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AULA 05 ANATOMIA PATOLOGICA TEORICA

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AULA 05 11/03/2019 
Cont. Distúrbios de crescimento celular 
1. HIPERPLASIA 
Na aula passada foi mostrado o processo de cura por primeira intenção e o por segunda intenção, onde o 
processo de 1 intenção leva a um processo menos exuberante do que o de segunda intenção. Foi falado tb 
sobre o tecido de granulação, onde há a formação de granulomas, que são processos hiperplásicos de 
formação de constituintes celulares, de tecidos conjuntivos. A célula inflamatória predominante nos 
granulomas são os macrófagos, que é uma célula mononucleada e predomina nos processos crônicos. 
A hiperplasia é um processo de proliferação celular que pode ser fisiológico ou patológico e quando patológica 
ela pode ser um passo para o câncer. O excesso de proliferação celular, baseado em MITOSE, faz com que o 
DNA fique muito vulnerável. A mitose é o momento de abertura da molécula de DNA e por isso fica vulnerável. 
Por isso tecidos que fazem muita mitose tem mais tendencia ao câncer em geral. Tecidos que sofrem muita 
hiperplasia tem mais tendência ao câncer. 
A pele é um tecido que se renova a cada 7 a 12 dias aproximadamente, através de processos proliferativos 
hiperplásicos (mitose). O tipo de câncer mais comum no organismo é o de pele, câncer de mucosas, esôfago, 
estomago, intestino, bexiga, pulmão tb é comum pois são tecidos que fazem muita proliferação hiperplásica. 
2. Displasia 
A imagem abaixo, é de uma mandíbula de um cão, onde vemos adjacente ao dente carniceiro ( 1º molar- é o 
dente mais importante para o carnívoro, pois ele serve para triturar e cortar o alimento. O cão tritura a ração 
atrás), uma formação irregular no entorno desse dente, da região periodontal da mandíbula do cão. Essa 
proliferação é irregular, ela se distingue do tecido adjacente, que é a gengiva normal, pela sua superfície 
irregular, sua coloração mais vermelha. Dentro da Hiperplasia existe a DISPLASIA, que um processo 
proliferativo também de caráter hiperplásico, porém desorganizado, sem uma estrutura histológica que 
permita o reconhecimento da estrutura. Então podemos dizer que displasia é uma hiperplasia desorganizada. 
Esse processo displasico da foto é chamado de ÉPULE ou EPULIDE. A épule é caracterizada por uma 
proliferação de tecido do periodonto, que o tecido que conecta o dente ao alvéolo dentário. Fica entre o 
espaço da gengiva e o dente, tb chamado de ligamento dentário ( ele que sofre o processo displasico), pois 
é ele que prende o dente dentro do alvéolo. Esse tecido então começa a se proliferar de forma desorganizada 
e a medida que vai se proliferando começa a formar uma massa irregular. Isso se aproxima muito de uma 
neoplasia, e só não é pq não tem dano genético ( de DNA) apenas um estimulo de proliferação que ocorre de 
forma desordenada. Alguns autores acreditam que a displasia esta a um passo do câncer, ou seja, tecidos que 
sofrem displasia tem uma maior tendência a se transformar em neoplasia. 
Hematuria enzootica bovina, quando o bovino se intoxica com samambaia do campo ( Pteridium aquilinum), 
apresentam inicialmente, grande quantidade de displasia tecidual ( epitelial) e essa displasia muitas vezes é 
reconhecida como PRÉ CANCERÍGENA. Qd a doença avança, mais a frente, se observa na bexiga do bovino 
uma evolução para um processo neoplásico. 
Nem sempre a displasia evolui para uma neoplasia, mas existe essa correlação. No caso da Hematuria bovina, 
sim. Mas no caso dos Epules, não evolui para neoplasia. Epules são lesões benignas e quando é removida a 
tendência é que haja cura. O problema do epule é que é um crescimento que fragiliza esse dente e o mesmo 
pode cair, é sendo um dente que possui 2 raizes e ocupa uma grande parte da massa da maxila, que deixara a 
mandíbula fragilizada pelo espaço vazio do dente, e então sujeito a fraturas. Não produz metástase. 
 
 
 
Épule 
3. Hipertrofia 
A hipertrofia é um processo de aumento de volume celular. A célula aumenta de volume devido a um aumento 
da sua carga de trabalho. 
Um musculo aumenta de volume, a partir do momento que suas células produzem mais e mais filamentos 
musculares ( proteínas actínia e miosina que são produzidas dentro da célula muscular). Se ocorre estimulo 
baseado em uma carga maior de trabalho, a tendência é que essa célula produza mais filamentos musculares 
( miofibrilas, que são fibras de miosina e actínia que exercem o papel contrátil da musculatura). 
Pode ser tanto fisiológico quanto patológico. 
Por exemplo: o coração só cresce por mitose, ou seja, proliferação hiperplásica, durante a fase infantil. Depois, 
é só Hipertrofia, ou seja, o volume máximo que o coração atinge na fase adulta é por hipertrofia. 
Outro tecido que sofre hipertrofia, é o tecido adiposo. O tecido adiposo sofre uma hipertrofia fisiológica. Os 
adipócitos quando não estão cheios de gordura, tendem a ser células pequenas estrelada, mas a medida que 
vamos armazenando lipídios ali dentro, a tendência é que essas células sofram hipertrofias em seu citoplasma. 
Os adipócitos aumentam de volume pq eles passam de um estagio inativo para um estagio onde armazenam 
gotas de gordura. O tecido adiposo é um tecido muito especializado e por isso ele não tem a capacidade de 
fazer mitose. 
Ex: Numa lipoaspiração onde o tecido adiposo subcutâneo é aspirado, esse tecido não voltara mais, pois não 
faz mitose, o que faz a pessoa engordar não é nesse tecido adiposo subcutâneo( externo) e sim no tecido 
adiposo interno. E com isso surgem problemas. Esse tecido adiposo externo tem um valor fundamental que é 
distribuir adequadamente a gordura tanto dentro quanto fora do organismo. Se vc remove o tecido adiposo 
do subcutâneo ( externa), só sobrara tecido adiposo para armazenar gordura na parte interna do organismo e 
com isso vc pode sobrecarregar os órgãos internos. Pq qd vc tem uma hipertrofia muito grande interna, ela 
vai comprimir órgãos, comprimir vasos importantes. A gordura mais danosa ao organismo é a gordura intra-
abdominal. Então qd se faz uma Lipoaspiração, vc esta desequilibrando a sua capacidade de armazenar 
gordura. 
Na pele tb é observado processos de hipertrofia, aumento de volume de celular. Por exemplo, as glândulas 
sebáceas podem sofrem tanto a hiperplasia ( aumento do numero de células) qt a hipertrofia ( aumento do 
volume das células), mediante um estimulo de produção excessiva de gordura. Geralmente o que estimula os 
dois processos proliferativos de glândula sebácea é a dieta rica em lipídios. Por isso que qd se come uma 
dieta muito rica em lipídios ( chocolates, frituras) a tendência é que a pele fique mais oleosa e essa oleosidade 
se da pela proliferação dessas glândulas. 
A imagem abaixo podemos observar um tecido muscular , onde vemos algumas células musculares, cortadas 
transversalmente, que mostram fibras musculares hipertróficas em detrimento de outras. 
 
 A hipertrofia tb pode ser patológica ocorre em uma situação patológica que força um trabalho excessivo de 
um determinado tecido . Por exemplo, na foto acima vemos que algumas fibras sofreram hipertrofia pois 
talvez essas fibras sofreram mais estímulos no tecido para fazer o movimento contrátil. E isso acontece, 
provavelmente pq nesse musculo houve algum tipo de dano neurológico que faz com que parte das fibras 
perca a capacidade contrátil. E com isso a outra parte sofre um maior estimulo para compensar esse trabalho 
muscular. Isso pode ser observado no coração. A hipertrofia, se torna muito mais evidente de forma 
patológica na forma de doenças cardíacas. 
Ex: No coração há um acumulo, dentro do ventrículo direito, de dirofilarias. Esse ventrículo para vencer a 
resistência que a dirofilaria exerce, sobre o fluxo sanguíneo, passa então a fazer uma hipertrofia com dilatação 
do bico(????? Não entendi essapalavra no áudio- 22:02). Alem de uma uma dilatação longitudinal ( hipertrofia 
longitudinal) a parede do ventrículo tb engrossa, pois a fibra sofre hipertrofia transversa. Tudo isso acontece 
pq houve um excesso de trabalho por conta da presença das dirofilaria no ventrículo direito. Esse tipo de 
hipertrofia no coração é chamado de CARDIOMEGALIA. Então a cardiomegalia é o resultado da hipertrofia 
cardíaca frente a situações de esforço excessivo do coração. 
Na foto abaixo, mostra a mucosa de uma alça intestinal. Essa mucosa normalmente é lisa e nessa foto esta 
extremamente enrugada e espessa. E isso é um processo hiperplásico e hipertrófico das vilosidades 
intestinais. Todo o intestino delgado é revestido internamente por vilosidades recobertas por uma camada 
única de enterócitos, que são células que recobrem as vilosidades que tem poder absortivo. Processos 
inflamatórios crônicos do intestino podem diminuir a capacidade de absorção intestinal. Por exemplo, se esse 
paciente apresenta um processo de alergia alimentar crônica a um determinado tipo de proteína da qual ele 
se alimenta, por exemplo : carne de frango. Então qd ele se alimenta de carne de frango, começa a se acumular 
nas vilosidades, células inflamatórias ( mastócitos, neutrófilos, eosinófilos) e essa inflamação toda, perturba 
a capacidade absortiva do intestino. De forma crônica , o que acontece é que essas células vão sofrer 
hipertrofia, ou seja, vão aumentar de tamanho( volume) para tentar captar mais e não é so isso que acontece. 
Começa a ter tb uma proliferação de vilosidades, ou seja, surgem novas vilosidades – hiperplasia. Então ocorre 
hiperplasia de vilosidades e hipertrofia de enterócitos. E tudo isso acontece para tentar aumentar o poder 
de absorção do intestino. 
 
 
4. Atrofia 
A atrofia é o contrario da hiperplasia e da hipertrofia. Na atrofia temos um conceito duplo, pois observamos 
uma diminuição no volume celular e/ou numero de células de um tecido. Pode ser classificada como ATROFIA 
NUMÉRICA ou ATROFIA VOLUMÉTRICA. 
A atrofia pode ocorrer por situações diversas e uma das mais comumente lembrada é a atrofia por desuso. 
A atrofia por desuso ocorre quando se imobiliza algum membro ( braço, perna, etc). Quando esta com um 
membro imobilizado, ocorre uma diminuição significativa no fluxo sanguíneo para o tecido desse membro. 
Por exemplo, um braço imobilizado numa mesma posição, sofre uma diminuição considerável do fluxo 
sanguíneo e isso não atinge so a musculatura do braço, atinge todos os tecidos. Um braço imobilizado sofre 
atrofia : cutânea ( o numero de camadas da epiderme diminui por causa do fluxo sanguíneo deficitário), tecido 
conjuntivo ( numero de fibrocitos e fibroblastos depositando colágeno, e com isso diminui a deposição de 
colágeno), Tecido ósseo e cartilaginoso tb sofrem o mesmo processo atrófico. O osso perde massa mineral e 
a cartilagem vai perdendo componentes da cartilagem como glicosaminoglicanos e etc. 
Então a atrofia por desuso é um processo que atinge vários tecidos por falta de fluxo sanguíneo. Por exemplo, 
um idoso que entra numa fase de inatividade, vai apresentar o mesmo tipo de atrofia de um membro 
imobilizado. A atividade física de impacto ( corrida, basquete, luta) estimula fluxo sanguíneo e 
consequentemente hipertrofia e atrofia. Por isso que a pele dos idosos é atrofiada comparando com pessoas 
mais jovens, pela inatividade. 
O DESUSO pode ocorrer de formas diversas: 
• DENERVAÇÃO. Qualquer dano em fibras neurológicas, que atendem tecidos sejam eles musculares 
ou parenquimatosos, tb podem resultar em atrofia por desuso. Por exemplo, se ocorreu um trauma 
neuro muscular que faça com que um individuo perca a movimentação de determinados grupos. A 
tendência é que ele sofra atrofia por desuso. Um exemplo clássico é a Síndrome do Cavalo Roncador, 
que é uma condição que leva a atrofia da musculatura que atende a laringe dos cavalos, e forma 
assimétrica. Isso ocorre em algumas situações como doenças respiratórias que acabam lesionando 
os nervos que servem ao músculos da laringe ocorrendo então uma atrofia muscular da laringe. Então 
doenças respiratórias em cavalos podem resultar em danos neurológicos e com isso atrofia muscular 
da laringe. 
• FOME CRONICA - Outra condição que resulta em atrofia é a FOME. A fome crônica, resulta na falta 
de nutrientes, como aminoácidos, e essa falta de nutrientes vai resultar em atrofia muscular. A falta 
de carboidratos, de alimentos minerais, podem resulta em atrofia de órgãos parenquimatosos como 
o fígado. 
• HIPÓXIA ou ANEMIA CRONICA- A Hipóxia numa situações de anemia tb causam atrofia tecidual. Ex: 
pessoas que ficam muito tempo deitadas, acamadas, pessoas que ficaram paraplégicas, o tempo que 
passam deitadas fazem com que a pele sofra isquemia ( falta de fluxo sanguíneo) e com o tempo essa 
pele vai atrofiando ate que chega ao ponto de romper e surgem as escaras de decúbito ( que são 
feridas enormes na pele e o paciente tem que ser virado de 15/15 minutos para não ocorrer essas 
feridas ). 
Ex: Um indivíduo com uma anemia intracavitária crônica, tb vai sofrer hipóxia crônica e nesse caso 
não é desuso nesse caso é um mecanismo diferente. 
 
 
5. Metaplasia 
A metaplasia é um processo lesional onde ocorre a transformação de um tipo de tecido em outro tipo de 
tecido, mudando a sua morfologia e sua funcionalidade. 
Ex: Na foto abaixo, tem um corte histológico de uma bexiga normal, que é constituída por um epitélio 
pseudoestratificado transicional, que qd a bexiga fica repleta essas células ficam mais achatadas e qd ela esta 
vazia essas células ficam mais globosas. Na bexiga normal, observamos que o epitélio tem varias camadas de 
celulas e elas tem uma orientação do nucleo para cima e seu formato cilíndrico. 
 
 
Mediante processos inflamatórios crônicos, como acontece na hematúria enzootica bovina, esse epitélio pode 
se transformar em um epitélio semelhante ao da pele. Ele se transforma em um EPITELIO ESCAMOSO ( 
semelhante a pele), pq as células da superfície adotam um padrão semelhante a um disco de vinil, achatado. 
Houve uma transformação morfológica e funcional. A bexiga perde capacidade de repleção vesical ( 
capacidade de encher), porem esse epitélio é mais resistente. Nesse caso houve uma adaptação a um processo 
inflamatório crônico. Como que um epitélio transacional se transforma em escamoso? Isso acontece por 
resgate genético, ou seja, as mesmas informações necessárias para produzir pele e bexiga estão dentro do 
DNA dessas células pq tem a mesma origem embriológica,( as células da pele com as da bexiga) e o processo 
inflamatório é o gatilho para ocorrer esse resgate. 
 
 IMPORTANTE! Então, inflamação crônica da bexiga pode desencadear metaplasia escamosa com 
morfologia e funcionalidade diversa. 
Em alguns casos a metaplasia pode ser ABERRANTE ou INCOMUM, que não tem funcionalidade nenhuma, 
como vemos na foto abaixo uma bexiga de um bovino que sofreu intoxicação por samambaia ( na Hematuria 
enzootica em bovinos). A transformação que o epitélio sofreu é idêntica a celulas vegetais, não se sabe qual 
resgate genético ocorrido nesse caso, mas esse tecido mudou completamente do original. É uma metaplasia 
aberrante que é PRÉ CANCERÍGENA. Pode acontecer em qualquer tecido. 
 
METAPLASIA FISIOLOGICA 
Nos animais que fazem o ciclo estral, o epitélio vaginal antes do proestro, que é o início do ciclo quando a 
cadela está se preparando para ovular, é um epitélio rugoso( mucosa) e a medida que o ciclo estral vai 
avançando e a cadela se prepara para ovular e se preparar para a copula. O pênis do macho é extremamente 
contaminado e durante o ato em si, ocorre muito trauma e o epitélio da femea sofre uma modificação 
estrutural quando ela ovula que é a metaplasia escamosa 
Inicio – epitélio rugoso 
Qd ovula – metaplasia escamosa 
Isso acontece independente da copula. O gatilho é a OVULAÇÃO.METAPLASIA PATOLÓGICA 
É importante o veterinário descobrir o momento certo da ovulação para poder inseminar , com um SWAB 
coleta no assoalho vaginal dessa cadela e se vier na citologia vaginal, células escamosas, então essa cadela 
esta ovulando. 
Na foto abaixo vemos cortes histológicos da traqueia que tem o epitélio da traqueia que originalmente é 
epitélio pseudoestratificado ciliado, os cílios servem para colocar o muco para fora, que p sistema de defesa 
mucociliar, e quem produz o muco são as glândulas que estão na lamina própria ( tudo o que esta abaixo da 
epitelio) do tecido. A partir do momento que sofre uma infecção viral apresentando uma rinite, traqueite, 
bronquite, num primeiro momento causa uma lesão que causa a completa perda do epitélio, uma esfoliação 
total. Esse epitélio não pode ficar assim livre, descoberto, pq assim vai ficar vulnerável a muitas infecções e 
então o organismo faz uma METAPLASIA ESCAMOSA para poder cobrir logo esse epitélio para ele não ficar 
muito tempo descoberto, até o epitélio original de reconstituir de novo( +- 10 dias ). Nesse período, ele 
continua a produzir muco ( 2 dias) , mas não tem os cílios para expelir o muco, então o animal ou a pessoa 
tosse. E como demora em torno de 10 dias para o epitélio se reconstituir, nesse período para expelir o muco 
terá que tossir, pois o muco não será eliminado naturalmente enquanto não houver os cílios. 
O fumante mantem o estagio de metaplasia escamosa o tempo todo, pois mantem um caso de inflamação 
cronica. Por isso que o fumante precisa pigarrear. 
 
É muito comum que lesões necróticas, tecidos necróticos que morreram por um processo inflamatório ou por 
isquemia, sofram cicatrização, calcificação. Tecidos necróticos tem uma tendência muito forte de acumular 
sais de cálcio. Esse tecido se calcifica e a calcificação excessiva de tecidos podem resultar na metaplasia óssea 
em tecido conjuntivo e se transformar em osso. Pode ser observada na pele, pulmão. A planta Solanum 
malacoxylon ( do Pantanal Matogrossense) causa o Mal do Espichamento ou Espichadeira, que é uma 
calcificação, pois os tecidos moles são estimulados a calcificação e é muito comum metaplasia óssea. 
Nenhum desses processos ocorre danos ao DNA. 
6. Aplasia e hipoplasia 
São situações ausência de formação de tecidos. Os tecidos não se formam devido a falta de proliferação 
celular. Pode ser parcialmente ou totalmente. É muito comum associar essas situações de aplasia ou hipoplasia 
a lesões congênitas. Que são lesões em que o animal já nasce dessa forma. 
Lesões congênitas 
• Hipoplasia ou Aplasia testicular – a aplasia é a ausência de formação completa de um ou de ambos os 
tecidos do cão. E a Hipoplasia é uma formação parcial do testículo. 
 APLASIA TESTICULAR ( pode ser unilateral ou bilateral) 
 Hipoplasia testicular 
Se o animal nasceu com os 2 testiculos normais e depois com o tempo um ficou menor que o outro, não 
chamamos hipoplasia e sim de Atrofia. 
 
• Hipoplasia da medula óssea – onde a medula óssea não consegue se formar totalmente. O animal 
que sofre de hipoplasia da medula óssea ele perde a capacidade de reproduzir em quantidade, 
ERITROCITOS, LEUCOCITOS, PLAQUETAS. Ele sofre um déficit. No caso da medula óssea, o mais 
frequente é observar essa hipoplasia de forma ADQUIRIDA, e não mais congênita. Situações que 
podem levar a Hipoplasia da medula óssea é a Erlichiose, pq a Rickettsia, chega na medula óssea e 
destrói e com isso a medula osse não consegue mais se replicar. Por isso que o animal com erliquiose 
pode chegar a um quadro de anemia intensa, por falta de constituintes sanguíneos, pois a sua medula 
não está conseguindo produzir. 
• Hipoplasia do Esmalte Dentário - e uma hipoplasia adquirida, o esmalte dentário é uma fina película 
que esmalta o dente, como se fosse um verniz impermeabilizando o dente contra líquidos em geral. 
Cães com cinomose tendem a apresentar a morte das celulas que produzem o esmalte dentário, e 
com isso ocorre uma falha na esmaltação, e o dente fica poroso e incorpora os sulcos da alimentação. 
E o tecido poroso fica mais suscetível a desgaste. ,a foto abaixo, mostra um animal adulto que foi 
resgatado da rua e isso nos mostra que qd era pequeno ele teve cinomose( pontinha do dente são), 
teve cinomose ( área onde esta sem esmalte) depois venceu a cinomose e o dente voltou a ter esmalte. 
Com isso eu consigo predizer se o cão teve cinomose, pq um cão sobrevivente a cinomose pode voltar 
a excretar o vírus no ambiente. 
 
 
 
 
• Hipoplasia pancreática– é uma hipoplasia congênita. Abaixo do duodeno deveria ter o pâncreas o que 
aconteceu é que tem uma redução considerável do parênquima pancreático. O pâncreas tem uma 
função dupla. Tem uma função exócrina, que é responsável em produzir as enzimas digestivas é que 
nesse caso foi o que sofreu o processo hipoplásico. Ele só tem o parênquima endócrino ( o que produz 
a insulina e glucagom) e o parênquima exócrino esse cão nasceu sem. Esse cão tem incapacidade de 
digestão. Esse cão é esfomeado e morre de fome e muito magro, pois ele não consegue digerir 
nutrientes como proteínas, lipídios, e que são digeridos primordialmente pelas enzimas produzidas 
pelo. pâncreas exócrino 
 
 
 
• Hipoplasia Cerebelar 
Na foto abaixo, mostra 2 cérebros de bezerro, onde um tem o cerebelo normal e o outro um cerebelo 
hipoplásico. Isso se aproxima muito com o que a nossa sociedade passou há um tempo atrás com o 
zika vírus. So que nesse caso da foto, foi um Peste Vírus que mata as células que produzem os 
neurônios de Purkinje, então, a peste vírus bovino causa HIPOPLASIA DO CEREBELO e vai matando as 
células que vão se transformar nos neurônios de Purkinje. 
Na hipoplasia cerebelar o animal vai nascer com incoordenação motora, com tremor de cabeça, 
cruzando membros, tem uma deambulação, filhote muito fraco, micro oftalmia. É um agente 
teratogênico, ou seja, que causa anomalias fetais. 
Parecido com o zika vírus( em humanos) que vai no feto e mata as células que vão se transformar 
em neurônios do córtex cerebral, resultando numa HIPOPLASIA ENCEFALICA, que clinicamente é 
chamada de microcefalia. O vírus da ZIKA vírus, mata as células totipotentes neurais, como se fossem 
células tronco, no período de 3 a 6 meses de vida do feto, que é um período crucial para o 
desenvolvimento do cérebro. Qd o vírus infecta uma gestante em final de gestação, isso não acontece. 
 
 
 
7. Neoplasias 
São processos descontrolados de proliferação celular associado a mutações celulares (benigna ou maligna). É 
um processo pelo qual o corpo perde o controle sobre a proliferação. Os processos proliferativos celulares são 
regidos por estímulos químicos, sejam eles hormonais ou por substancias de origem inflamatória. As células 
passam a se proliferam de forma independente, na verdade parcialmente independente pq o câncer é um 
duodeno 
Pâncreas endócrino 
parasita e depende dos nutrientes do organismo para ele poder crescer. É um processo que leva a danos 
celulares, como compressão, destruindo por isquemia um tecido, etc 
Podem ser subdividas em: 
• Neoplasias benignas – melhor prognósticos, processos locais de proliferação, ou seja, restritos a uma 
região. 
• Neoplasias malignas – com poder infiltrativo e poder de se disseminar a distância, e são conhecidas 
como câncer. 
 As neoplasias tendem a se apresentar sob a forma de tumores com muita frequência, mas o termo tumor 
restringe apenas a morfologia, qq aumento de volume acima de 2 cm. O termo câncer foi criado pelos gregos , na 
época de Platão, eles definiram uma doença que se assemelhava as patas do caranguejo, pq essa doença se 
caracterizada por uma proliferação de tecidos pq infiltrava nos demais tecidos como se fossem as patas de um 
caranguejo. O câncer é uma doença muito antiga e não existe so nos animais superiores, existem em qq espécie como 
animais inferiorese nos vegetais. A base do processo neoplásico são as mutações celulares, Processos mutacionais 
fazem com que haja perda de capacidade de controle celular de proliferação. 
ETIOLOGIAS 
As etiologias para as neoplasias são diversas, se observa um processo etiológico muitos variados. Atualmente o risco 
de se desenvolver cancer esta muito mais relacionado ao acaso do que um fator individual exclusivamente. 
Estamos muito expostos a agentes etiológicos que resultam em neoplasias. 
Antigamente os fatores genéticos não eram passados adiante, pois as pessoas que tinha câncer morriam cedo e não 
se reproduziam. Mas hoje, a expectativa de vida mais alta, faz com que os nossos tecidos envelheçam, e com isso as 
pessoas morrem mais tarde e o fator genético é passado adiante. E as pessoas tb ficam mais tempo expostos aos 
fatores ambientais. Então nos selecionamos uma geração mais suscetíveis a doenças em geral por conta da expectativa 
de vida ter aumentado. 
FATORES ETIOLOGICOS QUE DESENCADEIAM OS PROCESSOS CANCERÍGENOS 
• Fatores ambientais – não se refere somente a fatores que nos seres humanos produzimos, mas tb fatores que 
estão na natureza – Incidência de luz do sol ( irradiação solar) que esta associada a uma questão geográfica, 
ou seja, onde tem uma maior incidência de radiação UVA e UVB teremos maiores índices de casos cancer de 
pele. Na veterinária, temos problemas com animais que são da Europa e que vem para o Brasil, não terão 
proteção na pele deles( nos queratinócitos superficiais – melanina) como os animais que são daqui. Como 
animais brancos tb. Os gatos domésticos tem menos melanização e sofrem com o sol, pois ficam expostos ao 
sol ( no telhado). E podem ter lesão de carcinoma de pele. 
Questões populacionais, nos Estados Unidos , tem muita incidência de câncer de trato digestório ( pois comem 
muita carne vermelha) e o pais com menos índice de câncer de trato digestório é a India, que não come carne 
vermelha. 
Poluição atmosférica, compostos derivados da queima de combustíveis fosseis baseados em carbono. Ex: 
Fumaça de carro produzem radicais livres, que são moléculas de carbono que não são estabilizadas e dentro 
da etiologia do câncer, esse radical livre pode se incorporar à molécula de DNA qd ela está sofrendo uma 
transcrição e com isso vai ocorrer uma falha, um processo mutacional que pode resultar em neoplasia.

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