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TRATAMENTO CIRÚRGICO DA LITÍASE URINÁRIA Novembro, 2021 Introdução Fatores de risco Inibidores do crescimento do cálculo Físico-química da formação do cálculo Etiologias do cálculo TRATAMENTO CIRÚRGICO DA LITÍASE URINÁRIA INTRODUÇÃO A Litíase Urinária é uma patologia designada pela formação de cálculos; Uma das patologias mais frequentes do trato urinário; Chance de 5,4% durante toda a vida; FATORES DE RISCO Baixa ingesta hídrica; Baixa ingesta de citratos, magnésio e pirofosfato; Ingesta pobre em cálcio, rica em sódio, proteínas e gordura animal; Altas doses de vitamina C; Trabalhadores que exercem sua profissão sob altas temperaturas Doenças como: Diabetes, HAS, gota, obesidade, distúrbios metabólicos e sistêmicos; Pessoas sedentárias; Ter feito cirurgia bariátrica; História familiar; Alterações anatômicas como: rim em ferradura, rim espongiomedular; Uso de medicamentos como: sulfadiazina, triantereno e aciclovir. FÍSICO-QUÍMICA DA FORMAÇÃO DO CÁLCULO Saturação urina com quantidade excessiva de minerais Nucleação formação da menor unidade de um cristal Agregação junção dos cristais resultante de forças intermoleculares Retenção formação final do cálculo INIBIDORES DO CRESCIMENTO DO CÁLCULO Citrato redução do Cálcio iônico disponível Magnésio reduz a concentração de oxalato iônico eleva o ponto de saturação do oxalato de cálcio Pirofosfato eleva o ponto de saturação do fosfato de cálcio Glicoproteínas reduzem a agregação do oxalato de cálcio ETIOLOGIA DO CÁLCULO Hipercalcinúria Idiopática Hiperparatireoidismo Primário Doenças Granulomatosas Hipocitratúria Hiperoxalúria FIM DA PARTE DE RAÍSSA QUADRO CLÍNICO, EXAMES E TRATAMENTO Quadro Clínico Exames complementares Tipos de tratamento AQUI COMEÇA A PARTE DE THENIO QUADRO CLÍNICO Cálices assintomáticos Pelve, JUP ou Ureter Cólica nefrética Dor lombar intensa Náuseas e vômitos Febre ITU Sinal de Giordano presente Hematúria macroscópica Hiperestesia da bolsa escrotal Distensão abdominal EXAMES COMPLEMENTARES Radiografia de abdome USG do aparelho urinário TC do aparelho urinário Urografia excretora RADIOGRAFIA DE ABDOME ULTRASSONOGRAFIA DO APARELHO URINÁRIO TC DO APARELHO URINÁRIO (Foto: The New England Journal of Medicine) UROGRAFIA EXCRETORA O que é Quando usar Vantagens Desvantagens UROGRAFIA EXCRETORA TIPOS DE TRATAMENTO Conservador MET (Medical Expulsive Therapy) - Eliminação espontânea do cálculo com ajuda medicamentosa Interventivo Endourológico Bombardeio por ondas de choque intervenção cirúrgica AQUI TERMINA A PARTE DE THENIO LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA POR ONDAS DE CHOQUE (LECO) Método ambulatorial de fragmentação do cálculo por ondas de choque; Utiliza uma máquina para transferir a onda para dentro do corpo e um localizador; Indicado em cálculos calicinais de 5mm ou sintomáticos, até 2cm . Não invasivo , necessita de uma fonte de energia para criar essas ondas localizador: USG ou fluoroscopia *(algumas fontes incluem como indicação cálculos ureterais altos, cálculos de bexiga de até 2cm e ainda como medida profilática para mulheres que estão tentando engravidar) Princípios físicos: o cálculo é localizado no ponto F2 (ponto de mira), ondas de choque podem são geradas por um sistema eletro-hidráulico, eletromagnético ou piezoelétrico. O paciente fica comumente em decúbito dorsal. As ondas atravessam o meio líquido e a gordura do paciente e convergem para o cálculo localizado em F2. A pedra se fragmenta pela força exercida na superfície do cálculo. através de USG ou fluoroscopia (indicado o uso de cateter ureteral para ajudar na localização no caso de cálculos pequenos ou pouco calcificados mas se os rins forem anteriores, transplantados ou em ferradura o decúbito ventral é a melhor opção. Imobilidade do paciente e anestesia: o paciente deve ficar imóvel para evitar impactos em órgãos adjacentes e ocorrer o maior número de impulsos sobre o cálculo, para isso, o uso da anestesia é bem indicado. Considerações sobre o cálculo Composição: oxalato de cálcio mono-hidratado, brushita e cistina (mais resistentes) ácido úrico, oxalato de cálcio di-hidratado e estruvita (mais frágeis) TC: avalia o coeficiente de atenuação em unidade de Hounsfield e relação entre a pele o cálculo mensurado. em geral não se sabe a constituição, então utiliza-se o aspecto do cálculo ao raio-X (suspeita-se que cálculos regulares, homogêneos e mais brancos que as costelas sejam mais resistentes) / (quanto mais alto, menor a probabilidade de fragmentação, os menores de 500 UH são bem fragmentáveis)(maior que 9 a 10cm indica mau prognóstico da LECO) Localização: cálculos em divertículos calicinais, rins ectópicos ou em ferradura e com estenose de JUP apresenta maus resultados pela dificuldade de eliminação dos fragmentos. Tamanho: quanto maior a massa, menos taxa de sucesso, maior o número de reaplicações, mais fragmentos residuais e maior necessidade de procedimentos adicionais como colocação de duplo J e ureteroscopias. Contraindicações: gestação, coagulopatias, HAS não controlada, aneurisma de aorta abdominal, infecção urinária, obstrução decorrente do cálculo, obesidade mórbida, distância da pele para o cálculo > 10cm e densidade do cálculo acima de 1000UH Casos especiais: Necessita de proteção gonadal e pulmonar para ser realizado em crianças e avaliação de um cardiologista para pacientes que usam marcapasso. . Taxas de sucesso: para cálculos <10mm: 79,9%, de 11 a 20mm: 64,1% e >20mm: 53,7%. Complicações: hematúria macroscópica persistente, rua de cálculos, prejuízo transitório da função renal, eventos sépticos, hematomas renais e lesões de órgãos adjacentes. Tem sido estudado o aparecimento de HAS e DM após LECO, mas não há consenso URETEROLITOTRIPSIA/NEFROLITOTRIPSIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (UTL) Início com ureterocistoscopia, permitindo a inspeção da bexiga e a realização de pielografia ascendente prévia, através do meato ureteral a ser acessado, a fim de se avaliar a anatomia a ser percorrida. Em seguida, introduz-se o fio-guia pelo meato e acompanha-o pela fluoroscopia. Procedimento minimamente invasivo que consiste na retirada do cálculo por meio de um ureteroscópio. Após a colocação do fio-guia introduz-se o ureteroscópio e, visualizado o cálculo, deve-se avaliar seu aspecto local (tamanho e edema) para definir a forma de extração: se retirada completa do cálculo ou se retirada dos fragmentos após litotripsia. Ao final do procedimento, o cirurgião deve avaliar a necessidade de duplo J não havendo consenso quanto sua utilização. Estudos evidenciaram que procedimentos demorados, com necessidade de litotripsia, presença de edema e de fragmentos no ureter se beneficiam da colocação do duplo J. Classificação: Quanto ao fio endoscópico: Rígido (cálculos localizados no ureter distal) Flexível (indicado para cálculos localizados no ureter proximal, na pelve renal ou nos cálices renais) Semiflexível. sendo preferível por ser menos onerosa Sua desvantagem é ser mais oneroso. Quanto o mecanismo de litotripsia: Ultrassônico (ondas mecânicas para fragmentação do cálculo) Pneumático-balístico (energia mecânica emitida por um projétil lançado em direção ao cálculo) Laser (fragmentação por ação térmica associada a ondas de choque, que promovem um efeito de “perfuração por broca”) sendo o mecanismo que apresenta maior força de fragmentação Complicações: avulsão ureteral e intussuscepção ureteral por excesso de tração; episódios sépticos; estenose ureteral; perfuração ureteral; lesão de mucosa. FIM DA PARTE DE MARINA Nefrolitotripsia Percutânea (NLP) Punção percutânea por via lombar Auxílio por radioscopia ou ultrassonografia Dilatação Introdução do nefroscópio Fragmentação dos cálculos renais e aspiração Nefrostomia Nefrolitotripsia Percutânea (NLP) Principais indicações:Cálculos >2cm Cálculos coraliformes Cálculos >1cm localizados no polo inferior Contraindicação de LECO Cálculos grandes/impactados no ureter proximal É contraindicada na gestação, vigência de sepse ou pionefrose Nefrolitotripsia Percutânea (NLP) Complicações mais comuns: Sangramento Lesões e extravasamento do sistema coletor lesões de órgãos adjacentes Sepse Hipotermia Trombose Laparoscopia Pielolitotomia laparoscópica Cálculos >2cm, impossibilidade de outros tratamentos, patologia concomitante Vantagens em relação à aberta: Menor dor no pós-operatório Menor tempo de hospitalização Retorno mais rápido às atividades Estética. Laparoscopia Preparo pré-operatório: Laxativos leves para higiene colônica de véspera Jejum de 8h Tipagem sanguínea e reserva de sangue Antibioticoprofilaxia Profilaxia para TVP. Complicações: sangramento, lesões de vísceras intra-abdominais e pneumoperitônio. Cirurgia aberta Indicações: Anormalidades anatômicas Refratários às terapias endourológicas Cálculos de grande volume e complexos Exclusão renal Cirurgia aberta concomitante Pacientes obesos mórbidos Opção do paciente Cirurgia aberta Nefrolitotomia Anatrófica Cirurgia aberta Pielolitotomia Ureterolitotomia Cistolitotomia Nefrectomia total/parcial Obrigada!
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