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Entretanto, o átomo de Rutherford apresentava algumas falhas. Seu modelo sugeria que os elétrons eram partículas negativas que estariam girando em torno de um núcleo positivo, mas, de acordo com a Mecânica Clássica, uma partícula elétrica em movi- mento deveria emitir ondas eletromagnéticas continuamente. Dessa forma, o elétron perderia energia constantemente, entrando em uma órbita espiral até cair sobre o núcleo. Ou seja, conforme a Mecânica Clássica, o átomo de Rutherford seria instável. Modelo atômico de Bohr Breve histórico dos experimentos que serviram como base para a teoria de Bohr No início do século XVII, o cientista inglês Isaac Newton observou que, quando a luz solar (branca) atravessa um prisma, ela é decomposta (ocorre uma dispersão dos componentes da luz), dando origem a um conjunto de cores denominado espectro contínuo, pois as cores vão mudando gradativamente, sem que haja falha de luz entre elas (por causa disso, a mudança de uma cor para outra é quase imperceptível). © M op ic | D re am st im e. co m Espectro contínuo observado no experimento da figura anterior. 400 nm 500 nm 600 nm 700 nm SC IE N CE P H O TO L IB RA RY / SP L D C/ La tin st oc k Por volta de 1855, o cientista alemão Robert Bunsen descobriu que diversos elementos químicos, quando submetidos à ação de uma chama, emitem luz com cores características para cada elemento químico. Esse efeito é mostrado a seguir. Representação do modelo atômico de Rutherford. Elétron Núcleo Órbita Luz branca sofrendo difração ao passar por um prisma. QUÍMICA – FRENTE 1976 ATIVIDADE 1 O átomo 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA Entretanto, o átomo de Rutherford apresentava algumas falhas. Seu modelo sugeria que os elétrons eram partículas negativas que estariam girando em torno de um núcleo positivo, mas, de acordo com a Mecânica Clássica, uma partícula elétrica em movi- mento deveria emitir ondas eletromagnéticas continuamente. Dessa forma, o elétron perderia energia constantemente, entrando em uma órbita espiral até cair sobre o núcleo. Ou seja, conforme a Mecânica Clássica, o átomo de Rutherford seria instável. Modelo atômico de Bohr Breve histórico dos experimentos que serviram como base para a teoria de Bohr No início do século XVII, o cientista inglês Isaac Newton observou que, quando a luz solar (branca) atravessa um prisma, ela é decomposta (ocorre uma dispersão dos componentes da luz), dando origem a um conjunto de cores denominado espectro contínuo, pois as cores vão mudando gradativamente, sem que haja falha de luz entre elas (por causa disso, a mudança de uma cor para outra é quase imperceptível). © M op ic | D re am st im e. co m Espectro contínuo observado no experimento da figura anterior. 400 nm 500 nm 600 nm 700 nm SC IE N CE P H O TO L IB RA RY / SP L D C/ La tin st oc k Por volta de 1855, o cientista alemão Robert Bunsen descobriu que diversos elementos químicos, quando submetidos à ação de uma chama, emitem luz com cores características para cada elemento químico. Esse efeito é mostrado a seguir. Representação do modelo atômico de Rutherford. Elétron Núcleo Órbita Luz branca sofrendo difração ao passar por um prisma. QUÍMICA – FRENTE 1976 ATIVIDADE 1 O átomo 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA © Ia n Re dd in g | D re am st im e. co m Quando a luz emitida por um elemento químico passa por um prisma, ela é decomposta em diferentes cores, for- mando um espectro descontínuo, pois apresenta linhas ou raias finas, separadas uma das outras. SC IE N CE P H O TO L IB RA RY /S PL D C/ La tin st oc k Hidrogênio 656.3 700 nm 486.1 434.0 410.1 667.8 623.4 615.2 579.0 577.0 546.1 502.5 435.8 407.8 404.7 587.5 501.5 492.1 471.3 447.1 402.6 Hélio Mercúrio 600 nm 500 nm 400 nm 700 nm 600 nm 500 nm 400 nm 700 nm 600 nm 500 nm 400 nm Por meio desses experimentos, os físicos concluíram que o espectro descontínuo dos elementos servia para identificá- -los, pois cada elemento produzia um espectro característico. Em 1900, o físico alemão Max Planck, ao estudar a luz emitida pelos corpos aquecidos, afirmou que a energia não é transmitida de forma contínua, mas em pequenos pacotes de energia denominados quantum, ou seja, a energia é des- contínua. Quantum, do latim, significa “quantidade definida”. A proposta de Bohr O físico dinamarquês Niels Bohr, em 1913, utilizando os con- ceitos do modelo de Rutherford, dos espectros descontínuos Luz com cores características emitidas pelos elementos químicos potássio, cobre e sódio, respectivamente. Espectros descontínuos de alguns elementos. dos elementos e da teoria quântica de Max Planck, construiu um novo modelo atômico em que relacionou as raias dos es- pectros descontínuos do gás hidrogênio com as variações de energia dos elétrons contidos nos átomos. Para a construção desse modelo, Bohr propôs os seguin- tes postulados: • o elétron move-se em órbitas circulares em torno de um núcleo central; • o elétron não pode assumir qualquer valor de energia, mas apenas determinados valores correspondentes às diversas órbitas permitidas, denominadas camadas ele- trônicas ou níveis de energia; • ao percorrer essas órbitas permitidas, o elétron apre- senta energia constante. São os chamados estados estacionários; • ao saltar de uma órbita estacionária para outra, o elétron emite ou absorve uma quantidade bem definida de ener- gia, chamada quantum. Esses saltos entre órbitas foram denominados transições eletrônicas ou saltos quânticos. Absorção e emissão de energia pelo elétron. e– e– e– e– Núcleo Energia Absorção de energia Emissão de energia Núcleo Ondas eletromagnéticas (luz) Energia aumenta Ao fornecer energia ao exterior, esses saltos se repetem mi- lhões de vezes por segundo, produzindo ondas eletromagnéticas, que nada mais são do que uma sucessão de fótons de energia. Como os elétrons só podem saltar entre órbitas permiti- das, fica fácil entender por que aparecem sempre as mesmas raias de cores bem definidas nos espectros descontínuos. O esquema a seguir mostra o caso particular do átomo de hidrogênio, com a relação entre os saltos dos elétrons e as respectivas raias do espectro. 5 4 3 2 1 Relação entre os saltos dos elétrons e as respectivas raias do espectro do hidrogênio. QUÍMICA – FRENTE 1 ATIVIDADE 1 O átomo 977 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA Bohr propôs a existência de sete camadas, ou níveis de energia, no átomo de hidrogênio, para explicar a emissão de radiação eletromagnética por esse elemento. Observe as representações a seguir. Órbita Níveis de energia Núcleo Elétron K L M N O P Q Seu modelo atômico ficou conhecido como modelo de Rutherford-Bohr, pois preservava as principais características do modelo de Rutherford. É importante observar que o mo- delo de Rutherford-Bohr é esférico, e não plano. Modelo atômico de Sommerfeld O avanço tecnológico permitiu que o físico alemão Arnold Johannes Wilhelm Sommerfeld, em 1916, ao estudar os espectros de emissão de átomos mais complexos que o hidrogênio (átomos com maior quantidade de elétrons) com um espectroscópio de maior resolução, descobrisse a estru- tura fina dos espectros de emissão. Representação do modelo atômico de Bohr. Estrutura fina de um espectro. Sommerfeld, para explicar essa multiplicidade das raias espectrais, supôs, então, que os níveis de energia estariam divididos em regiões menores, chamadas por ele de subníveis de energia. O físico propôs que cada nível de energia seria formado por uma órbita circular e n–1 órbitas elípticasde diferentes excentricidades. A tabela a seguir demonstra a divisão dos níveis (camadas) em subníveis para as quatro primeiras camadas de um átomo. Órbitas circulares e elípticas para as quatro primeiras camadas de um átomo Primeira camada (nível 1) Uma órbita circular. Segunda camada (nível 2) Uma órbita circular e uma órbita elíptica. Terceira camada (nível 3) Uma órbita circular e duas órbitas elípticas. Quarta camada (nível 4) Uma órbita circular e três órbitas elípticas. � O modelo atômico atual Por volta de 1923, começou a se desenhar o modelo atômico mais aceito atualmente. As novas descobertas ba- seiam-se em princípios da Mecânica Quântica, que envolvem equações matemáticas avançadas. O princípio da dualidade partícula-onda Em 1924, o físico francês Louis de Broglie pensou que, se as ondas de luz podem comportar-se como um feixe de partículas, talvez as partículas, como os elétrons em movimento, pudes- sem ter propriedades ondulatórias. De acordo com Broglie, um elétron tem comportamento duplo de partícula e onda. Utilizando a equação de Einstein (E = mc2) e a equação de Planck (E = h ⋅ f), Broglie obteve uma equação que associa direta- mente um comprimento de onda a uma partícula de massa (m). m → massa h → constante de Planck c → velocidade da luz λ → comprimento de onda m h c = ⋅λ Nível 5, formado por uma órbita circular e quatro órbitas elípticas. Modelo representado em corte, semelhante a uma cebola, para mostrar as várias camadas que se sucedem. QUÍMICA – FRENTE 1978 ATIVIDADE 1 O átomo 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA
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