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INTERTEXTUALIDADE
CONCEPÇÃO DE INTERTEXTUALIDADE
O QUE É INTERTEXTUALIDADE?
- Quantas vezes, no processo de escrita, constituímos um texto recorrendo a outro(s) texto(s)?
- Quantas vezes, no processo de leitura de um texto, necessário se faz, para a produção de sentido, o (re)conhecimento de outro(s) texto(s) – ou do modo de constituí-los?
“stricto sensu, a intertextualidade ocorre quando, em um texto, está inserido outro texto (intertexto) anteriormente produzido, que faz parte de uma memória social de uma coletividade. Como vemos, a intertextualidade é elemento constituinte e constitutivo do processo de escrita/leitura e compreende as diversas maneiras pelas quais a produção/recepção de um texto depende de conhecimentos de outros textos por parte dos interlocutores, ou seja, dos diversos tipos de relações que um texto mantém com outros textos.” (KOCH; ELIAS, 2010, p. 86)
*Em sentido amplo, a intertextualidade se faz presente em todo e qualquer texto, como componente decisivo de suas condições de produção. Isto é, ela é condição mesma da existência de textos, já que há sempre um já-dito, prévio a todo dizer. Segundo J. Kristeva, criadora do termo, todo texto é um mosaico de citações, de outros dizeres que o antecederam e lhe deram origem” (KOCH; ELIAS, 2010, p. 86).
	DÉTOURNEMENT: “efetuado por meio de substituições, supressões, acréscimos, transposições operadas sobre o enunciado-fonte” (KOCH; ELIAS, 2010, p. 93).
Grésillon e Maingueneau (1984, p. 114): “O détournement consiste em produzir um enunciado que possui marcas linguísticas de uma enunciação proverbial, mas que não pertence ao estoque dos provérbios reconhecidos”.
“O objetivo é levar o interlocutor a ativar o enunciado original, para argumentar a partir dele; ou então, ironiza-lo, ridicularizá-lo, contraditá-lo, adaptá-lo a novas situações, ou orientá-lo para outro sentido, diferente do sentido original” (KOCH, BENTES, CAVALCANTI, 2007, p. 45)
INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA
“A intertextualidade explícita ocorre quando há citação da fonte do intertexto, como acontece nos discursos relatados, nas citações e referências; nos resumos, resenhas e traduções; nas retomada de textos de parceiros para encadear sobre ele ou questioná-lo na conversação” (KOCH; ELIAS, 2010, p. 87).
INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA
“A intertextualidade implícita ocorre sem citação expressa da fonte, cabendo ao interlocutor recuperá-la na memória para construir o sentido do texto, como as alusões, na paródia, em certos tipos de paráfrases e ironias. Nesse caso, exige-se do interlocutor uma busca na memória para a identificação do intertexto e dos objetivos do produtor do texto ao inseri-lo no seu discurso. Quando isso não ocorre, grande parte ou mesmo toda a construção do sentido fica prejudicada” (KOCH; ELIAS, 2010, p. 92)
INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA (partilha de um mesmo tema/assunto)
- Em textos científicos;
- Em matérias de jornais e da mídia em geral;
- Entre as diversas matérias de um mesmo jornal;
- Entre textos literários;
- Entre contos de fadas tradicionais e lendas;
- História em Quadrinhos de um mesmo autor;
- Um livro e o filme ou novela que o encenam;
- As várias encenações de uma mesma peça de teatro;
- As novas versões de um filme.
INTERTEXTUALIDADE ESTILÍSTICA
A intertextualidade estilística ocorre, por exemplo, quando o produtor do texto, com objetivos variados, repete, imita, parodia certos estilos ou variedades linguísticas: são comuns os textos que reproduzem a linguagem bíblica, um jargão profissional, um dialeto, o estilo de um determinado gênero, autor ou segmento da sociedade.
INTERTEXTUALIDADE INTERGENÉRICA:
“Os exemplares de cada gênero, evidentemente, mantêm entre si relações intertextuais no que diz respeito à forma composicional, ao conteúdo temático e ao estilo, permitindo ao falante, devido à familiaridade com elas, construir na memória um modelo cognitivo de contexto (VAN DIJK, 1994; 1997), que lhe faculte reconhecê-los e saber quando recorrer a cada um deles, usando-os de maneira adequada. É o que se tem denominado competência metagenérica” (KOCH, BENTES, CAVALCANTI, 2007, p. 63).
INTERTEXTUALIDADE TIPOLÓGICA:
“A intertextualidade tipológica decorre do fato de se poder depreender, entre determinadas sequências ou tipos textuais – narrativas, descritivas, expositivas, etc., um conjunto de características comuns, em termos de estruturação, seleção lexical, uso de tempos verbais, advérbios (de tempo, lugar, modo etc.) e outros elementos dêiticos, que permitem reconhecê-las como pertencentes a determinada classe” (KOCH, BENTES, CAVALCANTI, 2007, p. 75-76).
Exemplos de intertextualidade:
	José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
[...]
Carlos Drummond de Andrade 
	DRUMUNDANA
e agora Maria?
o amor acabou
a filha casou
o filho mudou
teu homem foi pra vida
que tudo cria
a fantasia
que você sonhou
apagou
à luz do dia 
e agora Maria?
vai com as outras
vai viver
com a hipocondria
Alice Ruiz
	INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA: Não há referência direta ao nome do autor do texto ou ao texto-fonte 
-O título “Drumondana” é um neologismo criado a partir do nome do autor do intertexto, mas só pode ser acionado se o leitor reconhecer os implícitos
INTERTEXTUALIDADE ESTILÍSTICA:
- Há paralelismo sintático nos versos 1, 2, 3 e 4
- Há semelhança sintática e semântica em relação ao refrão do poema (E agora, José?/E agora, Maria?)
	Sinopse – Filme: Malévola
Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a história de Malévola (Angelina Jolie), a protetora do reino dos Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantém a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan (Sharlto Copley). Os dois iniciam um romance, mas Stefan tem a ambição de se tornar líder do reino vizinho, e abandona Malévola para conquistar seus planos. A garota torna-se uma mulher vingativa e amarga, que decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora (Elle Fanning). Aos poucos, no entanto, Malévola começa a desenvolver sentimentos de amizade em relação à jovem e pura Aurora.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-201429/
	INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA: Há referência direta ao intertexto (“Baseado no conto da Bela Adormecida”)
INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA: trata-se de um filme baseado em um conto e o que está sendo retomado do intertexto (conto) é a temática.
	
'Maria passou na frente' diz Padre Marcelo após ser empurrado de altar durante missa
Em vídeo o Padre Marcelo Rossi diz que ‘Maria passou na frente’ após ter sido empurrado do altar por uma mulher neste domingo (14) em Cachoeira Paulista. A mulher furou a segurança do evento e empurrou o padre durante a celebração. Após a agressão ela foi contida pela Polícia Militar e encaminhada para a delegacia.
O padre celebrava a missa de encerramento do acampamento ‘Por Hoje Não’ (PHN). Por volta das 14h50 a mulher, que participava do evento, invadiu o altar e empurrou o padre, que caiu da estrutura.
Apesar da queda, o padre não ficou ferido e depois voltou ao altar para terminar a celebração. Em um vídeo divulgado pela Canção Nova ao fim da missa o padre diz que está bem.
“Maria passou na frente, pisou na cabeça da serpente, estou ótimo”, disse. “Fiquem tranquilos, só umas dorzinhas, não quebrou nada”, acrescentou.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2019/07/14/maria-passou-na-frente-diz-padre-marcelo-apos-ser-empurrado-de-altar-durante-missa.ghtml
	INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA: Há referência indireta ao intertexto. 
INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA: A metáfora “Maria passou na frente, pisou na cabeça da serpente” faz referência a personagens bíblicos para significar que o padre foi protegido por Maria (mãe de Jesus). A serpente faz alusão ao mal na cultura cristã católica.
	
Por que é erro científico usar dias frios para negar aquecimento global (10/07/2019, por Luis Barrucho, BBC)
"Sópor curiosidade: quando está quente a culpa é sempre do possível aquecimento global e quando está frio fora do normal como é que se chama?".
O questionamento acima foi feito por um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), em sua conta oficial no Twitter no último domingo, 7 de julho, em meio a uma onda de frio que fez as temperaturas caírem no Sul e no Sudeste do Brasil.
Na rede social, a opinião dividiu os usuários. Para os apoiadores do parlamentar, o comentário reforça a tese de que o aquecimento global não existe. Já seus críticos apontaram para desinformação sobre o assunto.
Coincidentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também recorre ao Twitter para fazer comentários semelhantes. Ele retirou o país do pacto global pelo clima em junho de 2017.
Em janeiro deste ano, por conta de uma onda de frio intensa que atingiu o Meio-Oeste dos Estados Unidos, Trump tuitou a pergunta: "Se o mundo está ficando mais quente, por que, então, está fazendo tanto frio nos EUA?"
Como Trump e Carlos Bolsonaro, muitas pessoas acreditam ser exagerada ou mesmo falsa a preocupação com o aquecimento global.
Mas, segundo explicam especialistas em clima ouvidos pela BBC Brasil, a suposição de que dias muito frios comprovam a inexistência do aquecimento global é errada. Pelo contrário, eles reforçam a certeza, compartilhada por boa parte da comunidade científica, de que esse fenômeno existe e vem nos afetando de forma cada vez mais intensa.
"Essa fala de Carlos Bolsonaro é muito comum entre os negacionistas (aqueles que negam o aquecimento global). Mas é resultado de uma confusão - intencional ou não - entre os conceitos clima e tempo", diz à BBC News Brasil Alexandre Köberle, pesquisador do Grantham Institute na Universidade Imperial College London, uma das mais prestigiosas do Reino Unido.”
Fonte: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/07/10/por-que-e-erro-cientifico-usar-dias-frios-par-negar-aquecimento-global.ghtml
	INTERTEXTUALIDA EXPLICITA: Há referência direta ao intertexto por meio de citações (twitt de Carlos Bolsonaro, twitt de Donald Trump, entrevista de Alexandre Köberle)
INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA: Os três intertextos têm em comum a mesma temática (desconhecimento sobre aquecimento global)
	 
	INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA: Não há referência direta ao autor ou ao texto-fonte.
INTERTEXTUALIDADE ESTILÍSTICA: O que está sendo retomado do intertexto (orações católicas, especialmente) é o estilo.
	Chapeuzinho vermelho – por Frei Beto
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=p0ojGzdhOxA
INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA: referência direta ao intertexto (Todos nós conhecemos a história da Chapeuzinho Vermelho) – (cf. KOCH; BENTES; CAVALCANTI, 2007, p. 28)
INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA: O mesmo tema (história da Chapeuzinho Vermelho) é retomado em todos os veículos midiáticos.
INTERTEXTUALIDADE ESTILÍSTICA: O que está sendo retomado dos veículos midiáticos citados (jornais, revistas, programa de TV) é o estilo, que permite que o leitor reconheça cada um.
	The Guritles – Guri de Uruguaiana
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=wT0urv44dzk
INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA: Não há referência direta ao autor ou ao texto-fonte.
- THE GURITLES - Neologismo criado a partir da combinação entre “Guri de Uruguaiana” e “The Beatles”
- Disposição dos integrantes da banda remete ao clipe da música Help!
- Ritmo da música faz alusão à música Help!
INTERTEXTUALIDADE ESTILÍSTICA: Trata-se da música “Canto Alegretense” interpretada ao estilo da música “Help!”. O que está sendo retomado do intertexto (música Help!, de The Beatles) é o estilo.
	
	INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA: Não há referência direta ao autor ou ao texto-fonte.
- Alusão ao intertexto (Gênese – Bíblia): serpente falante/maçã/Eva/Adão/roupa da Magali
INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA: O que está sendo retomado do intertexto é o tema.
DÉTOURNEMENT: Substituições operadas sobre o enunciado-fonte (provérbio popular)
- Quem nasceu pra Magali nunca chega a Eva!
- Quem nasceu pra _____ nunca chega a _____. (intertexto)
	
	INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA: Não há referência direta ao autor ou ao texto-fonte (provérbio popular).
DÉTOURNEMENT: Substituições operadas sobre o enunciado-fonte (provérbio popular)
- Quem nasceu só pra Big nunca vai ser King!
- Quem nasceu só pra ser _____ nunca chega a _____. (intertexto)
	
	INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA: Há referência direta ao intertexto (Game of Thrones) 
	
	INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA: Não há referência direta ao intertexto (série Game of Thrones) + Burger King
Game of Thrones
- João das Neves (Jon Snow);
- pessoa vestida de forma semelhante ao personagem Jon Snow (roupa, espada +semelhança física [barba+cabelo]) 
Burger King
- Coroa – a rede de fast food Giraffas não distribui coroas junto com os lanches. A rede de fast food Burguer King tem como característica a presença de uma coroa de papel junto com o lanche;
- “Rei” – o leitor é orientado a recuperar o intertexto a partir da tradução (primeiro com João das Neves/Jon Snow e em seguida com Rei/King)
	
INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA: Referência direta ao intertexto (“Você é um os sete anões da história da Branca de Neve”)
INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA: O que está sendo retomado do intertexto é o tema.
	
Carta de um estômago
JOSIAS DE SOUZA
São Paulo - Sei que o senhor não me conhece, presidente. Pois permita que me apresente. Moro onde olho nenhum me alcança, no ermo das entranhas. Sou ferida exposta que não se vê. Sou espaço baldio entre o esôfago e o duodeno.
Trago das origens uma certa vocação para a tragédia. Não deve ser por outra razão que venho do grego: "stómachos". Se pudesse dar entrevista, resumiria assim o oco de minha existência: "É dura a vida de víscera."
Às vezes, presidente, invejo o coração que, quando sofre, é de amor. Eu, pobre tripa flagelada, jamais tive tempo para sentimentos abstratos. Perdoe-me o pragmatismo estomacal. Mas só tenho apreço pelo concreto: o feijão, o arroz, a carne... Meu projeto de vida sempre foi arranjar comida.
Às vezes, veja o senhor, cobiço a cabeça. Quisera me fosse dado revisitar glórias passadas ou, melhor ainda, idealizar um futuro promissor. Quisera não tivesse que dançar ao ritmo da emergência.
Meu mundo cabe no intervalo entre uma refeição e outra. Meu relógio, caprichoso, só tem tempo para certas horas: a hora do café, a hora do almoço, a hora do jantar... Sem comida, senhor presidente, meu relógio ficou louco. Passou a anunciar a chegada de cada novo segundo aos gritos.
Nunca tive grandes ambições. Não quero dormir com a Sheila do Tchan. Não quero ganhar a Sena acumulada. Só queria a solidariedade de uma cesta básica, a compaixão de um grão escorregando faringe abaixo.
Ardem-me as paredes, bombardeadas por jatos de suco gástrico. Mas já não sofro, presidente. Sem alimento desde junho, encontrei a paz na melancolia da fome. O ajuste fiscal levou-me à ante-sala de outra esfera.
Escrevo para dizer-lhe obrigado. Estou prestes a trocar o inferno do sertão pelo paraíso. E, temente a Deus, sei que Ele não se atreverá a pôr em meu céu um novo FHC, mais um Malan, outro FMI. Não, não. Meu céu há de ser uma cozinha como a do Alvorada, tão farta que me propicie uma fome de rico, dessas que a gente resolve simplesmente abrindo a geladeira.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2009199904.htm
	INTERTEXTUALIDADE INTERGENÉRICA:
Trata-se de um artigo de opinião sob a forma de uma carta pessoal.
- O intertexto (carta pessoal) nesse caso não é um texto específico, mas um gênero textual.
	Final feliz?
Ingredientes:
- 3 filhas com grave problema renal, que há quatro anos fazem diálise e esperam um órgão na fila de transplante;
- 1 mãe que possui apenas dois rins e, deste modo, apenas um disponível para transplante;
- 1 hospital do rim, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo;
- 1 médico especialista em transplante de rim;
- 1 equipe de apoio para este médico.
Modo de Fazer:
- Pegue as filhas, leve-as ao médico e faça-as descobrir a grave doença, deixe-as em banho- maria.- Pegue então a mãe e dê a notícia a ela, dizendo também que ela terá de escolher a qual das filhas doará seu rim, reserve.
- Pegue novamente as filhas, dê também esta notícia a elas.
- Este procedimento causará grande ebulição de sentimentos (angústias, ansiedade, tristezas, etc...), espere então que esfrie.
- Coloque as quatro para que decidam juntas qual das filhas receberá o rim.
- Aguarde um certo tempo para que elas se resolvam, enquanto isso vá juntando o dinheiro necessário para o transplante.
- Resolvido? Então leve a mãe e as filhas ao Hospital do Rim e faça com que encontrem o médico e sua equipe.
- Entre então com a mãe e uma das filhas na sala de cirurgia.
- Faça o transplante e deixe as outras duas filhas esperando na fila do transplante.
- Retorne, então, com a filha transplantada e a mãe para casa, e leve as outras duas filhas para o hospital fazer diálise.
 Final feliz?
Autora: Júlia Portela, aluna do curso de Comunicação e Multimeios da PUC – SP.
Fonte: KOCH; ELIAS, 2010, p. 112.
	INTERTEXTUALIDADE INTERGENÉRICA:
Trata-se de um artigo de opinião sob a forma de uma receita.
- O intertexto (receita) nesse caso não é um texto específico, mas um gênero textual.
	
	INTERTEXTUALIDADE INTERGENÉRICA:
Trata-se de uma propaganda sob a forma de um bilhete.
- O intertexto (bilhete) nesse caso não é um texto específico, mas um gênero textual.
INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA
O enunciado “é verdade esse bilete” faz alusão a um bilhete específico que se tornou popular nas redes sociais. Não há referência direta ao intertexto.
INTERTEXTUALIDADE ESTILÍSTICA
O que está sendo retomado do intertexto é o estilo.

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