto. Ele permite o teste adequado e a exploração de conceitos de design antes que muitos recursos sejam usados (DAM; SIANG, 2022).
Segundo Fernandes, Lucena e Aranha (2018), a prototipagem permite construir protótipossimples e em pequena escala de seus produtos e usá-los para observar, registrar e avaliar os níveis de desempenho do usuário ou o comportamento geral e as reações dos usuários ao design geral. Os designers podem então fazer refinamentos apropriados ou possíveis alterações a partir do comportamento observado através dos testes.
Além disso, eles podem ser de qualquer forma, desde simples esboços e storyboards, até protótipos mais rebuscados, que oferecem uma proposta de serviço. Também não necessitam serem produtos completos, pois há a possibilidade de prototipar apenas uma parte de um produto para testar essa parte específica de sua solução. Frequentemente, os protótipos são rápidos e rudimentares - projetados para testes e compreensão em estágio inicial - e às vezes completos e detalhados - voltados para testes-piloto nos estágios finais do projeto (FERNANDES; LUCENA; ARANHA, 2018).
A prototipagem é sobre dar vida a ideias conceituais ou teóricas e explorar seu impacto no mundo real antes de finalmente executá-las. Com muita frequência, as equipes de design chegam a ideias sem pesquisa ou validação suficientes e as encaminham para a execução final antes que haja qualquer certeza sobre sua viabilidade ou possível efeito no grupo-alvo (BONINI; SBRAGIA, 2011).
De acordo com Stickdorn e Schneider (2014), um de seus principais aspectos é o fato de gerar empatia para os consumidores em potencial. A esse respeito, projetar software ou projetar produtos para uso humano não são muito diferentes. Qualquer produto projetado sem entender as necessidades do cliente pode resultar em recursos desnecessários, designs ruins e uma série de problemas.
Com a prototipagem, se pode desfrutar de vários benefícios como (DAM; SIANG, 2022):
a) Análise da viabilidade técnica: a criação de um protótipo permite concretizar uma ideia e avaliar quais as funcionalidades que apresentam dificuldades de implementação. A prototipagem pode, portanto, identificar restrições físicas, técnicas ou financeiras imprevistas;
b) Melhora a qualidade da criação de um site: caso parte do serviço incluir a criação de um site, o protótipo auxilia na realização de testes de usabilidade do mesmo, na inspeção de navegação, como se dará a ordem de acesso às informações ali depositadas, determinar o posicionamento correto dos destaques visuais, entre outras melhorias;
c) Apresentar ideias de forma eficaz aos clientes: a prototipagem torna possível apresentar o futuro produto a clientes em potencial antes do lançamento real do produto. Também pode permitir que haja melhor planejamento das estratégias de marketing e início das pré-vendas;
d) Redução de riscos: projetos com um processo de prototipagem completo correm menor risco do que projetos sem prototipagem. Isso ocorre porque a prototipagem afeta diretamente os recursos, o tempo e o orçamento do projeto. Por meio da prototipagem, é possível estimar os recursos necessários e o tempo de desenvolvimento;
e) Redução de custos: as informações coletadas de clientes em potencial por meio da prototipagem permitem melhorar o produto até que um produto ideal seja formulado. Frente a isso, a criação de vários protótipos anteriormente ao lançamento da produção em massa contribui para que se reduzam os custos adicionais dos produtos não vendidos além do custo de reprogramação;
f) Simulação do produto: a vantagem mais importante da prototipagem é que ela cria um modelo do produto final. Isso pode ajudar a atrair clientes para investir no produto antes de qualquer alocação de recursos para implementação;
g) Feedbacks: expor o protótipo ajuda a obter feedback do cliente sobre as qualidades desejadas no produto. Esse feedback é fundamental para entender as necessidades e expectativas dos usuários, os requisitos de negócios e ter uma ideia clara do que o produto se destina;
h) Planejamento: por meio da prototipagem, a equipe de design obtém informações essenciais que os ajudam a planejar a implementação. Um protótipo ajuda a construir histórias de usuários e enfatizar suas necessidades. Isso traz benefícios substanciais para as equipes Scrum;
i) Rapidez e facilidade: um designer pode desenvolver rapidamente um protótipo pronto para implementar, mesmo a partir de uma ideia simples no papel, se entender a lógica e a funcionalidade do produto.
OPORTUNIDADE DE EMPREENDIMENTO SOCIAL
Termo de Ciência 
Visando iniciar a oportunidade de empreendimento social, foi escolhida uma empresa que contribuísse no aprofundamento dos conceitos aqui estruturados, além de auxiliar em uma pesquisa de campo com o intuito de desenvolver uma iniciativa de negócio social. Para isso, utilizou-se do termo de ciência fornecido para a empresa aqui estudada, estando este demonstrado através da Figura 3.
Figura 3 - Termo de Ciência preenchido e assinado pela Evolluto
Fonte: Autoria própria (2023)
Ambiente Socioempresarial
A empresa escolhida é a Evolluto, da área de educação de idiomas. A fundação da empresa se deu em 2020 com o intuito de levar o aprendizado de idiomas para regiões que não tinham acesso a esse tipo de serviço. Seu foco está em cidades de pequeno porte e que não possuem cursos de línguas, de modo a oferecer uma educação de qualidade para todos, independentemente de classe social ou faixa etária. Atualmente a escola conta com aulas de inglês, espanhol e italiano.
Fundada em 2020, a empresa foi crescendo e tornou-se referência na cidade sede de Bom Jardim de Minas e região, de modo que passou a receber diversos alunos de cidades vizinhas que viram a oportunidade de realizarem cursos de línguas. 
Já em 2021 a empresa iniciou sua segunda etapa do plano de expansão com o intuito de abrir novas unidades. Com isso, em 2022, irá abrir novas unidades em cidades ao redor.
Definido seu histórico, em relação aos norteadores institucionais, tem-se que:
a) Missão: oferecer um ensino de idiomas de qualidade em localidades que não há cursos nessa referida área, buscando oferecer preços altamente competitivos;
b) Visão: ser uma escola de idiomas presente em diversas cidades que não possuem esse referido serviço;
c) Valores: fornecer cursos de idiomas de qualidade; capacitar habitantes de cidades de pequeno porte a terem fluência em idiomas estrangeiros; preços altamente competitivos.
Atualmente, os principais produtos oferecidos pela Evolluto são:
a) Curso de inglês na modalidade presencial;
b) Curso de inglês intensivo;
c) Curso de inglês do básico ao avançado;
d) Aulas de conversação em inglês;
e) Curso de espanhol;
f) Combo duo, com aulas de inglês e espanhol;
g) Curso de italiano;
h) World Corporate, com aulas de inglês e espanhol para empresas parceiras.
Sua estrutura hierárquica é composta pelos seguintes setores demonstrados através da Figura 3:
Figura 4 – Organograma da empresa Evolluto
Fonte: Autoria própria (2023)
Já em relação aos stakeholders, a Evolluto possui um bom relacionamento com seus parceiros, de forma a avaliar suas principais demandas, necessidades e valores. 
De acordo com Freeman (1984 apud LYRA; GOMES; JACOVINI, 2009) em uma organização, o stakeholder é um grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pela realização dos objetivos dessa empresa. São indivíduos que possuem interesse nas ações de uma empresa e que possuem a habilidade de influenciá-la. 
Para manterem-se competitivas, as organizações necessitam traçar metas que visem suas relações com os stakeholders como parte de um processo estratégico contínuo de administração. Essas metas necessitam avaliar o impacto potencial dos stakeholders nos negócios, de forma a implementar planos que vão de encontro às suas necessidades e que evitem problemas associados à organização (LYRA; GOMES; JACOVINI, 2009). 
Para melhor averiguar os stakeholders e suas influências perante a empresa em questão, tem-se o quadro 1.
Quadro 1 - Stakeholders da Evolluto e seus respectivos graus de poder, interesse, influência e requisitos
	Posição 
	Poder 
	Interesse 
	Influência
	Requisitos
	
	
	
	
	
	Cliente
	Alto
	10
	10
	Aprendizado de idiomas com qualidade de material e ensinode modo a proporcionar um bom custo-benefício 
	Professores
	Alto
	10
	10
	Ambiente de trabalho que promova o diálogo, participação e autonomia frente a determinadas decisões. Salário em dia e aquisição de novos alunos
	Fornecedores
	Médio
	7
	2
	Informações sobre prazos e materiais para entrega
	Diretoria
	Alto
	10
	10
	Obter uma gestão eficiente das escolas, de forma a manter a qualidade, além de evidenciar novos possíveis locais de implantação de novas franquias
	Mídia
	Baixo
	5
	3
	Evidenciação da qualidade do ensino e novas unidades em locais que não possuem escolas de idiomas
	Público Geral
	Médio
	7
	7
	Escolas de idiomas em locais que não possuem esse serviço
Fonte: Autoria própria (2023)
Oportunidade de mercado do Empreendimento Social e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Avalia-se, portanto, que a empresa conta com projetos de levar o ensino de idiomas a locais que não possuem acesso a esse tipo de serviço, sobretudo as cidades de pequeno porte, oferecendo cursos a preços competitivos. Frente a isso, analisa-se que uma das oportunidades do projeto relaciona-se ao fato de abranger alunos de baixa renda de cidades pequenas que não possuem a oportunidade de pagar por esses cursos, mesmo com preços abaixo do mercado, de modo a promover sua capacitação em línguas estrangeiras que os possibilite a ingressarem em novos cargos no mercado de trabalho. 
Esse público-alvo trará grande contribuição para o mercado de trabalho das cidades de pequeno porte, as quais, muitas delas, não encontram profissionais com capacitação necessária para ingressar em cargos mais altos, tendo em vista que a estrutura da cidade não proporciona novos meios de formação. 
Além disso, proporcionará, aos próprios alunos, a possibilidade de ingressarem em cargos mais altos, ou mesmo trocar de carreira se for o caso, fazendo com que recebam melhores salários e condições mais dignas para sua vida e de suas famílias. 
Esse fato é ainda melhor evidenciado através da reportagem do G1 (2022), a qual evidenciou que o estagiário ou trainee com inglês fluente ganha mais do que o dobro que aquele que só possui o inglês básico. 
Deve-se atentar ao fato de que o Brasil é um país com nível extremamente baixo em língua inglesa (a mais falada), na qual, uma pesquisa feita pela British Council, demonstrou que apenas 5% da população brasileira fala inglês, e que apenas 1% possui fluência na língua. No mundo globalizado, é de extrema importância o conhecimento em língua inglesa, sobretudo por conta do rompimento de barreiras geográficas que a pandemia do Coronavírus proporcionou (VASCONCELOS, 2021).
Essa oportunidade está diretamente relacionada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável promovidos pela ONU, que fazem parte de um conjunto de medidas que visam acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, além de oferecer paz e prosperidade para todas as pessoas em todos os lugares. Para o Brasil, visando o atingimento da Agenda 2030, tem-se os seguintes objetivos (ONU, 2023):
a) Erradicação da pobreza;
b) Fome zero e agricultura sustentável;
c) Saúde e bem-estar;
d) Educação de qualidade;
e) Igualdade de gênero;
f) Água potável e saneamento;
g) Energia limpa e acessível;
h) Trabalho decente e crescimento econômico;
i) Indústria, inovação e infraestrutura;
j) Redução das desigualdades;
k) Cidades e comunidades sustentáveis;
l) Consumo e produção responsáveis;
m) Ação contra a mudança global do clima;
n) Vida na água;
o) Vida terrestre;
p) Paz, justiça e instituições eficazes;
q) Parcerias e meios de implementação.
De acordo com a oportunidade aqui avaliada, nota-se que essa está diretamente relacionada aos seguintes objetivos da ONU: educação de qualidade; trabalho decente e crescimento econômico; redução das desigualdades.
Para que isso seja possível, torna-se necessário a implementação de um projeto que vise avaliar as formas com que essa oportunidade será realizada, apresentando seus pontos fortes e fracos, possíveis problemas, estruturas necessárias, formas de implantação na sociedade, entre outros.
Contexto e problema do Empreendimento Social
Para se realizar o protótipo do projeto, primeiramente torna-se necessário definir o contexto, problema e oportunidade do projeto. 
A empresa escolhida para a aplicação do empreendimento social é a Evolluto, empresa de idiomas que monta filiais em locais que não possuem acesso a esse tipo de serviço, sobretudo cidades de pequeno porte, oferecendo cursos a preços competitivos. Assim, de acordo com a análise realizada na etapa 2, uma das oportunidades do projeto reside no fato de oferecer esses cursos de idiomas a pessoas de baixa renda moradoras de cidades de pequeno porte e que não possuem condições de pagar pelos cursos, mesmo com eles tendo preços abaixo do mercado, focando, neste caso, a cidade de Bom Jardim de Minas. 
Essa oportunidade contribuirá para que essas pessoas tenham capacitação em línguas estrangeiras que os possibilite a ingressarem em novos cargos no mercado de trabalho ou mesmo aumento de salário. Esse fator é evidenciado através de um texto publicado pelo Fecomércio do Rio Grande do Sul (2020), o qual diz que o domínio de um segundo idioma traz valor na carreira do profissional, pois assim terá a chance de agarrar novas oportunidades, comunicar-se em diversas situações e interagir com pessoas e culturas de outras partes do mundo. Além disso, segundo o texto, o salário para quem domina apenas o português é mais baixo do que para aqueles que possuem capacitação em uma segunda língua, sobretudo o inglês. 
Esse diferencial é corroborado pelo Money Times (2019), o qual demonstrou que, através de uma pesquisa realizada pela British Council, 91% dos pesquisados consideram o inglês como a principal língua dos negócios, sendo visto como um diferencial pelo departamento de recursos humanos das empresas. Somado a isso, uma pesquisa salarial realizada pela Catho demonstrou que trabalhadores com inglês fluente podem receber entre 47% e 52% a mais do que aqueles que não possuem o domínio do idioma (UNIT, 2022).
Isso faz com que muitas pessoas deixem de conquistar cargos mais altos devido ao empecilho da falta de uma segunda língua no currículo. Segundo a Money Times (2019), as pessoas desenvolvem carreira nos cargos de operação nas empresas e acabam deixando o inglês de lado. Porém, caso uma dessas pessoas tenha a oportunidade de chegar a um cargo de gerência, a mesma não irá conseguir administrar uma reunião, nem mesmo demonstrar os resultados obtidos pela empresa em outro idioma. 
Mais além, a Exame (2019), já afirma que, atualmente, não somente os cargos da alta direção e gerência necessitam de inglês, as empresas já cobram analistas e estagiários para que tenham domínio do idioma tendo em vista a utilização do mesmo em atividades do cotidiano, como leitura de documentos, informativos, realização de pesquisas mais abrangentes. 
Segundo a British Council, os principais obstáculos para que o indivíduo postergue o aprendizado da língua inglesa é a falta de tempo, com 72%, e os preços altos dos cursos, com 65% (MONEY TIMES, 2019), fator esse que evidencia a importância de projetos sociais voltados a esse setor.
Dessa forma, a inserção de cursos gratuitos de idiomas pela Evolluto para a população de baixa renda residente da cidade de Bom Jardim de Minas contribuirá tanto em melhores oportunidades para os alunos, quanto para a melhoria do mercado de trabalho ao contratar pessoas capacitadas da própria cidade, sem necessidade de ficar esperando pessoas de outras regiões se candidatarem.
Planejamento do Empreendimento Social através do Canvas 
Visto o contexto e problema do empreendimento social, segue-se para seu planejamento através da aplicação do modelo Canvas, o qual está demonstrado através do Quadro 2.
Quadro 2 - Modelo Canvas aplicado à oportunidade de empreendimento social da Evolluto
	Rede de Parceiros
	Atividades Chave
	Proposta de Valor
	Relacionamento com Clientes
	Segmentos de Clientes
	Editora DK - Adult (US)
Editora Longman do Brasil
Tutorpara dúvidas online
	Aulas presenciais de inglês e espanhol com materiais físicos e online além de tutoria online para sanar dúvidas.
	Oferecer cursos de idiomas a pessoas de baixa renda que não possuem condições de pagar pelos cursos, lhes proporcionando capacitação em línguas estrangeiras para melhores oportunidades no mercado de trabalho
	Mensagens semanais avisando sobre as aulas;
Disponibilização de materiais físicos e online;
Fórum para dúvidas via Whatsapp ou Telegram.
	População de baixa renda residente na cidade de Bom Jardim de Minas - MG que não possuem condições de pagar por um curso de idiomas.
	
	Recursos Chave
	
	Canais de Distribuição
	
	
	Professores fluentes em língua inglesa e espanhola;
Salas de aula;
Materiais didáticos impressos e online;
Lousa e canetão;
Televisão e retroprojetor.
	
	Redes sociais como Instagram e Facebook;
Anúncio em redes sociais da cidade;
Divulgação em banners na frente da escola
	
	Estrutura de Custos
	Fluxo de Receitas
	Aluguel;
Professores;
Empresa terceirizada de limpeza;
Empresa terceirizada de contabilidade;
Editoras.
	Pagamento mensal de aulas presenciais por alunos que não se enquadram na população de baixa renda;
Pagamento mensal de aulas online por alunos que não se enquadram na população de baixa renda.
Fonte: Autoria própria (2023)
Frente à aplicação do Canvas, observa-se que a oportunidade de oferecimento de cursos de idiomas à pessoas de baixa renda moradoras da cidade de Bom Jardim de Minas é um negócio viável, sobretudo pela escola já possuir toda a infraestrutura, professores e materiais didáticos. 
Através do Canvas foi possível detalhar com mais afinco as necessidades que esse projeto exige, auxiliando a escola a averiguar quais atividades serão realizadas, para quais clientes, quais serão os recursos utilizados, parceiros que auxiliarão nessa proposta, e da onde sairá a receita necessária frente a essa oportunidade de empreendimento social.
Operacionalização do Negócio e criação do Produto Mínimo Viável (MVP)
Finalizado o modelo Canvas, segue-se para a operacionalização do negócio, o qual vai ser realizado através da disponibilização de 6h semanais da carga horária dos professores de inglês e espanhol. 
Para fins de averiguação, foi realizado o Produto Mínimo Viável (MVP) do projeto, o qual será dado da seguinte forma:
a) Inglês: turma de terça e quinta das 9:00 às 10:30, e outra das 19:00 às 20:30;
b) Espanhol: turma de segunda e quarta das 15:00 às 16:30, e outra das 19:00 às 20:30.
Cada uma das turmas irá comportar um total de 15 alunos por turno, e, caso o número de interessados for maior que as vagas disponíveis, será realizada uma lista de espera por ordem de cadastro. Dessa forma, cada professor irá disponibilizar 6h da sua carga horária semanal para realizar o projeto de empreendimento social.
Para a disponibilização das informações sobre esse projeto, a escola irá divulga-lo através de suas redes sociais, anúncio no jornal local e banner na frente da mesma. Os interessados deverão entrar em contato através das redes sociais, telefone ou Whatsapp divulgados nos informativos nos dias selecionados pela escola, computando um total de 30 dias para manifestação de interesse.
Após esse contato, a escola irá pedir para que o interessado leve os seguintes documentos até a escola: documentos pessoais como rg e cpf, comprovação de renda, número de cadastro em programas sociais e comprovação de moradia. Com os documentos em mãos, será realizado o cadastro do interessado no banco de dados da escola, informando-o sobre o total de vagas, idiomas e horários, pedindo para que o mesmo escolha a melhor opção para seu caso.
Por fim, depois de finalizados os 30 dias disponibilizados para manifestação de interesse, a escola irá selecionar os 15 primeiros de cada turma para fornece-lhes as aulas gratuitas, e, caso algum deles desista da vaga, o próximo da lista será chamado, até completar o total de vagas. Também será disponibilizada a lista de espera nas dependências da escola para que os interessados possam ver a posição em que estão na mesma.
As aulas terão início após 10 dias desse contato, e os materiais serão disponibilizados no dia da primeira aula para todos os alunos. 
No dia das aulas, os alunos se apresentarão para o professor o qual perguntará os motivos que levou cada um a procurarem um curso de idiomas. Além disso, tomarão conhecimento do ambiente virtual da escola e onde os materiais online estarão disponibilizados, além de conhecerem também o tutor responsável por sanar as dúvidas via Whatsapp. Os alunos terão 10 minutos de intervalo.
Realizado o MVP, o mesmo será testado para averiguação de sua eficiência e possíveis ajustes.
Os indicadores de impacto que demostrarão a qualidade e eficiência do projeto serão dados por pesquisas de opinião que serão realizadas a cada três meses com os alunos, com perguntas que abarquem a didática do professor, facilidade de entendimento do conteúdo, qualidade do conteúdo, qualidade dos materiais utilizados e novos conhecimentos adquiridos. 
As fontes de financiamento serão dadas através do pagamento da mensalidade por outros alunos que não façam parte do público-alvo do projeto aqui disposto, assim como a mensalidade dos alunos que optaram por aulas somente online. Todos os recursos à escola já possui, sendo necessário apenas mais um pedido de novos livros para as editoras.
Avaliação e teste do protótipo de Empreendimento Social
Com o MVP finalizado, segue-se para a fase de testes do protótipo criado frente à oportunidade de empreendimento social realizada através da empresa Evolluto.
Para isso, foi realizado um teste inicial com a futura turma do curso de inglês que será oferecido às terças das 9h às 10:30. 
Inicialmente, a secretaria da escola divulgou, através de suas redes sociais, rede social da cidade, e banner, a informação sobre o projeto social que oferecerá aulas de idiomas gratuitas para a população de baixa renda da cidade de Bom Jardim de Minas. Através da divulgação, foi evidenciado o total de 15 vagas mais a lista de espera, deixando claro sobre a ordem de chegada e comprovação da documentação.
O dia do teste do protótipo ocorreu no dia 08/05/2023, das 9h às 14h, sendo esse o dia estipulado para início do andamento do projeto, no qual os interessados pelas vagas iriam manifestar interesse através das redes sociais, whatsapp e telefone da escola. De início já foi percebido um ponto de melhoria nesse aspecto, pois a escola havia solicitado o prazo de 30 dias para manifestação de interesse nas vagas, a contar a partir do dia 08/05. Foi visto que isso causaria certo transtorno, pois, a maioria da população iria acabar deixando para os últimos dias, sendo que seriam próximos ao período de recesso da escola. 
Foi então sugerida uma nova divulgação de datas, mas dessa vez anunciando um total de 15 dias para manifestação de interesse, tendo em vista que muitas pessoas poderiam necessitar ir atrás da documentação necessária, tirar cópias, etc. Para as pessoas que já haviam entrado em contato, foi avisado sobre essa nova alteração, mas que o nome delas já estaria mantido.
A partir da nova divulgação, o novo prazo para entrar em contato e manifestar o interesse pela vaga foi dado a partir do dia 11/05,, contando então os 15 dias a partir disso. Foi observada grande procura pela população local, e a lista com os 15 primeiros nomes foi preenchida no mesmo dia. Continuou-se realizando a manifestação de interesse através da lista de espera, até completar os 15 dias estipulados. 
Finalizados os 15 dias, a lista de espera foi disponibilizada na entrada da escola para que todos pudessem ver sua posição. A escola também entrou em contato com as 15 primeiras pessoas que manifestaram interesse para que levassem a documentação exigida até a escola, no dia e horário estipulados. Para isso, a escolha foi pelo dia 30/05 das 9h às 19h. 
Nesse dia, a cada um que chegava com a documentação (rg, cpf, comprovante de residência e de renda, e cadastro em programas sociais), eram avaliados os documentospara averiguar se estavam de acordo com o estipulado, e, para aqueles que estivessem com tudo correto, foi realizado o cadastro da pessoa no banco de dados da turma de inglês de terça-feira, das 9h ás 10:30h. Para aqueles que não estavam com a documentação correta, era informado sobre o problema, e que, por políticas já divulgadas, a mesma iria ser desclassificada e poderia manifestar interesse em outra turma. 
Foi observado que, das 15 pessoas, seis estavam com documentação errada ou incompleta, fator esse que os desclassificou. Com isso, foi observada outra proposta de melhoria, a validação dos documentos através de email ou whatsapp, pois assim não seria necessário dispender mais um dia somente para averiguação de documentos. 
Com isso, foram chamadas as próximas seis pessoas da lista de espera e solicitado que enviasse por foto seus documentos, e, somente em caso extremo de total impossibilidade, é que deveriam comparecer na escola no dia 25/11 das 9h às 19h. 
As seis pessoas chamadas da lista da espera estavam com a documentação correta, o que possibilitou seu cadastro no banco de dados da escola, sendo esse realizado também no dia 01/06, finalizando então as 15 primeiras pessoas que iriam participar do projeto piloto de aulas de idiomas para a população de baixa renda da cidade de Bom Jardim de Minas.
Essa primeira turma foi informada que as aulas iniciariam no próximo semestre letivo, tendo em vista o recesso escolar e férias dos professores no mês de julho. Esse item foi alterado do que havia sido estipulado pelo MVP, o qual idealizava o total de 10 dias após o cadastro das pessoas para início das aulas, mas que não havia contabilizado o período de férias. 
Os professores se comprometeram a utilizar, assim como estipulado pelo MVP, 6h da sua carga horária semanal para realizar o projeto de empreendimento social. E as próximas turmas a serem divulgadas as chamadas, sendo essas a de inglês às terças das 19 às 20:30, e às quintas, nos mesmos horários da terça, seria realizado no início do próximo semestre letivo, a partir do dia 07/08/2023, de acordo com dados fornecidos pela escola.
Dessa forma, avaliou-se que o primeiro teste do protótipo ocorreu de forma harmoniosa, sendo feitas as melhorias necessárias e ajustes para a implementação do segundo teste com a próxima turma a ser chamada em agosto de 2023.
Proposta de implementação do projeto 
Visando a correta implementação do projeto pela escola, foi sugerido um Termo de Abertura de Projeto (TAP), tendo em vista que a escola o irá realizar por conta própria, e o termo será de grande valia para que a mesma saiba o cronograma, objetivos, restrições, entre outros itens necessários a serem avaliados.
O termo confeccionado para a escola encontra-se disponível abaixo.
Quadro 3 - Termo de Abertura do Projeto sobre o oferecimento de cursos de idiomas como projeto social
	CURSOS DE IDIOMAS COMO PROJETO SOCIAL 
	TERMO DE ABERTURA
	Preparado por 
	Caroline Nascimento da Silva
	Versão 1
	Aprovado por 
	Matheus Bonício
	22/05/2023
1. TITULO DO PROJETO E DESCRIÇÃO 
	
Projeto de oportunidade social visando o oferecimento de cursos de idiomas para a população de baixa renda da cidade de Bom Jardim de Minas que não possuem condições de arcar com o pagamento de um curso.
2. GERENTE DE PROJETOS DESIGNADO E NÍVEL DE AUTORIDADE
Gerente de projetos: Matheus Bonício, o qual ficará responsável por lidar com a implantação do referido projeto no próximo semestre letivo, iniciando em agosto de 2023. Seu nível de autoridade é alto, tendo em vista seu cargo dentro da empresa.
3. MOTIVAÇÃO 
Oferecer cursos de idiomas a pessoas de baixa renda que não possuem condições de pagar pelos cursos, lhes proporcionando capacitação em línguas estrangeiras para melhores oportunidades no mercado de trabalho.
4. OBJETIVOS DO PROJETO
De acordo com a metodologia SMART, o objetivo encontrado é:
S – oferecer cursos de idiomas em inglês e espanhol para pessoas de baixa renda da cidade de Bom Jardim de Minas que não podem arcar com os custos e desejam capacitação em línguas estrangeiras.
M – para mensurar, será avaliado através de testes de proficiência o nível dos alunos a cada mês de aula.
A – o objetivo é possível e atingível, a depender do estudo dos alunos. 
R – o objetivo é relevante, tendo em vista que somente 5% da população brasileira possui domínio do inglês, e apenas 1% possui fluência, valores esses que caem mais ainda quando a língua é o espanhol. Por conta disso, a população a ser beneficiada estará apta a concorrer em cargos de níveis mais elevados, além de auxiliar o mercado local na contratação.
T – o projeto teve início em 17/04/2023 e será finalizado em um ano.
5. ENTREGAS PRINCIPAIS DO PROJETO 
Turma do curso de inglês das 19h às 20:30h de terças:
· Divulgação das vagas, em 07/08/2023, para a turma que fará aulas de inglês das 19h às 20:30h às terças-feiras; 
· Prazo de 15 dias para os interessados entrarem em contato, finalizando dia 22/08/2023;
· Seleção dos 15 primeiros a entrarem em contato, e o restante a ser inserido em lista de espera;
· Disponibilização da lista de espera nas dependências da escola para os interessados em 24/08/2023;
· Realização de contato com os 15 primeiros selecionados solicitando o envio da documentação comprobatória do dia 28/08/2023 ao dia 30/08/2023;
· Averiguação da documentação no dia 31/08/2023;
· Realização de contato com as pessoas que estão com a documentação correta para cadastro no banco de dados;
· Em caso de indivíduos com documentação incompleta, realizar a desclassificação e chamar os próximos da lista para envio de documentação, do dia 04/09/2023 ao dia 06/09/2023;
· Averiguação da documentação no dia 07/09/2023;
· Realização de contato com as pessoas que estão com a documentação correta para cadastro no banco de dados;
· Se necessário, serão realizadas novas chamadas para envio de documentação com datas a serem definidas posteriormente pela escola.
Para a turma de inglês às quintas das 09h às 10:30h e das 19h às 20:30h, e de espanhol às segundas e quartas das 15h às 16:30h e das 19h às 20:30h, o procedimento será o mesmo, com datas a definir pela escola no próximo semestre.
6. RECURSOS PRÉ-ALOCADOS 
Neste projeto será alocado os recursos referentes à estrutura da escola, professores de inglês e espanhol, materiais didáticos e atividades, totalizando uma estimativa de R$ 120.000,00 ao longo de um ano, incluindo salários, despesas, materiais e custos fixos.
7. STAKEHOLDERS/PARTES INTERESSADAS 
As partes interessadas são:
· Criadora do projeto: Caroline Nascimento da Silva;
· Sócio e diretor da escola: Carlos Mantelli;
· Gerente da escola e responsável pela implementação desse projeto: Matheus Bonício;
· População de baixa renda moradora da cidade de Bom Jardim de Minas; 
· Professores de inglês e espanhol.
8. PREMISSAS/RESTRIÇÕES BÁSICAS 
· A documentação enviada pelo interessado à vaga deverá estar em conformidade com as normas estabelecidas pela escola, podendo ser desclassificado aquele que não estiver com a documentação de acordo;
· O aluno deverá ter 75% de presença nas aulas, podendo ser desclassificado caso o número de faltas extrapole o permitido;
· O projeto social terá a duração de um ano, podendo ser prorrogado a depender da demanda e decisão da escola;
· O material será fornecido gratuitamente ao aluno, ficando sob responsabilidade deste leva-lo para as aulas.
	APROVAÇÕES
	Matheus Bonício
	[Assinatura]
	22/05/2023
	Caroline Silva
	[Assinatura]
	22/05/2023
Fonte: Autoria própria (2023)
Definido o Termo de Abertura de Projeto (TAP) que servirá como guia para a escola realizar a implantação da oportunidade de projeto social, segue-se para a aplicação de uma ferramenta que proporcione feedback sobre a oportunidade desenvolvida, sendo essa a Matriz de Feedback, muito utilizada no Design Thinking e demonstrada no Quadro 4.
Quadro 4 – Matriz de Feedback como sugestão de ferramenta de implementação no projeto social
	Forças
	Fraquezas
	O que funcionou? 
O que os alunos acharam da oportunidade?O que pode melhorar?
O que os alunos gostariam?
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Sugestões
	Principais dúvidas
Fonte: Autoria própria (2023)
Finalizadas as ferramentas visando a futura implementação do projeto, analisa-se que a oportunidade foi de grande valia para a empresa, estando esta disposta a realizar os próximos testes para melhor averiguar detalhes que sejam pertinentes ao mesmo.
CONCLUSÃO
O empreendedorismo possui grande importância nos cenários político, econômico e social de um país, tendo em vista que seus negócios estão relacionados ao crescimento econômico. Além disso, ele é responsável pela geração de empregos, exploração de novas oportunidades e inovações.
Nesse cenário, o empreendedorismo social obteve grande destaque nos últimos anos, o qual seu intuito é solucionar um problema de viés social através de uma empresa que consiga gerar recursos para se manter. O mesmo é de grande importância frente à sociedade, tendo em vista que se propõe a dar soluções para problemas que são importantes para a população e que afeta diretamente suas vidas.
Nesse quesito, esse projeto contribuiu para que fosse avaliadas as formas de se realizar um protótipo de um empreendimento social, de modo que uma instituição se dispusesse a abrir suas portas e possibilitar a realização do mesmo em suas dependências. 
Para isso, a instituição escolhida, Evolluto, se prontificou a auxiliar no quesito de realização de uma oportunidade de empreendimento social, sendo esse o oferecimento de cursos de inglês e espanhol a pessoas de baixa renda moradoras de Bom Jardim de Minas, e que não possuem condições de pagar pelos cursos, lhes proporcionando capacitação em línguas estrangeiras para melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Através do MVP criado para o projeto e sua posterior fase de testes foi observado que a respectiva oportunidade de empreendimento social apresentou bons resultados tanto para a empresa quanto para o público-alvo, evidenciado através do fato de que o projeto precisou de poucos pontos de melhoria para sua posterior implementação. 
Por fim, para que a Evolluto pudesse realizar a posterior implementação do projeto de forma fixa, foi sugerido um Termo de Abertura de Projeto, contendo as principais descrições sobre o negócio, seus objetivos, cronograma, custos, restrições, e responsáveis, assim como uma matriz de feedback que os irá auxiliar na averiguação do andamento do projeto.
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