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1 PLANEJAMENTO E PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 PLANEJAMENTO DA GESTÃO ESCOLAR ............................................ 4 SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO .............................................. 6 GESTÃO EDUCACIONAL ...................................................................... 8 GESTÃO ESCOLAR ............................................................................. 10 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DA QUALIDADE ....................................... 12 CONCEITOS E PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR ........................... 17 O CONCEITO: GESTÃO DA QUALIDADE ............................................ 23 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR NA EFETIVAÇÃO DA QUALIDADE DE ENSINO ................................................................................ 26 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................................................... 36 PRATICAS GESTÃO ESCOLAR ........................................................... 39 CONCLUSÃO ........................................................................................ 44 REFERÊNCIA ........................................................................................ 45 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO Fazer um planejamento da gestão escolar vem se tornando uma necessidade, um dos principais objetivos traçados para uma instituição de ensino é tornar-se uma referência para a comunidade. Para tanto, é preciso desenvolver uma gestão escolar de qualidade, capaz de ser o alicerce da expansão e notoriedade da escola. Gestão Escolar é a forma de administrar a escola como um todo. Para um completo desenvolvimento educacional, o profissional responsável pela área deve observar as necessidades e particularidades de cada setor, promovendo uma melhor relação e desenvolvimento das atividades. Para um bom gestor, crescer não é o suficiente. É necessário manter o controle e a qualidade do serviço prestado. Ou seja, garantir que a escola esteja oferecendo alto índice de aprendizado e influenciando positivamente todo o cenário ao seu redor. 4 PLANEJAMENTO DA GESTÃO ESCOLAR O Plano de Gestão Escolar é um documento legislatório que traça o perfil da escola, impondo-lhe identidade e finalidades corriqueiras de todo os abrangidos. Transporta como norte para o gerenciamento das ações colocadas no setor interno da escola formando e operacionalizando o Projeto Pedagógico. Sendo assim, o Plano de Gestão escolar abarca todos os feitios da escola, bem como as ações que serão atingidas, que devem incluir entre outros itens a ficha de cadastro da escola, conjunto de alunos, resumo do rendimento escolar do ano antecedente, discernimentos usados para a aglomeração dos alunos, determinações a serem aceitas pela escola, período de férias do setor administrativo, calendário escolar, horário de aulas, plano de aplicação das soluções financeiras entre outros. 5 Bem mais do que uma inovação da versão do Plano de Escola, o Plano de Gestão é um documento que individualiza a dinâmica na medida em que se deve desempenhar o acompanhamento de todos os fatos escolares ao longo e quatro anos, apontando a operacionalização do Projeto Pedagógico e do Plano de Ensino conjugado. São planejados os desígnios e os conteúdos visando à intenção dos alunos do ciclo propriamente dito. Sendo assim um dispositivo de ciclos onde embarga a ideia de que todos os alunos aprenderão sem a aceleração do conteúdo, poupando o ritmo de cada aluno presente. O mais admirável componente do Plano de Gestão é a operacionalização e acompanhamentos das metas e objetivos do Projeto Pedagógico e do Plano de Ensino, dirigindo a qualidade do ensino que será dada aos alunos. O Plano de Gestão deve então ponderar os objetivos e metas pedagógicos, de no mínimo um semestre. Se o Plano se acomoda a escola, ele poderá ser efetivado, sendo assim a sua real efetivação ao final dos quatro anos. É importante a reunião de todos os envolvidos, periodicamente para o julgamento do Plano de Gestão, para que seja demarcado se houve o empenho de gerenciar. Desse jeito é possível tornar o plano um documento autêntico e de utilidade na metodologia pedagógica. Todo o Plano de Gestão Escolar submerge os aspectos administrativos e pedagógicos, de maneira operacional, gerenciando os Planos Pedagógicos, sendo assim o Plano de Gestão começa a ser um documento que avaliará de tempos em tempos as metas e os objetivos e admitirá o controle do Plano de Ensino, ao longo de quatro anos. A maior importância é a garantia do Plano de Gestão Escolar é de desempenhar um bom funcionamento do Projeto Pedagógico e do Plano de Ensino. 6 SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO É a forma de como se organiza a educação regular no Brasil. Essa organização se dá em sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A Constituição Federal de 1988, com a Emenda Constitucional n.º 14, de 1996 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída pela lei nº 9394, de 1996, são as leis maiores que regulamentam o atual sistema educacional brasileiro. A atual estrutura do sistema educacional regular compreende a educação básica – formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio – e a educação superior. De acordo com a legislação vigente, compete aos municípios atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil e aos Estados e o Distrito federal, no ensino fundamental e médio. O governo federal, por sua vez, exerce, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, cabendo-lhe prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Além disso, cabe ao governo federal organizar o sistema de educação superior. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, é oferecida em creches, para crianças de até 3 anos de idade e em pré-escolas, para crianças 7 de 4 a 6 anos. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, é obrigatório e gratuito na escola pública, cabendo ao Poder Público garantir sua oferta para todos, inclusive aos que a ele não tiveram acesso na idade própria. O ensino médio, etapa final da educação básica, tem duração mínima de três anos e atende a formação geral do educando, podendo incluir programas de preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional. Além do ensino regular, integram a educaçãoformal: a educação especial, para os portadores de necessidades especiais; a educação de jovens e adultos, destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade apropriada. A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciências e à tecnologia, com o objetivo de conduzir ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. O ensino de nível técnico é ministrado de forma independente do ensino médio regular. Este, entretanto, é requisito para a obtenção do diploma de técnico. A educação superior abrange os cursos de graduação nas diferentes áreas profissionais, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processos seletivos. Também faz parte desse nível de ensino a pós-graduação, que compreende programas de mestrado e doutorado e cursos de especialização. A partir da LDB de 1996 foram criados os cursos seqüenciais por campo do saber, de diferentes níveis de abrangência, que são abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino superior. 8 GESTÃO EDUCACIONAL A gestão educacional é uma das instâncias que compõe a gestão governamental, e atualmente vem ganhando destaque na pauta das discussões no âmbito nacional e internacional. Esse fenômeno se explica pela compreensão de que a educação é um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de um país. Deste modo, o tema tem despertado interesse de estudiosos, como também tem crescido a oferta de cursos de formação relacionados a esse campo. Aspectos legais centrais Conforme a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, a educação é um direito social assegurado a todos os brasileiros. Além disso, a Constituição também define a educação como “dever do Estado e da família, a ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”. 9 No tocante ao Poder Público, essa atribuição é racionada entre as diferentes esferas governamentais (União, Distrito Federal, Estados e Municípios), sob a forma de regime de colaboração (CF, Art. 211 e LDB, Art.8º). Em nosso país, a gestão educacional segue a um sistema determinado por orientações gerais sobrevindas da LDB. Segundo Vieira (2002), essas diretrizes vão estabelecer, pela primeira vez em forma de lei, as incumbências para os estabelecimentos de ensino, bem como prevê a flexibilidade no que se refere às formas de organização. Nesse sentido, a escola é a instituição onde esse direito se viabiliza, e sua função é a socialização do saber sistematizado. Essas orientações vieram para atender a necessidade de haver um ensino o mais padronizado possível a nível nacional, seguindo o exemplo de países desenvolvidos. Esferas do Poder Público e suas incumbências A gestão da educação nacional se expressa através da organização dos sistemas de ensino federal (União), estadual e municipal, com suas incumbências e formas de articulação própria no que diz respeito à oferta de educação escolar. Segundo Vieira (2002), as competências dos diferentes entes federativos são: União: assume o papel de coordenar, articular e redistribuir em relação às demais unidades federadas. Compete, também, ao governo federal definir e assegurar as grandes linhas do projeto educacional do país. Estados e Distrito Federal: tem como atribuição especifica o ensino médio. Bem como, a cada uma deles compete “elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com os planos nacionais, integrando as suas ações e as dos municípios. Estados, Distrito Federal e Municípios: apresenta a educação básica como uma atribuição compulsória. Enquanto que a oferta do ensino fundamental é responsabilidade compartilhada dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Municípios: tem como atribuição a educação infantil. Incumbe também “organizar, manter e desenvolver o seu sistema de ensino, integrando-os as políticas e planos educacionais da União e dos Estados”. 10 Regime de colaboração Segundo Vieira (2002), “o regime de colaboração é uma forma de articulação capaz de responder aos crescentes requisitos de uma oferta de educação básica em sintonia com as demandas da sociedade do conhecimento”. No qual, as atribuições estão bem definidas, porém em nem um momento é deixado de lado a principal finalidade de construção de sistema educacional sólido, acessível à população e que tenha um mesmo padrão de qualidade. Em suma, para o alcance do sucesso da gestão educacional deve ser realizada uma articulação estreita entre o conhecimento de suas responsabilidades com a responsabilização de cada instância, trazendo por conseqüência a garantia desse direito inalienável de todos que é a educação. GESTÃO ESCOLAR 11 A Gestão Escolar, anteriormente nomeada Administração Escolar, embora muitas de suas funções que hoje lhe são atribuídas já existissem, é um termo recente. A mudança de denominação não foi apenas na escrita, mas também de concepções teóricas a respeito dessa atividade, e, além disso, reflete as transformações oriundas de um determinado contexto histórico. Origem Normativa No Brasil, um marco normativo foi a Constituição Federal de 1988 que institucionalizou a “Gestão Democrática do Ensino Público”, sendo dessa forma assegurada como o princípio da educação pública. A partir dessa lei a organização escolar ganha um novo perfil, agora não mais embasada nas conjeturas da administração, mas, sim, nos princípios da Gestão, por possuir um caráter mais democrático. Outro marco foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394, de 1996, que vem unir forças com a Constituição de 1988, e com o mesmo objetivo, surge para assegurar o princípio da Gestão Democrática do Ensino Público. Essa é a primeira das leis de educação a dispensar atenção particular à gestão escolar, esta se situa no âmbito da escola e diz respeito a tarefas que estão sob sua esfera de abrangência. Particularidades da instituição escolar A partir de então, a escola passa a ter uma nova função social, pois esta se relaciona aos diferentes momentos da história que varia ao longo do tempo; e assume distinta configuração na política educacional. Consequentemente, suas incumbências modificaram-se, como detalha Vieira (2005): A elaboração e a execução de uma proposta pedagógica são as primeiras e as principais das atribuições da escola. A proposta pedagógica é, com efeito, o norte da escola, definindo caminhos e rumos que uma determinada comunidade busca para si e para aqueles que se agregam em seu torno. A escola tem como tarefa especifica a gestão de seu pessoal, de seus recursos materiais e financeiros. 12 Acima de qualquer outra dimensão é incumbência da escola zelar pelo ensino e a aprendizagem, que é a sua razão de ser. Uma importante dimensão da gestão escolar é a relação com a comunidade (Art. 12 da LDB). Autonomia das escolas É importante salientar um importante aspecto da gestão escolar que é a autonomia das escolas para prever formas de organização que permitam atender as peculiaridades regionais e locais, às diferentes clientelas e necessidades do processo de aprendizagem (LDB, Art. 23). Segundo Vieira (2005), nesse mesmo sentido, outras medidas são previstas em lei com o objetivo de promover uma cultura de sucesso escolar para todas as crianças. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DA QUALIDADE A gestão da qualidade pode ser definida como sendo qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização no sentido de possibilitar a melhoria de produtos/serviços com vistas a garantir a completa satisfação das 13 necessidades dos clientes relacionadas ao que está sendooferecido, ou ainda, a superação de suas expectativas. De acordo com a especialista em educação Heloísa Lück: “A gestão escolar aborda questões concretas da rotina educacional e busca garantir que as instituições de ensino tenham as condições necessárias para cumprir seu papel principal: ensinar com qualidade e formar cidadãos com as competências e habilidades indispensáveis para sua vida pessoal e profissional.” Para desempenhar tal função, existem 6 pilares da Gestão Escolar a serem considerados: Gestão Pedagógica, Gestão Administrativa, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Gestão de Comunicação, Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos. Ter essa divisão em mente e dar a devida atenção a cada um dos pilares, ajuda os gestores a terem visibilidade de seu trabalho e atuar com maior foco em cada necessidade de cada vez. 1. Gestão Pedagógica O planejamento dos propósitos, conteúdos e métodos relacionados diretamente à educação. É por meio da gestão pedagógica que se define quais são os parâmetros de ensino-aprendizagem que sua escola irá adotar. Para tanto, é preciso analisar também as etapas que se precedem e sucedem o momento do aprendizado em si. Enquanto os propósitos direcionam o norte da educação, as metodologias irão adentrar o campo da viabilização, através de materiais e treinamento de professores que permitirão atingir esses objetivos. A absorção e o engajamento dos alunos durante a aula serão reflexos destas etapas anteriores, mas deverão ser acompanhados de perto pelos professores que precisam estar bem alinhados e motivados aos propósitos definidos. 14 Através de uma metodologia voltada à experiência, por exemplo, é possível medir resultados já durante as aulas e não apenas esperar para avaliar o desempenho por meio de provas posteriores. 2. Gestão Administrativa Estabelecer o cuidado e manutenção da estrutura da escola que garantam seu funcionamento. O que inclui recursos físicos, materiais e financeiros. Dentro deste processo se encontram desde o cuidado e a manutenção patrimonial até as rotinas da secretaria. Basicamente, se trata de manter o ambiente organizado por meio de diretrizes que não atrapalhem, mas muito pelo contrário, permitam a fluidez e otimização da Gestão Pedagógica. Por isso a importância de manter o ambiente limpo, todos os materiais disponíveis e até as tecnologias da informação adequadas que permitam melhorar o trabalho de todos no dia a dia. Para escolas conservadoras, a gestão administrativa é suficiente. Porém os recursos são apenas o cenário. A gestão adequada insere os alunos no centro de interesse e usa dos recursos para atender aos objetivos centrais da educação. 3. Gestão Financeira Enquanto a gestão administrativa aponta para as necessidades estruturais da escola, a gestão financeira viabiliza esses recursos através das finanças que precisam estar equilibradas e saudáveis. Em resumo, elas precisam andar de mãos dadas. Para isto, é preciso ter controle de contas a pagar e a receber, visualização clara de gastos fixos e variáveis, medidas para problemas como o da inadimplência tanto quanto um trabalho voltado à captação de novas matrículas. 15 Além de visão, na prática também será preciso investir em softwares e ter profissionais aliados de contabilidade e administração que permitam uma gestão segura dos recursos financeiros da escola. 4. Gestão de Pessoas Para que a escola funcione harmoniosamente diante de todos os pilares, como uma orquestra em sinfonia, é preciso considerar toda a comunidade escolar, ou seja, todas as pessoas direta ou indiretamente envolvidas. Portanto, a gestão de recursos humanos inclui especialmente alunos, professores, coordenadores, funcionários, fornecedores e pais. Em geral, todos aqueles que podem afetar de alguma forma os objetivos estabelecidos. Um outro ponto é que, apesar de que os gestores precisam desenvolver a visão do processo completo, será preciso dividir os papeis de atuação mais próximos de cada função, entre gestores, coordenadores e professores. Diante das pessoas, é preciso se lembrar do papel de liderança que engaja e estimula a todos dentro dos mesmos ideais, mas estipulando os papeis e funções de cada um. Os líderes são capazes de manter o respeito e o entrosamento que favorece o trabalho em equipe, sempre incentivando e orientando para extrair o melhor das pessoas. 5. Gestão da Comunicação A comunicação está ligada diretamente à gestão de recursos humanos. Afinal diz respeito à troca entre transmissão e recepção da mensagem por pessoas. Por mais intangível que pareça, é por meio de uma boa comunicação que muitos problemas são evitados ou minimizados. Se achar melhor, pode organizá-la entre interna e externa. 16 Entre algumas métricas que garantem a qualidade dessa gestão no ambiente escolar estão: garantir que professores estejam alinhados e engajados com as propostas da escola, assim como os alunos focados no aprendizado e pais conscientes de sua importância nos estudos dos filhos. Apesar dos vários meios, o mais importante é garantir que as informações foram recebidas e compreendidas pela outra ponta. Da mesma forma, saber ouvir e considerar as opiniões e possíveis respostas que surjam a partir daí. Na prática, as escolas podem se comunicar com a comunidade escolar através de murais, aplicativos, e-mails ou reuniões, por exemplo. Quanto mais objetiva e generalizada a informação, maior é a chance de usar um método impessoal como um aplicativo. Já um feedback comportamental sobre um aluno a seus pais ou mesmo ou uma orientação voltada a um funcionário, devem ser feitas com maior cautela e de preferência pessoalmente. 6. Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos O tempo é um dos grandes recursos que precisam ser considerados para estabelecer prioridades e garantir o foco no cumprimento de tarefas. De acordo com pesquisas, os gestores escolares passam a maior parte de seu tempo imersos em tarefas operacionais, enquanto “apagam incêndios” cotidianos. Já o planejamento a médio e longo prazo acabam sendo deixados para segundo plano, mesmo sabendo que este deveria ser o foco principal para os gestores. Dessa forma, estabelecer listas de prioridades, funções bem delimitadas entre os colaboradores e ainda desenhar processos assim como maneiras de automatizá-los no dia a dia, fazem parte de uma gestão de tempo eficiente. Será um exercício constante em favor do aumento da produtividade, garantindo assim maior previsibilidade de desafios e potenciais. 17 CONCEITOS E PRÁTICAS DA GESTÃO ESCOLAR Gestão escolar com base no princípio democrático não escapa da condição histórica em que se produz e se reproduz em tempos e espaços dos mais complexos. Uma dúvida emerge, por exemplo, no bojo das condições históricas do Brasil e do Distrito Federal: é possível uma democracia plena no Brasil contemporâneo? Para compreender a complexidade dessa provocação, se parte de alguns conceitos, necessários à elucidação: Escola Pública, Gestão Escolar, Participação, Democracia, Gestão Compartilhada e Gestão Democrática. Parte-se do princípio de que esses conceitos estão situados histórica, social e culturalmente. Considera-se Escola Pública como um espaço democrático, de liberdade, expressão e vivência da diversidade, de compromisso ético-político, de fomento do estudo, da pesquisa e exercício da cidadania. Tal escola que se pensa situa- se no contexto do Distrito Federal atual no nível utópico, de maneira que se vislumbra no porvir o que ainda não se experimenta na prática no sentido pleno. Essa compreensão situa o ser que pensa, sente e age na dinâmica da esperança e da utopia, de maneira que Boff identifica o lugar de onde se parte o desejo de mudança com sabor de consciência e luta: “A utopia é guardada pelos oprimidose marginalizados. São eles que sonham e são os portadores da consciência subversiva e perigosa” (1997:58). Boff, em sua trajetória de compromisso com uma teologia pé no chão, vista a partir dos crucificados latinos americanos, além de uma nova abordagem 18 voltada para uma leitura ético-ecológica, tem contribuído com a construção de uma sociedade pautada nos direitos humanos e em um mundo sustentável econômica, social e politicamente. Neste sentido, a utopia que parte dos oprimidos tem um significado muito especial porque sinaliza mudanças por meio da subversão da ordem dominante. O desejo de uma sociedade diferente, mais humana, fraterna, justa e solidária perpassa toda a condição humana, inclusive no interior da escola pública que, pensada sob uma ótica crítica e humanizante, revela práticas e sonhos que se misturam em um mesmo caminho que tende à realização plena. Subverter e tornar-se um perigo é condição para a mudança do indesejável, é ponte de construção da vida respeitada e digna no aqui e agora, com vista ao futuro como continuidade. Nota-se que o conceito de público foi se descaracterizando ao longo dos tempos, o que se percebe no imaginário coletivo, muitas vezes produzido por uma ideologia dominante: o público como algo desprezível, precário, sujo, sem valor e deteriorado. Esses adjetivos foram construídos dentro de um processo histórico concreto e ancorados por uma determinada maneira de ver o mundo. Escola pública é uma designação que encerra dois termos amplamente discriminados, tanto no plano governamental, via políticas públicas agressivas e de ataque à qualidade sociocultural, quanto no plano do imaginário coletivo que por parca visão crítica ou por uma introjeção de interesses e ideais burgueses, são incapazes de ver os fatos além do palpável e reproduzem o modo de pensar e de agir de determinada liderança política. Tratar a escola pública como espaço de relações dialógicas e comprometida com a ética permite uma noção da responsabilidade coletiva, para além da mera culpabilização. A comunidade escolar é ampla e por isso não se resolve os problemas pedagógicos e administrativos de uma escola esperando apenas por uma ação unilateral. Todos têm a sua contribuição a dar, desde que se pense e respire o poder de maneira participativa, claro que em sua efetividade. Neste contexto, a gestão escolar tem um lugar real em determinada concepção e atuação na escola. 19 Gestão Escolar é, antes de tudo, uma questão política, muito além da pura ação técnico-burocrática. Isso indica, a priori, que não se exclui a técnica, a burocracia, mas estas não devem sobrepujar a dimensão ético-política da Gestão Escolar, se quiser Administração da Educação ou Administração Escolar. Evidentemente, essas três terminologias são semelhantes no uso, porém distintas no que tange à prática e à concepção dentro de uma dada conjuntura/estrutura socioeconômica, política, ideológica e educacional, principalmente quando assumidas em uma perspectiva governamental, vivenciadas no interior da escola pública e pensadas pelas lideranças sindicais e estudiosos que se empenham em confrontar diferentes tendências e destacar limites e explicitar proposições. Concebe-se que uma gestão escolar está intrinsecamente vinculada aos projetos, políticas públicas e tendências metodológicas e epistemológicas que se construíram no bojo das condições históricas e Paro identifica essa condição, ao conceber que: As atividades sejam administrativas, sejam pedagógicas, carecem de um exame minucioso do ponto de vista ético-político, no sentido de verificar qual 20 perfil e cosmovisão está presente na formulação, operacionalização e avaliação de projetos, programas e políticas educacionais. Paro ajuda a entender alguns aspectos que visibilizam a necessidade de conexão entre o exame da totalidade dos eventos históricos e a administração escolar: a ligação da administração escolar à totalidade social, o lugar social onde se encontra os condicionantes, dos mais diversos e a interdependência entre a maneira como a sociedade está organizada e a práxis de gestão escolar. Isso implica dizer que uma gestão da educação jamais pode pretender ser neutra, distante do dinamismo social, político, econômico, cultural, científico e etc. Ao exercer a sua função, no interior da escola, o gestor(a), como educador que é, deve ser sensível às grandes transformações que ocorrem no mundo, em seu país e localidade. Por isso Paro aponta em sua reflexão uma condição intrínseca do ser humano: ser sujeito e produto da história. Enquanto sujeito, ele (a) age sobre a natureza, constrói teias de relações e formata um tipo de mundo, enquanto produto, sente impactado tanto por aquilo que ele (a) mesmo produziu como pelo que foi produzido. Neste sentido, o exame da práxis pedagógico-administrativa é atravessado por um exame da totalidade social, sendo que cada dimensão possui a sua dinâmica própria, mas ambas sentindo interferência de um mesmo processo histórico: a mutabilidade progressiva e contínua. A concepção técnico-científica, por sua vez, tem uma visão burocrática e tecnicista de escola e dos procedimentos teórico-metodológicos da gestão escolar. Dessa forma, a organização escolar é percebida e respira uma realidade objetiva, técnica, neutra e tem como preocupação central a eficiência, eficácia e produtividade, menos a qualidade social. Com essa feição, a direção se torna antidemocrática, centralista e o poder é assumido de forma arbitrária. Contraposta a esta tendência, emerge a sociocultural, a que insere o pensar e o fazer administrativo-pedagógico no porvir, na trama das contradições históricas. Nesta concepção, a participação afetiva encontra um lugar muito significativo. Apesar da fragilidade e até do esvaziamento do uso do termo participação, o seu significado permanece operando em diferentes situações e lugares e 21 Bordenave aponta a participação como uma necessidade de nosso tempo e vinculada a uma indignação ética, ao evidenciar que: O tratamento da participação como condição de possibilidade e de potencialização da mudança é notável em Bordenave. Sua percepção acerca da atualidade, indignação popular e positividade que essa categoria representa no bojo dos acontecimentos, cenários e relações de poder dizem muito sobre o que de fato se pode conceber por participação. Por essa razão, pode-se entrever que a dimensão participativa em sua efetividade não tem a ver com modismo, nem está vinculada a uma situação de privilégio. Tem a ver, sim, com uma lógica social marcada por descontentamento, insatisfação e tensionamento entre o poder instituído (Estado) e os sujeitos de direitos. Gestão Democrática é uma tendência de gestão da escola pública que tem sido campo de debate, de sonhos e proposições. A constituição Federal, a LDB 9393/96, o Documento Referência do CONAE 2010 e intelectuais comprometidos com essa preocupação têm explicitado a urgência dessa gestão como princípio que implica na melhoria da qualidade social. O entendimento do que seja gestão democrática tem seu contorno ético político e epistemológico, de maneira que Rocha & Silva apresentam uma percepção muito importante, ao dizer que: 22 Do ponto de vista prático, não se pode falar de participação apenas com um entendimento de que participar é questão de vontade, interesse e disposição. Participação efetiva não tem a ver com espontaneísmo, nem com mera vontade. Tratasse de um jeito de conceber e vivenciar o poder e de um embate político para assegurar a condição de poder decidir. Por essa razão, Rocha & Silva interpela o gestor (a) a uma releitura do espaço escolar, ao ideal de qualidade e de democracia. Participação e qualidade pedagógica pressupõem a presença e o poder decisório da comunidade, o queexige a adoção da escola com sua natureza inalienável: pública, gratuita e de qualidade social. Ao adentrar na esfera do poder ser, cada desejo de mudança emerge como força capaz de quebrar as correntes que amarram o sentido profundo da democracia, aquela que deve ser essencialmente participativa, caso contrário, não passará de engodo, maquiagem, pseudodemocracia. Essa noção exige uma proposta que, embora provisória, porque inconclusa, possa contribuir no processo de atingimento de uma democracia que leve em consideração o exercício da cidadania, a autonomia e os direitos humanos. 23 O CONCEITO: GESTÃO DA QUALIDADE A conceituação de qualidade da educação, ou do ensino, precisa ser mais esclarecida na sua dimensão gerencial. Não faz sentido negar as dimensões formal e política da educação, ou seja, • qualidade formal: competência para produzir e aplicar métodos, técnicas e instrumentos • qualidade política: aquela que se refere à competência para projetar estratégias de formação e emancipação das novas gerações, de sujeitos sociais capazes de definir por si próprios o seu destino histórico. Todavia, a qualidade em educação pode e deve ser vista sob a perspectiva das seis dimensões da qualidade (qualidade intrínseca, custo, atendimento, moral, segurança e ética). Restringir a conceituação de qualidade do ensino ao seu aspecto político-pedagógico constitui um grave equívoco. O que confere a característica de totalidade à qualidade da educação é o atendimento às seis dimensões simultaneamente [Xavier (1995)]. Desde os tempos de Frederick W. Taylor até os dias de hoje, vários modelos gerenciais foram descritos e utilizados pela maioria das organizações. Cada novo modelo gerou consideráveis melhorias nas formas de gerenciamento das organizações. Infelizmente, o sistema educacional brasileiro não parece ter sido beneficiado por essas mudanças, e os avanços nessa direção têm sido decepcionantes. Quem se dedicar à análise do funcionamento dos sistemas de ensino acabará por encontrar provas evidentes de que a gestão é uma componente decisiva da eficácia escolar, tão rara de se encontrar no sistema educacional brasileiro, principalmente no ensino fundamental. Em virtude dessa situação, torna-se necessário adotar uma postura gerencial moderna e eficaz, para que os ventos da mudança criativa e inovadora soprem também para a educação. 24 A Gestão da Qualidade Total, exemplo de excelência gerencial nas empresas, pode contribuir de maneira significativa para a melhoria do ensino no Brasil. As reais mudanças começam a ocorrer quando os princípios, conceitos e fundamentos da GQT se integram à cultura da organização, ao dia-a-dia das pessoas e dos processos organizacionais. Os verdadeiros benefícios oriundos da GQT são parte natural da implementação de um programa de melhoria contínua e consistente, que ajuda a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais da educação e do trabalho que realizam [Batista (1994)]. As características essenciais dos sistemas educacionais [Xavier (1995)] para que a gestão da qualidade total possa ocorrer são: • O comprometimento político dos dirigentes; • A busca por alianças e parcerias (públicas e privadas); • A valorização dos profissionais da educação; • A gestão democrática; • O fortalecimento e a modernização da gestão escolar; • A racionalização e a produtividade do sistema educacional. Para que a efetiva implantação desse modelo gerencial ocorra, torna-se imprescindível a presença dos processos de educação e treinamento. Não existe qualidade total ou gestão da qualidade sem esses dois componentes vitais, porque permitem a aquisição de habilidades específicas necessárias ao novo paradigma gerencial. Treinamentos só são efetivos quando as pessoas treinadas têm como base a educação incentivada desde o âmbito familiar, que acompanha o ser humano até a fase adulta [Longo (1995)]. É essa educação, no seu sentido mais amplo, que permite que a mudança de paradigmas gerenciais, processo muitas vezes doloroso e difícil, que deve ser feito com método e não simplesmente com apelo à boa vontade das pessoas, ocorra de forma menos traumática, pois dará às pessoas condições de visualizar um futuro em que o crescimento, eficiente e eficaz, do individuo e da organização permitirá a obtenção do objetivo principal da qualidade total, que é a satisfação 25 e a melhoria da qualidade de vida dos clientes internos e externos das organizações. As instituições de ensino que pretendem atingir a excelência em seus serviços por meio de um sistema de gestão da qualidade devem reunir as seguintes características: • Foco centrado em seu principal cliente — o aluno; • Forte liderança dos dirigentes; • Visão estratégica (valores, missão e objetivos) claramente definida e disseminada; • Plano político-pedagógico oriundo de sua visão estratégica e definido pelo consenso de sua equipe de trabalho; • Clima positivo de expectativas quanto ao sucesso; • Forte espírito de equipe; • Equipe de trabalho consciente do papel que desempenha na organização e de suas atribuições; • Equipe de trabalho capacitada e treinada para melhor desempenhar suas atividades; • Planejamento, acompanhamento e avaliação sistemáticos dos processos; 26 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR NA EFETIVAÇÃO DA QUALIDADE DE ENSINO O gestor deve dessa maneira, atuar como elo de ligação entre todo o corpo escolar, agindo como líder, se portando a frente do processo de organização da instituição. Em suma, é preciso considerar que a gestão democrática da educação formal deve estar associada ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa educação universalizada, são questões que estão relacionadas nesse debate. Esses processos devem garantir e mobilizar a presença dos diferentes atores envolvidos, que participam no nível dos sistemas de ensino e no nível da escola. Como dito anteriormente, esta proposta está presente hoje em praticamente todos os discursos da reforma educacional no que se refere à gestão, constituindo um novo senso comum, seja pelo reconhecimento da importância da educação na democratização, regulação e progresso da https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-importancia-da-gestao-escolar-na-efetivacao-da-qualidade-de-ensino/52573 27 sociedade, seja pela necessidade de valorizar e considerar a diversidade do cenário social, ou ainda a necessidade de o Estado sobrecarregado aliviar-se de suas responsabilidades, transferindo poderes e funções para o nível local. Partindo disso, pensar a gestão para a autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na ideia de liberdade total ou independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve ser muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de direcionamento camuflado das decisões, ou a desarticulação total entre as diferentes esferas, ou o domínio de um determinado grupo, ou, ainda, a desconsideração das questões mais amplas que envolvem a escola. Desse modo, é preciso entender a gestão escolar como um modelo que comporta todos os envolvidos na criação controlandoa execução de políticas que melhorem a realidade de cada comunidade escolar. Portanto, conhecer todo o processo educacional desde a parte administrativa até a sala de aula é essencial para o aperfeiçoamento do ensino. Faz-se necessário estar a par de toda a realidade escolar para que possamos crescer profissionalmente e pessoalmente sempre trazendo uma proposta que é de valor e responsabilidade coletiva: a Gestão Democrática no Ensino. Planejamento escolar bem definido Esse é o primeiro passo para uma gestão escolar de qualidade. Quando é bem definido, o planejamento deve abranger todas as áreas da escola — da área pedagógica até o financeiro. E esse planejamento deve ocorrer antes do início de cada ano letivo, para que haja tempo hábil de traçar objetivos, estratégias para alcançá-los e metas a serem cumpridas. Portanto, ele deve estabelecer cada item citado para curto, médio e longo prazo. Na verdade, o planejamento escolar bem definido é fundamental para que a instituição lide bem com os imprevistos, pois, para vencê-los, faz-se necessário 28 preparar-se com antecedência. Logo, ao levantar problemas que ocorreram no passado, é possível traçar um plano de ação contra a sua recorrência no futuro. Já a área financeira da escola deve ter todos os gastos em uma planilha ou sistema de gestão, para que os gestores consigam definir quais áreas podem receber mais ou menos recursos. Gestão financeira apropriada Em uma instituição de ensino, o cuidado com a gestão financeira não é só uma habilidade administrativa que visa o lucro. Embora se trate de uma empresa que também precisa seguir o princípio da onerabilidade, existem outras implicações. Com a gestão adequada, a instituição pode investir em recursos que repercutem na qualidade acadêmica. As ferramentas pedagógicas e tecnológicas exercem uma grande influência no resultado obtido e, por isso, poupar dinheiro para essas aquisições deve ser uma prioridade. Comunicação entre os membros da equipe Qualquer equipe produz com mais eficiência quando existe uma boa comunicação entre os seus membros. Aliás, a comunicação entre os membros de uma equipe permite que seja criado um ambiente baseado numa relação de confiança e fundamental para que você consiga realizar uma boa gestão escolar. Você conhece todos os membros de sua equipe? Sabe quais são seus pontos fortes e fracos? Afinal, conhecer cada integrante é importante para que você tenha um time unido em prol de um objetivo comum: ensinar com excelência. Além disso, as reuniões em equipe e de feedback são fundamentais para que as questões, críticas e ideias possam ser debatidas com clareza, sem interferências. Quando você conhece todas as pessoas que fazem parte do seu time, fica mais fácil delegar tarefas para que elas sejam realizadas com sucesso. 29 Portanto, cabe ao gestor escolar ter sempre humildade e vontade de aprender com o seu time, pois isso o colocará a par de todos os processos que envolvem as atividades da escola. Gestão descentralizada Apesar de você ser o gestor escolar, há toda uma equipe com profissionais especializados em suas áreas de atuação dispostos a ajudar na realização do seu trabalho. Então, dito isso, existe algum motivo para centralizar todas as decisões e processos em você? Independentemente do tamanho da escola em que você trabalha, não existe a necessidade de saber todos os detalhes de todos os projetos que acontecem nela. Na verdade, a gestão descentralizada é importante para a educação, pois estimula a boa comunicação e valoriza os profissionais que têm talento e disposição para ajudar. Apesar de cada profissional poder liderar uma área ou projeto específico, você ainda pode ter acesso às informações por meio de reuniões periódicas. Informação e participação As reuniões periódicas também são importantes para que haja troca de informações e a participação de todos os profissionais envolvidos nos processos escolares. E essas reuniões devem estimular uma comunicação transparente e a participação de todos, pois isso faz com que a relação de confiança entre os envolvidos seja mantida. Isso ainda permite que as decisões corretas possam ser tomadas com mais segurança, já que esse processo passa a ser mais democrático, com as opiniões de todos sendo ouvidas e discutidas. Comunicação eficaz com pais e mães de alunos 30 Para que você consiga desenvolver uma gestão escolar de qualidade, pais e mães de alunos também devem ser considerados afinal, tudo o que se planeja diz respeito aos filhos dessas pessoas. Quanto a isso, é natural que pais e mães queiram saber tudo o que ocorre dentro das escolas em que seus filhos estudam, portanto, uma boa relação com eles é fundamental para que haja uma relação de confiança. As reuniões de pais e mestres podem ser utilizadas para manter esse canal sempre aberto, assim como o site da instituição ou grupos em redes sociais. Nesses contextos, o planejamento estratégico pode ser apresentado para mostrar o quanto a escola se importa com seus alunos. Porém, vivemos em uma sociedade agitada em que as pessoas têm uma quantidade escassa de tempo. Nesse contexto, cabe à instituição recorrer a outros meios para se fazer presente na vida de pais e alunos. Por esse motivo da falta de tempo, muitas pessoas estão usando a tecnologia e desenvolvendo aplicativos. Eles são um meio eficaz de comunicação com os pais, que promovem uma interação constante e simplificada. Estes recursos permitem que os responsáveis acessem comunicados em seus dispositivos móveis, por exemplo. Também é possível acompanhar a situação acadêmica do aluno com muita facilidade, o que facilita o seu envolvimento com a vida escolar de seus filhos. Os portais também são uma alternativa excelente para facilitar a comunicação com a família e engajá-la no processo de ensino e aprendizagem. Por meio de um site com acesso restrito os pais conseguem resolver pendências financeiras, enviar documentos exigidos, entre outras coisas. Eles também podem solucionar as questões necessárias em horários que vão além do expediente normal, evitando a interrupção de atividades diárias. 31 Priorização das necessidades do aluno Tendo em vista que o maior objetivo de uma escola é manter um sistema de ensino de excelência, é natural que a prioridade em suas ações seja sempre o benefício dos alunos. Afinal, quando priorizamos o aluno, garantimos um ambiente propício para o ensino de qualidade. Portanto, faça com que sua equipe esteja sempre próxima dos alunos. A comunicação com eles pode criar oportunidades ricas de interação e sugestões criativas para processos complicados — inclusive aqueles para os quais ninguém enxerga uma solução. Valorização do profissional de ensino Esse é um aspecto essencial para a qualidade de uma instituição de ensino. Afinal, o ensino de qualidade depende indiscutivelmente da contratação, manutenção e motivação de um grupo de professores altamente capacitados. 32 Eles precisam ser especialistas não só na área de conhecimento que se propõem a ensinar. O domínio dos métodos mais eficientes para alcançar os objetivos pedagógicos também é um requisito essencial para exercer essa função. Para isso, é preciso que a escola ofereça uma remuneração justa. Ela deve ser compatível com a competência desses profissionais e os valores praticados pelas melhores instituições de sua área de atuação. Além disso, é importante que a escola garanta a esses profissionais as condições ideais para exercerem o seu papel com maestria. É preciso oferecer recursos pedagógicos e tecnológicos indispensáveis, além de desonerá-los ao máximo de tarefas burocráticas. Por que isso é importante? Porque quem vive a realidade escolar sabe que o funcionamento de uma instituição depende de diversasatividades burocráticas. Muitas dessas burocracias são exigências de órgãos oficiais, e não podem ser ignoradas. Porém, quando a escola não conta com ferramentas de automação eficientes, essas atividades consomem uma boa parte do tempo e energia dos educadores. Entre corrigir provas, entregar o diário na data estipulada ou elaborar uma aula mais atrativa, o professor não precisa gastar seu tempo com tarefas que podem ser automatizadas. Isso não acontece em uma instituição preparada: ela deixa o docente livre para usar todo o seu tempo e potencial criativo na elaboração de aulas, atividades e avaliações mais interessantes e profundas. O resultado é visto no aspecto acadêmico: alunos mais interessados e engajados, aprendizagem significativa, melhor desempenho dos estudantes e indicadores positivos nas avaliações oficiais e vestibulares. 33 Atenção a indicadores As escolas têm um papel social e humano inquestionável. Porém, sua capacidade de promover a qualidade e tornar-se uma referência em ensino depende também de uma análise adequada de indicadores. Quando a escola adota a mesma postura que as empresas e passa a avaliar suas ações seguindo um modelo data-driven (dirigido por dados), ela consegue elevar sua performance a um novo patamar. Por isso é fundamental contar com um sistema que facilite a análise dos dados. O primeiro passo para isso é o fornecimento de relatórios e gráficos que ajudam a avaliar o desempenho dos alunos nas diferentes turmas e disciplinas. Essas informações são valiosíssimas para identificar as dificuldades que os alunos enfrentam e detectar sua origem. Assim, a equipe de gestão pedagógica pode intervir de forma efetiva para solucionar problemas atuais e agir preventivamente para que eles não ocorram novamente. Um coordenador pode perceber, por exemplo, que suas turmas do primeiro ano do Ensino Médio têm um desempenho muito baixo em Física e Matemática. Ao analisar a questão a fundo, ele pode perceber que existe uma defasagem quanto ao ensino de Matemática no Fundamental I que está repercutindo no resultado dos estudantes. Neste caso, a escola pode atuar de diversas formas: pode oferecer um programa adicional para esses alunos e alterar a grade do Ensino Fundamental I, para que os atuais alunos deste nível não enfrentem o mesmo problema no futuro. Esses são apenas alguns exemplos. Porém, para fazer esse diagnóstico e propor as medidas adequadas, a equipe pedagógica precisa contar com ferramentas adequadas. Sem a automação, a rotina corrida desses profissionais dificilmente permitirá que eles dediquem tempo à elaboração desses relatórios. 34 Aperfeiçoamento constante A cada dia surgem novidades que afetam a nossa maneira de consumir informação, realizar as tarefas do dia a dia e até mesmo solucionar grandes problemas sociais. Portanto, se as ciências e a tecnologia (entre tantas outras áreas) vivem em permanente evolução, as instituições de ensino também não podem ficar paradas no tempo. Elas precisam seguir esta marcha rumo ao progresso e preparar seus estudantes para esta realidade. Por isso, o aperfeiçoamento constante precisa fazer parte da rotina de uma escola. Isso envolve a capacitação contínua dos seus gestores e docentes, bem como a adoção de novos recursos tecnológicos. O estudo profundo de temas relevantes para a educação precisa fazer parte de um cronograma de reuniões pedagógicas. Os docentes precisam ter contato não só com a teoria, mas debater como podem ser colocados em prática e avaliar sua aplicação em sala de aula. 35 Também é preciso colocar a tecnologia a serviço da aprendizagem. Hoje o professor já pode disponibilizar arquivos de vídeo, áudio, infográficos, slides e muitos outros recursos pedagógicos para suas turmas via web. Ele também pode indicar plataformas de exercícios extras. Nelas, os alunos vão exercitar seus conhecimentos e obter respostas automáticas, tornando-os aprendizes muito mais autônomos e responsáveis. Esta é uma forma de mostrar aos estudantes que a escola já não é mais detentora de todo o saber. Eles precisam descobrir como usar os recursos disponíveis na rede para se tornarem protagonistas de sua própria aprendizagem e sucesso. Otimização do quadro de horários Faz parte da rotina do gestor escolar definir o quadro de horários da escola. E, para que ele seja realmente eficiente, você pode contar com o auxílio de softwares que ajudam na gestão escolar. Por meio deles, é possível reduzir ao máximo das janelas de espera, economizar dinheiro com o pagamento de horas não trabalhadas e fazer qualquer ajuste em tempo real que seja necessário, pois as viabilidades são apresentadas com mais rapidez. Automatizar os processos Por fim, como você notou até agora, uma gestão escolar de qualidade permite a criação de uma escola moderna e atualizada com as mudanças do contexto social, econômico e político em que vivemos. Para que isso ocorra com eficiência, você pode contar com um software de gestão escolar que ofereça soluções integradas e atualizações frequentes, que pode ser acessado de qualquer lugar e que salve os seus dados na nuvem. 36 Com um software completo e descomplicado, é possível contar com todas as ferramentas que você precisa para gerenciar a escola de forma simples, sem complicações. Na secretaria, a equipe ainda ganha um aumento no rendimento: os tempos de atendimento e dedicados ao retrabalho são reduzidos. Já o time financeiro da escola passa a manter as finanças em dia, controlando receitas, despesas e fluxo de caixa em uma única tela, em que é possível cruzar dados e informações. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Considerando o Projeto Político Pedagógico essencial para o bom funcionamento da escola, faremos uma abordagem teórica acerca do tema, que diante dos desafios da pós-modernidade é considerado pertinente a todos os envolvidos no processo educacional. O Projeto Político Pedagógico é antes de tudo a expressão de autonomia da escola no sentido de formular e executar sua proposta de trabalho. É um documento juridicamente reconhecido, que norteia e encaminha as atividades desenvolvidas no espaço escolar e tem como objetivo central identificar e solucionar problemas que interferem no processo ensino aprendizagem. Esse projeto está voltado diretamente para o que a escola tem de mais importante “o 37 educando” e para aquilo que os educandos e toda a comunidade esperam da escola – uma boa aprendizagem. O Projeto Político Pedagógico é um caminho traçado coletivamente, o qual se deseja enveredar para alcançar um determinado objetivo. Deste modo, ele deve existir antes de tudo porque define-se como ação que é anteriormente pensada, idealizada. É tudo aquilo que se quer em torno de perspectiva educacional: a melhoria da qualidade do ensino através de reestruturação da proposta curricular da escola, de ações efetivas que priorize a qualificação profissional do educador, do compromisso em oportunizar ao educando um ensino voltado para o exercício da cidadania, etc. É através de sua existência que a escola registra sua história, pois é conhecido como “um conjunto de diretrizes e estratégias que expressam e orientam a prática político-pedagógica de uma escola”. É um processo inacabado, portanto contínuo, que vai se construindo ao longo do percurso de cada instituição de ensino. O projeto se dá de forma coletiva, onde todos os personagens direta ou indiretamente, pais, professores, alunos, funcionários, corpo técnico-administrativo são responsáveis pelo seu êxito. Assim, sua eficiência depende, em parte, do compromisso dos envolvidos em executá-lo. 38 Veiga (2001), define o Projeto Político Pedagógico assim: Etimologicamente o termo projeto - projetare – significa prever, antecipar,projetar o futuro, lançar-se para frente. A partir desse entendimento, construímos um projeto quando temos uma demanda para tal, quando temos um problema. Assim, falar de projeto é pensar na utopia não como o lugar do impossível, mas como o possível de ser realizado e não apenas do imaginário e desmedido como apresenta inicialmente. O desejo de mudança, a possibilidade real de existir, de É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem para chegar a que resultados. Além disso, explicita uma filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a clientela. É a valorização da identidade da escola e um chamamento à responsabilidade dos agentes com as racionalidades interna e externa. Esta idéia implica a necessidade de uma relação contratual, isto é, o projeto deve ser aceito por todos os envolvidos, daí a importância de que seja elaborado participativa e democraticamente. (p.110) 5 O projeto é político por estar introjetado num espaço de sucessivas discussões e decisões, pois o exercício de nossas ações está sempre permeado de relações que envolvem debates, sugestões, opiniões, sejam elas contra ou a favor. A participação de todos os envolvidos no Projeto Político Pedagógico da escola, as resistências, os conflitos, as divergências são atos extremamente políticos. Logo, concordamos com Aristóteles, quando afirma que “todo ato humano é um ato político”. O projeto é pedagógico por implicar em situações específicas do campo educacional, por tratar de questões referentes à prática docente, do ensino aprendizagem, da atuação e participação dos pais nesse contexto educativo, enfim, de todas as ações que expressam o compromisso com a melhoria da qualidade do ensino. A dimensão política, a forma social é a forma coletiva, na qual alunos, professores, supervisores, orientadores, funcionários e responsáveis por alunos discutem o Projeto Político Pedagógico. Todos nós planejamos nosso dia-a-dia, sistematicamente ou não. É através das discussões e das necessidades individuais, tornadas coletivas, que o Projeto Político Pedagógico passa a ser desenhado na cabeça das pessoas. Ao referir-se a essas dimensões política e 39 pedagógica do Projeto, encontramos em Marques apud Silva (2000), apoio, quando expressa: O projeto político pedagógico tem um caráter dinâmico e não acontece porque assim desejam os administradores, mas porque nos preocupamos com o destino das nossas crianças, da escola e da sociedade e ansiamos por mudanças. PRATICAS GESTÃO ESCOLAR Ser uma escola reconhecida pela excelência e referência não é um caminho simples de percorrer. A maneira como uma instituição é administrada interfere diretamente na qualidade de ensino oferecida e na comunidade em que está inserida e, por isso, é tão importante que exista uma gestão escolar eficiente. Segue abaixo algumas praticas para uma gestão de qualidade 1. Mantenha o patrimônio escolar bem cuidado A manutenção do patrimônio pode parecer uma tarefa difícil, porém, é fundamental para uma boa gestão escolar. Se há uma parede rabiscada ou descascando, um quadro manchado, uma carteira quebrada, uma quadra que 40 precisa de uma pintura ou qualquer outro tipo de problema que cause uma “poluição visual”, resolva o mais rápido possível. Além de ser indispensável para o bom funcionamento da escola, a preocupação com o patrimônio e a rápida ação demonstra para os alunos que a instituição tem capacidade de investimento e que se preocupa em oferecer os melhores recursos para um ensino de qualidade. 2. Planejamento estratégico O planejamento estratégico é um grande aliado de qualquer gestor. Com a identificação das fraquezas, ameaças, forças e oportunidades, é possível desenvolver um plano de ação eficaz para anular os pontos negativos e potencializar os fatores positivos. Uma instituição que não tem planejamento não consegue lidar com as situações negativas e tampouco aproveita as oportunidades que aparecem. Um planejamento bem-feito deve levar em consideração os objetivos de curto, médio e longo prazos, bem como a análise das tendências do mercado, urgência de resolução de conflitos e gravidade dos problemas. 41 3. Atenção às mudanças A escola que não se adapta às mudanças do mercado e não se atualiza, vê seus alunos migrarem para instituições mais modernas. Essas mudanças englobam a sociedade, a política, novas regras acadêmicas, tecnologia, etc. Tenha sempre um veículo de comunicação como ferramenta de divulgação dos investimentos e melhorias realizadas em sua escola para valorizar mais o trabalho desenvolvido e mostrar a todos que a instituição acompanha as tendências. 4. Explore as tecnologias 42 Com tantas tecnologias disponíveis na atualidade, fica até difícil escolher em qual investir, não é verdade? Para acertar na escolha do software e demais tecnologias, é importante que você entenda quais são as dificuldades de gestão e quais são as necessidades dos alunos, pais e colaboradores. A gestão informatizada faz muita diferença na qualidade de ensino oferecida. Bibliotecas informatizadas, facilidade na emissão de certificados, plataforma online para funcionários e alunos, canal de comunicação com pais e comunidade, organização de dados, pré-matrícula online e demais serviços oferecidos em parceria com a tecnologia, melhoram a organização da escola, aceleram os processos e permitem que o gestor otimize o uso do seu tempo. 5. Acerte na contratação Os professores e demais colaboradores têm um relacionamento direto com os alunos e, consequentemente, interferem na retenção dos estudantes. Sendo assim, a contratação deve ser realizada levando em consideração diversos fatores: cultura organizacional, experiência profissional, comprometimento, valores, postura, facilidade de comunicação, etc. Quando o processo seletivo não é bem-feito, a escola sofre com a rotatividade de profissionais e isso causa sérios danos ao serviço oferecido e ao capital da instituição. 6. Fique atento a gestão financeira 43 A gestão financeira é um dos maiores problemas de uma instituição de ensino. Isso porque a escola facilmente encontra alunos inadimplentes que interferem na capacidade de investimento e na liquidez. Para anular esse problema, é fundamental que seja estabelecida uma política de inadimplência e que ela seja aplicada desde o momento da matrícula. O planejamento financeiro, controle de gastos e eliminação de custos desnecessários são exemplos de fatores que afetam uma gestão e que precisam ser bem administrados para garantir a longevidade de uma instituição. 44 CONCLUSÃO Plano de gestão escolar é um documento onde os donos de escolas registram todas as ações de gerenciamento estratégico por um determinado período. Esse planejamento deve constar informações detalhadas das metas a serem alcançadas. A Qualidade de ensino pode ser traduzida, em última análise, pelo bom desempenho dos alunos de uma instituição, mas não só por isso. Um bom ambiente de ensino e aprendizagem com recursos modernos, atividades extraclasse, corpo docente qualificado e atuante, gestores organizados e eficientes e funcionários comprometidos igualmente impactam na qualidade do ensino de qualquer unidade escolar, desde a educação básica até o ensino superior. Mas não bastam apenas estes elementos: é preciso também que estes recursos sejam todos bem utilizados. Ou seja, uma boa gestão escolar é, também, fundamental para pavimentar a estrada do ensino de qualidade. O gestor da equipe deve ser inteiramente ligado ao processo educativo e não tratar a educação como um meio secundário para obter lucro. Muitosprofessores e diretores tem outras atividades empregatícias onde seu tempo fica pouco para tantas atividades que a educação exige. 45 REFERÊNCIA AZEVEDO, JOSÉ CLÓVIS DE ET AL. UTOPIA E DEMOCRACIA NA EDUCAÇÃO CIDADÃ. PORTOALEGRE: EDITORA DA UNIVERSIDADE/UFRGS, 2000. BIANCHETTI, ROBERTO G. MODELO NEOLIBERAL E POLÍTICAS EDUCACIONAIS. 3ED. SÃOPAULO: CORTEZ, 2001. BOFF, LEONARDO. TEXTOS MILITANTES. PETRÓPOLIS: VOZES, 1991. BORDENAVE, JUAN E. DIAZ. O QUE É PARTICIPAÇÃO. 8ED. SÃO PAULO: BRASILIENSE,1994. DALBERIO, MARIA CÉLIA BORGES. POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE. SÃO PAULO: PAULUS, 2009. FRIGOTTO, GAUDÊNCIO. A PRODUTIVIDADE DA ESCOLA IMPRODUTIVA. 4ED. SÃO PAULO:CORTEZ, 1993. FREIRE, PAULO. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA.36ªED. SÃO PAULO: PAZ E TERRA, 2007. ______________EDUCAÇÃO E MUDANÇA. SÃO PAULO:PAZ E TERRA, 1983. ______________EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE. 31ºED. RIO DE JANEIRO: PAZ ETERRA, 2008. GENTILI, PABLO (ORG). PEDAGOGIA DA EXCLUSÃO: CRÍTICA AO NEOLIBERALISMO EMEDUCAÇÃO. 10ªED. TRADUÇÃO DE VÂNIA PAGANINI THURLER E TOMAZ TADEU DA SILVA.PETRÓPOLIS: VOZES,2002. GENTILI, PABLO (ORG). GLOBALIZAÇÃO EXCLUDENTE: DESIGUALDADE, EXCLUSÃO E DEMOCRACIA NA NOVA ORDEM MUNDIAL. 4ªED. PETRÓPOLIS: VOZES, 2002. GENTILI, PABLO A. E SILVA, TOMAZ TADEU DA (ORG). NEOLIBERALISMO, QUALIDADE TOTAL E EDUCAÇÃO. 12 ED. PETRÓPOLIS: VOZES, 2007. GENTILI, PABLO. A FALSIFICAÇÃO DO CONSENSO: SIMULACRO E IMPOSIÇÃO NA REFORMA EDUCACIONAL DO NEOLIBERALISMO. PETRÓPOLIS: VOZES, 1998. 46 GENTILI, PABLO & MCCOWAN, TRISTAN(ORGS). REINVENTAR A ESCOLA PÚBLICA: POLÍTICA EDUCACIONAL PARA UM NOVO BRASIL. PETRÓPOLIS: VOZES, 2003. HADDAD, SÉRGIO ET AL(ORG). O BANCO MUNDIAL E AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS. 5ED. SÃOPAULO: CORTEZ, 2007. ________________(ORG). BANCO MUNDIAL, OMC E FMI: O IMPACTO NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS. SÃO PAULO: CORTEZ, 2008. LUCK, HELOÍSA. CONCEPÇÕES E PROCESSOS DEMOCRÁTICOS DE GESTÃO EDUCACIONAL. 4ªED. SÉRIE CADERNOS DE GESTÃO. PETRÓPOLIS: VOZES, 2009. OLIVEIRA, DALILA ANDRADE. EDUCAÇÃO BÁSICA: GESTÃO DO TRABALHO E DA POBREZA. RIO DE JANEIRO: VOZES, 2000. PARO VITOR HENRIQUE. ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR: INTRODUÇÃO CRÍTICA. SÃO PAULO: CORTEZ, 2008. __________________. GESTÃO ESCOLAR, DEMOCRACIA E QUALIDADE DO ENSINO. SÃO PAULO: ÁTICA, 2007. __________________GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA. 3ED. SÃO PAULO:ÁTICA, 2008. ROSENFILD, DENIS L. O QUE É DEMOCRACIA. SÃO PAULO: BRASILIENSE, 2003. ROCHA, MANOEL JOSÉ FONSECA & SILVA, EVERALDO DA. GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS. 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