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212 UNIDADE 3 | TERMOQUÍMICA c) o hidrogênio, que teve apenas 20 g de massa con- sumida, e o metano, que produziu 264 g de CO2. d) o etanol, que teve apenas 96 g de massa con- sumida, e o metano, que produziu 176 g de CO2. e) o hidrogênio, que teve apenas 2 g de massa consumida, e o etanol, que produziu 1 350 g de CO2. 7. (Enem) Nas últimas décadas, o efeito estufa tem- -se intensificado de maneira preocupante, sendo esse efeito muitas vezes atribuído à intensa libe- ração de CO2 durante a queima de combustíveis fósseis para geração de energia. O quadro traz as entalpias padrão de combustão a 25 °C (DH025) do metano, do butano e do octano. Composto Fórmula molecular Massa molar (g/mol) DH025 (kJ/mol) metano CH4 16 2890 butano C4H10 58 22 878 octano C8H18 114 25 471 À medida que aumenta a consciência sobre os impactos ambientais relacionados ao uso da energia, cresce a importância de se criar políticas de incentivo ao uso de combustíveis mais eficien- tes. Nesse sentido, considerando-se que o me- tano, o butano e o octano sejam representativos do gás natural, do gás liquefeito de petróleo (GLP) e da gasolina, respectivamente, então, a partir dos dados fornecidos, é possível concluir que, do ponto de vista da quantidade de calor obtido por mol de CO2 gerado, a ordem crescente desses três combustíveis é: a) gasolina, GLP e gás natural. b) gás natural, gasolina e GLP. c) gasolina, gás natural e GLP. d) gás natural, GLP e gasolina. e) GLP, gás natural e gasolina. 8. (Enem) No que tange à tecnologia de combustí- veis alternativos, muitos especialistas em ener- gia acreditam que os álcoois vão crescer em importância em um futuro próximo. Realmente, álcoois como metanol e etanol têm encontrado alguns nichos para uso doméstico como com- bustíveis há muitas décadas e, recentemente, vêm obtendo uma aceitação cada vez maior como aditivos, ou mesmo como substitutos para gasolina em veículos. Algumas das propriedades físicas desses com- bustíveis são mostradas no quadro seguinte. X Álcool Densidade a 25 °C (g/mL) Calor de combustão (kJ/mol) Metanol (CH3OH) 0,79 2726,0 Etanol (CH3CH2OH) 0,79 21 367,0 Dados: Massas molares em g/mol: H 5 1,0; C 5 12,0; O 5 16,0. Considere que, em pequenos volumes, o custo de produção de ambos os álcoois seja o mesmo. Dessa forma, do ponto de vista econômico, é mais vantajoso utilizar: a) metanol, pois sua combustão completa forne- ce aproximadamente 22,7 kJ de energia por litro de combustível queimado. b) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 29,7 kJ de energia por litro de combustível queimado. c) metanol, pois sua combustão completa forne- ce aproximadamente 17,9 MJ de energia por litro de combustível queimado. d) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 23,5 MJ de energia por litro de combustível queimado. e) etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 33,7 MJ de energia por litro de combustível queimado. 9. (UEL-PR) A tabela, a seguir, mostra as entalpias padrão de formação DH0f a 25 °C. Substância Fórmula DH0f kJ/mol Metanol CH3OH (ø) 2238,6 Etanol C2H5OH (ø) 2277,7 Gás carbônico CO2 (g) 2393,5 Água H2O (v) 2241,8 O metanol já foi usado como combustível na fórmula Indy, com o inconveniente de produzir chama incolor e ser muito tóxico. Atualmente, utiliza-se etanol, proveniente da fermentação do caldo na cana-de-açúcar, o mesmo utilizado em automóveis no Brasil. a) Compare a quantidade de energia liberada (kJ) pela combustão de 1,00 g de metanol com a produzida por 1,00 g de etanol. Justifique sua resposta. b) Se um automóvel da fórmula Indy gastar 5 litros de etanol (d 5 0,80 g/mL) por volta em um de- terminado circuito, calcule a energia liberada (kJ) pelo seu motor em cada volta. X 2CONECTEQuim_MERC18Sa_U3_Cap10_p200a222.indd 212 8/2/18 11:43 AM Entalpia 2 A A 2 DH . 0 DH , 0 213CAPÍTULO 10 | EQUAÇÕES TERMOQUÍMICAS Energia de liga•‹o Em todas as reações químicas ocorrem quebra das ligações existentes nos reagentes e formação de novas ligações que darão origem aos produtos. Para que ocorra quebra de ligação nos reagentes, é necessário que ocorra absorção de energia; logo, estamos diante de um processo endotérmico. Assim, temos: A 2 energia 2 A DH 5 x kJ A AA A1 2 A energia A 2 DH 5 2x kJ A A1 A A Representação pelo modelo "pau e bola". Na reação inversa, ou seja, na formação da ligação, a partir dos átomos, ocor- re a liberação da mesma quantidade de energia. A energia absorvida na quebra de uma ligação é numericamente igual à energia liberada na sua formação. No entanto, a energia de ligação é definida para a quebra de ligações e, por isso, sempre terá o valor positivo. Observe ao lado uma possível representação gráfica para essas reações. Energia de ligação: energia absorvida na quebra de 1 mol de ligações, no estado gasoso. Veja alguns casos: a) 1 H H (g) → H (g) 1 H (g) DH 5 1436 kJ A quebra de 1 mol de ligações H H (g) absorve 436 kJ; dizemos, então, que: energia de ligação H H (g) 5 1436 kJ/mol b) 1 Cø Cø (g) → Cø (g) 1 Cø (g) DH 5 1242,6 kJ energia de ligação Cø Cø (g) 5 1242,6 kJ/mol c) 1 H Cø (g) → H (g) 1 Cø (g) DH 5 1431,8 kJ energia de ligação H Cø (g) 5 1431,8 kJ/mol d) 1 H C H H H → 1 C (g) 1 4 H (g) DH 5 11 652 kJ Nesse caso, temos a quebra de 4 mol de ligações (C H). Como a energia de ligação é expressa por mol de ligação, temos: energia média da ligação C H 5 1413,4 kJ/mol Nas moléculas poliatômicas, as interações entre os átomos variam para com- postos diferentes que tenham a mesma ligação. Nesses casos, são utilizados valores de energias de ligações médias. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 2CONECTEQuim_MERC18Sa_U3_Cap10_p200a222.indd 213 8/2/18 11:43 AM Entalpia ligações formadas H O C, C,H H H H H H C, C, C, C,,D 214 UNIDADE 3 | TERMOQUÍMICA Etapas de quebra Energia necessária (kJ/mol) (valores aproximados) CH 4 → CH 3 1 H 435 CH 3 → CH 2 1 H 453 CH 2 → CH 1 H 425 CH → C 1 H 339 1 652 energia de ligação média 5 413 Fonte: GILBERT, Thomas R. et al. Chemistry. The science in context. London/New York: W. W. Norton, 2009. Para determinar a variação de entalpia (DH) de uma reação química, devemos determinar quais ligações serão quebradas nos reagentes, originando átomos isola- dos, e quais átomos assim obtidos formarão novas ligações, resultando nos produtos. A seguir, veremos dois exemplos para a determinação do DH, usando valores de energia de ligação. Apenas para facilitar o cálculo desta variação, imagine que os reagentes tenham todas as suas ligações quebradas e que todas as ligações dos produtos sejam formadas no momento da reação. • 1o exemplo: energia absorvida na quebra da ligação energia liberada na formação da ligação H 2 (g) Cø 2 (g) 2 HCø (g) DH 5 ?1 Para romper 1 mol de ligação: H H 5 436 kJ e Cø Cø 5 242,6 kJ. Ou seja: energia total absorvida = 678,6 kJ H Cø 5 431,8 kJ Como são formados 2 mol de HCø, temos: 2 H Cø 5 863,6 kJ energia total liberada 5 863,6 kJ Como a energia liberada é maior que a energia absorvida, essa reação é exotérmica (DH , 0). O valor absoluto pode ser calculado pela diferença entre o maior e o menor valor de energia. No caso: 863,6 2 678,6 5 185 kJ Assim: H 2 (g) 1 Cø 2 (g) → 2 HCø (g) DH 5 2185 kJ valor maior valor menor B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra A energia de um mesmo tipo de ligação, em uma mesma molécula, varia con- forme cada etapa de quebra de ligação. 2CONECTEQuim_MERC18Sa_U3_Cap10_p200a222.indd 214 8/2/18 11:43 AM