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ASPECTOS NUTRICIONAIS NO ATENDIMENTO A GESTANTES (2) pptx

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Aspectos nutricionais do 
atendimento a gestante
Profa. Me. Luciana Nunes (Professora Titular)
@luciananunesnutri
Assistência Pré Natal
• Papel decisivo no resultado da gestação
• Ausência do pré natal: mortalidade superior àquela 
 encontrada em atendimento pré natal
• Medidas profiláticas e terapêuticas. Controle de 
 quadros patológicos que representam risco materno e fetal.
Objetivo segundo Ministério da Saúde: acolher a mulher desde o início da
 gravidez, assegurando, no fim da gestação, o nascimento de uma criança 
saudável e a garantia do bem estar materno e neonatal.
Calendário de consultas
A partir do diagnóstico da gravidez:
•Mínimo 6 consultas
 - Preferencialmente: 1 (1o trimestre)
 2 (2o trimestre)
 3 (3o trimestre)
•Nutricionista: (4 a 6 consultas)
 
Anamnese
Preferências alimentares
• Dados Pessoais
• Obstetra
• DUM e DPP
• Altura
• Peso pré e atual
• Gestações prévias
• Ocupação (esforço físico/carga 
horária/exposição a 
 agentes quiímicos e biológicos)
• Situação conjuga;
• Planejamento da gestação
• Aceitação
• Histórico familiar
• Álcool/fumo/drogas
• Picamalácia
• Sintomas
• Funcionamento intestinal e 
urinário
• Consumo de água
• Medicamentos em uso
• Atividade física
• Preferências alimentares
• Rotina/horários
Consultas subsequentes
• Revisão do prontuário
• Avaliação do ganho de peso desde a última consulta
• Avaliação dietética detalhada: 
porções/qualidade/horários
• Investigação da sintomatologia
• Investigação de intercorrências gestacionais
• Acompanhamento dos exames e evolução intra uterina
• Ajuste da orientação nutricional, conforme o ganho de 
peso
• Incentivo ao aleitamento materno
• Esclarecimento de dúvidas
Avaliação do estado nutricional
Objetivo:
 Identificar gestantes com desvio ponderal no início da gestação; 
Detectar as gestantes com ganho de peso insuficiente ou excessivo 
para a idade gestacional em razão do estado nutricional prévio; 
fornecer base para elaboração de condutas adequadas, visando 
melhorar o estado nutricional materno.
Por que avaliar 
cuidadosamente 
o estado 
nutricional da 
gestante? 
Desnutrição materna
 
 🡺Risco infantil: 
Obesidade 
Hipertensão 
Hiperinsulinemia 
Baixa imunidade 
VICKERS, M.H., BREIER, B.H., McCARTHY, D., GLUCKMAN P.D. Sedentary behaviour during postnatal life is determined by the prenatal 
environment and exacerbated by postnatal hypercaloric nutrition. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol, 285(1):271-273, 2003. 
Ramachandran, P. Maternal nutrition--effect on fetal growth and outcome of pregnancy. Nutr. Rev., 2002, 60(5 Pt 2), S26-34. 
Evidências fortes:
Ganho de peso excessivo Sindromes 
Hipertensivas na Gestação – SHG
Obesidade 
aumeta o risco de DMG 
G
an
ho
 d
e 
pe
so
 m
at
er
no
 e
xc
es
si
vo
 a
um
en
ta
 c
ha
nc
es
 
de
 d
es
m
am
e 
AvaliaçãoNutricional
• 1º Passo: Peso pré gestacional
- Gestantes adultas – calcular o IMC pré gestacional, 
consultar os pontos de corte e a classificação 
apresentada no quadro
Excluir essa 
tabela e talvez 
colocar a de 
classif do IMC
• 1º Passo: Peso pré gestacional
- Gestantes adolescentes – calcular o IMC pré gestacional, 
consultar os pontos de corte e a classificação 
apresentada no quadro
• 1º Passo: Peso pré gestacional
- O ideal é que na primeira consulta seja 
calculado o IMC pré gestacional, 
correspondente até no máximo 2 meses antes 
da concepção, ou, com o peso medido da 14ª 
semana gestacional.
- Caso não seja possível, iniciar a avaliação da 
gestante com os dados da primeira consulta 
pré-natal, mesmo que ocorra após a 14ª 
semana gestacional.
Cálculo da Idade Gestacional
Os métodos para esta estimativa dependem da data da última menstruação 
(DUM).
I. Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa:
É o método de escolha para se calcular a IG em mulheres com ciclos 
menstruais regulares e sem uso de métodos anticoncepcionais hormonais:
Uso do calendário: some o nº de dias do intervalo entre a DUM e a data da 
consulta, dividindo o total por 7 (resultado em semanas);
Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o dia e o mês 
correspondentes ao 1º dia e mês do último ciclo menstrual e observe o 
número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual.
Exemplo:
•Data do 1o dia da última 
menstruação
 10 de janeiro
•Data da consulta:
 29 de fevereiro
51 dias ÷ 7 = 7 (resta 2)
(7 semanas e 2 dias) 
Como saber a idade gestacional em meses
Segundo o Ministério da Saúde (2014) para saber a idade gestacional, convertendo as semanas 
em meses, deve-se observar:
1 mês - até as 4 semanas e meia de gestação
2 meses - 4 semanas e meia a 9 semanas
3 meses - 10 a 13 semanas e meia de gestação
4 meses - 13 semanas e meia de gestação a 18 semanas
5 meses - 19 a 22 semanas e meia de gestação
6 meses - 23 a 27 semanas de gestação
7 meses - 28 a 31 semanas e meia de gestação
8 meses - 32 a 36 semanas de gestação
9 meses - 37 a 42 semanas de gestação
II. Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o 
período do mês em que ela ocorreu:
Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considere como data da última 
menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proceda, então, à utilização de 
um dos métodos descritos .
III. Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos:
Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a IG e a data provável 
do parto serão, inicialmente, determinadas por aproximação, basicamente pela 
medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal, além da informação 
sobre a data de início dos movimentos fetais, que habitualmente ocorrem entre 
18 e 20 semanas. Pode-se utilizar a altura uterina e o toque vaginal.
Cálculo da Idade Gestacional
Cálculo de ganho de peso 
gestacional
• 1o Trimestre
 - Valor agrupado para todo o período.
• 2o e 3o Trimestre
 - Previsto em valores de ganho semanal
Portanto já na primeira consulta, se esta ocorrer ainda no 
primeiro trimestre, deve-se calcular a velocidade de ganho 
de peso recomendada até a 13ª semana gestacional.
 
A partir do segundo trimestre gestacional, deve-se calcular o 
ganho semanal recomendado para o segundo e terceiro 
trimestre (até a 40ª semana), ajustando, caso necessário, o 
ganho semanal para que o ganho de peso total não ultrapasse 
as faixas de ganho recomendadas, conforme cada 
categoria de IMC.
 
Ganho de peso 
recomendado - 2012
(Fonte: Caderno Atenção Básica Pré-natal Baixo Risco, 2012)
OBSERVAÇÕES
•Gestantes baixa estatura: ganho de peso mínimo para cada categoria do IMC.
 Considerar adulta de baixa estatura, quando a estatura for < 1,5m.
•Avaliar cuidadosamente o ganho de peso: >0.5kg/semana ou 3kg/mês. Após 
a 20ª semana, é sugestivo de edema.
•Gestante que já tenha atingido o ganho de peso total recomendado e se 
encontra no 2º trimestre: programar o ganho de peso mínimo ou modesto até 
a 40ª semana.
2º Passo: 
Peso pré gestacional 
desconhecido
Calcular o IMC gestacional e realizar o 
diagnóstico nutricional utilizando o Quadro 
a seguir 
• A avaliação antropométrica nas consultas subsequentes 
pode ser realizada com base em dois instrumentos:
1. Ganho de peso recomendado (kg) na gestação, segundo o estado 
nutricional inicial (quadro 1)
2. Evolução do IMC segundo idade gestacional, com atenção ao traçado 
da curva (fig.1)
 
Estado Bioquímico da 
Gestante
✔ Aumento volume sanguíneo é fisiológico, diminuindo 
alguns elementos no sangue;
✔ Concentrações diminuem por hemodiluição sangue e 
plasma – aumentam necessidades;
✔ Alguns elementos podem estar em quantidades totais 
circulantes aumentadas;
Gestação: ↑ TGL e CT
Exames - médico/nutricionista
Monitorar e planejar orientação!
(Vitolo, 2008; Vasconcelos, 2011)
Parâmetros Valores normais para 
gestantes
Albumina 2,5-4,5 g/dl
Cálcio total 8,1-9,5mg/dlColesterol 180-280mg/dl
Creatinina <1,0mg/dl
Ferritina 5-150ng/dl
Ferro 90μg/dl
Hematócrito 33-44%
Hemoglobina 10,5-14g/dl
Insulina 8-30μU/ml
Triglicerídeos <260mg/dl
TSH 4-5μU/dl
Glicemia em jejum <92mg/dl
Dal Bosco, 
2010
Vitamina D 
•DEFICIENCIA MENOR QUE 20,0 ng/mL
• INSUFICIENCIA: 20,0 A 29,9 ng/mL
• SUFICIENCIA : 30,0 – 60,0 ng/mL
Vitamina B 12
VALOR DE REFERENCIA: 
•MULHER: 111,0 A 522,0 pg/mL
Zinco
•VALOR DE REFERENCIA: 70,0 A 120,0 MCG/DL
Selênio 
•VALOR DE REFERENCIA: 46,0 A 143,0 MICROG/L
Avaliação do Edema
Objetivo: detectar precocemente a ocorrência de edema 
patológico.
Detecção de edema:
Nos membros inferiores:
Posicionar a gestante em decúbito dorsal 
ou sentada, sem meias; 
Pressionar a pele na altura do tornozelo 
(região perimaleolar) e na perna, no nível 
do seu terço médio, face anterior (região 
pré-tibial).
Na região sacra – médico e 
enfermeiro 
Posicionar a gestante em decúbito lateral 
ou sentada;
Pressionar a pele, por alguns segundos, 
com o dedo polegar. O edema fica 
evidenciado mediante presença de 
depressão duradoura no local 
pressionado.
(Fonte: Caderno Atenção Básica Pré-natal Baixo Risco, 2012)
✔ Estimativa de peso seco a partir do edema retido:
Edema Retenção 
+ Tornozelo 1kg
++ Joelho 3-4kg
+++ Raiz da coxa 5-6kg
++++ Anasarca (edema generalizado) 10-12kg
A retenção hídrica é comum na gestação e mais frequente no último 
trimestre devido à retenção de sódio e à diminuição dos níveis de 
osmolaridade, da pressão oncótica, da concentração hemoglobina e 
albumina, aumento débito cardíaco e fluxo plasmático renal – levando ao 
edema.
(Vasconcelos, 2011)
VALORES MULHER ADULTA GESTANTE
Hemoglobina > 12 g/dl >10,5 g/dl
Hematócrito > 36 % > 33 %
Glicemia < 100 mg/dl <85 mg/dl
Cortisol (plasma) 5 a 25 μg/dl 15 a 35 μg/dl
T4 5 a 12 μg/dl 10 a 17 μg/dl
T3 70 a 190 μg/dl 100 a 220 μg/dl
Cálcio total 9 a 10,5 mg/dl 8,1 a 9,5mg/dl
Insulina jejum 6 a 26 μU/dl 8 a 30 μU/dl
Ferritina 15 a 200 ng/dl 5 a 150 ng/dl
Ferro 135 μg/dl 90 μg/dl
Creatinina <1,5 mg/dl <1,0 mg/dl
Avaliação 
Bioquímica
(Vitolo, 2015)
VALORES MULHER ADULTA GESTANTE
Capacidade de ligação 
férrica
250 a 460 μg/dl 300 a 600 μg/dl
Nitrogênio ureico sanguíneo 10 a 20 mg/dl 5 a 12 mg/dl
Sódio 136 a 145 mEq/dl 130 a 140 mEq/dl
Proteínas urinárias < 150 mg/24h <250 a 300mg/24h
Colesterol 120 a 180 mg/dl 180 a 280 mg/dl
Triglicerídeo <160 mg/dl <260 mg/dl
Fosfatase alcalina 30 a 95 U/L 60 a 200 UL
IgG 800 a 1500 mg/dl 700 a 1400 mg/dl
Proteína plasmática (total) 5,5 a 8,0 g/dl 4,5 a 7,0 g/dl
Albumina 3.5 a 5,5 g/dl 2,5 a 4,5 g/dl
Avaliação 
Bioquímica
Outros:
- Retinol sérico: <20 μg/dl ou 0,7 μmo/l (deficiência subclínica 
de Vit A)
-Zinco eritrocitário: valores de ref. 440 a 860 μg/dl 
-Vitamina D sérica: valor de ref. 30 a 100 ng/ml 
Necessidades Energéticas
RECOMENDAÇÕES DE ADICIONAL ENERGÉTICO PARA 
GANHO PONDERAL DE 12,5Kg:
• 1º passo: 
- Avaliação do estado nutricional 
pré-gestacional ou inicial, 
segundo cálculo do IMC;
- Calcular o ganho de peso 
gestacional até a data da 
consulta;
- Determinar o ganho de peso 
gestacional recomendado até 
40ª sem
IMC = P(Kg)/ A2 (m)
PA – P Pré 
Gestacional
ganho de peso recomendado
X
No semanas que faltam até o 
término da gestação
⚫ 2º passo
 Calcular o VET
🡺Gasto Energético (GE), a partir da Taxa Metabólica Basal (TMB), segundo 
a idade materna
VET= GE (TMB x NAF) + adicional energético de gestação
Idade gestante 
(anos) TMB (kcal/dia)
10 a 18 13,384 P(Kg) + 692,06 
18 a 30 14,818 P(Kg) + 486,6
30 a 60 8,126 P(Kg) + 845,6
(FAO/WHO/UNU, 2004).
Categoria - Estilo de vida NAF 
Sedentário ou leve 1,40 - 1,69 (1,53)
Ativo ou moderadamente ativo 1,70 - 1,99 (1,76)
Vigoroso ou moderadamente vigoroso 2,00 - 2,40 (2,25)
PD = Peso desejável (IMC aceitáveis de 18,5 a 24,9)=> 21,7 (média) 
IMC= peso(kg)/estatura2(m) 🢥 P(kg)= I MC x E2 (m) 
PT = Peso Teórico (IMC aceitáveis de 18,5 a 24,9)= 20,8 
Cálculo da TMB para gestantes com IMC Normal: peso desejável/aceitável ou pré-gestacional;
Cálculo da TMB para gestantes com IMC de baixo peso: peso desejável/aceitável na tentativa de normalizar o estado 
nutricional materno;
Cálculo da TMB para gestantes com IMC de sobrepeso ou obesidade: peso pré-gestacional, afim de que a gestante não 
perca peso no período gestacional, nas consultas subsequentes, ajustes no cálculo do VET podem ser necessários para 
que o ganho de peso recomendado seja obtido; (FAO/WHO/UNU, 2004).
•3º passo
VET= GE (TMB x FA)+ adicional energético de gestação
Distribuição energética do adicional 
energético 
(FAO/WHO/UNU, 2004 e 
RDA) .
ATIVIDADE PROPOSTA 
Gestante LS, 33 anos, executiva, IG:19sem
PPG= 67kg, Peso atual= 72kg, Altura: 1,68m
1º passo:
IMC pré: 23,7 kg/m2 >> ganho adequado estaria entre 11,5 - 16kg
Ganho de peso até a 19a sem: 5kg
Ganho estimado até o final da gestação: Tabela –ganho/semanal x semanas que 
faltam para término gestação
0,4kg/semana X 21 sem = 8,4kg (+ 5kg até agora) = ganho de peso estimado 
13,4 kg 
2º passo:
VET= GE (TMB X NAF) + adicional energético
TMB (30 a 60 anos) = (8,126 X 72) + 845,6 = 
1431 Kcal
GE= 1431 x FA (1,53 – leve) = 2189Kcal
3º passo:
VET= GE (2054) + adicional energético 2º 
tri
VET= GE (2054) + 300 (RDA) ou + 285 
(OMS)
VET = 2489Kcal ou 2474Kcal
Necessidades Energéticas
**Idade = anos; peso = kg; altura = m.
(IOM, 2005).
Requerimento energético 
estimado (EER)
Necessidades Energéticas
Necessidades Energéticas
Grau de atividade física Especificação Fator atividade física (FA)
Sedentária Trabalhos domésticos, 
caminhadas curtas e 
sentado por várias horas
1,0
Pouco ativa Caminhadas (6,4 km/h) + 
atividades de sedentária
1,12
Ativa Ginastica aeróbica, 
corrida, natação + 
atividades de sedentária
1,27
Muito ativa Ciclismo intensidade 
moderada, corrida, pular 
corda + atividades de 
sedentária
1,45
IOM. 2005.
Observações
-Gestantes que necessitam de repouso absoluto no terceiro trimestre ou 
estão internadas em hospitais devem receber VET semelhante ao seu 
metabolismo basal (calculado com peso real).
-Gestantes c/ BP: como usa-se o peso ideal, em alguns casos, o VET 
pode ficar muito alto, não atingível através da ingestão alimentar, assim, 
pode ser que o adicional seja dispensável. (Deve-se averiguar cada caso).
-Gestantes eutróficas: se a curva apresentar-se muito ascendente ou 
descendente, sugere-se usar peso ideal ou peso da última consulta.
-Gestantes c/ SP-Obesas: o adicional pode não ser necessário.
Dieta materna na gestação e dieta na infância ricas em 
antioxidantes e ômega-3 podem proteger as crianças 
de doenças alérgicas.
Distribuição de Nutrientes
(IOM, 2004, 2005 e 
2009; WHO/FAO, 2003)
Principais fatores de risco na 
gestação
✔ Ganho de peso inadequado
✔ Extremos de idade
✔ Peso pré-gestacional e estatura
✔ Intervalo interpartal
✔ Álcool
✔ Drogas ilícitas
✔ Tabagismo
(Vasconcelos, 2011)
Fator risco: Idade materna
Gestante com < 19 anos - adolescência
✔Riscos associados: prematuridade, baixo peso ao nascimento, anemia, HAS, 
complicações do parto.
✔Adolescentes <15 anos e idade ginecológica inferior a 2 anos apresentam 
prognóstico desfavorável independente dos fatores de risco associados- 
imaturidade biológica.
(Vitolo, 2005)
Gestantes com mais de 35 anos
✔Associadas com maiores riscos de complicações (>35 anos): Aborto espontâneo (1º 
trim), Hipertensão crônica, DMG.
Gestações acima de 40 anos:
✔Risco de anomalias genéticas (Down).
Fatores que interferem na gestação
Álcool
•Síndrome alcoólica fetal (SAF) ocasiona no feto:
•retardo do crescimento pré ou pós-natal
•prejuízo no sistema nervoso central 
•distúrbios neurodesenvolvimentais
•defeitos congênitos (olho, nariz, coração)
Situações da exposição fetal ao álcool:
•Aborto espontâneo
•Natimortos
•Baixo peso ao nascer 
•Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor 
•Distúrbios de comportamento
Tabagismo
(Vitolo, 2005)Fatores que interferem na gestação
Maconha 
•Estudos ainda são recentes, escassos e controversos.
 Relatos de: baixo peso ao nascer; parto prematuro; alterações 
morfológicas
•Outros sintomas:
 - Alterações do regime sono-vigília; aumento da atividade motora; 
tremores
 - Alteração no desenvolvimento neuropsicomotor
Cocaína 
•Baixo peso ao nascer; ruptura da placenta; parto prematuro
Outras alterações: 
•Anomalias intestinais, macrocefalia, anormalidades do SNC, 
malformações
•A ⇓ do fluxo sanguíneo materno-fetal é a causa principal dessas 
alterações
•No período neonatal: prejuízos motores, dificuldade para 
amamentação e aumento dos tremores.
Gestação Múltipla
Gestação 
Gemelar
❖ As gestações gemelares representam cerca de 1 a 3% de todas as 
gestações e aumentam a cada ano, graças aos avanços da medicina 
reprodutiva. 
❖ Se comparada com a gestação única, a preocupação com a gestação 
gemelar está no maior índice de complicações, como: abortamento, 
prematuridade, desenvolvimento de pré eclâmpsia, diabetes 
gestacional e crescimento fetal restrito.
❖ As perdas perinatais são significantemente maiores nas gestações 
gemelares em relação às de feto único
Riscos 
Gemelaridade
❖ Crescimento intrauterino restrito - RCIU
❖ Anomalias congênitas
❖ Doença Hipertensiva induzida pela gestação
❖ Anormalidades placentárias
❖ Deslocamento prematuro de placenta – DPP
❖ Nascimento prematuro
Necessidades Nutricionais
Necessidades nutricionais
► Rimon et al, 2002: ► Roselló-Soberón et al, 
2005:
Acréscimo de 150Kcal/dia 
sobre as 300kcal diárias 
recomendadas na 
gestação única (MS, 
2005), totalizando o 
acréscimo de 450kcal/dia.
Nutrientes Recomendações 
Acréscimo 
calórico
36kcal x kg + 500 a 
600kcal por bebê
Proteínas (%) 20% ou 1g/kg + 
16g/dia (1°sem) ou 
1g/kg + 12g/dia (a 
partir do 2°sem)
Carboidratos 
(%)
40%
Lipídios (%) 40%
OBS: atenção a avaliação individualizada que 
atenderá melhor cada paciente.
Gestação na Adolescência
✔ Dados SUS (2006-2007): adolescentes brasileiras 
entre 10 e 19 anos – 25% das 5 milhões de 
internações por gravidez, parto e puerpério 
(sendo 63 mil ocorridas no grupo de 10 a 14 
anos).
✔ MS (2012) – Entre 2000-2010: redução de partos 
em mulheres com <20 anos (23,9% - 19,3%).
✔ Grupo vulnerável e risco: período de mudanças 
biológicas, alterações sociais e psicológicas.
Fatores que influenciam o resultado obstétrico 
entre gestantes adolescentes:
✔Idade materna,
✔Condições socioeconômicas,
✔Estado nutricional,
✔Consumo alimentar,
✔Outros fatores, como: hábitos sociais, uso de 
cigarro, álcool e drogas, DSTs.
Aspectos biológicos e psicossociais:
✔Crescimento de ossos não longos, estatura, acúmulo de 
massa óssea adulta.
✔Estirão crescimento entre 10 e 14 anos.
✔Idade ginecológica: entre a menarca e a 
gestação.
✔Idade materna e idade ginecológica são conceitos usados 
para determinar o grau de maturidade física (McGanity et 
al, 1999: >5 anos)
✔Nível sócio-econômico, escolaridade, pré-natal, situação 
familiar...
✔Comportamento alimentar: fatores culturais, psicológicos 
e econômicos.
Pré-Natal: Gestação na Adolescência
Aspectos a serem 
considerados:
✔Estado nutricional 
pré-gestacional; 
✔Ganho de peso gestacional; 
✔Sinais clínicos de má 
nutrição; 
✔ índices hematológicos; 
✔ atividade física; 
✔ Uso de medicamentos;
✔ presença de doenças 
crônicas ou infecções;
✔ avaliação dietética com 
ênfase: 
PTN - Vit C – Fibras – Fe – Ca 
– Lip e calorias vazias.
• Cálculo do IMC – pré gestacional e em todas as consultas com 
aferição da altura
• Classificação IMC para idade materna (MS, 2008) para determinar 
metas de ganho de peso
• Durante a gestação > classificação e avaliação pelos padrões de 
IMC para idade
• Curva IMC x IG - apenas quando não for possível calcular PPG
Percentil Escore z Classificação
<3 <-2 Baixo Peso
≥3 <85 ≥ - 2 < +1 Eutrofia
≥85 <97 ≥ +1 < +2 Sobrepeso 
≥97 ≥ +2 Pré-obeso
Necessidades energéticas para adolescentes
► EER (9-18anos, dados com PG adequado)
EER= 135,3 - (30,8 x Idade) + PA x (10xP[kg] + 934xA[m]) + 25kcal
PA: coef de AF, sendo: 1,0 – sedentária, 1,16 – pouco ativa, 1,31 – 
ativa e 1,56 – muito ativa.
► TEE (9-18anos, dados com PG em excesso)
TEE= 389 - (41,2 x Idade) + PA x (15xP[kg] + 701,6xA[m]) 
PA: coef de AF, sendo: 1,0 – sedentária, 1,18 – pouco ativa, 1,35 – 
ativa e 1,6 – muito ativa.
EER ou TEE para Gestantes= EER + (8kcal x IG) + 180kcal
1°tri: EER + 0 + 0 (não há acréscimo)
2° e 3°tri: EER + (8kcal x IG) + 180kcal.
(Vitolo, 2015.)
PTN gestante adolescente
🡺 ANVISA (2005) 
Para gestantes todas idades: 71g/dia
🡺 FAO (2007)
15 a 19 anos: 1,5g/kg peso gestacional
🡺 ADA (1989)
≤ 15 anos – 1,7g/kg/peso ideal
> 15 anos – 1,5 g/kg/peso ideal
Conduta Nutricional
❖ Importância do ganho de peso;
❖ Alimentação equilibrada;
❖ Alimentos ricos em micronutrientes (cálcio, vit C, ferro, fibras, etc)
❖ Uso de alimentos fortificados;
❖ Desencorajar fast foods e consumo de “calorias vazias”;
❖ Eventualmente prever o consumo de lanches rápidos;
❖ Monitorar consumo de diet e light (edulcorantes);
❖ Suplementação medicamentosa quando necessário;
❖ Assistência multiprofissional – acolhimento.
Referências Bibliográficas
• ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, EMA. Nutrição em Obstetrícia e 
Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. 
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p. Cadernos de Atenção 
Básica, nO 32.
• DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São 
Paulo: Atheneu, 2007.
• VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: 
Rubio,2015.
• MAHAN, L.K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia 
(tradução) Rio de Janeiro: Elservier, 2012.
• VASCONCELOS, M.J.; BARBOSA, J.M.; PINTO, I.C.; LIMA, T.M.; ARAUJO, A.F. 
Nutrição Clínica – Obstetrícia e Pediatria (IMIP – Insituto de Medicina Integral. 
Prof. Fernando Figueira). MedBook, 2011

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