Prévia do material em texto
HISTÓRIA - A primeira etapa do período colonial IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 11 30. UFCE Leia com atenção. “Essa primazia acentuada da vida rural concorda bem com o espírito da dominação portugue- sa, que renunciou a trazer normas imperativas e absolutas, que cedeu todas as vezes que as conveniências imediatas aconselharam a ceder, que cuidou menos em construir, planejar ou plan- tar alicerces, do que em feitorizar uma riqueza fácil e quase ao alcance da mão.” HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 6ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971, p. 61. Este texto nos remete a algumas características das primeiras fases da colonização portu- guesa no Brasil, entre as quais podemos assinalar: a) A atividade mineira, com a descoberta das minas de ouro ainda no século XVI, e a construção planejada das cidades. b) A grande agricultura de exportação, criando cidades como simples entrepostos de comércio para a metrópole, e a intensa exploração da mão-de-obra. c) A racionalidade urbana, com as plantas das cidades cuidadosamente planejadas a par- tir do modelo de Lisboa, e a atividade agrícola intensiva. d) A cultura do café, baseada no trabalho escravo, e a manufatura do açúcar, empreendi- da com trabalho livre. e) A implementação de uma ampla política de colonização no Brasil, com a introdução de escolas e universidades e a criação de centros de formação profissional para o trabalho nos engenhos. 31. UFCE “A crueldade e impunidade dos participantes das entradas contra os indígenas foi denunciada pelo Pe. Antônio Vieira. ... e assim fala toda esta gente nos tiros que deram; nos que fugiram... nos que mataram, como se falassem de uma caçada e não valessem mais as vidas dos índios que a dos animais.” Carta do Pe. Antônio Vieira, 1653, Maranhão, destinada ao Padre Provincial. In: Coletânea de Documentos Históricos para o 1º Grau - 5ª à 8ª séries. SE/CENP 1979, p.25. Considerando este depoimento é correto afirmar que: a) as aldeias indígenas consolidavam a solidariedade existente as tribos. b) a população indígena , sobretudo no interior, sofreu um verdadeiro extermínio, vítima da escravidão. c) o bandeirismo contribuiu para o crescimento das vilas indígenas no atual território de São Paulo. d) a caça ao elemento indígena pelos bandeirantes foi condenada pelos senhores de terras. e) a colonização indígena sofreu uma significativa queda com o início das Missões dos Jesuítas. 32. UFMG A respeito da história do catolicismo no Brasil, assinale a alternativa correta. a) Entre as questões que abalaram o Segundo Império e favoreceram a instalação do regime republicano, foram marcantes os conflitos entre o Imperador e os católicos, contrários ao envolvimento da monarquia com a maçonaria, levando-os a uma aproxi- mação com os republicanos e à legalização da união entre Igreja e Estado. b) A Igreja teve um papel fundamental na colonização através da Companhia de Jesus, atuando na catequização de índios e africanos e procurando convertê-los ao catolicis- mo e, embora fosse contrária à escravização dos índios, contribuiu para fortalecer os preconceitos contra os africanos. c) A Igreja Católica, através da ala progressista dominante na década de 60, foi um dos baluartes na resistência ao golpe militar de 1964, ao se posicionar contra a Marcha da Família com Deus pela Liberdade e ao apoiar o movimento das Ligas Camponesas. d) O crescimento da Igreja Católica tradicional, em número de adeptos, nas décadas de 80 e 90, deve-se à conciliação entre o Papa e a Teologia da Libertação, ambos integra- dos à opção pelos pobres e provocando uma estagnação do pentecostalismo e da Re- novação Carismática. HISTÓRIA - A primeira etapa do período colonial IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 12 33. UFR-RJ O quadro abaixo permite compreender a utilização da mão-de-obra escrava na atividade agropecuária no Brasil Colônia. Lendo-o atentamente, conclui-se que: a) a importância dos engenhos de cana-de-açúcar demonstrava-se na região do Paraíba do Sul pela maior utilização proporcional e total de escravos; b) os lavradores de cana e mandioca detinham a maior parte das propriedades e dos escravos da região; c) a região de Paraíba do Sul apresentava um baixo índice de trabalhadores escravos em relação ao total de mão-de-obra utilizada; d) a atividade econômica da região estava centrada no plantio da mandioca com baixa utilização de trabalhadores escravos; e) dos criadores de gado da região, a maioria usava escravos, mas em pouca quantidade comparada às outras atividades econômicas. Donos de engenho Lavradores de cana Lavradores de mandioca Criadores de gado TOTAL 217 429 486 69 1.201 POSSE DE ESCRAVOS DE ACORDO COM A ATIVIDADE PRODUTIVA CAPITANIA DA PARAÍBA DO SUL – ANO DE 1785 A COLÔNIA BRASILEIRA – ECONOMIA E DIVERSIDADE 213 357 281 29 880 Atividade Produtiva Total de Produtores (Escravistas + outros) Produtores (Escravistas) Percentual de Produtores Escravistas 98% 83% 58% 42% 73% Total de Escravos 7.352 2.196 1.311 203 11.062 Número médio de escravos por propriedade 35 6 5 7 13 Adaptado de REIS, Manoel Martins do Couto, Descrição Geográfica, política e cronológica do distrito de Campos do Goitacazes. Campos de Goitacazes, arquivo (particular) de Arthur Soffrati, 1785 (manuscrito). 34. U.E. Ponta Grossa-PR “Os indígenas com os quais Nicolau Coelho travou o primeiro contato eram, se saberia mais tarde, da tribo Tupiniquim. Pertenciam à grande família Tupi-Guarani que, naquele início do século XVI, ocupava praticamente todo o litoral do Brasil. Os tupiniquins eram cerca de 85.000 e viviam em dois locais da costa brasileira: no sul da Bahia (...) e no litoral norte de São Paulo. Como os demais tupis- guaranis, tinham chegado às praias do Brasil movidos não apenas por um impulso nômade, mas por seu envolvimento em uma ampla migração de fundo religioso. Partindo de algum ponto da bacia do Rio Paraná (...) iniciaram uma longa marcha em busca da ‘Terra sem Males’. Liderados por ‘profetas’ – chamados de caraíbas – eles haviam chegado à costa brasileira ao redor do ano 1000 da Era Cristã. Mas ao invés do Paraíso, depararam, 5 séculos depois, com aqueles estranhos homens, barbudos e pálidos, vindos do Leste (...) Abandonando momentaneamente a perspectiva da proa, pode-se reler o instante daquele primeiro encontro pela perspectiva da praia.” BUENO, Eduardo. A viagem do descobrimento. A partir deste texto, assinale o que for correto. 01. Os tupiniquins, habitantes da costa brasileira na região em que os portugueses che- garam, não se surpreenderam com o aspecto dos recém-chagados. 02. Conflitos tribais pelo poder levaram os tupiniquins a uma dissidência, com conse- qüente migração para a zona litorânea do Brasil. 04. Os tupiniquins, habitantes do interior do Brasil, sedentarizaram-se em diferentes regiões através da atividade agrícola, diferenciando-se, assim, das demais tribos tu- pis. 08. O nomadismo e o sistema de crenças impulsionaram os tupis-guaranis a migrar para o litoral brasileiro. 16. A “perspectiva da praia” significa analisar o encontro entre índios e portugueses pela ótica dos nativos. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.