Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Curso de Licenciatura em Nutrição 4.º Ano, Semestre VI - 2024 Dietoterapia II FACSAD Faculdade de Ciências da Saúde e Desporto 4. Tratamento dietoterápico de doentes segundo doenças específicas - Doenças cardiovasculares: Hipertensão 1 2 Sumário Conceito e etiologia Fisiopatologia Sintomas Diagnóstico Tratamento Terapia nutricional 3 i. Conceito e etiologia Como o próprio nome indica, a pressão arterial refere-se à pressão que o sangue, bombeado pelo coração, exerce sobre as paredes das artérias. O valor da pressão arterial irá variar de pessoa para pessoa, e mesmo num indivíduo saudável, tem valores diferentes consoante certos fatores, como por exemplo o estresse, uma situação emocional, ou a prática de exercício físico. . 4 i. Conceito e etiologia Existem dois tipos de pressão arterial. A primeira, é aquela que conta verdadeiramente, é a pressão arterial sistólica, resultado do sangue bombeado pelo coração para as artérias, durante a contração dos ventrículos direito e esquerdo – sístole ventricular. A segunda diz respeito à pressão arterial durante o período de relaxamento do coração, altura em que recebe sangue vindo das veias – a diástole. Como é óbvio, o valor da pressão arterial sistólica é muito mais elevado do que a diastólica, sendo por isso aquele considerado para efeitos clínicos.. 7. Pancreatites Hipertensão arterial 6 ii. Fisiopatologia A Hipertensão Arterial (HA) é uma entidade multigênica, de etiologia múltipla que causa lesão aos órgãos alvos (coração, cérebro, rins, vasos e retina). Os determinantes da pressão são o debito cardíaco e a resistência periférica, e, qualquer alteração em um ou no outro, ou ainda em ambos, leva a valores pressóricos anormais. Diversos mecanismos pressores e depressores interagem e determinam o tónus vasomotor, quando o equilíbrio se rompe a favor dos mecanismos pressores ocorre a hipertensão primaria. 7. Pancreatites 7 ii. Fisiopatologia Essa roptura pode ser provocada ou acelerada por factores ambientais como excesso de sal na dieta ou estímulos psicoemocionais etc. A HA é basicamente um mal assintomático e a investigação clinica deve ter os seguintes objectivos: Identificar a etiologia da HA; Verificar o grau do comprometimento dos órgãos-alvo e; Identificar outros factores de risco que possam influenciar no prognóstico e orientação terapêutica 7. Pancreatites 8 iii. Sintomas Cefaleia- lóbulo occipital no período matinal; Apneia do sono- hipoxia; Tonturas; Palpitações. Estes sintomas apesar de comuns, poucos são significativos para o diagnostico da HA assim, há necessidade de conjurar com a anamnese. Esta, deve ser direcionada para o tempo da doença, os valores da pressão anterior, os tratamentos prévios, tratamentos concomitantes que possa influir no controlo da pressão arterial, história familiar, AVC na família, doença renal. 9 iii. Sintomas Observar igualmente factores de risco como: aterosclerose, tabagismo, consumo de álcool, etnia, sedentarismo, hábitos alimentares, estado psicossocial (depressão, situação familiar, condições de trabalho etc.) 10 iii. Diagnóstico Para a diagnóstico de HA é realizada a aferição da pressão arterial e se houver detecção de níveis elevados e sustentados. Esta aferição pode ser realizada por método indireto, com técnica de auscultoria e com uso de esfigmomanômetro 7. Pancreatites 11 iv. Tratamento O tratamento do paciente hipertenso poderá ser através de terapia medicamentosa e não medicamentosa, podendo ainda haver a combinação entre os dois tipos de terapia. O tratamento medicamentoso tem por objetivo a redução da morbidade e mortalidade cardiovasculares. Os principais fármacos anti-hipertensivos são: diuréticos, inibidores adrenérgicos, vasodilatadores diretos, bloqueadores dos canais de cálcio etc. 7. Pancreatites 12 iv. Tratamento A terapia não medicamentosa é base de alterações nos padrões alimentares, prática de actividade física, controle do estresse psicossocial e cessação do alcolismo e tabagismo. Destaca-se que a obtenção do sucesso terapêutico dependerá da mudança comportamental e adesão à alimentação saudável. Em relação às recomendações nutricionais, uma das terapias nutricionais mais prescritas e fundamentadas cientificamente é a dieta DASH. O manejo nutricional desta dieta é baseado no aumento das ingestões de frutas, fibras, minerais, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura. 7. Pancreatites 13 iv. Tratamento As principais recomendações para o seguimento da dieta DASH são: preferência por alimentos com baixo teor de gordura saturada, colesterol; Ingestão de oito a 10 porções/dia de frutas e hortaliças, ingerir de duas a três porções/dia de laticínios desnatados ou semidesnatados, preferência por alimentos integrais; Ingestão de oleaginosas – quatro a cinco vezes/semana, redução na adição de gorduras; Evitar a adição de sal nos alimentos e produtos industrializados, além de diminuir ou evitar a ingestão de doces e bebidas açucaradas. 7. Pancreatites 14 iv. Tratamento Quanto às recomendações calóricas para o paciente hipertenso, estas deveram contemplar a manutenção ou a redução do peso, conforme o estado nutricional atual. As recomendações de vitaminas e minerais deverão ser conforme as necessidades DRIs para sexo e idade, ademais a restrição de algum mineral deverá ser conforme os parâmetros bioquímicos apresentados pelo paciente. . 7. Pancreatites Hipotensão arterial 16 i. Definição Contrariamente à tensão arterial alta, a hipotensão não é potencialmente fatal e não causa quaisquer outras doenças potencialmente graves. Proporciona também proteção contra muitas doenças cardiovasculares, tais como o ataque cardíaco e o acidente vascular cerebral (AVC). Contudo, pessoas com baixa tensão arterial (hipotensão arterial) podem ter queixas: tonturas, distúrbios de concentração e cansaço, que podem ser sintomas. Além disso, o desempenho mental pode também ser afetado 7. Pancreatites 17 i. Definição Basicamente, a hipotensão é apenas o valor de uma medição – e não uma doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a tensão arterial inferior a 100 / 60 mmHg nas mulheres e inferior a 110 / 70 mmHg nos homens como hipotensão arterial. No entanto, o aparecimento destes sintomas com estes valores depende de cada pessoa 7. Pancreatites 18 ii. Sintomas Tonturas, Incapacidade de se manter em pé, Suor ou frio, Taquicardia (coração acelerado), Vômitos, Câimbras ou redução do nível de consciência. 7. Pancreatites 19 iv. Tratamento Baseado nos sinais e sintomas referidos pelo paciente. 7. Pancreatites 20 Agradeço a vossa atenção! 7. Pancreatites
Compartilhar