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Resumo - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - PARTE I

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Aula 1 - CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL
META: Apresentar os aspectos caracterizadores e introdutórios da Logística.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. identificar a importância da Logística ao longo da história;
2. caracterizar o gargalo logístico;
3. definir o termo Logística;
4. descrever as atividades da Logística.
INTRODUÇÃO
O conceito de Logística tem sido bastante difundido atualmente. Não obstante,
trata-se de uma ideia que está presente ao longo da história da humanidade. Vamos
construir aos poucos a noção do que vem a ser Logística para depois apresentarmos algumas
definições acerca do seu significado. O termo Logística é uma palavra de origem francesa
e significa alojar (origina-se do verbo francês loger), já com um sentido militar,
significa a ação de abastecer, transportar e alojar a tropa. É possível associar o
conceito de Logística com a ideia de fluxo, seja de pessoas, de materiais ou mesmo de
informações. A ação humana em sociedade, os modos de produção, as grandes migrações
populacionais, as descobertas de novas terras e, sobretudo, as atividades militar e
empresarial não podem prescindir da Logística para a sua efetivação.
BREVE HISTÓRICO
O texto destaca a importância histórica da Logística em diferentes períodos. No
Império Romano, a eficácia das Legiões (Legiões Romanas – frações de combatentes ou
Unidade militar da Roma Antiga) era garantida pela rede de estradas convergentes para
Roma. Na Idade Média, as Cruzadas enfrentavam altos custos logísticos para transportar
suprimentos, armas e combatentes. Nas grandes navegações, Portugal e Espanha consolidaram
seus impérios coloniais com uma estrutura logística de feitorias e fortalezas. Na Segunda
Guerra Mundial, a Logística desempenhou papel crucial com estratégias de bloqueio naval e
destruição de infraestrutura. Atualmente, o Brasil enfrenta desafios logísticos,
destacados como "apagão logístico" (gargalo logístico – um ponto de estrangulamento no
fluxo de suprimentos), prejudicando o desenvolvimento econômico e sendo alvo de reformas
necessárias (Modais de transporte: são as distintas formas pelas quais é possível realizar
o transporte de pessoas e cargas num país. Exemplos de modais: rodoviária, ferroviária,
aérea, dutoviária e hidroviária).
DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA
O texto apresenta várias definições de Logística, destacando três autores:
Christopher, Council of Logistics Management, e Ballou. Christopher define Logística como
o gerenciamento estratégico da compra, transporte e armazenagem visando maximizar a
lucratividade. O Council of Logistics Management a define como o processo de
planejamento, implementação e controle eficiente e custo efetivo do fluxo de materiais e
informações para atender às exigências do cliente. Ballou aborda a logística empresarial
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
como o estudo da administração para fornecer rentabilidade na distribuição. Aspectos
comuns nas definições incluem referência ao fluxo de materiais e informações, a
importância de reduzir custos e a atuação da administração. Além disso, destaca-se a
dimensão estratégica da Logística, que influencia custos, preços finais, competitividade
e satisfação do cliente, sendo parte integral da estratégia empresarial.
AS ATIVIDADES DA LOGÍSTICA
Atividades primárias da logística - as atividades primárias da logística são aquelas que
envolvem o fluxo físico de mercadorias e informações. Elas são consideradas primárias
porque representam a maior parcela do custo total da logística e são essenciais para a
coordenação e o cumprimento da tarefa logística.
1ª - Transporte
O transporte é a atividade primária da logística que mais representa em termos de
custo. É responsável pelo deslocamento físico de pessoas, informações e bens de um ponto
para outro. Os principais modais de transporte são:
1. Ferroviário: adequado para grandes volumes e longas distâncias.
2. Rodoviário: adequado para flexibilidade e distâncias curtas ou médias.
3. Hidroviário: adequado para baixo custo e longas distâncias.
4. Dutoviário: adequado para líquidos e gases, em grandes volumes e longas distâncias.
5. Aéreo: adequado para rapidez, mas com alto custo.
2ª - Manutenção de estoques
A manutenção de estoques é a atividade responsável pelo armazenamento de produtos
ou materiais. É importante para garantir a disponibilidade dos produtos aos clientes,
além de evitar rupturas de estoque. Os principais objetivos da manutenção de estoques
são:
1. Garantir o atendimento à demanda dos clientes.
2. Evitar rupturas de estoque.
3. Minimizar os custos de estoque.
3ª - Processamento de pedidos
O processamento de pedidos é a atividade responsável por receber, processar e
atender aos pedidos dos clientes. É importante para garantir o atendimento às
necessidades dos clientes e evitar atrasos nas entregas. Os principais objetivos do
processamento de pedidos são:
1. Garantir o atendimento às necessidades dos clientes.
2. Evitar atrasos nas entregas.
3. Minimizar os custos de processamento de pedidos.
Atividades de apoio da logística
As atividades de apoio da logística dão suporte ao sistema logístico de forma a
garantir que as atividades primárias sejam desenvolvidas visando um nível de serviço
desejado.
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Armazenagem - a armazenagem é a atividade responsável pela gestão do espaço para manter
estoques. Envolve questões de localização, dimensionamento de área, arranjo físico e
configuração do armazém.
Manuseio de materiais - o manuseio de materiais é a atividade responsável pela
movimentação de cargas entre pequenas distâncias. É comumente executada tanto no interior
de armazéns como no transbordo entre modais de transporte.
Embalagem de proteção - a embalagem é a atividade responsável por proteger e facilitar o
manuseio do produto. É importante para reduzir a ocorrência de danos e perdas.
Obtenção - a obtenção é a atividade responsável pela aquisição de produtos ou materiais.
Envolve o processo de seleção de fornecedores, programação de compras, identificação de
necessidades e localização do produto.
Programação de produtos - a programação de produtos é a atividade responsável pelo
planejamento da produção. Envolve a definição das quantidades que devem ser fabricadas e
onde tal fabricação deve ocorrer.
Manutenção de informação - a manutenção de informação é a atividade responsável pelo
fornecimento de informações para o sistema logístico. É importante para o planejamento,
controle e desempenho das operações logísticas.
RESUMO GERAL
O termo Logística tem sua origem no verbo francês loger, cuja significação
aproxima-se, de uma forma geral, de alojar. Entretanto, tal termo possui também um
sentido militar de ação de abastecer, transportar e alojar a tropa. A História nos
apresenta alguns exemplos que ressaltam a importância da Logística para grandes
estrategistas em busca de sucessos econômicos e militares. O Império Romano conseguiu
consolidar e manter o seu poderio durante séculos em razão da disponibilidade de boas
redes de estradas que convergiam para Roma. Na Idade Média, o custo para deslocar os
meios de combate das Cruzadas era elevado. Esse custo era o resultado da necessidade de
transportar uma enorme quantidade de suprimentos, armas, combatentes e animais de
montaria, elementos que permitiam o desenvolvimento das ações militares contra os
muçulmanos. Essesmúltiplos aspectos que envolviam o transporte e o suprimento das
Cruzadas representavam manifestações da Logística. A gestão logística assume uma dimensão
estratégica para os negócios porque atua sobre os custos dos produtos e serviços, o que
se reflete na formação dos preços finais e, consequentemente, na competitividade da
empresa. Além disso, ela é capaz de impactar diretamente o cliente final dos produtos e
serviços. Na medida em que os prazos e a qualidade do atendimento forem componentes da
função logística, esta assumirá um papel fundamental na estratégia do negócio. Tal
estratégia visa atender às necessidades dos seus clientes, a fim de manter fidelidade
deles. A Logística é composta por atividades primárias: transportes, manutenção de
estoques, processamento de pedidos; e atividades de apoio: armazenagem, manutenção de
informações, programação de produtos, obtenção, embalagem de proteção e manuseio de
materiais. Essas atividades oferecem a base e sustentação para o sistema logístico de uma
organização.
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Aula 2 - A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
META: Apresentar o significado de Cadeia de Suprimentos
OBJETIVOS
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. Definir a Logística no contexto da Cadeia de Suprimentos;
2. definir Cadeia de Suprimentos;
3. analisar os aspectos da Cadeia de Suprimentos que impactam a competitividade das
empresas;
4. destacar as mudanças no ambiente competitivo que têm implicações no gerenciamento
logístico.
A INSERÇÃO DA LOGÍSTICA NO CONTEXTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Nesta análise, aprofundaremos a compreensão da logística, não apenas como uma
função isolada nas empresas, mas como um elemento integrante da gestão da cadeia de
suprimentos. A cadeia de suprimentos representa uma rede cooperativa que se estende desde
os fornecedores até os clientes finais, trabalhando em conjunto para gerenciar o fluxo de
materiais e informações de maneira eficiente. Esta abordagem vai além dos limites
tradicionais de uma única empresa, situando-se no contexto de diversas organizações
interligadas.
Desafios e Relevância Atuais na Gestão da Cadeia de Suprimentos
Diversos fatores contemporâneos destacam a importância da gestão da cadeia de
suprimentos:
● Transformações Globais: o cenário mundial passa por significativas mudanças tecnológicas,
econômicas, políticas e sociais, exigindo um aprimoramento constante na administração,
incluindo a gestão da cadeia de suprimentos.
● Limitações dos Recursos: a exploração de recursos, tanto renováveis quanto não-renováveis,
atingiu seus limites, demandando uma abordagem mais sustentável na gestão da cadeia de
suprimentos.
● Custos Crescentes de Insumos: a busca por novas fontes de energia e matérias-primas eleva os
custos desses insumos, com grandes consumidores como os Estados Unidos e a China
desempenhando papéis cruciais.
● Percepção de Risco e Competição Intensa: a percepção de risco nos mercados, denotada pelo
aumento da volatilidade, torna a tomada de decisão empresarial mais dependente de informações
e respaldo técnico. A competição acirrada exige atenção a fatores antes considerados
secundários.
● Competição por Mercado e Lucratividade: empresas competem intensamente por fatias de mercado
e lucratividade, tornando aspectos anteriormente subestimados fundamentais para alcançar
metas organizacionais.
● Importância Estratégica da Gestão da Cadeia de Suprimentos: a gestão eficiente da cadeia de
suprimentos emerge como um dos principais fatores de estratégia competitiva. Sua correta
operacionalização reduz custos para todos os participantes e, consequentemente, aumenta a
lucratividade global.
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Mudança Paradigmática na Gestão da Cadeia de Suprimentos
A gestão da cadeia de suprimentos implica uma mudança substancial de paradigma,
exigindo que as organizações superem a postura tradicional de relacionamentos distantes.
A cooperação e a confiança tornam-se cruciais, com o objetivo de administrar efetivamente
as relações entre os membros da cadeia e aumentar a lucratividade para todos.
Desafios na Implementação Efetiva da Gestão da Cadeia de Suprimentos
Superar as barreiras culturais à mudança é vital para a implementação bem-sucedida
da gestão da cadeia de suprimentos. Isso requer uma transição de relacionamentos
distantes e, por vezes, antagônicos, para uma postura de cooperação e confiança, onde
todos reconhecem os benefícios derivados da atitude colaborativa.
Diversidade de Perspectivas sobre o Conceito de Cadeia de Suprimentos
Gerenciamento da Cadeia de Demanda: sugestões propõem a melhoria do termo "gerenciamento
da cadeia de suprimentos" para "gerenciamento da cadeia de demanda", enfatizando a
orientação pelo mercado, onde o fluxo é "puxado" em vez de "empurrado".
Substituição de "Cadeia" por "Rede": outra proposta sugere substituir "cadeia" por
"rede", refletindo a complexidade das relações entre fornecedores, empresas e clientes.
Essa definição destaca uma rede de organizações conectadas, trabalhando cooperativamente
para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de materiais e informações.
Diversidade de Definições sobre Gestão da Cadeia de Suprimentos
Autores apresentam definições diversas sobre gestão da cadeia de suprimentos.
Simchi-Levi et al. (2003) destacam a integração eficiente de fornecedores, fabricantes,
depósitos e armazéns para produzir e distribuir mercadorias na quantidade certa, para o
local certo e no tempo certo. Ballou (2006) destaca a sobreposição entre gestão logística
e cadeia de suprimentos, enfocando interações logísticas entre funções de marketing,
logística e produção dentro de uma empresa e entre empresas no canal de fluxo de
produtos.
Considerações Finais sobre a Importância do Canal Logístico
A gestão efetiva da cadeia de suprimentos é crucial para otimizar o fluxo de
produtos desde a fonte até o cliente final. O canal logístico desempenha um papel
crucial, especialmente quando as fontes, fábricas e pontos de venda estão distantes. A
ação integrada de gerenciar os canais de suprimento e distribuição é conhecida como
gestão da cadeia de suprimentos.
Conclusão sobre a Complexidade e Integração na Cadeia de Suprimentos
Em resumo, a gestão eficiente da cadeia de suprimentos é vital em um mundo dinâmico
e desafiador. A sobreposição entre logística e gestão da cadeia de suprimentos destaca a
complexidade e a interdependência das atividades ao longo do canal. A integração
bem-sucedida não apenas reduz custos, mas promove a lucratividade para todos os
envolvidos, destacando seu papel como um dos principais impulsionadores da estratégia
competitiva nas organizações contemporâneas.
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Pontos-chave do texto:
● A logística é um conjunto de atividades que visam ao planejamento, implementação e controle
do fluxo de produtos e informações ao longo de uma cadeia de suprimentos.
● A GCS é a integração das atividades logísticas de todas as organizações que participam de uma
cadeia de suprimentos, com o objetivo de aumentar a eficiência e a eficácia do fluxo de
produtos e informações.
● A GCS é importante no contexto atual, marcado por uma crescente concorrência global, a
necessidade de redução de custos e a importância da satisfação do cliente.
● A GCS pode ajudar as empresas a atingir esses objetivos, pois permite que elas trabalhemde
forma mais eficiente e coordenada com seus parceiros.
● A relação entre logística e GCS é complexa e não há um consenso sobre o assunto. Alguns
autores consideram que a GCS é um conceito mais amplo que a logística, enquanto outros
consideram que a GCS é apenas uma forma de gestão da logística.
● A inserção da logística no contexto da GCS é uma tendência importante no mundo dos negócios.
As empresas que adotarem uma abordagem de GCS terão mais chances de sucesso no mercado
globalizado.
Algumas aplicações práticas da GCS:
● A GCS pode ser usada para reduzir custos de transporte, estoque e produção.
● A GCS pode ser usada para melhorar o atendimento ao cliente, fornecendo produtos e serviços
no momento certo, no lugar certo e com o preço certo.
● A GCS pode ser usada para aumentar a flexibilidade da cadeia de suprimentos, permitindo que
as empresas respondam rapidamente a mudanças nas demandas do mercado.
Verbetes:
Canal logístico – trata-se do meio pelo qual o fluxo de materiais, pessoas e informações transitam,
desde a origem até o destino, de tal maneira que seja atendida a necessidade de um usuário final.
Estoque de segurança – é um nível de estoque que as empresas costumam manter para evitar
imprevistos na demanda (aumento súbito das vendas) ou no suprimento (interrupção repentina do
fornecimento). Há para a empresa o custo de imobilizar capital nesse tipo de aplicação de recursos.
Volatilidade - caracteriza-se por uma frequente e aleatória variação de preços em ativos,
mercadorias e fatores de produção. Pode compreender também o mercado como um todo. Costuma ser
medida através do desvio-padrão da média das variações percentuais dos preços, e recebe o nome de
Risco, no contexto das finanças corporativas.
Sinergia - conceito originado da Teoria dos Sistemas e que traduz uma situação na qual o resultado
final da atuação de várias partes integrantes de um sistema, atuando em conjunto, é superior ao
resultado obtido com a soma das atuações isoladas dessas partes. Podemos dizer, de forma
simplificada, que o todo é maior do que a soma das partes tomadas isoladamente.
Montante e jusante - é realizada uma analogia em relação à cadeia de suprimentos com o sentido de
deslocamento de uma embarcação num rio. Dizemos que uma embarcação que segue rio acima avança a
montante do rio. Analogamente, uma embarcação que segue rio abaixo está avançando a jusante do
mesmo.
A CADEIA DE SUPRIMENTOS COMO FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA
Uma empresa conquista uma posição de destaque frente aos concorrentes ao
evidenciar, ao longo do tempo, características como a capacidade de manter preços
competitivos, uma reputação de qualidade no atendimento e nos produtos, preferência dos
clientes e lucratividade acima da média do setor. Essa vantagem competitiva resulta de
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
circunstâncias complementares e interligadas, destacando a importância de se destacar na
percepção do cliente, proporcionando maior valor a custos menores. A chave para essa
vantagem está em oferecer valor aos clientes enquanto mantêm preços acessíveis. Para
sustentar uma vantagem competitiva, a administração deve manter uma orientação contínua
para o acompanhamento de mercado, identificando oportunidades e defendendo-se de
possíveis ameaças. Essa postura é o cerne de uma estratégia competitiva, fundamental para
o futuro e a continuidade das operações de negócio.
Fontes de Vantagem Competitiva e Sua Relação com os Lucros
A continuidade de uma vantagem competitiva depende da obtenção de uma vantagem de
custo, de valor, ou idealmente, da combinação de ambas. Essas fontes de vantagem devem
refletir-se nos lucros da empresa. Custos mais baixos possibilitam à empresa reduzir os
preços de venda sem comprometer as margens de lucro, permitindo que venda mais unidades
e, consequentemente, aumente o lucro total. A obtenção desses baixos custos muitas vezes
está associada às economias de escala, resultando em maior eficiência na produção à
medida que as quantidades aumentam.
Vantagem de custo - A vantagem de custo ocorre quando uma empresa consegue produzir ou
distribuir seus produtos ou serviços a um custo inferior ao de seus concorrentes. Pode
ser obtida por meio de economias de escala (pequenos ganhos obtidos com o aumento da
produção), curva de experiência (trabalhadores se tornam mais eficientes com a prática)
ou gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos.
Vantagem de valor - A vantagem de valor ocorre quando uma empresa oferece produtos ou
serviços que são percebidos pelos clientes como tendo maior valor do que os oferecidos
pelos concorrentes. Pode ser obtida por meio da diferenciação do produto, da melhoria do
atendimento ao cliente ou da oferta de serviços adicionais.
Gestão da Cadeia de Suprimentos e Redução de Custos
A gestão da cadeia de suprimentos desempenha um papel crucial na redução de custos.
Não se limita apenas aos custos internos da empresa, abrangendo todos os custos ao longo
do canal logístico. A eficiência nas etapas, combinada com a identificação de atividades
sem valor agregado, contribui para a redução dos custos logísticos. O gerenciamento
eficaz da cadeia de suprimentos vai além das fronteiras da empresa e se estende a todos
os parceiros comerciais ao longo do canal.
Vantagem de Valor e Estratégias de Segmentação
A vantagem de valor surge quando os clientes identificam aspectos que diferenciam
os produtos de uma empresa da concorrência. Esses aspectos estão relacionados a
benefícios adicionais percebidos pelos clientes, como praticidade, satisfação e
conveniência. A estratégia de segmentação de valor envolve a identificação de distintos
segmentos de clientes, cada um atribuindo importância a diferentes benefícios
relacionados ao produto. No mercado de automóveis, por exemplo, diversos modelos atendem
a diferentes segmentos, incorporando utilidades adicionais que refletem em preços
variados.
Serviços e Aumento de Valor
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
O valor pode ser aumentado por meio de serviços, exigindo uma gestão logística mais
robusta. Serviços como entrega, suporte pós-venda, financiamentos e suporte técnico estão
vinculados ao relacionamento com o cliente e agregam valor ao produto. A logística é
responsável pelos valores de tempo e lugar, desempenhando um papel vital no transporte,
fluxo de informações e gerenciamento de estoques.
Quatro Tipos de Valor Criados pela Atividade Empresarial
A atividade empresarial cria quatro tipos de valor em produtos ou serviços: forma,
tempo, lugar e posse. A logística é diretamente responsável pelos valores de tempo e
lugar, contribuindo também para o valor de forma. A eficácia logística em disponibilizar
produtos no momento e local adequados é crucial para criar valor para o cliente.
Contribuição da Logística para Vantagem de Custo e Valor
O gerenciamento logístico desempenha um papel significativo na obtenção de
vantagens de custo e valor. Aumentar a produtividade por meio de uma gestão logística
eficaz, combinada com a gestão da cadeia de suprimentos, contribui para redução de
custos, melhor uso da capacidade instalada e integração das fases da cadeia. Além disso,
a logística contribui para a vantagem de valor ao proporcionar um excelente serviço de
suporte ao cliente.
Verbetes
Demanda elástica – situação caracterizada pelo comportamento dos consumidores com relação a uma
determinada variável da economia, tal como a renda recebida por eles ou o preço dos produtos. Em
geral, há uma relação negativa entre o preço e a quantidade demandada, haja vista que, quando o
preço de um produto diminui, a demandapor ele aumenta, ou seja, os consumidores tendem a comprar
mais esse produto. Dessa forma, um comportamento de demanda elástica em relação aos preços é
evidenciado por meio da seguinte situação: Supondo-se que os preços caiam 1%, a demanda aumenta em
mais de 1%. Porém, se os preços forem reduzidos em 1% e a demanda aumentar menos que 1%, ela será
considerada inelástica em relação aos preços. Caso a variação da demanda seja de exatamente 1%, e o
preço tenha diminuído 1%, a demanda será dita perfeitamente elástica. Esse conceito é de natureza
microeconômica e mede a sensibilidade da demanda em relação ao preço das mercadorias.
Convergência Tecnológica – fenômeno verificado cada vez mais intensamente, que significa a
incorporação, num mesmo produto, de vários outros produtos antes encontrados apenas isoladamente. O
exemplo mais emblemático nos dias de hoje é o aparelho de telefone celular, que é câmara digital,
agenda eletrônica, computador, MP3 e, inclusive, ”um telefone celular”!
A CADEIA DE SUPRIMENTOS E AS MUDANÇAS NO AMBIENTE COMPETITIVO
O texto aborda as mudanças no ambiente competitivo e as suas implicações para a
gestão da cadeia de suprimentos. O autor identifica quatro principais desafios: as novas
regras de competição, a globalização, a tendência de redução nos preços de vendas e a
maior influência dos clientes nas relações de mercado.
As novas regras de competição
No passado, as empresas competiam isoladamente, com foco na diferenciação de
produtos e serviços. Atualmente, o foco é na cadeia de suprimentos, com o objetivo de
criar valor para os clientes. Essa mudança de foco é necessária porque os clientes estão
cada vez menos fiéis a marcas específicas. Se um produto não estiver disponível no
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
momento certo, o cliente provavelmente irá comprar uma marca concorrente. Além disso, o
encurtamento do ciclo de vida dos produtos exige que as empresas tenham lead times mais
curtos.
Tendências no Mercado e Desafios Logísticos
Uma tendência atual é a redução no número de clientes, que buscam restringir suas
bases de fornecedores, enquanto realizam negócios mais amplos e de longo prazo. As
empresas devem ajustar suas estratégias para oferecer maior valor a um número menor de
clientes, transitando de um crescimento baseado em volume para um baseado em valor. Esse
redirecionamento demanda uma gestão logística mais eficiente. Outro desafio enfrentado
pela logística é o encurtamento do ciclo de vida dos produtos. Inovações tecnológicas,
especialmente em setores como câmeras digitais, celulares e televisores LCD, resultam em
produtos obsoletos rapidamente após o lançamento. Empresas precisam lidar com ciclos de
vida mais curtos, o que exige menores lead times.
Globalização e Terceirização na Cadeia de Suprimentos
A globalização redefine o conceito de empresas globais, expandindo além das
multinacionais. Empresas globais terceirizam seus recursos materiais e componentes em
todo o mundo, permitindo customização local e venda em diversos países. A terceirização,
a entrega de produtos em vários mercados e a complexidade das cadeias de suprimentos
globais tornam-se desafios para a logística. Nesse contexto, o "aplainamento do mundo",
termo cunhado por Thomas Friedman, destaca a conectividade global possibilitada por
avanços tecnológicos. Empresas globais precisam gerenciar eficientemente as complexas
redes de suas cadeias de suprimentos para se manterem competitivas.
Tendências de Queda de Preços e Influência do Cliente
A tendência de queda nos preços, impulsionada por novos concorrentes globais e pela
abertura do comércio internacional, coloca pressão sobre as empresas para reduzir custos.
O gerenciamento logístico eficiente na cadeia de suprimentos é vital para enfrentar esse
desafio e manter a competitividade. A influência crescente dos clientes nas relações de
mercado é uma realidade, especialmente com o advento da Internet. Os consumidores agora
têm acesso fácil a comparação de preços e elevaram suas expectativas em termos de
qualidade e valor. Empresas precisam ajustar suas estratégias logísticas para atender a
essas demandas crescentes.
Conclusão: O Papel Crucial da Logística nas Adaptações Competitivas
Em síntese, as transformações no ambiente competitivo demandam adaptações
significativas na abordagem das empresas, destacando a importância estratégica da
logística e da gestão da cadeia de suprimentos. Desde a mudança nas regras de competição
até a influência do cliente, o gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos emerge
como um fator crítico para o sucesso. Empresas que compreendem e enfrentam esses desafios
logísticos têm a capacidade de se destacar em um ambiente empresarial cada vez mais
dinâmico e globalizado.
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Pontos-chave do texto
● As novas regras de competição exigem que as empresas foquem na cadeia de suprimentos para
criar valor para os clientes.
● A globalização está transformando as cadeias de suprimentos, tornando-as mais complexas.
● A tendência de redução nos preços de vendas está pressionando as empresas a reduzir custos.
● A maior influência dos clientes está exigindo que as empresas ofereçam produtos e serviços de
alta qualidade e com um bom nível de serviço.
Verbetes
lead time: O lead time, numa visão restrita, representa o tempo transcorrido entre o
recebimento do pedido e a entrega da mercadoria ao cliente. Não obstante, atualmente se
fala no lead time estratégico, que corresponde ao tempo contado desde a concepção do
projeto na prancheta, passando pela compra do material necessário à sua fabricação, sua
manufatura e montagem, até sua entrega ao cliente final.
Customização: é uma adaptação das características de um produto para os hábitos ou
singularidades de uma determinada região ou grupo de indivíduos.
RESUMO GERAL
A evolução do paradigma da gestão logística propõe uma ampliação do escopo de
atuação, que não mais estaria situado no âmbito de uma empresa apenas, mas, sim, no
contexto de várias organizações existentes no canal logístico, ou seja, os fornecedores,
os clientes (empresas ou consumidores finais) e a própria organização. Assim, o
gerenciamento do canal logístico como um todo é fundamental para a competitividade das
empresas. Uma empresa pode assumir uma posição de vantagem competitiva em relação aos
seus concorrentes quando evidencia, durante muito tempo, uma ou mais das seguintes
características: capacidade de manter um preço baixo em relação aos seus concorrentes;
reputação de qualidade no atendimento ou nos itens que produz e comercializa; preferência
por parte dos clientes; lucratividade acima da média do setor em que atua.
Os principais desafios a serem enfrentados pela logística são: as novas regras de
competição nos mercados; a globalização dos setores envolvidos; a tendência de redução
nos preços de vendas; e a maior influência dos clientes nas relações de mercado.
Existe hoje a percepção de que as empresas concorrem por meio das suas capacidades
e competências. Isso quer dizer que as empresas são competitivas na medida em que
conseguem criar valor para os consumidores, através de um gerenciamento mais eficiente de
seus processos internos em relação aos seus concorrentes. Assim, as organizações globais
que quiserem se manter competitivas vão ter que gerenciar muito bem as complexas redes
que caracterizam as cadeias de suprimentos.
Aula 3 - A CADEIA DE SUPRIMENTOS E A ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
META:
Apresentar a importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos para a estratégia das
empresas.
OBJETIVOS:
Ao final desta aula,você deverá ser capaz de:
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
1. elaborar uma análise swot com a função logística para as estratégias
organizacionais;
2. indicar os princípios que devem orientar a estratégia logística;
3. identificar os níveis de planejamento logístico;
4. caracterizar o sistema logístico como uma rede de mercadorias e informações.
O ALINHAMENTO DA ESTRATÉGIA CORPORATIVA COM A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
O gerenciamento logístico desempenha um papel crucial na implementação eficaz da
estratégia corporativa das organizações. Inicialmente, a definição da orientação
estratégica é conduzida pela liderança da empresa, estabelecendo objetivos e diretrizes
para alcançá-los. Essa estratégia é então desdobrada em planos específicos para
diferentes áreas funcionais, como Marketing, Produção e Logística. A estratégia
corporativa começa com a definição clara de objetivos, seguida pela criação de uma visão,
que serve como guia para as ações futuras. A visão incorpora considerações sobre
clientes, fornecedores, concorrentes e fatores ambientais, como oportunidades e ameaças.
A análise SWOT é uma ferramenta comumente usada para identificar esses elementos.
A estratégia corporativa se desdobra nas estratégias específicas de cada função
empresarial, incluindo Produção e Logística. A produção envolve decisões estruturais
(relacionadas ao projeto) e decisões infra estruturais (envolvendo a força de trabalho e o
controle operacional). Da mesma forma, a logística busca alinhar suas operações com a
estratégia organizacional, visando à redução de custos, capital empregado e melhoria dos
serviços aos clientes. A redução de custos na logística é alcançada otimizando os custos
de transporte e armazenamento, enquanto a redução do capital empregado visa minimizar os
investimentos em sistemas logísticos. As estratégias de melhoria de serviços logísticos
consideram que lucros dependem do nível de serviço oferecido aos clientes, e devem ser
equilibradas com os custos associados. Em resumo, o alinhamento entre logística e
estratégia corporativa é essencial para o sucesso organizacional, permitindo que as
operações logísticas contribuam efetivamente para os objetivos e diretrizes estabelecidos
pela liderança da empresa.
OS PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA ESTRATÉGIA LOGÍSTICA
A estratégia logística deve se alinhar aos objetivos corporativos e abordar os
desafios de um ambiente competitivo, globalizado e volátil. Christopher (2007) propõe
quatro princípios-chave: responsividade, confiabilidade, resiliência e relacionamentos.
1. Responsividade: Refere-se à capacidade de atender às necessidades dos
clientes de forma ágil e flexível. A agilidade é essencial para responder
rapidamente às mudanças de mercado e demanda imprevista, superando a
importância das estratégias de longo prazo.
2. Confiabilidade: Envolve garantir que o canal logístico forneça produtos que
atendam às expectativas dos clientes, sem perda de qualidade ou desvio das
especificações. A visibilidade ao longo da cadeia logística é fundamental
para aumentar a confiabilidade, permitindo uma compreensão clara das demandas
dos clientes.
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
3. Resiliência: Corresponde à capacidade da cadeia de suprimentos de se
recuperar rapidamente de perturbações ou eventos imprevistos. Em um ambiente
volátil, as cadeias de suprimentos resilientes podem resistir a interrupções,
identificando e mitigando vulnerabilidades ao longo da cadeia.
4. Relacionamentos: Os clientes tendem a reduzir sua base de fornecedores,
buscando relacionamentos de longo prazo baseados na confiança e na
colaboração. Parcerias sólidas permitem compartilhar inovações, reduzir
custos e integrar processos, promovendo uma interdependência mútua e
dificultando a entrada de concorrentes.
Esses princípios destacam a importância da logística na adaptação às demandas do
mercado, na garantia da qualidade e na construção de parcerias colaborativas ao longo da
cadeia de suprimentos. Em um cenário competitivo em constante evolução, as empresas que
adotam esses princípios estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e obter
sucesso no futuro.
OS NÍVEIS DE PLANEJAMENTO DE LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS
O planejamento logístico e de cadeia de suprimentos é um processo estratégico vital
para empresas que buscam operar de forma eficiente e atender às demandas dos clientes.
Esse planejamento é composto por três níveis distintos: estratégico, tático e
operacional. No nível estratégico, de longo prazo, as decisões são tomadas com base em
uma visão ampla do mercado e das metas organizacionais. Aqui, o foco está em definir
objetivos gerais e diretrizes para a logística e a cadeia de suprimentos, como a expansão
para novos mercados, a introdução de novos produtos ou a otimização da rede de
distribuição. Já no nível tático, de médio prazo, as decisões são mais detalhadas e
direcionadas para a implementação das estratégias definidas no nível anterior. Questões
como a alocação de recursos, a gestão de estoques, a seleção de fornecedores e a escolha
de modalidades de transporte são abordadas neste estágio. O objetivo é traduzir as
estratégias em planos acionáveis e eficientes. Por fim, no nível operacional, de curto
prazo, o foco está na execução diária das operações logísticas. Aqui, as decisões são
tomadas em tempo real para lidar com questões imediatas, como o planejamento de rotas de
entrega, o controle de inventário e a gestão de pedidos. A precisão e agilidade são
essenciais neste estágio para garantir o funcionamento eficiente da cadeia de
suprimentos.
Além disso, o planejamento logístico abrange quatro áreas principais: níveis de
serviço ao cliente, localização de instalações, gestão de estoques e seleção de modais de
transporte. Essas áreas são interdependentes e influenciam-se mutuamente, destacando a
importância de uma abordagem integrada para o planejamento logístico. Em resumo, o
planejamento logístico e de cadeia de suprimentos é um processo multifacetado que requer
uma visão estratégica de longo prazo, bem como uma execução eficiente e precisa no curto
prazo para garantir o sucesso operacional e a satisfação do cliente.
O PLANEJAMENTO LOGÍSTICO SOB A ÓTICA DE REDE
O planejamento logístico, como descrito por Ballou (2006), é uma abstração de uma
rede composta por ligações e nós, onde as ligações representam o movimento de mercadorias
entre diferentes pontos de estocagem e os nós indicam esses pontos, como fábricas,
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
armazéns e lojas varejistas. Essa representação abstrata abrange não apenas o fluxo
físico de produtos, mas também os fluxos de informações associados, como dados de vendas,
níveis de estoque e previsões de demanda. Na visão proposta, a rede logística é
considerada um sistema integrado, onde as atividades de transporte e armazenagem são
apenas parte do todo. A rede logística inclui também uma rede de fluxos de informação,
que são fundamentais para a tomada de decisões em todos os níveis da cadeia de
suprimentos. Essas informações são coletadas e processadas em diferentes pontos da rede,
seja por funcionários responsáveis pelo processamento de pedidos ou por sistemas
computacionais.
Uma distinção importante é feita entre os fluxos de mercadorias e os fluxos de
informações. Enquanto as mercadorias fluem predominantemente do fabricante parao cliente
final, as informações tendem a fluir em direção oposta, do cliente para o fabricante. No
entanto, ambas as redes são interdependentes e devem ser integradas desde o planejamento
inicial. A integração efetiva dessas redes é fundamental para o sucesso do planejamento
logístico. Por exemplo, o projeto da rede de informações influencia diretamente os prazos
do ciclo de pedidos, que por sua vez afetam os níveis de estoque em cada ponto da rede.
Esses níveis de estoque influenciam o nível de serviço ao cliente, que retroalimenta o
ciclo de pedidos. Essas interdependências destacam a importância de um projeto abrangente
do sistema logístico, que otimize o equilíbrio entre o serviço ao cliente e os custos
operacionais da rede.
Portanto, o planejamento logístico não se limita apenas ao movimento físico de
mercadorias, mas também abrange a gestão eficaz dos fluxos de informação ao longo de toda
a cadeia de suprimentos. Uma abordagem integrada que considera tanto os aspectos físicos
quanto os aspectos informacionais da logística é essencial para garantir a eficiência e a
eficácia operacional de uma organização.
Verbetes:
Retorno sobre o investimento (ROI – Return on Investment) – é uma medida de performance
financeira. Mede a razão entre o lucro gerado por um investimento e o valor total deste.
Giro de estoque - representa o número de dias necessários para que todo o estoque seja
vendido ou empregado nas atividades operacionais da empresa. A empresa será tão eficiente
quanto maior for o giro dos estoques. Para se obter essa medida de desempenho, é preciso
identificar o total de vendas anuais (do Demonstrativo de Resultados) e dividi-lo pelo
saldo da conta estoques no mesmo período. Será obtido o número de vezes que o estoque
“girou” ao longo do ano. Para se obter o giro de estoque em termos de dias, basta dividir
o número de dias do ano (considerando-se um ano de 12 meses de 30 dias temos que o ano
tem 360 dias) pelo valor do giro do estoque.
RESUMO
A rede logística é fundamental para a estratégia da empresa como um todo. Os
princípios que devem orientar uma estratégia vencedora são: responsividade
(responsiveness); confiabilidade (reliability); resiliência (resilience); e
relacionamentos (relationships). O planejamento logístico tem como propósito responder
perguntas acerca do quê, quando e como, desenvolvendo-se em três níveis: estratégico,
tático e operacional. Por fim, a cadeia de suprimentos como uma rede de fluxos de
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
materiais e informações. A chave do efetivo planejamento logístico consiste na elaboração
de um bom projeto de sistema logístico que seja capaz de integrar a rede de mercadorias
com a rede de informações.
TEXTOS AUXILIARES - MÓDULO I
TEXTO I - UMA ABORDAGEM INTRODUTÓRIA SOBRE A LOGÍSTIC REVERSA
A Logística Reversa é cada vez mais adotada pelas empresas como um diferencial
competitivo. Visa o desenvolvimento sustentável, considerando os impactos ambientais,
sociais e econômicos. Aborda a gestão dos produtos desde sua saída do consumidor até a
fábrica.
Conceito de Logística Reversa: Amplo, abrange o fluxo reverso da fabricação do produto.
Envolve planejamento, implantação e controle do retorno de materiais, reciclagem,
reutilização, reparação, entre outros.
Atividades e Classificação da Logística Reversa: Incluem retorno de materiais,
recuperação, reutilização, reciclagem e descarte correto. Classificação inclui logística
reversa de pós-venda, pós-consumo e de embalagem.
Ciclo de Atividades da Logística Reversa: Materiais podem retornar ao fornecedor, serem
revendidos, recondicionados, reciclados ou descartados.
Fatores impulsionadores da Logística Reversa no Brasil: Surgimento e fortalecimento de
ONGs ambientais. Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Aumento
de cooperativas de reciclagem. Criação do Programa de Logística Verde Brasil (PLVB).
Proliferação de trabalhos acadêmicos e programas voltados à pesquisa socioambiental.
Benefícios da Logística Reversa: Criação de imagem empresarial sólida. Lucro com ações de
marketing positivas. Melhoria do processo de produção e redução de custos. Criação de
consumidores conscientes. Redução de resíduos descartados e geração de empregos. Melhoria
do meio ambiente e condições do planeta.
TEXTO II - CASE ROCK IN RIO
História do Rock in Rio: Criado em 1985 por Roberto Medina no Rio de Janeiro. Primeira
edição com dificuldades de patrocínio. Sucesso devido à presença de grandes estrelas
internacionais. Edições posteriores no Brasil, Portugal e Espanha.
Aspectos da Logística do Rock in Rio:
- Programação de Produtos e Aquisição: 700 itens licenciados em média por edição.
Seleção estratégica para garantir interesse do público e evitar estoque excessivo.
- Transporte e Armazenagem de Equipamentos: Waiver Logistics cuida da logística desde
1991. Transporte via modal marítimo/aéreo e rodoviário. Armazenagem de instrumentos
sensíveis à temperatura e umidade.
- Transporte do Público e Uso de Tecnologia de Informação: 810 mil passageiros no
aeroporto RIOgaleão. Estímulo ao transporte público com proibição de
estacionamento. Monitoramento e informação de trânsito por painéis, câmeras e apps
como Waze e Google Maps. Acessibilidade garantida com plataformas para pessoas com
necessidades especiais.
- Processamento de Pedidos: Compra de ingressos via Ingresso.com. Necessidade de CPF
válido e cadastro ativo. Entrega das pulseiras via Correios ou retirada em pontos
físicos.
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
TEXTO III - ARTIGO LOGÍSTICA REVERSA - ROCK IN RIO
O artigo examina a logística do Rock in Rio 2011, um festival de música de grande
porte realizado no Rio de Janeiro. A logística de eventos é crucial para o sucesso de
tais eventos, e o Rock in Rio é um exemplo notável de planejamento e organização.
- Estrutura do Festival: A Cidade do Rock, local do festival, foi construída e desmontada
para o evento, com infraestrutura completa, incluindo palcos, iluminação, gramado e áreas
de apoio. A organização dos horários dos shows foi complexa, com diversos artistas e
equipe técnica se revezando nos palcos.
- Transporte: O transporte de artistas e seus instrumentos envolveu intermodalidade
(avião e caminhões/vans) e logística especializada. O público foi incentivado a usar
transporte público, com linhas especiais de ônibus e integração com outros modais. Houve
problemas com atrasos nos ônibus e falta de segurança nas áreas de acesso.
- Segurança: A segurança do festival foi realizada por empresa especializada, com equipe
de 500 profissionais. Apesar da segurança, ocorreram arrastões durante alguns shows e
furtos de objetos pessoais. A estrutura médica do festival foi completa, com seis postos
médicos, 40 leitos e 1.500 profissionais de saúde.
- Logística Reversa: O Rock in Rio 2011 teve um plano de sustentabilidade para a gestão
de resíduos. Foram coletadas 381 toneladas de lixo, com separação para reciclagem e
compostagem. O festival recebeu a certificação Selo 100R de evento sustentável.
- Considerações Finais: O Rock in Rio 2011 é um exemplo de sucesso na organização de
grandes eventos. A logística integrada, o planejamento detalhado e a preocupação com a
sustentabilidade foram fatores importantes para o sucesso do festival. O evento gerou
impacto econômico positivo e contribuiu para a profissionalização do setor de eventos no
Brasil.
Aula 4 - A LOGÍSTICA COMO DIRECIONADOR DE VALOR PARA O CLIENTE
META
Apresentar a importância da Logística para a geração de valor para o cliente.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. identificaras conexões entre o Marketing e a Logística na busca do valor ao
cliente;
2. descrever as dimensões do valor para o cliente;
3. descrever os elementos do serviço ao cliente.
4. caracterizar os elementos do serviço ao cliente.
AS CONEXÕES ENTRE O MARKETING E A LOGÍSTICA NA BUSCA DO VALOR AO CLIENTE
O texto aborda a crescente interdependência entre Marketing e Logística na busca
por valor ao cliente. Tradicionalmente, o Marketing concentrou-se nos 4 Ps (produto,
preço, promoção e praça), mas agora o serviço ao cliente emerge como um diferencial
competitivo fundamental. Isso se deve à sofisticação crescente dos consumidores e à
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
"comoditização" dos produtos, onde a disponibilidade torna-se um fator-chave na decisão
de compra. No ambiente de negócios atual, a estratégia competitiva das empresas está cada
vez mais voltada para a agregação de valor ao cliente. Isso é motivado pela percepção de
que o serviço ao cliente é um meio potencial de diferenciação que pode distanciar uma
empresa de seus concorrentes. Enquanto os consumidores se tornam mais exigentes,
procurando não apenas produtos de qualidade, mas também uma experiência de compra
satisfatória, as empresas precisam ajustar suas estratégias para atender a essas demandas
em constante evolução.
A evolução tecnológica e a convergência tecnológica têm contribuído para a
"comoditização" dos produtos, reduzindo a diferenciação entre marcas e enfraquecendo o
poder das mesmas. Isso significa que os consumidores estão mais propensos a aceitar
produtos substitutos, tornando a disponibilidade e o serviço ao cliente fatores decisivos
na hora da compra. A disponibilidade imediata do produto agora é valorizada pelos
consumidores, especialmente em mercados onde a diferença entre produtos se tornou menos
perceptível. A qualidade do serviço ao cliente, juntamente com a disponibilidade do
produto, tem se destacado como um diferencial competitivo significativo. Os consumidores
estão dispostos a pagar mais por uma experiência de compra que atenda às suas
expectativas em termos de serviço e conveniência. Portanto, as empresas precisam adotar
uma abordagem centrada no cliente, onde cada interação visa fornecer benefícios tangíveis
ao cliente e promover a fidelidade à marca.
Nesse contexto, a Logística desempenha um papel crucial na entrega de valor ao
cliente. O gerenciamento logístico (qualidade, serviço, custo e tempo) impacta tanto a
disponibilidade do produto quanto os custos totais da transação para o cliente. A redução
de custos na logística é importante, mas apenas se não comprometer a qualidade do serviço
ao cliente. Uma estratégia logística eficaz não se concentra apenas na eficiência
operacional, mas também na eficácia em atender às necessidades e expectativas dos
clientes. Além disso, a integração entre Marketing e Logística é fundamental para
maximizar o valor entregue ao cliente. A cooperação estratégica entre essas duas áreas
permite que as empresas otimizem suas operações, desde a concepção do produto até a
entrega final ao cliente. A Logística não deve ser vista apenas como uma função
operacional, mas sim como uma parte integrante da estratégia de Marketing, contribuindo
para a criação de valor e diferenciação da marca.
Em resumo, a entrega de valor ao cliente tornou-se uma prioridade para as empresas
que buscam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e exigente. A integração
entre Marketing e Logística desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo
que as empresas atendam às necessidades e expectativas dos clientes de forma eficaz e
eficiente. Ao adotar uma abordagem centrada no cliente e priorizar a qualidade do serviço
ao cliente, as empresas podem fortalecer sua vantagem competitiva e construir
relacionamentos sólidos com os clientes ao longo do tempo.
AS DIMENSÕES DO VALOR AO CLIENTE
O valor ao cliente é uma perspectiva essencial para as empresas no atual cenário
competitivo, onde a satisfação do cliente e a percepção do valor oferecido são
determinantes para o sucesso. Conforme destacado por Simchi-Levi et al. (2003), o valor
ao cliente vai além do produto ou serviço isoladamente, englobando todo o conjunto de
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
relações entre o cliente e a empresa. Nesse contexto, a medição da qualidade não se
limita mais à garantia interna, mas sim à satisfação externa do cliente. Inicialmente, a
qualidade era medida por indicadores como o número de defeitos dos produtos, porém, com a
mudança para uma abordagem orientada ao cliente, a ênfase passou a ser na satisfação dos
clientes atuais e no entendimento do porquê eles escolhem determinado produto ou serviço.
Isso levou ao reconhecimento da necessidade de ir além das características tangíveis dos
produtos, considerando também aspectos intangíveis, como a marca e a experiência do
cliente.
A gestão da cadeia de suprimentos (SCM) desempenha um papel crucial na entrega de
valor ao cliente, determinando a disponibilidade dos produtos, a rapidez da entrega e os
custos operacionais. A SCM precisa ser adaptável às necessidades dos clientes e às
diferentes dimensões de valor. Por exemplo, para produtos com demanda previsível, uma SCM
eficiente é aquela que reduz os custos por meio da otimização de estoques e transporte.
Por outro lado, para produtos sujeitos a demanda variável, uma SCM responsiva é
necessária para minimizar perdas de vendas e maximizar a satisfação do cliente. As
dimensões do valor ao cliente abrangem diversos aspectos, como conformidade com as
exigências, seleção de produtos, preço e marca, serviços com valor agregado,
relacionamentos e experiências.
● A conformidade com as exigências refere-se à capacidade da empresa de
oferecer o que o cliente deseja, influenciando as decisões de compra e a
lealdade do cliente.
● A seleção de produtos envolve a variedade e personalização dos produtos, com
estratégias que vão desde a especialização até a oferta de produtos
configuráveis.
● O preço e a marca são fatores-chave na percepção do valor pelo cliente.
Enquanto o preço pode afetar a decisão de compra, a marca pode agregar valor
ao produto e justificar preços mais altos. As empresas precisam equilibrar a
flexibilidade de preços com a manutenção da imagem de marca para garantir a
lucratividade.
● Os serviços com valor agregado, como suporte e manutenção, tornam-se cada vez
mais importantes para diferenciar os produtos e aumentar a fidelidade do
cliente.
● O relacionamento com o cliente é essencial para criar vínculos duradouros e
reduzir a probabilidade de mudança para a concorrência. Estratégias como o
relacionamento de aprendizagem e o empreendimento um-a-um permitem às
empresas entender as necessidades individuais dos clientes e oferecer
soluções personalizadas ao longo do tempo. Essas estratégias visam não apenas
aumentar as vendas, mas também fortalecer a lealdade do cliente e garantir
uma vantagem competitiva sustentável.
Em suma, o valor ao cliente é uma abordagem holística que considera todas as
interações entre a empresa e o cliente. Ao entender as diferentes dimensões do valor e
adaptar suas estratégias de acordo, as empresas podem oferecer uma experiência superior
ao cliente, aumentar a fidelidade e garantir sua competitividade no mercado. A gestão
eficaz da cadeia de suprimentos desempenha um papel fundamental nesse processo,
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RESUMO DADISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
garantindo a entrega oportuna e eficiente de produtos e serviços que atendam às
expectativas e necessidades dos clientes.
OS ELEMENTOS DO SERVIÇO AO CLIENTE
O serviço ao cliente é uma parte crucial das operações de uma empresa, com um
impacto significativo na criação de demanda e na manutenção da fidelidade do cliente. De
acordo com diversas definições apresentadas em Ballou (2006), o serviço ao cliente
abrange desde a formalização do pedido até a entrega das mercadorias, podendo incluir
também serviços de apoio e manutenção. Esse conceito tem evoluído para ser visto como um
processo completo de atendimento ao pedido do cliente, envolvendo uma série de etapas
interligadas. Kyj e Kyj observam que os serviços ao cliente, quando utilizados
eficazmente, podem ser uma variável de grande importância para a empresa, influenciando
diretamente a demanda e a fidelidade do cliente. Já Blanding destaca que os serviços ao
cliente englobam toda a cadeia de atividades relacionadas à satisfação de vendas, desde a
formalização do pedido até a entrega das mercadorias, podendo estender-se para serviços
de apoio ou manutenção.
O serviço ao cliente é uma interface crucial entre a função logística e a função de
marketing de uma empresa, uma vez que a entrega física do produto está intimamente ligada
à experiência do cliente no ponto de venda. Dessa forma, compreender e aprimorar o
serviço ao cliente é essencial para garantir a satisfação do cliente e manter a
competitividade no mercado.
Ballou destaca que muitas pesquisas têm sido realizadas para compreender os
elementos constitutivos do serviço ao cliente e seu impacto no comportamento dos
compradores. O serviço ao cliente é uma área complexa, sujeita a interpretações variadas
e em constante evolução devido às mudanças nas exigências dos clientes e no ambiente de
mercado.
Os elementos do serviço ao cliente podem ser categorizados em três grandes grupos:
pré-transação, transação e pós-transação. Cada grupo abrange uma série de aspectos que
influenciam a experiência do cliente desde o momento anterior à formalização do pedido
até o suporte pós-venda. Os elementos de PRÉ-TRANSAÇÃO incluem políticas formais de
serviço ao cliente, acessibilidade, estrutura organizacional e flexibilidade do sistema.
Esses elementos visam estabelecer um ambiente propício para um bom serviço ao cliente e
garantir que a empresa esteja preparada para atender às necessidades dos clientes. Os
elementos de TRANSAÇÃO estão diretamente relacionados à entrega do produto ou serviço ao
cliente e incluem o ciclo do pedido, disponibilidade de estoque, taxa de atendimento do
pedido e informações sobre a situação do pedido. Esses elementos influenciam diretamente
a confiabilidade e a eficiência do processo de entrega. Por fim, os elementos de
PÓS-TRANSAÇÃO estão relacionados ao suporte ao produto em campo e incluem disponibilidade
de peças de reposição, tempo de atendimento de chamada, acompanhamento/garantia do
produto e gestão de queixas e reclamações dos clientes. Esses elementos visam garantir
que o cliente receba o suporte necessário após a compra do produto ou serviço.
Em resumo, o serviço ao cliente é uma parte essencial das operações de uma empresa,
com uma influência significativa na satisfação e fidelidade do cliente. Compreender os
diferentes elementos do serviço ao cliente e sua importância relativa em diferentes
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RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
contextos é fundamental para garantir uma experiência positiva para o cliente e manter a
competitividade no mercado.
RESUMO GERAL
É cada vez maior a interdependência entre o Marketing e a Logística, pois mais se
reconhece o poder do serviço ao cliente como um meio potencial de diferenciação entre as
empresas. O Marketing é apresentado em grande parte da bibliografia especializada como o
gerenciamento dos 4 “Ps”, designados por produto, preço, promoção e praça (também chamada
de ponto de venda). Até hoje, a ênfase do Marketing recai sobre os três primeiros “Ps”. A
praça, que pode ser descrita por intermédio do antigo clichê: “o produto certo, no lugar
certo, na hora certa”, de um modo geral, não era muito enfatizado nos esforços da função
Marketing. A disponibilidade dos produtos passou a ser determinante para a decisão de
venda. Se o produto está disponível agora, então o cliente compra, pois a disponibilidade
para venda passa a ser um diferencial atrativo para o cliente, visto que o produto já se
“comoditizou” (todas as marcas são similares). Não obstante, a disponibilidade é um
elemento do serviço de suporte ao cliente, bem como um dos aspectos tratados pelo
gerenciamento logístico. O valor ao cliente, por sua vez, pode ser compreendido como a
forma pela qual o cliente percebe as ofertas da empresa, aí incluídos os produtos, os
serviços e outros bens intangíveis. Essas percepções dos clientes podem ser classificadas
em múltiplas dimensões: conformidade com as exigências; seleção de produtos; preço e marca;
serviços com valor agregado; relacionamentos e experiências. Abordamos o conceito de
serviço ao cliente, que é bastante elástico, e necessita estar em constante
aperfeiçoamento, conforme se modificam as exigências dos clientes. De um modo geral, o
serviço ao cliente pode ser compreendido a partir dos seus elementos constitutivos,
criados a partir do momento em que se estabeleceu a transação fornecedor-cliente. Esses
elementos são elencados nas seguintes categorias: pré-transação; transação; e
pós-transação.
Verbetes:
Comoditização - termo originado de “commodities”, são títulos correspondentes a
negociações com produtos agropecuários, metais, minérios e outros produtos primários nas
bolsas de mercadorias. Esses negócios se referem à entrega futura de mercadorias, mas não
significa necessariamente que há movimento físico de produtos nas bolsas.
Aula 5 - OS CUSTOS LOGÍSTICOS - PARTE I
META: Apresentar a relação entre os custos logísticos e o resultado econômico das
organizações
OBJETIVOS: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
● avaliar o impacto do gerenciamento logístico no desempenho econômico;
● demonstrar a influência da Logística nos elementos determinantes do ROI (retorno
sobre o investimento);
● identificar os princípios de custeio de um sistema logístico.
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RESUMO CRIADO E EDITADO POR: RENATO LAWALL LAGUARDIA
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
RESUMO DA DISCIPLINA: LOGÍSTICA EMPRESARIAL
1 – AS MÚLTIPLAS RELAÇÕES ENTRE O GERENCIAMENTO LOGÍSTICO E O DESEMPENHO
ECONÔMICO DAS EMPRESAS
O gerenciamento logístico desempenha um papel crucial no desempenho econômico das
empresas, contribuindo para a geração de vantagem competitiva. Embora os custos
associados à logística possam ser vistos como negativos, uma gestão eficaz desses custos
pode resultar em benefícios significativos. Em países desenvolvidos, os custos logísticos
representam uma parte substancial do Produto Interno Bruto (PIB), destacando sua
importância econômica.
Os recursos de logística, como capital de giro e imobilizado, afetam diretamente o
desempenho financeiro das empresas. Em um ambiente de mercado volátil, os gestores
enfrentam trade-offs ao tomar decisões, mas é essencial buscar um equilíbrio entre o
curto e o longo prazo. Ferramentas como a gestão do fluxo de caixa podem melhorar as
decisões de curto prazo, mas uma visão ampla do uso dos recursos é necessária.
O retorno sobre o investimento (ROI) é um indicador chave para avaliar a eficiência
dos ativos da empresa, e é influenciado pela margem e pelo giro dos ativos. A gestão
logística pode impactar o ROI através do aumento de receitas, redução de custos e
eficiência do capital empregado. A busca por isocurvas que promovamos maiores níveis de
ROI é um desafio para a gestão logística, envolvendo escolhas entre diferentes
combinações de margens e giro de ativos.
O gerenciamento logístico é um fator importante no desempenho econômico das
empresas, influenciando diretamente o ROI. Os direcionadores de ROI incluem variáveis
relacionadas à margem e ao giro dos ativos, destacando a necessidade de uma abordagem
estratégica e integrada para a gestão logística.
ROI = LUCRO / CAPITAL EMPREGADO ou ROI = (LUCRO/VENDAS) * (VENDAS/CAPITAL EMPREGADO)
2 – A INFLUÊNCIA DA LOGÍSTICA NOS ELEMENTOS DETERMINANTES DO ROI
O texto aborda a importância da logística na obtenção de um ROI (retorno sobre
investimento) mais elevado. A logística impacta os principais elementos que determinam o
ROI:
2.1. Receita de vendas:
● Nível de serviço logístico: alto nível de serviço impacta positivamente o volume de
vendas e a retenção de clientes.
● Ticket médio: clientes leais tendem a ter um ticket médio superior.
● Satisfação do cliente: fator fundamental para a retenção de clientes.
2.2. Custo:
● Redução de custos: a logística pode reduzir custos ao longo da cadeia de
suprimentos.
● Tempo com valor agregado: tempo despendido em atividades pelas quais o cliente está
disposto a pagar.
● Tempo sem valor agregado: tempo gasto em atividades que não agregam valor para o
cliente e devem ser reduzidas.
● Diagrama de processos na cadeia de suprimentos: ferramenta útil para identificar
oportunidades de ganhos de produtividade.
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● Lead time logístico: tempo decorrido entre a compra da matéria-prima e a entrega do
produto ao cliente.
● Ciclo do pedido: tempo decorrido entre o pedido do cliente e o recebimento do
produto.
● Gap do lead time: diferença entre o lead time logístico e o ciclo do pedido.
● Redução do gap do lead time: pode ser obtida através da redução do lead time
logístico e dá maior visibilidade da demanda dos clientes.
2.3. Necessidade de caixa e contas a receber:
● Ciclo do pedido: menor tempo do ciclo do pedido significa maior rapidez na emissão
da fatura.
● Grau de atendimento dos pedidos: impacta o caixa, pois a fatura só pode ser emitida
quando os produtos estão prontos para serem enviados.
● Exatidão da fatura: erros na fatura podem atrasar o pagamento.
2.4. Estoques:
● Nível de estoques: a logística gerencia os estoques de matérias-primas, produtos em
processamento e produtos acabados.
● Política da empresa: influencia o tamanho e a localização dos estoques.
● Estratégias de minimização de estoques: reduzem os custos com estoques.
2.5. Grau de utilização dos ativos imobilizados:
● Sistema logístico: utiliza amplo uso dos ativos imobilizados, como fábricas,
armazéns e depósitos.
● Ativos fixos: incluem os equipamentos e veículos utilizados para armazenagem,
manuseio e transporte dos materiais.
● Aluguel ou arrendamento de ativos: pode ser uma forma de melhorar o grau de
utilização dos ativos.
● Valor para o acionista: impactado pela função logística e pela gestão da cadeia de
suprimentos.
● Fatores que agregam valor para o acionista: crescimento da receita, redução do
custo operacional, eficiência do capital imobilizado, eficiência do capital de giro
e minimização de tributos.
Conclusão: A logística é uma função estratégica que pode impactar significativamente o
ROI e o valor para o acionista. As empresas que gerenciam sua logística de forma
eficiente podem obter um ROI mais elevado e aumentar o valor para seus acionistas.
3 – OS PRINCÍPIOS DE CUSTEIO DE UM SISTEMA LOGÍSTICO
O texto discute a necessidade de um sistema de custeio adequado para o
gerenciamento eficiente dos custos logísticos. Destacam-se duas dificuldades principais:
a falta de informações detalhadas sobre os custos ao longo do canal logístico e a
limitação dos sistemas de contabilidade tradicionais em fornecer uma visão precisa dos
custos reais envolvidos.
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Para estabelecer um sistema de custeio logístico eficaz, dois princípios são
destacados: a necessidade de refletir os custos ao longo do fluxo de materiais e a
capacidade de análise separada de custos e receitas por produto, cliente ou canal de
distribuição. Isso requer uma orientação para o custeio focada nos resultados, onde se
define primeiro os resultados desejados do sistema logístico e depois se identificam os
custos associados a esses resultados.
O conceito de missão logística é introduzido como um conjunto de metas de serviço
ao cliente, associadas a um contexto específico de produto e mercado. Um sistema de
custeio baseado em missões logísticas depende de dados obtidos em várias áreas funcionais
da empresa e da identificação dos custos incrementais associados a cada missão logística
específica.
O uso de custos incrementais é sugerido para isolar os custos que poderiam ser
evitados caso uma missão logística específica fosse abandonada. Isso é fundamental para
determinar os custos de cada atividade em relação a uma missão logística específica. O
texto apresenta uma tabela que ilustra a relação entre missões logísticas e áreas
funcionais sob a ótica do custo atribuível.
RESUMO GERAL
O desempenho econômico da empresa pode ser observado a partir do retorno sobre os
investimentos – ROI. Por sua vez, evidenciamos que o retorno sobre os investimentos é o
resultado do produto de uma expressão conhecida como margem, que é a razão lucro/vendas,
e a expressão denominada giro dos ativos, representada por vendas/capital. No primeiro
caso, estamos buscando um aumento de lucratividade, e, no segundo, uma maior eficiência
do uso dos ativos.
O bom desempenho econômico da empresa é o resultado de ações de melhoria em vários
aspectos determinantes do aumento do lucro ou do aumento da eficiência dos ativos. Esse
desempenho se reflete no ROI. Para tanto, a logística deve ser capaz de impactar
favoravelmente os seguintes aspectos: receita de venda, custo, necessidade de caixa,
contas a receber, estoques e ativos imobilizados.
A Contabilidade de Custos tradicional não é um instrumento adequado para o
gerenciamento dos custos, porque os métodos de rateio que utilizam são arbitrários e
distorcem a visão do lucro. Como o gerenciamento logístico é um procedimento orientado
para fluxos, é preciso integrar os recursos ao longo do canal, avaliando custos e
desempenho ao longo do mesmo.
Assim, para estabelecer um sistema de custeio logístico, é preciso observar dois
princípios. O primeiro princípio determina que o sistema seja capaz de refletir as
ocorrências de custos ao longo do fluxo de materiais que compõem o nível de serviço ao
cliente. O segundo princípio impõe que o sistema deve ser capaz de possibilitar análises
separadas de custos e receitas, a serem feitas por tipo de cliente, segmento de mercado,
ou canal de distribuição.
Verbetes:
IPO – acrônimo de initial public offering ou oferta pública inicial, que representa o
registro e a oferta pública de ações de uma empresa que esteja abrindo seu capital,
listando suas ações na bolsa de valores. O IPO é feito por meio de um intermediário
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financeiro, tal como um banco múltiplo, corretora de valores ou distribuidora, que exerce
o papel de coordenador da operação.
Isocurva - é o lugar geométrico determinado num espaço cartesiano que contém todos os
pares ordenados representativos de variáveisde uma função, de tal forma que o valor
dessa função seja o mesmo da isocurva. No caso do ROI, podemos entender a isocurva como
sendo todas as distintas combinações de giro de ativos e de margens de lucro que gera um
determinado nível de ROI. É possível observar que, conforme aumentam tanto o giro quanto
a margem, níveis mais elevados de ROI também são atingidos, contudo gerando isocurvas
mais afastadas da origem.
Aula 6 - OS CUSTOS LOGÍSTICOS - PARTE II
META: Apresentar os diversos custos logísticos na rede logística.
OBJETIVOS: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
● analisar os elementos determinantes do custo da missão logística e calculá-los;
● identificar os custos relativos aos estoques.
INTRODUÇÃO
Vimos na aula anterior a relação existente entre a logística e o resultado
econômico das organizações, por intermédio dos múltiplos elementos direcionadores do ROI.
Por sua vez, verificamos também que o custeio logístico envolve alguns aspectos não
contemplados pela contabilidade de custos tradicional, tais como o foco na missão
logística, que pode ser considerada como um processo envolvendo as distintas áreas
funcionais da empresa. Nesta aula, vamos detalhar o processo de custeio nas várias etapas
da missão logística.
1 – OS ELEMENTOS DETERMINANTES DO CUSTO DA MISSÃO LOGÍSTICA
1. Desafios da Contabilidade Tradicional: A Contabilidade tradicional enfrenta
dificuldades em fornecer informações adequadas para o gerenciamento logístico.
Christopher (2007) identifica cinco problemas críticos não resolvidos pela Contabilidade
de Custos tradicional. Esses problemas incluem desconhecimento dos custos reais
relacionados aos diferentes tipos de clientes e segmentos de mercado, agregação excessiva
de custos, uso predominante de rateios arbitrários para custos indiretos, orientação por
funções em vez de resultados e falta de conhecimento do custo por cliente.
2. Proposta do Custeio Baseado em Atividades (ABC): O método do Custeio Baseado em
Atividades (ABC) surge como uma solução para os problemas enfrentados pela Contabilidade
tradicional. Ele procura identificar os elementos que consomem recursos ao longo do canal
logístico, oferecendo uma visão mais precisa dos custos associados aos serviços prestados
aos clientes. Ao contrário da contabilidade tradicional, que muitas vezes utiliza rateios
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arbitrários, o ABC busca atribuir os custos de forma mais direta, utilizando
direcionadores de custos específicos para cada atividade.
3. Implementação do Custeio de Missão Logística: O custeio de missão logística visa
identificar os custos gerados pelas estratégias específicas de logística e serviço ao
cliente, atendendo segmentos de mercado selecionados. São definidas quatro etapas para
implementar um processo eficaz de custeio de missão logística:
1. Definição do segmento de serviço ao cliente.
2. Identificação dos fatores que produzem variações no custo dos serviços.
3. Identificação dos recursos específicos empregados para atender determinados segmentos
de clientes.
4. Atribuição de custos de atividade por tipo de cliente ou segmento.
Essas etapas visam garantir que os recursos limitados da empresa sejam alocados de
forma eficiente para atender às necessidades dos diferentes segmentos de clientes.
4. Reestruturação do Sistema de Organização de Custos: É crucial reestruturar o sistema
de organização de custos para permitir a coleta e análise dos custos por cliente ao longo
de todo o processo logístico. O sistema de controle das contas contábeis deve ser capaz
de registrar os custos desde a geração do pedido até a entrega final e a cobrança. Essa
reestruturação é essencial para uma tomada de decisão informada e eficaz no gerenciamento
logístico, permitindo uma análise detalhada dos custos associados a cada cliente e
segmento de mercado.
5. Análise de Custos e Contribuição Específica do Cliente: Para realizar uma análise de
custos eficaz, é necessário partir do valor bruto das vendas e subtrair descontos, custos
diretos e indiretos. Os custos indiretos atribuíveis ao cliente são deduzidos do
resultado obtido, resultando na contribuição específica do cliente para o lucro da
empresa. Essa abordagem permite uma avaliação mais precisa do desempenho de cada cliente
em termos de lucratividade e contribuição para o sucesso geral da empresa.
Esses pontos fornecem uma visão abrangente dos desafios enfrentados pela
contabilidade tradicional no contexto logístico e da abordagem proposta pelo custeio
baseado em atividades e pelo custeio de missão logística para superar esses desafios e
tomar decisões mais informadas no gerenciamento logístico.
2. OS CUSTOS RELATIVOS AOS ESTOQUES:
A gestão eficaz dos custos de estoques é fundamental para a competitividade das
empresas. A compreensão dos diferentes tipos de custos de estoques e dos trade-offs
existentes permite que as empresas tomem decisões mais informadas sobre o nível de
estoque ideal. A utilização de informação e de projetos adequados de cadeias de
suprimentos pode ajudar as empresas a reduzir os custos de estoques e melhorar o nível de
serviço ao cliente.
Elenco de Custos de Estoques:
● Custo de Colocação de Pedido: relacionado às transações de reabastecimento,
incluindo atividades administrativas e encargos associados.
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● Custo de Desconto de Preços: decorrente de descontos para grandes quantidades,
resultando em custos extras para pequenos pedidos.
● Custo de Falta de Estoques: consequência da falha na previsão, levando à
interrupção da produção e possíveis danos à imagem da empresa.
● Custo do Capital de Giro: relacionado à fonte de financiamento dos estoques,
considerando prazos de pagamento e recebimento.
● Custo de Armazenagem: inclui despesas com locação de depósito, climatização e
iluminação.
● Custo de Obsolescência: custo incorrido quando estoques se tornam obsoletos ou
deteriorados.
● Custo de Ineficiência de Produção: abrange desperdícios relacionados à
superprodução, fabricação de produtos defeituosos e outros.
Categorias de Custos de Aquisição:
● Custos Fixos por Pedido: não variam com o tamanho do pedido.
● Custos Variáveis: dependem do tamanho dos pedidos e incluem transporte, produção e
manuseio dos materiais.
Custos de Manutenção:
● Custos de Espaço: relacionados ao volume ocupado no prédio de armazenagem.
● Custos de Capital: decorrentes do custo dos recursos imobilizados em estoques.
● Custos de Serviço de Estocagem: como seguros para cobertura dos estoques.
● Custos de Risco de Estocagem: associados à deterioração, furtos, danos e
obsolescência dos estoques.
Custos de Falta de Estoques:
● Custos de Venda Perdida: ocorrem quando um cliente cancela o pedido devido à falta
de estoque.
● Custos de Pedidos Atrasados: surgem quando o pedido é adiado devido à falta de
estoque.
Trade-offs Relacionados aos Estoques:
● Trade-off entre Tamanho do Lote e Estoques: conflito entre custos de preparação por
unidade e custos de manutenção de estoques.
● Trade-off entre Custos de Estoque e Custos de Transporte: escolha entre carga
completa e pequenas remessas, considerando o impacto nos estoques e nos custos de
transporte.
● Trade-off entre Variedade de Produtos e Estoques: balancear a variedade de produtos
com os custos de manutenção de estoques, utilizando estratégias como a
diferenciação adiada para reduzir o impacto nos estoques.
RESUMO GERAL
A contabilidade tradicional não é capaz de atender a algumas necessidades de
informações que são fundamentais para que o gestor possa ter êxito no gerenciamento
logístico.

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