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LESÃO RENAL AGUDA A lesão renal aguda (LRA) é definida pela redução abrupta da função renal, com consequentes complicações em razão da redução de eliminação de água e eletrólitos e, de maneira potencialmente mais grave, devido à rapidez da instalação da disfunção renal. Diferentemente da doença renal crônica (DRC), em que a perda da função renal é progressiva e permite que mecanismos compensatórios e adaptativos se instalem no organismo, na LRA, a ocorrência de sintomas pode indicar medidas de intervenção mais precoces. Para avaliar a redução da função renal, utilizamos dois critérios: o aumento da creatinina sérica ou a redução do débito urinário. Durante muitos anos, não havia consenso sobre o que considerar como variações significativas desses parâmetros e cada instituição baseava-se na prática local. Apenas em 2004, foi criado o critério RIFLE (risk, injury, failure, loss of kidney function and end-stage kidney disease) e, em 2007, o critério AKIN (acute kidney injury network) também foi publicado. Atualmente, utilizamos, na prática clínica, o critério mais recente, de 2012, o KDIGO (kidney disease: improving global outcomes), que associa as definições utilizadas nos dois critérios anteriores – esse é o critério mais recente e o mais utilizado atualmente! - Anúria: diurese < 50mL/24 horas - Oligúria: diurese < 400-500mL/24 horas - Débito urinário normal: 1.000-2.000mL/24 horas - Poliúria: diurese > 3.000mL/24 horas A forma anúrica é menos comum em pacientes com LRA. As principais etiologias da LRA anúrica são choque, obstrução urinária completa (bilateral ou unilateral em rim único), glomerulonefrites crescênticas e desordens vasculares graves, como necrose cortical ou obstrução de artéria renal bilateral. Revisaremos as principais etiologias, ao longo do capítulo, não se preocupe! Em geral, a LRA não oligúrica está associada à menor gravidade do quadro clínico do paciente.
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