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Manual - Formação de Brigada

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA 
SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
MASSANORI HARA 
SÉRGIO FONSECA JÚNIOR 
TELMO JOSÉ ANGELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL PARA FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO 
NO SETOR INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2005
MASSANORI HARA 
SÉRGIO FONSECA JÚNIOR 
TELMO JOSÉ ANGELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL PARA FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO 
NO SETOR INDUSTRIAL 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para 
obtenção do título de Especialista na Universidade 
Estadual de Ponta Grossa, Área de Engenharia de 
Segurança do Trabalho. 
 
Orientador: Prof. Dr. Carlos Roberto Balarim 
Co-orientador: Prof. Esp. Gerson Luís Carneiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2005
MASSANORI HARA 
SÉRGIO FONSECA JÚNIOR 
TELMO JOSÉ ANGELO 
 
 
 
 
 
MANUAL PARA FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO 
NO SETOR INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de 
Especialista na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Área de Engenharia de 
Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 
Ponta Grossa, 07 de dezembro de 2005. 
 
 
 
 
 Prof. Dr. Carlos Roberto Balarim – Orientador 
 
 
 Prof. Esp. Gerson Luíz Carneiro – Banca 
 
 
 Prof. Dr. Carlos Luciano Vargas – Banca 
 
 
 Prof. Esp. Luíz Carlos Lavalle Filho – Banca 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Este trabalho trata de Manual de Dimensionamento de Brigada de Incêndio no setor 
industrial e elaborado com o auxílio de um questionário que visava verificar os meios 
utilizados pelas indústrias para montagem de suas brigadas de incêndio. Uma vez a 
campo, iniciaram-se as dificuldades. A maioria das empresas nem se quer pensam 
no assunto. Outras, acanhadas pela formação precária de suas brigadas, não 
aceitavam falar a respeito. Por fim, alguns estabelecimentos foram muito prestativos 
em mostrar a composição das equipes de combate a incêndio. O ganho de 
conhecimento provocou uma mudança de rumo no trabalho. Resolveu-se montar o 
manual. Com isto, objetiva-se auxiliar as indústrias, dando-lhes uma ferramenta mais 
completa. Outro motivo é o fato de alguns assuntos não serem sequer citados pelas 
normas fazendo com que a formação de brigadas torne-se uma tarefa de tentativas. 
No Manual, foram incluídos: Critérios para seleção de brigadistas; Composição das 
brigadas; Atribuições das brigadas; Atribuições dos brigadistas; Atribuições da 
equipe de comunicação; Atribuições da equipe de abandono; Atribuições da equipe 
de salvamento e primeiros socorros; Atribuições dos empregados em geral; Como e 
quando é necessária a ação dos brigadistas; Plano de emergência; Organograma; O 
que é necessário treinar e quando; 
 
Palavras-chave: Brigada de Incêndio. Composição das Brigadas. Brigadistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
GRÁFICO 1 - O dimensionamento da brigada foi feito por qual profissional? ..........12 
GRÁFICO 2 - Como foi dimensionada a brigada? ....................................................12 
GRÁFICO 3 - Como é composta a brigada?.............................................................13 
GRÁFICO 4 - Qual o critério usado na escolha dos brigadistas?..............................13 
GRÁFICO 5 - Todos são voluntários ou existe algum cargo indicado?.....................14 
GRÁFICO 6 - Houve necessidade de ajustes na brigada? .......................................14 
GRÁFICO 7 - São realizados treinamentos periódicos com a brigada?....................15 
GRÁFICO 8 - Quem presta este treinamento?..........................................................15 
GRÁFICO 9 - A empresa possui um manual para uso dos brigadistas e para 
informação dos funcionários em geral? ..............................................16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................6 
2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................9 
3 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................11 
3.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS OBTIDOS.......................................................11 
4 RESULTADO E DISCUSSÃO ...............................................................................12 
4.1 MANUAL DE DIMENSIONAMENTO DE BRIGADAS DE INCÊNDIO ................20 
4.1.1 Definições ou glossário de termos técnicos pertinentes à área da prevenção 
contra incêndio ...............................................................................................20 
4.1.2 Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadistas ...........................21 
4.1.3 Composição da brigada..................................................................................23 
4.1.3.1 Em função do uso dos extintores .................................................................27 
4.1.3.2 Em função do uso do sistema de hidrantes..................................................27 
4.1.3.3 Em função das atividades necessárias ........................................................29 
4.1.3.3.1 Equipe de comunicação .............................................................................29 
4.1.3.3.2 Equipe de abandono ..................................................................................29 
4.1.3.3.3 Equipe de salvamento e primeiros socorros...............................................30 
4.1.3.3.4 Empregados em geral ................................................................................30 
4.1.3.3.5 Outros.........................................................................................................31 
4.1.4 Atribuições das brigadas.................................................................................32 
4.1.5 Atribuições da equipe de comunicação ..........................................................33 
4.1.6 Atribuições da equipe de abandono ...............................................................34 
4.1.7 Atribuições da equipe de salvamento e primeiros socorros............................34 
4.1.8 Atribuições dos empregados em geral ...........................................................35 
4.1.9 Identificação dos brigadistas...........................................................................37 
4.1.10 Como e quando é necessária a ação da brigada de incêndio .......................37 
4.1.11 Plano de emergência .....................................................................................39 
4.1.12 Organograma da Brigada de Incêndio ...........................................................43 
4.1.13 O que é necessário treinar.............................................................................44 
5 CONCLUSÃO .......................................................................................................48 
6 SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS SOBRE O ASSUNTO....................49 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................50 
ANEXO A – Tabela do Percentual de Cálculo para Composição da Brigada de 
Incêndio (Nbr 14276) ...........................................................................51 
ANEXO B – Fluxograma de Procedimento da Brigada de Incêndio (NBR 14276)
..............................................................................................................54 
 
 
 
 6
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Nenhum sistema de prevenção de incêndios será eficaz se não houverem 
pessoas treinadas e capacitadas para operá-lo. Pessoas que, com conhecimento de 
prevenção e combate ao incêndio, com capacitação para situações imprevistas e de 
emergência, com controle emocional e ainda com conhecimento de técnicas de 
primeiros socorros, serão decisivas em situações críticas salvando empresas de 
sucumbirem diante do fogo e acimade tudo evitando que vidas sejam perdidas. 
No Brasil, o acontecimento de tragédias relacionadas a incêndios, faz com 
que surjam momentos de reflexão, na comunidade e nos empresários, que acabam 
por levantar um questionamento: Como está a segurança e a prevenção na minha 
empresa? E, então, começou um processo de pesquisa à procura de insumos 
capazes de auxiliar a empresa a enquadrar-se em dois pontos cruciais: Segurança e 
Prevenção. Iniciou-se aí, uma corrida para que os novos projetos previssem 
instalações de proteção e combate a incêndio capazes de evitar o acontecimento 
destas tragédias. Normas e velhos conceitos foram revistos e as exigências nos 
projetos de Prevenção e Combate a Incêndio tornaram-se mais rigorosas. E agora, 
têm-se boas instalações, manutenção e inspeções periódicas dos equipamentos, um 
estabelecimento perfeito, seguro, será? No caso da ocorrência de um sinistro, um 
princípio de fogo, as pessoas saberão como operar os equipamentos evitando que 
ele se alastre? As pessoas sabem como se organizar para uma evacuação segura? 
E o atendimento aos feridos? Faz-se então necessária à formação de grupos 
responsáveis pelo combate às chamas, pelo abandono do local e pelo atendimento 
de primeiros socorros às vítimas. Este grupo será treinado para este fim e será 
capaz de controlar o princípio do incêndio e evacuar a área com segurança 
protegendo assim as vidas e o patrimônio. 
 7
Porém, apesar de existirem instruções para se organizar as Brigadas de 
Incêndio, estas informações estão espalhadas em uma série de literaturas que nem 
sempre estão disponíveis ou ao alcance das pessoas que acabam por improvisar, 
ou por criar grupos com pouco critério, sem uma base coerente, deixando o 
estabelecimento à mercê do sinistro. 
Com este trabalho espera-se acabar com grande parte da dificuldade 
encontrada pelos empresários na formação de suas Brigadas. Não tem a finalidade 
de ser a última fonte de pesquisa, nem de contemplar todas as situações possíveis 
nas indústrias, pois isto seria uma utopia, mas é uma ferramenta de auxílio na 
formação das Brigadas. Contudo, espera-se que cada um aprofunde os estudos em 
função das suas necessidades, dos seus riscos e do seu estabelecimento. Unindo 
isto, certamente, uma excelente Brigada de Incêndios será formada. 
A Lei Federal nº. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que dá diretrizes sobre 
Segurança e Medicina do Trabalho, regulamentada pela Portaria 3.214/78, prevê 
grupos de enfrentamento a emergências, denominados de Brigadas de Incêndio. 
A constituição destas equipes, seguida de um bom treinamento garante, às 
empresas que as mantém, premiações relativas a Tarifação do Seguro de Incêndio 
do Brasil. 
Apesar da referência nas leis que tratam de proteção contra incêndio, 
constata-se que os grupos de combate a incêndios, não dispõem de amparo 
normativo tão detalhado como deveria ser, segundo a opinião da maioria dos 
profissionais de Segurança. 
Mais recente, a NBR 14276 - Programa de Brigada de Incêndio, da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, aborda com mais profundidade o 
assunto propondo relações do número de funcionários com a classe da edificação 
(ANEXO A) para definição dos brigadistas e dá algumas atribuições e 
procedimentos. 
 8
Com tudo isto, ainda sobram lacunas na definição das brigadas como, por 
exemplo, a definição das funções dos componentes e suas atribuições, equipes de 
apoio, plano de ação, etc. 
Não existem dados suficientes para se saber quantas empresas possuem 
suas brigadas (com certeza a porcentagem é bem pequena) e nem se sabe quais 
foram às bases para a constituição destas, porém, se o próprio corpo de bombeiros 
admite a necessidade de 5 a 15 minutos para que suas brigadas cheguem ao local 
de um incêndio então é imperativo o apoio para que muitas outras empresas 
venham a criar as suas brigadas. Muitas localidades ainda não possuem Corpo de 
Bombeiros e estas brigadas, podem vir a suprir esta deficiência. 
Por isso é que se faz necessária à elaboração de um manual para auxiliar a 
formação de brigadas de incêndio. 
O primeiro objetivo deste trabalho é verificar como é que as empresas estão 
formando suas Brigadas de Incêndio. Os critérios utilizados, os profissionais 
envolvidos, a literatura de apoio, enfim, todo o estudo que foi realizado até a 
formação final. 
O segundo objetivo é elaborar um manual para auxiliar as empresas a 
chegarem à formação de uma Brigada, que venha satisfazer as suas necessidades 
em função de seu porte, número de funcionários e dos seus riscos, que tem sua 
característica própria, afim de que possam organizar sua prevenção contra 
incêndios. 
O grande benefício do trabalho é oferecer um manual para se chegar à 
formação de uma Brigada de Incêndio dentro das necessidades de cada empresa. 
 
 
 9
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
Segundo a Lei Federal nº. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que dá 
diretrizes sobre Segurança e Medicina do Trabalho, regulamentada pela Portaria 
3.214/78, prevê grupos de enfrentamento a emergências, denominados de Brigadas 
de Incêndio. (www.sober.org.br, 2005) 
No Paraná, apenas 43 dos 399 municípios, possuem esses grupos, ficando 
a cargo das cidades que os tem, fazer o atendimento. Acontece que, devido às 
distâncias, ao chegarem no local, é tarde de mais. (Informação obtida informalmente 
no Corpo de Bombeiros – Guarapuava-PR). 
Pelo manual do Instituto de Resseguros do Brasil, chega-se a um 
dimensionamento de brigadas em função do risco e área. Número de brigadistas por 
m². (IBR, 1985) 
Pelo manual do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, o 
dimensionamento está em função do número de funcionários e da distância do 
Corpo de Bombeiros ao local. Número de brigadistas por número de funcionários. 
(SÃO PAULO, 2005a) 
Pela NBR 14276, temos uma relação do número de funcionários com a 
classe de ocupação. Número de brigadistas por número de funcionários, novamente. 
(ABNT, 1999) 
Camillo Júnior (2004, p. 129), define os critérios básicos para seleção de 
candidatos à brigada, e alerta ainda, que “caso nenhum candidato atenda aos 
critérios básicos relacionados, devem ser selecionados aqueles que atendam ao 
maior número de requisitos”. 
A NBR 14276, no item 4.2.1, fala sobre a composição da brigada de 
incêndio, e mostra como deve ser composta. 
 10
Todas as edificações sujeitas ao Código de Prevenção de Incêndios devem 
possuir sistema móvel de proteção contra incêndios (Seção IV, Art.35, p. 22), ou 
seja, por extintores. No combate ao fogo, sempre devemos considerar o uso 
simultâneo de dois extintores, logo, são necessários dois brigadistas por pavimento, 
no mínimo. (PARANÁ, 2001) 
Quando se tem uma edificação em que é necessária instalação de sistema 
de hidrantes (Seção III, Art. 31-34, p. 21 do Código de Prevenção de Incêndios), 
devemos considerar a necessidade do uso simultâneo de duas linhas de mangueiras 
no combate ao fogo o que nos dá mais um parâmetro: são necessárias mais duas 
equipes para atuar com as mangueiras de incêndio. (PARANÁ, 2001) 
Para Camillo Júnior (2004), o plano de emergência é onde estão 
relacionadas às ações a serem tomadas em cada caso de emergência. 
Conforme a NBR 14276, o organograma da brigada de incêndio da empresa 
varia de acordo com o número de edificações, o número de pavimentos em cada 
edificação e o número de empregados em cada pavimento/compartimento. 
Segundo o Anexo A (normativo) da NBR 14276, temos o currículo básico do 
curso de formação de brigada de incêndio, necessário para o treinamento da 
brigada. (ABNT, 1999) 
 
 
 
 
 
 
 
 11
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
A metodologia utilizada, além da consulta à norma e bibliografias existentes, 
foi a de pesquisa junto a empresas que possuem suas Brigadas já formadas. Por 
isso, a primeira etapa deste trabalho consistiu em elaborar um questionário para a 
pesquisa para verificar como se desenvolveua formação destas. Com base no 
questionário, foram entrevistadas as pessoas responsáveis pela constituição das 
Brigadas em suas empresas, para saber os critérios utilizados, a metodologia, à 
literatura em que se basearam, os profissionais envolvidos, enfim, tudo o que 
pudesse reverter em dados que contribuíssem para a elaboração de um manual. 
Com as respostas obtidas que contemplam a experiência destas empresas e com 
base na literatura existente, foram relacionados os principais critérios e elaborado 
um manual. 
 
 
3.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS OBTIDOS 
 
 
Apesar da dificuldade de se encontrar empresas que possuam suas 
brigadas, pois a maioria não as possuem e nem pensam em formá-las, foi possível 
realizar a pesquisa com 15 empresas. Também não foi fácil o acesso às 
informações, pela insegurança que às empresas têm, em mostrar algo que não se 
sabe se está correto. Por outro lado, em grande parte das empresas que formaram 
suas brigadas, verifica-se a preocupação no aperfeiçoamento contínuo e nos 
treinamentos constantes, mostrando uma verdadeira preocupação com o assunto e, 
por isso à experiência alcançada por elas, garantem a confiabilidade dos dados. 
 
 12
4 RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
 
A seguir são apresentados alguns dos resultados obtidos com a pesquisa. 
39 33
22
6
0
20
40
60
80
100
Profissionais envolvidos
(%
)
Engenheiro de Segurança
Bombeiro
Técnico de Segurança
Empresa Especializada
 
GRÁFICO 1 - O dimensionamento da brigada foi feito por qual profissional? 
0
20 13
67
0
20
40
60
80
100
Manual
(%
)
Manual do Instituto de
Resseguros do Brasil
Corpo de Bombeiros
Empresas Especializadas
Dimensionamento próprio
 
GRÁFICO 2 - Como foi dimensionada a brigada? 
 
 
 
 
 
 13
33
7
47
13
0
20
40
60
80
100
Elementos
(%
)
Elementos com conhecimentos
gerais e sem função específica
Os elementos se auto dividem em
equipes conforme a necessidade
Elementos divididos em equipes
com funções específicas
Elementos divididos em equipes
sem funções específicas
 
GRÁFICO 3 - Como é composta a brigada? 
 
13
27
40
20
0
10
20
30
40
50
Critérios
(%
)
Não há critério
Todos são brigadistas
Critérios essenciais à atividade
Quando é preciso seleciona-se
por vários critérios
 
GRÁFICO 4 - Qual o critério usado na escolha dos brigadistas? 
 
 
 
 
 
 
 14
47
20
7
27
0
10
20
30
40
50
Condição
(%
)
Todos são voluntários
Somente o comando é indicado
Todos são indicados
Todos são brigadistas
 
 
GRÁFICO 5 - Todos são voluntários ou existe algum cargo indicado? 
 
Neste questionamento, levantou-se ainda o seguinte: 
- Eles recebem benefício pela função 27 % 
 
80
20
0
20
40
60
80
100
sim/não
(%
) sim
não
 
GRÁFICO 6 - Houve necessidade de ajustes na brigada? 
 
 
 
 
 
 15
6
12
35
29
12
6
0
20
40
60
80
100
Periodicidade
(%
)
Não
Sim, anual
Sim, semestral
Sim, mensal
Sim, semanal
Sim, sem programação
 
 
GRÁFICO 7 - São realizados treinamentos periódicos com a brigada? 
 
12
41
12
35
0
20
40
60
80
100
Quem dá treinamento
(%
)
Engenheiro de Segurança
Bombeiro
Técnico de Segurança
Outro
 
GRÁFICO 8 - Quem presta este treinamento? 
 
 16
53
47
0
20
40
60
80
100
Sim/Não
(%
) Sim
Não
 
GRÁFICO 9 - A empresa possui um manual para uso dos brigadistas e 
para informação dos funcionários em geral? 
 
Através dos resultados acima, verifica-se nesta análise, que muitos itens 
mostram uma tendência nas indústrias; o dimensionamento próprio. As indústrias 
tentam resolver os problemas dentro de casa, aproveitando seus próprios 
profissionais, mas o que preocupa, são indústrias que o fazem sem nenhum critério. 
A literatura que trata do assunto é muito pouca ou quase nada utilizada e a 
informação é sempre a mesma: – Elas não são suficientes para que se faça o 
dimensionamento ou – Nem sei aonde encontrar estas normas. Dentro destas 
tendências, o uso da experiência dos Bombeiros profissionais é notável. Muitas 
indústrias, 67% utilizam o conhecimento destes profissionais ou para ajudá-las a 
dimensionar suas brigadas ou para treiná-las, ou ainda, os contratam para fazer 
parte ou comandar suas brigadas. 
O que se viu, também, nesta pesquisa é que indústrias com bom 
equipamento de prevenção (detectores de fumaça, sistemas de alarme e sprinklers), 
apesar de terem muitos funcionários ou mesmo terem uma área muito grande, 
podem possuir equipes relativamente menores, se comparadas a outras, pelo 
grande auxílio destes equipamentos. 
 17
Ponto positivo é o alto índice de voluntariado. Quase, 50% das indústrias, 
não têm problemas em formar suas brigadas pelo alto índice de interesse por parte 
dos funcionários. O lado negativo fica por conta de indústrias que precisam oferecer 
benefícios para que funcionários aceitem participar e se dedicar ao grupo. Será que 
realmente existe envolvimento destes? Outro ponto altamente positivo, e que mostra 
uma tendência muito forte, é a da necessidade de ajustes nas brigadas que sugere 
que as indústrias estão sempre procurando melhorar. 
O Engenheiro de Segurança está entre os profissionais mais requisitados 
para fazer o dimensionamento das brigadas. 
Na composição das brigadas verifica-se que poucas indústrias treinam seus 
brigadistas especificamente em suas funções, além dos conhecimentos gerais, 
porém, procura-se por pessoas com qualidades específicas à função. O treinamento 
é um ponto fraco encontrado na pesquisa. Realizados na maioria das indústrias com 
uma periodicidade muito pequena, acima de seis meses ou nem são realizados. O 
treinamento reflete muito no bom desempenho das equipes. Treinamento é 
essencial. 
Pouco mais de 50% das indústrias possuem manual de procedimentos para 
passar informações aos brigadistas e para toda a população fixa da indústria. 
Mas o sinal de alerta está em saber que muitas indústrias, a grande maioria, 
não tem e nem estão preocupadas em formar suas brigadas, apesar de muitas delas 
possuírem risco potencial em suas instalações. Caberia, aos órgãos de informação e 
às autoridades competentes, principalmente ao Corpo de Bombeiros, formar uma 
campanha de informação e incentivo à formação de Brigadas de Incêndio. Vale 
ressaltar que, à maioria das cidades do Brasil, não possuem Corpo de Bombeiros. 
No Paraná, apenas 43 dos 399 municípios possuem e acaba ficando a cargo das 
 18
cidades que as tem, fazer o atendimento. Mas o que acontece é que devido a 
grande distância, ao chegarem no local, é tarde de mais. 
A idéia do manual veio em função da necessidade das indústrias em formar 
suas brigadas, mas que não têm a literatura disponível. Praticamente tudo o que se 
encontra sobre o assunto mostra como se chegar a um número de brigadistas e só 
isso. 
 Pelo manual do Instituto de Resseguros do Brasil, chega-se a um 
dimensionamento de brigadas em função do risco e área. Número de brigadistas por 
metro quadrado (m²). 
Pelo manual do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, o 
dimensionamento está em função do número de funcionários e da distância do 
Corpo de Bombeiros ao local. Número de brigadistas por número de funcionários. 
Pela NBR 14276, temos uma relação do número de funcionários com a 
classe de ocupação. Número de brigadistas por número de funcionários, novamente. 
Mas, além disso, o que falta mesmo são meios para se definir as funções 
dos brigadistas, suas atribuições e um plano mais completo de treinamento, senão o 
que fica é apenas um número de brigadistas, mas o que é que eles fazem? De que 
formas irão atuar? Quando será necessária a sua atuação? A NBR 14276 aborda 
parte destes assuntos, mas é muito superficial. 
É importante que as indústrias formem suas brigadas, mesmo nas cidades 
que possuem Corpo de Bombeiros, porque nem sempre é possível que se chegue a 
tempo, por isso, o primeiro passo é incentivar dando condições para que todos 
tenham acesso a uma literaturaque contemple o assunto com maior profundidade. 
A formulação do manual foi baseada em uma série de manuais, montados 
por indústrias que constituíram suas brigadas. Vale salientar que os manuais de 
 19
algumas indústrias são muito completos e mostram que existem pessoas realmente 
preocupadas com a segurança e com a eficiência de suas brigadas. 
 Esta experiência agrupada, somada às informações contidas em normas e 
outras literaturas, bem como as informações prestadas pelo Corpo de Bombeiros e 
ainda, as entrevistas realizadas com várias indústrias, fizeram com que fosse 
possível reunir informações suficientes para formar o manual. 
No manual foram incluídos pela ordem: 
 Critérios para seleção de brigadistas 
 Composição das brigadas: 
- De acordo com a NBR 14276 
- Em função do uso dos extintores 
- Em função do uso do sistema de hidrantes 
- Em função das atividades necessárias: 
 equipe de comunicação 
 equipe de abandono 
 equipe de salvamento e Primeiros Socorros. 
 empregados em geral 
 outros 
 Atribuições das brigadas 
 Atribuições dos brigadistas 
 Atribuições da equipe de comunicação 
 Atribuições da equipe de abandono 
 Atribuições da equipe de salvamento e primeiros socorros 
 Atribuições dos empregados em geral 
 Como e quando é necessária a ação dos brigadistas? 
 20
 Plano de emergência 
 Organograma 
 O que é necessário treinar e quando? 
 
4.1 MANUAL DE DIMENSIONAMENTO DE BRIGADAS DE INCÊNDIO 
 
 
4.1.1 Definições ou glossário de termos técnicos pertinentes à área da prevenção 
contra incêndio 
 
 
Abrigo ou caixa de mangueira: Compartimento destinado ao 
acondicionamento de mangueiras de incêndio e seus acessórios. 
Agente extintor: Substância química utilizada para extinção do fogo. 
Bomba Booster: Aparelho hidráulico destinado a manter a pressão na 
tubulação de água da rede de incêndios. 
Bombeiro profissional civil: Bombeiro que presta serviços como brigadista 
em uma indústria. 
Bombeiro: Profissional que pertence ao Corpo de Bombeiros e presta 
serviços públicos. 
Brigada de incêndio: Equipe previamente designada, com treinamento e 
capacitação na prevenção, abandono e combate a princípios de incêndio e no 
salvamento e prestação de primeiros socorros a vítimas. 
Carga de incêndio: É a quantidade de produtos inflamáveis, que se 
encontram num determinado ambiente, e que vão determinar o risco de incêndio. 
Comandante: Empregado responsável pela condução das ações que serão 
desenvolvidas pelas brigadas. 
Distância de segurança: Distância mínima, julgada necessária, para 
garantir a segurança das pessoas e instalações. 
 21
Escada de segurança: Estrutura integrante da edificação, que possui 
elementos a prova de fogo, a fim de permitir a evacuação das pessoas em 
segurança durante uma emergência. 
Extintor de incêndio: Unidade móvel de combate ao incêndio. 
Exercícios simulados: Exercícios práticos de treinamento no combate ao 
fogo, abandono, salvamento e primeiros socorros, realizados para manter a brigada 
e a população da edificação em condições para enfrentar situações reais. 
Hidrante: Ponto de tomada d’água, para conexão da mangueira de incêndio, 
provido de registro e união de engate rápido, normalmente, junto ao quadro de 
mangueiras. 
População fixa: Aquela que permanece normalmente na edificação. 
Ponto de encontro ou de reunião: Local pré-determinado, afastado da 
edificação e seguro, para onde serão encaminhadas todas as pessoas durante o 
abandono do local em situação de emergência. 
Porta corta fogo: Porta a prova de fogo, utilizada para confinar rotas de 
fuga, isolando-as da fumaça e do fogo. 
Prevenção: Conjunto de medidas tomadas, a fim de evitar o início de um 
incêndio. 
Rota de fuga: Trajeto pré-estabelecido, a ser seguido, no caso de abandono 
da edificação para a condução das pessoas até o ponto de encontro ou de reunião. 
 
4.1.2 Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadistas 
 
As Brigadas de Incêndio serão organizadas segundo o risco e deverão ser 
treinadas tanto no combate ao fogo como na sua prevenção. Deverão ser 
compostas com pessoal de responsabilidade, conhecedores de seus locais de 
 22
trabalho, que morem nas proximidades, elementos de boa vontade, de raciocínio 
rápido, com espírito de iniciativa e, até certo ponto, de sacrifício. Sempre deverão 
fazer parte da Brigada, como chefes, um ou dois gerentes ou elementos com cargo 
de chefia (Patronais). 
A escolha do pessoal que formará a Brigada deverá ser feita de tal maneira 
que se assegure nos grandes estabelecimentos, uma continuidade de permanência 
dos elementos treinados durante as vinte e quatro horas. A quantidade de elementos 
varia em função de vários fatores, entretanto, obrigatoriamente deverão fazer parte; 
a guarda do estabelecimento, eletricistas, encarregados das manobras de água e 
representantes do todas as seções, variando em quantidade, segundo a importância 
e perigo que as mesmas ofereçam. 
São requisitos importantes para a escolha dos brigadistas: 
a) Suficiente robustez física e boa saúde; 
b) estabilidade emocional; 
c) capacidade de raciocínio; 
d) possuir bom conhecimento das instalações; 
e) residir nas proximidades; 
f) ser alfabetizado. 
O chefe da brigada ou comandante, deverá ser muito bem escolhido entre 
as pessoas de grande responsabilidade do estabelecimento, ter suficiente 
autoridade, ser enérgico, estar sempre pronto para qualquer trabalho e ser hábil no 
trato do pessoal. Depois, deverá ter um bom conhecimento de prevenção e combate 
a incêndio e capacitação para situações imprevistas e de emergência. 
Como auxiliar imediato deste funcionário e, orientado por ele, existirá uma 
pessoa encarregada da conservação e manutenção do equipamento, pois este 
material exige constante cuidado. É de alto custo e deverá estar sempre em 
 23
condições do uso. A instrução e o treinamento da Brigada de Incêndio, deverá ser 
constante e ministrado pelo chefe de Segurança ou pessoa comprovadamente 
capaz. 
O número de brigadistas e a quantidade do material para a Brigada de 
Incêndio, dependerá de diversos fatores: 
a) O risco de incêndio oferecido na área a proteger; 
b) a extensão e localização do mesmo; 
c) as possibilidades de receber socorro público (distância do Corpo de 
bombeiros mais próximo); 
d) tipo de construção do estabelecimento; 
e) a distribuição dos pontos perigosos na construção; 
f) elementos humanos com que conta. 
 
4.1.3 Composição da brigada 
 
A NBR 14276, no item 4.2.1, que estabelece a composição da brigada de 
incêndio, leva em conta a população fixa e o percentual de calculo da tabela 1, que é 
o obtido a partir da classe e a subclasse de ocupação da planta, conforme a 
equação a seguir: 
Número de brigadistas por pavimento ou compartimento = [população fixa 
por pavimento] x [% de cálculo da tabela 1] 
Observações: 
1 Para os números mínimos de brigadistas, deve-se prever os turnos, a 
natureza de trabalho e os eventuais afastamentos. 
2 Sempre que o resultado obtido do cálculo do número de brigadistas por 
pavimento for fracionário, deve-se arredondá-lo para mais. Exemplo: 
 24
- Loja (subclasse de ocupação III-1) 
População fixa = 9 pessoas 
Número de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% 
de cálculo da tabela 1] 
Número de brigadistas por pavimento = (9 x50%) = 4,5 
Número de brigadistas por pavimento = 5 pessoas 
3 Sempre que o número de pessoas for superior a 10, o cálculo do número 
de brigadistas por pavimento deve levar em conta o percentual até 10 pessoas. 
Exemplo: 
- Escritório (subclasse de ocupação IV) 
População fixa = 36 pessoas 
Número de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% 
de cálculo da tabela 1] 
Número de brigadistas por pavimento = 10 x 40% + (36 – 10) x 10% = 4 + 26 
x 10% = 4 + 2,6 = 6,6 
Número de brigadistas por pavimento = 7 pessoas 
4 Quando em uma plantahouver mais de uma subclasse de ocupação, o 
número de brigadistas deve ser calculado levando-se em conta a subclasse de 
ocupação do maior risco. O número de brigadista só é calculado por subclasse de 
ocupação se as unidades forem compartimentadas e os riscos forem isolados. 
Exemplo: planta com duas edificações, sendo a primeira uma área de escritórios 
com três pavimentos e 19 pessoas por pavimento e a segunda uma indústria de 
médio potencial de risco 116 pessoas: 
a) Edificações com pavimentos compartimentados e riscos isolados, calcula-
se o número de brigadistas separadamente por subclasse de ocupação: 
 25
- Área administrativa (subclasse de ocupação IV) 
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três pavimentos) 
Número de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% 
de cálculo da tabela 1] 
Número de brigadistas por pavimento = 10 x 40% + (19 – 10) x 10% = 4 + 
0,9 = 4,9 
Número de brigadistas por pavimento = 5 pessoas 
- Área industrial (subclasse de ocupação VIII-2) 
População fixa = 116 pessoas 
Número de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% 
de cálculo da tabela 1] 
Número de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116-10) x 7% = 5 + 106 
x 7% = 5 + 7,42 = 12,42 
Número de brigadistas por pavimento = 13 pessoas 
Número total de brigadistas (área administrativa + área industrial) 
Número total de brigadistas = (5 x 3) + 13 = 28 
Número total de brigadistas = 28 pessoas 
 
b) Edificações sem compartimentação dos pavimentos e sem isolamento 
dos riscos, calcula-se o número de brigadistas através da subclasse de 
ocupação de maior risco: 
No caso utiliza-se a subclasse de área industrial (subclasse de ocupação 
VIII-2) + 116 (indústria) 
Número de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% 
de cálculo da tabela 1] 
 26
- Área administrativa (subclasse de ocupação VIII-2 – indústria sem 
compartimentação) 
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três pavimentos) 
Número de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (19 – 10) x 7% = 5 + 9 x 
7%= 5 + 0,63 = 5,63 
Número de brigadistas por pavimento = 6 pessoas 
- Área industrial (subclasse de ocupação VIII-2) 
População fixa = 116 pessoas 
Número de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116 - 10) x 7% = 5 +106 
x 7%= 5 + 7,42 = 12,42 
Número de brigadistas por pavimento = 13 pessoas 
Número total de brigadistas ( área administrativa + área industrial ) 
Número total de brigadistas = (6 x 3 ) + 13 = 18 + 13 = 31 
Número total de brigadistas = 31 pessoas 
A composição da brigada de incêndio deve levar em conta a participação de 
pessoas de todos os setores. 
Caso haja segurança patrimonial ou bombeiro profissional civil, estes devem 
participar como colaboradores no programa de brigada de incêndio, porém não 
podem ser computados para efeito de cálculo da composição de brigada, devido às 
suas funções específicas. 
Com isso tem-se um número de brigadistas, porém, não se tem uma 
formação para esta brigada. Por isso, esta norma deve ser entendida como um 
farol, um roteiro e não um fim, vez que é impossível prever todas as situações que 
envolvem o dimensionamento e atuação de brigadas de incêndio. 
A seguir começa-se a definir um roteiro para iniciar a composição das 
brigadas em função das necessidades das edificações sujeitas ao Código de 
 27
Prevenção de Incêndios e das tarefas necessárias de cada elemento e levando em 
conta o número obtido pela NBR 14276. 
 
4.1.3.1 Em função do uso dos extintores 
 
Todas as edificações sujeitas ao Código de Prevenção de Incêndios devem 
possuir sistema móvel de proteção contra incêndios (Seção IV – Art.35, pg.22), ou 
seja, por extintores. No combate ao fogo, sempre devemos considerar o uso 
simultâneo de dois extintores, logo, são necessários dois brigadistas por pavimento, 
no mínimo. 
Equipe: 
- 1 operador de extintor (líder) 
- 1 operador de extintor 
 
Obs.: No caso da necessidade de mais de uma equipe, sempre manter a 
composição por equipe e colocar mais um chefe de equipe cuja função é a de 
coordenar a ação das equipes. 
Uma pessoa habilitada manuseia com eficiência e rapidez, nos primeiros 5 
minutos de um sinistro, aproximadamente duas unidades extintoras. 
Caso só existam extintores na edificação, o n°. de brigadistas = n°. de 
extintores dividido por 2. 
 
4.1.3.2 Em função do uso do sistema de hidrantes 
 
Quando se tem uma edificação em que é necessária instalação de sistema 
de hidrantes (CÓDIGO de Prevenção de Incêndios, Seção III, Art. 31-34, p. 21), 
devemos considerar a necessidade do uso simultâneo de duas linhas de mangueiras 
 28
no combate ao fogo o que nos dá mais um parâmetro: são necessárias mais duas 
equipes para atuar com as mangueiras de incêndio. 
A equipe para atuar em linhas de mangueira de incêndio é composta de: 
 
1 Chefe de linha 
 
 Equipe de Linha 1 Equipe de Linha 2 
 
- 1 operador de esguicho - 1 operador de esguicho 
- 1 operador de registro - 1 operador de registro 
- 2 auxiliar de linha - 2 auxiliar de linha 
- outros auxiliares 
 
As diferentes necessidades de pressão na linha de mangueiras devem ser 
levadas em consideração na determinação do número de auxiliares de linha. A 
pressão, tão necessária para lançar a água à distância, também pode ser inimiga 
dos combatentes se estes não estiverem preparados. Quanto maior a pressão, 
maior o número de auxiliares necessários para manter firme a ponta da mangueira 
sem que esta os derrube. Uma ponta de mangueira solta, com a pressão exercida 
pela água pode virar uma verdadeira arma, podendo até matar uma pessoa pelo 
golpe despendido pelo esguicho. 
A pressão necessária nas linhas de mangueiras tem relação com a vazão de 
projeto que é calculada em função do tipo de ocupação e a classe do risco. A vazão 
será de 200, 400 e 660 l/min conforme o risco, fora casos específicos. A classe do 
risco também determina o diâmetro mínimo das linhas de mangueira (38 mm – 11/2” 
ou 63 mm – 2 1/2”). O diâmetro das mangueiras com a vazão de projeto, 
0associadas ao diâmetro do requinte utilizado definem a pressão necessária. 
 29
Para operar um hidrante de parede, sugere-se por segurança o mínimo de 3 
pessoas habilitadas. 
Obs.: Caso seja comprovada a existência de no mínimo 2 bombeiros civis, 
24 horas ininterruptamente, poderão ser dispensadas as exigências de 20% dos 
brigadistas, desde que não afetem a segurança contra incêndio da edificação, e os 
números mínimos de cada andar, setor, departamento, etc., sejam atendidos. 
 
4.1.3.3 Em função das atividades necessárias 
 
4.1.3.3.1 Equipe de comunicação 
 
A equipe de comunicação é composta basicamente pela telefonista ou a 
secretária ou o porteiro ou ainda todo o conjunto, mas deve localizar-se próximo a 
saída ou a portaria. 
 
4.1.3.3.2 Equipe de abandono 
 
Equipe previamente designada por pavimento ou por seção, cuja função é o 
encaminhamento ordenado, rápido e seguro de todas as pessoas do andar, através 
da rota de fuga até o ponto de reunião. A composição deve ser de no mínimo dois 
elementos e um chefe. Outras equipes no mesmo compartimento poderão ser 
compostas apenas por dois brigadistas comandados pelo mesmo chefe: 
 
 
 
 
 30
Chefe da equipe de abandono 
 
 Equipe 1 Equipe 2, 3, 4.... (caso haja 
necessidade) 
 
- Brigadista de início de fila - Brigadista de início de fila 
- Brigadista de fim de fila - Brigadista de fim de fila 
 
 
4.1.3.3.3 Equipe de salvamento e primeiros socorros 
 
 
Primeiro socorro é o primeiro atendimento prestado a uma pessoa 
acidentada, com a finalidade de manter a vida, minorar a dor, evitar o agravamento 
das lesões, até que seja atendida por um Médico ou Enfermeiro. 
São requisitos básicos de um socorrista: 
- Ter conhecimentosbásicos de primeiros socorros; 
- Ter iniciativa e agilidade; 
- Manter-se calmo e transmitir segurança à vítima. 
É importante que a equipe seja formada por mais de uma pessoa, para o 
caso da necessidade de transporte da vítima ou de ser necessário chamar por 
socorro enquanto se usam os procedimentos para reanimação, porém, pelo menos 
uma das pessoas em cada equipe deve ter o conhecimento de primeiros socorros. 
 
4.1.3.3.4 Empregados em geral 
 
 
Todos os empregados da indústria devem conhecer o plano de emergência 
da indústria, e conhecer suas atribuições, mesmo não sendo integrante da brigada. 
 31
Também devem colaborar de forma a que o plano possa ser executado 
eficientemente. 
4.1.3.3.5 Outros 
 
 
Nenhuma ajuda é demais quando se trata de segurança. Por isso outras 
pessoas são importantes na formação de brigadas de incêndio como apoio. São 
eles: 
O encanador e o eletricista são pessoas importantes pois podem ajudar, 
durante uma emergência, em caso de alguma falha no sistema hidráulico ou elétrico 
da indústria, garantindo o bom funcionamento dos equipamentos. Além disso, são 
ainda mais importantes quando pensamos em prevenção. A verificação periódica de 
todas as instalações de segurança e também do sistema de prevenção contra 
incêndios pode garantir que, talvez, nunca seja necessário utilizar os serviços da 
brigada. 
O vigia, principalmente em indústrias onde não se tem turno noturno, é peça 
imprescindível na composição da brigada, pois é ele quem deve avisar o Corpo de 
Bombeiros e os responsáveis pelo comando da brigada, no caso de emergência, 
nos horários fora do expediente. 
Os vizinhos, como o vigia, também devem saber como e a quem avisar caso 
vejam sinal de fogo ou fumaça no estabelecimento. 
Como se pode ver, compor uma brigada de incêndio, não é nenhum 
segredo. É necessário bom senso acima de tudo. Bom senso para ver que é 
necessário pessoal para operar um equipamento disponível, para suprir todas as 
necessidades que cada indústria tem, para não faltar pessoal na hora H, mas 
também para não haver atropelos e confusões por excesso de pessoas sem 
capacitação. Mas isto já é parte do treinamento das brigadas, o que veremos mais 
 32
adiante. Nem todas as brigadas precisam ser formadas com todos estes elementos 
mesmo porque algumas indústrias nem possuem funcionários suficientes para 
compô-la, mas é necessário bom senso para ver que em alguns casos, talvez, pode 
ser necessário contratar pessoal para completá-la. 
 
4.1.4 Atribuições das brigadas 
 
Atuar como brigadista é como atuar em qualquer outra profissão. Existem 
atribuições que são específicas de cada atividade, mas também existem atribuições 
que são para todos. Todas as equipes devem, além do conhecimento específico à 
atividade que executam, saber agir de forma a garantir que todo o plano de 
prevenção e combate funcione perfeitamente. Como há o genérico, também existe 
o específico. Cada elemento, dentro de sua equipe, tem suas funções peculiares, 
sem as quais não haverá um bom andamento das atividades. É necessário que cada 
um saiba as funções que lhe cabem quando for necessário. São atribuições gerais 
dos brigadistas: 
- Exercer a prevenção, combater princípios de incêndio, efetuar o 
abandono e salvamento de acordo com as atribuições e os planos 
existentes; 
- Conhecer os riscos de incêndio da edificação; 
- Conhecer todas as instalações da edificação; 
- Promover medidas de segurança; 
- Inspeção geral e periódica dos equipamentos de segurança; 
- Inspeção geral das rotas de fuga; 
 33
- Conhecer os locais de alarme de incêndio e o princípio de acionamento 
do sistema; 
- Ter sempre a mão todos os telefones e ramais necessários; 
- Orientação à população fixa e flutuante; 
- Orientação a novos empregados; 
- Conhecer o princípio de funcionamento dos agentes extintores; 
- Atender imediatamente a qualquer chamado de emergência; 
- Agir de maneira rápida, enérgica e consciente em situações de 
emergência. 
 
Em caso de emergência, conforme atribuições: 
- Identificação da situação; 
- Alarme / abandono; 
- Corte de energia; 
- Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa; 
- Primeiros socorros; 
- Combate ao princípio de incêndio; 
- Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros. 
 
4.1.5 Atribuições da equipe de comunicação 
 
 
- Ter sempre a mão todos os telefones e ramais necessários; 
- Acionar o alarme (se houver) ou fazer a comunicação da ocorrência; 
- Acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros; 
 34
- Verificar se o LÍDER, CHEFE DA BRIGADA OU COORDENADOR 
GERAL da brigada já foi avisado da ocorrência; 
- Liberar a entrada do Corpo de Bombeiros, informando o local do sinistro; 
- Não permitir a entrada de estranhos; 
- Executar as ordens do LÍDER, CHEFE DA BRIGADA OU 
COORDENADOR GERAL. 
 
4.1.6 Atribuições da equipe de abandono 
 
- Exercer a prevenção e efetuar a evacuação da edificação de acordo com 
os planos existentes; 
 
4.1.7 Atribuições da equipe de salvamento e primeiros socorros 
 
 
- Aguarda a liberação do LÍDER, CHEFE DA BRIGADA OU 
COORDENADOR GERAL para entrar em ação e mantém-se em 
atenção a ele; 
- Carrega consigo equipamento de primeiros socorros necessários; 
- Verifica a integridade do local antes de entrar; 
- Entra no local da emergência, se houver fogo, somente após orientação 
do LÍDER, CHEFE DA BRIGADA OU COORDENADOR GERAL e sob 
proteção da brigada de incêndio; 
- Presta atendimento às vítimas, e providencia a remoção imediata do 
local; 
 35
- Abandona o ambiente assim que não houver mais vítimas ou sob 
orientação do LÍDER, CHEFE DA BRIGADA OU COORDENADOR 
GERAL. 
 
4.1.8 Atribuições dos empregados em geral 
 
 
- Desligar todos os equipamentos elétricos próximos; 
- Ao sair de um local, fechar as portas e janelas sem trancá-las; 
- Abandonar o local, em ordem, sem empurrar, sem correr e em fila, 
 36
seguindo a orientação do BRIGADISTA DE FILA, dirigindo-se ao ponto 
de reunião; 
- Jamais usar o elevador; 
- Jamais voltar, qualquer que seja o motivo; 
- Ao usar a escada o fazer devagar, com a mão no corrimão e olhando 
sempre para frente. 
 
Para todos 
Ao avistar o fogo: 
- Acionar o alarme, se houver; 
- Avisar imediatamente ao responsável pela comunicação e a algum 
membro da brigada de incêndio; 
- Seguir as suas atribuições. 
 
Em situações extremas, em caso da impossibilidade de abandonar a 
edificação: 
- Procurar de alguma forma, sinalizar sua posição para que possa ser 
socorrido; 
- Se possível molharsuas roupas; 
- Colocarum lenço molhado junto ao nariz e boca para filtrar o ar; 
- Para se deslocar, o fazer abaixado, pois próximo ao piso a quantidade 
de fumaça é menor; 
- Nunca abrir uma porta se ela estiver quente e, mesmo que não esteja, o 
fazer vagarosamente; 
 37
- Para atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo, roupas e 
cabelo, protegendo o nariz com lenço molhado. 
4.1.9 Identificação dos brigadistas 
 
Para que se dê maior responsabilidade aos componentes da Brigada, os 
mesmos usarão durante as horas de trabalho distintivo ou crachás e, ainda, terem a 
sua disposição capacetes, botas e coletes para identificação, para serem utilizados 
nos exercícios e nas situações reais de emergência. 
 
4.1.10 Como e quando é necessária a ação da brigada de incêndio 
 
A melhor forma de se acabar com um incêndio é não deixar que ele inicie. 
Por isso, a primeira e principal ação, não só dos brigadistas, mas de todos, é a 
prevenção. Prevenção é prever, é verificar todas as possibilidades e se antever, 
evitando o aparecimento de um início de incêndio. Mas mesmo com prevenção, 
casos podem ocorrer. Imaginem sem prevenção como fica. 
O fogo tem vários estágios e em cada um destes estágios será necessária 
uma forma diferente de atuação. Já foi dito que uma caneca de água pode apagar 
um princípio de incêndio e é verdade. Grande parte dosincêndios inicia-se de um 
minúsculo foco de fogo. Um cigarro jogado num cesto de lixo pode dar início a uma 
pequena chama que por sua vez pode se alastrar e virar uma grande tragédia. 
Porém, se naquele exato instante uma pessoa passa e vê o fogo iniciando, com uma 
caneca de água pode apagá-lo. Mas, se ao passar pela sala, o fogo já se alastrou, 
tomando conta de uma escrivaninha, por exemplo, uma caneca de água já não será 
suficiente, mas talvez um balde. Mais eficiente seria utilizar um agente extintor 
apropriado com dois ou mais aparelhos extintores, se as chamas já estivessem mais 
 38
alastradas. Já, numa segunda fase, a Fase do Incêndio Generalizado, que seria o 
caso do fogo haver tomado conta de todo o ambiente, a sala toda, somente uma 
brigada com linhas de mangueira seria capaz de extinguir o fogo ou pelo menos 
impedi-lo de avançar até que o Corpo de Bombeiros assuma e inicie o combate. É 
até este ponto que se espera que a Brigada de Incêndio atue. O problema é que 
tudo isto pode levar apenas uns poucos minutos. Os primeiros 5 minutos são vitais 
para a ação dos brigadistas. Estes 5 minutos podem significar a diferença entre um 
fogo extinto ou um incêndio generalizado cujas proporções vão variar de acordo 
coma carga de incêndio que o local oferece. Por isso, a função principal deste grupo 
de brigadistas é a de estar em plenas condições em conhecimentos teóricos e 
práticos das técnicas de combate ao fogo, extinguindo de imediato qualquer indício 
de incêndio. 
Tão rápido quanto à ação de combate ao fogo deve ser a ação das outras 
equipes. 
A EQUIPE DE COMUNICAÇÃO deve agir de forma eficiente e rápida 
efetuando as comunicações necessárias. O Corpo de Bombeiros deve ser acionado 
imediatamente, pois o tempo entre o aviso recebido e o deslocamento até o local 
levará alguns minutos e, como já vimos, o tempo é vital. Para isso, o responsável 
pela comunicação deve ter em mãos os números dos telefones que serão precisos e 
saber explicar com clareza o local do incêndio e, na chegada do Corpo de 
Bombeiros, indicar onde está ocorrendo o incêndio, os acessos, etc. 
A EQUIPE DE ABANDONO, mais do que qualquer outra tem uma missão 
muito importante, pois estão com as vidas das pessoas sob sua responsabilidade. 
Sua habilidade é essencial, pois o tempo corre contra. Um vacilo e todo um andar 
poderá ficar ilhado sem ter por onde sair. Muitas vezes, ser enérgico e duro será 
requisito para manter a ordem e a calma e para ser eficiente no abandono do local. 
 39
Como a equipe de abandono, a EQUIPE DE SALVAMENTO E PRIMEIROS 
SOCORROS, também trabalha com as vidas das pessoas, mas sua ação pode 
depender muito da brigada de combate ao fogo, pois o resgate somente será 
necessário se alguma coisa saiu errada. Ou o incêndio pegou de surpresa algumas 
pessoas que, ficando ilhadas acabaram por asfixiar-se ou por sofrer queimaduras ou 
por que, por alguma explosão, já se feriram no ato e inconscientes não 
abandonaram o local. Fora isso, espera-se, a equipe de abandono deu conta do 
recado e conseguiu evacuar o local sem deixar ninguém para trás. 
 
4.1.11 Plano de emergência 
 
É onde estão relacionadas às ações a serem tomadas em cada caso de 
emergência. Os fatores fundamentais para o sucesso no combate a uma 
Emergência são: a rápida identificação da Emergência e o correto procedimento 
para eliminar tal ocorrência. É necessário um estudo de todo o ambiente de forma a 
poder prever todas as possibilidades e relacionar as atitudes a serem tomadas: 
Quem, Onde e Quando. Envolve também todos os recursos disponíveis ao combate 
ao fogo. 
Deve ser de conhecimento de toda a população fixa do estabelecimento e 
auxiliares externos se houver. 
Para montagem do plano de emergência devemos observar os 
procedimentos básicos de emergência a seguir: 
 
- Alerta 
 40
Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, 
através dos meios de comunicação disponíveis, os ocupantes, os brigadistas e/ou o 
apoio externo o Corpo de Bombeiros. 
 
- Código de alarme 
Cada indústria deve estabelecer um código de alarme de incêndio conhecido 
por todos os funcionários, para poder reunir a brigada em um ponto predeterminado, 
chamado ponto de reunião, onde os componentes da brigada receberão instruções 
sobre o sinistro. 
 
- Análise da situação 
Após o alerta, a brigada, deverá analisar a situação desde o início até o final 
do sinistro, e desencadear os procedimentos necessários, que podem ser 
priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número de brigadistas 
e os recursos disponíveis no local. 
 
- Primeiros socorros 
Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, restabelecendo suas 
funções vitais, se for necessário, para eventual transporte e posterior socorro 
especializado. 
 
- Corte de energia 
Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos, 
da área ou geral. 
 
- Abandono da área 
 41
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, 
conforme comunicação preestabelecida, removendo as pessoas para local seguro, a 
uma distância mínima de 100 m do local de abandono. 
 
- Confinamento do sinistro 
Evitar a propagação do sinistro e/ou suas conseqüências. 
- Isolamento da área 
Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de 
emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local. 
 
- Extinção 
Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade. 
 
- Investigação 
Levantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüências e emitir 
relatório para discussão nas reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor 
medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência. 
Observação: Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a brigada deve ficar à 
sua disposição. 
Para a elaboração dos procedimentos básicos de emergência deve-se 
consultar o fluxograma do anexo B. 
 
- Identificação da brigada 
a) Quadros de aviso ou similares devem ser distribuídos em locais visíveis e 
de grande circulação, sinalizando a existência da brigada de incêndio e 
seus integrantes em suas respectivas localizações; 
b) o brigadista deve utilizar constantemente, em lugar visível, crachá que o 
 42
identifique como membro da brigada. 
c) no caso de uma situação real ou simulado de emergência, o brigadista 
deve usar, além do crachá, um colete ou capacete para facilitar sua 
identificação e auxiliar na sua atuação. 
 
 
 
 
- Comunicação interna e externa 
a) As plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou 
edificação, deve ser estabelecido previamente um sistema de 
comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações durante 
a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência; 
b) essa comunicação pode ser feita por telefones, quadros sinópticos, 
interfones, sistemas de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som 
interno etc.; 
c) caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de 
Bombeiros ou Plano de Auxílio Mútuo), à telefonista ou o radioperador 
são os responsáveis por ela. Para tanto, é preciso que essa pessoa seja 
devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e 
estratégico para o abandono. A comunicação deve ser autorizada pelo 
coordenador geral. 
 
- Ordem de abandono 
O responsável máximo da brigada de incêndio (coordenador geral, chefe da 
brigada ou líder, conforme o caso) determina o início do abandono, devendo 
priorizar o(s) local(is) sinistrado(s) e os locais de maior risco. 
 
- Ponto de encontro 
 43
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas, para 
distribuição das tarefas. 
 
- Grupo de apoio 
O grupo de apoio é formado por membros da segurança patrimonial, 
eletricistas, encanadores, telefonistas e técnicos especializados na natureza da 
ocupação, que não participam da brigada de incêndio. 
4.1.12 Organograma da Brigada de Incêndio 
 
Conformea NBR 14276, temos 3 exemplos de organograma da brigada de 
incêndio: 
 
 
 
Exemplo 1: Empresa com uma edificação, um pavimento e cinco brigadistas. 
 
 
 
 
Exemplo 2: Empresa com uma edificação, três pavimentos e três brigadistas 
por pavimento. 
 
 44
 
 
 
 
Exemplo 3: Empresa com duas edificações, a primeira com três pavimentos 
e dois brigadistas por pavimento, e a segunda com um pavimento e quatro 
brigadistas por pavimento. 
 
 
 
 
 
4.1.13 O que é necessário treinar 
 
As brigadas de incêndio são formadas, na sua maioria, por funcionários 
voluntários que, a princípio, possuem pouco conhecimento da atividade de 
 45
Bombeiro. O ideal seria que as indústrias contratassem bombeiros profissionais para 
esta função, mas sabemos que isto é fora da realidade. 
A principal função destes elementos é a de estarem prontos para o combate 
aos princípios de incêndio, procurando extingui-los com a maior rapidez possível, 
evitando danos maiores à vida e à propriedade. Por estarem no próprio local de 
trabalho e por conhecerem suas áreas e riscos, sua função é vital nos primeiros 5 
minutos do combate e extinção do fogo, antecedendo a ação do Corpo de 
Bombeiros que a esta altura já deverá estar a caminho. A eficácia deste grupo pode 
ser a salvação de vidas e indústrias, por isso, o treinamento passa a ter uma 
importância muito grande: transformar um grupo de voluntários numa eficiente 
brigada de incêndios. 
É um erro pensar que, sem treinamento, alguém, por mais hábil que seja, 
por mais coragem que tenha, por maior valor que possua, seja capaz de atuar de 
maneira eficiente quando do aparecimento do fogo. 
Não existem regras definitivas e que resolvem tudo, mas existem regras 
básicas para o treinamento. 
O treinamento deverá ser prestado por pessoas com conhecimento e 
habilitada para isto, como o Engenheiro de Segurança ou Técnico de Segurança. 
Porém, um treinamento realmente eficaz pode ser prestado por firmas 
especializadas, que possuem pistas próprias para a prática do combate ao fogo e 
com equipes altamente especializadas. O Corpo de Bombeiros também pode 
auxiliar no treinamento. Bombeiros profissionais prestam este serviço para indústrias 
que muitas vezes os contratam para fazer parte de suas brigadas. 
Todo treinamento deve passar pelo conhecimento teórico de tudo o que se 
relaciona ao fogo, mas também deve haver um treinamento prático de todas as 
 46
atividades. É de fundamental importância o conhecimento e o estudo dos riscos que 
existem dentro da própria indústria, para os quais serão voltados a maior parte dos 
treinamentos. 
A NBR 14276 nos fornece como currículo básico do curso de formação de 
brigada de incêndio os itens do quadro a seguir: 
 
 
 
 
A - Parte teórica 
Módulo Assunto Objetivos 
01- Introdução Objetivos do curso e o 
brigadista 
Conhecer os objetivos gerais do 
curso, responsabilidades e 
comportamento do brigadista. 
02-Teoria do fogo Combustão , seus elementos e 
a reação em cadeia 
Conhecer a combustão, seus 
elementos, funções, pontos de 
fulgor , ignição, combustão e a 
reação em cadeia. 
03- Propagação do fogo Condução , convecção e 
irradiação 
Conhecer os processos de 
propagação do fogo 
04- Classes de incêndio Classificação e características Conhecer as classes de incêndio
05- Prevenção de incêndio Técnicas de prevenção Conhecer as técnicas de 
prevenção para a avaliação dos 
riscos em potencial 
06- Métodos de extinção Isolamento, resfriamento, 
abafamento e químico. 
Conhecer os métodos e suas 
aplicações. 
07- Agentes extintores Água, ( jato/ neblina) , PQS, 
CO2 , espuma e outros. 
Conhecer os agentes, suas 
características e aplicações. 
08- Equipamento de combate a 
incêndio 
Extintores hidrantes, 
mangueiras EPI,corte, 
arrombamento, remoção e 
iluminação. 
Conhecer os equipamentos suas 
aplicações e manuseio. 
09- Equipamento de detecção, 
alarme e comunicações 
Tipos e funcionamento Conhecer os meios mais comuns 
de sistemas e manuseio 
10- Abandono de área Procedimentos Conhecer as técnicas de 
abandono de área, saída 
organizada , pontos de encontro 
em chamada e controle de 
pânico. 
11- Análise de vítimas Avaliação primária e 
secundária. 
Conhecer as técnicas de exame 
primário (sinais vitais) e exame 
secundário ( sintomas, exame da 
cabeça aos pés). 
12- Vias aéreas Causas de obstruções e 
liberação 
Conhecer os sintomas de 
obstruções em adultos, crianças 
e bebês conscientes e 
inconscientes. 
 47
13-RCP (reanimação 
cardiopulmonar) 
Ventilação artificial e 
compressão cardíaca externa. 
Conhecer as técnicas de RCP 
com um e dois socorristas para 
adultos crianças e bebês. 
14- Estado de choque Classificação, prevenção e 
tratamento. 
Reconhecimento dos sinais, 
sintomas e técnicas de 
prevenção e tratamento. 
15- Hemorragias Classificação e tratamento. Reconhecimento e técnicas de 
hemostasia em hemorragias 
externas. 
16- Fraturas Classificação e tratamento. Reconhecimento de fraturas 
abertas e fechadas e técnicas de 
imobilização. 
17- Ferimentos Classificação e tratamento. Reconhecimento e técnicas de 
tratamento específicos em 
ferimentos localizados. 
18- Queimaduras Classificação e tratamento. Reconhecimento, avaliação e 
técnicas de tratamento para 
queimaduras térmicas, químicas 
e elétricas. 
(continua) 
 (conclusão) 
A - Parte teórica 
Módulo Assunto Objetivos 
19- Emergências clínicas Reconhecimento e tratamento. Reconhecimento e tratamento 
para síncope , convulsões , AVC 
(acidente vascular cerebral) , 
dispnéias, crises hipertensivas e 
hipotensivas, IAM ( infarto do 
miocárdio), diabetes e 
hipoglicemia. 
20- Transporte de vítimas Avaliação e técnicas. Reconhecimento e técnicas de 
transporte de vítimas clínicas e 
traumáticas com suspeita de 
lesão na coluna vertebral. 
B- Parte prática 
Módulo Assunto Objetivos 
01- Prática Combate a incêndios. Praticar as técnicas de combate 
a incêndio, em local adequado. 
02- Prática Abandono de área. Praticar as técnicas de 
abandono de área, na própria 
edificação. 
03- Prática Primeiros socorros. Praticar as técnicas dos módulos 
11 a 20 da parte A 
C- Avaliação 
Módulo Assunto Objetivos 
01- Avaliação Geral A avaliação teórica é realizada 
na forma escrita, 
preferencialmente dissertativa, 
conforme a parte A, a avaliação 
prática é realizada de acordo 
com o desempenho do aluno nos 
exercícios realizados conforme 
parte B. 
QUADRO 1 – Currículo básico do curso de formação de brigada de incêndio 
Fonte: ABNT (1999) 
 
 48
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Antes de se pensar em qualquer outra coisa, o mais importante é pensar em 
prevenção. Fundamental é prevenir. Se a prevenção é perfeita nunca haverá 
acidente, mas a prevenção perfeita não existe. Por isso, deve-se estar sempre à 
procura de falhas, rever sempre os procedimentos e treinar. Treinamento é 
essencial. Se houver falha na prevenção, uma equipe bem treinada conseguirá 
evitar maiores danos à propriedade e à vida. 
Uma equipe bem treinada deve antes de tudo ser uma equipe bem 
dimensionada. Elementos que sabem de suas atribuições e que por isso têm uma 
boa probabilidade de saírem-se bem quando o perigo aparecer, mas que também 
fazem parte da prevenção, pois seus olhos bem treinados, estão atentos a todas as 
situações. 
O Corpo de Bombeiros não deve ser a única solução para os incêndios que 
ocorrem, mesmo porque nem sempre existe uma unidade próxima, e é por isso que 
as brigadas são importantes. 
É sabido que os recursos necessários para a instalação de unidades do 
Corpo de Bombeiros nas cidades que não os possuem são escassos, entretanto, se 
 49
houvesse um incentivo à formação das brigadas nas indústrias, estas mesmas 
brigadas poderiam organizar-se e, desta maneira, supririam esta falta prestando, em 
conjunto, auxílio também à comunidade e com uma grande eficiência, pois estariam 
distribuídas por todas as áreas da cidade. 
As Brigadas de Incêndio aindasão poucas e, na maioria, mal dimensionada. 
Mas tudo isto pode e deve ser mudado. Este manual é uma pequena contribuição. O 
restante virá de uma boa conscientização dos empresários e de um apoio das 
autoridades. 
6 SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS SOBRE O ASSUNTO 
 
6.1 Manual de Dimensionamento da Brigada de Incêndio em Prédios 
Residenciais; 
6.2 Manual de Dimensionamento da Brigada de Incêndio em Parques de 
Armazenamento de Combustíveis; 
6.3 Manual de Dimensionamento da Brigada de Incêndio no Setor 
Hoteleiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276 Programa de 
brigada de incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14277 Campo para 
treinamento de combate a incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 1999. 
 
ATLAS, Manuais de Legislação. Segurança e medicina do trabalho. São Paulo: 
43. ed., 1999. 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Como agir em caso de incêndio. Programa de 
Divulgação de Segurança do Banco Central 
 
CAMILLO JÚNIOR, A. B. Manual de Prevenção e Combate a Incêndios. 5. ed. 
São Paulo: Senac São Paulo, 2004. 197 p. 
 
EMBRATEL. Prevenção de incêndios e combate ao fogo. 3. ed. (Série Orientação 
e Informação – Segurança do Trabalho), 1985. 
 
IRB – Instituto de Resseguros do Brasil. Tarifa de seguro, incêndio do Brasil. n. 
49, 18. ed. mar./1985. 
 
PARANÁ. Estado do Paraná. Polícia Militar do Paraná. Corpo de Bombeiros do 
Paraná. Código de Prevenção de Incêndios. 3. ed. rev. e ampl., 2001. 
 
REVISTA PROTEÇÃO 10 ANOS, CD-ROM - Temas / Incêndio. Ed. 65-97, Ed. 69-
97, Ed. 05-89. 
 
SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Polícia 
Militar do Estado de São Paulo. Corpo de Bombeiros. Instrução técnica nº. 
03/2004: Brigada de incêndio. Disponível em: <www.polmil.sp.gov.br>. Acesso em: 
20 mar. 2005. 
 51
 
SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Polícia 
Militar do Estado de São Paulo. Corpo de Bombeiros. Instrução técnica nº. 17: 
Brigada de incêndio. Disponível em: <www.polmil.sp.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 
2005. 
 
SECCO, O. Manual de Prevenção e Combate a Incêndio. São Paulo: Empresa 
Gráfica da Revista dos Tribunais, 1970. 
 
TEXACO DO BRASIL S.A. Plano de Emergência e Combate a Incêndio. Curitiba, 
nov. 1999. 
 
www.sober.org.br. Lei nº. 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Acesso em: 15 jan. 
2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO A – Tabela do percentual de cálculo para composição 
da brigada de incêndio (NBR 14276) 
 
 
 
 
 
 
 
 52
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 1 - Percentual de cálculo para composição da brigada de incêndio 
 População fixa Ocupação por pavimento 
Classe Subclasse Descrição Até 10 Acima de 10 
Residencial I-1 Residências unifamiliares. Exemplos: Não há necessidade de 
 Casas térreas ou assobradas formação de brigada de 
 incêndio 
Residencial I-2 Edifícios de apartamentos Fazem parte da brigada 
 Moradias de religiosos ou estudantes de incêndio todos os 
 empregados da edificação 
Residencial II Hotéis, hotéis residenciais, flats, 50% 10% 
 apart-hotéis e motéis, pousadas, 
 balneários, pensionatos e albergues 
Comercial III-1 Lojas, magazines, supermercados e 50% 10% 
 lojas de departamentos 
 Serviços em geral: assistência técnica 
 de aparelhos elétricos, oficinas 
 mecânicas, pinturas, lavanderias e 
 postos de serviço 
 Estúdios de televisão e de cinema 
Comercial III-2 Centros comerciais (shopping centers) 50% 10% 
 e galerias comerciais 
Escritório IV Escritórios, agências bancárias, 40% 10% 
 repartições públicas, instituições 
 financeiras e consultórios 
Locais de reunião pública V-1 Religiosos, igrejas, templos, sinagogas, Faz parte da brigada de 
 mesquitas e outros incêndio toda a 
 Esportivos: ginásios, quadras, centros população fixa 
 esportivos, e academias de ginástica 
 Culturais: museus, bibliotecas e 
 galerias de arte 
 Locais de espetáculos: cinema, 
 auditórios, salão de festas ou de 
 danças, circos e exposições 
 Clubes sociais e recreativos 
Locais de reunião pública V-2 Comerciais: locais para refeições 60% 20% 
 (bares, restaurantes, cantinas e boates) 
 e laboratórios de análise clínica 
Locais de reunião pública V-3 Terminais e estações de embarque de 60% 20% 
 passageiros 
Educacionais VI Escolas em geral: 1º,2º e 3º graus, Faz parte da brigada de 
 supletivos, pré escolas, creches, incêndio toda a 
 53
 jardins de infância e escolas especiais população fixa 
 para deficientes e excepcionais 
 Centros de treinamento: escolas 
 profissionais e cursos livres 
Institucionais VII-1 Serviços de saúde: hospital, 60% 20% 
 pronto-socorro, clínicas e postos de 
 saúde 
Institucionais VII-2 Locais onde pessoas requerem Faz parte da brigada de 
 cuidados especiais: asilos, orfanatos, incêndio toda a 
 creches e casas de repouso população fixa 
 Locais com restrição de liberdade: 
 hospitais psiquiátricos, prisões, casas 
 de detenção e reformatórios 
 (continua) 
 
 
 
 
 
(conclusão) 
População fixa 
Ocupação 
por pavimento 
Classe Subclasse Descrição Até 10 Acima de 10
Industriais VIII-1 Atividades que durante o processo 40% 5% 
 industrial, manipulam materiais ou 
 produtos classificados como de baixo 
 risco de incêndio. Exemplo: cimento, 
 líquidos não inflamáveis 
Industriais VIII-2 Atividades que durante o processo 50% 7% 
 industrial apresentam médio potencial 
 de risco de incêndio. Exemplo: 
 indústrias metalúrgicas, mecânicas 
Industriais VIII-3 Atividades que durante o processo 60% 10% 
 industrial apresentam grande potencial 
 de risco de incêndio. Exemplo: 
 marcenarias, colchões, gráficas, papéis, 
 refinarias, produção de líquidos ou 
 gases inflamáveis, mobiliário em geral, 
 tintas, plásticos, têxteis e usinas 
Depósitos IX-1 Produtos incombustíveis ou baixo risco 40% 10% 
 de incêndio: cimento, pedra, artefatos 
 de concreto, cal, depósitos de ferros e 
 similares 
Depósitos IX-2 Produtos combustíveis com médio 50% 20% 
 potencial de risco ou de produtos 
 acabados: depósito de papel, livros, 
 alimentos enselados, plásticos, roupas, 
 eletrodomésticos, materiais de 
 construção e atividades correlatas 
Depósitos IX-3 Produtos combustíveis com elevado Faz parte da brigada de 
 potencial de risco: depósito de incêndio toda a 
 combustíveis ou inflamáveis (líquidos, população fixa 
 gasosos), aparas de papel, produtos 
 54
 químicos, explosivos 
Estacionamentos X-1 Locais cobertos, descobertos ou Faz parte da brigada de 
 construídos e garagens elevadas incêndio toda a 
 população fixa 
Estacionamentos X-2 Garagens de ônibus 50% 10% 
Estacionamentos X-3 Hangares e heliportos 70% 20% 
Construções provisórias XI-1 Edificações em construção, canteiros 30% 5% 
 de obra, frentes de trabalho e 
 instalações destinadas a alojamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO B – Fluxograma de procedimento da brigada 
de incêndio (NBR 14276) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxograma de procedimento da brigada de incêndio 
NBR 14276 – Anexo B (normativo) 
 
 
 56

Outros materiais