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Atuação do profissional da gestão escolar Segundo relatou o senador Zalci Lucas (PSDB-DF) na Comissão de Educação do Senado, que aprovou o Projeto de Lei (PL) 5.682/2019, que prevê a adoção de critérios técnicos de mérito, desempenho e participação da comunidade escolar para a nomeação de gestores escolares, “o gestor escolar é como um prefeito; há escolas que têm dois, três mil alunos. Antes de tudo, ele tem que ser um gestor de todos; administra conflitos de professores, pais, vizinhança e [também administra] o nível de eficiência dos estudantes na escola. A escola é o maior equipamento público que existe em certas localidades; serve de referência na região — declarou. O gestor escolar sendo um educador comprometido com a formação do educando não pode ser reduzido a um mero repassador de ordens, burocrata atado atrás das mesas, assinando papéis. Ele vai além dessa imagem capitalista, trazendo um papel influenciador para seus liderados. Uma parte importante no processo de um profissional que exerce o papel de gestor é o planejamento. Ele contempla a busca do conhecimento necessário à solução de determinados problemas, para que a meta seja alcançada. É necessário buscar o máximo de informações para entender com clareza o contexto no qual a escola está inserida. A principal função do gestor escolar é realizar uma liderança política, cultural e pedagógica, sem perder de vista a competência técnica para administrar a instituição que dirige, demonstra que o diretor e a escola contam com possibilidades de, em cumprimento com a legislação que os rege, usar sua criatividade e colocar o processo administrativo a serviço do pedagógico e assim facilitar a elaboração de projetos educacionais que sejam resultantes de uma construção coletiva dos componentes da escola. Destaca-se também que o trabalho de qualquer profissional da educação só ganha significado e valor na medida em que esteja integrado com o dos demais profissionais da escola em torno da realização dos objetivos educacionais, cabendo aos gestores escolares, em seu trabalho de gestão sobre o processo pedagógico, dar unidade aos esforços pela interação de segmentos e construção de uma ótica comum, a partir de valores e princípios educacionais sólidos e objetivos bem entendidos. As políticas definidas na parte da gestão devem ser aplicadas na rotina da secretaria, e escolas. São regras/regulamentos para convergir os esforços para a aprendizagem dos alunos, ou seja, uma gestão eficiente e eficaz. O papel da educação básica é criar um nexo, uma identidade própria para os jovens, bem como dar sentido ao espaço de convivência escolar e aos processos de aprendizagem efetiva. Nessa visão, a ênfase é a construção equânime de oportunidades de crescimento da juventude, de socialização entre gerações e de incorporação das culturas. A política educacional brasileira – com base no contexto social, cultural, político e econômico – vem se ampliando no mapa de trajetória das diretrizes da educação desde o período colonial até os dias atuais, em que novas diretrizes para a Educação Básica estão sendo desenhadas na busca pela melhoria da qualidade social, sobretudo do ensino médio. A educação de qualidade social como superação das desigualdades e injustiças é conquista e, como conquista da sociedade brasileira, é manifestada pelos movimentos sociais, pois é direito de todos. Nesse cenário, é importante pensar uma teoria avançada de currículo, com significados que vão além das teorias tradicionais. Young (2010, p. 77) destaca a necessidade de desenvolvermos um modelo curricular baseado no conhecimento, capaz de indagar as estruturas de conhecimento e os conteúdos curriculares que compreenda “as suas origens históricas e sociais e a sua capacidade (ou falta dela) para transcendê-las”. A gestão, seja ela qual for, deve ser encarada com o viés de reduzir o grau de risco de insucesso de um projeto ou alguma melhoria que se queira implementar. Uma boa gestão educacional pode ajudar a escola a lidar melhor com os impactos nas pessoas, processos, tecnologias, contextos, novos projetos, etc., evitando ou removendo forças desestabilizadoras e atuando para que as novas práticas sejam continuadas. Nada pior que a perda de uma melhoria que envolveu tantas pessoas e recursos. Isso gera desmotivação e falta de credibilidade nas mudanças futuras. O trabalho de uma equipe é tão potente quanto a articulação das capacidades e aptidões de seus participantes, isto é, da faculdade e poder de intervir com competência sobre uma situação, de maneira integrada, transformando-a. Logo, o desenvolvimento de capacidades e aptidões para atuações específicas constitui um foco importante do trabalho do gestor escolar. Porém, esse desenvolvimento se torna efetivamente útil quando realizado de forma conjunta e como patrimônio da escola e não como prerrogativa de certos indivíduos. É mediante o desenvolvimento, pelos profissionais da escola, da visão de conjunto e respectiva prática da capacidade de participar no processo de coordenação da unidade social escolar que se justifica e se qualifica a possibilidade de alcançar autodireção responsável (CARVALHO, 1979).