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Medicina intensiva pediatrica


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CAMIP
Atualização em Medicina 
Intensiva Pediátrica
SUMÁRIO
1. Manejo da via aérea ............................................................ 11
2. Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal ..... 31
3. Procedimentos em pediatria: cateter venoso central, 
cateter umbilical, pressão arterial invasiva e cardioversão .......59
4. Sedação e analgesia em pediatria ...................................... 75
5. Choque circulatório em pediatria ...................................... 117
6. Arritmias cardíacas na infância ......................................... 139
7. Monitorização hemodinâmica ........................................... 165
8. Emergência hipertensiva ................................................... 179
9. Cuidados no pós-operatório das 
cardiopatias congênitas .................................................... 187
10. Insuficiência respiratória ................................................... 211
11. Síndrome do desconforto respiratório agudo 
em Pediatria ...................................................................... 225
12. Síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido ..... 241
13. Síndrome de aspiração meconial ...................................... 251
14. Hipertensão pulmonar persistente neonatal ..................... 257
15. Asma aguda grave ............................................................ 273
16. Ventilação mecânica ......................................................... 291
17. Monitorização respiratória ................................................. 305
18. Estado de mal epiléptico em pediatria .............................. 319
19. Morte encefálica ................................................................ 331
20. Traumatismo craniencefálico na criança ........................... 343
21. Insuficiência renal aguda ................................................... 369
22. Distúrbios hidroeletrolíticos ............................................... 389
23. Distúrbios acidobásicos .................................................... 423
24. Terapia nutricional na criança gravemente doente ........... 443
25. Utilização de hemoderivados em terapia intensiva .......... 457
26. Sepse ................................................................................ 475
27. Uso racional de antimicrobianos em crianças 
gravemente enfermas ...................................................... 497
28. Infecção hospitalar em terapia intensiva pediátrica .......... 517
29. Grande queimado ............................................................. 537
30. Afogamento ....................................................................... 555
31. Intoxicações agudas ......................................................... 573
32. A criança politraumatizada ................................................ 589
33. Tromboembolismo pulmonar em pediatria ....................... 607
DIRETORIA EXECUTIVA
BIÊNIO 2016/2017
Presidente
Mirella Cristine de Oliveira (PR)
Vice-Presidente
Paulo Ramos David João (PR)
Secretário Geral
Patrícia M. V. de Carvalho Mello (PI)
Tesoureiro
Marcos Antônio C. Gallindo (PE)
Diretor Executivo Fundo AMIB
Jorge Luis dos Santos Valiatti (SP)
Presidente Futuro
Ciro Leite Mendes (PB)
Presidente Passado
Fernando Suparregui Dias (RS)
AMIB
Associação de Medicina 
Intensiva Brasileira
Rua Arminda, 93 – 7º andar 
Vila Olímpia
CEP 04545-100 – São Paulo – SP
(11) 5089-2642
www.amib.org.br
DIRETORIA EXECUTIVA BIÊNIO 
2020/2021
Presidente
Suzana Margareth Ajeje Lobo (SP)
Vice-Presidente
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE)
Secretário Geral
Antonio Luis Eiras Falcão (SP)
Tesoureiro
Wilson de Oliveira Filho (AM)
Diretor Científico
Hugo Correa de Andrade Urbano (MG)
Presidente-Futuro
Marcelo de Oliveira Maia (DF)
Presidente-Passado
Ciro Leite Mendes (PB)
AMIB 
Associação de Medicina 
Intensiva Brasileira
Rua Arminda, 93 - 7º andar 
Vila Olímpia 
CEP 04545-100 - São Paulo - SP 
(11) 5089-2642 
www.amib.org.br
SUMÁRIO
2
Camip
2
CAMIP – Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
COORDENADOR
• Eduardo Juan Troster – São Paulo, SP
BOARD CONSULTIVO
• Olberes Vitor Braga de Andrade – São Paulo, SP
• Albert Bousso – São Paulo, SP
• Juliana Ferreira Ferranti – São Paulo, SP
Capítulo 1
IRACEMA C. O. FERNANDES
• Mestre em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
• Médica Assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da 
Universidade de São Paulo
• Médica Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Sabará, SP
REGINA GRIGOLLI CÉSAR
• Doutora em Pediatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 
• Professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
• Diarista da UTI Pediátrica do Hospital Sabará
• Professora do Curso de Pós-Graduação Lato Senso em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal da AMIB
GUILHERME PELOSO REIS QUEIROGA
• Residente de Terapia Intensiva Pediátrica do Departamento de Pediatria e Puericultura da Irmandade 
da Santa Casa de Misericórdia de SP
Capítulo 2
RODRIGO LOCATELLI PEDRO PAULO
• Médico Assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
ANA MARIA A. GONÇALVES PEREIRA DE MELO
• Médico Assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
Capítulo 3
ALINE MOTTA DE MENEZES 
• Médica Assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Albert Einstein
• Médico Preceptor da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Instituto da Criança – ICr/
HCFMUSP (2012-2013)
• Médico Preceptor da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Albert Einstein (2013)
Capítulo 4
LAURA GAIGA
• Médica Assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil
• Médica Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Sabará
CINTIA T. CRUZ
• Médica Assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil
• Médica Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Sabará
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
3
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
3
Capítulo 5
CID EDUARDO DE CARVALHO
• Primeiro Assistente da UTI pediátrica da Irmandade da Santa casa de Misericórdia de São Paulo
• Coordenador da Disciplina de Propedêutica Pediátrica da Faculdade de Ciências Médicas da 
Santa Casa de SP
• Coordenador da UTI Pediátrica do Hospital Municipal Alípio Corrêa Neto
FÁBIO HENRIQUE DE NUNCIO
• Médico Segundo Assistente da UTI Pediátrica da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Capítulo 6
JOSÉ CARLOS FERNANDES
• Médico Supervisor da Unidade de Terapia Intensiva Cardiopediátrica do Hospital do Coração – 
Associação do Sanatório Sírio
• Médico Diarista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da USP
LUISA ZAGNE BRAZ
• Médica Assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil
• Médica Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Sabará
Capítulo 7
DANIELA CARLA DE SOUZA
• Médica Assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da USP
• Médica Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Sírio Libanês
EDUARDO JUAN TROSTER
• Coordenador Médico do CTI Pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein
• Médico Assistente do ITACI (Instituto de Tratamento do Câncer Infantil)
• Professor Livre Docente do Departamento de Pediatria da FMUSP
FRANCISCO FLAUBER DUARTE DOS SANTOS FILHO
• Plantonista Unidade de Terapia Intensiva do Instituto de Oncologia Pediátrica da Universidade 
Federal de São Paulo (UNIFESP)
• Plantonista da Unidade de Apoio Cirúrgico do Hospital Central – Universidade de São Paulo (USP)
RAQUEL MATOS DE SANTANA
• Complementanda em Terapia Intensiva Pediátrica da Universidade de São Paulo (USP)
Capítulo 8
CAROLINE PRITSCH
• Médica Assistente da UTI Pediátrica do Instituto de Tratamentodo Câncer Infantil da FMUSP
• Médica Plantonista da UTI Pediátrica do Hospital Infantil Sabará
• Médica Plantonista da UTI Pediátrica do Hospital São Luiz Unidade Jabaquara
GABRIEL BALDANZI
• Médico Preceptor do Instituto da Criança da FMUSP
• Médico Plantonista da UTI Pediátrica do Hospital Infantil Sabará
• Médico Plantonista da UTI Pediátrica do Hospital AC Camargo
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
4
Camip
4
Capítulo 9
JOSÉ CARLOS FERNANDES
• Médico Supervisor da Unidade de Terapia Intensiva Cardiopediátrica do Hospital do Coração – 
Associação do Sanatório Sírio
• Médico diarista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da USP
LUISA ZAGNE BRAZ
• Médica especialista em Pediatria e Nefrologia Pediátrica pela ISCMSP, com área de atuação em 
Transplante Renal Pediátrico pela EPM/UNIFESP
• Médica assistente do setor de emergências pediátricas da ISCMSP
• Médica integrante do corpo clínico do Hospital do Rim
Capítulo 10
 
ANDRÉA HIROMI IMAMURA
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da UTI Pediátrica do Instituto de Assistência Médica do Servidor 
Público Estadual
• Título de Especialista em Pediatria – SBP/AMB
• Título de Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica – AMIB/AMB
JULIANA FERREIRA FERRANTI
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança - HCFMUSP (2013-2014)
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein 
(2014-2015)
• Título de Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica – AMIB/AMB
NATÁLIA VIU DEGASPARE
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital da Luz
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança - HCFMUSP (2014-2015)
Capítulo 11
ADRIANA STAMA SUZUKI DANIEL
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Inst. de Tratamento do 
Câncer Infantil
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Sabará
CINTIA TAVARES CRUZ
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Inst. de Tratamento do 
Câncer Infantil
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Sabará
ELIANE ROSELI BARREIRA
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da USP
• Médica plantonista da Unidade de Pronto Atendimento Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
5
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
5
JULIANA FERREIRA FERRANTI
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança - HCFMUSP (2013-2014)
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein 
(2014-2015)
• Título de Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica – AMIB/AMB
Capítulo 12
MAURÍCIO MAGALHÃES
• Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
• Chefe do Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria da Santa Casa de São Paulo
• Neonatologista da Unidade Materno-infantil do Hospital Israelita Albert Einstein
MARCELA CHAVES DE MATTOS PIMENTA BOSCO
• Médica Pediatra e Neonatologista Titular da Sociedade Brasileira de Pediatria
• Médica Assistente do Serviço de neonatologia do Departamento de Pediatria da Santa Casa 
de São Paulo
• Médica Preceptora da Residência Médica em Neonatologia do Hospital Israelita Albert Einstein de 
São Paulo
LÚCIA CÂNDIDA SOARES DE PAULO
• Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
• Fisioterapeuta responsável pela equipe de fisioterapia do CTIN2 do Instituto da Criança do Hospital 
das Clínicas - FMUSP
• Coordenadora e professora do Curso de Especialização em Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia 
em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Instituto da Criança - FMUSP
Capítulo 13
MAURÍCIO MAGALHÃES
• Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
• Chefe do Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria da Santa Casa 
de São Paulo
• Neonatologista da Unidade Materno-infantil do Hospital Israelita Albert Einstein
MARCELA CHAVES DE MATTOS PIMENTA BOSCO
• Médica Pediatra e Neonatologista Titular da Sociedade Brasileira de Pediatria
• Médica Assistente do Serviço de neonatologia do Departamento de Pediatria da Santa Casa de 
São Paulo
• Médica Preceptora da Residência Médica em Neonatologia do Hospital Israelita Albert Einstein de 
São Paulo
Capítulo 14
HEIKI MORI
• Titulo de especialista em Pediatria e Neonatologia
• Assistente do Departamento de Pediatria e Puericultura da Santa Casa 
de São Paulo
• Chefe de Plantão da UTI Pediátrica da Santa Casa de São Paulo
• Neonatologista da Maternidade Pro Matre Paulista
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
6
Camip
6
AMANDA LIBERATI CARDOSO
• Médica segundo assistente da UTI pediátrica da Santa Casa de São Paulo, membro do corpo clínico 
da UTI pediátrica do Hospital São Luiz Anália Franco titulada em pediatria pela SBP
Capítulo 15
ANDREA REIS FEROLLA
• Médica Intensivista Pediátrica pela Santa Casa de São Paulo
• Médica plantonista da Uti Pediátrica do Hospital São Luiz Unidade Jabaquara
• Médica plantonista da Uti Pediátrica do Centro Hospitalar do município de Santo André
BIANCA LIMA ZIMMER
• Médica Intensivista pediátrica da UNESP de Botucatu
DOMENICO MONETTA NETO
• Médico assistente da UTI pediátrica da Santa Casa de São Paulo
• Encarregado médico da UTI pediátrica do CHMSA da Faculdade de Medicina do ABC
Capítulo 16
ALBERT BOUSSO
• Mestre e Doutor em Pediatria pela FMUSP
• Médico Coordenador da Pediatria do Hospital Municipal Vila Santa Catarina
• Hospital Israelita Albert Einstein
Capítulo 17
CAROLINA VALENTE RIZZO
• Médica Intensivista Pediátrica pela Santa Casa de São Paulo
EVELYN HILDA DIAZ ALTAMIRANO
• Fisioterapeuta da UTI Pediátrica da Santa Casa de São Paulo
• Supervisora da Especialização da Fisioterapia Respiratória da Santa Casa 
de São Paulo
• Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento Mackenzie São Paulo
• Especialista em Fisiologia do Exercício UNIFESP 
NELIO DE SOUZA
• Médico Chefe da UTI Pediátrica da Santa Casa de São Paulo
• Mestre em Pediatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa 
de São Paulo
• Título de especialista em Pediatria e Medicina Intensiva Pediátrica
Capítulo 18
IVAN POLLASTRINI PISTELLI
• Mestre e Doutor pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo
• Professor Doutor, da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo
• Médico da UTI Pediátrica da Santa Casa de São Paulo
• Médico Chefe da UTI Pediátrica do Hospital São Luiz – Unidade Morumbi
• Vice Presidente do departamento de Terapia Intensiva da Sociedade de Pediatria 
de São Paulo
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
7
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
7
THAISA LONGO MENDES
• Médica Assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica dá Irmandade de Santa Casa de 
Misericórdia de São Paulo
• Nefrologista Pediátrica pela ISCMSP
Capítulo 19
CLARICE PEIXOTO DE SOUSA
• Médica Intensivista Pediátrica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
NATÁLIA VIU DEGASPARE
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátricado Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital da Luz
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança - HCFMUSP (2014-2015)
Capítulo 20
BIANCA MELLO LUIZ
• Médica Assistente da UTI Pediátrica do Instituto de Tratamento do Câncer infantil – ITACI
• Médica plantonista da AACD
• Médica Plantonista do Hospital Estadual de Diadema
PRISCILA CORRÊA RODRIGUES
• Médica Assistente da UTI Pediátrica do Instituto de Tratamento do Câncer infantil – ITACI 
• Médica plantonista da CTI Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein
Capítulo 21
PATRÍCIA FREITAS GÓES
• Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 
• Médica Assistente da UTI Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
PRISCILA CORREA RODRIGUES
• Médica Assistente da UTI Pediátrica do Instituto de Tratamento do Câncer infantil – ITACI 
• Médica plantonista da CTI Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein
Capítulo 22
LUIZA GHIZONI
• Médica especialista em Pediatria e Nefrologia Pediátrica pela ISCMSP, com área de atuação em 
Transplante Renal Pediátrico pela EPM/UNIFESP
• Médica assistente do setor de emergências pediátricas da ISCMSP
• Médica integrante do corpo clínico do Hospital do Rim
TARSILA TOYOFUKU
• Médica residente da Nefrologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo
OLBERES VITOR BRAGA DE ANDRADE
• Prof. Assistente da FCM Santa Casa de São Paulo. Mestre em Nefrologia pela UNIFESP e 
Doutor em Pediatria pela FCMS Santa Casa de São Paulo 
• Ex- médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein 
• Coordenador da Nefrologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo 
• Especialista em Nefrologia Pediátrica e Terapia Intensiva Pediátrica
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
8
Camip
8
Capítulo 23
LUIZA GHIZONI
• Médica especialista em Pediatria e Nefrologia Pediátrica pela ISCMSP, com área de atuação 
em Transplante Renal Pediátrico pela EPM/UNIFESP
• Médica assistente do setor de emergências pediátricas da ISCMSP
• Médica integrante do corpo clínico do Hospital do Rim
THAMARA SIGRIST
• Médica residente da Nefrologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo
OLBERES VITOR BRAGA DE ANDRADE
• Prof. Assistente da FCM Santa Casa de São Paulo. Mestre em Nefrologia pela UNIFESP e 
Doutor em Pediatria pela FCMS Santa Casa de São Paulo 
• Ex- médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita 
Albert Einstein 
• Coordenador da Nefrologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo 
• Especialista em Nefrologia Pediátrica e Terapia Intensiva Pediátrica
Capítulo 24
ARTUR FIGUEIREDO DELGADO
• Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança do HCFMUSP
Capítulo 25
PATRÍCIA RESENDE AREIAS DE ARAÚJO
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
PRISCILLA DE OLIVEIRA CAVALHEIRO
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Sabará
Capítulo 26
ANDREA MARIA CORDEIRO VENTURA
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da 
Universidade de São Paulo
• Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
DANIELA CARLA DE SOUZA
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário 
da Universidade de São Paulo
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do 
Hospital Sírio Libanês
• Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
9
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
9
Capítulo 27
EDUARDO JUAN TROSTER
• Coordenador Médico do CTI-Pediátrico do Hospital Israelita Albert Einstein
• Médico Assistente do ITACI (Instituto de Tratamento do Câncer Infantil)
• Professor Livre Docente do Departamento de Pediatria da FMUSP
HELOISA HELENA DE SOUSA MARQUES
• Médica Assistente e Chefe da Unidade de Infectologia do Instituto da Criança do Hospital 
das Clínicas da FMUSP-SP. Doutora em Pediatria pela FMUSP-SP
JULIANA FERREIRA FERRANTI
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança - HCFMUSP 
(2013-2014)
• Médica Preceptora da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert 
Einstein (2014-2015)
• Título de Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica – AMIB/AMB
Capítulo 28
LAURA FONSECA DARMAROS
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
ELIANE ROSELI BARREIRA
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário 
da USP
• Médica plantonista da Unidade de Pronto Atendimento Infantil do Hospital Israelita 
Albert Einstein
Capítulo 29
ANDRÉA HIROMI IMAMURA
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto da Criança HCFMUSP
• Médica plantonista da UTI Pediátrica do Instituto de Assistência Médica do Servidor 
Público Estadual
• Título de Especialista em Pediatria – SBP/AMB
• Título de Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica – AMIB/AMB
SÉRGIO MASSARU HORITA
Médico Assistente do Pronto Socorro Infantil e da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do 
Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
Capítulo 30
MARIA LUCIA DE O. SARAIVA LOBO
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil
• Médica plantonista do Pronto Atendimento do Hospital Sírio Libanês
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
10
Camip
10
FELIPPE NAGATA OTOCH
• Médico Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Municipal Moysés 
Deutsch - M Boi Mirim
• Médico assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Inst. de Tratamento do Câncer Infantil
Capítulo 31
SERGIO MASSARU HORITA
• Médico Assistente do Pronto Socorro Infantil e da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do 
Hospital Universitário da Universidade de São Paulo
Capítulo 32
CLARICE PEIXOTO DE SOUSA
• Médica Intensivista Pediátrica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 
 
Capítulo 33
ADRIANA STAMA SUZUKI DANIEL
• Médica assistente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Inst. de Tratamento do 
Câncer Infantil
• Médica plantonista da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil Sabará
CAMIP | Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
11
Capítulo 1
Manejo da via aérea
Iracema de Cássia O. Fernandes 
Regina Grigolli César 
Guilherme Peloso Reis Queiroga
Caso clínico
GSS, 4 meses, deu entrada no pronto-socorro de pediatria com quadro de febre há 2 dias, tosse 
e cansaço. À entrada apresentava frequência respiratória de 60 irpm, com retrações subcostal, 
intercostal e de fúrcula esternal. Apresentava também sibilos difusos e estertores subcrepitantes.
Foram realizadas duas sequências de três inalações com O2 em intervalos de 20 minutos, 
sem melhora do quadro, evoluindo para insuficiência respiratória aguda. Foi realizada sequ-
ência rápida de intubação (SRI) com atropina, cetamina, midazolam e rocurônio.
Foram feitas sete tentativas de intubação, durante as quais houve um episódio de parada 
cardiorrespiratória (PCR) por 5 minutos, revertida com uma dose de adrenalina. Sucesso 
na oitava tentativa, com cânula 3,5 com cuff, fixada em 12 no lábiosuperior, com posição 
limitada a T1 (confirmação por raio X devido à impossibilidade de sua progressão).
Raio X de tórax revelou condensação em base direita, sendo introduzido cefuroxima. Crian-
ça evoluiu com melhora do quadro respiratório, sendo possível diminuir os parâmetros ven-
tilatórios. Porém, conforme raio X da Figura 1 de controle, a cânula permanecia localizada 
à altura de T1.
 
Figura 1. Radiografia torácica revelando a cânula localizada à altura de T1
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
11
Capítulo 1
Manejo da via aérea
Iracema de Cássia O. Fernandes 
Regina Grigolli César 
Guilherme Peloso Reis Queiroga
Caso clínico
GSS, 4 meses, deu entrada no pronto-socorro de pediatria com quadro de febre há 2 dias, tosse 
e cansaço. À entrada apresentava frequência respiratória de 60 irpm, com retrações subcostal, 
intercostal e de fúrcula esternal. Apresentava também sibilos difusos e estertores subcrepitantes.
Foram realizadas duas sequências de três inalações com O2 em intervalos de 20 minutos, 
sem melhora do quadro, evoluindo para insuficiência respiratória aguda. Foi realizada sequ-
ência rápida de intubação (SRI) com atropina, cetamina, midazolam e rocurônio.
Foram feitas sete tentativas de intubação, durante as quais houve um episódio de parada 
cardiorrespiratória (PCR) por 5 minutos, revertida com uma dose de adrenalina. Sucesso 
na oitava tentativa, com cânula 3,5 com cuff, fixada em 12 no lábio superior, com posição 
limitada a T1 (confirmação por raio X devido à impossibilidade de sua progressão).
Raio X de tórax revelou condensação em base direita, sendo introduzido cefuroxima. Crian-
ça evoluiu com melhora do quadro respiratório, sendo possível diminuir os parâmetros ven-
tilatórios. Porém, conforme raio X da Figura 1 de controle, a cânula permanecia localizada 
à altura de T1.
 
Figura 1. Radiografia torácica revelando a cânula localizada à altura de T1
Capítulo 1 | Manejo da via aéreaManejo da
Via Aérea
1
Iracema de Cássia O. Fernandes
Regina Grigoli César
Guilherme Peloso Reis Qqueiroga
12
Camip
12
Como a cânula não progredia, foi realizada broncoscopia para melhor avaliação da via aé-
rea. Foram evidenciadas úlcera subglótica e traqueíte moderada conforme Figura 2. A re-
tirada da cânula também foi difícil. Após a broncocospia, a criança foi novamente intubada 
com cânula 3,5 sem cuff, por quadro de insuficiência respiratória relacionada à laringite 
pós-extubação.
 
Figura 2. A broncoscopia evidenciou úlcera subglótica e traqueíte moderada
Na discussão do caso com a equipe de cirurgia pediátrica, ficou indicada traquestomia pela 
característica da lesão. Esse procedimento foi realizado sem intercorrências, utilizando-se 
cânula número 4 com cuff.
A criança apresentou boa evolução, tornando possíveis a diminuição dos parâmetros ven-
tilatórios e o desmame da ventilação. Após 2 dias em nebulização, recebeu alta da unidade 
de cuidados intensivos, com transferência para a unidade semi-intensiva.
Durante a troca do curativo da traqueostomia, houve perda da cânula. Não houve sucesso 
na tentativa de introdução de nova cânula. A criança evoluiu com PCR. Foram iniciadas as 
manobras de reanimação, com tentativa de intubação por via orotraqueal com cânula 3 sem 
sucesso (a cânula não progredia), seguida de intubação com cânula 2,5 sem cuff. Infeliz-
mente a criança não ventilava e evoluiu, assim, para óbito.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
13
Perguntas
1. Com base apenas nos dados apresentados, já se podia diagnosticar a via aérea difícil 
(VAD)? Em que momento?
2. Essa VAD poderia ter sido prevista na admissão?
3. Quais seriam os dispositivos adequados para permeabilizar essa via aérea?
4. Existe um protocolo/fluxograma validado para abordagem da VAD na emergência pediátrica?
Evidências
Reconhecimento da via aérea difícil
A via aérea pode apresentar-se difícil já durante as manobras de ventilação com bolsa-vál-
vula-máscara, quando não conseguimos uma boa amplitude de movimentação torácica, 
mesmo com o paciente bem posicionado e a técnica adequada. 
Por outro lado, a dificuldade pode surgir apenas mais adiante, no momento da laringos-
copia direta, quando a visualização da via aérea pode não ser satisfatória, dificultando o 
procedimento de intubação. 
Finalmente, a dificuldade também pode surgir na tentativa de progressão da cânula pela 
fenda glótica. Em quaisquer das situações, se uma dificuldade respiratória estiver presente, 
oxigênio deve ser administrado continuamente, pois, se a hipercarbia puder ser bem tolera-
da, a hipóxia é geralmente deletéria.
No paciente em questão, mesmo se considerada apenas a apresentação resumida do caso, 
após o insucesso na segunda tentativa de intubação já seria possível considerar que se 
estava diante de uma VAD.
Por definição, o diagnóstico clínico de VAD deve ser feito quando há insucesso após duas 
tentativas de intubação traqueal, ou dificuldade em ventilar com máscara facial, ou ambos. 
 
 Não se devem confundir as dificuldades que um profissional destreinado, ou mais habitua-
do à intubação de adolescentes e adultos pode encontrar, as quais são resultantes das di-
ferenças anatômicas, que caracterizam principalmente as crianças mais novas, e que estão 
resumidas a seguir. Crianças com até 4 anos de idade, por exemplo, apresentam:
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
13
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
13
Perguntas
1. Com base apenas nos dados apresentados, já se podia diagnosticar a via aérea difícil 
(VAD)? Em que momento?
2. Essa VAD poderia ter sido prevista na admissão?
3. Quais seriam os dispositivos adequados para permeabilizar essa via aérea?
4. Existe um protocolo/fluxograma validado para abordagem da VAD na emergência pediátrica?
Evidências
Reconhecimento da via aérea difícil
A via aérea pode apresentar-se difícil já durante as manobras de ventilação com bolsa-vál-
vula-máscara, quando não conseguimos uma boa amplitude de movimentação torácica, 
mesmo com o paciente bem posicionado e a técnica adequada. 
Por outro lado, a dificuldade pode surgir apenas mais adiante, no momento da laringos-
copia direta, quando a visualização da via aérea pode não ser satisfatória, dificultando o 
procedimento de intubação. 
Finalmente, a dificuldade também pode surgir na tentativa de progressão da cânula pela 
fenda glótica. Em quaisquer das situações, se uma dificuldade respiratória estiver presente, 
oxigênio deve ser administrado continuamente, pois, se a hipercarbia puder ser bem tolera-
da, a hipóxia é geralmente deletéria.
No paciente em questão, mesmo se considerada apenas a apresentação resumida do caso, 
após o insucesso na segunda tentativa de intubação já seria possível considerar que se 
estava diante de uma VAD.
Por definição, o diagnóstico clínico de VAD deve ser feito quando há insucesso após duas 
tentativas de intubação traqueal, ou dificuldade em ventilar com máscara facial, ou ambos. 
 
 Não se devem confundir as dificuldades que um profissional destreinado, ou mais habitua-
do à intubação de adolescentes e adultos pode encontrar, as quais são resultantes das di-
ferenças anatômicas, que caracterizam principalmente as crianças mais novas, e que estão 
resumidas a seguir. Crianças com até 4 anos de idade, por exemplo, apresentam:
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
14
Camip
14
• Língua proporcionalmente grande e mais próxima do palato; a língua e os tecidos moles 
são comprimidos em um compartimento relativamente pequeno durante a laringoscopia, 
dificultando a intubação (via aérea mais curta com menor diâmetro).
• Epiglote longa e flexível, angulada em relação à traqueia (Figura 3).
Figura 3. Em crianças menores do que 4 anos, a epiglote é longa e flexível, angulada em relação à traqueia
• Cordas vocais com fixação mais anterior e inferior, produzindo uma angulação antero-
caudal, que pode fazer com que, em sua passagem pela laringe, a cânula comprima a 
comissura anterior.
• Laringe em posição relativamente cefálica, ao nível daterceira e quarta vértebras cervi-
cais, dificultando.
• Laringe delgada, com cartilagem elástica facilmente colapsável ou compressível por 
pressões nas vias aéreas. Enquanto em adultos a porção mais estreita encontra-se na 
enseada glótica, antes dos 10 anos de idade o estreitamento é na porção distal (ao nível 
do anel cricoide), produzindo uma forma afunilada na laringe, mais complacente, com 
cartilagem de suporte menos desenvolvida (Figura 4). 
Figura 4. Configuração da laringe do adulto (A) 
e da criança em idade pré-escolar (B). Note a 
forma cilíndrica da laringe do adulto. A laringe 
da criança é afunilada devido ao estreitamento 
provocado pela cartilagem cricoide ainda não 
totalmente desenvolvida. (a): região anterior; (p): 
região posterior. Fonte: adaptado de American 
Heart Association (AHA). Handbook of emergency 
cardiac care for health care providers. Estados 
Unidos: AHA; 2000
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
15
• Suporte cartilaginoso da traqueia mais delgado.
• Estruturas particularmente frágeis das vias aéreas, que, durante a extensão do pescoço 
para intubação, levam à maior probabilidade de deslocamento da cartilagem aritenoide, 
resultando em intenso edema local.
Diferentemente do adulto, uma cânula intratraqueal pode passar através das cordas vocais, 
mas ser incapaz de atravessar a região do anel cricoide. Uma cânula muito larga comprime 
a mucosa traqueal, levando ao desenvolvimento de edema subglótico e à possível compli-
cação, como laringite pós-intubação e progressão para estenose subglótica (Figura 5).
 
Figura 5. Em Pediatria, a cânula intratraqueal pode passar através das cordas vocais, mas ser 
incapaz de atravessar a região do anel cricoide. Fonte: adaptado de American Heart Association 
(AHA). Handbook of emergency cardiac care for health care providers. Estados Unidos: AHA; 2000
Mallampati et al. (1985), num estudo clínico prospectivo do valor da visibilidade de estru-
turas à simples abertura da boca de adultos na posição sentada (Figura 6) para a previsão 
sobre dificuldades na intubação, concluíram que quanto maior o tamanho da base da língua 
em relação à cavidade orofaríngea, maiores as dificuldades para se visualizar a glote e na 
intubação orotraqueal (IOT). 
Essa conclusão é considerada válida também para pacientes pediátricos. 
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
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• Suporte cartilaginoso da traqueia mais delgado.
• Estruturas particularmente frágeis das vias aéreas, que, durante a extensão do pescoço 
para intubação, levam à maior probabilidade de deslocamento da cartilagem aritenoide, 
resultando em intenso edema local.
Diferentemente do adulto, uma cânula intratraqueal pode passar através das cordas vocais, 
mas ser incapaz de atravessar a região do anel cricoide. Uma cânula muito larga comprime 
a mucosa traqueal, levando ao desenvolvimento de edema subglótico e à possível compli-
cação, como laringite pós-intubação e progressão para estenose subglótica (Figura 5).
 
Figura 5. Em Pediatria, a cânula intratraqueal pode passar através das cordas vocais, mas ser 
incapaz de atravessar a região do anel cricoide. Fonte: adaptado de American Heart Association 
(AHA). Handbook of emergency cardiac care for health care providers. Estados Unidos: AHA; 2000
Mallampati et al. (1985), num estudo clínico prospectivo do valor da visibilidade de estru-
turas à simples abertura da boca de adultos na posição sentada (Figura 6) para a previsão 
sobre dificuldades na intubação, concluíram que quanto maior o tamanho da base da língua 
em relação à cavidade orofaríngea, maiores as dificuldades para se visualizar a glote e na 
intubação orotraqueal (IOT). 
Essa conclusão é considerada válida também para pacientes pediátricos. 
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Camip
16
 
Figura 6. Classe I: palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis; classe II: palato mole, fauce 
e úvula visíveis; classe III: palato mole e base da úvula visível; classe IV: palato mole totalmente não 
visível. Fonte: Mallampati SR, Gatt SP, Gugino LD, Desai SP, Waraksa B, Freiberger D, Liu PL. A clinical 
sign to predict difficult tracheal intubation: a prospective study. Can Anaesth Soc J. 1985;32(4):429-34.
Previsibilidade
Um dos maiores desafios é antecipar a possibilidade de manejo de uma VAD antes da 
intubação da criança.
No momento da admissão, a anamnese pode fornecer dados importantes, como um his-
tórico prévio de intubação difícil, o padrão respiratório durante o sono (roncos e histórico 
de apneia), dificuldades alimentares, cansaço durante amamentação, choro de padrão 
anormal ou piora do desconforto durante agitação ou exercício.
Para as intubações é importante lembrar da sigla MPLE, regra mnemônica para alergias, 
medicações, passado médico, líquidos e última refeição.
Embora ausentes no caso em questão, é importante lembrar que características anatô-
micas como micrognatia, assimetria facial (principalmente mandibular), limitação à aber-
tura da boca e da movimentação do pescoço, e macroglossia merecem atenção. Sinais e 
sintomas respiratórios, e aumento do trabalho respiratório devem ser observados, sendo 
sugestivos a taquipneia, o estridor laríngeo, o uso de musculatura acessória, o choro fraco 
ou ausente, e a história de apneia obstrutiva do sono.
Escores de avaliação da dificuldade de intubação, como o de Mallampati, não estão 
validados para crianças, com uma elevada probabilidade (50%) de falsos-positivos. Além 
disso, crianças podem não cooperar com testes à beira do leito.
Malformações congênitas, determinadas ou não por alterações cromossômicas, muco-
polissacaridoses e algumas lesões adquiridas são condições previsíveis de VAD. Essas 
condições estão resumidas no Quadro 1.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Quadro 1. Condições previsíveis de via aérea difícil em pediatria
Condições congênitas
Síndrome de Pierre Robin
- Fissura palatina, micrognatia, macroglossia e glossoptose
- Sinais e características fenotípicas podem melhorar com 
a idade
Síndrome de Treacher Collins
- Micrognatia, aplasia de osso zigomático, atresia de 
coanas e fissura palatina
- Dificuldade em abordar via aérea pode piorar com a idade
Síndrome de Goldenhar
- Hipoplasia hemifacial, anomalias de coluna cervical e 
hipoplasia mandibular
- Dificuldade em abordar via aérea pode piorar com a idade
Mucopolissacaridoses
- Pelo progressivo espessamento de tecidos devido à 
deposição de mucopolissacárides nas vias aéreas
- A incidência geral de VAD, nesses casos, pode chegar 
a 25%
Malformações 
congênitas cervicais 
(higroma cístico e grandes 
cistos de ducto tireoglosso)
- Podem alterar drasticamente a conformação das vias 
aéreas, principalmente quando corrigidas tardiamente
Síndrome de Down
- Alguns pacientes podem apresentar alterações, como 
instabilidade atlanto-occipital, estreitamento da região 
subglótica, macroglossia e boca pequena
Condições adquiridas
Laringomalácia
- Causa mais comum no período neonatal. Se a criança 
xnão apresenta sinais de desconforto respiratório 
ou dificuldade em alimentação, a conduta pode ser 
expectante. Se início agudo de estridor, sem causa 
aparente, avaliação pormenorizada da via aérea em 
centro cirúrgico com broncoscopia
Pós-infecciosas
- Epiglotite, laringite aguda grave, traqueíte, abscesso 
retrofaríngeo, difteria, bronquite e pneumonia
Pós-cirúrgicas - Cirurgias craniofaciais e fixação cervical
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
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Quadro 1. Condições previsíveis de via aérea difícil em pediatria
Condições congênitas
Síndrome de Pierre Robin
- Fissura palatina, micrognatia, macroglossia e glossoptose
- Sinais e características fenotípicas podem melhorar com 
a idade
Síndrome de Treacher Collins
- Micrognatia, aplasia de osso zigomático, atresia de 
coanas e fissura palatina
- Dificuldade em abordar via aérea pode piorar com a idade
Síndromede Goldenhar
- Hipoplasia hemifacial, anomalias de coluna cervical e 
hipoplasia mandibular
- Dificuldade em abordar via aérea pode piorar com a idade
Mucopolissacaridoses
- Pelo progressivo espessamento de tecidos devido à 
deposição de mucopolissacárides nas vias aéreas
- A incidência geral de VAD, nesses casos, pode chegar 
a 25%
Malformações 
congênitas cervicais 
(higroma cístico e grandes 
cistos de ducto tireoglosso)
- Podem alterar drasticamente a conformação das vias 
aéreas, principalmente quando corrigidas tardiamente
Síndrome de Down
- Alguns pacientes podem apresentar alterações, como 
instabilidade atlanto-occipital, estreitamento da região 
subglótica, macroglossia e boca pequena
Condições adquiridas
Laringomalácia
- Causa mais comum no período neonatal. Se a criança 
xnão apresenta sinais de desconforto respiratório 
ou dificuldade em alimentação, a conduta pode ser 
expectante. Se início agudo de estridor, sem causa 
aparente, avaliação pormenorizada da via aérea em 
centro cirúrgico com broncoscopia
Pós-infecciosas
- Epiglotite, laringite aguda grave, traqueíte, abscesso 
retrofaríngeo, difteria, bronquite e pneumonia
Pós-cirúrgicas - Cirurgias craniofaciais e fixação cervical
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Camip
18
Traumas
- Trauma maxilofacial, fratura ou instabilidade da coluna 
cervical e lesão de laringe
Processos inflamatórios - Espondilite anquilosante, artrite reumatoide
Obstrutivas
- Edema, tumores e neoplasias de vias aéreas altas e 
baixas, e corpo estranho na via aérea baixa ou alta
Endocrinopatias - Obesidade, diabetis mellitus e acromegalia
Outras
- Queimaduras extensas, radioterapia, obstrução ou 
edema deslocamento posterior da língua e gestação
VAD: via aérea difícil
Efeitos fisiológicos da intubação traqueal
Embora a intubação traqueal (IT) seja um procedimento que possa definir o prognóstico da 
criança grave, este procedimento pode levar a alterações fisiológicas, que podem ser pre-
judiciais. A estimulação da via aérea durante a laringoscopia pode levar a um arco reflexo e 
causar fechamento da glote, broncoespasmo, edema pulmonar, apneia, hipertensão arterial 
ou hipotensão, taquiarritmias (taquicardia, bradicardia), hipertensão intracraniana (HIC), hi-
poxemia e hipercapnia.
Devido a essas alterações, o protocolo de sequência rápida de intubação é indicado para 
IOT, sendo má prática a não realização.
Sequência rápida de intubação
A SRI nada mais é do que a administração de drogas previamente ao procedimento de IT, a 
fim de reduzir ao máximo as respostas fisiológicas adversas. Não é indicada SRI em pacien-
tes em PCR. Para a realização da IT, são necessários: história e exame físico; preparo; moni-
tor cardíaco (ritmo e frequência); oximetria de pulso; monitorização do gás carbônico (CO2) 
exalado, por meio da capnografia; sondas de grosso calibre para aspiração de secreções; 
pré-oxigenação; pré-medicação; laringoscópio com lâminas retas e curvas de tamanhos 
variados (zero para recém-nascidos; 1 para lactentes; 2 para pré-escolares; 3 escolares).
Há cânulas com vários diâmetros, sem balonete (cuff) e com balonete (cuff), de acordo 
a idade da criança, sendo que as fórmulas a seguir são para crianças acima de 2 anos:
• Sem cuff: idade/4 +4
• Com cuff: idade/4 +3,5 
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
19
Para idades menores que 2 anos: 
• Prematuro: 2,5 a 3.
• Recém-nascido: 3.
• Recém-nascido até 6 meses: 3,5 a 4.
• Crianças de 6 a 12 meses: 4 a 4,5.
As cânulas com cuff atualmente são de baixa pressão e alto volume, e podem ser usadas 
em qualquer faixa etária pediátrica, lembrando que, a partir de 8 anos, a cânula deve ser 
sempre com balonete (cuff).
Indicações de sequência rápida de intubação
São indicações para SRI: insuficiência respiratória, perda de reflexos da via aérea, higiene 
brônquica, alterações do sistema nervoso central, procedimentos quando não é possível 
assegurar a via aérea. São contraindicações relativas: respiração espontânea e ventilação 
adequada; malformação facial; obstrução da via aérea superior; trauma de face ou via aérea.
No Quadro 2, alguns medicamentos para facilitar a IT.
Quadro 2. Analgésicos e sedativos mais comumente utilizados em 
intubação endotraqueal
Agente Dose mg/kg
Início da ação 
e duração Benefícios Precauções
Midazolan
0,1–0,4 IV 
ou 
IM
0,5–1 VR
1–5 minutos
20–30 minutos
Início rápido, curta 
ação, amnésia, 
reversível com 
flumazenil
Sem efeito analgési-
co, depressão respi-
ratória, hipotensão e 
bradicardia
Fentanil 2–4mg 2–3 minutos 30–60 minutos
Início rápido, curta 
ação, reversível, 
relativa estabilidade 
hemodinâmica
Rigidez torácica, 
depressão 
respiratória e não 
tem propriedades 
amnésicas
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
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Para idades menores que 2 anos: 
• Prematuro: 2,5 a 3.
• Recém-nascido: 3.
• Recém-nascido até 6 meses: 3,5 a 4.
• Crianças de 6 a 12 meses: 4 a 4,5.
As cânulas com cuff atualmente são de baixa pressão e alto volume, e podem ser usadas 
em qualquer faixa etária pediátrica, lembrando que, a partir de 8 anos, a cânula deve ser 
sempre com balonete (cuff).
Indicações de sequência rápida de intubação
São indicações para SRI: insuficiência respiratória, perda de reflexos da via aérea, higiene 
brônquica, alterações do sistema nervoso central, procedimentos quando não é possível 
assegurar a via aérea. São contraindicações relativas: respiração espontânea e ventilação 
adequada; malformação facial; obstrução da via aérea superior; trauma de face ou via aérea.
No Quadro 2, alguns medicamentos para facilitar a IT.
Quadro 2. Analgésicos e sedativos mais comumente utilizados em 
intubação endotraqueal
Agente Dose mg/kg
Início da ação 
e duração Benefícios Precauções
Midazolan
0,1–0,4 IV 
ou 
IM
0,5–1 VR
1–5 minutos
20–30 minutos
Início rápido, curta 
ação, amnésia, 
reversível com 
flumazenil
Sem efeito analgési-
co, depressão respi-
ratória, hipotensão e 
bradicardia
Fentanil 2–4mg 2–3 minutos 30–60 minutos
Início rápido, curta 
ação, reversível, 
relativa estabilidade 
hemodinâmica
Rigidez torácica, 
depressão 
respiratória e não 
tem propriedades 
amnésicas
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Camip
20
Cetamina 1–4 IV3–4 IM
1–2 minutos
10-30 minutos
Início rápido, 
reflexos da via 
aérea intactos, não 
causa hipotensão 
ou bradicardia. 
Anestésico 
dissociativo
Aumento da 
secreção da via aérea 
e laringoespasmo 
(associar atropina), 
aumentar a PIC e a 
pressão intraocular, e 
alucinações (associar 
benzodiazepínicos)
Propofol 1–3 IV Início 30–60 seg 5–10 minutos
Anestésico geral 
intravenoso
Rápido despertar
Depressão 
cardiovascular e 
respiratória
Contraindicado 
em pacientes com 
alergia a ovo
Tionembutal 1–3 IV2–5 IM
30–60 seg
5–30 minutos
Ação ultracurta, 
diminui a PIC
Depressão 
cardiovascular e 
respiratória, sem 
efeito analgésicos, 
broncoespasmo e 
hipotensão
Etomidato 0,3 IV 10–20 seg4–10 minutos
Início rápido, curta 
ação, estabilidade 
hemodinâmica
Potencial inibidor da 
adrenal, pode causar 
mioclonias, não é 
recomendado para 
crianças abaixo de 
10 anos
IV: intravenoso; IM: intramuscular; VR: via retal; PIC: pressão intracraniana
Bloqueadores neuromusculares
Os bloqueadores neuromusculares possuem características diferentes, devendo ser levado 
em consideração o tempo de início da ação para alcançar as condições ideais para a IT. 
O Quadro 3 mostra os agentes mais utilizados para a SR.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Quadro 3. Bloqueadores neuromusculares mais comumente utilizados em 
intubação endotraqueal
Tipo Dose mg/kg
Início da ação e 
duração Benefícios Precauções
Succinilcolina
1–1,5 IV, 
duas vezes 
a dose se 
IM
15–30 segundos
3–12 minutos
Início e duração 
rápidos
Fasciculação muscular, 
bradicardia e assistolia, 
hipertermia maligna, au-
mento da PIC, aumento 
da pressão intraocular, 
aumento da pressão 
intragástrica, hipertensão 
arterial, hipercalemia, 
mioglobinúria,dor mus-
cular e rabdomiólise
Cisatracúrio 0,5 IV 2–4 minutos25–40 minutos
Poucos efeitos 
cardiovasculares
Liberação de histamina, 
queda de PA,
Rocurônio 0,6–1,2 IV 60 segundos30–60 minutos
Mínimo efeito 
cardiovascular
Prolongado efeito 
quando insuficiência 
hepática
Vecurônio 0,1–0,2 IV/IM
1–3 minutos
30–40 minutos
Pouca liberação 
de histamina, 
pouco efeito 
cardiovascular
Início lento e longa 
duração
IV: intravenoso; IM: intramuscular; PIC: pressão intracraniana; PA: pressão arterial
A succinilcolina é um bloqueador neuromuscular (BQ) despolarizante e, quando escolhido 
para a SRI, devem ser realizadas atropina e a dose despolarizante de 0,1mg/kg, seguida de 
0,9mg/kg, para evitar fasciculação muscular.
 
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
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Quadro 3. Bloqueadores neuromusculares mais comumente utilizados em 
intubação endotraqueal
Tipo Dose mg/kg
Início da ação e 
duração Benefícios Precauções
Succinilcolina
1–1,5 IV, 
duas vezes 
a dose se 
IM
15–30 segundos
3–12 minutos
Início e duração 
rápidos
Fasciculação muscular, 
bradicardia e assistolia, 
hipertermia maligna, au-
mento da PIC, aumento 
da pressão intraocular, 
aumento da pressão 
intragástrica, hipertensão 
arterial, hipercalemia, 
mioglobinúria, dor mus-
cular e rabdomiólise
Cisatracúrio 0,5 IV 2–4 minutos25–40 minutos
Poucos efeitos 
cardiovasculares
Liberação de histamina, 
queda de PA,
Rocurônio 0,6–1,2 IV 60 segundos30–60 minutos
Mínimo efeito 
cardiovascular
Prolongado efeito 
quando insuficiência 
hepática
Vecurônio 0,1–0,2 IV/IM
1–3 minutos
30–40 minutos
Pouca liberação 
de histamina, 
pouco efeito 
cardiovascular
Início lento e longa 
duração
IV: intravenoso; IM: intramuscular; PIC: pressão intracraniana; PA: pressão arterial
A succinilcolina é um bloqueador neuromuscular (BQ) despolarizante e, quando escolhido 
para a SRI, devem ser realizadas atropina e a dose despolarizante de 0,1mg/kg, seguida de 
0,9mg/kg, para evitar fasciculação muscular.
 
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Camip
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Apesar de ser um BQ de início e ação rápidos, apresenta vários efeitos adversos como: 
fasciculação muscular, bradicardia e assistolia, hipertermia maligna, aumento da pressão 
intracraniana (PIC), aumento da pressão intraocular, aumento da pressão intragástrica, 
hipertensão arterial, hipercalemia, mioglobinúria, dor muscular e rabdomiólise. 
Devido aos efeitos adversos, são contraindicações relativas: HIC, traumatismos e queima-
duras, lesão do globo ocular, glaucoma, doenças neuromusculares, história de hipertermia 
maligna, hipercalemia e insuficiência renal. Segue a Figura 7.
 Figura 7. Etapas da sequencia rápida de intubação traqueal. IT: intubação traqueal
A confirmação da IT pode ser realizada de algumas maneiras: pela detecção de CO2 no ar 
exalado pela capnometria/capnografia; visualização da expansibilidade torácica; ausculta 
do murmúrio vesicular; presença de vapor de água na cânula durante a expiração; oxime-
tria; radiografia de tórax, sendo a posição adequada da cânula:
 
< 44 semanas de idade gestacional = 6+peso (kg)
>44 semanas = 3 vezes diâmetro da cânula
Por último, pode ser realizada a laringoscopia direta.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
23
Investigação complementar
Em casos agudos de insuficiência respiratória, exames adicionais e de imagem são pouco 
utilizados. Mesmo em casos eletivos, a maioria das crianças não coopera sem anestesia 
para realizar exames de imagem.
Quando procedimentos de ventilação são realizados em pacientes de risco, mas o cenário é 
controlado, como no período pré-operatório de procedimentos cirúrgicos eletivos, ou quan-
do a história clínica revela antecedentes de VAD, há tempo até mesmo para a discussão 
de aspectos dos procedimentos com os pais e com o próprio paciente. Infelizmente, nem 
todas as situações são tão controladas e, eventualmente, podemos nos deparar com um 
cenário no qual a via aérea se apresenta difícil, sem que antes pudesse ter sido prevista.
Quando quem realiza o procedimento é um profissional experiente, a primeira tentativa de 
ventilação já pode ser suficiente para o diagnóstico da VAD.
O que fazer quando não se consegue intubar?
Embora até o momento não haja um protocolo/fluxograma recomendado pelas sociedades de 
terapia intensiva pediátrica, existem algumas propostas, como a de Weiss & Engelhardt (2010).
A SRI é um procedimento que pode ser especialmente arriscado em algumas situações, 
como é o caso da VAD. A história clínica permanece de grande importância. Uma história 
objetiva associada à avaliação das condições de vias aéreas permite decidir a melhor estra-
tégia. Havendo material adequado (por exemplo: máscara laríngea - ML e outros dispositi-
vos supraglóticos), a VAD não contraindica a SRI. 
Constitui situação extrema: paciente devidamente avaliado para descartar condições asso-
ciadas a VAD, adequadamente pré-oxigenado. Inicia-se SRI. Insucesso na segunda tentati-
va de intubação: VAD imprevisível.
Nem tudo está perdido:
• Primeira medida: reverter o bloqueio neuromuscular (sugamadex) e a sedação (flumaze-
nil e naloxone);
• Segunda medida: medidas para VAD, incluindo o emprego de dispositivos infraglóticos
Felizmente, a despeito de uma VAD previsível ter sido previamente descartada, a pré-oxige-
nação não fora negligenciada. Por quê? A questão é: o que piora o prognóstico: a hipoxe-
mia ou a hipercapnia? Certamente a hipoxemia!
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
23
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
23
Investigação complementar
Em casos agudos de insuficiência respiratória, exames adicionais e de imagem são pouco 
utilizados. Mesmo em casos eletivos, a maioria das crianças não coopera sem anestesia 
para realizar exames de imagem.
Quando procedimentos de ventilação são realizados em pacientes de risco, mas o cenário é 
controlado, como no período pré-operatório de procedimentos cirúrgicos eletivos, ou quan-
do a história clínica revela antecedentes de VAD, há tempo até mesmo para a discussão 
de aspectos dos procedimentos com os pais e com o próprio paciente. Infelizmente, nem 
todas as situações são tão controladas e, eventualmente, podemos nos deparar com um 
cenário no qual a via aérea se apresenta difícil, sem que antes pudesse ter sido prevista.
Quando quem realiza o procedimento é um profissional experiente, a primeira tentativa de 
ventilação já pode ser suficiente para o diagnóstico da VAD.
O que fazer quando não se consegue intubar?
Embora até o momento não haja um protocolo/fluxograma recomendado pelas sociedades de 
terapia intensiva pediátrica, existem algumas propostas, como a de Weiss & Engelhardt (2010).
A SRI é um procedimento que pode ser especialmente arriscado em algumas situações, 
como é o caso da VAD. A história clínica permanece de grande importância. Uma história 
objetiva associada à avaliação das condições de vias aéreas permite decidir a melhor estra-
tégia. Havendo material adequado (por exemplo: máscara laríngea - ML e outros dispositi-
vos supraglóticos), a VAD não contraindica a SRI. 
Constitui situação extrema: paciente devidamente avaliado para descartar condições asso-
ciadas a VAD, adequadamente pré-oxigenado. Inicia-se SRI. Insucesso na segunda tentati-
va de intubação: VAD imprevisível.
Nem tudo está perdido:
• Primeira medida: reverter o bloqueio neuromuscular (sugamadex) e a sedação (flumaze-
nil e naloxone);
• Segunda medida: medidas para VAD, incluindo o emprego de dispositivos infraglóticos
Felizmente, a despeito de uma VAD previsível ter sido previamente descartada, a pré-oxige-
nação não fora negligenciada. Por quê? A questão é: o que piora o prognóstico: a hipoxe-
mia ou a hipercapnia? Certamente a hipoxemia!
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
24
Camip
24
Via aérea difícil
Caso o procedimento de IT não seja realizado com sucesso, ou se o for paciente classifica-
do como VAD, deve-se ter um plano alternativo: ML, intubação por fibroscopia e via aéreacirúrgica (cricotireoidectomia ou traqueostomia).
A ML é indicada como uma opção inicial e temporária, até que se consiga a via aérea de-
finitiva. Ela é introduzida pela faringe e avançada até ser encontrada uma resistência; pos-
teriormente é insuflado o balonete e isto sela a hipofaringe, sendo que a extremidade distal 
fica posicionada acima da fenda glótica. Os tamanhos da ML são determinados de acordo 
com o peso da criança (Quadro 4).
Quadro 4. Tamanhos da máscara laríngea de acordo com o peso
Tamanhos = número Peso (kg) Volume do cuff (mL)
1 <5 2–5
1,5 5–10 7–10
2 10–20 7–10
2,5 20–30 15
3 30–50 15–20
Deve-se prosseguir com o posicionamento adequado do paciente para acesso da via aérea, 
escolhendo o tamanho da ML e a sedação/analgesia adequadas do paciente. A ML deve 
ser introduzida na boca do paciente, avançar até a faringe até que haja resistência e, então, 
insuflar o balonete para selar a hipofaringe, de modo que a extremidade da ML esteja posi-
cionada acima da fenda glótica. A Figura 8 mostra a ML.
 
Figura 8. Máscaras laríngeas
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
25
A Figura 9 mostra como deve ser feito o procedimento. 
Figura 9. Como instalar a máscara laríngea. Fonte: Society of Critical Care Medicine
Ainda em relação à ML, há, no mercado a AirQ, um tipo de máscara curvada, com um 
tubo largo e comprido o bastante para acomodar em seu interior uma cânula traqueal 
para a intubação e, após o procedimento, é retirada da orofaringe, sem deslocar a cânula. 
A Figura 10 ilustra o equipamento.
 Figura 10. Máscara AirQ com tudo traqueal in situ estabilizado por fórceps laríngeo
Outros métodos para via aérea difícil
A intubação traqueal em pacientes com obstrução da via aérea, obesidade mórbida e na-
queles com malformação de via aérea pode ser realizada por fibroscopia, via oral ou nasal, 
com visualização direta da via aérea, porém, é necessário treinamento para a realização 
desse procedimento.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
25
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
25
A Figura 9 mostra como deve ser feito o procedimento. 
Figura 9. Como instalar a máscara laríngea. Fonte: Society of Critical Care Medicine
Ainda em relação à ML, há, no mercado a AirQ, um tipo de máscara curvada, com um 
tubo largo e comprido o bastante para acomodar em seu interior uma cânula traqueal 
para a intubação e, após o procedimento, é retirada da orofaringe, sem deslocar a cânula. 
A Figura 10 ilustra o equipamento.
 Figura 10. Máscara AirQ com tudo traqueal in situ estabilizado por fórceps laríngeo
Outros métodos para via aérea difícil
A intubação traqueal em pacientes com obstrução da via aérea, obesidade mórbida e na-
queles com malformação de via aérea pode ser realizada por fibroscopia, via oral ou nasal, 
com visualização direta da via aérea, porém, é necessário treinamento para a realização 
desse procedimento.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
26
Camip
26
 Além do fibroscópio óptico, existem hoje no mercado outros equipamentos que auxiliam na 
intubação de pacientes com VAD, como o GlideScope, Storz video laryngoscopes, Airtraq, 
Truview EVO2, sendo que este último apresenta local para a conexão de oxigênio e lâminas 
de tamanho adequado para a visualização direta por pequena tela, que pode ser conecta-
da em monitor ou ainda no próprio aparelho. Esses aparelhos requerem técnica um pouco 
diferente para a intubação, podendo a lâmina ser inserida na linha média da boca ou um 
pouco para a esquerda na orofaringe, sendo que o posicionamento da lâmina na valécula é 
preferível à elavação da epiglote. As Figuras 11 a 15 mostram os diferentes aparelhos. 
 
Figura 11. Estilete ótico Shikani
 
Figura 12. GlideScope Cobalt
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
27
 
Figura 13. Laringoscópio com vídeo de Storz Miller
 Figura 14. Laringoscópio ótico Airtraq. Cortesia de Netanya, Israel
 
Figura 15. Truview EVO2. Courtesy of Truphatek, International, Netanya, Israel
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
27
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
27
 
Figura 13. Laringoscópio com vídeo de Storz Miller
 Figura 14. Laringoscópio ótico Airtraq. Cortesia de Netanya, Israel
 
Figura 15. Truview EVO2. Courtesy of Truphatek, International, Netanya, Israel
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
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Camip
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Cricotireoidotomia
A cricotireoidostomia geralmente é realizada em caráter de urgência, em pacientes com 
VAD e, na maioria das vezes, com obstrução da via aérea superior: edema na região gló-
tica, corpo estranho na região glótica e trauma craniofacial grave. Consiste na introdução 
de uma agulha na junção da cartilagem tireoide e cricoide, pois, neste local, a membrana é 
de pequena espessura, com material específico (kits para cricotireoidotomia), ou na ausên-
cia deste com agulha calibrosa. Está contraindicado em lactentes pela pequena dimensão 
da membrana cricoide. Esse procedimento é realizado em caráter provisório, devendo-se, 
após a estabilização do paciente, realizar uma via aérea segura, podendo ser realizada uma 
traqueostomia cirúrgica por profissional experiente.
As Figuras 16 a 18 ilustram o procedimento da cricotireoidotomia.
 
Figura 16. Procedimento da cricotireoidotomia
 Figura 17. Procedimento da cricotireoidotomia
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
29
Figura 18. Procedimento da cricotireoidotomia
Bibliografia
Airway Management Pediatric Fundamental Critical Care Suport. 2008. 
Available: www.sccs-sa.org/sccs-courses/peds-neo-courses/pediatric-fundamentals-
critical-care-support-p-fccs
Amantéa S, Piva J, Zanella MI, Bruno F, Garcia PC.. Acesso rápido a via aérea. JPediatr 
(Rio J). 2003;Supl.2:S127-38.
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Pediatric Advanced Life Suport 1997-1999. Dallas, TX: AHA; 2000.
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Anshuman S, Greenberg RS, Gooden CK, Johnson Y, Karsli C, Olomu P, et al. Pediatric 
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adjuncts. Emerg Med Clin North Am. 2003;21:259-89. 
Caen A de, Duff J, Coovadia AH, Luten R, Thompson AE, Hazinski MF. Airway 
Management. In: Nichols DG, editor. Pediatric intensive care. Philadelphia, PA: Lippincott 
Williams & Wlikins; 2008. p.303-22.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
29
Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica
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Figura 18. Procedimento da cricotireoidotomia
Bibliografia
Airway Management Pediatric Fundamental Critical Care Suport. 2008. 
Available: www.sccs-sa.org/sccs-courses/peds-neo-courses/pediatric-fundamentals-
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Management. In: Nichols DG, editor. Pediatric intensive care. Philadelphia, PA: Lippincott 
Williams& Wlikins; 2008. p.303-22.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
30
Camip
30
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techniques. Anest Clin. 2009;27:185-95.
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Zuckerberg AL. Textbook of Pediatric Intensive Care. 3. ed. Baltimore: Willliams & Wilkins; 1996.
Capítulo 1 | Manejo da via aérea
31
Capítulo 2
Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
Rodrigo Locatelli Pedro Paulo
Ana Maria A. Gonçalves Pereira de Melo
Ressuscitação cardiopulmonar
Caso clínico
Uma criança de 2 meses e 8 dias, sexo feminino, está internada na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) por bronquiolite. Encontra-se intubada, em ventilação mecânica, recebendo 
dieta plena por sonda nasogástrica. Durante o banho da criança, a enfermeira chama o 
plantonista, pois a mesma encontra-se hipoativa. O plantonista faz uma avaliação rápida 
inicial e percebe que a criança não se move, não responde à estímulos, não apresenta mo-
vimentos respiratórios e não tem pulso braquial palpável.
Perguntas
1. Quais os sinais clínicos de parada cardiorrespiratória (PCR)?
2. Qual é a conduta inicial para essa criança?
3. Compressões torácicas?
a. Por que devemos iniciar as manobras pelas compressões torácicas?
b. Qual a técnica?
c. Qual a frequência de compressões torácicas por minuto? Qual a relação com 
as ventilações?
4. Quantas ventilações por minuto devemos manter na PCR?
5. Qual o tratamento da PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP)?
6. Considerando as diferentes vias de administração de epinefrina, quais suas doses e 
técnicas de administração na PCR?
7. Na PCR por fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso:
a. Em qual momento devemos realizar a desfibrilação?
b. Quando utilizamos pás pediátricas?
c. Qual a dose que deve ser utilizada para desfibrilação?
d. Qual a posição das pás?
e. Quais medicações devem ser utilizadas? Qual a dose?
8. Quais patologias devem ser investigadas e tratadas durante a reanimação?
9. Qual a vantagem de utilizar o capnógrafo durante a reanimação?
Capítulo 2 | Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
31
Capítulo 2
Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
Rodrigo Locatelli Pedro Paulo
Ana Maria A. Gonçalves Pereira de Melo
Ressuscitação cardiopulmonar
Caso clínico
Uma criança de 2 meses e 8 dias, sexo feminino, está internada na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) por bronquiolite. Encontra-se intubada, em ventilação mecânica, recebendo 
dieta plena por sonda nasogástrica. Durante o banho da criança, a enfermeira chama o 
plantonista, pois a mesma encontra-se hipoativa. O plantonista faz uma avaliação rápida 
inicial e percebe que a criança não se move, não responde à estímulos, não apresenta mo-
vimentos respiratórios e não tem pulso braquial palpável.
Perguntas
1. Quais os sinais clínicos de parada cardiorrespiratória (PCR)?
2. Qual é a conduta inicial para essa criança?
3. Compressões torácicas?
a. Por que devemos iniciar as manobras pelas compressões torácicas?
b. Qual a técnica?
c. Qual a frequência de compressões torácicas por minuto? Qual a relação com 
as ventilações?
4. Quantas ventilações por minuto devemos manter na PCR?
5. Qual o tratamento da PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP)?
6. Considerando as diferentes vias de administração de epinefrina, quais suas doses e 
técnicas de administração na PCR?
7. Na PCR por fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso:
a. Em qual momento devemos realizar a desfibrilação?
b. Quando utilizamos pás pediátricas?
c. Qual a dose que deve ser utilizada para desfibrilação?
d. Qual a posição das pás?
e. Quais medicações devem ser utilizadas? Qual a dose?
8. Quais patologias devem ser investigadas e tratadas durante a reanimação?
9. Qual a vantagem de utilizar o capnógrafo durante a reanimação?
Capítulo 2 | Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
31
Capítulo 2
Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
Rodrigo Locatelli Pedro Paulo
Ana Maria A. Gonçalves Pereira de Melo
Ressuscitação cardiopulmonar
Caso clínico
Uma criança de 2 meses e 8 dias, sexo feminino, está internada na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) por bronquiolite. Encontra-se intubada, em ventilação mecânica, recebendo 
dieta plena por sonda nasogástrica. Durante o banho da criança, a enfermeira chama o 
plantonista, pois a mesma encontra-se hipoativa. O plantonista faz uma avaliação rápida 
inicial e percebe que a criança não se move, não responde à estímulos, não apresenta mo-
vimentos respiratórios e não tem pulso braquial palpável.
Perguntas
1. Quais os sinais clínicos de parada cardiorrespiratória (PCR)?
2. Qual é a conduta inicial para essa criança?
3. Compressões torácicas?
a. Por que devemos iniciar as manobras pelas compressões torácicas?
b. Qual a técnica?
c. Qual a frequência de compressões torácicas por minuto? Qual a relação com 
as ventilações?
4. Quantas ventilações por minuto devemos manter na PCR?
5. Qual o tratamento da PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP)?
6. Considerando as diferentes vias de administração de epinefrina, quais suas doses e 
técnicas de administração na PCR?
7. Na PCR por fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso:
a. Em qual momento devemos realizar a desfibrilação?
b. Quando utilizamos pás pediátricas?
c. Qual a dose que deve ser utilizada para desfibrilação?
d. Qual a posição das pás?
e. Quais medicações devem ser utilizadas? Qual a dose?
8. Quais patologias devem ser investigadas e tratadas durante a reanimação?
9. Qual a vantagem de utilizar o capnógrafo durante a reanimação?
Capítulo 2 | Ressuscitação cardiopulmonare reanimação neonatal
31
Capítulo 2
Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
Rodrigo Locatelli Pedro Paulo
Ana Maria A. Gonçalves Pereira de Melo
Ressuscitação cardiopulmonar
Caso clínico
Uma criança de 2 meses e 8 dias, sexo feminino, está internada na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) por bronquiolite. Encontra-se intubada, em ventilação mecânica, recebendo 
dieta plena por sonda nasogástrica. Durante o banho da criança, a enfermeira chama o 
plantonista, pois a mesma encontra-se hipoativa. O plantonista faz uma avaliação rápida 
inicial e percebe que a criança não se move, não responde à estímulos, não apresenta mo-
vimentos respiratórios e não tem pulso braquial palpável.
Perguntas
1. Quais os sinais clínicos de parada cardiorrespiratória (PCR)?
2. Qual é a conduta inicial para essa criança?
3. Compressões torácicas?
a. Por que devemos iniciar as manobras pelas compressões torácicas?
b. Qual a técnica?
c. Qual a frequência de compressões torácicas por minuto? Qual a relação com 
as ventilações?
4. Quantas ventilações por minuto devemos manter na PCR?
5. Qual o tratamento da PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP)?
6. Considerando as diferentes vias de administração de epinefrina, quais suas doses e 
técnicas de administração na PCR?
7. Na PCR por fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso:
a. Em qual momento devemos realizar a desfibrilação?
b. Quando utilizamos pás pediátricas?
c. Qual a dose que deve ser utilizada para desfibrilação?
d. Qual a posição das pás?
e. Quais medicações devem ser utilizadas? Qual a dose?
8. Quais patologias devem ser investigadas e tratadas durante a reanimação?
9. Qual a vantagem de utilizar o capnógrafo durante a reanimação?
Capítulo 2 | Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
31
Capítulo 2
Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
Rodrigo Locatelli Pedro Paulo
Ana Maria A. Gonçalves Pereira de Melo
Ressuscitação cardiopulmonar
Caso clínico
Uma criança de 2 meses e 8 dias, sexo feminino, está internada na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) por bronquiolite. Encontra-se intubada, em ventilação mecânica, recebendo 
dieta plena por sonda nasogástrica. Durante o banho da criança, a enfermeira chama o 
plantonista, pois a mesma encontra-se hipoativa. O plantonista faz uma avaliação rápida 
inicial e percebe que a criança não se move, não responde à estímulos, não apresenta mo-
vimentos respiratórios e não tem pulso braquial palpável.
Perguntas
1. Quais os sinais clínicos de parada cardiorrespiratória (PCR)?
2. Qual é a conduta inicial para essa criança?
3. Compressões torácicas?
a. Por que devemos iniciar as manobras pelas compressões torácicas?
b. Qual a técnica?
c. Qual a frequência de compressões torácicas por minuto? Qual a relação com 
as ventilações?
4. Quantas ventilações por minuto devemos manter na PCR?
5. Qual o tratamento da PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP)?
6. Considerando as diferentes vias de administração de epinefrina, quais suas doses e 
técnicas de administração na PCR?
7. Na PCR por fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso:
a. Em qual momento devemos realizar a desfibrilação?
b. Quando utilizamos pás pediátricas?
c. Qual a dose que deve ser utilizada para desfibrilação?
d. Qual a posição das pás?
e. Quais medicações devem ser utilizadas? Qual a dose?
8. Quais patologias devem ser investigadas e tratadas durante a reanimação?
9. Qual a vantagem de utilizar o capnógrafo durante a reanimação?
Capítulo 2 | Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
31
Capítulo 2
Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
Rodrigo Locatelli Pedro Paulo
Ana Maria A. Gonçalves Pereira de Melo
Ressuscitação cardiopulmonar
Caso clínico
Uma criança de 2 meses e 8 dias, sexo feminino, está internada na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) por bronquiolite. Encontra-se intubada, em ventilação mecânica, recebendo 
dieta plena por sonda nasogástrica. Durante o banho da criança, a enfermeira chama o 
plantonista, pois a mesma encontra-se hipoativa. O plantonista faz uma avaliação rápida 
inicial e percebe que a criança não se move, não responde à estímulos, não apresenta mo-
vimentos respiratórios e não tem pulso braquial palpável.
Perguntas
1. Quais os sinais clínicos de parada cardiorrespiratória (PCR)?
2. Qual é a conduta inicial para essa criança?
3. Compressões torácicas?
a. Por que devemos iniciar as manobras pelas compressões torácicas?
b. Qual a técnica?
c. Qual a frequência de compressões torácicas por minuto? Qual a relação com 
as ventilações?
4. Quantas ventilações por minuto devemos manter na PCR?
5. Qual o tratamento da PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP)?
6. Considerando as diferentes vias de administração de epinefrina, quais suas doses e 
técnicas de administração na PCR?
7. Na PCR por fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso:
a. Em qual momento devemos realizar a desfibrilação?
b. Quando utilizamos pás pediátricas?
c. Qual a dose que deve ser utilizada para desfibrilação?
d. Qual a posição das pás?
e. Quais medicações devem ser utilizadas? Qual a dose?
8. Quais patologias devem ser investigadas e tratadas durante a reanimação?
9. Qual a vantagem de utilizar o capnógrafo durante a reanimação?
Capítulo 2 | Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatalRessuscitação 
Cardiopulmonar e 
Reanimação Neonatal
2
Rodrigo Locatello Pedro Paulo
Ana Maria A. Gonçalves Pereira de Melo
32
Camip
32
Apresentação
A PCR na criança, ao contrário do adulto, na maioria das vezes não é um evento súbito, 
e resulta de uma lesão progressiva, que pode ser decorrente de insuficiência respiratória, 
choque ou ambos. Por outro lado, a PCR decorrente de colapso súbito, causada por arrit-
mia (FV ou TV sem pulso) é menos frequente, representando 5 a 15% de todos os casos de 
PCR pediátrica, mas aumenta de incidência com a idade.
Com relação à taxa de sobrevivência da PCR, ela depende de fatores como local da parada 
e ritmo cardíaco de apresentação. A chance de sobrevida à alta é maior se a parada ocorrer 
dentro do hospital, em comparação com a parada fora do hospital, sendo que as taxas de 
sobrevida são de 33 e 7%, respectivamente. A sobrevivência é maior quando o ritmo de 
apresentação é chocável (FV ou TV sem pulso), em comparação com assistolia.
Outro fator importante é que a maioria das crianças que sofreram PCR desenvolve sequela 
neurológica grave, sendo essa incidência maior em pacientes com PCR fora do hospital. 
Assim, a prevenção da PCR por meio da identificação precoce da insuficiência respiratória 
e choque é essencial.
Etiologia
Nas crianças com menos de 1 ano, as principais causas de PCR são malformações congê-
nitas, complicações da prematuridade e síndrome da morte súbita do lactente. Nas crianças 
com mais de 1 ano de idade, as lesões por trauma são as principais causas de morte.
Diagnóstico
É importante identificar a criança em PCR e iniciar o tratamento o mais rápido possível, pois 
a criança está sem batimentos cardíacos ou apresenta batimentos ineficientes, o que leva à 
ausência de circulação sanguínea e à hipóxia cerebral. 
A criança em PCR não responde a estímulos e, geralmente, não respira, embora possa existir 
respiração agônica (gasping). Além disso, os pulsos centrais e periféricos encontram-se ausentes.
Em uma suspeita de PCR, o profissional de saúde deve verificar a responsividade da crian-
ça e a respiração. Deve também tentar localizar o pulso central em até 10 segundos no 
máximo e, se ele não for encontrado nesse período, o tratamento deve seguir o protocolo 
do atendimento da PCR. 
Capítulo 2 | Ressuscitação cardiopulmonar e reanimação neonatal
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Ritmos de parada cardiorrespiratória
A PCR pode se apresentar com diferentes ritmos eletrocardiográficos. Eles são divididos 
em dois grupos: os ritmos não chocáveis (assistolia e AESP), e os ritmos chocáveis (FV e TV 
sem pulso). Cada um dos

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