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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Licenciatura em Química - Faculdade de Educação EDUCAÇÃO AMBIENTAL INFORMAL: UM ESTUDO DE CASO Aluna: Angélica Alves de Abreu Professora: Maria Emilia C.C. Lima Orientadora: Clésia Cristina Nascentes Belo Horizonte Novembro, 2008 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Licenciatura em Química - Faculdade de Educação Disciplina: Prática de Ensino de Química II EDUCAÇÃO AMBIENTAL INFORMAL: UM ESTUDO DE CASO Monografia apresentada como trabalho final da disciplina Prática de Ensino de Química II, da Faculdade de Educação da UFMG como parte da exigência para obtenção do título de Licenciado em Química. Aluno: Angélica Alves de Abreu Professor da Disciplina: Maria Emilia C.C. Lima Orientadora: Clésia Cristina Nascentes Belo Horizonte, novembro de 2008 3 Agradecimentos À professora Clésia Nascentes, pela orientação e paciência. À professora Cláudia Carvalhinho Windmöller pela leitura crítica. Aos amigos, pelo apoio e carinho. À Cristiane Ferreira, pelas informações e dados cedidos da CMRR À minha família, mãe, pai, irmão, e em especial à Isaac pelo imenso impulso às minhas conquistas. 4 O grande desafio do professor é possibilitar ao aluno desenvolver as habilidades necessárias para a compreensão do papel do homem na natureza. 5 SUMÁRIO Resumo 6 1 – Introdução 7 2 – Objetivo 8 3 – Justificativa 8 4 – Pressupostos teóricos – A história da Educação Ambiental 9 4.1 – O que é Educação Ambiental? 9 4.2 – A história da Educação Ambiental 10 4.3. – Marcos importantes do ambientalismo 14 4.3.1 – Protocolo de Kyoto 14 4.3.2 -ONU - Relatório sobre Mudanças Climáticas - 2007 14 4.4 – Educação Ambiental: Legislação Brasileira 14 4.4 - Política Nacional de Educação Ambiental 17 5 – Metodologia 19 5.1 - Características dos Moradores 19 5.2 - Elaboração do questionário sondatório 20 5.3 - Elaboração e exposição dos boletins informativos 21 5.4 - Elaboração do questionário final 22 5.5 - Reuniões 23 6 – Análise dos resultados 23 6.1 – Questionário sondatório 23 6.2 –Questionário final 27 7 – Considerações Finais 30 8 – Referências Bibliográficas 31 9 – Sites Consultados 32 10 – Sites consultados para elaboração dos boletins 32 11 – Anexos 33 6 RESUMO Os problemas ambientais têm se agravado nas últimas décadas ocasionando o surgimento do aquecimento global, chuva ácida, o desgaste da camada de ozônio, a destruição de florestas, etc. Na tentativa de minimizar esses problemas, surgiram nos anos 70 os movimentos ambientais que ganharam força durante todos esses anos e que nos levam a refletir sobre as causas, efeitos e responsabilidades de cada um para assim, podermos buscar soluções. Deste modo neste trabalho buscou-se estudar a mudança de atitude das pessoas após serem informadas dos impactos causados no nosso planeta pela não valorização do bem comum, pela produção exploratória e pelo nosso comodismo em relação à preservação do nosso planeta. Como instrumento de informação utilizou-se boletins semanais que expunham imagens impactantes e informações sobre degradação de resíduos, locais de coleta seletiva, destinação de resíduos entre outros. Como resultado, podemos observar que apesar de haver conscientização e bastante interesse sobre o assunto, uma grande parcela de atitudes não foi alterada. PALAVRAS CHAVE: Educação ambiental, consciência ambiental, cidadania. 7 1- INTRODUÇÃO Nas últimas décadas houve um interesse crescente pelas questões relativas ao meio ambiente. Esse interesse pode ser relacionado com a degradação indiscriminada do meio ambiente pelo homem. Quando os problemas começaram a ser percebidos e o bem estar do homem ficou ameaçado, maior importância foi dada a tudo o que poderia afetar o meio-ambiente. Porém, anos de exploração não sustentada dos recursos naturais, gerou uma população com hábitos difíceis de serem mudados. Problemas como o aquecimento do globo terrestre, a destruição da camada de ozônio, a desertificação de algumas áreas e a extinção de parte da biodiversidade foram as molas propulsoras de um movimento que teve início nos anos 60 e que até os dias de hoje vem crescendo em termos de importância mundial: o ambientalismo. A evolução humana sempre foi marcada pela exploração de recursos, sejam eles humanos – quando a escravidão era amplamente utilizada como fonte de mão de obra –, sejam eles naturais. No passado, a exploração dos recursos naturais, via de regra, nunca era feita de maneira sustentada, ou seja, a renovação e existência desses recursos raramente era levada em consideração. Sendo assim, como explicitado anteriormente, a exploração indiscriminada do meio ambiente ao longo dos séculos causou problemas ambientais graves que podem afetar significativamente a qualidade de vida das futuras gerações. Com o maior interesse pelas questões ambientais e os avanços científicos e tecnológicos da atualidade, pode-se conhecer mais sobre as causas e efeitos dos problemas ambientais do que se conhecia no passado. Porém, isso não está sendo suficiente para deter a degradação ambiental em curso. Dentro desse quadro de degradação ambiental, muitas vezes assumimos uma posição acomodada, como se nossas atitudes não afetassem a biota e como se nossa sobrevivência não dependesse dela. Em contraposição à esses comportamentos, torna-se imprescindível o desenvolvimento de ações populares voltadas para a tomada de consciência ambiental e mudança de atitudes. Essas ações podem começar em nossas casas, estimulando a reflexão de nossos familiares e de nossos vizinhos quanto à preservação desse bem tão valioso que o meio ambiente, do qual fazemos parte. 8 A educação ambiental vem mostrar que o ser humano é capaz de gerar mudanças significativas ao trilhar caminhos que levam a um mundo socialmente mais justo e ecologicamente mais sustentável. A educação ambiental deve sempre trabalhar o lado racional e estruturado juntamente com o lado sensível a fim de despertar o interesse, oengajamento e a participação de indivíduos em assuntos relacionados a temas sócio- ambientais. Entre o conhecimento e a ação, existe uma grande distância que precisa ser vencida para que as mudanças almejadas possam ser alcançadas. Um dos meios é aprender fazendo, pois ajuda a dar sentido às teorias. Sem a prática, boas idéias podem permanecer para sempre no campo do imaginário, e é comum que acabem se perdendo. A idéia é muitas vezes a semente que faz brotar as ações, fruto de engajamento pessoal e coletivo para um bem maior. O caminho que vai da teoria à prática também requer uma série de posturas do ser humano, que por sua vez dependem de características intrínsecas (autoconfiança, orgulho, dignidade, etc) e de motivação. A educação ambiental pode auxiliar na motivação, propiciando assim mudanças de atitude. 2 – OBJETIVO O principal objetivo é sensibilizar as pessoas para que interiorizem a necessidade de mudanças e que sejam capazes de praticar novas atitudes ambientalmente corretas no cotidiano. Outros objetivos: - Analisar a relação entre a consciência ambiental e as atitudes cotidianas de moradores de um determinado condomínio. - Informar através de boletins semanais sobre degradação ambiental, desperdício de água, coleta seletiva, e reciclagem. - Analisar as atitudes dos moradores após exposição das informações dos boletins. 3 – JUSTIFICATIVA Os problemas ambientais se manifestam primeiramente em nível local. Os primeiros a diagnosticar são os residentes de um determinado local que são, ao mesmo tempo, os causadores e vítimas de parte desses problemas. Convivem diariamente com o problema 9 e são, provavelmente, os maiores interessados em resolvê-los. Essas pessoas podem ser muito mais eficientes que o próprio governo na fiscalização do controle do uso de bens públicos ou dos recursos naturais. Além disso, parte importante dos problemas ambientais somente serão efetivamente resolvidos se a população local assim desejar. Para a ativa participação tem que haver envolvimento da população local em todas as fases do processo: conscientização, discussão do problema, diagnóstico da situação local, identificação de possíveis soluções, implementação das alternativas e avaliação dos resultados. A educação ambiental é uma das ferramentas existentes para a sensibilização e capacitação da população em geral no que diz respeito aos problemas ambientais. Com ela, busca se desenvolver técnicas e métodos que facilitem o processo de tomada de consciência sobre a gravidade dos problemas ambientais e a necessidade urgente de nos debruçarmos seriamente sobre eles. Neste contexto surge uma oportunidade ímpar de nós, licenciados em química, buscarmos soluções que estejam em consonância com nossa formação. Dessa forma, esse trabalho propõe explorar essa oportunidade e levar para a comunidade conhecimentos ambientais que sejam impactantes na mudança de comportamentos passivos frente às degradações ambientais. 4 – PRESSUPOSTO TEÓRICO – EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 4.1 O que é Educação Ambiental? De acordo com o Congresso de Belgrado, promovido pela UNESCO em 1975, a Educação Ambiental é um processo que visa: “(...) formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se repitam (...)” (citado por SEARA FILHO, G. 1987). 10 No Capítulo 36 da Agenda 21, a Educação Ambiental é definida como o processo que busca: “(...) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhes são associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos (...)” (Capítulo 36 da Agenda 21). “A educação, seja formal, informal, familiar ou ambiental só é completa quando a pessoa pode chegar nos principais momentos de sua vida a pensar por si próprio, agir conforme os seus princípios, viver segundo seus critérios” (Reigota, 1997). Assim, partido dessa premissa de referência, se propõe que a educação ambiental seja um processo de formação dinâmico, permanente e participativo, no qual as pessoas envolvidas passem a ser agentes transformadores, participando ativamente da busca de alternativas para a redução de impactos ambientais e para o uso sustentável dos recursos naturais. 4.2 A história da Educação Ambiental Em 1779, na Inglaterra, o escocês Patrick Geddes, considerado o “pai da Educação Ambiental” já demonstrava sua enorme preocupação com as conseqüências no ambiente natural pelos efeitos da revolução industrial e o processo de urbanização. No Brasil , em 1891, havia se pronunciado a criação de unidades de conservação, como parques nacionais, estações ecológicas, reservas biológicas, etc. Por volta de 1945, iniciava nas escolas da Grã Bretanha os “estudos ambientais”. A primeira grande catástrofe veio acontecer 7 anos mais tarde, quando o ar densamente poluído de Londres, provocaria a morte de 1600 pessoas, desencadeando o processo de sensibilização sobre a qualidade ambiental. Esse fato impulsionou uma série de discussões em outros países, dando mais força para o surgimento do ambientalismo nos Estados Unidos a partir de 1960 (Dias, 2003). 11 O livro “Primavera Silenciosa” (“Silent Spring”), de Raquel Carson, publicado em 1962, foi a primeira reação, ou a primeira crítica mundialmente conhecida dos efeitos ecológicos da utilização generalizada de insumos químicos e do despejo de dejetos industriais no ambiente. Em 1972, o “Clube de Roma¹” publicou um relatório chamado “Os Limites do Crescimento”, onde se fazia uma previsão bastante pessimista do futuro da humanidade, caso as bases do modelo de exploração não fossem modificadas. Também em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou em Estocolmo, Suécia, a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano. Nessa conferência foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). No ano de 1977, ocorreu um dos eventos mais importantes para a Educação Ambiental em nível mundial: a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, em Tbilisi. Objetivos e estratégias para a Educação Ambiental foram planejados nesse encontro. Ainda hoje, as definições dessa Conferência continuam muito atuais; sendo adotadas por governos, administradores, políticos e educadores em praticamente todo o mundo. Muitos movimentos de oposição também surgiram nos anos 70, no bojo da crítica ao modelo dominante de desenvolvimento industrial e agrícola mundial, e dos seus efeitos econômicos, sociais e ecológicos. Nessa época tem início um processo de tomada de consciência de que os problemas como poluição atmosférica, chuva ácida, poluição dos oceanos e desertificação são problemas universais. Inicia-se um profundo questionamento dos conceitos “progresso” e “crescimento econômico”. Algumas correntes de pensamento afirmavam que o “crescimento econômico e os padrões de consumo (nos níveis da época) não são compatíveis com os recursos naturais existentes”. Uma das idéias centrais era a de que os seres humanos não só estavam deliberadamente destruindo o meio ambiente, exterminando espécies vegetais e animais, como também colocando sua própria espécie em risco de extinção. Nos anos 80, o Brasil era marcado pelos movimentos sociais como: sindicatos, associações, grupos de bairro e organizações não governamentais lutando pela democracia e cidadania. O mundo também viu nos anos 80 duas grandes tragédias: vazamento de gás da empresaUnion Carbide, em Dezembro de 1984, onde mais de duas mil pessoas morreram envenenadas na Índia e em abril de 1986, em Chernobyl, Ucrânia, um acidente com um reator nuclear provocou a contaminação de milhares de pessoas. 12 Nos anos 90, o processo de globalização da economia iniciado nas décadas anteriores se tornou uma dura realidade. A economia e a política nacional perdem força ante as políticas internacionais. Muito em função dos impactos da globalização da economia, os países do Hemisfério Norte e os do Sul chegam à ECO-92 com posições bastante diferentes. Os países do Norte se centravam na avaliação de que os problemas ambientais são globais; sendo assim, é necessário compartilhar responsabilidades (e os custos financeiros para resolvê-los) entre todos os países. Já os países do Hemisfério Sul priorizavam as discussões sobre desenvolvimento para atingirem níveis socioeconômicos razoáveis: “A preservação não pode impedir o desenvolvimento econômico e social”. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento ECO-92, e o Fórum Global - Fórum Internacional de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais, ocorridos no Rio de Janeiro, foram os grandes eventos internacionais sobre meio ambiente e educação ambiental da década. A ECO92, trouxe Chefes de Estado de mais de 130 países para o Rio de Janeiro. Dentre os vários documentos produzidos nesta conferência, destaca-se: Carta da Terra: declaração de princípios da ECO92, sem força de lei e sem detalhamento de medidas concretas a serem adotadas. Agenda 21: Documento Operacional da ECO92 que é dividida em 40 capítulos, com mais de 600 páginas. O capítulo 36 trata da Educação Ambiental e define como áreas prioritárias: - “(...) a reorientação da educação na direção do desenvolvimento sustentável (…)” - “(...) a ampliação da conscientização pública, compreendendo ações destinadas às comunidades urbanas e rurais, visando sensibilizá-las sobre os problemas ambientais e de desenvolvimento (…)” - “(...) o incentivo ao treinamento, destinado à formação e à capacitação de recursos humanos para atuarem na conservação do meio ambiente e como agentes do desenvolvimento sustentável (…)”(Porto, 1996). A Agenda 21 estabelece que cada país deve elaborar sua própria Agenda 21 Nacional. 13 Convenção das Mudanças Climáticas: Estabelece a necessidade de realização de mais estudos sobre os efeitos das descargas de gases na atmosfera e propõe a cooperação entre países para que sejam socializadas tecnologias limpas de produção. Convenção da Biodiversidade: a Convenção garante a soberania dos estados na exploração dos seus recursos biológicos e estabelece a necessidade de criação de incentivo financeiros para que os estados detentores da biodiversidade tenham como cuidar de sua conservação. O Fórum Global - Fórum Internacional de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais, que ocorreu no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, na mesma época da ECO92, atraiu ambientalistas, sindicalistas, representantes de nações indígenas e de organizações não-governamentais de todas as partes do mundo. Dentre os vários documentos produzidos nesse Encontro, destaca-se o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Em agosto/ setembro de 2002 realizou-se em Johanesburgo, África do Sul, o Encontro da Terra, também denominado Rio+10, pois teve a finalidade de avaliar as decisões tomadas na Conferência do Rio em 1992. Em dezembro de 1994, o Governo Brasileiro criou o Programa Nacional de Educação Ambiental - PRONEA. No ano de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação foi promulgada. Um dos eventos mundiais mais importantes para a Educação Ambiental ocorridos na década de 90, pós ECO-92, foi a “Conferência Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade”, organizada pela UNESCO, em dezembro de 1997, na cidade de Thessaloniki, Grécia. Dentre as várias recomendações contidas na Declaração de Thessaloniki, destacam se: - Que os governos e líderes mundiais honrem os compromissos já assumidos durante as Conferências da ONU e dêem à Educação os meios necessários para que cumpra seu papel pela busca de uma futura sustentabilidade; - Que as escolas sejam encorajadas e apoiadas para que ajustem seus currículos em direção a um futuro sustentável; - Que todas as áreas temáticas, inclusive as ciências humanas e sociais, devem incluir as questões relacionadas ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável; 14 - Que todos os atores sociais contribuam para a implementação do capítulo 36 da Agenda 21 4.3 – Marcos importantes do ambientalismo 4.3.1 Protocolo de Kyoto O Protocolo de Kyoto é um instrumento internacional, ratificado em 15 de março de 1998, que visa reduzir as emissões de gases poluentes. Estes, são responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto (Japão). No documento, há um cronograma em que os países são obrigados a reduzir, em 5,2%, a emissão de gases poluentes, entre os anos de 2008 e 2012 (primeira fase do acordo). Os gases citados no acordo são: dióxido de carbono, gás metano, óxido nitroso, hidrocarbonetos fluorados, hidrocarbonetos perfluorados e hexafluoreto de enxofre. Estes últimos três são eliminados principalmente por indústrias. A emissão destes poluentes deve ocorrer em vários setores econômicos e ambientais. Os países devem colaborar entre si para atingirem as metas. O protocolo sugere ações comuns como, por exemplo: - aumento no uso de fontes de energias limpas (biocombustíveis, energia eólica, biomassa e solar); - proteção de florestas e outras áreas verdes; - otimização de sistemas de energia e transporte, visando o consumo racional; 4.3.2 ONU - Organização das Nações Unidas - Relatório sobre Mudanças Climáticas - 2007 Em 2007 foi divulgado em Bangcoc, o relatório, elaborado pelo Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC), que analisa os custos do combate e adaptação às mudanças climáticas e os instrumentos disponíveis para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. 15 Aumento das emissões "Sem um combate mais efetivo às mudanças climáticas e/ou a adoção de políticas de desenvolvimento sustentável, as emissões globais de gases do efeito estufa (GHG) continuarão a aumentar nas próximas décadas", afirma. O documento acrescenta ser preciso agir imediatamente para conter as emissões se houver o desejo de exercer um impacto de longo prazo no sentido de limitar as mudanças climáticas. Com base nas projeções atuais, as emissões globais do gás carbônico (CO2) estão previstas para aumentar em mais de 40 por cento, no mínimo, entre 2000 e 2030. Grande parte desse aumento deve vir dos países em desenvolvimento, afirma o relatório. O setor de transportes é motivo de grande preocupação já que vem aumentando o uso de carros e aviões, o que resulta em uma elevação das emissões de gases do efeito estufa. Em 2004, o setor respondeu por 26 por cento do consumo mundial de energia. O setor agropecuário também preocupa "A demanda global por alimentos deve dobrar até 2050, provocando a adoção cada vez maior de práticas de produção intensiva (o que significa, por exemplo, um uso mais disseminado de fertilizantes nitrogenados). Além disso, o aumento previsto no consumo de produtos animais deve elevar as emissões de metano e dióxido de nitrogênio." Instrumento e Pesquisa O relatório diz que os níveis de GHG podem ser estabilizados por meio do uso "de uma variada gama de tecnologias que já estão comercialmente disponíveis hoje e de tecnologias que devem passar a ser comercializadas nas próximas décadas, caso sejam fornecidos os incentivos apropriados."Isso inclui a adoção de combustíveis alternativos, a construção de usinas de força mais eficientes, o aumento do uso da energia nuclear, a construção de prédios e casas mais eficientes e a utilização de materiais de construção e de iluminação mais eficientes, além da adoção de práticas e instrumentos agrícolas mais eficientes. "Um ''preço do carbono'' positivo intensificaria os incentivos para os produtores e consumidores investirem de forma significativa em produtos, tecnologias e processos com baixa taxa de emissão de carbono. Além disso, incentivos adicionais na forma de 16 fundos governamentais e de regulamentações são também importantes." Custos O quanto mais rápido e mais profundamente as emissões forem reduzidas, mais custoso será para as economias mundiais, diz o documento. Até 2030, os custos para deixar que a concentração de gases do efeito estufa suba até 650 ppmv (partes por milhão de volume) do equivalente em CO2 são de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, afirma. Atualmente, a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, que aumenta rapidamente, está em 430 ppmv de dióxido de carbono. O CO2 é o principal gás do efeito estufa, seguido pelo metano e por quatro outros gases abarcados por tratados internacionais. O preço do carbono: Se as metas de estabilização de emissões estiverem entre 450 e 550 ppm de CO2eq (ou aproximadamente 2 graus centígrados), o preço de carbono estaria em um patamar superior a US$100 /ton eq CO2. (parágrafo 21) Conquistas de Kyoto nos dias atuais e no futuro: “As conquistas mais notórias da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática e seu Protocolo de Kyoto são a ampla reação ao problema do clima, estimulando a elaboração de políticas nacionais, a criação de um mercado internacional de carbono e o estabelecimento de novos mecanismos institucionais, que devem orientar os esforços das ações de mitigação no futuro”. (parágrafo 25) “A literatura identifica muitas opções de reduções de emissões globais de gases de efeito estufa em nível internacional através da cooperação. Também sugere que instrumentos internacionais bem-sucedidos são ambientalmente e economicamente efetivos, incorporando conceitos como eqüidade e viabilidade institucional”. (parágrafo 26) - diminuição das emissões de metano, presentes em sistemas de depósito de lixo orgânico. 17 - definição de regras para a emissão dos créditos de carbono (certificados emitidos quando há a redução da emissão de gases poluentes). 4.4 – Educação Ambiental: Legislação Brasileira Existem vários artigos, capítulos e leis brasileiras com importância para a educação ambiental. Uma das primeiras leis que cita a educação ambiental é a Lei Federal Nº 6938, de 1981, que institui a “Política Nacional do Meio Ambiente”. A lei aponta a necessidade de que a Educação Ambiental seja oferecida em todos os níveis de ensino. A Constituição Federal do Brasil, promulgada no ano de 1988, estabelece, em seu artigo 225, que: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”; cabendo ao Poder Público “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei Nº 9394, de dezembro de 1996, reafirma os princípios definidos na Constituição com relação à Educação Ambiental: “A Educação Ambiental será considerada na concepção dos conteúdos curriculares de todos os níveis de ensino, sem constituir disciplina específica, implicando desenvolvimento de hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental e respeito à natureza, a partir do cotidiano da vida, da escola e da sociedade.” No ano de 1997, foram divulgados os novos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN. Os PCN foram desenvolvidos pelo MEC com o objetivo de fornecer orientação para os professores. A proposta é que eles fossem utilizados como “instrumento de apoio às discussões pedagógicas na escola, na elaboração de projetos educativos, no planejamento de aulas, na reflexão sobre a prática educativa e na análise do material didático”. Os PCN enfatizam a interdisciplinaridade e o desenvolvimento da cidadania entre os educandos. Os PCN estabelecem que alguns temas especiais devem ser discutidos pelo conjunto das disciplinas da escola, não constituindo-se em disciplinas específicas. São os chamados temas transversais. Temas transversais definidos pelos PCN: ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural. 18 4.5 - Política Nacional de Educação Ambiental A Lei Federal Nº 9.795, sancionada em 27 de abril de 1999, institui a “Política Nacional de Educação Ambiental”. Essa é a mais recente e a mais importante lei para a Educação Ambiental. Nela são definidos os princípios relativos à Educação Ambiental que deverão ser seguidos em todo o País. Essa Lei foi regulamentada em 25 de junho de 2002, através do Decreto N.º 4.281. A lei estabelece que todos têm direito à educação ambiental. A Educação Ambiental como um “componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”. Nas escolas, a educação ambiental deverá estar presente em todos os níveis de ensino, como tema transversal, sem constituir disciplina específica, como uma prática educativa integrada, envolvendo todos os professores, que deverão ser treinados para incluir o tema nos diversos assuntos tratados em sala de aula. A dimensão ambiental deve ser incluída em todos os currículos de formação dos professores. Os professores em atividade deverão receber formação complementar. De acordo com a lei que institui a “Política Nacional de Educação Ambiental”, fazem parte dos princípios básicos da educação ambiental: - o enfoque holístico, democrático e participativo; - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; - a permanente avaliação crítica do processo educativo; - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; - a vinculação entre a ética, educação, trabalho e as práticas sociais; - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. São objetivos fundamentais da educação ambiental definidos na referida lei (entre outros): - democratização das informações; - fortalecimento da consciência crítica sobre a problemática social e ambiental; 19 - incentivo à participação individual e coletiva, de forma permanente e responsável na preservação do meio ambiente; - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade; - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações. 5 - METODOLOGIA Este trabalho foi dividido em 4 partes para que os objetivos fossem integralmente alcançados. A primeira foi a fase de avaliação do grau de consciência ambiental do grupo de pessoas escolhido através de um questionário sondatório. A segunda foi a elaboração dos boletins informativos que em certo momento ocorreu paralelamente à terceira fase: a exposição semanal dos boletins. A quarta fase foi a avaliação dos impactos e mudanças de comportamento em relação às atitudes desse grupo de pessoas no cotidiano. Nesta fase foi realizado novo questionário para coleta dos dados. Veremos de forma detalhada cada uma das fases do trabalho. 5.1 – Características dos Moradores O prédio que serviu de estudo para esse trabalho se localiza na região leste deBelo horizonte, no bairro Betânia. Faz parte de um condomínio de prédios conhecidos como PLANEAR. Os apartamentos do prédio são todos de 2 quartos, sendo que dois destes apartamentos possuem terraço e um consumo diferenciado de energia e água dos demais apartamentos. Os moradores desse local possuem em média de 3 a 4 moradores por apartamento. Possuem poder aquisitivo baixo. Em relação à escolaridade, todas as crianças estudam, porém os 27 adultos presentes possuem escolaridades mescladas, desde superior completo ao primeiro grau incompleto. 20 5.2 Elaboração do questionário sondatório O questionário foi elaborado de forma qualitativa e pessoal de forma que um morador de cada apartamento pudesse responder pelas atitudes de sua família. Foram elaboradas 9 questões que abordam sobre percepção ambiental, responsabilidade, hábitos de descarte e consumo consciente. Foi estruturado de forma aberta, permitindo respostas livres que pudessem expressar o pensamento e comportamento de cada indivíduo. Ao todo foram distribuídos 12 questionários. Eles ficaram à disposição dos moradores por uma semana no período de 18 a 25 de Agosto. Os questionários foram devolvidos no prazo estabelecido sendo que todos estavam completamente respondidos. Um dos problemas enfrentados neste tipo de questionário, que envolve pessoas de convívio diário, questões de ética e comportamento, é o que se refere às respostas socialmente desejáveis. A pessoa envolvida no questionário busca aproximar as suas atitudes ao padrão ético ou socialmente aceitável. A fim de evitar ou minimizar este tipo de comportamento, o questionário teve a opção das pessoas manterem o anonimato. As perguntas do questionário estão apresentadas a seguir: 1 – Qual sua opinião sobre a degradação do meio ambiente que está sendo noticiada e observada por todos nós? Você acha que realmente estamos sujeitos a ficar sem nenhum recurso natural? E qual o principal motivo dessa degradação? 2 - Você se sente, de alguma forma, responsável pela degradação ambiental? 3 - Onde você costuma descartar óleos de fritura que não tem mais utilidade? Qual a freqüência de descarte? 4 – Qual o local de descarte de pilhas, baterias em geral, inclusive de celulares? 5 – Em relação ao banho, quanto tempo em média sua família fica com o chuveiro ligado? 6 – Durante a escovação de dentes, lavagem de roupas e louças etc., a torneira fica aberta? 7 - Durante as compras em um supermercado, se tivesse um produto que tivesse em seu rótulo: “ecologicamente correto”, você compraria? E se esse produto fosse mais caro do que o produto que você costuma comprar? 8 - Você conhece a finalidade do sistema de coleta seletiva de lixo? Você acha importante esse procedimento? 9 – Qual a destinação de sacolas de plástico adquiridas em supermercados? 21 5.3 - A elaboração e exposição dos boletins informativos Na elaboração dos boletins, foi realizado um levantamento de dados e informações sobre descarte de resíduos sólidos, coleta seletiva, reciclagem e programas da prefeitura junto ao Centro Mineiro de Referência em Resíduos e a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Todas as informações necessárias sobre os assuntos abordados foram prontamente enviadas por correio eletrônico. Outras fontes de consulta foram artigos da Revista Química Nova na Escola, o site da Ambiente Brasil e outros da área ambiental. O conteúdo dos boletins foi planejado para esclarecer conceitos básicos sobre geração e destinação do lixo, assim como as possíveis destinações de resíduos sólidos, taxa de degradação destes resíduos no ambiente e a coleta seletiva. Imagens de impacto foram escolhidas para acompanhar os textos dos boletins e sempre houve a preocupação de informar o lugar mais próximo ou um contato de empresas ou entidades que realizam reciclagem de resíduos sólidos, procurando sempre facilitar a mudança de atitude dos moradores. No cabeçalho de cada boletim foi apresentada a logomarca do trabalho que foi desenvolvido para representar o cuidado do condomínio com o meio ambiente (Figura 1). A exposição dos boletins aconteceu durante 9 semanas no período de 29/08/2008 a 24/10/2008. Cada boletim ficava exposto por 1 semana e a sua troca acontecia nas sextas-feiras. Os assuntos expostos nos boletins foram: BOLETIM Nº1 - Para onde vai o lixo da minha casa? BOLETIM Nº 2 - Coleta Seletiva BOLETIM Nº 3 - Papel Figura 01 – Logomarca do trabalho 22 BOLETIM Nº 4 - Plástico BOLETIM Nº 5 - Sacolas Plásticas BOLETIM Nº 6 – Metais e Vidros BOLETIM Nº 7 - Óleos BOLETIM Nº 8 – Pilhas e Baterias BOLETIM Nº 9 – Consumo racional da água Os boletins são apresentados como ANEXOS ao final desta monografia. 5.4 - Elaboração do questionário final Para que fosse possível avaliar o efeito dos boletins sobre as atitudes dos moradores, os mesmos indivíduos que responderam ao questionário sondatório responderam também ao questionário final. O questionário final objetivou conhecer as atitudes, mudança de comportamento e reações que houveram após a exposição dos boletins. Assim como o questionário de sondagem, este apresentou questões abertas, permitindo respostas livres, com exceção da primeira pergunta que procurou ser mais objetiva e quantitativa. Foram distribuídos 12 questionários e durante a semana de 10/11/08 a 14/11/2008 eles foram devolvidos, tendo todas as questões respondidas. Abaixo está descrito o questionário final 1) Como mudaram seus hábitos após a leitura dos boletins, em relação aos seguintes materiais? MUDOU MUITO MUDOU POUCO NÃO MUDOU Papéis Vidros Metais Pilhas e Baterias Óleos Plásticos 2) Qual boletim teve, na sua opinião, maior impacto? Por que? 3) Qual foi a mudança mais acentuada que você teve após a leitura dos boletins? 4) Das mudanças que não aconteceram, quais foram os impedimentos para que elas acontecessem? 5) O que achou dos boletins informativos? 23 5.5 - Reuniões Visando um maior planejamento das atividades e esclarecimentos sobre o trabalho e como ele se desenvolveria foram marcadas três reuniões com os moradores. Na primeira reunião (18/08/2008), foi apresentado o objetivo do trabalho e como ele aconteceria. O trabalho foi acolhido com muita animação e empenho. Na segunda reunião, ocorrida em 22/09/2008, após exposição de 4 boletins, foram esclarecidas muitas dúvida entre as quais se destacou o motivo de não haver coleta seletiva no bairro, como fazer para solicitar a coleta seletiva. Esse tipo de questionamento mostra o incomodo causado pela distancia entre querer fazer o certo e poder fazer. Na terceira e última reunião, ocorrida no dia 07/11/2008, entramos na reta final do trabalho onde foram distribuídos os questionários finais. Nesta reunião muitos dos moradores já diziam ter alterado algumas de suas atitudes e foi iniciada a montagem de uma planilha de ações para o ano de 2009. Esta planilha conterá vários objetivos que deverão ser alcançados ao longo do próximo ano. Inicialmente será a venda dos papéis que já estão sendo guardados em uma garagem não utilizada. A ansiedade para saber os resultados do trabalho resultou em uma quarta reunião que foi marcada para 01/12/2008 para discutir, de acordo com os resultados obtidos, onde houve o menor índice de mudança de atitude. 6 – ANÁLISES DOS RESULTADOS Neste capítulo apresentarei todas as análises dos resultados dos dois questionários deste trabalho: sondatório e o final. 6.1 – Questionário sondatório 1 – Qual sua opinião sobre a degradação do meio ambiente que está sendo noticiada e observada por todos nós? Você acha que realmente estamos sujeitos a ficar sem nenhum recurso natural? E qual o principal motivo dessa degradação? 24 Em relação à degradação do meio ambiente todos, sem exceção, estão conscientes de que é um bemnatural essencial à sobrevivência humana e que está cada vez mais escasso. Quanto aos motivos dessa degradação, houveram respostas que apontam ao homem, à população, governo que não fiscaliza e não pune, ao egoísmo e ambição. Alguns trechos são transcritos a seguir. “Se continuarmos fechando os olhos para os problemas ambientais e nos preocupando apenas com o presente, provavelmente num futuro bem próximo, não teremos sequer água potável. Acho que o principal motivo é a falta de informação, falta de consciência e a falta de boa vontade” “Eu acho muito triste ver nossas riquezas se acabar por falta de conscientização. ...o principal motivo disso tudo é a falta de colaboração da população mas também o governo teria que fazer uma lei obrigando a todos a fazer coleta seletiva em suas casas, como já é feito na Rússia.” “Acho preocupante, pois o homem está destruindo a natureza. ...devemos nos conscientizar e valorizar os nossos recursos naturais, que é muito importante para nossa sobrevivência.” 2 – Você se sente, de alguma forma, responsável pela degradação ambiental? Dos 12 questionários respondidos, 10 se declararam de alguma forma responsáveis pela degradação ambiental, por não ter atitude ou por simplesmente fazer parte de um todo que polui, que degrada. “Sinto porque nem o básico que é a coleta seletiva, eu faço então também, faço parte dessa degradação.” “Todos os 6 bilhões de habitantes da terra são culpados” “Sim, pois de alguma forma, todos estamos contribuindo pela degradação ambiental: direta ou indiretamente.” Em dois dos 12 questionários os moradores disseram não se sentir responsabilizados, uma vez que praticam a preservação em suas casas. “Pessoalmente não, porque apesar de ser apenas “uma”, faço a minha parte juntamente com minha família. Existe o diálogo e o respeito sobre o meio ambiente em nossa casa. 25 Se todos fizerem a sua parte, aquilo que está ao nosso alcance, os resultados seriam outros.” 3 – Onde você costuma descartar óleos de fritura que não tem mais utilidade? Qual a freqüência de descarte? O óleo de fritura é destinado à fabricação de sabão em 5 das 12 famílias. Duas das 12 não utilizam frituras em suas casas por ser prejudicial à saúde. “tem uma senhora que transforma em sabão, portanto esse é sempre repassado para esta finalidade.” Dos 5 moradores restantes, 3 recolhem e jogam no lixo 1 vez por semana, e 2 descartam em pias ou vaso sanitário. “Colocamos em uma sacola e jogamos no lixo 1 vez por semana” “Geralmente descarto na pia mesmo, mas sei que é errado, pois existe um meio de “reciclar” ou utilizar de maneira correta. “ 4 - Qual o local de descarte de pilhas, baterias em geral, inclusive de celulares? As pilhas e baterias são destinadas ao lixo em 9 das 12 famílias. As três restantes dizem levar as pilhas para local de coleta ou destinar para o fabricante do aparelho novo: “Eu junto todas as pilhas em litro pet agora... abriu uma loja próximo que recolhe todas as pilhas e baterias” “Infelizmente jogo no lixo” 5 - Em relação ao banho, quanto tempo em média sua família fica com o chuveiro ligado? Em relação ao banho, nota-se que nas famílias mais numerosas, o banho é controlado com mais rigor, pois pesa no orçamento familiar. Tirando em média o tempo gasto por banho em todo o prédio, temos 13 minutos em cada família. Sendo que 6 famílias dizem permanecer até 5 minutos em cada banho. O restante permanece até 30 minutos em cada banho. 26 “De vinte a trinta minutos cada pessoa. A família é composta por 4 pessoas” “... o banho é uma necessidade da minha família não apenas para a higiene, mas também para o revazimento das energias. (...) procuramos adequa-lo tendo em vista o nosso orçamento familiar, “ 6 – Durante a escovação de dentes, lavagem de roupas e louças etc., a torneira fica aberta? Em relação ao desperdício de água durante as escovações de dentes, lavagem de louças, 3 das 12 famílias dizem deixar a torneira aberta. Das 9 restantes, 3 tem consciência de que economizam para não faltar depois e as últimas 6 famílias apenas não deixam as torneiras abertas. “Tenho 5 filhos e todos já sabem, principalmente através de trabalhos da escola, da preocupação da ESCASSES e do desperdício.” “Não. Procuramos economizar a água, pois se não economizar pode faltar.” 7 – Durante as compras em um supermercado, se tivesse um produto em seu rótulo : “ecologicamente correto”, você compraria? E se esse produto fosse mais caro do que o produto que você costuma comprar? O preço teve grande poder de decisão na compra de produtos “ecologicamente corretos” 9 das 12 famílias dizem que não comprariam um produto ecologicamente correto se o preço fosse elevado. Duas comprariam sob a condição de conhecer primeiro o produto e o fornecedor. E apenas 1 compraria pelo bem ambiental. “Se o produto fosse mais caro eu não compraria.” “Depende da situação financeira. Pois, e se eu tivesse apenas o valor do produto que preciso e este for outro? Acredito que os fornecedores “ecologicamente correto” também deveriam estimular o “ecologicamente mais em conta, proporcionando realmente o novo consumo.” “Não iria comprar. Primeiramente porque está fora do padrão de vida da maioria dos brasileiros, não podemos deixar de comprar o básico (arroz e feijão) para comprar um produto ecologicamente correto.” “Sim., Se for para o meio ambiente que será dos nossos filhos e netos, vale a pena qualquer esforço.” 8 – Você conhece a finalidade do sistema de coleta seletiva de lixo e como a coleta é feita? Você acha importante esse procedimento? 27 A coleta seletiva é um conceito bem fundamentado para as famílias. Sabem que é importante para a reciclagem dos lixos, mas não sabem bem como é o funcionamento. Apenas 1 das 12 famílias admite que conhece muito pouco sobre coleta seletiva e que gostaria conhecer mais. “Sei muito pouco. Acho importante esse procedimento. Gostaria de conhecer melhor. No nosso bairro não existe coleta seletiva.” “Acho que é importante, mas acho que todos deveriam ter acesso à esse tipo de coleta, ou pelo menos, ter mais informação sobre esse assunto.” “Sim, os lixos são divididos em: papel ,plástico, vidro, metal, orgânico (...) acho super importante porque auxilia na hora da reciclagem.” 9 – Qual a destinação de sacolas de plástico adquiridas em supermercados? As respostas observadas mostram o porque da quantidade tão alta de sacolas em lixões e aterros sanitários. Cem por cento dos moradores utilizam as sacolas como meio de armazenamento do lixo. Todas essas sacolas tem quase sempre o mesmo destino. E apenas uma família se manifestou em relação ao seu destino: “Infelizmente no Brasil ainda não possui uma lei para proibir o uso de sacolas plásticas em supermercados e elas vão acabar todas no lixão.” 6.2 – Questionário final 1 – Como mudaram seus hábitos após leituras dos boletins, em relação aos seguintes materiais? Mudança de Hábito 22% 14% 64% Mudou Muito Mudou Pouco Não Mudou Gráfico 1 - Mudança de hábito em relação à descartes, economia, reciclagem dos materiais estudados. 28 Em relação aos hábitos, podemos observar que a grande maioria não teve mudança em seu comportamento. Essa imobilidade pode ser justificada nas respostas da 4º pergunta. Das mudanças que aconteceram, estão relacionados abaixo os gráficos separados dos hábitos que mudaram muito, mudaram pouco e que não mudaram. Mudança de Hábito - Mudou Muito 25% 13% 6%12% 25% 19% Papeis Vidro Metais Pilhas e Baterias Óleo Plásticos Analisando as atitudes que mudaram muito, fica evidente que as maiores mudanças se destacaram em relação ao papel e ao óleo. Isso pode ser explicado pela facilidade de destinação desses dois. Mudança de Hábito - Mudou Pouco 20% 10% 30%0% 10% 30% Papeis Vidro Metais Pilhas e Baterias Óleo Plásticos Gráfico 2 - Mudança de hábito emrelação às atitudes que mudaram muito Gráfico 3 - Mudança de hábito em relação às atitudes que mudaram pouco. 29 Das atitudes que mudaram pouco, o plástico e os metais apresentaram maior expressão. As mudanças em relação ao uso dos plásticos pode ser explicado por ter sido citado como boletim de maior impacto em 3 questionários. Mudança de Hábito - Não Mudou 13% 19% 19%21% 15% 13% Papeis Vidro Metais Pilhas e Baterias Óleo Plásticos Analisando as atitudes que não houveram mudanças, pilhas, baterias e metais, obtiveram somados, 40%. Seguidos pelo óleo e vidro que juntos somaram 34% das não mudanças. Em concordância com os dados do gráfico 2 e 3, papeis e plásticos sem destacam na não inércia de alteração de atitudes. 2 – Qual boletim teve, em sua opinião, maior impacto? Por que? Houve nesta questão opiniões diversas. Muitas pessoas responderam que todos os boletins tiveram grande importância. Os boletins de lixo, plástico, papéis e vidro foram citados também. Por outro lado, a questão de desperdício de água não foi citado em específico por nenhum questionário. 3 - Qual foi a mudança mais acentuada que você teve após leitura dos boletins? O ponto mais falado em relação às mudanças foi a reciclagem do lixo. Neste ponto não foi especificado o que mudou, apenas foram citados. Reaproveitamento de sacolas, óleos também foram explicitados no questionário. Gráfico 4 - Mudança de hábito em relação às atitudes que não mudaram. 30 4 - Das mudanças que não aconteceram, quais foram os impedimentos para que elas acontecessem? Respondendo aos 64% da questão nº 1 que não tiveram alteração em seu comportamento, a grande responsável por essa alta porcentagem foi a falta de interesse que foi citada em 4 questionários. Falta de tempo, comodismo, preguiça e disposição foram as demais justificativas para a imobilidade em relação às atitudes. 5 - O que achou dos boletins informativos? Todos responderam que os boletins são úteis, de grande importância e interessantes. Mesmo aqueles que não tiveram mudança de comportamento. 7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Os objetivos almejados neste trabalho, foram alcançados, uma vez que se pode apresentar informações sobre questões relacionadas à degradação do meio ambiente e avaliar a mudança de atitude em relação à preservação ambiental. Os resultados alcançados neste trabalho nos mostraram o quão distante está a consciência de que a minimização dos impactos ambientais deve ser desempenhada por cada um. Por mais que se digam conscientes de que esse bem natural tem fim, a grande maioria não mostrou disposição para mudanças. O comodismo em relação à facilidade de descarte de materiais também é levada em consideração, uma vez que os papéis e óleos estão sendo armazenados para que a empresa de coleta venha fazer a retirada na porta de casa. Pode-se perceber que a falta da educação ambiental formal, como uma disciplina dentro da sala de aula é determinante para estabelecer um estreitamento de laços entre o homem e a natureza. A criança, jovem ou adulto que tem contato com a necessidade da preservação do ambiente, aprende a preservar um bem que é necessário para si e para as futuras gerações, respeitando assim o próximo. 31 Dessa forma conclui-se que uma atitude de preservação é algo que se cria não que se impõe. Daí a grande necessidade de se trabalhar esse assunto desde o ensino fundamental. Se cada um fizer a sua parte e se somar a parte de cada um, aí sim, teremos feito uma grande mudança para com o meio ambiente. 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRUSCHI, D.M et al. Município e meio ambiente. Belo Horizonte; FEAM, 1998, 131p. BRASIL.Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Meio Ambiente e Saúde / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEC, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais do Ensino Médio 2006 – Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza Matemática e suas tecnologias; MEC. DIAS, G. F, 2003; Educação Ambiental: princípios e práticas, editora GAIA. ESPINOSA, H. R. M. Desenvolvimento e meio ambiente sob nova ótica. Ambiente, v 7, n.1, 1993. ESTADO DE MINAS, Especial meio Ambiente, sexta feira, 7 de novembro de 2008. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE(MG). Como destinar os resíduos sólidos urbanos?. Belo Horizonte: FEAM, 1995 47p. (Manual;1) MEDINA, N.M. Breve histórico da Educação Ambiental. IN: PADUA, S.M; TABANEZ, M.F (Orgs). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisas Ecológicas, 1997. 283p. RODRIGUES, L. F. e CAVINATTO, V. M. Lixo: de onde vem? para onde vai?. 3. ed. São Paulo: Moderna, 1997. 80 p. 32 9 – SITES PESQUISADOS Ambiente Brasil Disponível em: <www.ambientebrasil.com.br>.acesso em: 7 de novembro de 2008 lixo.com.br Disponível em: <www.lixo.com.br>.acesso em: 3 de novembro de 2008 Centro Mineiro de Referencia em resíduo Disponível em < www.cmrr.mg.gov.br> acesso em: 7 de outubro de 2008 Superinteressante Disponível em : < super.abril.com.br> acesso em 07 de outubro de 2008 Ministério da Educação http://portal.mec.gov.br/ acesso em: 16 de outubro de 2008 Greenpeace http://www.greenpeace.org.br – acesso em 30 de novembro de 2008 10 – SITE PESQUISADOS PARA ELABORAÇÃO DO BOLETIM - FIGURAS Figura Boletim nº1- www.magocom.com.br Figura Boletim nº2 - www.cmrr.mg.gov.br Figura Boletim nº3 - assassinatonafloresta.blogspot.com Figura Boletim nº4 - funverde.wordpress.com Figura Boletim nº5 - funverde.wordpress.com Figura Boletim nº6 - www.setorreciclagem.com.br Figura Boletim nº7 - www.recoleo.com.br Figura Boletim nº8 - www.pisacampinas.com.br Figura Boletim nº9 - balao.zip.net 33 11 – ANEXOS A seguir serão apresentados todos os boletins na forma que foram expostos durante esse trabalho. O VOLUME DE LIXO AUMENTA CADA DIA MAIS E POR ISSO HOJE O ATERRO SANITÁRIO NÃO MAIS COMPORTA O LIXO DA NOSSA CIDADE! FORAM MAIS DE 23 MILHOES DE TONELADAS EM 32 ANOS DE VIDA DO ATERRO! DESSA FORMA NOSSO LIXO ESTÁ SENDO ENCAMINHADO PARA AREAS DE ATERRO EM OUTRAS CIDADES COMO ESMERALDAS E SABARÁ !!! NÃO TEMOS MAIS ESPAÇO PARA TANTO LIXO! A MUDANÇA DESSE QUADRO COMEÇA COM CADA UM DE NÓS! ENTÃO, Á PARTIR DESSA SEMANA, VAMOS APRENDER MAIS SOBRE DESTINAÇÃO DE LIXO E SEU IMPACTO NA NATUREZA! BOLETIM SEMANAL Nº1 PARA ONDE VAI O LIXO DA MINHA CASA? APÓS SER RECOLHIDO, O LIXO É DESTINADO AO ATERRO SANITÁRIO. O ATERRO SANITÁRIO DE BELO HORIZONTE, FUNDADO EM 1975, CHEGOU A RECEBER UMA QUANTIDADE DE 4,4 TONELADAS DE LIXO POR DIA. O QUE EQUIVALE A 52KG POR MINUTO!!! 35 JÁ HÁ INSTALADOS VÁRIOS CONTÊINERES EM TODA A CIDADE. ALÉM DO GANHO AMBIENTAL, EXISTEM BENEFÍCIOS SOCIAIS PORQUE A COLETA GERA RENDA PARA A ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE PAPEL, PAPELÃO E MATERIAL REAPROVEITÁVEL - ASMARE, PARA ONDE É REPASSADO O PAPEL, METAL E O PLÁSTICO. A RENDA DO VIDRO VAI PARA A SANTA CASA DE MISERICÓRDIA. BOLETIM SEMANAL Nº2 COLETA SELETIVA DESDE 1993, A PREFEITURA DA CIDADE REALIZA A COLETA SELETIVA. A POPULAÇÃO SEPARA EM CASA O PAPEL, O PLÁSTICO, O VIDRO E O METAL DEPOSITANDO-OS NOS LOCAIS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA DE MATERIAL RECICLÁVEL PONTOS MAIS PRÓXIMOS DA COLETA SELETIVA Praça São José Operário, R. Osvaldo Paixão, Bairro das Indústrias Av. Sinfrônio Brochado, Colégio Domiciano, Barreiro de Baixo REFLEXÃO....POR QUE NÃO TEMOS COLETA SELETIVA EM NOSSO BAIRRO????? 36 BOLETIM SEMANAL Nº3 PAPEL O papel pode ser reciclado várias vezes. A matéria prima vegetal mais utilizada na fabricação do papel é a madeira. Para aproximadamente 50 quilos de papel reciclado, poupa-se o corte de uma árvore. O papel não encaminhado para a reciclagemdemora 3 meses para se decompor na natureza. A cada tonelada de papel reciclado são utilizados 2.000 litros de água. Para produzir a mesma quantidade a partir da madeira gastam-se 100.000 litros de água, Uma tonelada de papel reciclado evita o corte de aproximadamente vinte árvores. Em Belo Horizonte, a reciclagem do lixo é realizada através da parceria com a sociedade, ou seja, VOCÊ! Separe jornais, revistas, impressos, catálogos telefônicos, caixas de papelão, rascunhos, envelopes, cartões, embalagens longa vida e ligue para a COOPEAMAR aqui no bairro Betânia: 3386-6859. Eles possuem convênio com a Prefeitura de Belo Horizonte para esse serviço de reciclagem. 37 BOLETIM SEMANAL Nº4 São recicláveis: - garrafas PET - brinquedos - copos descartáveis - embalagens de shampoo - garrafas de detergente - garrafas de álcool e água sanitária - sacolas e saquinhos plásticos - potes de produtos alimentícios - baldes e bacias Lembre-se que para coleta é só ligar para a COOPEAMAR aqui no bairro Betânia 3386-6859 PLÁSTICO O plástico é feito de derivados do petróleo, que é um recurso natural não-renovável, e leva em torno de 450 anos para se decompor na natureza. Uma tonelada de plástico reciclado economiza milhares de litros de petróleo. O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plástico e desse total apenas 15% são reciclados. 38 BOLETIM SEMANAL Nº5 Imagine o volume de sacolas que pegamos no EPA, no BH, na padaria, na locadora, no açougue, no sacolão KiFruta, no ABC. Não reaproveitados nenhuma delas, pois toda vez que voltamos para comprar pegamos outras!!! A maioria delas é utilizada como sacos de lixo e são levadas para o aterro sanitário onde demoram cerca de 450 anos para decompor. Já existem no mercado sacolas biodegradáveis – 18 meses para degradação – porém os grandes supermercados preferem as sacolas convencionais por causa do seu baixo custo!!! SACOLAS PLÁSTICAS Quantas vezes nos deparamos com a cena abaixo? E o que fazemos? Enquanto eles não fazem sua parte, nós podemos fazer a nossa! Quando for ao açougue, locadora, no sacolão, leve a sua sacola de casa. Dessa forma iremos consumir cada vez menos sacolas e assim poluir cada vez menos... NOSSO PLANETA AGRADECE! 39 BOLETIM SEMANAL Nº6 COLETA SELETIVA DE METAIS E VIDROS PERTO DE NÓS - BARREIRO • R. Vicente de Azevedo, 301 (Gerlu Barreiro) • R. Agnelo Macedo, esq. c/ r. Caetano Azeredo, 595 • • R. Pinheiro Chagas, 252 (CAC Barreiro) • Av. Sinfrônio Brochado, 1110 (Clube Comercial) Os metais são classificados, quanto a sua composição, em ferrosos (ferro, aço) e não-ferrosos (alumínio, cobre, chumbo, níquel, etc.). A lata de alumínio leva de 200 a 500 anos para se decompor na natureza e cada tonelada de alumínio reciclado economiza 95% de energia e 5 toneladas de minério. Alguns materiais metálicos recicláveis: latas de alumínio, arames, fios, grampos, pregos, latas de alimentos. Metais O vidro demora aproximadamente 4000 anos para se decompor na natureza, no entanto é 100% reciclável, ou seja, 1 kg de vidro usado transforma-se em 1 kg de vidro novo. O vidro deve ser embalado em material resistente antes de ser encaminhado para a coleta seletiva, assim ele não fica exposto e diminui o risco de acidentes. São vidros recicláveis: garrafas de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, garrafas de água, frascos e potes utilizados para alimentos, cacos de vidro, copos, vidros planos. Vidros 40 BOLETIM SEMANAL Nº7 LIGUE PARA SOLICITAR A COLETA DO SEU ÓLEO DE FRITURA!!! COM O SEU ÓLEO DOADO, VC PODE GANHAR Você Sabia??? Um litro de óleo jogado na rede de esgoto irá poluir um milhão de litros de água, ou seja, o consumo de 1 pessoa por 14 anos!!! ÓLEOS A RECÓLEO É UMA EMPRESA QUE RECOLHE O ÓLEO EM RESIDENCIAS, ENPRESAS, ESCOLAS FABRICAÇÃO DE RAÇÃO ANIMAL E BIODIESEL. - Evite guardar o óleo em garrafas PET, pois elas são recicláveis e sujas com óleo ficam inúteis. - Não jogue em lixos, mesmo em recipientes fechados. 41 BOLETIM SEMANAL Nº 8 Apresentam em sua composição metais considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente como mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. Dentre esses, os que apresentam maior risco à saúde são o chumbo, o mercúrio e o cádmio. PILHAS E BATERIAS Alguns efeitos desses metais pesados, nos seres vivos, são: disfunções renais, hepáticas, neurológicas e motoras, osteoporose, danos cerebrais e no desenvolvimento de fetos, problemas pulmonares, câncer, entre outros. É importante lembrar que muitos desses metais são bioacumulativos, podendo afetar drasticamente a saúde do homem. Existem diversos processos de reciclagem de pilhas e baterias, específicos para cada tipo. Portanto, é indispensável a sua destinação para a coleta diferenciada. O Centro Mineiro de Referência em Resíduos é um dos pontos de coleta credenciados para coleta de pilhas e baterias. TELEFONE: 3465-1200 42 BOLETIM SEMANAL Nº 9 Todos sabemos que a água é um recurso limitado, mas nos excluímos da responsabilidade de ajudar a economizar e abandonar os nossos hábitos arraigados. DESPERDÍCIO DE ÁGUA O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até 30 litros de água. No banho são gastos em média 30 litros a cada 5 minutos. Reduza o tempo de banho e economize pelo menos seis litros por minuto; feche a torneira enquanto faz a barba ou escova os dentes. Você economizará de 10 a 20 litros por minuto; instale descargas acoplada ao vaso, não jogue lixo no vaso; não dispare a descarga desnecessariamente; não use a mangueira como vassoura - primeiro limpe o local e depois lave
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