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NEFROLITÍASE (cálculo renal) -Principais tipos de cálculos CÁLCULOS DETALHES FATORES DE RISCO Sais de cálcio (+ comuns) + Frequente: oxalato de cálcio Hipercalciúria idiopática (sem hipercalcemia) Estruvita (fosfato de amônio magnesiano) Muito grande: coraliforme! ITU (urease): Proteus, Klebsiella -Urina alcalina (pH > 7) Ácido úrico Se puro: Radiotransparente (não aparece no Rx) Hiperuricosúria -Urina ácida (pH < 5) -Quadro clínico Pode ser assintomático ou... Hematúria Cólica nefrética (dor lombar com irradiação) Complicações (pior prognóstico por baixo fluxo) Infecção: risco de sepse Obstrução total: risco de IRA pós-renal -Diagnóstico Posso até fazer Rx... (ác úrico é radiotransparente) TC de AB total sem contraste (padrão-ouro, qualquer localização): IM HIPERDENSA USG (gestante, cálculo no rim ou JUV): IM HIPERECOGÊNICA (com sombra acústica) -Tratamento Agudo: Analgesia (AINE Indometacina, cetorolaco) +/- opioides Tamanho (10mm) /< 10mm: terapia médica expulsiva (alfa-bloqueador: Tansulosina/Doxazosina ou Bloq. Cálcio (nifedipina) >10mm / refratários (4-6 sem): Intervenção urológica Litotripsia extracorpórea (LECO) Proximal, < 20mm (pelve/ureter proximal), NÃO FAZER EM GESTANTE E ANEURISMA DE AORTA Nefrolitotripsia percutânea Proximal e > 20mm (pelve/ureter proximal) Ureterolitotripsia Ureter médio e distal -Tratamento nefrolitíase complicada (infecção ou obstrução) 1ª conduta: desobstrução Desobstrução: Stent ureteral (duplo J) OU Nefrostomia percutânea 2ª conduta: +ATB (Ceftriaxona) se infecção -Tratamento Crônico (prevenção) Hidratação: >/2-2,5 L/dia (2L/ DIA URINA) o resto depende do tipo de cálculo -Sais de cálcio NÃO RESTRINGIR CÁLCIO + restringir sódio e proteína + Diurético tiazídico -Estruvita ATB, se refratário usar ác acetohidroxâmico -Ác úrico restringir purina + alcalinizar urina (citrato K). Refratário: alopurinol HIPERPLASIA PROSTÁTICA -20-30g -Zona de Transição (Tubo) HIPERPLASIA PROSTÁTICA Zona Periférica (Posterior) CÂNCER -Fisiopatologia Envelhecimento (mais receptores de androgênio) OBSTRUÇÃO Componente estático: obstrução mecânica pelo tecido hiperplásico (ação de androgênios) Componente dinâmico: Obstrução por maior tônus do músculo liso (ação alfa-adrenérgica) IRRITAÇÃO Hipertrofia de detrusor (bexiga): diminui capacidade armazenamento e instabilidade (ação colinérgica) -Clínica Sintomas obstrutivos: Jato fraco/intermitente, esforço, gotejamento terminal, hesitação... Sintomas irritativos: Noctúria, polaciúria, urgência, urgeincontinência... -Tratamento IPSS (0-35 pontos) + qualidade de vida <8 (leve): acompanhar regular >/8 (moderado/grave): tratamento ALFA-BLOQUEADOR (Tansulosina) opção mais usada (menos tônus prostático) INIBIDOR DE 5-ALFA REDUTASE (Finasterida) demora 4-6 meses (precisa ter próstata grande) ANTICOLINÉRGICO (oxibutinina) sintomas graves de armazenamento -Tratamento cirúrgico Não responsivo ao tratamento clínico (4 semanas) Complicações: Insf renal, ITU recorrente, hematúria recorrente, retenção urinária, cálculo vesical <80g: RTU de próstata, Vaporização endoscópica, greenlight (HIPONATREMIA DILUCIONAL, tempo máx 90 minutos) />80g: Prostectomia simples CÂNCER DE PRÓSTATA -Rastreamento não há consenso: DECISÃO COMPARTILHADA! -Indicado >/ 50 anos OU >/40-45 anos + fator de risco (hx familiar, negro...) INTERROMPER: >/70 anos ou expectativa de vida abaixo de 10 anos -Como fazer TR: suspeito (nódulo, induração) Bx por USG transretal PSA: />4 OU <60 anos >2,5 Bx por USG transretal -Refinamentos do PSA Velocidade > 0,75ng/ml/ano Densidade > 0,15 Fração livre < 25% -Estadiamento PSA + Gleason + TNM PSA (ng/ml): /< 10 = baixo risco // 10-20 médio risco // > 20 alto risco Gleason (2 histologias mais comuns): /< 6 bem diferenciado (baixo risco) // 7 pouco diferenciado (médio risco) // 8-10 indiferenciado (alto risco) -Tratamento doença e expectativa de vida Doença localizada: Prostatectomia radical (aberta/VLP/robótica) Radioterapia VIGILÂNCIA ATIVA (baixo risco: PSA /< 10 + G /<6 + /<T2a Avançada (invasão local / metástase): TERAPIA DE DEPRIVAÇÃO ANDROGÊNICA -Orquiectomia bilateral -Hormonioterapia -Resistentes: quimioterapia REMIT -Metabolismo intermediário -Período pós-prandial: aumento glicemia, insulina sobrou glicose? Insulina inicia o ANABOLISMO Construção de estoque (2 formas) 1 gliconeogênses 2 lipogênses -Jejum ou trauma: queda glicemia, insulina hormônios contra insulínicos inciam o CATABOLISMO Destruição de estoque (2 formas) 1 glicogenólise 2 gliconeogênese (Proteólise produz glutamina e alanina, Lipólise produz glicerol e ac graxos, lactato também é produzido) *Glutamina, alanina, lactato, glicerol viram glicose. Ác graxos viram corpos cetônicos -Ciclo de Felig=Alanina vira Glicose Ciclo de Cori=Lactato vira Glicose -Adaptação do jejum / trauma: 1) reduz a proteólise 2) Prioriza a lipólise 3) Cérebro consome corpos cetônicos -E na prática? Como se aplica? No jejum, sem cirurgia programada, administro 2000 mL SG 5% = 100g GLICOSE = 400Kcal Energia basal capaz de sustar o catabolismo -No pré-OP (2h antes) administrar 200ml de Maltodextrina a 12,5% Energia capaz de repor estoques -Hormônios ADRENAL: Cortisol (gliconeogênese, permite ação de catecolaminas) Catecolaminas (bronco/pupilodilatação, aumento de ino/cronotropismo, vasoconstrição periférica, atonia intestinal) Aldosterona (Retém Na e H2O, Libera K e H+) HIPOTÁLAMO – HIPÓFISE: ADH (oligúria) GH (Lipólise) PÂNCREAS: Baixa insulina e aumenta glucagon -Resposta imunológica IL-1, IL-2, TNF-alfa: aumenta temperatura, anorexia PROTÉINAS DE FASE AGUDA: Positivas PCR, cerulopasmina, haplogtobina Negativas (Pré) albumina e transferrina -IL-4, IL-10, IL-13: ANTI-INFLAMATÓRIAS -Como modular a REMIT? “O catabolismo no trauma é iniciado por DOR + LESÃO 1) Diminuir dor: Anestesia epidural, diminui resposta ENDÓCRINA 2) Menor lesão: cirurgia por vídeo, diminui resposta IMUNE QUEIMADURAS -Atendimento pré-hospitalar: Segurança da cena 1) Afastar paciente da fonte de calor (retirar as roupas, joalheria) 2) Resfriar lesão (jogar água até 30 min após o trauma, temperatura ambiente ou >/12C, em queimadura química jogar água morna por 30 min e não NEUTRALIZAR) 3) Prevenção da hipotermia (envolver paciente em lençóis ou cobertores SECOS) 4) Decidir se precisa de CETQ (A. Estimar a SCQ Regra dos 9 e vai dobrando B. Indicações de CETQ Segundo grau: >10% SCQ, terceiro grau: qualquer %, Face, olhos, mão/pé, grandes articulações, períneo/genitália, química ou elétricas graves, lesões por inalação, comorbidades/trauma) -Atendimento hospitalar: TRAUMA (ABCDE) A – Coluna e via aérea B – Complicações respiratórias Cenário 1: queimadura em face e pescoço 1) Lesão térmica da VAS (Fumaça quente) Clínica: Hiperemia de orofaringe, rouquidão, estridor Pode ter insf respiratória IMEDIATA! Diagnóstico: Clínica, laringoscopia Tratamento: Suporte ventilatório IOT se SCQ > 40-50% 2) Lesão pulmonar por inalação (Fumaça suja) Clínica: sibilos, escarro carbonáceo Pode ter insf respiratória em até 24h Diagnóstico: Broncoscopia, cintilografia Tratamento: suporte ventilatório, Nebulização c/ broncodilatadores, +/- heparina, +/- NAC (neuro acetil cisteína), Broncoscopia Cenário 2: queimadura em local fechado (“Fumaças “tóxicas”) 3) Intoxicação por monóxido de carbono (CO) Clínica: cefaleia, redução de nível de consciência Diagnóstico: dosar carboxihemoglobina Tratamento: Aumentar FiO2, medicina hiperbárica 4) Intoxicação por cianeto Clínica: rebaixamento de consciência Diagnóstico: Lactato aumentado (> 90mg/dL), cianeto aumentado (>0,5mg/L) Tratamento: Hidroxicobalamina, +/- Tiosulfato de sódio C – Acesso e Volume 1) Como fazer? 2 acessos periféricos, Ringer lactato aquecido Primeiras 24h de queimadura: PARKLAND: 4ml X peso X SCQ ATLS: 2ml (3ml se <14a) X peso X SCQ infundir½ nas 1as 8h, e a outra ½ nas próximas 16h 2) Como avaliar? Diurese: >/ 0,5ml (1ml se <14a) D – Disfunção neurológica E – Exposição -Analgesia: opioide IV -Profilaxia: tétano / TVP -Classificação PRIMEIRO GRAU Profundida: epiderme Coloração: eritema Sensibilidade: DOR/ardência Detalhes: NÃO ENTRA NO CÁLCULO DA SCQ!!! SEGUNDO GRAU Profundidade: derme superficial papilas dérmicas / derme profunda reticular Coloração: BOLHAS (superficial eritema / profunda Rósea) Sensibilidade: superficial dor / profunda dor menor Detalhes: tratamento limpeza, curativo oclusivo com sulfadiazina de prata (se profunda fazer enxerto cutâneo em alguns casos estéticos) TERCEIRO GRAU Profundida: Gordura subcutânea Coloração: marrom Sensibilidade: Dor ao redor da queimadura Detalhes: tratamento com enxerto precoce Atenção: retração da “Pele dura” ou “Escara” conduta Escaratomia “QUARTO GRAU” (ELÉTRICA GRAVE) Evoluem com catarata Rabdomiólise Clínica: urina escura, CPK >/ 5X Conduta: Ringer aquecido 4ml x KG x SCQ (Parkland) Forçar diurese 1-1,5 ml/kg/h até urina clarear *Consultar centro de queimado antes de usar manitol e/ou bicarbonato Síndrome compartimental Clínica: Dor + parestesia + diminuição de pulso Dor desproporcional ao estiramento muscular Conduta: Fasciotomia
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