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1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 02 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 x PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: CASO PRÁTICO No dia 23 de março de 2020, após ingerir um litro de vinho na sede de sua fazenda, José Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que tangencia sua propriedade rural. Após percorrer cerca de dois quilômetros na estrada absolutamente deserta, José Alves foi surpreendido por uma equipe da Polícia Militar que lá estava a fim de procurar um indivíduo foragido do presídio da localidade. Abordado pelos policiais, José Alves saiu de seu veículo trôpego e exalando forte odor de álcool, oportunidade em que, de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram a realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar. Realizado o teste, foi constatado que José Alves tinha concentração de álcool de um miligrama por litro de ar expelido pelos pulmões, razão pela qual os policiais o conduziram à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado Auto de Prisão em Flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2º, inciso II, do Decreto 6.488/2008, sendo-lhe negado no referido Auto de Prisão em Flagrante o direito de entrevistar-se com seus advogados ou com seus familiares. Dois dias após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, em razão de José Alves ter permanecido encarcerado na Delegacia de Polícia, você é procurado pela família do preso, sob protestos de que não conseguiam vê-lo e de que o delegado não comunicara o fato ao juízo competente, tampouco à Defensoria Pública. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de José Alves, redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu cliente, questionando, em juízo, eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial, alegando para tanto toda a matéria de direito pertinente ao caso. 2 EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXX. José Alves , nacionalidade, estado civil, CPF, portador da cédula de identidade nº: xxx, residente na rua X, bairro XX, cidade XX, devidamente representado por esse advogado, com procuração anexa, , vem à presença de Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, com fundamento no art. 5º, inciso LXV, da Constituição da República Federativa do Brasil c/c art. 310, I, do Código de processo Penal, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: I.DOS FATOS No dia 23 de março deste ano, o requerente foi surpreendido e abordado por uma guarnição da Polícia Militar, em uma estrada próximo a sua fazenda, onde o mesmo transitava com seu veiculo. Ao ser abordado pela guarnição, foi o requerente compelido pelos policiais presentes de maneira incisiva a realizar teste de alcoolemia, sendo constatado 1 miligrama por litrro de ar expelido. O requerente foi conduzido à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado Auto de Prisão em Flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2º, inciso II, do Decreto 6.488/2008, sendo-lhe negado no referido Auto de Prisão em Flagrante o direito de entrevistar-se com seus advogados ou com seus familiares. Onde este permanece até a presente data. E ainda continua lhe sendo vedado o contato com a familia e seus advogados. Bem como a demora da autoridade policial em comunicar os fatos ao poder judiciário e ao Ministério Público. II.DOS FUNDAMENTOS Conforme narrado e comprovado, não foi assegurado ao preso os direitos fundamentais previstos na Constituição federal art. 5º, incisos LXII e LXIII: LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; Bem como foi praticado a violação do direito de não produzir provas contra si, e outros aspectos de garantias judiciárias previstas no Decreto 678 de 1992 que Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), em seu art. artigo 8, números 2 e 3: 3 2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete, se não compreender ou não falar o idioma do juízo ou tribunal; b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada; c) concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a preparação de sua defesa; d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor; e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presente no tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos. g) direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada; e h) direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior. 3. A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza. Ainda incorre sobre a autoridade policial a violação do arts. 157 e 306 do CPP: Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. III. DOS PEDIDOS Assim posto, requer o imediato relaxamento da prisão ilegal, com a consequente expedição de alvará de soltura, após ouvido o Representante do Ministério Público. O requerente compromete-se a comparecer a todos os atos de persecução penal, ocasião em que provará sua inocência. Termos em que, colocando-se à disposição para maiores esclarecimentos, pede e espera deferimento. Local, xx/xx/xx. Advogado OAB XXX 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 03 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 x PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Sobral, brasileiro, solteiro, comerciante, primário e portador de bons antecedentes, residente e domiciliado na Rua B, nº 13, bairro Campo das Vertentes em Belo Horizonte, foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de estupro. Na Delegacia de Polícia Sobral confessou o crime e alegou que não sabe o motivo que o levou a fazer isso; que sempre foi correto em sua coisas; que se arrepende do ocorrido. A testemunha Roberval confirmou que chegava em sua residência situada na Rua B, Bairro Campo das Vertentes/BH quando viu Sobral estuprando a vítima; que conhecia Sobral e que esse sempre foi uma pessoa do bem. Você foi contratado como advogado de Sobral. Tomeas medidas judiciais pertinentes. 2 EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE-MG Processo nº: XXXX.XX Acusado: Sobral Sobral, brasileiro, solteiro, comerciante, inscrito no CPF xxx.xx, portador da cédula de identidade n.: xx.xx, residente na rua B, número 13, bairro Campos das Vertentes, nesta capital. Por seu advogado abaixo assinado, procuração anexa, vem à presença de Vossa Excelência, requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA nos termos do art. 310, III, do Código de Processo Penal c/c art. 5º, inciso LXVI, da Constituição da República Federativa do Brasil, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: DOS FATOS No dia XX, do mês XX, do corrente ano, o requerente foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de estupro. Encaminhado à delegacia o requerente se demonstrou bastante constrangido e envergonhado, por se tratar de cidadão respeitável e conhecido na vizinhança devido a sua atividade comercial. O mesmo encontra se encarcerado até o dia de hoje na unidade prisional XXX. II – FUNDAMENTOS Apesar de ter sido detido em flagrante, o requerente é primário, cidadão idôneo e possui residência fixa, bem como emprego licito. Além de demonstrar grande arrependimento diante do ocorrido, o requerente pretende, através do presente pedido, a concessão da liberdade provisória como contracautela à prisão em flagrante, tendo em vista que não estão presentes os requisitos para prisão preventiva previstos no art. 312, do CPP. Considerando que ausentes no caso concreto os pressupostos condicionadores de toda medida cautelar: fumus comissi delicti e periculum libertatis …e considerando o princípio da excepcionalidade das prisões cautelares. Não obstante, ainda encontra se em nosso ordenamento jurídico, julgado que indique possibilidade da concessão de liberdade provisória, em razão de crime de estupro: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. IMPUTADA A PRÁTICA DO DELITO DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, MAJORADO PELO PARENTESCO, EM CONTINUIDADE DELITIVA (ART. 217-A, CAPUT, C/C O ART. 226, II, NA FORMA DO ART. 71, CAPUT, TODOS DO CÓDIGO PENAL). DECISÃO QUE REVOGOU A PRISÃO https://www.peticoesonline.com.br/modelo-de-rese-recurso-em-sentido-estrito-cpp-art-581 https://www.peticoesonline.com.br/modelo-resposta-acusacao-estupro-erro-tipo-pn293 3 PREVENTIVA. INSURGÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA CUMULADA COM MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR (ART. 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL). INDÍCIOS SUFICIENTES PARA SUSTENTAR A IMPUTAÇÃO. NECESSIDADE DE SE ACAUTELAR A ORDEM PÚBLICA, TODA VIA, NÃO DEMONSTRADA NA HIPÓTESE. LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA HÁ MAIS DE UM ANO E MEIO, SEM QUE SE TENHA NOTÍCIA DE REITERAÇÃO CRIMINOSA OU DE DESCUMPRIMENTO DAS MEDIDAS CAUTELARES FIXADAS. INEXISTÊNCIA, DO MESMO MODO, DE INDICATIVOS DE QUE, SOLTO, O ACUSADO IRÁ SE FURTAR À APLICAÇÃO DA LEI PENAL. PERICULUM LIBERTATIS NÃO EVIDENCIADO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO IMPUGNADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. III – DOS PEDIDOS Assim exposto, requer a Vossa Excelência, nos termos do art. 310, III do CPP a concessão da liberdade provisória, depois de ouvido o representante do Ministério Público, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo para os quais for intimado. Requer, outrossim, a expedição do competente alvará de soltura para o cumprimento imediato pela autoridade policial que mantém sua custódia. Termos em que, Pede e espera deferimento. Belo Horizonte, xx de xx de xx. ADVOGADO OAB XXXX 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 04 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 x PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: CASO PRÁTICO Foi instaurado contra Mariano, brasileiro, solteiro, nascido em 23/1/1960, em Prado – CE, comerciante, residente na rua Monsenhor Andrade, n.º 12, Itaim, São Paulo – SP, inquérito policial a fim de apurar a prática do delito de fabricação de moeda falsa. Intimado a comparecer à delegacia, Mariano, acompanhado de advogado, confessou o crime, inclusive, indicando o local onde falsificava as moedas. Alegou, porém, que não as havia colocado em circulação. As testemunhas foram ouvidas e declararam que não sofreram qualquer ameaça da parte do indiciado. O delegado relatou o inquérito e requisitou a decretação da prisão preventiva de Mariano, fundamentando o pedido na garantia da instrução criminal. Foi oferecida denúncia contra o acusado pelo crime de fabricação de moeda falsa. O juiz competente para julgamento do feito decretou a custódia cautelar do réu, a fim de garantir a instrução criminal. Em face dessa situação hipotética e considerando que as cédulas falsificadas eram quase idênticas às cédulas autênticas e, ainda, que Mariano é residente na cidade de São Paulo há mais de 20 anos, não tem antecedentes criminais e possui ocupação lícita, redija, em favor do réu, peça privativa de advogado e diversa de habeas corpus, para tentar reverter a decisão judicial. 2 EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XX Mariano, brasileiro, solteiro, comerciante, residente e domiciliado na Rua Monsenhor Andrade, nº 12, Bairro Itaim, São Paulo, SP, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fulcro no artigo 316 do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I. Dos Fatos O Requerente foi preso preventivamente pelo suposto delito de fabricação de moedas falsas. Entretanto não houve a circulação de tal item falso, tão pouco enriquecimento do requerente diante do fato. Além do requerente ter comparecido de maneira espontânea perante a autoridade policial e não ter havido testemunho que demonstrasse a má-fé do requerente, periculosidade ou intenção de dificultar o inquérito policial. II. Do Direito De acordo com o art. 312, do CPP: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria." Observa-se que, no caso em questão não há presente os fundamentos que ensejam prisão preventiva, uma vez que o Requerente é primário e portador de bons antecedentes, conforme comprovado nos documentos anexos, possui residência fixa, profissão licita. Além de não ensejar nenhum risco à ordem pública, tão pouco à aplicação da lei penal. Conclui se por tanto que não mais subsiste a ameaça à paz e tranquilidade social da ordem pública. E a mera gravidade do crime, por si só, não enseja a manutenção da prisão preventiva, haja vista que o requerente não obteve nenhum tipo de privilégios ou ganhos com o suposto delito cometido. III. Do Pedido Diante do exposto, requer que seja revogada a prisão preventiva, por ausentes os requisitos dos arts. 312 do CPP, com a expedição do alvará de soltura. Nesses Termos, Pede Deferimento. XXX, XX de XX de XX. Advogado OAB XXX 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 05 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TAR DE NOI TE PERÍODO/SA LA: 8M1 X PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Gabriela, nascida em 28/04/1990, terminourelacionamento amoroso com Patrick, não mais suportando as agressões físicas sofridas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o companheiro em comunidade carente na cidade de Fortaleza, Ceará, juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. Sem ter familiares no Estado nem outros conhecidos, passou a pernoitar com o filho em igrejas e outros locais de acesso público, alimentandos a partir de ajudas recebidas de desconhecidos. Nessa época, Gabriela fez amizade com Maria, outra mulher em situação de rua que frequentava os mesmos espaços que ela. No dia 24 de dezembro de 2010, não mais aguentando a situação e vendo o filho chorar e ficar doente em razão da ausência de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela decidiu ingressar em um grande supermercado da região, onde escondeu na roupa dois pacotes de macarrão, cujo valor totalizava R$18,00 (dezoito reais). Ocorre que a conduta de Gabriela foi percebida pelo fiscal de segurança, que a abordou no momento em que ela deixava o estabelecimento comercial sem pagar pelos bens, e apreendeu os dois produtos escondidos. Em sede policial, Gabriela confirmou os fatos, reiterando a ausência de recursos financeiros e a situação de fome e risco físico de seu filho. Juntado à Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, o laudo de avaliação dos bens subtraídos confirmando o valor, e ouvidos os envolvidos, inclusive o fiscal de segurança e o gerente do supermercado, o auto de prisão em flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em face de Gabriela pela prática do crime do Art. 155, caput, c/c Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada. O magistrado em atuação perante o juízo competente, no dia 18 de janeiro de 2011, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público, concedeu liberdade provisória à acusada, deixando de converter o flagrante em preventiva, e determinou que fosse 2 realizada a citação da denunciada. Contudo, foi concedida a liberdade para Gabriela antes de sua citação e, como ela não tinha endereço fixo, não foi localizada para ser citada. No ano de 2015, Gabriela consegue um emprego e fica em melhores condições. Em razão disso, procura um advogado, esclarecendo que nada sabe sobre o prosseguimento da ação penal a que respondia. Disse, ainda, que Maria, hoje residente na rua X, na época dos fatos também era moradora de rua e tinha conhecimento de suas dificuldades. Diante disso, em 16 de março de 2015, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país, Gabriela e o advogado compareceram ao cartório, onde são informados que o processo estava em seu regular prosseguimento desde 2011, sem qualquer suspensão, esperando a localização de Gabriela para citação. Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, assim como intimada, junto ao seu advogado, para apresentação da medida cabível. Cabe destacar que a ré, acompanhada de seu patrono, já manifestou desinteresse em aceitar a proposta de suspensão condicional do processo oferecida pelo Ministério Público. Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Gabriela, a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 3 EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA XXª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXX Autos n° XXXXXX Gabriela, brasileira, estado civil, profissão, CPF XXX, portadora da Carteira de Identidade XXX.XXX, com endereço na Rua XXXX, n° X - Bairro XXXXX – Cidade/UF – CEP XXX-XX, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seus advogados infra-assinados – procuração anexa – apresentar sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fulcro no art. 396 e 396 A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito abaixo aduzidas. I – DOS FATOS: Gabriela, após termino de um relacionamento abusivo, no qual sofria constantemente agressões físicas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o companheiro em comunidade carente na cidade de Fortaleza, Ceará, juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. Neste momento apenas com 20 anos de idade, sem ter familiares no Estado nem outros conhecidos, passou a pernoitar com o filho em igrejas e outros locais de acesso público. Sendo alimentandos a partir de ajudas recebidas de desconhecidos. No dia 24 de dezembro de 2010, não mais aguentando a situação e vendo seu filho chorar e adoecer em razão da ausência de alimentos, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela decidiu ingressar em um grande supermercado da região, onde escondeu na roupa dois pacotes de macarrão, cujo valor totalizava R$18,00 (dezoito reais). Ocorre que a conduta de Gabriela foi percebida pelo fiscal de segurança, que a abordou no momento em que ela deixava o estabelecimento comercial sem pagar pelos bens, e apreendeu os dois produtos escondidos. Juntado à Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, o laudo de avaliação dos bens subtraídos confirmando o valor, e ouvidos os envolvidos, inclusive o fiscal de segurança e o gerente do supermercado, o auto de prisão em flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em face de Gabriela pela prática do crime do Art. 155, caput, c/c Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada. No dia 18 de janeiro de 2011, foi recebida denúncia oferecida pelo Ministério Público, na qual foi concedido liberdade provisória à acusada. Contudo, foi concedida a liberdade para Gabriela antes de sua citação e, como ela não tinha endereço fixo, não foi localizada para ser citada. No ano de 2015, Gabriela após conseguir um emprego e ficar em melhores condições. Mais especificamente em 16 de março, interessada em regularizar sua situação ante ao fato ocorrido busca informações em cartório, onde ocorre sua citação e intimação. 4 II – DO DIREITO: Primeiramente se faz necessário avaliar que a requerente é primaria e de bons antecedentes, além desta não ter interesse em atrapalhar a ordem social, haja vista que a requerente foi quem buscou o acesso para solução do ocorrido, de vontade própria, e como se mostra, bastante arrependida do fato. A requerente na data do fato era menor de 21 anos de idade e ao ser detida confessou de forma espontânea, afim de colaborar com as investigações como amparado pelo art. 65, inciso I e III, alínea d do Código Penal: Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; III - ter o agente: d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; No mais vale ressaltar que as circunstancias descritas remetem a aplicação do princípio da insignificância, com exclusão da tipicidade, como positivado no art. 397, inciso III do Código de Processo Penal. Como entendimento do STJ: HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE FURTO. CRIME DE BAGATELA. ORDEMCONCEDIDA. 1. A tentativa de subtração de peças de carne, avaliadas no total de sessenta e sete reais, pertencentes a um supermercado, não configura fato típico. 2. O fato de ostentar o paciente condenação criminal e ser foragido da Justiça não impede o reconhecimento do crime de bagatela. 3. Coação ilegal demonstrada. 4. Ordem concedida, para trancar a ação penal, aplicado à espécie o princípio da insignificância.(STJ - HC: 177003 RJ 2010/0114263-3, Relator: Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), Data de Julgamento: 17/05/2011, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 03/08/2011). Bem como: APELAÇÃO TENTATIVA DE FURTO ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA APLICAÇÃO - POSSIBILIDADE: o princípio da insignificância é causa supralegal de exclusão da tipicidade que ocorre quando não há lesão ao bem jurídico tutelado, tornando injustificável a movimentação da máquina judiciária. Recurso improvido. (TJ-SP - APL: 00011290220108260451 SP 0001129- 02.2010.8.26.0451, RELATOR: J. MARTINS, DATA DE JULGAMENTO: 23/05/2013, 15ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL, DATA DE PUBLICAÇÃO: 20/06/2013). Além de: 5 APELAÇÃO CRIMINAL - FURTO - ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - AUSÊNCIA DE TIPICIDADE MATERIAL - ABSOLVIÇÃO MANTIDA. 01. O mínimo valor do resultado obtido autoriza o magistrado a absolver o réu, quando a conduta do agente não gerou prejuízo considerável para o lesado, nem foi cometida com o emprego de violência ou grave ameaça à pessoa. O direito penal, por sua natureza fragmentária, só deve incidir quando necessário à proteção do bem juridicamente tutelado pela norma. Não se deve ocupar de bagatelas. 02. A tipicidade penal, elemento constitutivo do crime, congrega a tipicidade formal e a tipicidade conglobante ou conglobada. 03. Falta tipicidade conglobante à conduta de agente que subtrai, sem emprego de violência ou grave ameaça, objeto de valor ínfimo. 04. Caracterizada a atipicidade material do fato imputado ao agente, a absolvição é medida que se impõe. V. V. Apelação criminal - furto qualificado- absolvição sumária - princípio da insignificância não aplicável ao caso em tela - reincidência - sentença anulada - recurso provido. O princípio da insignificância leva em conta principalmente a lesividade do delito, as condições pessoais do acusado e as circunstâncias do delito. Caso em que se afere a reincidência específica, restando inaplicável a causa excludente requerida. (TJ-MG - APR: 10056081765507001 MG, RELATOR: FORTUNA GRION, DATA DE JULGAMENTO: 19/02/2013, CÂMARAS CRIMINAIS ISOLADAS / 3ª CÂMARA CRIMINAL, DATA DE PUBLICAÇÃO: 26/02/2013). III – DO PEDIDO: Frente ao exposto, requer o peticionário: A) Absolvição pela pratica dos fatos previstos nos Arts. 155, caput, c/c Art. 14, inciso II ambos do Código Penal, aplicado ao princípio da insignificância. B) No caso do entendimento deste Juízo pela condenação do art. 155 do Código Penal, que a esta seja concedida o previsto no art. 14 inciso II do mesmo dispositivo legal. Haja vista que na própria denúncia oferecida a este Juízo, consta como ato tentado o crime de furto. Bem como o exposto no art. 65, I e III, d. Em concordância com sua idade no ato praticado, bem como seu interesse em não dificultar a percussão penal. C) Em situação que reconheça o ato tentado, art. 14, II do Código Penal, seja garantido o direito previsto no art. 33, § 2º, alínea c do Código Penal. Nestes termos, Pede e espera deferimento. Cidade, XX de xxxxxxx de XXXX. Advogado OAB/UF 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 06 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 x PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: CASO PRÁTICO Felipe, com 18 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Ana, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e troca de beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Ana, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Felipe. Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia seguinte, Felipe, ao acessar a página de Ana na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Felipe ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Ana, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. Por Ana ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Felipe pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea “l”, do CP. O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo, local de residência do réu. Felipe, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. 2 As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas. As testemunhas de defesa, amigos de Felipe, disseram que o comportamento e a vestimenta da Ana eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Felipe não estava embriagado quando conheceu Ana. O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Ana, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses após o ato sexual. O Ministério Público pugnou pela condenação de Felipe nos termos da denúncia. A defesa de Felipe foi intimada no dia 10 de abril de 2014 (quinta-feira). Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 3 EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DE VITÓRIA / ES AUTOS NÚMERO XXXX-XX FELIPE, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seus procuradores infra-assinados, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do art. 403, § 3°do Código de Processo Penal pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 1 – BREVE RELATO: Felipe, com 18 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Ana, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e troca de beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Ana, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Felipe. Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia seguinte, Felipe, ao acessar a página de Ana na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Felipe ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi corroboradocom a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Ana, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. Por Ana ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Felipe pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea “l”, do CP. O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo, local de residência do réu. Felipe, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas. As testemunhas de defesa, amigos de Felipe, disseram que o comportamento e a vestimenta da Ana eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Felipe não estava embriagado quando conheceu Ana. O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Ana, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente 4 pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses após o ato sexual. 2 – DO DIREITO: O acusado está sendo processado pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217- Ado CP) em concurso material (art. 69 do CP). O acusado conheceu a vítima em uma balada e acabaram no decorrer da festa criando uma certa intimidade, trocando beijos e caricias, em nenhum momento o réu chegou a perguntar a idade da vítima pelo fato de o local ser frequentado por pessoas maiores de idade, deste modo pensou que a mesma também era maior de idade, assim como as testemunhas afirmaram que também acharam que a vítima era mais velha pelo comportamento e pelas vestimentas, no fim da noite os dois manterão relações sexuais na modalidade oral e vaginal. No dia seguinte o acusado veio descobrir por meio de uma rede social que a vítima tinha apenas 13 anos de idade, ficando o mesmo em estado de choque, pois, não tinha a mínima ideia de tais fatos. Desse modo, não resta dúvidas de que o acusado agiu em erro de tipo essencial escusável previsto no art. 20 do CP, neste caso permite somente a punição por culpa mas o tipo penal imputado ao réu não prevê forma culposa de modo que, a conduta é formalmente atípica. Os crimes em que deixam vestígios exigem que sejam feito exame de corpo de delito nos termos do art. 158 do CPP, para a produção de provas e configuração dar circunstâncias geradas pela conduta. No exame pericial foi constatado que a menor não era virgem, mas não pode atestar que foi a primeira relação apesar de assim ela ter dito em seu depoimento, pois, tal exame foi feito meses depois e já não era mais possível averiguar tais fatos, mas afirmou ter o hábito de fugir de casa com as amigas e frequentar bares adultos, desta forma, não se pode confirmar as causas reais de sua condição. Diante de tais fatos não resta dúvidas de que o acusado agiu em erro, não pensou em nenhum momento que estava agindo contra a lei, praticando portanto, conduta atípica. Mas caso assim não entenda Vossa Excelência que seja a pena fixada no mínimo legal, pois o acusado é réu primário, tem bons antecedentes e residência fixa, as circunstâncias judiciais estão ao seu favor. Ainda nesse sentido, o parquet requereu o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, mas o acusado não se embriagou para praticar tais fatos, até porque não era sua intenção praticar uma conduta típica, o mesmo estava apenas se divertindo em um bar com seus amigos. Os amigos do acusado que estava presente afirmaram este não estava embriagado, de forma que, deve ser afastada a presença de tal agravante. Mas, ao tempo do crime o acusado era menor de 21 anos, tinha apenas 18 anos e nesse caso nos termos do art. 65, I do CP deverá incidir a atenuante da menoridade. Deve também ser excluído o concurso de crimes do art. 69 do CP, pois, com o advento da lei 12. 015/2009, o crime de estupro de vulnerável e o de atentado violento ao pudor se tornaram um tipo misto alternativo, devendo ser considerado um crime único. Requereu ainda o ministério público que iniciasse o cumprimento da pena em regime fechado pela por fazer o crime parte do rol do art. 1º da lei 8.072 sendo o crime hediondo, de forma que, o art. 2º, §1º da mesma lei defende o início de cumprimento de pena em 5 regime fechado. Ocorre que, o STF já julgou tal dispositivo inconstitucional de acordo com o art. 33, §2º, "a" prevê regime inicial fechado para crimes com pena superior a 8 anos, o que não é o caso, devendo então fixar o regime inicial semiaberto para o acusado. 3 – DOS PEDIDOS: Diante de todo o exposto requer seja a presente ação recebida e provida de forma que seja reconhecida a atipicidade da conduta por erro de tipo essencial inevitável absolvendo o réu sumariamente nos termos do art. 386, III do CPP. Caso não entenda Vossa Excelência dessa forma, que seja a pena fixada no mínimo legal reconhecendo as circunstâncias judiciais a favor do acusado, excluindo o concurso de crimes por ser um tipo misto alternativo, afastando a agravante de embriaguez preordenada e reconhecendo a atenuante de menoridade, fixando o regime inicial de cumprimento de pena no regime semiaberto. Nestes termos, pede deferimento. Vitória - ES, 15 de abril de 2014. Advogado OAB/UF 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 07 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 x PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL No dia 17 de abril de 2015, uma criança recém-nascida é vista boiando em um córrego e, ao ser resgatada, não possuía mais vida. Helena, a mãe da criança, foi localizada e negou que houvesse jogado a vítima no córrego. Sua filha teria sido, segundo ela, sequestrada por um desconhecido. Durante a fase de inquérito, testemunhas afirmaram que a mãe apresentava quadro de profunda depressão no momento e logo após o parto. Além disso, foi realizado exame médico legal, o qual constatou que Helena, quando do fato, estava sob influência de estado puerperal. À míngua de provas que confirmassem a autoria, mas desconfiado de que a mãe da criança pudesse estar envolvida no fato, a autoridade policial representou pela decretação de interceptação telefônica da linha de telefone móvel usado pela mãe, medida que foi decretada pelo juiz competente. A prova constatou que a mãe efetivamente praticara o fato, pois, em conversa telefônica com uma conhecida, de nome Lia, ela afirmara ter atirado a criança ao córrego, por desespero, mas que estava arrependida. O delegado intimou Lia para ser ouvida, tendo ela confirmado, em sede policial, que Helena de fato havia atirado a criança, logo após o parto, no córrego.Em razão das aludidas provas, a mãe da criança foi então denunciada pela prática do crime descrito no art. 123 do Código Penal perante a 1ª Vara Criminal (Tribunal do Júri). Durante a ação penal, é juntado aos autos o laudo de necropsia realizada no corpo da criança. A prova técnica concluiu que a criança já nascera morta. Na audiência de instrução, realizada no dia 17 de outubro de 2016, Lia é novamente inquirida, ocasião em que confirmou ter a denunciada, em conversa telefônica, admitido ter jogado o corpo da criança no córrego. A mesma testemunha, no entanto, trouxe nova informação, que não mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse que, em outras conversas que tivera com a mãe da criança, Helena contara que tomara substância abortiva, pois não poderia, de jeito nenhum, criar o filho. Interrogada, a denunciada negou todos os fatos. Finda a instrução, o Ministério Público manifestou-se pela pronúncia, nos termos da denúncia, e a defesa, pela impronúncia, com base no interrogatório da acusada, que negara todos os fatos. O magistrado, na mesma audiência, prolatou sentença de pronúncia, não nos termos da denúncia, e sim pela prática do crime descrito no art. 124 do Código Penal, 2 punido menos severamente do que aquele previsto no art. 123 do mesmo código, intimando as partes no referido ato. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na condição de advogado(a) de Helena, redija a peça cabível à impugnação da mencionada decisão, acompanhada das razões pertinentes, as quais devem apontar os argumentos para o provimento do recurso, mesmo que em caráter sucessivo. 3 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA DE XXXX Autos do processo nº XXX.XXX HELENA, já qualificada nos autos em epígrafe, através de seu advogado infra-assinado, com procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por não se conformar com a decisão de fl. ..., interpor o presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, nos termos do art. 581, IV, do Código de Processo Penal. Neste ensejo, requer seja recebido o recurso e procedido o juízo de retratação, nos termos do art. 589, do Código de Processo Penal. Se mantida a decisão, requer seja o recurso encaminhado ao Tribunal de Justiça, com as razões já inclusas, para o seu devido processamento. Nesses Termos, pede deferimento. Local, xx de xxx de xxxx. Assinatura do Advogado Advogado OAB/UF 4 EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Recorrente: Helena Recorrido: Justiça Pública Processo n. XXX.XXX RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Egrégio Tribunal de Justiça Colenda Câmara I- DOS FATOS No dia 17 de junho de 2010, uma criança recém-nascida é vista boiando em um córrego e, ao ser resgatada, não possuía mais vida. A autoridade policial representou pela decretação de interceptação telefônica da linha de telefone móvel de Helena. O Ministério Público denunciou a recorrente pela prática do crime previsto no art. 123 do Código Penal. Durante a ação penal foi juntado aos autos o laudo de necropsia realizado no corpo da criança. A prova técnica concluiu que a criança já nascera morta. Durante a instrução, a testemunha Lia trouxe nova informação, que não mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse, em outras palavras que tivera com a mãe da criança, Helena contou que tomou substância abortiva. Interrogada, a recorrente negou os fatos. Encerrada a instrução, o magistrado prolatou sentença de pronúncia, pronunciando a recorrente pela prática do crime previsto no art. 124 do Código Penal. II- DO DIREITO A) DAS PRELIMINARES A.1) Da nulidade da sentença de pronúncia O Ministério Público ofereceu denúncia contra a recorrente pela prática do delito previsto no art. 123 do Código Penal. O Magistrado proferiu decisão pronunciando a recorrente pela prática do art. 124 do Código Penal. Todavia, a decisão de pronúncia deve ser anulada. Conforme se observa nos autos, a testemunha Lia trouxe nova informação, que não consta na denúncia, no sentido de que a recorrente teria contado que ingeriu substância abortiva, razão pela qual o Magistrado proferiu decisão de pronúncia pela prática do crime previsto no art. 124 do Código Penal. Todavia, o Magistrado violou o disposto no art. 411, §3º, do Código de Processo Penal, c/c o art. 384 do Código de Processo Penal, já que, tendo em vista o surgimento de fato novo durante a instrução criminal, deveria ter concedido vista para o Ministério Público aditar a denúncia, nos termos do art. 384 do Código de Processo Penal. Logo, deve ser declarada a nulidade da decisão de pronúncia. 5 A.2) Da prova ilícita A autoridade policial representou pela interceptação telefônica, o que foi deferido pelo Magistrado. Todavia, trata-se de prova ilícita. O crime de infanticídio, previsto no art. 123 do Código Penal, é apenado com detenção. Todavia, nos termos do art. 2º, III, da Lei n. 9.296/96, somente é admitida a interceptação telefônica se o fato investigado constituir infração penal apenada com reclusão. Além disso, o crime de aborto, previsto no art. 124 do Código Penal, também é apenado com detenção. Logo, trata-se de prova ilícita. Além disso, a autoridade policial representou pela interceptação telefônica porque "estava desconfiado" de que a recorrente estaria envolvida na morte da criança. Logo, não poderia ser admitida a interceptação telefônica, porque não havia indícios razoáveis da autoria ou participação da recorrente na morte a criança, nos termos do art. 2º, I, da lei n. 9.296/96. Por fim, a autoridade policial não esgotou todos os meios de investigação antes de representar pela interceptação telefônica, violando o disposto no art. 2º, II, da Lei n. 9.296/96. Logo, a interceptação telefônica se trata de prova ilícita, devendo ser desentranhada dos autos, nos termos do art. 157 do Código de Processo Penal. A.3) Da prova ilícita por derivação A autoridade policial tomou conhecimento da testemunha Lia a partir da interceptação telefônica ilícita. Logo, o testemunho de Lia se trata de prova ilícita por derivação, devendo ser desentranhada dos autos, nos termos do art. 157, §1º, do Código de Processo Penal. B) DO MÉRITO B.1) Da materialidade Durante a ação penal, foi juntado aos autos laudo de necropsia realizado no corpo da criança. A prova técnica concluiu que a criança já nascera morta. Todavia, não há prova da materialidade do crime de aborto, uma vez que a perícia não apontou que a criança faleceu em decorrência de eventual ingestão de substância abortiva. Logo, a recorrente deverá ser absolvida sumariamente, nos termos do art. 415, I, do Código de Processo Penal, ou sucessivamente, ser impronunciada, nos termos do art. 414 do Código de Processo Penal. B.2) Da autoria A recorrente sempre negou todos os fatos. O magistrado se baseou na interceptação telefônica e no testemunho de Lia para proferir a sentença de pronúncia. Todavia, conforme referido acima, a interceptação telefônica e a testemunha são provas ilícitas, devendo ser desentranhadas dos autos, nos termos do art. 157 do Código de Processo Penal. Assim, não havendo mais nenhum elemento de prova acerca da autoria, deveria o Magistrado proferir sentença de impronúncia ou de absolvição sumária. Logo, a recorrente requer seja reformada a decisão para o fim de que seja proferida decisão de absolvição sumária ou, sucessivamente, de impronúncia. 6 III- DO PEDIDO Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, com aREFORMA DA DECISÃO DE 1º GRAU, para o fim de que: a) seja declarada a nulidade da decisão de pronúncia; b) seja declarada a ilicitude e nulidade da interceptação telefônica, devendo ser desentranhada dos autos, nos termos do art. 157 do Código de Processo Penal. c) seja declarada a ilicitude e nulidade do testemunho de Lia, porque se trata de prova ilícita por derivação, devendo ser desentranhada dos autos, nos termos do art. 157, §1º, do Código de Processo Penal. d) seja a recorrente absolvida sumariamente, com base no art. 415, II, do Código de Processo Penal. e) seja a recorrente impronunciada, nos termos do art. 414 do Código de Processo Penal. Local, xx de xxx de xxxx. Advogado OAB/UF 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 08 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 X PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: Rita, senhora de 60 anos, foi presa em flagrante no dia 10/11/2011 (quinta-feira) ao sair da filial de uma grande rede de farmácias após ter furtado cinco tintas de cabelo. Para subtrair os itens, Rita arrebentou a fechadura do armário onde estavam os referidos produtos, conforme imagens gravadas pelas câmeras de segurança do estabelecimento. O valor total dos itens furtados perfazia a quantia de R$49,95 (quarenta e nove reais e noventa e cinco centavos). Instaurado inquérito policial, as investigações seguiram normalmente. O Ministério Público, então, por entender haver indícios suficientes de autoria, provas da materialidade e justa causa, resolveu denunciar Rita pela prática da conduta descrita no Art. 155, § 4º, inciso I, do CP (furto qualificado pelo rompimento de obstáculo). A denúncia foi regularmente recebida pelo juízo da 41ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Estado 'X' e a ré foi citada para responder à acusação, o que foi devidamente feito. O processo teve seu curso regular e, durante todo o tempo, a ré ficou em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, realizada no dia 18/10/2012 (quinta-feira), o Ministério Público apresentou certidão cartorária apta a atestar que no dia 15/05/2012 (terça-feira) ocorrera o trânsito em julgado definitivo de sentença que condenava Rita pela prática do delito de estelionato. A ré, em seu interrogatório, exerceu o direito ao silêncio. As alegações finais foram orais; acusação e defesa manifestaram-se. Finda a instrução criminal, o magistrado proferiu sentença em audiência. Na dosimetria da pena, o magistrado entendeu por bem elevar a pena-base em patamar acima do mínimo, ao argumento de que o trânsito em julgado de outra sentença condenatória configurava maus antecedentes; na segunda fase da dosimetria da pena o magistrado também entendeu ser cabível a incidência da agravante da reincidência, levando em conta a data do trânsito em julgado definitivo da sentença de estelionato, bem como a data do cometimento do furto (ora objeto de julgamento); não verificando a incidência de nenhuma causa de aumento ou de diminuição, o magistrado fixou a pena definitiva em 4 (quatro) anos de reclusão no regime inicial semiaberto e 80 (oitenta) dias-multa. O valor do dia-multa foi fixado no patamar mínimo legal. Por entender que a ré não atendia aos requisitos legais, o magistrado não substituiu a pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. Ao final, assegurou-se à ré o direito de recorrer em liberdade. O advogado da ré deseja recorrer da decisão. 2 Atento ao caso narrado e levando em conta tão somente as informações contidas no texto, elabore o recurso cabível. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 41ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO X Processo n. XXX.XX Rita, já qualificada nos autos, por seu advogado infra-assinado, com procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por não se conformar com a decisão de fls., interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com base no art. 593, I, do Código de Processo Penal. Assim, requer seja recebido e processado o presente recurso, já com as razões inclusas, remetendo-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado X. Nestes termos, Pede deferimento, Local, xx de xxx, xxxx. Advogado OAB/UF 3 EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X APELANTE: Rita APELADO: Ministério Público Processo n. XXX.XX RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X COLENDA CÂMARA I- DOS FATOS No dia 10.11.2011, Rita foi presa em flagrante por ter furtado de uma grande rede de farmácia cinco tintas de cabelo. Para realizar a subtração das tintas, a apelante arrebentou a fechadura do armário que estavam os itens. O valor total dos subtraídos foi de R$ 49,95. O Ministério Público ofereceu denúncia tipificando a conduta da acusada pelo crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, previsto no art. 155, §4º, I, do Código Penal. A denúncia foi regularmente recebida, a apelada regularmente citada. O processo teve seu curso regular e a ré respondeu ao processo inteiro em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, no dia 18.10.2012, o Ministério Público apresentou certidão cartorária a qual atestava que no dia 15.05.2012 ocorrera o transito em julgado da sentença que condenou a apelada pelo crime de estelionato. Finda a instrução, o magistrado proferiu sentença em audiência. Na dosimetria da pena, o magistrado elevou a pena-base por entender que a sentença do crime de estelionato representava maus antecedentes, sendo que na segunda fase da dosimetria, reconheceu a agravante da reincidência levando-se em conta também a data do trânsito em julgado definitivo da sentença de estelionato. Por fim, fixou a pena definitiva em 4 (quatro) anos de reclusão no regime inicial semiaberto e 80 (oitenta) dias-multa e não substituiu a pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. No entanto, assegurou-se à ré o direito de recorrer em liberdade. II- DO DIREITO A conduta da apelante encontra-se sob a incidência do princípio da insignificância. Sabe-se que para haver crime é necessário a tipicidade, qual seja a tipicidade formal e a tipicidade material. A tipicidade formal é a subsunção perfeita da conduta do agente ao tipo penal. No caso, a conduta comissiva de subtrair coisa alheia para si formalmente 4 amolda-se ao crime de furto. Nas esteiras do entendimento pacificado do Supremo Tribunal Federal, para haver tipicidade material é necessário a presença de certos fatores, tais como: a inexpressividade da lesão jurídica provocada, mínima ofensividade da conduta, nenhuma periculosidade social e reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento. Neste sentido, se para haver crime é necessário a combinação da tipicidade formal com a material, uma conduta materialmente atípica deixa de ser crime, o que afasta, por conseguinte, a tipicidade penal. É o caso. Narram os autos que a apelante subtraiu, insta- se dizer que de uma grande rede de farmácias, bens cujo valor total foi de R$ 49,95. Tal valor diante do porte da empresa é irrisório, ou seja, não houve uma lesão jurídica ao bem tutelado que justifique a aplicação da lei penal e uma consequente condenação, pois o desfalque patrimonial foi irrisório. Além de que na conduta da ré não houve violência ou grave ameaça, não há nenhuma periculosidade social e a reprovabilidade do seu comportamento é mínimo. Imperioso reconhecer que o fato não constitui infração penal. Com efeito, requer a aplicação do princípio da insignificância e seja a apelante absolvida, combase no art. 386, III, do Código de Processo Penal. O magistrado se utilizou dos maus antecedentes para agravamento de pena já tendo se utilizado da reincidência para agravar a pena-base, o que configura bis in idem, nos termos da súmula 241 do Superior Tribunal de Justiça. Nas esteiras da referida súmula, a reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. Logo, com base na súmula 241 do Superior Tribunal de Justiça, requer, seja afastado o agravamento de pena por maus antecedentes. O art. 63, do Código Penal aduz que verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. Ou seja, o Código Penal estabelece que a reincidência se configura quando o agente comete novo crime depois do trânsito em julgado de condenação anterior. O crime cometido pela apelante ocorrera no dia 10.11.2011, e o transito em julgado da sentença pelo crime de estelionato se deu em 15.05.2012, não podendo tal sentença ser utilizada como motivo para reconhecer reincidência, nos termos do art. 63, do Código Penal. Requer, portanto, seja afastado o agravamento da pena pela reincidência, e seja aplicada a pena em sua forma mínima, qual seja, 02 anos de reclusão. III- DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer seja REFORMADA a sentença de 1º grau, com o consequente PROVIMENTO deste recurso, a fim de que: a) seja a apelante ABSOLVIDA, pois os fatos não constituem infração penal, nos termos do art. 386, III, do Código de Processo Penal, diante da incidência do Princípio da Insignificância. b) seja a pena aplicada em seu mínimo legal, diante do afastamento do agravamento da pena pelos maus antecedentes, nos termos da súmula 241 do Superior Tribunal de Justiça. c) seja a pena aplicada em seu mínimo legal, diante do afastamento do agravamento da pena pela reincidência, nos termos do art. 63 do Código Penal. 5 d) seja reconhecido o furto privilegiado, com a aplicação do disposto no art. 155, §2º, do Código Penal. e) seja substituída a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art. 44, inciso I, do Código Penal. f) seja aplicado o regime aberto de cumprimento de pena, nos termos do art. 33, §2º, c, do Código Penal, c/c súmula 719 do Supremo Tribunal Federal. g) seja os dias-multa aplicado em seu mínimo legal, ou seja, 10 dias-multa, nos termos do art. 49 do Código Penal. Nestes termos, Pede deferimento, Local, xx de xxx de xxxx. Advogado OAB/UF 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 09 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 X PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Solano, através de seu advogado, requereu a progressão do regime fechado para o semiaberto, por ter completado um sexto da pena, de um total de 12 anos, condenado que foi por dois roubos. O juiz da execução penal da comarca de Belo Horizonte/Minas Gerais, acolhendo parecer do Ministério Público, indeferiu o pedido, pois ainda não havia sido elaborado o exame criminológico, nem oferecido o parecer da Comissão Técnica de Classificação, embora existisse nos autos atestado de boa conduta carcerária. Na qualidade de advogado do executado, elabore o recurso pertinente, considerando que você foi intimado hoje. Date o recurso com o último dia do prazo. 2 EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE BELO HORIZONTE-MG. Execução Penal nº. XXX.XX Solano, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, atualmente recolhido na Penitenciária XX, onde cumpre pena, não se conformando com a respeitável decisão denegatória de sua progressão do regime prisional fechado para o regime semiaberto de cumprimento de pena, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, que está subscreve, interpor o presente recurso de Agravo em Execução. Com fulcro no artigo 197 da Lei 7.210/84. Requer seja este recebido e processado, para que, a partir das razões desde já inclusas, possa Vossa Excelência exercer, caso assim entenda, juízo de retratação, concedendo o direito pleiteado. Caso Vossa Excelência entenda por manter a decisão denegatória, após ouvido o ilustre representante do Ministério Público, requer seja encaminhado o presente recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais, para julgamento. Nestes termos, pede deferimento. Belo Horizonte, data e ano Advogado OAB 3 Razões de Agravo em Execução Agravante: Solano. Execução Penal nº XXX.XX Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, 1. Dos Fatos O requerente, através de seu advogado, requereu a progressão do regime fechado para o semiaberto, por ter completado um sexto da pena, de um total de 12 anos, condenado que foi por dois roubos. O juiz da execução penal da comarca de Belo Horizonte/Minas Gerais, acolhendo parecer do Ministério Público, indeferiu o pedido, pois ainda não havia sido elaborado o exame criminológico, nem oferecido o parecer da Comissão Técnica de Classificação, embora existisse nos autos atestado de boa conduta carcerária 2. Do Direito Segundo o artigo 2º da Lei nº 8.072/1990, com a redação que lhe deu a Lei nº 11.464/2007, estabelece que o tempo mínimo de cumprimento da pena em regime fechado seja de 2/5 (dois quintos) para os condenados por crimes hediondos, o que no caso da pena arguida seria o de 28 meses. Mas ao observarmos o dispositivo legal, não podemos incluir o requerente em tal rol, uma vez que sua condenação se trata de crime comum. Assim seria mais plausível e aplicável ao caso em questão o privilégio de saída para trabalho como trata o art. 37 da Lei 7.210 de 1984, que garante ao requerente possuidor de boa conduta carcerária o direito ao trabalho externo, cumprido 1/6 da pena por crimes comuns. Acerca do tema, Fernando Capez afirma que possuem caráter penal as normas relativas ao cumprimento da pena, como as que proíbem ou permitem a progressão de regime, as que dificultam ou facilitam o livramento condicional, as que permitem a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, etc. Para o autor, tais normas alcançam o próprio jus puniendi, tornando-o mais ou menos intenso. 3. Dos Pedidos Diante de todo o exposto, e considerando que o Agravante já cumpriu o requisito temporal mínimo de 1/6 (um sexto) exigido para ver progredido o regime de execução de 4 sua pena, bem como atende aos demais requisitos exigidos pela legislação aplicável, requer seja conhecido e provido o presente recurso, tornando sem efeito a decisão contra a qual se insurge, para que seja concedido o benefício à progressão de regime prisional do agravante para o semi-aberto, nos termos do art. 112 da Lei de Execução Penal. Nestes termos, pede deferimento. Belo Horizonte, data, ano Advogado OAB 1 INFORMAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO Peça Processual 10 INFORMAÇÕES DOCENTE CURSO: Direito DISCIPLINA: Prática Penal TURN O MAN HÃ TARD E NOIT E PERÍODO/SALA : 8M1 x PROFESSOR (A):Ronaldo Passos Braga INFORMAÇÕES DISCENTE ALUNO(A): LUCAS FERNANDO LOPES CUNHA RA: 11612032 DATA: NOTA: PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Jane, no dia 18 de outubro de 2014, na cidade de Cuiabá́ – MT, subtraiu veículo automotor de propriedade de Gabriela. Tal subtração ocorreuno momento em que a vítima saltou do carro para buscar um pertence que havia esquecido em casa, deixando-o aberto e com a chave na ignição. Jane, ao ver tal situação, aproveitou-se e subtraiu o bem, com o intuito de revendê-ló no Paraguai. Imediatamente, a vítima chamou a polícia e está empreendeu perseguição ininterrupta, tendo prendido Jane em flagrante somente no dia seguinte, exatamente quando esta tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do bem, que estava guardado em local não revelado. Em 30 de outubro de 2014, a denúncia foi recebida. No curso do processo, as testemunhas arroladas afirmaram que a ré estava, realmente, negociando a venda do bem no país vizinho e que havia um comprador, terceiro de boa-fé́ arrolado como testemunha, o qual, em suas declarações, ratificou os fatos. Também ficou apurado que Jane possuía maus antecedentes e reincidente especifica nesse tipo de crime, bem como que Gabriela havia morrido no dia seguinte à subtração, vítima de enfarte sofrido logo após os fatos, já́ que o veículo era essencial à sua subsistência. A ré confessou o crime em seu interrogatório. Ao cabo da instrução criminal, a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo sido levada em consideração a confissão, a reincidência especifica, os maus antecedentes e as consequências do crime, quais sejam, a morte da vítima e os danos decorrentes da subtração de bem essencial à sua subsistência. A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o cumprimento da pena em 10 de novembro de 2014. No dia 5 de março de 2016, você, já́ na condição de advogado(a) de Jane, recebe em seu escritório a mãe de Jane, acompanhada de Gabriel, único parente vivo da vítima, que se identificou como sendo filho desta. Ele informou que, no dia 27 de outubro de 2014, Jane, acolhendo os conselhos maternos, lhe telefonou, indicando o local onde o veículo estava escondido. O filho da vítima, nunca mencionado no processo, informou que no mesmo dia do telefonema, foi ao local e pegou o veículo 2 de volta, sem nenhum embaraço, bem como que tal veículo estava em seu poder desde então. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO Processo n. XXX.XX Jane, nacionalidade, estado civil, profissão, RG XXX, CPF XXX, residente e domiciliada no endereço XXXXX, através de seu advogado infra-assinado, com procuração anexa, propor REVISÃO CRIMINAL, com base no art. 621, III, do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. I- DOS FATOS No dia 18.10.2018, na cidade de Cuiabá/MT, a requerente subtraiu o veículo automotor da vítima Gabriela com intuito de revendê-lo no Paraguai. A vítima, imediatamente, acionou a polícia, mas apenas no dia seguinte a requerente foi presa enquanto tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do carro, este que estava em local não revelado. Um dia após o crime a vítima faleceu de infarto. A denúncia foi recebida dia 30.10.2018. A requerente confessou o delito em seu interrogatório e todas as testemunhas arroladas ratificaram os fatos. Fim da instrução processual, Jane fora condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial fechado, tendo sido na sentença considerado a confissão, a reincidência específica, os maus antecedentes e as consequências do crime. Transitada em julgado a sentença condenatória, a requerente iniciou o cumprimento da pena em 10.11.2012. No dia 05.03.2013, Gabriel, filho único da vítima falecida e nunca mencionado no processo, informa que Jane, após o crime, ligou para ele no dia 27.10.2013 e lhe disse onde o veículo estava escondido. Gabriel, então, foi ao local e pegou o veículo de volta, sem nenhum embaraço, bem como que tal veículo estava em seu poder desde então. II- DO DIREITO 3 Em virtude de nova prova, no caso, Gabriel, necessário a reanálise de certos aspectos. A denúncia foi recebida em 30.10.2018. No entanto, de acordo com o relato de Gabriel, Jane devolvera no dia 27.10.2013 o veículo furtado, antes, portanto, do recebimento da denúncia. A devolução da res furtiva antes do recebimento da denúncia caracteriza o arrependimento posterior, previsto no art. 16 do Código Penal, o que pode ensejar a redução da pena de um a dois terços. Como a res furtiva foi entregue sem nenhum tipo de embaraço, imperioso que a redução seja na fração máxima. Dessa forma, com base no art. 626, do Código de Processo Penal, requer seja modificada a pena, de forma a ser reduzida em sua fração máxima, pois a res foi restituída integralmente à vítima. O fato novo comprova que Jane devolveu o veículo e não o transportou para vendê-lo no Paraguai, assim, ela não está incursa na qualificadora do §5º, do art. 155, do Código Penal. Necessário, portanto, a desclassificação do crime qualificado para o de furto na sua modalidade simples, previsto no art. 155, caput, do Código Penal. Operando-se a desclassificação do crime qualificado para o crime de furto simples, a pena aplicada à requerente será reduzida para menos de quatro anos. Ainda que a requerente seja reincidente em tal prática delituosa, é entendimento do Superior Tribunal de Justiça a possibilidade de cumprimento de pena em regime semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 04 anos, se favoráveis as circunstâncias judiciais, nos termos de sua súmula de n. 269. O fato da requerente ter restituído o bem à vítima prepondera sobre os maus antecedentes, o que revela que lhe são favoráveis as circunstâncias judiciais. III- DOS PEDIDOS Ante o exposto, com base no art. 626, do CPP, requer: a) a desclassificação do crime de furto qualificado para o crime de furto simples; b) a diminuição da pena privativa de liberdade; c) a fixação do regime semiaberto. Nestes termos, Pede deferimento, Cuiabá – MT, xx de xxx de xxxx. Advogado OAB/UF O Juiz de Direito José de Andrade Neto certifica que Lucas Fernando Lopes Cunha participou da audiência de Custódia realizada no processo 0000383-03.2017.8.12.0800 em trâmite na Comarca de Campo Grande - MS e teve desempenho satisfatório no exame a que foi submetido 14/06/2020 x9kKK5TNhj Este certificado confere ao acadêmico a comprovação de 2 horas de atividade complementar O Juiz de Direito José de Andrade Neto certifica que Lucas Fernando Lopes Cunha participou da audiência de Custódia realizada no processo 0006478-78.2019.8.12.0800 em trâmite na Comarca de Campo Grande - MS e teve desempenho satisfatório no exame a que foi submetido 14/06/2020 4F9iSHvR3L Este certificado confere ao acadêmico a comprovação de 2 horas de atividade complementar O Juiz de Direito José de Andrade Neto certifica que Lucas Fernando Lopes Cunha participou da audiência de Custódia realizada no processo 0006464-94.2019.8.12.0800 em trâmite na Comarca de Campo Grande - MS e teve desempenho satisfatório no exame a que foi submetido 14/06/2020 ekVtXygsR4 Este certificado confere ao acadêmico a comprovação de 2 horas de atividade complementar O Juiz de Direito José de Andrade Neto certifica que Lucas Fernando Lopes Cunha participou da audiência de Custódia realizada no processo 0000387-40.2017.8.12.0800 em trâmite na Comarca de Campo Grande - MS e teve desempenho satisfatório no exame a que foi submetido 14/06/2020 FG7GfbbIJX Este certificado confere ao acadêmico a comprovação de 2 horas de atividade complementar O Juiz de Direito José de Andrade Neto certifica queLucas Fernando Lopes Cunha participou da audiência de Custódia realizada no processo 0000381-33.2017.8.12.0800 em trâmite na Comarca de Campo Grande - MS e teve desempenho satisfatório no exame a que foi submetido 14/06/2020 hPsokxKMIf Este certificado confere ao acadêmico a comprovação de 2 horas de atividade complementar
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