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DIVERSIDADE CULTURAL, 
CONFLITOS E VIDA EM 
SOCIEDADE
01. O repartimento dos índios era um sistema de trabalho 
utilizado principalmente nas minas e nos setores de 
beneficiamento de minério. Nos dois casos, tinha um 
caráter obrigatório e temporário, mobilizando mão de 
obra escolhida geralmente por sorteio. Os indígenas 
selecionados poderiam ser levados para qualquer 
região da colônia, de acordo com os interesses dos que 
exploravam seu trabalho. Na maioria das vezes, deviam 
desenvolver uma atividade árdua e insalubre em troca 
de um salário baixíssimo.
MOTA, M. B. História: das cavernas ao Terceiro Milênio. 
São Paulo: Moderna, 1997.
Na narrativa anterior, representa-se uma das relações de 
trabalho vigentes na América Espanhola. Pelos elementos 
apresentados, pode-se designar essa relação pelo nome de
A) capitação.
B) encomienda.
C) mita.
D) peonaje.
E) servidão.
02.
 
Disponível em: <http://cfrbpensandoalto.blogspot.
com/2009/06/1-expansao-maritima-xvxvi-medo-e.html>. 
Acesso em: 11 mai. 2020.
A charge aborda um dos temas presentes no processo 
da Expansão Marítima: o temor dos navegantes quanto à 
existência de monstros que pudessem abortar as viagens 
de maneira violenta. A abordagem proposta pela imagem 
nos convida a essa reflexão fazendo uso do(a)
A) ironia.
B) realismo.
C) crítica.
D) humor.
E) interdisciplinaridade.
03. No ano de 1863, em plena Guerra da Secessão, 
o presidente Abraham Lincoln decretou a abolição da 
escravidão nos Estados Unidos da América. Em 1960, 
Martin Luther King liderava a campanha nacional 
contra a segregação racial que discriminava os negros, 
especialmente no Sul dos EUA. Somente em 1964, 
com a aprovação da Lei dos Direitos Civis, o Congresso 
estadunidense passou a considerar o racismo como crime 
federal naquele país. No ano de 2009, Barack Obama 
tornou-se o 44º presidente dos EUA, sendo o primeiro 
presidente negro na história do país. No ato da posse, 
Obama utilizou a Bíblia de Abraham Lincoln para fazer 
o juramento à Presidência.
A análise histórica dos trechos anteriores, que pontuam 
a trajetória das questões raciais e racistas ao longo da 
história dos Estados Unidos, sugere que os problemas de 
discriminação racial
A) persistiram após a abolição da escravidão, feita pelo 
presidente Lincoln ao fim da Guerra de Secessão.
B) foram eliminados pela Guerra da Secessão entre os 
estados escravistas e os não escravistas.
C) foram desconhecidos nos Estados Unidos, uma vez 
que os negros são minoria insignificante.
D) foram limitados aos estados do Sul, região que possui 
uma população de mais de 90% de negros.
E) foram resolvidos por Obama ao se eleger o primeiro 
presidente negro dos Estados Unidos.
En
em
R
EV
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Ã
OHISTÓRIA
1Bernoulli Sistema de Ensino
Questões Selecionadas
04. Conquistada a Espanha, Muça (chefe islâmico) dividiu o território da Península entre os militares que vieram à conquista, 
da mesma maneira que entre eles distribuía os cativos e os demais bens móveis arrecadados como presa. Então deduziu o 
quinto das terras e dos campos cultivados, do mesmo modo que deduzira antes o dos cativos e objetos móveis [...] Quanto 
aos outros cristãos que estavam em lugares inacessíveis e nos montes elevados, Muça deixou-lhes os seus bens e o uso da 
sua religião, mediante o pagamento de um tributo [...]
MOZAINE, M. I. Século XI. In: FREITAS, G. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977. V. I.
O texto apresentado faz menção ao processo de ocupação da Península Ibérica por povos de origem árabe, islamizados.
Tais palavras registram
A) como a conquista islâmica sobre os ibéricos, embora fosse militar, apresentou ações tolerantes.
B) o caráter violento da jihad islâmica, resultando em ações fundamentalistas sobre os inimigos religiosos.
C) que o domínio do Império Árabe sobre a Península Ibérica envolveu somente aspectos religiosos.
D) que, durante a conquista da Península Ibérica, os chefes islâmicos adotaram práticas econômicas que permitiram o florescimento 
do intercâmbio capitalista.
E) a capacidade dos cristãos para conseguir impor limitações à dominação islâmica na Península Ibérica.
05.
Massília
Nova Cartago
Rio Iberus
Cartago Siracusa
Crotona
Roma
As Guerras Púnicas
Massília
Nova Cartago
Cartago Siracusa
Crotona
Roma
As Guerras Púnicas
NumídiaNumídia
Mar Mediterrâneo
Domínios de Cartago
Domínios de Roma no
princípio da 1ª Guerra Púnica
Contraofensiva romana
Roteiro de Aníbal
0 90 180 km
N
Disponível em: <http://www.igm.mat.br/homepage/joao_afonso/J.A/figuras_inhumas/guerras_punicas.jpg>. Acesso em: 11 mai. 2020.
O mapa anterior retrata a situação política no Mediterrâneo à época das Guerras Púnicas, entre Roma e Cartago. A observação 
das rotas das batalhas traçadas pelos exércitos cartaginês e romano sugere que os significados atribuídos por esses povos 
aos espaços geográficos que os rodeavam reservavam maior importância ao
A) território do continente europeu, um espaço consagrado para as grandes batalhas, devido ao prestígio advindo da conquista 
de seu território.
B) norte da África, uma região desprovida de interesse, devido à fragilidade econômica e comercial de suas cidades.
C) continente europeu, o território mais interessante de ser conquistado, devido às suas rotas comerciais.
D) Mar Mediterrâneo, espaço central das grandes disputas na Antiguidade Clássica, devido às vantagens comerciais adquiridas 
pela cidade que controlasse a navegação em suas águas.
E) território da Grécia, centro das guerras de conquista, devido à rica herança cultural legada pelos gregos aos povos 
posteriores.
2 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
06.
As novas cidades
 As abadias, fortificadas para dar maior segurança aos 
monges, também abrigavam os camponeses da região 
em caso de invasões. A revitalização comercial fez com 
que ao pé de suas muralhas se estabelecessem núcleos 
de mercadores, que acabaram atraindo populações que 
lá se fixaram permanentemente.
 Assim, muitas abadias constituíram os núcleos de 
novas cidades, que conservaram os nomes dos santos aos 
quais eram dedicadas. Foi o que ocorreu com Saint-Omer, 
Saint-Girons e Saint-Fargeau, na atual França; com San 
Marino e San Gimagnano, na Península Itálica.
ARRUDA, J. J. Toda História. 12. ed. 
São Paulo: Editora Ática, 2004.
Tradicionalmente, as cidades eram criticadas pela Igreja 
medieval em virtude das práticas comerciais. No entanto, 
o texto anterior ressalta que algumas
A) abadias e igrejas realizavam atividades comerciais 
entre si visando ao abastecimento.
B) autoridades da Igreja descumpriam as ordens do papa 
ao aceitarem os comerciantes dentro da Igreja.
C) guildas de comerciantes conseguiam convencer a 
Santa Sé a aceitar suas práticas.
D) ordens religiosas da Igreja realizavam atividades 
comerciais na Europa Ocidental.
E) cidades e vilas foram fundadas em torno de estruturas 
associadas à Igreja Católica.
07. Todo um universo imaginário acoplava-se ao novo fato, 
sendo, simultaneamente, fecundado por ele: os olhos 
europeus procuravam a confirmação do que já sabiam, 
relutantes ante o reconhecimento do outro. Numa época 
em que ouvir valia mais do que ver, os olhos enxergavam 
primeiro o que se ouvira dizer; tudo quanto se via era 
filtrado pelos relatos de viagens fantásticas, de terras 
longínquas, de homens monstruosos que habitavam os 
confins do mundo conhecido.
SOUZA, L. M. Feitiçaria e religiosidade popular 
no Brasil colonial. 1986. p. 21-22.
Nesse trecho, a autora analisa o imaginário europeu à 
época das grandes navegações. Mesmo coordenando 
empreendimentos que marcariam a modernidade, 
o inconsciente dos primeiros navegadores ainda era 
marcado por fortes elementos medievais. Com esse 
imaginário, o encontro dos europeus com os povos da 
América foi marcado pelo(a)
A) mistura de olhares e consequente miscigenação entre 
os povos.
B) entusiasmo europeu ao inaugurar uma nova perspectiva 
de mundo.
C) fanatismo religioso europeuao detratar os valores 
nativos.
D) ausência de alteridade, já que tudo na América era 
enquadrado nos preconceitos europeus.
E) reconhecimento de um Novo Mundo e de uma nova 
cultura.
08. Meu Senhor, nós queremos paz e não queremos guerra.
Se meu Senhor também quiser a nossa paz, há de ser 
nesta conformidade:
Em cada semana nos há de dar os dias de sexta-feira 
e de sábado para trabalharmos para nós, não tirando 
um destes dias por causa de dia Santo. Para podermos 
viver, nos há de dar rede, tarrafa e canoas. [...] Os atuais 
feitores, não os queremos. Faça eleição de outros, com 
a nossa aprovação.
Poderemos plantar nosso arroz onde quisermos e em 
qualquer brejo, sem que para isso peçamos licença. 
E poderemos, cada um, tirar jacarandás ou qualquer 
pausem darmos parte para isso.
A estar por todos os artigos acima e conceder-nos estar 
sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para 
o servirmos com dantes, porque não queremos seguir os 
maus costumes dos mais engenhos. Poderemos brincar, 
folgar e cantar em todos os tempos que quisermos, sem 
que nos impeça e nem seja preciso licença.
O documento anterior é fragmento de um tratado 
proposto ao senhor de engenho Manoel da Silva Ferreira 
pelos seus escravos, que se rebelaram contra ele no 
Engenho de Santana, na vila de Ilhéus, Bahia, em 1789. 
Ações como essa, frequentes no Período Colonial, estão 
relacionadas à
A) crescente influência iluminista nos grupos sociais 
menos abastados, incentivando tanto movimentos 
separatistas quanto revoltas escravistas.
B) divulgação de notícias da Revolução Francesa, 
que produziu efeitos libertários em todo o mundo, 
a exemplo da Revolta Haitiana e de revoltas 
escravistas como essas no Brasil.
C) repercussão dos movimentos separatistas coloniais, 
como o das Treze Colônias inglesas e a própria 
Inconfidência Mineira, que produziu nos escravos 
anseios autonomistas.
D) multiplicação das formas de resistência escrava negra 
no Brasil, em especial a brecha camponesa, pela qual 
os escravos negociavam vantagens com seus senhores.
E) proliferação dos escravos boçais que, em fins do 
século XVIII, eram maioria e tinham mais consciência 
do ambiente, da língua e das estratégias políticas que 
podiam adotar para se alforriar.
Questões Selecionadas
3Bernoulli Sistema de Ensino
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09. A apropriação do reino lusitano pela Coroa espanhola 
ocorreu em meio a uma crise sucessória em Portugal. Em 
1578, o jovem monarca D. Sebastião desaparecera no 
norte da África em meio a uma batalha religiosa contra 
os árabes islâmicos que povoavam a região. A ausência 
de um herdeiro fez com que o reino fosse controlado 
pelo tio de D. Sebastião, o cardeal e inquisidor-mor 
D. Henrique. A idade avançada de D. Henrique e a 
ausência de um herdeiro constituíram um problema para 
Portugal. A apropriação do reino luso pela Espanha era o 
maior temor da sociedade portuguesa, já que os esforços 
expansionistas de Filipe II ascendiam em consonância 
com o fortalecimento espanhol. Mesmo com toda a 
pressão para transferir o controle do reino para um novo 
sucessor, D. Henrique manteve-se no trono e, com sua 
morte, as pretensões espanholas se confirmaram.
ABREU, E. Coleção Estudo. Belo Horizonte: 
Editora Bernoulli, 2012. p. 90.
Durante a União Ibérica algumas importantes modificações 
ocorreram na colônia. Contudo, o maior impacto 
provocado pela União Ibérica na história do Brasil Colonial 
foi(foram) a(s)
A) criação em 1609 do Tribunal da Relação da Bahia, 
o primeiro tribunal de justiça no Brasil.
B) visitas da Inquisição, realizadas para averiguar a 
fé dos colonos, sobretudo a dos cristãos novos, 
descendentes de judeus e suspeitos de conservar as 
antigas crenças em segredo.
C) reafirmação da proibição do cativeiro indígena por 
meio de uma lei promulgada em 1609.
D) atenuação das fronteiras de Tordesilhas, uma vez que 
Portugal passou a pertencer à Espanha.
E) invasão do Nordeste brasileiro pelos holandeses, que 
estavam em guerra com a Espanha lutando pela sua 
independência.
10.
Saint-Martin-du-Canigou (Pirineus orientais) 
Thomas Kaffenberger / Creative Commons.
Saint-Guilhem-le-Désert (Alpes franceses) 
AO29 / Creative Commons.
As fotografias anteriores retratam dois mosteiros 
construídos no Período Medieval europeu, ambos no 
século XI. Como se percebe nas imagens, os mosteiros 
foram erguidos em meio a cadeias montanhosas 
europeias: o primeiro, no cume do monte Canigou, região 
dos Pirineus, e o segundo, na região dos Alpes. O objetivo 
de algumas ordens regulares medievais em construir seus 
mosteiros em tais locais era
A) estimular trabalhos físicos e intelectuais árduos entre 
os monges, integrantes do segundo estamento social 
no mundo feudal europeu, nesses edifícios.
B) colocar-se sob o mecenato papal, que patrocinava 
a construção de grandes e imponentes obras 
arquitetônicas em regiões elevadas pelos construtores 
renascentistas.
C) afastar-se em meio às montanhas, condição 
fundamental para manter o culto católico o mais 
puro possível, já que na época ele era ameaçado pela 
expansão do paganismo dos bárbaros.
D) minimizar os efeitos desastrosos da peste negra, que 
também se propagava entre os clérigos, por meio do 
isolamento dos religiosos e das obras clássicas, por 
ordem papal.
E) garantir o isolamento em relação às práticas mundanas 
dos crescentes meios urbanos, condição essencial 
buscada por algumas ordens religiosas medievais.
11. 
Mama África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia
Mama África tem
Tanto o que fazer
Além de cuidar neném
Além de fazer denguim
Filhinho tem que entender
Mama África vai e vem
Mas não se afasta de você
Quando Mama sai de casa
Seus filhos se olodunzam
Rola o maior jazz
Mama tem calo nos pés
Mama precisa de paz...
Mama não quer brincar 
mais
Filhinho dá um tempo
É tanto contratempo
No ritmo de vida de 
mama...
CHICO CÉSAR. Mama África. Disponível em:<http://letras.
terra.com.br >. Acesso em: 11 mai 2020. [Fragmento].
4 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
Essa música retrata, por meio de situações cotidianas 
contemporâneas, importantes heranças das relações 
Brasil-África, originária do Período Colonial. As cenas 
propostas pela letra e a correlação com fatos reais de 
nossa história denunciam, além do preconceito, a(s)
A) negligência do poder público, especialmente 
republicano, quanto à questão do negro.
B) marginalidade social nos meios urbanos, tão 
recorrente entre as crianças negras.
C) dificuldades encontradas pelas mães negras e pobres 
brasileiras para a manutenção dos lares.
D) riqueza cultural de origem afro no Brasil, apesar das 
mazelas sociais.
E) falta de qualidade na educação nas periferias do 
país, o que acarreta em falta de informação e de 
maturidade das mães negras.
12.
Índios entregam carta de protesto 
a Fernando Henrique
O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu na noite 
deste domingo [24 abr. 2000] uma carta de protesto de 
índios xavantes e mehinakus. A carta foi entregue a FHC 
logo após os índios terem dançado [...] na abertura da 
“Mostra do Redescobrimento” – megaexposição de arte que 
se realiza em comemoração dos 500 anos do Brasil. [...]
Em tom cordial, mas firme, a carta ressalta que os 
índios compareceram à cerimônia “sem rancor e sem 
raiva”, mas alerta que os territórios demarcados para os 
indígenas “continuam sendo ameaçados pelos projetos de 
desenvolvimento que não levam em consideração nosso 
pensamento e nossa vida”.
Confronto marca comemoração
As comemorações dos 500 anos do Brasil foram marcadas 
no sábado por confrontos entre policiais e manifestantes 
na BR-367, que liga Porto Seguro a Santa Cruz Cabrália 
(BA) e terminaram com 141 pessoas detidas.
A PM avançou sobre os índios, que fugiram na direção 
de Santa Cruz Cabrália. Alguns reagiram, disparando 
flechadas e jogando pedras. A polícia perseguiu os 
manifestantes por cerca de um quilômetro,soltando 
bombas, até dispersar totalmente o protesto.
Presidente da FUNAI pede demissão
O presidente da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), 
Carlos Frederico Marés de Souza Filho, afirmou que a 
repressão policial a índios nas comemorações dos 500 
anos do Descobrimento na Bahia demonstraram “temor 
ao povo” por parte do governo.
[...] O presidente disse que “[...] a política de proteção à 
festa foi altamente repressiva”. Segundo ele, a passeata 
dos índios começou como “uma manifestação bonita e 
livre, mas as ‘comemorações’ mostraram bastante o que 
é o Brasil desde o descobrimento.”
FOLHA ONLINE. Abr. 2000 (Adaptação).
Os acontecimentos descritos anteriormente fizeram 
parte das comemorações programadas pelo governo 
para os 500 anos do descobrimento, em 2000. Tais 
acontecimentos e, principalmente, a fala, em destaque, do 
então presidente da FUNAI apontam para o modo como se 
dava a relação entre povos indígenas e o Governo Federal 
na década de 1990 e permitem distinguir a permanência, 
desde o Período Colonial, de comportamentos
A) contestatórios por parte dos índios, que reclamavam 
a devolução de suas terras originais.
B) conciliatórios do Estado em relação aos indígenas, 
exemplificados pelo início de ampla reforma agrária 
iniciada em favor dos índios.
C) negligentes e violentos em relação aos indígenas, 
evidentes na postura da polícia e do governo durante 
as celebrações.
D) manipuladores do imaginário indígena brasileiro pelo 
Estado, prática comum desde as descrições pacifistas 
da Carta de Caminha.
E) omissos por parte dos indígenas, tão interessados 
quanto o próprio governo em participar das celebrações.
13. “Como possuis, continuai possuindo.” Essas foram as 
palavras do padre brasileiro Alexandre de Gusmão, 
responsável por convencer os espanhóis da redefinição 
das fronteiras coloniais ibéricas na América, num contexto 
em que o Tratado de Tordesilhas já havia sido há muito 
desrespeitado. Nesse encontro, em 1750, foi estipulado 
o Tratado de Madri.
As palavras do padre Alexandre e os resultados do Tratado 
de Madri evidenciam o(a)
A) vitória de Portugal, que obteve legitimidade para 
ocupar as imensas terras do oeste, que já eram 
ocupadas por lusitanos e colonos desde o século XVII.
B) opção diferenciada dos reinos ibéricos recém- 
-centralizados pela diplomacia, num período em que 
as guerras eram meios comuns para resolução dos 
problemas fronteiriços.
C) supremacia espanhola naquele contexto, pois, além 
de sediar o encontro, permaneceu com as terras 
minerais peruanas e platinas pretendidas pelos 
portugueses.
D) recurso ao argumento jurídico do uti possidetis, que 
resultou no alargamento do território espanhol na 
América, ficando apenas os atuais Sul e Centro-Oeste 
brasileiros para Portugal.
E) interesse dos ibéricos de manter os territórios coloniais 
na América como seus, determinando exatamente as 
partes cabíveis às demais potências no continente.
Questões Selecionadas
5Bernoulli Sistema de Ensino
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14. À pequena milícia uniram-se as lideranças locais: o escravo alforriado Henrique Dias, o chefe indígena Poti, Felipe Camarão e o 
capitão Antonio Dias Cardoso, entre outros. [...] À doutrina de guerra do bravo e experiente opositor (holandês), adicionamos 
práticas de combate e armamentos peculiares. Somamos conhecimentos, inteligência, denodo, coragem e espírito guerreiro. 
Utilizamos a guerra de movimento [...]. Mais que tudo, dispúnhamos do forte impulso de solidariedade, anseio de liberdade e 
sentimento comum de amor à terra. Pela primeira vez, falava-se em pátria. Expulsamos o invasor de Pernambuco. Da união 
de raças nascia a nacionalidade e, com ela, o Exército Brasileiro.
Disponível em: <http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/ diaexercitobrasileiro1.html>. 
Acesso em: 30 maio 2012 (Adaptação).
O texto, escrito segundo o ponto de vista da corporação militar, apresenta uma visão peculiar sobre os combates que resultaram 
na expulsão definitiva dos holandeses do Brasil, em 1654 (a Insurreição Pernambucana). A moderna historiografia brasileira 
critica essa visão ao considerar inadequado que o(a)(s)
A) ideia de democracia racial seja empregada para o Brasil, especialmente em se tratando de meados do século XVII, sendo 
um mito historiográfico.
B) povo brasileiro queria expulsar os holandeses, considerados melhores colonizadores que os portugueses.
C) armamentos rudimentares brasileiros foram incapazes de vencer as poderosas armas de fogo das tropas holandesas.
D) nativos se recusaram a participar das ofensivas contra os invasores flamengos, considerados como amigos dos indígenas.
E) Insurreição Pernambucana foi efetuada apenas por tropas lusitanas, enviadas ao Brasil pelo rei D. João IV.
15. As Cruzadas foram expedições de caráter religioso e militar, organizadas pela Igreja e nobreza medievais, nos séculos XI, XII 
e XIII, com o objetivo de libertar a cidade santa de Jerusalém do domínio árabe muçulmano.
York
Londres Cantuária
Bruges
Ruão
Paris Metz
Ratisbona
Viena
Belgrado
Durazzo
Tessalônica
Atenas Éfeso
Esmirna
Pérgamo
Apolônia
Adrianópolis
Constantinopla
Niceia
Dorileia
Sardes
Adália
Icônio
Cesareia
Edessa
AntioquiaTarso
Famagusta
Trípoli
Damasco
Jerusalém
Ascalon
São João D’Acre
Alexandria
Damieta
Cairo
Vézelay
Clermont Lyon
Toulouse
Turim Milão
Gênova
Marselha
BarcelonaSaragoça
Valência
Toledo
Oviedo
Santiago
Lisboa
Faro Córdoba
Tânger
Túnis
Florença
Veneza
Zara
Spalato
Bari
Tarento
Reggio
Palermo
Cagliari
Roma
Nápoles
Córsega
Sardenha
Sicília
Creta
Chipre
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR DO
NORTE
MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
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York
Londres Cantuária
Bruges
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Paris Metz
Ratisbona
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Atenas Éfeso
Esmirna
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Apolônia
Adrianópolis
Constantinopla
Sardes
Adália
Icônio Edessa
AntioquiaTarso
Famagusta
Trípoli
Damasco
Jerusalém
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São João D'Acre
Alexandria
Damieta
Cairo
Clermont Lyon
Toulouse
Turim Milão
Gênova
Marselha
BarcelonaSaragoça
Valência
Toledo
Oviedo
Santiago
Lisboa
Faro Córdoba
Tânger
Túnis
Florença
Veneza
Zara
Spalato
Bari
Tarento
Reggio
Palermo
Cagliari
Roma
Nápoles
Córsega
Sardenha
Sicília
Creta
Chipre
Córsega
Sardenha
Sicília
Creta
Chipre
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR DO
NORTE
MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
MA
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LT
IC
O
ÁFRICA
Vézelay
Durazzo
Niceia
Dorileia
Cesareia
Islamismo
Igreja Católica Romana
Igreja Ortodoxa Grega
Estados Cristãos do Oriente
Primeira Cruzada (1095-1099)
Segunda Cruzada (1147-1149)
Terceira Cruzada (1189-1192)
Quarta Cruzada (1202-1204)
N
0 270 km
As primeiras Cruzadas
DONNARD, Rejane. Coleção Estudo. 1ª série. Belo Horizonte: Editora Bernoulli. p. 50. v. 1.
6 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
Associando o texto às informações fornecidas pelo mapa, é possível inferir que as Cruzadas
A) constituíram poderoso estímulo ao renascimento do comércio europeu, na medida em que resultaram no grande incremento 
das relações entre Europa e Oriente Médio.
B) auxiliaram a população ibérica na sua secular Guerra de Reconquista, permitindo a retomada da Península e a formação 
de vários reinos cristãos na região.
C) resultaram no estabelecimento de vários entrepostos comerciais no litoral norte da África, permitindo aos europeus o 
acesso ao ouro e ao marfim provenientes de Tombuctu.
D) visaram o restabelecimento das ligações comerciais entre a Europa e o Oriente, por meio das caravanas turco-árabes que 
partiam de Constantinopla.
E) abriram a possibilidade de ascensão social para servos e camponeses que se destacassem na luta contra os infiéis.
16. O Renascimento deve ser compreendido como uma fase de extraordinária produção cultural, marcada pela mudança, 
pela busca do novo, pela adequação entre o pensamento e as suas diversas formas de expressão, e entre essas e os novos 
tempos, os novos valores e costumes.
DONNARD, R. 
Coleção Estudo. 
Belo Horizonte: Editora Bernoulli, 2012.p. 26. v. 1.
A busca renascentista por uma nova perspectiva, uma nova forma de ver o mundo e o próprio homem, se traduziu no(a)
A) reforço da pregação religiosa, que aconselhava a vida contemplativa.
B) concepção do corpo humano como fonte dos pecados.
C) valorização da razão como via para se chegar à verdade.
D) submissão do homem ao império da providência divina.
E) identificação do homem pela comunidade em que está inserido.
17. Referindo-se à ocupação e à exploração da América no Período Colonial, o historiador Fernando Henrique Novais afirmou 
que a colonização envolvia “povoamento europeu e organização de uma economia complementar voltada para o mercado 
metropolitano”. Na época moderna, colonizar, como destaca o autor, não se limitava apenas ao povoamento de uma determinada 
região, mas exigia a
A) participação efetiva de colonos estrangeiros no processo de exploração econômica.
B) adoção de formas feudais ou semifeudais de apropriação e cultivo da terra.
C) intervenção direta dos empresários metropolitanos no âmbito da produção.
D) transferência de grande parte do capital da burguesia metropolitana para a colônia.
E) remuneração dos produtores coloniais com salários superiores aos praticados na metrópole.
18. Entre todos estes que hoje vieram, não vejo mais que uma mulher moça, a qual esteve sempre à missa e a quem deram um 
pano, para que se cobrisse; e o puseram em volta dela. Todavia, ao sentar-se, não se lembrava de o estender muito para se 
cobrir. Assim, Senhor, a inocência dessa gente é tal, que a de Adão não seria maior, com respeito ao pudor.
CARTA de Pero Vaz de Caminha.
Nesse trecho, o escrivão da frota de Cabral faz referência à
A) associação dos indígenas a personagens bíblicos, fruto da identificação da terra descoberta com o paraíso terrestre.
B) descoberta de um território cuja população nativa já havia sofrido influência dos princípios éticos cristãos.
C) preocupação do português colonizador em combater os costumes selvagens e imorais da população indígena do litoral.
D) realização do primeiro batismo indígena em solo brasileiro, apesar da forte oposição demonstrada pelos nativos presentes 
à celebração.
E) aceitação cordial dos costumes nativos pelos portugueses como estratégia para facilitar a evangelização do gentio.
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7Bernoulli Sistema de Ensino
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19.
TEXTO I
 Pelas palavras das Escrituras, somos instruídos de que há duas espadas: a espiritual e a temporal... É preciso que uma 
espada esteja sob o domínio da outra, por conseguinte, que o poder temporal se submeta ao espiritual.
BONIFÁCIO VIII, Bula Unam Sanctum, 1302.
TEXTO II
 Quando... o papa... se atribui a plenitude de poder sobre qualquer governante, comunidade ou pessoa individual, uma tal 
pretensão é imprópria e errada e se afasta das divinas Escrituras e das demonstrações humanas, ou melhor, até as contradiz.
FICINO, M. O defensor da paz, 1324.
A influência da Igreja Católica no universo medieval foi determinante para os rumos dos homens daquele período, como 
demonstra o texto I. Porém, o enfrentamento presente no texto II permite inferir que o(a)
A) Igreja raramente se aliava aos interesses da nobreza medieval, restringindo sua influência junto aos monarcas e à população 
camponesa, que estava distante do conhecimento acadêmico e profundamente marcada pela precariedade econômica.
B) parcela instruída da sociedade, como a nobreza medieval, construiu percepções laicas do mundo, chegando, nos casos 
extremos, a difundir princípios orientados pelo pensamento ateu.
C) Baixa Idade Média permitiu a formação da burguesia e da dinâmica comercial responsável pela modificação da sociedade 
e, como consequência, a eliminação dos padrões ideológicos vigentes.
D) movimento da Reforma Protestante garantiu a ruptura do monopólio cristão exercido pela Igreja Católica no Ocidente, 
visto o surgimento de novas Igrejas e novos parâmetros para a compreensão da salvação.
E) mundo medieval apresentava uma complexidade social profunda que permitiu, em algumas circunstâncias, o surgimento 
de setores capazes de desafiar a Igreja Católica, provocando conflitos.
20.
Domínio público
A imagem anterior foi produzida durante o Período Colonial e ressalta a antropofagia praticada pelos nativos na América. 
A interpretação da ação dos nativos assumia, para europeus e indígenas, significados bem distintos, dadas as origens culturais 
desses povos. Se, para os espanhóis, o canibalismo significava selvageria, para muitos dos índios da América, a ação era 
compreendida como o(a)
A) demonstração de força contra os adversários, que buscavam saquear e explorar as terras conquistadas.
B) apropriação das qualidades dos vitimados pelos atos, sendo compreendido o ritual como elemento místico.
C) necessidade imediata de alimentos, traço comum do ser humano em momentos de calamidade e desespero.
D) busca pela melhor compreensão da nova cultura que se apresentava, tratada como exótica e misteriosa.
E) cumprimento das profecias, que falavam da chegada de deuses que deveriam servir de alimento para os nativos.
8 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
21. Deixai os que outrora estavam a se baterem impiedosamente 
contra os fiéis em guerras particulares lutarem contra os 
infiéis [...]. Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se 
soldados. Deixai aqueles que outrora se bateram contra 
seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros 
como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, 
a baixos salários, receberem agora a recompensa eterna. 
Uma vez que a terra que vós habitais, fechada por todos 
os lados pelo mar e circundada por picos e montanhas, 
é demasiadamente pequena para vossa grande população: 
a sua riqueza não abunda, mal fornece o alimento 
necessário aos seus cultivadores [...]. Tomai o caminho 
do Santo Sepulcro; arrebatai aquela terra à raça perversa 
e submetei-a a vós mesmos [...].
Papa Urbano II. In: MELLO, L. I. A.; COSTA, L. C. F. História 
Antiga e Medieval. São Paulo: Scipione, 1994. p. 263.
As palavras do papa Urbano II buscam justificar as 
Cruzadas, expedições militares cristãs empreendidas 
contra os árabes muçulmanos a partir do século XI. 
O texto do papa, que estimulou a realização da barbárie 
no mundo oriental, apresentou as Cruzadas como 
necessárias para
A) combater os árabes, conquistar a indulgência, retomar 
o comércio do Mar Mediterrâneo e bloquear o acesso 
a Jerusalém.
B) impedir conflitos, salvar mercenários, acabar com 
a fome e descobrir o Santo Sepulcro.
C) redirecionar a violência, obter a salvação, expandir 
o modelo econômico e tomar as Terras Santas.
D) reduzir o conflito entre as famílias, ampliar os salários 
dos mercenários, obter metais preciosos e localizar 
o túmulo de Cristo.
E) salvar ladrões e soldados, conter as heresias, divulgar 
o feudalismo e concretrizar a Reconquista.
22.
TEXTO I
 Capitulações: sistema adotado pela Espanha, 
caracterizado pela concessão do direito de exploração 
do território americano para um explorador particular, 
responsável por todos os recursos a serem despendidos 
no processo de conquista. O contratante das capitulações 
teria, em contrapartida, o direito vitalício de usufruir 
das novas terras, o controle das cidades fundadas e o 
comando das jurisprudências civil e criminal, além de 
empreender o processo de evangelização dos gentios.
Coleção Estudo EM1. Belo Horizonte: 
Editora Bernoulli, 2012. p. 84 (Adaptação).
TEXTO II
 Capitanias hereditárias: sistema adotado por Portugal, 
que consistiu na divisão do território brasileiro em 
grandes faixas de terra que se estendiam do litoral 
até o meridiano de Tordesilhas, cuja posse foi doada, 
hereditariamente, a fidalgos, homens da confiança do 
rei, encarregados de promover, com recursos próprios, 
o povoamento, defesa e exploração econômica do 
território, desfrutando de ampla autonomia política e de 
vários direitos, como escravizar índios, doar sesmarias 
e cobrar a vintena do pau-brasil.Os sistemas adotados, respectivamente, por Espanha e 
Portugal para dar início à ocupação do território americano 
revelam o(a)
A) desinteresse inicial das duas metrópoles pela efetiva 
colonização da América.
B) papel desempenhado pela iniciativa privada no 
processo de colonização.
C) restrição dos interesses particulares dos agentes 
coloniais pela legislação metropolitana.
D) negligência adotada pelas metrópoles ibéricas no 
processo de colonização.
E) subordinação dos interesses econômicos ao ideal de 
evangelização dos nativos americanos.
23.
A tela anterior reproduz a coroação de Carlos Magno, 
o mais importante monarca francês da Idade Média. 
Produzido por Jean Fouquet (Tours, 1420-1481), 
destacado pintor francês do século XV, o quadro deixa 
evidente a importância do vínculo entre
A) arte e Igreja, já que o alto clero exigia a aparição nas 
produções culturais das épocas medieval e moderna.
B) Igreja e poder, na medida em que o monarca era 
coroado pelo corpo eclesiástico dentro de uma 
catedral católica.
C) monarca e nobreza, visto o papel de sustento da 
aristocracia pelo rei por meio de elevadas pensões.
D) população e soberano, já que o rei era entendido como 
símbolo de justiça e paz no reino.
E) rei e burguesia, já que o Estado Nacional moderno 
colaborava para a dinâmica econômica da classe 
mercantil.
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9Bernoulli Sistema de Ensino
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24.
TEXTO I
 Com as mudanças estruturais do século VII a.C., Esparta regrediu culturalmente. O governo passou a estimular o laconismo, 
a xenofobia e a xenelasia. O laconismo consistia em falar tudo em poucas palavras, o que limitou a capacidade de raciocínio 
e o espírito crítico dos espartanos. A xenofobia e a xenelasia (aversão e expulsão de estrangeiros) impediam o contato com 
ideias inovadoras, consideradas subversivas para o sistema.
ARRUDA, J. J. Toda a História. 6. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 42.
TEXTO II
 A vida das pessoas está intimamente associada ao processo de comunicação e aprimoramento da capacidade comunicativa 
que acompanha a própria evolução humana. À medida que amplia seu relacionamento com o mundo, o ser humano aperfeiçoa 
e multiplica a sua capacidade de comunicação, envolvendo palavras, sons e imagens. Textos verbais e não verbais interagem 
e contribuem para a representação oral e escrita das sociedades.
Disponível em: <http://luisalessa.blogspot.com.br/2010/05/importancia- -da-lingua-no-contexto-socio_21.html>. 
Acesso em: 27 dez. 2012.
Para a cidade de Esparta, os resultados práticos dessa fragilidade comunicativa e desse reduzido contato cultural com outros 
povos foram o(a)
A) aproximação com os povos de reduzido saber acadêmico e a animosidade com aqueles que esbanjavam gastos no 
desenvolvimento da arte e literatura.
B) imposição de um regime político austero e a ação bélica como expressão máxima de relevância social.
C) inexistência de qualquer estrutura educacional e a incapacidade de contato com outras cidades-estado da Grécia.
D) rejeição das práticas comerciais com outros povos e a indisposição de construir navios que pudessem promover contatos 
com outras nações.
E) reduzido grau de diferenciação entre homens e mulheres e a formação de uma sociedade mais justa.
25. (Enem–2017) As primeiras ações acerca do patrimônio histórico no Brasil datam da década de 1930, com a criação do Serviço 
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1937. Nesse período, o conceito que norteou a política de patrimônio 
limitou-se aos monumentos arquitetônicos relacionados ao passado brasileiro e vinculava-se aos ideais modernistas de conhecer, 
compreender e recriar o Brasil por meio da valorização da tradição.
SANTOS, G. Poder e patrimônio histórico: possibilidades de diálogo entre educação 
histórica e educação patrimonial no ensino médio. EntreVer, n. 2, jan.-jun. 2012.
Considerando o contexto mencionado, a criação dessa política patrimonial objetivou a
A) consolidação da historiografia oficial.
B) definição do mercado cultural.
C) afirmação da identidade nacional.
D) divulgação de sítios arqueológicos.
E) universalização de saberes museológicos.
26. (Enem–2017) Os níveis de desigualdade construídos historicamente não se referem apenas a uma questão de mérito individual, 
mas à falta de condições iguais de oportunidades de acesso a educação, trabalho, saúde, moradia e lazer. As pesquisas mostram 
que há um grande abismo racial no Brasil, e as estatísticas, ao apontarem as condições de vida, emprego e escolaridade entre 
negros e brancos, comprovam que essa desigualdade é fruto da estrutura racista, somada à exclusão social e à desigualdade 
socioeconômica, que atinge toda a população brasileira e, de modo particular, os negros.
MUNANGA, K.; GOMES, N. L. Para entender o negro no Brasil de hoje: história, realidades, problemas e caminhos. 
São Paulo: Global; Ação Educativa, 2004 (Adaptado).
O conjunto de ações adotado pelo Estado brasileiro, a partir da última década do século XX, para enfrentar os problemas 
sociais descritos no texto resultaram na
A) ampliação de planos viários de urbanização.
B) democratização da instrução escolar pública.
C) manutenção da rede hospitalar universitária.
D) preservação de espaços de entretenimento locais.
E) descentralização do sistema nacional de habitação.
10 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
27. (Enem–2016)
TEXTO I
Imagem do São Benedito.
Disponível em: <http://acervo.bndigital.bn.br>. 
Acesso em: 06 jan. 2016 (Adaptação).
TEXTO II
 Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para 
atrair novos devotos, pois eram obedientes a Deus e ao 
poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento 
sobre a vida dos santos, a Igreja transmitia aos fiéis os 
ensinamentos que julgava corretos e que deviam ser 
imitados por escravos que, em geral, traziam outras 
crenças de suas terras de origem, muito diferentes das 
que preconizava a fé católica.
OLIVEIRA; A. J. Negra devoção. Revista de História da 
Biblioteca Nacional, n. 20, maio 2007 (Adaptação).
Posteriormente ressignificados no interior de certas 
irmandades e no contato com outra matriz religiosa, 
o ícone e a prática mencionados no texto estiveram, 
desde o século XVII, relacionados a um esforço da Igreja 
Católica para
A) reduzir o poder das confrarias.
B) cristianizar a população afro-brasileira.
C) espoliar recursos materiais dos cativos.
D) recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
E) atender a demanda popular por padroeiros locais.
28. (Enem–2016) A África Ocidental é conhecida pela 
dinâmica das suas mulheres comerciantes, caracterizadas 
pela perícia, autonomia e mobilidade. A sua presença, 
que fora atestada por viajantes e por missionários 
portugueses que visitaram a costa a partir do século XV, 
consta também na ampla documentação sobre a região. 
A literatura é rica em referências às grandes mulheres, 
como as vendedoras ambulantes, cujo jeito para o 
negócio, bem como a autonomia e mobilidade, é tão 
típico da região.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência 
feminina e representações em mudança na Guiné (séculos XIX 
e XX). In: PANTOJA, S. (Org.). Identidades, memórias e 
histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da 
África Ocidental pode ser relacionada a uma característica 
marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos 
XVIII e XIX, que se observa pela
A) restrição à realização do comércio ambulante por 
africanos escravizados e seus descendentes.
B) convivência entre homens e mulheres livres, 
de diversas origens, no pequeno comércio.
C) presença de mulheres negras no comércio de rua de 
diversos produtos e alimentos.
D) dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente 
de origem dos escravizados.
E) entrada de imigrantes portugueses nas atividades 
ligadas ao pequeno comércio urbano.
29. (Enem–2016) As convicções religiosas dos escravos 
eram entretantocolocadas a duras provas quando de 
sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados 
obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam 
curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. lemanjá, 
mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com 
Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa 
das divindades das águas, foi comparada a Sant'Ana, mãe 
da Virgem Maria.
VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África 
e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981.
O sincretismo religioso no Brasil Colônia foi uma estratégia 
utilizada pelos negros escravizados para
A) compreender o papel do sagrado para a cultura 
europeia.
B) garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
C) preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
D) integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
E) possibilitar a adoração de santos católicos.
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11Bernoulli Sistema de Ensino
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30. (Enem) Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, 
ainda que todos falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta e duas línguas; na Babel 
do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta. E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos e 
todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho serão necessários para que esses mudos falem e esses 
surdos ouçam.
VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva. São Paulo: Global, 1985 (Adaptação).
No decorrer da colonização portuguesa na América, as tentativas de resolução do problema apontado pelo padre António 
Vieira resultaram na
A) ampliação da violência nas guerras intertribais.
B) desistência da evangelização dos povos nativos.
C) indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas.
D) pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões de difícil acesso.
E) sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese.
31. (Enem)
TEXTO I
 Não é possível passar das trevas da ignorância para a luz da ciência a não ser lendo, com um amor sempre mais vivo, as 
obras dos Antigos. Ladrem os cães, grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor dos Antigos. Para eles irão 
todos os meus cuidados e, todos os dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo.
BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
TEXTO II
 A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, quando descubro 
uma ideia pessoal e quero torná-la pública, atribuo-a a outrem e declaro: – Foi fulano de tal que o disse, não sou eu. E para que 
acreditem totalmente nas minhas opiniões, digo: – O inventor foi fulano de tal, não sou eu.
BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
Nos textos são apresentados pontos de vista distintos sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente. Comparando 
os textos, os autores discutem o(a)
A) produção do conhecimento face à manutenção dos argumentos de autoridade da Igreja.
B) caráter dinâmico do pensamento laico frente à estagnação dos estudos religiosos.
C) surgimento do pensamento científico em oposição à tradição teológica cristã.
D) desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé e razão.
E) construção de um saber teológico científico.
32. (Enem)
Sou uma pobre e velha mulher,
Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.
VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999.
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicos medievais. Nesse 
contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de
A) refinar o gosto dos cristãos.
B) incorporar ideais heréticos.
C) educar os fiéis através do olhar.
D) divulgar a genialidade dos artistas católicos.
E) valorizar esteticamente os templos religiosos.
12 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
33. (Enem) A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, 
é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, 
tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao longo 
do Sena, ela é a intersecção de dois eixos monumentais. 
Bem nesse cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado 
com hieróglifos que contam os reinados dos faraós Ramsés 
II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do 
Egito ao povo francês e, em 1836, instalado na praça 
diante de mais de 200 mil espectadores e da família real.
NOBLAT, R. Disponível em: <www.oglobo.com>. 
Acesso em: 12 dez. 2012.
A constituição do espaço público da Praça da Concórdia 
ao longo dos anos manifesta o(a)
A) lugar da memória na história nacional.
B) caráter espontâneo das festas populares.
C) lembrança da antiguidade da cultura local.
D) triunfo da nação sobre os países africanos.
E) declínio do regime de monarquia absolutista.
34. (Enem)
TEXTO I
 O heliocentrismo não é o “meu sistema”, mas a Ordem 
de Deus.
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes [1543]. 
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
TEXTO II
 Não vejo nenhum motivo para que as ideias expostas 
neste livro (A origem das espécies) se choquem com as 
ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. 
São Paulo: Escala, 2009.
Os textos expressam a visão de dois pensadores – Copérnico 
e Darwin – sobre a questão religiosa e suas relações com a 
ciência, no contexto histórico de construção e consolidação 
da Modernidade. A comparação entre essas visões expressa, 
respectivamente:
A) Articulação entre ciência e fé – pensamento científico 
independente.
B) Poder secular acima do poder religioso – defesa dos 
dogmas católicos.
C) Ciência como área autônoma do saber – razão humana 
submetida à fé.
D) Moral católica acima da protestante – subordinação 
da ciência à religião.
E) Autonomia do pensamento religioso – fomento à fé 
por meio da ciência.
35. (Enem) Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, 
muito antes dos europeus, foram os próprios africanos 
trazidos como escravos. E essa descoberta não se restringia 
apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras 
áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar 
que os africanos, quando misturados e transportados ao 
Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si 
de elos culturais mais profundos.
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África 
coberta e descoberta do Brasil. Revista USP. 
n. 12, dez. / jan. / fev., 1991-92 (Adaptação).
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos 
de diferentes partes da África, a experiência da escravidão 
no Brasil tornou possível a
A) formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
B) superação de aspectos culturais africanos por antigas 
tradições europeias.
C) reprodução de conflitos entre grupos étnicos 
africanos.
D) manutenção das características culturais específicas 
de cada etnia.
E) resistência à incorporação de elementos culturais 
indígenas.
36. (Enem)
Como tratar com os índios
 A experiência de trezentos anos tem feito ver que a 
aspereza é um meio errado para domesticar os índios; 
parece, pois, que brandura e afago são os meios que 
nos restam. Perdoar-lhes alguns excessos, de que sem 
dúvida seria causa a sua barbaridade e longo hábito 
com a falta de leis. Os habitantes da América são menos 
sanguinários do que os negros d’África, mais mansos, 
tratáveis e hospitais.
VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. 
Salvador: Itapuã, 1969 (Adaptação).
O escritor português Luís Vilhena escreve, no século XVIII, 
sobre um tema recorrente para os homens da sua época. 
Seu posicionamento emerge de um contexto em que
A) o índio, pela sua condição de ingenuidade, representava 
uma possibilidade de mão de obra nas indústrias.B) a abolição da escravatura abriu uma lacuna na cadeia 
produtiva, exigindo, dessa forma, o trabalho do nativo.
C) o nativo indígena, estereotipado como um papel em 
branco, deveria adequar-se ao mundo do trabalho 
compulsório.
D) a escravidão do indígena apresentou-se como 
alternativa de mão de obra assalariada para a lavoura 
açucareira.
E) a escravidão do negro passa a ser substituída pela 
indígena, sob a alegação de os primeiros serem 
selvagens.
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13Bernoulli Sistema de Ensino
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37. (Enem) O que se entende por Corte do antigo regime é, 
em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França, 
de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de 
longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa 
casa dos reis, são consignadas no registro das despesas 
do reino da França sob a rubrica significativa de Casas.
REIS, N. E. A sociedade de Corte. 
Lisboa: Estampa, 1987.
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande 
efetividade política e terminaram por se transformar em 
patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é
A) o Palácio de Versalhes.
B) o Museu Britânico.
C) a catedral de Colônia.
D) a Casa Branca.
E) a pirâmide do faraó Quéops.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO 
SOCIAL, MOVIMENTOS 
SOCIAIS, PENSAMENTO 
POLÍTICO E AÇÃO 
DO ESTADO
01. A manipulação do imaginário social, para a construção 
da imagem daquele que iria ocupar o poder, perpassou 
diversas épocas históricas. Na época das monarquias 
absolutistas, para justificar o poder dos reis, os teóricos 
do absolutismo se utilizavam de explicações que visavam 
convencer a sociedade de que a autoridade centralizada 
nas mãos do rei consistia no regime mais adequado de 
governo. Um dos maiores pensadores políticos do século 
XVII que se destacou na defesa da monarquia absolutista 
de direito divino foi
A) Nicolau Maquiavel.
B) Jacques Bossuet.
C) Thomas Hobbes.
D) John Locke.
E) Erasmo de Roterdam.
02. 
Passa fora pé de chumbo
Vai-te do nosso Brasil
Que o Brasil é brasileiro
Depois do 7 de abril.
Cantiga popular comum no Rio de Janeiro, 1831.
As cantigas populares são importantes registros históricos, 
pois dão a dimensão do envolvimento e / ou da repercussão 
popular em momentos relevantes do passado nacional. 
De maneira satírica, o personagem alvo das críticas nessa 
estrofe foi
A) José Bonifácio de Andrada.
B) Dom João VI.
C) Dom Pedro II.
D) Dom Pedro I.
E) Marquês de Pombal.
03. O despotismo e o absolutismo são semelhantes à 
ditadura pela concentração e pelo caráter ilimitado do 
poder, mas são substancialmente diferentes dela, porque 
tanto o absolutismo como o despotismo são monarquias 
hereditárias e legítimas, enquanto a ditadura é uma 
monocracia (ou o governo de um pequeno grupo) não 
hereditária e ilegítima, ou dotada de uma legitimidade 
precária.
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; 
PASQUINO, G. Dicionário de Política. 11. ed. 
Brasília: Editora UnB, 2002. p. 371. v. 1.
Formas de governo conhecidas ao longo da história, 
despotismo, absolutismo e ditadura tornaram-se 
conceitos políticos importantes, marcados por aspectos 
que os aproximam e muitas vezes os confundem, mas 
tendo traços peculiares.
Segundo o texto, uma relação precisa entre esses 
conceitos estabelece que os(as)
A) despotismos e absolutismos, embora também 
autoritários, eram legitimados por suas sociedades, 
diferentemente das ditaduras.
B) ditaduras concentram mais poder e legitimidade que 
os despotismos e absolutismos.
C) despotismo e o absolutismo são governos que podem 
se relacionar, ao contrário das ditaduras.
D) despotismo e o absolutismo são típicos das sociedades 
contemporâneas.
E) ditaduras são monocráticas, enquanto despotismos 
e absolutismos são teocráticos.
14 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
04.
O teatro grego
 Os gregos davam muita importância ao teatro. Por meio 
dele, as pessoas podiam ser educadas. Toda a população 
tinha direito de assistir às peças teatrais. Os mais pobres 
recebiam dinheiro do Estado para pagar seu ingresso. Nas 
representações, os atores usavam máscaras como forma 
de exaltar a voz e ressaltar o sentimento do personagem 
interpretado. Em cada espetáculo, havia um concurso 
entre os autores. Os gregos foram ótimos autores teatrais 
de tragédias e de comédias. Dentre os principais autores 
de tragédias destacaram-se Ésquilo, Sófocles e Eurípides; 
o autor mais famoso de comédias foi Aristófanes.
DUPRÉ, Jean-Paul. Mega Históire. L'Enyclopédie Vivante 
Nathan. Édtions Nathan, 1992. p. 31 (Adaptação).
A leitura desse trecho nos mostra a relevância do 
teatro para a sociedade grega. Considerando o papel 
desempenhado pelo teatro nessa sociedade e o próprio 
modelo de organização política e social ateniense, berço 
dessa dramaturgia, é possível afirmar, sobre o teatro 
grego na Antiguidade, que
A) as apresentações teatrais não eram coerentes com o 
ideal de democracia.
B) se afastava das questões humanistas e racionais, 
sendo símbolo do misticismo.
C) procurava transmitir pedagogicamente ensinamentos 
aos espectadores.
D) não influenciou artistas originados de outras culturas 
e sociedades.
E) ajudou a reduzir as desigualdades políticas entre 
homens e mulheres.
05. Se o poder imperial teve de ceder ao papado, os 
monarcas também submeteram, gradativamente, os 
senhores feudais. Até o século XI, os direitos de julgar e 
punir estavam nas mãos dos guerreiros que dispunham de 
terras e exército particular. Porém, os sucessivos abusos 
cometidos mudaram o quadro.
VAINFAS, R. et al. História: volume único. 
São Paulo: Saraiva, 2010 (Adaptação).
As medidas de centralização e organização do poder real 
deveram-se, em grande parte, à criação de universidades 
na área urbana, uma vez que
A) os juristas ali presentes elaboraram leis régias 
sobre os mais diversos assuntos, o que favoreceu 
e deu base jurídica à ascensão política do rei, que, 
progressivamente, passou a ser o responsável pela 
aplicação de penas e castigos.
B) os senhores feudais foram impedidos de exercer a 
justiça a partir de então, que passou a ser submetida 
ao clero presente nas universidades, o que favorecia 
os reis, já que o poder espiritual se submetia ao poder 
temporal da monarquia.
C) os reis passaram a dirigir as universidades, controlando, 
então, o saber e a produção do conhecimento, 
suplantando a Igreja, que até então dominava toda a 
cultura e a divulgação de ideias perante a população.
D) a Igreja passou a ministrar o saber e começou a fazer 
leis sobre os mais diversos assuntos, como relações 
familiares, comércio, posse de terras, leis que pouco 
a pouco foram adotadas nos reinos, prevalecendo 
sobre as leis de condados ou ducados.
E) o papa Gregório IX publicou o código canônico da 
Igreja, no qual fixava os direitos e os deveres do 
clero, sublinhando a autoridade da Igreja nos assuntos 
espirituais, e do rei, sobre as questões relacionadas 
ao conhecimento produzido nas universidades.
06.
Charge publicada no Diário do Nordeste – 03 nov. 2011.
Sinfrônio
A presença brasileira na reunião do G-20 em Cannes no mês 
de novembro de 2011 simbolizou uma importante virada 
no cenário econômico mundial. Essa situação fica bem 
exposta na charge anterior, quando deixa entender o(a)
A) intenção brasileira de receber, depois de mais de um 
século, uma nova leva de imigrantes em meio à crise 
internacional.
B) possibilidade de o Brasil contribuir para as economias 
europeias superarem a crise econômica e fiscal que 
vigora no continente.
C) descaso da presidente Dilma com as questões 
econômicas internacionais em virtude do sucesso dos 
projetos sociais do Brasil.
D) inexpressivo efeito da crise internacional na economia 
brasileira quando comparado com os países mais ricos 
do planeta.
E) temor de um fracasso brasileiro na organização de 
eventos internacionais, como a Copa de 2014 e as 
Olimpíadas de 2016.
Questões Selecionadas
15Bernoulli Sistema de Ensino
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07. Entre o final do séculoXIX e o início do século XX, 
a maioria da população brasileira vivia no campo, 
mas a sociedade urbana se expandia, com base no 
comércio e na incipiente indústria. Para os interesses da 
economia agrário-exportadora predominante, não havia 
necessidade de construção de um (novo) modelo de 
escola. Nas cidades, no entanto, o analfabetismo passou 
a constituir-se um problema, porque a leitura e a escrita 
tornaram-se instrumentos necessários à integração e à 
sobrevivência dos indivíduos. Assim, cresceu o movimento 
de apoio à expansão das escolas primárias públicas. As 
escolas que existiam traduziam a herança cultural de 
modelos europeus desde o Período Colonial. No Brasil, 
as elites, “quando englobaram no seu perfil os estratos 
médios urbanos, procuraram sempre na educação uma 
forma de adquirir status, alimentando, além disso, um 
preconceito contra o trabalho que não fosse intelectual”
ROMANELLI. História da educação no Brasil. 
Porto Alegre: UFRGS, p. 81.
Conforme as informações contidas no texto, há uma 
clara relação entre educação e necessidades sociais. 
Para o período histórico exemplificado, a República Velha, 
descreve-se a relação entre as mudanças sociais e a 
educação, como o(a)
A) necessidade das elites aristocráticas de camponeses 
letrados que pudessem assimilar as técnicas agrícolas 
oriundas da Europa.
B) entendimento dos setores intelectuais da nação de que 
as massas não deveriam ter acesso à educação, tendo 
em vista o risco de aumento das agitações sociais.
C) necessidade de a sociedade da República mudar de 
postura com relação à educação pública, devido ao 
desenvolvimento urbano nacional no início do século XX.
D) processo amplo iniciado pelo governo brasileiro em 
busca da erradicação do analfabetismo em todas as 
regiões, industrializadas ou não, do Brasil.
E) conservação da situação corrente da educação pública 
primária no país, uma vez que a educação privada 
era de boa qualidade.
08. Em fins do século XVII, Olinda perdeu o seu brilho. Os 
senhores de engenho da cidade estavam cada vez mais 
endividados com os comerciantes portugueses de Recife, 
que eram chamados pejorativamente pela tradicional 
aristocracia olindense de mascates. O conflito entre o 
Engenho e a Loja tornou-se cada vez mais acirrado e 
favoreceu a Guerra dos Mascates, cuja origem se encontra 
diretamente relacionada à
A) elevação de Recife à condição de vila em 1709, o que 
gerou uma grande insatisfação por parte dos senhores 
de engenho de Olinda, que se sentiram prejudicados 
em seus poderes políticos pela independência de Recife.
B) cobrança dos empréstimos contraídos com os 
mascates de Recife pelos mazombos de Olinda, o que 
ocasionou grande agitação em Recife e precipitou o 
início dos conflitos entre os comerciantes portugueses 
e a aristocracia olindense.
C) decadência de Recife em decorrência da crise da 
economia açucareira em contraste com a riqueza 
comercial de Olinda, que foi saqueada pelos mascates 
recifenses durante a Guerra entre as duas regiões.
D) elevação de Olinda à condição de vila, tornando-a 
independente em relação a Recife, seguida de sua 
invasão pela população de Recife, que se revoltou 
contra a perda de seu poder político sobre a 
comunidade de Olinda.
E) revolta da aristocracia rural de Olinda em decorrência 
da tomada do governo de Recife, elevada a vila, pelos 
holandeses, que, por meio das tropas da Companhia 
das Índias Ocidentais, sob a liderança de Maurício de 
Nassau, invadiram a região.
09.
Programa do Partido Nacional-Socialista 
dos Trabalhadores Alemães (Nazista)
1. Nós exigimos a união de todos os alemães em 
uma Grande Alemanha com base no princípio da 
autodeterminação de todos os povos.
2. Nós exigimos que o povo alemão tenha direitos iguais 
àqueles de outras nações; e que os Tratados de Paz de 
Versalhes e St. Germain sejam abolidos.
3. Nós exigimos terra e território (colônias) para a 
manutenção do nosso povo e o assentamento de nossa 
população excedente.
4. Somente aqueles que são nossos compatriotas podem 
se tornar cidadãos. Somente aqueles que têm sangue 
alemão, independente do credo, podem ser nossos 
compatriotas. Por esta razão, nenhum judeu pode ser 
um compatriota.
Disponível em: <http://h-doc.vilabol.uol.com.br/nsdap.htm>. 
Acesso em: 15 maio 2012.
As propostas do Partido Nazista, produzidas no início dos 
anos 1920, já indicam a disposição de Hitler em cometer 
as ações abusivas que marcariam a humanidade na 
Segunda Guerra Mundial. Como exemplo dessa situação, 
pode ser citado o(a)
A) formação do Eixo ao lado de Japão e Itália.
B) invasão do corredor polonês e a perseguição aos 
judeus.
C) ataque à URSS durante a operação Barbarossa.
D) culto à imagem de Hitler nos desfiles nacionalistas.
E) disposição de empreender uma aliança com húngaros 
e romenos.
16 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
10. O donatário Pero de Campos Tourinho, em 1543, teria dito 
que a Procissão de Corpus Christi era inadequada à época 
de sua celebração: ao sul do Equador, as estações do ano 
eram diferentes, e seria melhor passar este dia santo para 
outubro, quando aqui era quase verão. Retorquiu-se-lhe 
que só o papa poderia fazer tais alterações: “eu sou o 
papa”, teria respondido o donatário. Para ele, bispos e 
arcebispos seriam os responsáveis pelo grande número 
de santos existentes que, com seus respectivos dias de 
guarda, só serviam para impedir o trabalho.
MELLO E SOUZA, L. In: Inferno atlântico. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 48.
Nesse trecho, a historiadora Laura de Mello e Souza 
apresenta acusações inquisitoriais feitas ao donatário Pero 
de Campos Tourinho. Falsas ou verdadeiras, as acusações 
que os colonos fizeram refletem traços característicos 
da religiosidade popular nos primeiros tempos de 
colonização, destacando práticas como
A) ignorar a autoridade pública do monarca e a rígida 
hierarquia eclesiástica no reino e na colônia.
B) difamar as figuras sagradas da Igreja, incorporando 
à sua crença traços religiosos próprios dos nativos da 
América.
C) proferir blasfêmias, ser sarcástico em relação a 
dogmas da fé e desobedecer ao clero.
D) difundir práticas típicas das religiões protestantes nas 
novas terras americanas colonizadas e evangelizadas 
por Portugal.
E) determinar inversões no calendário bíblico sem a 
devida autorização da autoridade leiga ou eclesiástica 
competente.
11. A tragédia grega alimenta-se da mitologia. O mito, forma 
original de representação das emoções, dos conflitos, das 
ações humanas projetadas em personagens mitológicos, 
fornece a matéria-prima para a trama dos protagonistas 
da tragédia. Aqui são encenados emoções e conflitos 
universais, vinculados inevitavelmente à condição 
humana, com fim trágico (a morte) de quase todos os 
personagens. Os atores e suas ações assumem feições 
típico-ideais, quase caricaturais. Dessa forma, a tragédia 
grega exprime, nos planos dramático e literário, os traços 
essenciais da questão moral. Mostra com toda a nitidez 
os dilemas e as contradições nas quais envolvem-se os 
seres humanos, inseridos em situações conflitantes que 
os impelem para a ação. Agir é perigoso. Mas é preciso 
agir, pois a ação exprime, em sua essência, a vida.
FREITAG, B. Itinerário de Antígona: a questão 
da moralidade. 4. ed. São Paulo: Papirus, 1992. p. 21.
A tragédia grega viveu seu auge durante o século V a.C., 
principalmente na cidade de Atenas, que vivia o apogeu 
de seu desenvolvimento, principalmente pela mudança 
da aristocracia para a democracia. Nesse contexto, essa 
forma de manifestação artística e cívica traz consigo uma 
preocupação com a(o)(s)
A) permanência da mitologia grega e do culto aos deuses.
B) leis da cidade que devem representar a vontade divina.
C) política que está vinculada aos dogmas religiosos.
D) discussão entre a vontade dos homens e dos deuses.
E) afastamento dos homens do culto às divindades da 
pólis.
12. “Este país cairá infalivelmente nas mãos da multidãodesenfreada, para depois passar a pequenos tiranos de 
todas as cores e raças.”
Essa frase é de Simón Bolívar, líder de vários processos de 
independência na América Espanhola no início do século 
XIX. A frase está presente em uma carta escrita um mês 
antes de sua morte, quando ele exercia a liderança política 
na Venezuela, a qual libertou. A trajetória latino-americana, 
após a morte de Bolívar, acabou atribuindo às suas palavras 
o caráter profético, afinal vários países hispano-americanos 
foram assumidos nos anos seguintes por
A) líderes espanhóis chapetones que exerceram forte 
centralização política sobre as áreas coloniais.
B) criollos de origem mestiça que assumiram controle 
das ricas áreas de extração mineral.
C) chefes político-militares caudilhistas que formaram 
governos autoritários em alguns dos novos países.
D) ditadores militares que, com apoio americano, 
reprimiram as manifestações comunistas.
E) representantes imperialistas que impuseram uma 
exploração político-econômica tão intensa quanto 
a colonial.
13. Entre 1808 e 1825, ocorreu na América o movimento 
que fez desmoronar o império colonial espanhol, dando 
origem a diversos países independentes. As contradições 
da estrutura social da América Espanhola contribuíram 
decisivamente para a eclosão desse movimento pois os(as)
A) criollos – membros da nobreza espanhola – eram os 
grandes proprietários agropastoris, que formavam a 
elite econômica colonial.
B) transformações do final do século XVIII, especialmente 
a Revolução Industrial e o Iluminismo, alteraram a 
composição étnica dos grupos sociais na América.
C) chapetones – filhos de espanhóis nascidos na América 
– monopolizavam os altos cargos administrativos e 
eclesiásticos na América.
D) criollos, insatisfeitos com a hegemonia política dos 
chapetones, absorveram as revolucionárias ideias 
iluministas, que preconizavam o liberalismo político 
e econômico.
E) chapetones ocupavam uma posição intermediária 
entre os criollos e as camadas populares, o que 
impossibilitou a defesa dos seus interesses junto aos 
órgãos metropolitanos.
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17Bernoulli Sistema de Ensino
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14. O projeto abolicionista nacional estruturou-se dentro de um diversificado caminho, que pode ser exemplificado desde as 
manifestações de resistência à escravidão, ocorridas nas senzalas, até o esforço internacional em favor do combate ao trabalho 
cativo do negro no Brasil. Dentro desse amplo debate, cabe destacar os esforços empreendidos pelas sociedades abolicionistas, 
em especial após o ano 1880, que buscavam defender o interesse dos negros em um país economicamente dependente do 
trabalho escravo. Dentre os vários grupos, destaca-se a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, fundada em 1881 e ligada ao 
jornal O Abolicionista, importante espaço de divulgação das ideias contrárias ao trabalho escravo. Entre as principais lideranças 
abolicionistas, estão os monarquistas Joaquim Nabuco e André Rebouças e os republicanos José do Patrocínio e João Clapp.
ABREU, E. Coleção Estudo. Belo Horizonte: Editora Bernoulli, 2012. vol. 1. p. 89.
O trecho caracteriza o Movimento Abolicionista no Brasil, revelando que o(a)(s)
A) mobilização popular impulsionou o Movimento Abolicionista a partir da extinção do tráfico negreiro pela Lei Eusébio de 
Queiroz.
B) escravos, apesar do risco de vida, participaram ativamente do movimento, criando organizações secretas como a dos 
caifazes.
C) Campanha Abolicionista, que antecedeu a aprovação da Lei Áurea, em 1888, foi um movimento eminentemente urbano.
D) Exército, embora abolicionista, manteve-se à parte do movimento por ser uma instituição oficial, diretamente subordinada 
à vontade do imperador.
E) abolicionismo mobilizou basicamente setores e elementos sociais que dependiam diretamente do trabalho escravo.
15. Há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico. Para descobrir-lhes a natureza, basta a ideia que deles 
têm os homens menos instruídos. Suponho três definições, ou antes, três fatos: um, que o governo republicano é aquele em 
que o povo em bloco, ou somente uma parte do povo, detém o poder soberano; o monárquico, aquele em que um só governa, 
mas por leis fixas e estabelecidas; ao passo que no despótico um só, sem lei e sem regra, arrasta tudo pela sua vontade e 
pelos seus caprichos [...]. A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados [...]. Para que se não possa 
abusar do poder é preciso que, pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder.
Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_montesquieu_o_espirito_das_leis.pdf>. 
Acesso em: 30 abr. 2012.
Nesse trecho, o pensador iluminista Montesquieu identifica três tipos de governo que podem ser associados a períodos históricos 
específicos. Se os Estados Unidos, a partir da sua independência, constituem um exemplo do primeiro tipo de governo, 
o segundo e o terceiro tipos podem ser associados, respectivamente, ao(à)
A) Reino Franco de Carlos Magno e à Rússia dos czares.
B) Itália fascista e à China comunista de Mao Tsé-Tung.
C) Roma Antiga dos imperadores e à Inglaterra parlamentarista.
D) Esparta e Atenas da Grécia Clássica e à França napoleônica.
E) Brasil Imperial e aos governos teocráticos da Antiguidade Oriental.
16.
TEXTO I
Por ora a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque a colaboração do elemento 
civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava.
Carta de Aristides Lobo, sobre a Proclamação da República no Brasil, escrita em 1889.
TEXTO II
Disponível em: <http://www.willtirando.com.br/?post=727>. Acesso em: 11 mai. 2020.
18 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
O texto, de 1889, e a charge, de 2012, referem-se à Proclamação da República no Brasil, fato ocorrido em 15 de novembro 
de 1889. Independentemente da distância temporal entre os textos, a discrepância de abordagens entre eles decorre da
A) ausência de tecnologia suficientemente avançada no século XIX para a comunicação sugerida no texto II, uma vez que as 
cartas eram o único meio de comunicação à distância.
B) apresentação, no texto I somente, de intensa participação dos militares na Proclamação da República, fato que é negado 
no texto II.
C) comprovação apresentada pela carta de Aristides Lobo de que houve intenso júbilo popular diante da queda da monarquia, 
situação que não é mostrada no texto II.
D) pressuposição, pelo texto II, de amplo apoio popular à Proclamação da República, fato que, de acordo com o texto de 
Aristides Lobo, não ocorreu.
E) invalidade do uso do texto II, uma charge, como fonte para a análise da historiografia do Brasil, já que somente as cartas, 
como o texto I, contêm informações fidedignas.
17. A inspiração do movimento Tea Party, marcado por uma clara oposição ao presidente Barack Obama, foi o episódio da Festa 
do Chá do Porto de Boston, quando colonos ingleses contestaram as ações abusivas do governo britânico na conhecida Lei 
do Chá de 1773. A busca de uma identidade no passado de movimentos como o Tea Party e outros do gênero, normalmente, 
tem como objetivo o(a)
A) associação do tempo pretérito e do atual, já que os dois momentos são idênticos no esforço político.
B) obtenção de legitimidade junto aos contemporâneos, já que se vincula a valores de prestígio vigentes em outros 
tempos.
C) distanciamento do objeto de estudo, devido à dificuldade de tratar temas atuais de modo imparcial.
D) reencontro de épocas distantes, tema fundamental para aqueles que vivem preocupados com as injustiças do 
passado.
E) resgate de princípios éticos, já que a forma de governo atual se mostra lúcida e coerente.
18. Como parte das comemorações do Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos, a redução no preço 
da gasolina causou, nesta sexta-feira (25 maio 2012), uma fila de 5 quilômetros em um posto de combustível do DistritoFederal.
 O litro do produto ficou R$ 0,50 mais barato. A ação, em parceira com a Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDLJ-DF), 
teve como objetivo chamar a atenção das autoridades sobre a alta carga tributária.
[...]
 O Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos foi formalmente instituído no dia 15 de setembro 
de 2010, e o dia 25 de maio se tornou uma data de conscientização a ser celebrada anualmente.
Disponível em: <http://www.band.com.br/noticias/economia/noticia/?id=100000506104>. 
Acesso em: 06 jun. 2012 (Adaptação).
A contestação às ações abusivas do Estado em relação aos tributários foi comum na história do mundo ocidental, contribuindo, 
em muitos casos, para a eclosão de processos revolucionários. Um exemplo desse tipo de contestação, no século XVIII, 
pode ser verificado no episódio da
A) ascensão de Guilherme de Orange ao trono inglês.
B) convocação da reunião dos Estados Gerais na França.
C) independência dos Estados Unidos da América.
D) repressão ao movimento da Inconfidência Mineira.
E) revolta dos escravos da região de São Domingos.
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19Bernoulli Sistema de Ensino
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19.
Assassination of Marat. Jean-Joseph Weerts, 
1880 – Musée La Piscine, Roubaix.
A Revolução Francesa foi um fenômeno predominantemente 
masculino nas suas instituições. A ausência da figura 
feminina no direito de voto e a Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão representam alguns desses 
exemplos. A ação de Charlotte Corday no assassinato de 
Marat, representado na figura, indica que o(a)(s)
A) historiadores excluíram de modo injustificável a figura 
feminina das narrativas históricas presentes nos 
compêndios tradicionais de História.
B) figura feminina se fez presente no processo 
revolucionário em várias circunstâncias, mesmo não 
sendo contemplada pelas mudanças políticas.
C) mulheres percebiam sua exclusão política do 
movimento da Revolução, opondo-se claramente às 
transformações em curso na França.
D) sufragistas já haviam iniciado suas lutas políticas 
pela obtenção do direito de voto ainda na França 
revolucionária no século XVIII.
E) revolucionários queriam evitar conflitos de gênero, 
procurando contornar posições políticas que pudessem 
radicalizar ainda mais a Revolução.
20.
TEXTO I
 Em 1910, para surpresa geral, o México foi sacudido 
pela primeira revolução do século XX. Envolvendo todas 
as classes sociais em uma guerra civil que levou à morte 
1 milhão de mexicanos, a etapa armada só se concluiu 
com a destruição do Estado porfirista e a construção de 
novo Estado.
VILLA, M. A. A Revolução Mexicana. 
São Paulo: Ática, 1993.
TEXTO II
The modom 
Disponível em: <http://carlosalexandrehistoriador.blogspot.
com. br/2011/02/revolucao-mexicana.html>. 
Acesso em: 11 mai 2020.
A Revolução Mexicana representa um marco para a história 
latino-americana, sendo sua relevância presente na região 
até os dias de hoje, como demonstra o movimento 
neozapatista. Porém, a sua interpretação assume traços 
contraditórios e muitas vezes incorretos, como a imagem 
anterior, que erra ao associar o movimento revolucionário 
mexicano ao ideal
A) anarquista, simbolizado pelo retorno à simplicidade 
de uma vida de subsistência.
B) camponês, indicado pela foice e pelo chapéu, 
elementos típicos do mundo rural.
C) indígena, marcado pelo repúdio às representações de 
uma sociedade civilizada.
D) operário, representado pelo martelo tão utilizado nas 
indústrias.
E) socialista, compreendido pela foice e pelo martelo, 
símbolos da antiga URSS.
21. A bossa-nova correspondeu à modernização brasileira 
dos anos 1950. O novo ritmo obteve sucesso junto 
ao público jovem, principalmente universitários, que, 
depois de apresentarem suas composições no Festival do 
Samba Moderno, organizado na Faculdade de Arquitetura 
do Rio de Janeiro, juntaram-se aos profissionais. Os 
nacionalistas mais radicais procuraram desclassificar a 
bossa-nova enquanto manifestação musical brasileira e 
popular. Para isso, apresentavam-na como “modismo” 
e apontavam as influências do jazz e da música erudita, 
presentes na melodia e na harmonia, bem como o seu 
caráter de manifestação promovida por um grupo social 
afastado das “raízes brasileiras”, a pequena burguesia 
da zona sul carioca.
RODRIGUES. M. A década de 50: populismo e metas 
desenvolvimentistas no Brasil. São Paulo: Ática, 2003. p. 31.
20 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
Passados mais de 50 anos do início da bossa-nova, a visão dos “nacionalistas mais radicais” confirmou-se nitidamente
A) politizada pelas questões públicas do período, já que o debate a respeito da criação da Petrobras tomava a imprensa no 
contexto do surgimento do novo estilo musical.
B) distante de uma interpretação correta a respeito da bossa-nova, tratada atualmente como importante referência musical 
brasileira dentro e fora do país.
C) coerente com a percepção contemporânea de inclusão cultural, que não pode se afastar da maioria da sociedade por correr 
o risco de ser elitista.
D) atrelada ao advento do movimento modernista, que propunha um conceito de cultura que abrangesse os elementos 
nacionalistas mais profundos.
E) resistente às mudanças de qualquer ordem, já que desejava manter os traços culturais tradicionais que existiam no Brasil 
no início dos anos 1950.
22. Em 1989, após 29 anos, os brasileiros tiveram novamente a oportunidade de eleger seu presidente da República. Para ocupar 
o cargo de dirigente máximo da nação apresentaram-se mais de duas dezenas de candidatos. Entre eles contavam-se políticos 
cuja experiência remontava ao período do populismo – como Leonel Brizola, líder do PDT, Ulisses Guimarães, do PMDB, e Mário 
Covas, do PSDB – e que, de diferentes maneiras, haviam se oposto ao Regime Militar instalado em 1964. Outros, como Paulo 
Maluf, do PDS, e Fernando Collor de Mello, do PRN, sigla criada para sustentar sua candidatura, construíram suas carreiras 
políticas durante os anos da Ditadura e já haviam ocupado cargos eletivos por indicação direta.
RODRIGUES, M. A Década de 80. Brasil: quando a multidão voltou às praças. São Paulo: Ática, 2003. p. 31.
O Brasil, após 1985, passou a ser tratado como Nova República. Levando em conta a ascensão de José Sarney, ex-membro 
do antiga ARENA, ao poder, e o perfil dos candidatos à presidência da República em 1989, pode-se inferir que o termo “Nova 
República” assume um(uma)
A) traço incompleto, já que o modelo econômico e a moeda brasileira permaneceram idênticas à década anterior, tratada 
como a “Década Perdida”.
B) sentido renovador, já que a população pôde eleger o candidato Tancredo Neves, que foi impedido de assumir a presidência 
devido a problemas de saúde.
C) faceta contraditória, visto que os políticos presentes no cenário pós-Ditadura eram atuantes durante a Ditadura, tanto no apoio 
quanto no combate ao Regime.
D) identidade social, já que as conquistas da população no setor trabalhista e na melhoria da renda ficaram evidentes nas 
décadas de 1980 e 1990.
E) noção cívica, em virtude do comprometimento de toda a sociedade em esclarecer os crimes cometidos durante a Ditadura 
e em punir os possíveis culpados.
23. A televisão sofria com a censura prévia de alguns programas. O veículo era visto, pelos militares, como grande arma de 
propaganda, e programas de entretenimento ou de informações passavam por constante avaliação de parte dos agentes de 
censura que neles viam mensagens subliminares. [...] Nem mesmo a Rede Globo, afinada com as diretrizes da Ditadura Militar, 
conseguiu ver suspensa a censura prévia de seus programas, como o TV Mulher, não obstante solicitação neste sentido que, 
no início dos anos 1980, seu direitor-executivo dirigiu ao ministro da Justiça. A preocupação da censura, no caso, eram as 
análises sobre sexualidade que Marta Suplicy fazia, e que eram classificadas como “permissivas” pela censura.
FERREIRA. J. O Brasil Republicano. O tempo da Ditadura – Regime Militar e movimentossociais em fins do século XX. v. 4. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 193.
A censura representa um dos instrumentos mais utilizados por regimes de exceção e tem o intuito de garantir a ordem 
opressora. No caso mencionado pelo texto anterior, o controle de um programa que abordava temas vinculados à sexualidade 
mostrou a preocupação das forças públicas em
A) adotar um discurso conservador e machista a respeito do tema, já que nos quartéis predominava a presença de homens 
que rejeitavam os temas do TV Mulher.
B) ressaltar a função da escola pública como condutora da política de sexualidade da nação, orientada a partir dos valores 
da Igreja Católica, apoiadora do regime.
C) evitar que temas polêmicos fossem tratados na TV, fato este que abriria discussão a respeito do regime vigente no país.
D) manter a austeridade da política pública de freio à sexualidade exacerbada em meio ao avanço da aids no início dos anos 
1980.
E) assumir o papel de guardiã dos valores da moral e da família, entendidos como ameaçados em meio a uma abordagem 
mais direta a respeito da sexualidade.
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24.
Revista Época.
A ilustração anterior, apresentada em um artigo publicado 
na Edição Histórica da Revista Época de 04. jun. 2012, em 
comemoração aos 60 anos da Editora Globo, nos remete 
aos idos de 1952, quando o cenário político internacional 
era fortemente marcado pelo(a)(s)
A) rápida industrialização japonesa, promovida pela 
Revolução Meiji, responsável pelo domínio nipônico 
do mercado chinês e do Pacífico Oriental.
B) episódios de confronto político e ideológico entre as 
superpotências, que, por possuírem maciços arsenais 
nucleares, disseminaram o medo de uma guerra 
atômica entre elas.
C) ameaça soviética de lançamento de bombas nucleares, 
como estratégia para abalar o moral dos exércitos 
nazistas no final da Segunda Guerra Mundial.
D) avanço do processo de globalização do mercado 
mundial, expresso na criação do Mercado Comum 
Europeu e na priorização da indústria bélica.
E) adoção de estratégias militares de reserva de 
mercado, utilizadas pelos Estados Unidos para 
assegurar os investimentos estadunidenses na África.
25.
O coração do pequeno príncipe
 Após a execução de seus pais, Luís XVI e Maria 
Antonieta, o herdeiro presuntivo do trono teve um destino 
ainda mais tenebroso. Com apenas 10 anos, Luís XVII 
foi confinado em uma solitária e, abandonado à própria 
sorte, teve o corpo devastado por tumores e pela sarna 
e finalmente morreu tuberculoso, em 1795. Na semana 
passada, o que restou dele – seu coração petrificado – foi 
alvo de uma cerimônia fúnebre. Com a presença do clã 
Bourbon, o órgão foi sepultado ao lado de seus pais, na 
Basílica de Saint-Denis, Paris. A identificação do coração 
como sendo de Luís XVII foi realizada há quatro anos 
por meio daquela que se tornou uma das mais notáveis 
ferramentas da medicina moderna: o teste de DNA. 
Um grupo de cientistas usou um fio de cabelo de Maria 
Antonieta, preservado em seu túmulo, para comprovar a 
autenticidade do coração atribuído a seu filho. O coração, 
de fato, era de Luís XVII.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/>. 
Acesso em: 16 jun. 2004 (Adaptação).
Uma relação possível entre História e ciência é mostrada 
no texto anterior e pressupõe que o(a)(s)
A) ciência, por ter uma metodologia diferente daquela 
da História, pouco pode contribuir para as discussões 
historiográficas.
B) ferramentas da ciência podem ser apropriadas pela 
História, auxiliando no esclarecimento de eventos 
distantes no tempo.
C) conclusões apontadas pelas ferramentas da ciência 
não contribuem para a elucidação dos aspectos 
históricos da Revolução Francesa.
D) historiadores podem dialogar com a ciência, desde 
que ferramentas, como o teste de DNA, sejam 
manipuladas apenas por cientistas.
E) elucidação de fatos históricos depende da utilização de 
ferramentas da ciência, como o teste de DNA, que foi 
importante na discussão sobre a Revolução Francesa.
26. O país que não tem minas próprias deve, sem dúvida, obter 
seu ouro e prata dos países estrangeiros, tal como o país 
que não tem vinhas precisa obter seu vinho. Não parece 
necessário, porém, que a atenção do governo se deva voltar 
mais para um problema do que para outro. O país que 
tiver meios para comprar vinho, terá sempre o vinho que 
desejar; e o país que tiver meios de comprar ouro e prata, 
terá sempre abundância desses metais. Eles são comprados 
por determinado preço, como todas as outras mercadorias.
SMITH, A. História da riqueza das nações.
22 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
O trecho anterior, de autoria de Adam Smith, grande 
teórico do liberalismo, pode ser usado para argumentar 
a favor das vantagens do(a)
A) livre-comércio.
B) necessidade de tarifas alfandegárias.
C) intervencionismo estatal.
D) regulamentação das trocas internacionais.
E) reserva dos estoques metálicos.
27. (Enem–2017) Os direitos civis, surgidos na luta contra 
o absolutismo real, ao se inscreverem nas primeiras 
constituições modernas, aparecem como se fossem 
conquistas definitivas de toda a humanidade. Por isso, 
ainda hoje invocamos esses velhos “direitos naturais” nas 
batalhas contra os regimes autoritários que subsistem.
QUIRINO, C. G.; MONTES, 
M. L. Constituições. 
São Paulo: Ática, 1992 (Adaptação).
O conjunto de direitos ao qual o texto se refere inclui
A) voto secreto e candidatura em eleições.
B) moradia digna e vagas em universidade.
C) previdência social e saúde de qualidade.
D) igualdade jurídica e liberdade de expressão.
E) filiação partidária e participação em sindicatos.
28. (Enem PPL–2017) Nos primeiros anos do Governo Vargas, 
as organizações operárias sob controle das correntes de 
esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo 
Estado. Mas a tentativa fracassou. Além do governo, 
a própria base dessas organizações pressionou pela 
legalização. Vários benefícios, como as férias e a 
possibilidade de postular direitos perante as Juntas de 
Conciliação e Julgamento, dependiam da condição de ser 
membro de sindicato reconhecido pelo governo.
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; 
Imprensa Oficial do Estado, 2002 (Adaptação).
No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre 
governo e movimento sindical foi caracterizada
A) pelas benesses sociais do getulismo.
B) por um diálogo democraticamente constituído.
C) por uma legislação construída consensualmente.
D) pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas.
E) pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do 
Estado.
29. (Enem–2017)
TEXTO I
 A Resolução nº 7 do Conselho Nacional de Justiça 
(CNJ) passou a disciplinar o exercício do nepotismo 
cruzado, isto é, a troca de parentes entre agentes para 
que tais parentes sejam contratados diretamente, sem 
concurso. Exemplificando: o desembargador A nomeia 
como assessor o filho do desembargador B que, em 
contrapartida, nomeia o filho deste como seu assessor.
COSTA, W. S. Do nepotismo cruzado: características e 
pressupostos. Jusnavigandi, n. 950, 8 fev. 2006.
TEXTO II
 No Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente 
tivemos um sistema administrativo e um corpo de 
funcionários puramente dedicados a interesses objetivos 
e fundados nesses interesses.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.
A administração pública no Brasil possui raízes históricas 
marcadas pela
A) valorização do mérito individual.
B) punição dos desvios de conduta.
C) distinção entre o público e o privado.
D) prevalência das vontades particulares.
E) obediência a um ordenamento impessoal.
30. (Enem–2017) Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas 
criadas ou recriadas, em geral, previam a presença 
de meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar 
a ideia em prática. Na província do Rio de Janeiro, 
várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: 
colocarrapazes e moças em dias alternados e, em 
1874, em prédios separados. Para complicar, na 
Assembleia, um grupo de deputados se manifestava 
contrário ao desperdício de verbas para uma instituição 
“desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de 
coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. 
In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; 
VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2003 (Adaptação).
As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte 
aspecto daquele contexto histórico:
A) Formação enciclopédica dos currículos.
B) Restrição do papel da mulher à esfera privada.
C) Precariedade de recursos na educação formal.
D) Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais.
E) Oferta reduzida de profissionais do magistério público.
Questões Selecionadas
23Bernoulli Sistema de Ensino
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31. (Enem–2017) Em Utopia, tudo é comum a todos. 
A distribuição dos bens lá não é um problema, não se vê 
nem pobre nem mendigo e, embora ninguém tenha nada 
de seu, todos são ricos. Haverá maior riqueza do que levar 
uma existência alegre e pacífica, livre de ansiedades e sem 
precisar se preocupar com a subsistência?
MORUS, T. Utopia. Brasília: UnB, 2004.
Retirado da obra de Thomas Morus, escrita no século XVI, 
esse trecho influenciou movimentos sociais do século XIX 
que lutaram para
A) inibir a ascensão da burguesia.
B) evitar a destruição da natureza.
C) combater o domínio do capital.
D) eliminar a intolerância religiosa.
E) superar o atraso tecnológico.
32. (Enem–2017) A elaboração da Lei n. 11 340/06 (Lei Maria 
da Penha) partiu, em grande medida, de uma perspectiva 
crítica aos resultados obtidos pela criação dos Juizados 
Especiais Criminais direcionada à banalização do conflito 
de gênero, observada na prática corriqueira da aplicação 
de medidas alternativas correspondentes ao pagamento 
de cestas básicas pelos acusados.
VASCONCELOS, F. B. 
Disponível em: <www.cartacapital.com.br>. 
Acesso em: 11 dez. 2012 (Adaptação).
No contexto descrito, a lei citada pode alterar a situação 
da mulher ao proporcionar sua
A) atuação como provedora do lar.
B) inserção no mercado de trabalho.
C) presença em instituições policiais.
D) proteção contra ações de violência.
E) participação enquanto gestora pública.
33. (Enem–2016)
BROCOS, R. A redenção de Cam, 1895. Disponível em: 
<http://mnba.gov.br>. Acesso em: 13 jan. 2013.
Na imagem, o autor procura representar as diferentes 
gerações de uma família associada a uma noção 
consagrada pelas elites intelectuais da época, que era a de
A) defesa da democracia racial.
B) idealização do universo rural.
C) crise dos valores republicanos.
D) constatação do atraso sertanejo.
E) embranquecimento da população.
34. (Enem–2016) A Lei das Doze Tábuas, de meados do século 
V a.C., fixou por escrito um velho direito costumeiro. No 
relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em última 
análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do 
outro lado do Tibre” – isto é, fora do território de Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. 
Rio de Janeiro: Graal, 1984.
A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma 
Antiga, pois possibilitou que os plebeus
A) modificassem a estrutura agrária assentada no 
latifúndio.
B) exercessem a prática da escravidão sobre seus 
devedores.
C) conquistassem a possibilidade de casamento com os 
patrícios.
D) ampliassem a participação política nos cargos políticos 
públicos.
E) reinvindicassem as mudanças sociais com base no 
conhecimento das leis.
35. (Enem–2016) Em 1935, o governo brasileiro começou a 
negar vistos a judeus. Posteriormente, durante o Estado 
Novo, uma circular secreta proibiu a concessão de vistos a 
“pessoas de origem semita”, inclusive turistas e negociantes, 
o que causou uma queda de 75% da imigração judaica ao 
longo daquele ano. Entretanto, mesmo com as imposições 
da lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente 
no país durante a guerra e as ameaças de deportação em 
massa nunca foram concretizadas, apesar da extradição de 
alguns indivíduos por sua militância política.
GRIMBERG, K. Nova língua interior: 500 anos de história dos 
judeus no Brasil. In: IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. 
Rio de Janeiro: IBGE, 2000 (Adaptação).
Uma razão para a adoção da política de imigração 
mencionada no texto foi o(a)
A) receio do controle sionista sobre a economia nacional.
B) reserva de postos de trabalho para a mão de obra local.
C) oposição do clero católico à expansão de novas 
religiões.
D) apoio da diplomacia varguista às opiniões dos líderes 
árabes.
E) simpatia de membros da burocracia pelo projeto 
totalitário alemão.
24 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
36. (Enem–2016)
TEXTO I
 Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente 
com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos 
do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada 
na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar.
HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
TEXTO II
 Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do estado de natureza, que 
devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem 
tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Petrópolis: Vozes, 1994.
Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. 
Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a)
A) condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, insegurança e medo da morte violenta.
B) organização pré-social e pré-política em que o homem nasce com os direitos naturais: vida, liberdade, igualdade e propriedade.
C) capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela exigência moral, para que o homem possa constituir o Estado 
civil.
D) situação em que os homens nascem como detentores de livre-arbítrio, mas são feridos em sua livre decisão pelo pecado 
original.
E) estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela civilização, que perturba as relações sociais e violenta a humanidade.
37. (Enem)
Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil entre 
os anos de 1846 a 1852
Ano
Número de escravos africanos 
desembarcados no Brasil
1846 64 262
1847 75 893
1848 76 338
1849 70 827
1850 37 672
1851 7 058
1852 1 234
Disponível em: <www.slavevoyages.org>. Acesso em: 24 fev. 2012 (Adaptação).
A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,
A) aboliu a escravidão no território brasileiro.
B) definiu o tráfico de escravos como pirataria.
C) elevou as taxas para importação de escravos.
D) libertou os escravos com mais de 60 anos.
E) garantiu o direito de alforria aos escravos.
Questões Selecionadas
25Bernoulli Sistema de Ensino
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38. (Enem PPL)
Decreto-lei 3 509, de 12 de setembro de 1865
Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do Exército por tempo de nove anos, 
com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda 
Nacional. O substituído é responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (Adaptação).
No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”, encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. 
Tal prática passou a ocorrer com muita frequência no Brasil nesse período e indica o(a)
A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bemequipado da América do Sul.
B) incentivo dos grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito.
C) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito.
D) envio de escravos para os conflitos armados, visando à sua qualificação para o trabalho.
E) fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade.
39. (Enem)
SANTIAGO. O interior. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura: 1840-2001. 
Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (Adaptação).
O diálogo entre os personagens da charge evidencia, no Brasil, a(s)
A) reinserção do país na economia globalizada.
B) transformações políticas na vigência do Estado Novo.
C) alterações em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.
D) suspensão das eleições legislativas durante o período da Ditadura Militar.
E) volta da democracia após um período sem eleições diretas para o Executivo Federal.
26 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
40. (Enem)
Disponível em: <www.rededemocratica.org>. 
Acesso em: 28 set. 2012.
Na imagem, encontram-se referências a um momento 
de intensa agitação estudantil no país. Tal mobilização 
se explica pela
A) divulgação de denúncias de corrupção envolvendo o 
presidente da República.
B) criminalização dos movimentos sociais realizada pelo 
Governo Federal.
C) adoção do arrocho salarial implementada pelo 
Ministério da Fazenda.
D) compra de apoio político promovida pelo Poder 
Executivo.
E) violência da repressão estatal atribuída às Forças 
Armadas.
41. (Enem PPL) Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou 
uma reforma na lei eleitoral brasileira, a fim de introduzir 
o voto direto. A grande novidade, porém, ficou por conta 
da exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever. 
As consequências logo se refletiram nas estatísticas. Em 
1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em 1886, 
pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das eleições 
parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento 
do eleitorado.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (Adaptação).
Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil 
passou por transformações como as descritas, que 
representaram a
A) ascensão dos “homens bons”.
B) restrição dos direitos políticos.
C) superação dos currais eleitorais.
D) afirmação do eleitorado monarquista.
E) ampliação da representação popular.
42. (Enem) Em 1943, Getúlio Vargas criou o Departamento 
de Propaganda e Difusão Cultural junto ao Ministério da 
Justiça, esvaziando o Ministério da Educação não só da 
propaganda, mas também do rádio e do cinema. A decisão 
tinha como objetivo colocar os meios de comunicação 
de massa a serviço direto do Poder Executivo, iniciativa 
que tinha inspiração direta no recém-criado Ministério da 
Propaganda alemão.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos 
meios de comunicação. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
No contexto citado, a transferência de funções entre 
ministérios teve como finalidade o(a)
A) desativação de um sistema tradicional de comunicação 
voltado para a educação.
B) controle do conteúdo da informação por meio de uma 
orientação política e ideológica.
C) subordinação do Ministério da Educação ao Ministério 
da Justiça e ao Poder Executivo.
D) ampliação do raio de atuação das emissoras de rádio 
como forma de difusão da cultura popular.
E) demonstração de força política do Executivo diante 
de ministérios herdados do governo anterior.
43. (Enem–2015) Suponha homens numa morada subterrânea, 
em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, 
se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles 
estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos 
por correntes, de tal sorte que não podem trocar de 
lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os 
impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa 
ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás 
deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho 
ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno 
muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de 
marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais 
exibem seus prestígios.
PLATÃO. A República. Lisboa: 
Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação 
cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, 
do ponto de vista filosófico, evidencia o(a)
A) caráter antropológico, descrevendo as origens do 
homem primitivo.
B) sistema penal da época, criticando o sistema 
carcerário da sociedade ateniense.
C) vida cultural e artística, expressa por dramaturgos 
trágicos e cômicos gregos.
D) sistema político elitista, provindo do surgimento da 
pólis e da democracia ateniense.
E) teoria do conhecimento, expondo a passagem do 
mundo ilusório para o mundo das ideias.
Questões Selecionadas
27Bernoulli Sistema de Ensino
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44. (Enem)
PAIVA, M. Disponível em: <www.redes.unb.br>. 
Acesso em: 25 maio 2014.
A discussão levantada na charge, publicada logo após a 
promulgação da Constituição de 1988, faz referência ao 
seguinte conjunto de direitos:
A) Civis, como o direito à vida, à liberdade de expressão 
e à propriedade.
B) Sociais, como direito à educação, ao trabalho e à 
proteção à maternidade e à infância.
C) Difusos, como direito à paz, ao desenvolvimento 
sustentável e ao meio ambiente saudável.
D) Coletivos, como direito à organização sindical, à 
participação partidária e à expressão religiosa.
E) Políticos, como o direito de votar e ser votado, à soberania 
popular e à participação democrática.
45. (Enem)
Eu mesmo me apresento: sou Antônio:
sou Antônio Vicente Mendes Maciel
(provim da batalha de Deus versus demônio
Com a res publica marca de Caim).
Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio,
Sou natural de Quixeramobim,
O Antônio Conselheiro deste chão
Que vai ser mar e o mar vai ser sertão.
ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). 
O clarim e a oração: cem anos de Os sertões. 
São Paulo: Geração Editorial, 2001.
O poema, escrito em 2001, contribui para a construção 
de uma determinada memória sobre o movimento de 
Canudos, ao retratar seu líder como
A) crítico do regime político recém-proclamado.
B) partidário da abolição da escravidão.
C) contrário à distribuição da terra para os humildes.
D) defensor da autonomia política dos municípios.
E) porta-voz do catolicismo ortodoxo romano.
46. (Enem) A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão 
uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria 
extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade 
entre os escravos eram extremamente baixos e os 
de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as 
condições de vida da escravaria existente e, ao mesmo 
tempo, pensar numa outra solução para o problema da 
mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 
São Paulo: Unesp, 2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção 
do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência 
o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para 
os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma 
solução efetiva desse problema foi o(a)
A) valorização dos trabalhadores nacionais livres.
B) busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
C) desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
D) incentivo à imigração europeia.
E) escravização das populações indígenas.
47. (Enem) Depois de dez anos de aparente imobilidade, 
77 950 operários estavam em greve em São Bernardo, 
Santo André, São Caetano e Diadema – o chamado 
ABCD, coração industrial do país. Em todas as fábricas, 
os operários cruzaram os braços em silêncio. Apanhado 
de surpresa, o governo militar ficou por algum tempo 
sem ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam sérios 
prejuízos a cada dia de greve.
ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). 
Petrópolis: Vozes, 1984 (Adaptação).
O movimento sindical, em fins dos anos1970, começou 
a se rearticular e a patrocinar greves de significativa 
repercussão. Essas greves aconteceram em um contexto 
político-institucional de
A) revogação da negociação coletiva entre patrões e 
empregados.
B) afirmação dos direitos individuais por parte de 
minorias.
C) suspensão da legislação trabalhista forjada durante 
a Era Vargas.
D) limitação à liberdade das organizações sindicais e 
populares.
E) discordância dos empresários com as políticas 
industriais.
28 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
48. (Enem) No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro sofreu, 
de fato, uma intervenção que alterou profundamente 
sua fisionomia e estrutura, e que repercutiu como um 
terremoto nas condições de vida da população.
BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade 
do Rio de Janeiro. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. N. 
O Brasil republicano: o tempo do liberalismo excludente. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
O texto refere-se à reforma urbanística ocorrida na 
capital da República, na qual a ação governamental e 
seu resultado social encontram-se na:
A) Cobrança de impostos – ocupação da periferia.
B) Destruição de cortiços – revolta da população pobre.
C) Criação do transporte de massa – ampliação das 
favelas.
D) Construção de hospitais públicos – insatisfação da 
elite urbana.
E) Edificação de novas moradias – concentração de 
trabalhadores.
49. (Enem)
Texto do cartaz: “Amor e não guerra”.
Foto de jovens em protesto contra a Guerra do Vietnã. 
Disponível em: <http://goldenyears66to69.blogsport.com>. 
Acesso em: 10 out. 2011.
Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos 
como o Maio de 1968 ou a campanha contra a Guerra 
do Vietnã culminaram no estabelecimento de diferentes 
formas de participação política. Seus slogans, tais 
como ”Quando penso em revolução, quero fazer amor”, 
tornaram-se símbolos da agitação cultural nos anos 1960, 
cuja inovação relacionava-se
A) à contestação da crise econômica europeia, que fora 
provocada pela manutenção das guerras coloniais.
B) à organização partidária da juventude comunista, 
visando ao estabelecimento da ditadura do 
proletariado.
C) à unificação das noções de libertação social e 
libertação individual, fornecendo um significado 
político ao uso do corpo.
D) à defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à 
reprodução, que era tomado como solução para os 
conflitos sociais.
E) ao reconhecimento da cultura das gerações passadas, 
que conviveram com a emergência do rock e outras 
mudanças nos costumes.
50. (Enem) Poucos países têm uma história eleitoral tão rica 
quanto a do Brasil. Durante o Período Colonial, a população 
das vilas e cidades elegia os representantes dos Conselhos 
Municipais. As primeiras eleições gerais para escolha dos 
representantes à Corte de Lisboa ocorreram em 1821. 
Desde 1824, quando aconteceu a primeira eleição pós- 
-independência, foram eleitas 52 legislaturas para a 
Câmara dos Deputados. E, somente durante o Estado Novo 
(1937-1945), as eleições para a Câmara foram suspensas.
NICOLAU, J. História do voto no Brasil. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar, 2004 (Adaptação).
Embora o Brasil tenha um longo histórico de eleições para 
o Poder Legislativo, em diversas oportunidades os pleitos 
ocorreram com sérias restrições ao pleno exercício da 
cidadania. Um período da história brasileira com eleições 
legislativas e uma restrição à cidadania política estão 
elencados, respectivamente, em:
A) I Reinado (1822-1831) – exclusão dos analfabetos.
B) II Reinado (1840-1889) – exigência de renda.
C) Primeira República (1889-1930) – exclusão dos 
escravos.
D) República Liberal (1945-1964) – exigência de curso 
superior.
E) Nova República (após 1985) – exclusão das mulheres.
51. (Enem) O despotismo é o governo em que o chefe do 
Estado executa arbitrariamente as leis que ele dá a si 
mesmo e em que substitui a vontade pública por sua 
vontade particular.
KANT, I. Despotismo. In: JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. 
Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
O conceito de despotismo elaborado pelo filósofo 
Immanuel Kant pode ser aplicado na interpretação do 
contexto político brasileiro posterior ao AI-5, porque 
descreve
A) o autoritarismo nas relações de poder.
B) as relações democráticas de poder.
C) a usurpação do poder pelo povo.
D) a sociedade sem classes sociais.
E) a divisão dos poderes de Estado.
Questões Selecionadas
29Bernoulli Sistema de Ensino
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52. (Enem PPL) A confusão era grande e ficou ainda maior depois do discurso do presidente norte-americano Barack Obama em 
defesa da guerra, ao receber o Prêmio Nobel da Paz de 2009. Como liberal, Obama poderia ter utilizado os argumentos do 
filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), que também defendeu, na sua época, a legitimidade das guerras como meio de 
difusão da civilização européia.
FIORI, J. L. A moral internacional e o poder. Revista CULT. 
n° 145. São Paulo: Bregantini, abr. 2010.
O argumento utilizado por Barack Obama ao defender a guerra em nome da paz constitui um tipo de raciocínio
A) indutivo.
B) dedutivo.
C) paradoxal.
D) metafórico.
E) analógico.
53. (Enem PPL) Antes de tomar posse no seu cargo, ainda na Europa, Rio Branco agira no sentido de afastar o perigo imediato 
do Bolivian Syndicate, empresa estadunidense, e propusera a compra do território do Acre. Recusada essa ideia, propôs o 
governo brasileiro a troca de territórios e ofereceu compensação, como a de favorecer, por uma estrada de ferro, o tráfego 
comercial pelo Rio Madeira, entendendo-se diretamente com o Bolivian Syndicate.
RODRIGUES, J. H.; SEITENFUS, R. 
Uma História Diplomática do Brasil: 1531-1945. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995 (Adaptação).
O texto aborda uma das questões fronteiriças enfrentadas no período em que José da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio 
Branco, esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores (1902-1912).
A estratégia de entendimento direto do Brasil com a empresa Bolivian Syndicate, que havia arrendado o Acre junto ao governo 
boliviano, explica-se pela
A) proteção à população indígena.
B) consolidação das guerras de conquista.
C) implementação da indústria de borracha.
D) negociação com seringueiros organizados.
E) preocupação com intervenção imperialista.
54. (Enem) Atualmente, a noção de que o bandido não está protegido pela lei tende a ser aceita pelo senso comum. Urge mobilizar 
todas as forças da sociedade para reverter essa noção letal para o Estado Democrático de Direito, pois, como dizia o grande 
Rui Barbosa, “A lei que não protege o meu inimigo, não me serve”.
SAMPAIO, P. A. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. In: Os Direitos Humanos desafiando o século XXI. 
Brasília: OAB; Conselho Federal; 
Comissão Nacional de Direitos Humanos, 2010.
No texto, o autor estabelece uma relação entre democracia e direito que remete a um dos mais valiosos princípios da Revolução 
Francesa: a lei deve ser igual para todos.
A inobservância desse princípio é uma ameaça à democracia, porque
A) resulta em uma situação em que algumas pessoas possuem mais direitos do que outras.
B) diminui o poder de contestação dos movimentos sociais organizados.
C) favorece a impunidade e a corrupção por meio dos privilégios de nascimento.
D) consagra a ideia de que as diferenças devem se basear na capacidade de cada um.
E) restringe o direito de voto a apenas uma parcela da sociedade civil.
30 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
55. (Enem) De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 leis novas de proteção social e de regulamentação 
do trabalho em todos os setores. Todas elas têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro 
encontra nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942.
De que maneira as políticas e as mudanças jurídico-institucionaisimplementadas pelo governo de Getúlio Vargas nas décadas 
de 1930-1940 responderam às lutas e às reivindicações dos trabalhadores?
A) A criação do Ministério do Trabalho garantiu ao operariado urbano e aos trabalhadores rurais liberdade e autonomia para 
organizar suas atividades sindicais.
B) A legislação do trabalho e previdência passou a impedir que imigrantes substituíssem brasileiros natos no serviço público, 
na indústria, no comércio e na agricultura.
C) A Justiça do Trabalho passou a arbitrar os conflitos entre capital e trabalho e, sistematicamente, a apurar e punir os casos 
de trabalho escravo e infantil no interior do país.
D) A legislação e as instituições criadas atendiam às reivindicações dos trabalhadores urbanos, mas dentro de estruturas 
jurídicas e sindicais tuteladas e corporativistas.
E) A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) suprimiu o arbítrio oficial dos empresários e fazendeiros sobre as atividades 
políticas de operários e camponeses.
56. (Enem) Podeis interrogar, talvez: quais são as aspirações das massas obreiras, quais os seus interesses? E eu vos responderei: 
ordem e trabalho! Em primeiro lugar, a ordem, porque na desordem nada se constrói; porque num país como o nosso, onde há 
tanto trabalho a realizar, onde há tantas iniciativas a adotar, onde há tantas possibilidades a desenvolver, só a ordem assegura 
a confiança e a estabilidade. O trabalho só se pode desenvolver em ambiente de ordem.
Discurso de Getúlio Vargas, pronunciado no Palácio da Guanabara, no dia do Trabalho (1º de Maio, 1938). BONAVIDES, P.; 
AMARAL, R. Textos políticos da História do Brasil. Brasília: Senado Federal, 2002 (Adaptação).
O discurso de Getúlio Vargas, proferido durante o Estado Novo, envolve uma estratégia política na qual se evidencia
A) o estímulo à ação popular, que poderia tomar para si o poder político.
B) o disfarce das posições socialistas como anseios populares.
C) a dissimulação do nazifascismo, para sua aceitação pela elite política.
D) o debate sobre as políticas do Estado, objetivando o consenso entre os partidos.
E) a apresentação do projeto político do governo como uma demanda popular.
57. (Enem) Em Brasília, foram mais de cem mil pessoas saudando os campeões. A seleção voou diretamente da Cidade do México 
para Brasília. Na festa da vitória, Médici presenteou os jogadores com dinheiro e posou para os fotógrafos com a taça Jules 
Rimet nas mãos. Até uma Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP) chegou a ser criada para mudar a imagem do 
governo e cristalizar, junto à opinião pública, a imagem de um país vitorioso, alavancando campanhas que criavam o mito do 
“Brasil grande” que “vai para frente”. Todos os jogadores principais da Copa de 70 foram usados como garotos-propaganda.
BAHIANA, A. M. Almanaque Anos 70. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 (Adaptação).
A visibilidade dos esportes, especialmente do futebol, nos meios de comunicação de massa, tornou-os uma questão de Estado 
para os governos militares no Brasil, que buscavam, assim,
A) legitimar o Estado autoritário por meio de vitórias esportivas nacionais.
B) mostrar que os governantes estavam entre seus primeiros praticantes.
C) controlar o uso de garotos-propaganda pelas agências de publicidade.
D) valorizar os atletas, integrando-os como funcionários ao aparelho de Estado.
E) incentivar a expansão da propaganda e do consumo de artigos esportivos.
Questões Selecionadas
31Bernoulli Sistema de Ensino
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58. (Enem) Em 2008, foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa para o Brasil, onde foi instalada 
a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no período 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João 
VI e a família real portuguesa permaneceram no Brasil. Entre esses eventos, destacam-se os seguintes:
•	 Bahia – 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a proteção da Marinha britânica, 
fugindo de um possível ataque de Napoleão.
•	 Rio de Janeiro – 1808: Desembarque da família real portuguesa na cidade onde residiram durante sua permanência no Brasil.
•	 Salvador – 1810: D. João VI assina a carta régia de Abertura dos Portos ao comércio de todas as nações amigas, ato 
antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à esquadra portuguesa.
•	 Rio de Janeiro – 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua mãe, D. Maria I.
•	 Pernambuco – 1817: As tropas de D. João VI sufocam a Revolução Republicana.
GOMES, L. 1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma Corte corrupta enganaram Napoleão 
e mudaram a história de Portugal e do Brasil. 
São Paulo: Editora Planeta, 2007 (Adaptação).
Uma das consequências desses eventos foi
A) a decadência do Império Britânico, em razão do contrabando de produtos ingleses através dos portos brasileiros.
B) o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a Inglaterra decretara, em 1806, a proibição do tráfico de escravos em 
seus domínios.
C) a conquista da região do Rio da Prata em represália à aliança entre a Espanha e a França de Napoleão.
D) a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do isolamento que vigorava entre as províncias do país, o que dificultava 
a comunicação antes de 1808.
E) o grande desenvolvimento econômico de Portugal após a vinda de D. João VI para o Brasil, uma vez que cessaram as 
despesas de manutenção do rei e de sua família.
CARACTERÍSTICAS E TRANSFORMAÇÕES 
DAS ESTRUTURAS PRODUTIVAS
01. Em suma e no essencial todos os grandes acontecimentos desta era, que se convencionou com razão chamar dos 
“descobrimentos”, articulam-se num conjunto que não é senão um capítulo da história do comércio europeu. [...] Tudo isso 
lança muita luz sobre o espírito com que os povos da Europa abordam a América. A ideia de povoar não ocorre inicialmente 
a nenhum. É o comércio que os interessa, e daí o relativo desprezo por este território primitivo e vazio que é a América; 
e inversamente, o prestígio do Oriente, onde não faltava objeto para atividades mercantis.
PRADO JR, C. Formação do Brasil Contemporâneo. 
13 ed. São Paulo: Brasiliense, 1973. p. 22-24.
O ato de esvaziar o sentido cultural e sociológico do processo de contato entre europeus e índios americanos a uma exclusiva 
abordagem econômica do expansionismo empreendido pelo Velho Mundo acaba por aproximar o autor do texto de um 
pensamento
A) anarquista.
B) demagogo.
C) marxista.
D) positivista.
E) utilitário.
32 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
02. A administração colonial estava centralizada na metrópole e tinha por finalidade básica garantir que as colônias gerassem 
produtos de alto valor no mercado europeu e consumissem os manufaturados metropolitanos a preços elevados. Esse era o 
objetivo básico do Antigo Sistema Colonial da Época Mercantilista, modelo teórico desenvolvido por historiadores para pensar a 
relação político-econômica entre colônias e metrópoles ao longo da Idade Moderna. O fator teórico que permitiria a realização 
desse objetivo foi o(a)
A) defesa militar do território colonial.
B) monopólio do comércio colonial.
C) combate aos contrabandistas e piratas.
D) introdução da monocultura e da escravidão.
E) implantação do latifúndio e da produção em larga escala.
03.
A sociedade do açúcar
Aristocratas
Senhor
do engenho
Homens livres
 Senhor de terras sem
engenho, ferreiro,
Escravos
“Mãos e pés
do senhor”
carpinteiro,
capataz, etc.
Disponível em: <http://blogeducacionalcombr.cdn.educacional.net/historiascm/files/pi111.jpg>. Acesso em: 11 mai. 2020.
A imagem anterior representa a estrutura social vigente na atividade açucareira do Período Colonial. A sua maior importância 
é refutar a ideia da existência de uma sociedade
A) bipolar.
B) escravista.
C) hierarquizada.
D) patriarcal.
E) rural.
04. Substituindo aos poucos a mão de obra indígena, sempre rebelada, pelos cativos trazidos em grande parte de Angola, na África 
– o “carvão humano” incinerado na fornalhapara a feitura do açúcar, do melaço, da rapadura e da cachaça –, [o engenho] 
foi também o responsável pela difusão do escravagismo brasileiro: “Sem negros”, disse o Padre Vieira, “não há Pernambuco 
e sem Angola não há negros”.
SCHILLING, V. Brasil: os primeiros 100 anos. Disponível em: <http://educaterra.terra.com.br>. Acesso em: 09 jan. 2012.
O trecho revela a importância da mão de obra escrava negra africana para a sociedade açucareira brasileira em meados do século 
XVII, que integram o ambiente colonial brasileiro. Considerando o contexto, as palavras do jesuíta António Vieira revelam o(a)
A) dependência angolana da atividade açucareira brasileira.
B) visão preconceituosa dos jesuítas, que preferiam o uso dos indígenas como escravos.
C) necessidade do tráfico negreiro para a sustentação da plantation açucareira colonial.
D) uso da rebeldia dos nativos como justificativa dos colonizadores para a opção pelo trabalho negro.
E) principal razão da maior produtividade açucareira na região de Pernambuco.
Questões Selecionadas
33Bernoulli Sistema de Ensino
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05. Observe este mapa:
Rotas comerciais medievais
Londres
Bordéus
Lisboa
Barcelona
Colônia
Bruges
Paris
Veneza
ÁSIA
ÁFRICA
Hamburgo
Lübeck
Dantzig
Novgorod
Gênova
Constantinopla
Trebizonda
Trípoli
Bagdá
Tiro
Meca
Roma
Marselha
Messina
CairoAlexandria
MAR DO
NORTE M
A
R
 B
Á
LT
IC
O
MAR NEGRO
M
AR CÁSPIO
Londres
Bordéus
Lisboa
Barcelona
Rotas marítimas
Rotas terrestres
Colônia
Bruges
Paris
Veneza
ÁSIA
ÁFRICA
Hamburgo
Lübeck
Dantzig
Novgorod
Gênova
Constantinopla
Trebizonda
Trípoli
Bagdá
Tiro
Meca
Roma
Marselha
Messina
CairoAlexandria
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR MEDITERRÂNEO
Feiras de
Champanhe
N
Disponível em: <http://historianet.com.br>. Acesso em: 05 jan. 2011.
O mapa retrata o desenvolvimento comercial europeu em um cenário de renascimento da circulação monetária e de avanço 
urbano. Tendo em vista o intercâmbio econômico exposto no mapa e o contexto do final do Período Medieval, pode-se afirmar que
A) o Oriente era um grande mercado consumidor de produtos europeus na Idade Média.
B) o incremento das relações comerciais pautava-se em uma rede de distribuição ancorada nas cidades.
C) o Atlântico aparece como grande eixo comercial na Idade Média, sendo intensamente navegado.
D) Lisboa ficou afastada do comércio medieval em função da distância em relação à Península Itálica.
E) a Europa Medieval relacionava-se comercialmente com o Oriente e negligenciava a África.
06. Observe as imagens.
BRY, Theodore de. Ilustração para obra Brevíssima relação da destruição das Índias (1542) do frei Bartolomeu de Las Casas. 
Disponível em: <http://www.lehigh.edu/ejg1/doc/lascasas/casas.htm>. Acesso em: 05 jan. 2011.
34 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
GOYA. O desasastre da guerra, 1812-1815. 
Disponível em: <http://zombietime.com/boteri_abu_ghraib>. 
Acesso em: 05 jan. 2011.
BOTERO. Abu Ghraib, 2005. Disponível em: <http://zombietime.
com/botero_abu_ghraib>. Acesso em: 05 jan. 2011.
As telas apresentadas foram produzidas em contextos 
distintos e refletem valores contemporâneos aos autores 
que as produziram. Relacionando essas imagens, 
podemos inferir que elas são importantes registros 
históricos, pois se constituem como
A) comprovantes da violência, ação inerente ao processo 
evolutivo-civilizatório.
B) exemplos de uma arte engajada, instrumento de 
denúncia e conscientização.
C) manifestos de artistas que foram vítimas das 
atrocidades que documentaram.
D) documentos fiéis, permitindo ao historiador visualizar 
cientificamente o passado.
E) retratos da dominação econômica, política, social, 
cultural e militar imperialista.
07. A partir do século XIII, o que havia de sofisticado e exótico 
no mercado europeu vinha do Oriente. Eram pedras 
preciosas, como esmeraldas, safiras e rubis; sedas, 
damasco e musselines; ervas medicinais e as famosas 
especiarias. Esse termo genérico referia-se a uma grande 
quantidade de produtos, desde os condimentos usados 
na conservação dos alimentos, até as drogas, tintas, 
perfumes, cosméticos e unguentos. A variedade era tão 
grande que em um catálogo comercial do século XIV 
haviam sido listadas cerca de 288 especiarias diferentes, 
entre as quais, 11 tipos de açúcares, variadas ceras, 
borrachas e cola – a goma arábica.
Através desses produtos, o Oriente, embora longínquo e 
misterioso, tornou-se parte integrante do cotidiano europeu. 
A riqueza prometida pelo comércio dessas mercadorias 
fomentava a busca de um acesso direto às regiões 
produtoras e essa motivação econômica impulsionou as 
expedições ultramarinas.
No entanto, a Expansão Marítima Comercial dos séculos 
XV e XVI impôs ao europeu, simultaneamente, uma 
necessidade, uma alternativa e um desafio, que foram, 
respectivamente,
A) conquistar a rota da seda dominada pelos chineses, 
expulsar os árabes do norte da África e controlar as 
rotas comerciais do Mar Vermelho.
B) descobrir novas áreas produtoras de especiarias na 
América, abrir novas rotas comerciais no Atlântico e 
superar a hipótese da esfericidade da Terra.
C) dominar os entrepostos comerciais do Mediterrâneo 
oriental, abrir rotas terrestres de acesso ao Oceano 
Índico e superar a tecnologia náutica dos navegadores 
árabes.
D) eliminar os atravessadores árabes do comércio das 
especiarias orientais, dominar as rotas marítimas do 
Mediterrâneo e enfrentar os desafios impostos pela 
navegação de cabotagem.
E) livrar-se dos extorsivos preços dos artigos orientais 
praticados pelos italianos, buscar um caminho 
alternativo pelo Atlântico e aprimorar as técnicas 
náuticas de navegação em alto-mar.
08. As cidades medievais possuíam autonomia em face dos 
poderes senhoriais (freiburg) e, por isso, atraiam muitos 
servos que viam nas áreas urbanas a possibilidade de 
se verem livres das obrigações impostas pela servidão. 
Caso o servo não fosse reclamado pelo seu senhor 
dentro de um ano, ele ganhava a proteção da legislação 
municipal. Essa prática acabou transformada em ditado 
pelos camponeses: “O ar das cidades liberta”.
VAINFAS, R. et al. História: volume único. 
São Paulo: Saraiva, 2010 (Adaptação).
Nesse contexto, as cidades medievais desafiaram as 
hierarquias da sociedade feudal, porque
A) promoveram a formação de feiras, que se 
transformaram em mercados permanentes das 
mercadorias produzidas nos feudos, as quais 
passaram a ser fabricadas nas cidades.
B) favoreceram o surgimento das guildas, associação de 
artesãos que controlavam o comércio entre os feudos 
e a cidades, não permitindo a participação de nobres 
neste comércio.
C) permitiram o desenvolvimento das Corporações de 
Ofícios, que se constituíam em associações de cidades 
responsáveis pelo comércio de certos produtos em 
determinadas regiões, antes dominadas pelos feudos.
D) estimularam fugas de camponeses, fizeram do dinheiro 
um meio de ascensão social e introduziram mercadores 
e banqueiros no cotidiano da vida econômica.
E) propiciaram o renascimento comercial ao se 
desenvolverem distantes dos feudos, dos rios e dos 
mares, para que seus habitantes se protegessem dos 
ataques dos nobres e dos bárbaros.
Questões Selecionadas
35Bernoulli Sistema de Ensino
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09. A desvalorização da moeda nacional em relação à moeda padrão no mercado internacional foi um mecanismo usado no Brasil, 
desde a época imperial, para atender às exigências da burguesia cafeeira. Na República Oligárquica, esse recurso continuou 
sendo empregado. Quando a concorrência no mercado externo aumentava, a desvalorização do câmbio tornava nosso café 
mais barato, aumentando sua competitividade.
Essa política de barateamento da nossa moeda também recebeu o nome de Política de Socialização das Perdas, porque o(a)
A) mecanismo era acionado apenas quando havia queda contínua e acentuada do preço do café no mercado mundial.
B) queda do câmbio comprometia as exportações brasileiras, resultando em deficits constantes que desequilibravama balança 
comercial.
C) desvalorização da moeda gerava inflação, aumento dos preços dos importados e, portanto, elevação do custo de vida.
D) queda do câmbio provocava o aumento artificial do preço do café no mercado interno, onerando as camadas populares 
que consumiam o produto.
E) alteração da taxa de câmbio, ora para mais, ora para menos, desestabilizava as contas externas do país, gerando o aumento 
da dívida externa.
10. Durante a época da mineração, a Coroa portuguesa reformulou inúmeras vezes a cobrança de impostos, de acordo com a variação 
da quantidade extraída. Cobrou-se, na maior parte do tempo, os vinte por cento anuais correspondentes ao quinto, adotou-se 
o sistema de fintas e, por quase duas décadas, foi usado o sistema de capitação, estipulando-se a cobrança proporcional à 
quantidade de escravos possuídos. A política tributária da Coroa portuguesa sobre as Minas acarretou no aumento do
A) tráfico de escravos na região mineradora, dada a disponibilidade de cativos no Nordeste açucareiro em crise.
B) número de alforriados, acompanhado da redução do preço do escravo, dada a insatisfação dos senhores com o tributo por 
cativos.
C) preço do escravo, já que ele passou a ser acessível até mesmo aos negros forros na sociedade mineradora, marcada por 
grande mobilidade social.
D) número de quilombos, uma vez que os escravos aproveitaram a negligência dos seus senhores para realizar constantes 
fugas.
E) preço do escravo, pois a oferta dos cativos no mercado mineiro tornou-se mais expressiva com as crescentes alforrias 
decorrentes do tributo.
11.
Principais exportações
do Brasil de 1821 a 1830
30
20
10
0
30,1%
20,6%
18,4%
13,6%
2,5%
 Fumo Couro Café Algodão Açúcar
NOYA PINTO, V. Balanço das transformações econômicas no século XIX. In: MOTTA, Carlos Guilherme (Org.). 
Brasil em perspectiva. São Paulo: Difel, 1971.
Dialogando com o contexto econômico brasileiro do período descrito no gráfico, a evolução das exportações brasileiras revela uma
36 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
A) tendência de crescimento do fumo, moeda de troca comum para o tráfico de escravos africanos, atividade também crescente 
no período.
B) crise do algodão, diante da falta de estímulo à produção devido às proibições manufatureiras impostas pela Coroa portuguesa.
C) expansão da lavoura de açúcar, facilitada pela conquista recente da independência do país, que possibilitou expansão das 
atividades comerciais.
D) ameaça à hegemonia açucareira pelo crescimento do café, estando o primeiro em crise, devido à concorrência internacional, 
e o segundo em expansão no Brasil.
E) expansão do couro em relação ao Período Colonial, pois, ao longo do século XIX, o gado bovino brasileiro atingiu a região 
Sul, onde se desenvolveu a atividade pecuária.
12. Bantos do sul e sudanenses do centro-oeste africano abasteceram o Brasil, incorporando-o à exploração colonial, fazendo primeiro 
de Salvador e depois do Rio de Janeiro os principais centros importadores. O tráfico negreiro transferiu milhões de africanos para 
a América entre os séculos XVI e XIX, configurando uma atividade extremamente lucrativa, que enriqueceu os setores burgueses 
metropolitanos, notadamente os de Portugal e Inglaterra.
AMÉRICA
DO SUL
ÁFRICA
ÁSIA
EUROPA
OCEANO
ATLÂNTICO
AMÉRICA
DO NORTE
OCEANO
ÍNDICO
PORTUGAL ESPANHA
Cabo da Boa 
Esperança
Buenos Aires
Antilhas
Cabo Verde
São Jorge 
da Mina
Costa dos 
Escravos
Luanda
Bantos
Bengala
Moçambique
São Luís
Olinda
Salvador
Rio de Janeiro
OCEANO
PACÍFICO
Sudaneses
Trópico de Capricórnio
Equador
Trópico de Câncer
Tráfico de escravos para as Américas
N
0 1 540 3 080
km
De acordo com o mapa, o tráfico negreiro internacional caracterizou-se pelo(a)
A) envio de indivíduos de diversas partes da África (ocidental, central e oriental) às várias colônias europeias na América.
B) deslocamento de bantos e sudaneses apenas para a América do Sul, já que nas Treze Colônias havia a reprodução dos 
escravos locais.
C) desconexão com a América Espanhola, que não recebeu escravos negros, uma vez que recorreu à exploração em massa 
dos nativos.
D) atuação dos ingleses como os principais traficantes de escravos, pois controlavam as rotas mais importantes no 
Atlântico Sul.
E) voluntariedade da maior parte dos africanos ao emigrar para a América em busca de emprego e melhores condições de vida.
Questões Selecionadas
37Bernoulli Sistema de Ensino
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13.
REI
Conselho
Ultramarino
Provedor Geral
Capitão-Mor da Costa
Tribunal de Relação
Capitão-Governador
Capitão Geral
Capitanias Real
Hereditária
Comarcas
(divisão da justiça)
Termos
(Municípios)
Vilas ou Cidades
Freguesia (povoado)
(divisão eclesiástica)
Ouvidor
Câmara Municipal
ou Senado da Câmara
Juiz Ordinário
Juiz de Vintena
Ouvidor-Mor
Governo Geral
Governador-Geral 
(Capital)
R
EI
N
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PO
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TU
G
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C
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IA
 D
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 B
R
A
SI
L
Disponível em: <http://www.geocities.ws/historiaeravirtual/orghbr06. jpg>. Acesso em: 11 mai. 2020.
O organograma anterior representa a estrutura administrativa portuguesa na região da América. Nesse sentido, a disposição 
dos agentes envolvidos no processo demonstra que o(a)
A) exercício da administração colonial foi exclusividade da nobreza peninsular, em virtude da importância da região para os 
interesses portugueses.
B) influência da Igreja na estrutura hierárquica era ausente, devido à reduzida influência da Santa Sé nos países ibéricos.
C) modelo administrativo existente centralizava as principais decisões nas mãos dos órgãos da Coroa lusitana em Portugal.
D) faceta democrática e participativa garantida pelos lusos nas regiões coloniais devia-se à fundação dos Conselhos dos 
Escabinos.
E) inexistência de órgãos administrativos locais no Brasil Colônia provocava a insatisfação dos colonos com o modelo 
administrativo.
14. Os anos de 1912 e 1913 foram marcados pela agitação contra a lei de expulsão de estrangeiros e pela campanha contra a carestia 
em virtude do crescente aumento no preço dos gêneros alimentícios. Coube, sobretudo à Confederação Operária Brasileira 
(COB), de orientação sindicalista revolucionária, a campanha contra a lei de expulsão, a qual, além de promover comícios em 
várias cidades brasileiras, desencadeou também uma campanha em Portugal, Espanha e Itália para desestimular a emigração 
para o Brasil. Aprovada em 1907, a Lei Adolfo Gordo permitia a expulsão de estrangeiros que estivessem no Brasil, provocando 
intensas repercussões dentro e fora do país. Segundo as forças governamentais que aprovaram a lei, a expulsão de estrangeiros 
do Brasil se justificava pelo
A) agravamento do desemprego nos primeiros anos do século XX, principalmente em virtude da crise do setor cafeeiro.
B) avanço das novas ideologias operárias divulgadas pelos imigrantes, fato esse considerado ameaçador da ordem interna 
nacional.
C) conflito ocorrido na fazenda Ibicaba, no interior de São Paulo, quando imigrantes não aceitaram o sistema de parceria 
proposto.
D) controle de alguns setores econômicos pelos imigrantes, como restaurantes e fábricas de tecidos, principalmente em São Paulo.
E) ingresso de imigrantes nos grupos sociais rebeldes da Primeira República, como foi o caso do Movimento de Canudos e de 
Contestado.
38 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
15. O Governo Provisório do Marechal Deodoro da Fonseca, no início da República, foi marcado pela atuação de Rui Barbosa como 
ministro da Fazenda. Sendo fervoroso adepto da industrialização, o ministro autorizou a emissão de papel-moeda por vários 
bancos, com a clara intenção de aumentar a quantidade de dinheiro no mercado e facilitar o crédito, estimulando, assim, novos 
empreendimentos. Essa política, no entanto, acabou recebendo o apelido pejorativo de Encilhamento, termo que significa arrear 
o cavalo, preparando-o para a corrida nos hipódromos, ocasião em que o público joga com a sorte, apostando nesseou naquele 
cavalo, com a expectativa de lucro rápido e fácil.
O motivo que permitiu aos historiadores denominarem a política econômica de Rui Barbosa como Encilhamento foi o(a)
A) promoção do aumento do meio circulante, necessário ao pagamento da nova mão de obra assalariada.
B) garantia aos senhores de engenho e cafeicultores endividados da facilitação do crédito necessário ao pagamento de suas 
dívidas.
C) emissão excessiva de papel-moeda, estimulando a especulação e o aparecimento de empresas fantasmas.
D) barateamento do preço do dinheiro, facilitando o crédito para a abertura de novos empreendimentos, especialmente os 
industriais.
E) desvalorização do mil-réis, aumentando violentamente o custo de vida e prejudicando as camadas populares.
16. Na pauta econômica do Brasil, o café ainda mantinha a sua grande importância, estabelecida durante o Segundo Reinado, 
já que permanecia como principal produto de exportação. Dados do período revelam que o café foi responsável por mais de 
50% das exportações brasileiras durante toda a República Oligárquica [...]. Produção lucrativa, a atividade cafeeira expandiu-
se por todo o Sudeste brasileiro até o ano de 1929, momento da Crise da Bolsa de Valores. Porém, esse espetacular cenário 
de desenvolvimento do café não significava estabilidade para os setores envolvidos na atividade. O que se observou foi uma 
expansão desenfreada da produção, que não era acompanhada de um mercado externo capaz de consumir tamanho crescimento.
ABREU, E. Coleção Estudo. 1ª série. Belo Horizonte: Editora Bernoulli, 2012. p. 50. v .2.
A economia brasileira durante a República Oligárquica girou, em grande parte, em torno dos lucros da exportação do café. Por 
essa razão, os interesses ligados à cafeicultura estiveram muito próximos do Estado no período. A ação do Estado em relação 
ao café na República Oligárquica caracterizou-se por
A) articular, em nível estadual, a valorização do produto por meio do Convênio de Taubaté, organizado por São Paulo, Minas 
Gerais e Rio de Janeiro.
B) pretender equilibrar a situação financeira do país por meio do Convênio de Taubaté, que, em nível federal, estabeleceu 
uma política de valorização da moeda.
C) socializar as eventuais perdas na exportação do produto por meio de uma constante política de desvalorização cambial.
D) desestimular o aumento da pauta de exportações do país, concentrando todos os estímulos do Governo Federal na 
cafeicultura.
E) converter a alta rentabilidade do café em indústrias de base, incrementando a urbanização e a industrialização das principais 
cidades brasileiras.
17. O desenvolvimento do comércio levou ao uso da cunhagem de moedas. Isso possibilitou que uma economia baseada no 
dinheiro suplantasse o incômodo sistema das permutas. Mas o incremento do comércio, produzindo mais demanda dos produtos 
da agricultura, também levou a maior uso de escravos. Além disso, criou uma nova classe de ricos endinheirados. Esses 
desenvolvimentos trouxeram consigo fermento e alteração para a ordem social [...].
SAVELLE, M. As primeiras culturas humanas. Belo Horizonte: Villa Rica, 1990. p. 156.
O texto anterior apresenta resultados de qual processo histórico?
A) Expansão grega pelo Mar Mediterrâneo.
B) Queda do Império Romano do Ocidente.
C) Transformações oriundas da Baixa Idade Média.
D) Guerras Médicas, envolvendo gregos e persas.
E) Fundação da República Romana.
Questões Selecionadas
39Bernoulli Sistema de Ensino
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18. O esportista mais rico de todos os tempos não é o 
golfista Tiger Woods nem o tenista Roger Federer, que 
figuram no topo das maiores fortunas atuais. Apesar dos 
contratos multimilionários assinados hoje, quem ganha 
essa disputa é um lusitano do século II, o corredor de 
bigas Caio Apuleio Diocles.
 Diocles começou a competir aos 18 anos e ganhou 1 462 
das 4 257 corridas das quais participou, de acordo com as 
inscrições da lápide onde está enterrado, em Roma, que 
detalham suas vitórias. Analfabeto, o condutor de bigas 
arrematou durante sua carreira o total de 35 863 120 
sestércios [quantia que] equivaleria a mais de US$ 15 bilhões 
hoje. Em relação ao poder de compra da época, essa soma 
poderia alimentar toda a população de Roma durante um ano.
HISTÓRIA VIVA, n. 85. Nov. 2010.
As atividades esportivas (como as lutas entre gladiadores 
e as corridas de bigas) eram muito populares entre os 
romanos e, como pode ser percebido pelo texto, poderiam 
gerar grandes oportunidades, majoritariamente aos
A) patrícios, que, por serem originalmente romanos, 
tinham as atividades esportivas – altamente lucrativas 
– reservadas para si.
B) estrangeiros, que, apesar de participarem da vida 
política romana, usavam as práticas esportivas como 
meio de enriquecimento.
C) plebeus, que, a mando dos patrícios, eram obrigados 
a se dedicar às atividades esportivas, recebendo 
compensações financeiras em troca.
D) escravos, que tinham o exercício das práticas 
esportivas como uma oportunidade arriscada de se 
livrarem da sua condição de cativos.
E) soldados, filhos de pai e mãe romanos, que eram os 
mais solicitados nos grandes eventos esportivos em 
virtude da sua forma física privilegiada.
19. Para o escravagista, a compra do escravo representava 
um fato determinante. Esse investimento inicial na 
aquisição de uma soma de trabalho fluido, incorporado 
em um ser vivo e não realizado em valor de uso, obrigava 
o comprador a manter o portador desse valor até a 
realização completa deste, isto é, obrigava-o a assumir 
o encargo do escravo, em continuidade e em totalidade, 
durante toda a duração de sua vida ativa, qualquer 
que fosse a sua lucratividade e qualquer que fosse a 
conjuntura. Enquanto o capitalista podia obter a força 
de trabalho do assalariado pagando apenas o seu custo 
de reconstituição, o escravagista devia também, a todo 
momento, pagar pelo menos a manutenção do escravo. 
A compra inicial do escravo não permitia dissociar, 
como faz o salário, a parte de alimentação, que nutria-o 
sobre trabalho daquela que o escravo absorvia para 
manter-se em vida. Para obter um – o trabalho – mesmo 
parcialmente, ele tinha que preservar a outra – a vida – 
totalmente.
MEILLASSOUX, C. Antropologia da escravidão. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995. p. 218.
Ao comparar o trabalho escravo ao trabalho assalariado, 
o autor do texto
A) observa que ambos possuem as mesmas vantagens 
para o investidor capitalista.
B) afirma que o trabalho assalariado é mais lucrativo 
para o empreendedor.
C) repudia a escravidão por ser uma forma de trabalho 
cruel e desumana.
D) considera o trabalho livre mais adequado ao processo 
de colonização da América.
E) verifica que o custo da manutenção dos escravos e 
dos assalariados é o mesmo.
20. (Enem–2018)
TEXTO I
Programa do Partido Social Democrático (PSD)
Capitais estrangeiros
É indispensável manter clima propício à entrada de 
capitais estrangeiros. A manutenção desse clima 
recomenda a adoção de normas disciplinadoras dos 
investimentos e suas rendas, visando reter no país a 
maior parcela possível dos lucros auferidos.
TEXTO II
Programa da União Democrática Nacional (UDN)
O capital
Apelar para o capital estrangeiro, necessário para os 
empreendimentos da reconstrução nacional e, sobretudo, 
para o aproveitamento das nossas reservas inexploradas, 
dando-lhe um tratamento equitativo e liberdade para a 
saída dos juros.
CHACON, V. História dos partidos brasileiros: discurso e 
práxis dos seus programas. Brasília: UnB, 1981 (Adaptação).
Considerando as décadas de 1950 e 1960 no Brasil, os 
trechos dos programas do PSD e UDN convergiam na 
defesa da
A) autonomia de atuação das multinacionais.
B) descentralização da cobrança tributária.
C) flexibilização das reservas cambiais.
D) liberdade de remessa de ganhos.
E) captação de recursos do exterior.
21. (Enem–2018) Então disse: “Este é o local onde construirei. 
Tudo pode chegar aqui pelo Eufrates, o Tigre e uma rede 
de canais. Só um lugar como estesustentará o exército e 
a população geral”. Assim ele traçou e destinou as verbas 
para a sua construção, e deitou o primeiro tijolo com sua 
própria mão, dizendo: “Em nome de Deus, e em louvor 
a Ele. Construí, e que Deus vos abençoe”.
AL-TABARI, M. Uma história dos povos árabes. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1995 (Adaptação).
40 Bernoulli Sistema de Ensino
Revisão Enem
A decisão do califa Al-Mansur (754-775) de construir 
Bagdá nesse local orientou-se pela
A) disponibilidade de rotas e terras férteis como base da 
dominação política.
B) proximidade de áreas populosas como afirmação da 
superioridade bélica.
C) submissão à hierarquia e à lei islãmica como controle 
do poder real.
D) fuga da península arábica como afastamento dos 
conflitos sucessórios.
E) ocupação de região fronteiriça como contenção do 
avanço mongol.
22. (Enem)
TEXTO I
 A escravidão não é algo que permaneça apesar 
do sucesso das três revoluções liberais, a inglesa, 
a norte-americana e a francesa; ao contrário, ela 
conhece o seu máximo desenvolvimento em virtude 
desse sucesso. O que contribui de forma decisiva para o 
crescimento dessa instituição, que é sinônimo de poder 
absoluto do homem sobre o homem, é o mundo liberal.
LOSURDO, D. Contra-história do liberalismo. 
Aparecida: Ideias & Letras, 2006 (Adaptação).
TEXTO II
 E, sendo uma economia de exploração do homem, o 
capitalismo tanto comercializou escravos para o Brasil, 
o Caribe e o sul dos Estados Unidos, nas décadas de 
30, 40, 50 e 60 do século XIX, como estabeleceu o 
comércio de trabalhadores chineses para Cuba e o 
fluxo de emigrantes europeus para os Estados Unidos e 
o Canadá. O tráfico negreiro se manteve para o Brasil 
depois de sua proibição, pela lei de 1831, porque ainda 
ofereceu respostas ao capitalismo.
TAVARES, L. H. D. Comércio proibido de escravos. 
São Paulo: Ática, 1988 (Adaptação).
Ambos os textos apontam para uma relação entre 
escravidão e capitalismo no século XIX. Que relação é essa?
A) A imposição da escravidão à América pelo capitalismo.
B) A escravidão na América levou à superação do 
capitalismo.
C) A contribuição da escravidão para o desenvolvimento 
do sistema capitalista.
D) A superação do ideário capitalista em razão do regime 
escravocrata.
E) A fusão dos sistemas escravocrata e capitalista, 
originando um novo sistema.
23. (Enem PPL) Parece-me bastante significativo que a 
questão muito discutida sobre se o homem deve ser 
“ajustado” à máquina ou se a máquina deve ser ajustada à 
natureza do homem nunca tenha sido levantada a respeito 
dos meros instrumentos e ferramentas. E a razão disto 
é que todas as ferramentas da manufatura permanecem 
a serviço da mão, ao passo que as máquinas realmente 
exigem que o trabalhador as sirva, ajuste o ritmo natural 
do seu corpo ao movimento mecânico delas.
ARENDT, H. Trabalho, 
Obra e Ação. In: Cadernos de Ética e Filosofia Política 7. 
São Paulo: EdUSP, 2005. [Fragmento]
Com base no texto, as principais consequências da 
substituição da ferramenta manual pela máquina são
A) o adestramento do corpo e a perda da autonomia do 
trabalhador.
B) a reformulação dos modos de produção e o 
engajamento político do trabalhador.
C) o aperfeiçoamento da produção manufatureira criativa 
e a rejeição do trabalho repetitivo.
D) a flexibilização do controle ideológico e a manutenção 
da liberdade do trabalhador.
E) o abandono da produção manufatureira e o 
aperfeiçoamento da máquina.
24. (Enem) O servo pertence à terra e rende frutos ao dono 
da terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se 
a si mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão 
8, 10, 12, 15 horas da sua vida, dia após dia, a quem 
melhor pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos 
instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência, 
isto é, ao capitalista.
MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, 
preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
O texto indica que houve uma transformação dos espaços 
urbanos e rurais com a implementação do sistema 
capitalista, devido às mudanças tecnossociais ligadas ao
A) desenvolvimento agrário e ao regime de servidão.
B) aumento da produção rural, que fixou a população 
nesse meio.
C) desenvolvimento das zonas urbanas e às novas 
relações de trabalho.
D) aumento populacional das cidades associado ao 
regime de servidão.
E) desenvolvimento da produção urbana associada às 
relações servis de trabalho.
Questões Selecionadas
41Bernoulli Sistema de Ensino
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25. (Enem)
TEXTO I
 O aparecimento da máquina movida a vapor foi 
o nascimento do sistema fabril em grande escala, 
representando um aumento tremendo na produção, 
abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do 
aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. 
Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (Adaptação).
TEXTO II
 Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração 
de numerosa mão de obra, reunida para longos dias de 
trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas 
fábricas destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, 
mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam 
para trabalhar em diferentes fábricas.
LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea. 
São Paulo: Cultrix, 1980 (Adaptação).
As estratégias empregadas pelos textos para abordar o 
impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que 
se industrializavam são, respectivamente,
A) ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no 
trabalho doméstico.
B) acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as 
mudanças no mundo do trabalho.
C) debater as consequências sociais e valorizar a 
reorganização do trabalho.
D) indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.
E) minimizar as transformações sociais e criticar os 
avanços tecnológicos.
Formas de Organização Social, 
Movimentos Sociais, Pensamento 
Político e Ação do Estado
01. B
02. D
03. A
04. C
05. A
06. B
07. C
08. A
09. B
10. C
11. D
12. C
13. D
14. C
15. E
16. D
17. B
18. C
19. B
20. E
21. B
22. C
23. E
24. B
25. B
26. A
27. D
28. E
29. D
30. B
31. C
32. D
33. E
34. E
35. E
36. A
37. B
38. E
39. E
40. A
41. B
42. B
43. E
44. B
45. A
46. D
47. D
48. B
49. C
50. B
51. A
52. C
53. E
54. A
55. D
56. E
57. A
58. C
Características e Transformações 
das Estruturas Produtivas
01. C
02. B
03. A
04. C
05. B
06. B
07. E
08. D
09. C
10. B
11. D
12. A
13. C
14. B
15. C
16. A
17. A
18. D
19. B
20. E
21. A
22. C
23. A
24. C
25. B
GABARITO
Diversidade Cultural, Conflitos e 
Vida em Sociedade
01. C
02. D
03 A
04 A
05. D
06. E
07. D
08. D
09. E
10. E
11. C
12. C
13. A
14. A
15. A
16. C
17. C
18. A
19. E
20. B
21. C
22. B
23. B
24. B
25. C
26. B
27. B
28. C
29. C
30. E
31. A
32. C
33. A
34. A
35. A
36. C
37. A
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