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COSMETOLOGIA APLICADA II Aline Andressa Matiello Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Aplicar protocolos cosméticos para fibroedema geloide. Elaborar protocolos cosméticos para lipodistrofia. Descrever os protocolos cosméticos empregados em casos de estrias. Introdução As disfunções corporais são importantes queixas de pacientes em clínicas de estética. As mais comuns são o fibroedema geloide (FEG), a lipodistrofia localizada (LDL) e as estrias que, por cursarem com modificações nos tecidos, causam queixas inestéticas comuns. A cosmetologia é uma das opções terapêuticas disponíveis aos pro- fissionais de estética corporal para ser utilizada de maneira isolada ou associada a outras modalidades de tratamento em seus protocolos. Neste capítulo, você vai estudar os principais ativos cosméticos em- pregados nas disfunções corporais de FEG, LDL e estrias e de que maneira esses ativos podem ser incorporados em protocolos de tratamentos corporais para essas disfunções. Protocolos cosméticos para o manejo do fibroedema geloide O FEG, conhecido popularmente por celulite, refere-se a uma disfunção que acomete os tecidos subcutâneo e cutâneo, associada a alterações vasculares que provocam aspecto inestético a essa disfunção. Quanto à etiologia, o FEG está associado a fatores como: sedentarismo, estresse, tabagismo, alterações hormonais e má alimentação, gravidez e uso de algumas medicações (GUIRRO; GUIRRO, 2010). Fisiologicamente, ocorrem alterações estruturais na derme, na microcircula- ção e nos adipócitos (células do tecido adiposo), que produzem o aparecimento dos sinais clínicos, como acolchoamento da pele, aparecimento de “furinhos” na pele e o chamado “efeito casca de laranja” (BORGES, 2010). Histologicamente, a disfunção inicia com alterações nos adipócitos. Estas células encontram-se no tecido adiposo, entre a derme e o tecido muscular, e são responsáveis pelo metabolismo de lipídios. No aparecimento da disfunção, esses adipócitos passam a acumular mais gordura em seu interior, aumentando o seu tamanho. Como essa região é muito vascularizada por vasos sanguíneos e linfáticos, o aumento dos adipócitos faz com que os vasos sejam compri- midos, de modo que haja maior acúmulo de metabolitos, redução da nutrição tecidual e retenção hídrica nessa região. Quando esta situação persiste, ocorrem alterações no tecido conjuntivo de maneira subsequente, com aumento da viscosidade dos líquidos da região e formação de fibrose, criando pequenos nódulos na região, além de ruptura de fibras elásticas (RIBEIRO, 2010). A Figura 1 demonstra essas alterações, sendo possível visualizar o aumento do tamanho dos adipócitos na pele com celulite, o que ocasiona compressão vascular, alterações na derme e aspecto de irregularidade na epiderme. Figura 1. Desenvolvimento do fibroedema geloide. Fonte: Adaptada de oliavolha/Shutterstock.com. Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais2 De acordo com a intensidade dos sintomas, o FEG pode ser classificado em quatro graus distintos (RIBEIRO, 2010): Grau I: os adipócitos aumentam o seu volume, há uma redução na vascu- larização local, com edema, mas ainda não é possível visualizar sinais na pele. Grau II: os sinais são semelhantes ao grau I, mas com maior acometimento, e podem ser evidenciados quando a região acometida é comprida. Grau III: as alterações na circulação e o edema levam ao surgimento de modificações estruturais na derme. Ao redor dos adipócitos ocorre a formação de proteínas reticulares, o que dá à celulite de grau III o aspecto de casca de laranja na pele, pela formação de fibrose na região. Além disso, nesta fase, pode acontecer a compressão de nervos, vasos linfáticos e sanguíneos, piorando o quadro de congestão venosa e linfática e, ainda, causando sintomas. Grau IV: os sinais e sintomas se agravam, ocorre a formação de nódulos fibróticos na derme. Além dos nódulos, é possível visualizar áreas de depressão que trazem um aspecto inestético à pele. Conhecer os graus do FEG é essencial para escolher a melhor modalidade de tratamento, uma vez que cada fase se caracteriza por alterações anatômicas, funcionais e bioquímicas específicas. Dentre as modalidades de tratamento disponíveis para o FEG, cita-se o uso de ativos cosméticos. Os cosméticos empregados no tratamento do FEG precisam ter ação sobre as alterações histológicas citadas anteriormente. Por isso, eles agem inibindo a lipogênese (formação de triglicerídeos), aumentando a lipólise (quebra das moléculas de gordura), reestabelecendo a microcirculação local e reduzindo o edema local (RIBEIRO, 2010). Vale lembrar que para cada grau de FEG serão utilizados cosméticos que irão atuar sobre as alterações evidenciadas em cada fase. Por exemplo, em graus mais avançados do FEG, quando há formação de fibrose, é necessário utilizar ativos cosméticos que auxiliem na redução das fibroses, de modo a melhorar o aspecto da disfunção. Neste sentido, podem ser divididos em: agentes que atuam na microcirculação, agentes que reduzem a lipogênese e estimulam a lipólise, agentes que atuam na estrutura da derme e do subcutâneo, e agentes antioxidantes (COSTA, 2012). Os cosméticos que agem na microcirculação irão atuar reduzindo o edema local e melhorando a circulação sanguínea e linfática no tecido acometido pela FEG. Neste caso, esses ativos atuam aumentando a resistência vascular, de modo a facilitar a reabsorção do edema e melhorar a circulação local. Neste grupo, encontram-se ativos como: as saponinas e os bioflavonoides, que são encontrados em extratos vegetais como castanha-da-índia, extrato de hera e ruscus (RIBEIRO, 2010), além de ginkgo biloba, extrato de Centella asiatica, silício, Carica papaya, Melilotus officinalis, dentre outros (COSTA, 2012). 3Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais Extrato de ginkgo biloba: é rico em flavonoides, biflavonoides e ter- peno, reduz a viscosidade sanguínea e melhora a perfusão sanguínea periférica nos capilares e arteríolas, apresentando ação antiedematosa que melhora o retorno venoso e a circulação arterial local. Além da sua ação na circulação, ginkgo biloba atua como potente antioxidante. Extrato de Centella asiatica: estimula a drenagem linfática, a ativi- dade dos fibroblastos e a síntese de colágeno na matriz extracelular. Além dos efeitos circulatórios e na derme, apresenta também atividade anti-inflamatória. Ruscus melilotus: é um ativo rico em flavonoides, promove aumento da resistência dos capilares, diminui a permeabilidade vascular, reduz o edema e melhora a drenagem linfática. Silício: é um componente estrutural dos tecidos conectivos que regula o metabolismo e a divisão celular. É utilizado no tratamento da celulite graças à sua ação na capilaridade venosa e na permeabilidade linfática, promovendo a melhora da microcirculação. Carica papaya: apresenta efeito anti-inflamatório e redutor de edema. É utilizada no tratamento do FEG por apresentar atividade diurética, promover a redução do edema e melhorar a circulação. Melilotus officinalis: é geralmente recomendado no tratamento de pacientes com insuficiência venosa crônica e congestão linfática, em razão do seu efeito na redução da permeabilidade capilar e melhora da drenagem linfática. Esse ativo melhora a drenagem linfática e a microcirculação, tem ação antioxidante, inibe a elastase e a colagenase, apresenta efeito protetor nos capilares e melhora a oxigenação dos tecidos. Extrato de hera: contém flavanoides e saponinas. Atua na celulite por promover a redução do edema, da permeabilidade capilar e melhora da drenagem venosa e linfática. Remoduline®: formado por bioflavonoides de laranja, atua estimulando a microcirculação (VANZIN; CAMARGO, 2011). Oliveira (2014) cita, ainda, outros ativos com finalidade deatuar sobre a circulação: pimenta (ação estimulante, pois aumenta a circulação), gengibre (aumenta a circulação, tendo efeito estimulante), nicotinato de metila (utilizado no manejo de FEG, é ativador da circulação, causando hiperemia tecidual) e Rosmaris R® (atua na ativação da circulação, além de ter efeito lipolítico e anti-inflamatório). Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais4 Os cosméticos que reduzem a lipogênese e estimulam a lipólise atuam de modo a liberar moléculas de gordura pela ação da lipólise, evitando acú- mulo no adipócito. Neste grupo, encontram-se ativos como: cafeína, teofilina e aminofilina, além de extratos vegetais com essa função, como extrato de guaraná e erva mate. Ativos como coenzima A e El-carnitina também atuam de modo semelhante aos cosméticos lipolíticos, pois agem contribuindo para a redução do volume do adipócito (RIBEIRO, 2010). Costa (2012) cita outros ativos com essa função: Cafeína: ação lipolítica. Slymbuster H®: rico em saponinas e flavonoides, atua na lipólise e ainda auxilia na melhora da microcirculação. Xantalgosil C®: atua estimulando a lipólise, além de ter ação firmadora. Muito utilizado em casos mais avançados de celulite. Regu Shape®: reduz a captação de lipídios pelos adipócitos. Slim Excess®: reduz o armazenamento de lipídios promovido pelo adipócito. Liporeductyl®: formado por um composto de cafeína, ruscus, hera, inibe a lipogênese, estimula a microcirculação e ainda atua como antioxidante. Argisil C®: estimula a lipólise nos adipócitos e ainda tem função anti- fibrose, evitando a progressão dos nódulos de fibrose que se formam em um tecido acometido por FEG. Extrato de guaraná®: por conter ativos como: cafeína, traços de teobro- mina, teofilina, saponinas e óleo essencial, atua melhorando a circulação local (MILREU, 2012). No grupo dos cosméticos que atuam na estrutura da derme e do subcu- tâneo, encontram-se: retinoides, ácido linoleico e ácido petroselínico, indicados no tratamento do FEG. Retinoides: este ativo melhora a circulação, reduz o tamanho dos adi- pócitos e aumenta a deposição de colágeno na derme pela estimulação na síntese de colágeno, aumentando a espessura e a firmeza da derme, minimizando, assim, os sinais superficiais do FEG. Ácido linoleico e ácido petroselínico: são descritos como potentes ativos na melhora da diferenciação epidérmica, redução da inflamação, aumento dos componentes da matriz extracelular e firmeza da pele. 5Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais Algumas vitaminas têm a função de atuarem como agentes antioxidantes e formam o grupo dos cosméticos antioxidantes. Ácido ascórbico (vitamina C) e vitamina E: exercem efeitos antioxidan- tes, protegendo as membranas celulares da derme e do tecido subcutâneo da toxicidade dos radicais livres. Uvas rosadas: são ricas em tanino, que também é considerado antioxi- dante e pode ser empregado no tratamento de FEG. Argila verde: tem efeito antioxidante e descongestionante, podendo ser aplicada em protocolos para tratamento de FEG em graus menores. Sua ação se dá pelo aumento nas trocas iônicas entre os minerais contidos nos tecidos corporais e na argila, favorecendo a ação descongestionante e atuando no edema (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Dentre os cosméticos utilizados para o manejo do FEG, a cafeína é o mais utilizado, por penetrar bem na pele, apresentar boa tolerância local e ainda proporcionar resultados efetivos (RIBEIRO, 2010). Sugestões de protocolos cosméticos para FEG Os protocolos corporais destinados ao manejo do FEG são variados, muitas vezes associando técnicas manuais, como massagens, drenagem linfática, equipamen- tos, e de maneira associada aos cosméticos, todos com o objetivo de melhorar o metabolismo e a circulação sanguínea local, e diminuir o edema e a fi brose. Protocolo de tratamento do FEG grau I Passo 1: esfoliar o local com cosmético esfoliante físico. Passo 2: aplicar drenagem linfática manual em todo o membro acometido pela disfunção. Passo 3: realizar a aplicação de máscara de argila verde. Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais6 Perez e Vasconcelos (2014) orientam misturar a argila em pó com água destilada, soro fisiológico ou água termal para potencializar os efeitos desse mineral no tratamento. Além disso, se o objetivo é obter uma máscara mais cremosa, o profissional pode misturar o pó de argila com gel para realizar a aplicação da máscara. Passo 4: aplicar creme hidratante corporal com ativos lipolíticos como: Slymbuster H®, Xantalgosil C®, Regu Shape®, Slim Excess®, Liporeductyl® e Argisil C®. Protocolo de tratamento do FEG grau II Passo 1: esfoliar o local com esfoliante físico ou gomagem. Passo 2: aplicar ultrassom com gel lipolítico (p. ex., coenzima A e El-carnitina). Passo 3: realizar massagem corporal com creme à base de ativos cosméticos que melhoram a circulação local, como o extrato de guaraná®. Passo 4: fi nalizar com sérum corporal na área tratada com ativos que atuam na estrutura da derme e do subcutâneo, como as vitaminas C e E. Protocolo de tratamento FEG grau III Passo 1: realizar a esfoliação da região com esfoliante ou gomagem. Passo 2: aplicar ativo cosmético em spray com propriedades de aumentar a circulação local e causar a hiperemia, como gengibre, pimenta ou nicotinato de metila. Passo 3: realizar massagem modeladora nos locais que apresentam os nódulos do FEG com creme de massagem lipolítico (p. ex., coenzima A e El-carnitina). Passo 4: aplicar máscara no local com ativos antioxidantes e descongestio- nantes, como à base de uvas rosadas. 7Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais Protocolo de tratamento para FEG grau IV Passo 1: esfoliação da região para melhorar a permeação dos ativos aplicados em seguida. Passo 2: aplicar o ultrassom nas regiões em que há pontos de fi brose. Passo 3: realizar massagem modeladora com creme à base de extrato de ginkgo biloba, ou Centella asiatica, que atuam na melhora da circulação local. Passo 4: fi nalizar com máscara com ativos lipolíticos, à base de Xantalgosil C®, que atua estimulando a lipólise e reduzindo a fi brose em graus mais avançados de FEG. A massagem modeladora é uma técnica que promove a remodelação do tecido conjuntivo, utilizando movimentos de deslizamento, amassamento, rolamento e fricção, auxiliando nos tratamentos de LDL ao criar calor e hiperemia por meio de pressão mecânica, causando aumento da circulação sanguínea e maior gasto energético, melhorando os contornos corporais (CRIPPA, 2016). Perez e Vasconcelos (2014) sugerem que os protocolos de tratamento para o FEG com uso de cosméticos podem ser potencializados com a utilização de filme osmótico. Após a aplicação das máscaras, a pele da região pode ser totalmente ocluída com o filme plástico para manter a temperatura local e facilitar a permeação dos ativos cosméticos aplicados. O filme pode perma- necer por até 30 minutos. Oliveira (2014) sugere que os protocolos de manejo do FEG sejam iniciados, independente do grau da FEG, com no mínimo duas sessões de drenagem linfática manual para descongestionar os tecidos e, após isso, dar sequência às outras modalidades de tratamento que podem ser inseridas nos protocolos. Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais8 Protocolos cosméticos para manejo da lipodistrofia localizada A lipodistrofi a localizada (LDL) é uma disfunção que acomete o tecido adi- poso, em que ocorre acúmulo da gordura em locais específi cos do corpo (BRAGA; LOUSADA, 2018). O tecido adiposo está localizado logo abaixo da derme e tem como principal função o armazenamento de energia, em forma de triglicerídeos, que fi cam armazenados dentro dos adipócitos, que são as células do tecido adiposo. A LDL acontece quando a reserva de triglicerídeos encontra-se em excesso em algumas regiões do corpo, mesmo sem o indivíduo estarobeso. Nessas situações, o corpo fi ca com uma distribuição irregular de gordura, causando a queixa estética. A Figura 2 demonstra esse acúmulo anormal de gordura em algumas regiões. Figura 2. Mecanismo de formação da LDL. Fonte: Adaptada de Picture Store/Shutterstock.com. Dobras da pele Células de gordura sobrecarregadas Camada cheia de gordura Tecido conectivo Os locais de maior acúmulo de gordura são diferentes em homens e mulhe- res. Enquanto homens acumulam maiores quantidades de gordura localizada no tronco e abdome, as mulheres têm maior acúmulo em regiões de membros inferiores, glúteos, nádegas e abdome. A existência de gordura localizada é um problema multifatorial, que envolve desde fatores hormonais, ambientais, dietéticos e genéticos. A influência hormonal faz com que a gordura fique depositada em locais específicos em 9Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais homens e mulheres. A influência ambiental está relacionada ao sedentarismo e à não realização de atividade física regular, assim como dietas calóricas, sobretudo ricas em carboidratos e gorduras, que levam ao acúmulo de gordura em algumas regiões (VANZIN; CAMARGO, 2011). No geral, os tratamentos para a gordura localizada se pautam em buscar um equilíbrio entre lipólise (quebra das moléculas de gordura) e lipogênese (armazenamento das moléculas de gordura dentro do adipócito), ou na es- timulação da lipólise, de modo que o organismo promova mais “quebras” dessas moléculas, gerando energia e evitando acúmulo em áreas indesejadas (VANZIN; CAMARGO, 2011). A lipólise pode ser estimulada por diversas formas, dentre elas, com a utilização de cosméticos indutores de lipólise, que auxiliam de forma eficaz na redução das medidas. Borges (2010) comenta que a cosmetologia pode ser empregada no trata- mento de LDL, utilizando princípios ativos com grande capacidade de per- meação e capazes de promover o aumento da circulação sanguínea e linfática, além de ativos que agem estimulando a lipólise. Os ativos citados a seguir agem na circulação linfática e sanguínea, potencializando-a. Extrato de Centella asiatica: ativador da circulação local. Extrato de hera: aumento da microcirculação linfática e sanguínea. Cavalinha: ativador da circulação, adstringente e cicatrizante. Bétula: estimulante da circulação. Chá verde: utilizado para gordura localizada de maneira coadjuvante a outros ativos, tem ação diurética e tônica-estimulante, melhorando a circulação e o metabolismo local (MILREU, 2012). Os ativos descritos a seguir atuam de maneira associada, promovendo, além de efeitos benéficos na circulação, estímulo à lipólise. Amarashape®: utilizado para delineamento de curvas e para redução de gordura localizada. Atua diretamente sobre o adipócito estimulando a lipólise e, indiretamente, melhorando a circulação local, pois em sua composição há presença de cafeína (VANZIN; CAMARGO, 2011). Slimbuster L®: atua também reduzindo medidas, tem em sua composição óleo de café verde e fitoesteroides, que atuam sobre o metabolismo dos adipócitos, evitando o acúmulo de gordura (VANZIN; CAMARGO, 2011). Adipol: é um complexo de extrato de hera, extrato de bile e um tensoativo especial. O extrato de bile é composto pelo ácido cólico, ácido taurocí- Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais10 lico, pigmentos, lecitina, mucina, ácidos graxos neutros, nucleoproteínas, fosfatídeos, sais de cobre, ferro, magnésio, potássio e cálcio. O extrato de hera é rico em flavonoides, taninos, ácidos orgânicos, saponinas, atuando como descongestionante dos fluidos teciduais, carreador li- pofílico, anti-inflamatório e lipolítico. É indicado no tratamento de adiposidades localizadas (MILREU, 2012). Muitos cosméticos aplicados ao tratamento de FEG são também utilizados no tratamento de LDL, uma vez que ambos têm o tecido subcutâneo com algum grau de alteração. Ativos que aumentam a circulação local e que induzem a lipólise são comumente utilizados nas duas disfunções, como, por exemplo, o adipol. Sugestões de protocolos cosméticos para lipodistrofia localizada Os protocolos de tratamento para LDL costumam associar o uso de cosméticos e, relacionado a isso, o uso de técnicas que aumentam o gasto calórico, de modo a aumentar a lipólise local e mobilizar a gordura, evitando que ela fi que acumulada na região. As técnicas manuais podem ser utilizadas, como a massagem modeladora, turbinada e bambuterapia, de modo a aumentar o metabolismo local. Sendo indicado, ainda, o uso associado de ativo cosmético lipolítico, que aumenta a circulação local, e descongestionante associado às técnicas manuais. A crioterapia (que é o uso de ativos crioterápicos) para estimular a lipólise é um tratamento muito utilizado, associado à massagem modeladora, ultrassom, endermologia, eletrolipólise, dentre outros (PERES; VASCONCELOS, 2014) Protocolo 1: tratamento da LDL com massagem modeladora Passo 1: esfoliar o local. Passo 2: esfoliar a pele da região a ser tratada com cosmético esfoliante físico. Passo 3: aplicar a técnica de eletrolipólise nas regiões a serem tratadas, se- guindo recomendações do fabricante. Passo 4: aplicar massagem modeladora com uso de creme à base de Slimbuster L®, que atua reduzindo medidas e evitando acúmulo de gordura. 11Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais Protocolo 2: tratamento de LDL com ultrassom e massagem turbinada Passo 1: higienizar a pele. Passo 2: esfoliar a região a ser tratada. Passo 3: aplicar a técnica de ultrassom nas regiões afetadas pela LDL. Passo 4: realizar massagem turbinada com o uso de creme lipolítico, com adipol. Alguns dos ativos cosméticos indicados para tratamento do FEG e da LDL podem ser formulados ou adicionados em géis, de modo a serem acoplados no transdutor do ultrassom, facilitando a penetração desses ativos na pele (BORGES, 2010). Protocolo 3: tratamento de LDL com máscara de chá verde Passo 1: higienizar a pele. Passo 2: esfoliar a região. Passo 3: realizar a massagem modeladora com uso de creme ou gel com Amarashape®. Passo 4: aplicar máscara de chá verde, que é utilizado para gordura localizada, pois tem ação diurética e tônica-estimulante, melhorando a circulação e o metabolismo local. Manter a região ocluída em fi lme osmótico de PVC por 20 minutos e, após, fazer a remoção. Protocolo 4: tratamento de LDL com bambuterapia Passo 1: higienizar a pele. Passo 2: realizar esfoliação física. Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais12 Passo 3: aplicar a bambuterapia com ativos cosméticos que aumentam a circulação local, como: Centella asiatica, hera, cavalinha ou bétula. Passo 4: realizar a aplicação de fl uido em spray com adipol. Além da aplicação dos protocolos pelo profissional, é importante que al- gumas orientações façam parte do plano de tratamento do paciente, incluindo a realização de atividade física regular e uma alimentação balanceada. Além disso, após a finalização do protocolo de LDL, quando este se aplica à região abdominal, utiliza-se uma cinta compressiva no abdome por 3 horas após a finalização do protocolo, de modo a potencializar os efeitos. Protocolos cosméticos para manejo de estrias As estrias são caracterizadas como disfunções dermatológicas que cursam com o aparecimento de lesões atrófi cas lineares paralelas, que obedecem às linhas de clivagem da pele. As lesões costumam ter de 5 a 10 cm de comprimento, e comprometem mais a região de abdome, coxas, glúteos, mamas e região sacrolombar (BORGES, 2010). As estrias podem ser causadas por uma série de fatores, como obesidade, gestação, estados infecciosos, uso excessivo de corticoides, aumento exagerado e rápido de músculos e crescimento rápido durante a puberdade (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, c2017). Normalmente, as lesões acontecem porque a pele sofre uma distensão excessiva ou abrupta que desencadeia, inicialmente, uma inflamaçãoe, posteriormente, o rompimento das fibras elásticas e colágenas da derme. A Figura 3 demostra o mecanismo de formação das estrias, no qual é possível visualizar as fibras de colágeno e elastina rompidas em uma pele acometida por estrias. 13Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais Figura 3. Mecanismo de formação de estrias. Fonte: Adaptada de Cessna152/Shutterstock.com. Fisiologicamente, em uma fase inicial, as estrias se apresentam como um processo inflamatório da derme, com vasos capilares dilatados, de modo que tenham uma cor levemente rosada. Além disso, nessa fase, há predominância de edema importante da derme e edema perivascular, com aumento das células inflamatórias na região acometida. Com o passar do tempo, as estrias se tornam mais escuras, com aspecto roxo-avermelhado. Posteriormente a esta fase, que pode durar anos, as estrias assumem um aspecto esbranquiçado, parecendo hipopigmentadas, fibróticas e aplainadas. A derme, nessa fase, tem as suas fibras elásticas com alterações importantes, com redução no número e da qualidade das fibras elásticas. Isto, porque essas fibras, que são produzidas pelos fibroblastos, encontram-se quiescentes (BORGES, 2010). Quanto à nomenclatura, Ribeiro (2010) comenta que as estrias podem ser classificadas em três tipos, de acordo com a fase que se encontram. Es- trias rosadas: encontram-se na fase mais inicial, com formação de processo inflamatório local. Estrias atróficas: encontram-se na fase intermediária, apresentam-se na forma de linha flácida hipocrômica. Estrias nacaradas: têm coloração branca-acinzentada, com 2 a 4 mm de espessura, com flacidez local e pregueamento da epiderme. Dentre os tratamentos disponíveis para as estrias, cita-se o uso de ativos cosméticos. Neste caso, os cosméticos atuarão promovendo aumento da renovação celular, estimulando os fibroblastos na produção de fibras de elastina e na melhora da elasticidade e hidratação da pele (VANZIN; CA- Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais14 MARGO, 2011). Entretanto, vale ressaltar que os cosméticos empregados no manejo de estrias não recuperam totalmente o tecido estriado lesado. Esses ativos agirão de modo a reduzir a formação e a intensidade das estrias, ou seja, eles auxiliarão na redução da profundidade e extensão das lesões. Além disso, podem ser empregados cosméticos com finalidade preventiva, atuando na redução da incidência dessa disfunção. O sucesso no tratamento de estrias é maior quando realizado em estrias mais jovens, quando comparado ao tratamento de estrias mais antigas. Além disso, são empregadas mais de uma modalidade consecutivamente para o manejo de estrias. Além da aplicação de protocolos no consultório ou clínica, o paciente deve utilizar formulações cosméticas que também irão estimular os fibroblastos e ainda hidratar a pele (VANZIN; CAMARGO, 2011). Os cosméticos empregados no manejo de estrias atuam por meio do incentivo da hidratação cutânea, da melhora da circulação local e da regeneração dérmica (RIBEIRO, 2010). Em estrias rosadas, o objetivo é melhorar a circulação local e reduzir o quadro inflamatório local, sendo assim, nessa fase são indicados ativos anti- -inflamatórios e hidratantes, enquanto que em estrias nacaradas ou atróficas não há mais processo inflamatório agudo, por isso os cosméticos devem estimular os fibroblastos na síntese de colágeno e elastina, além de melhorar a hidratação da pele. O uso de ativos cosméticos para peelings químicos também pode ser em- pregado, como o ácido retinoico e o ácido glicólico que, quando aplicados sobre a pele estriada, removem a camada córnea e aceleram a renovação celular (VANZIN; CAMARGO, 2011). Segundo Costa (2012) e Baumann (2004), os seguintes elementos também são benéficos: Ácido hialurônico: sua ação está pautada no estímulo da atividade dos fibroblastos e, com isso, o aumento da produção de colágeno, que pode ser mais bem absorvido pela pele se for aplicado por meio de massagem. Centella asiatica: seu efeito nas estrias se dá pelo estímulo à atividade dos fibroblastos e um efeito antagônico aos glicocorticoides, que é uma das causas de estrias. Ácido retinoico: estimula a neocolagênese, aumentando as fibras novas não danificadas e melhorando o aspecto clínico das estrias já instaladas. Os retinoides, além de inúmeros efeitos na epiderme e derme humanas, são os agentes tópicos que estimulam a neocolagênese com maior evidência científica. Alfa-hidroxiácidos (ácidos glicólico, láctico, málico, tartárico e cítrico): envolvem uma série de ácidos que podem ser aplicados de modo a acelerar a renovação celular. Desses, o ácido glicólico é o mais utilizado e o seu uso prolongado reflete em melhora da textura da pele. Essa propriedade pode ser 15Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais parcialmente explicada por sua capacidade de induzir a síntese dérmica de ácido hialurônico e de componentes pelos fibroblastos, resultando em melhor hidratação e espessura dessa camada. Vitamina C: por ser um ativo pouco irritativo e anti-inflamatório, penetra no estrato córneo e pode ser efetiva no tratamento de estrias. O uso associado de vitamina C (ácido ascórbico) e ácido glicólico tem um efeito sinérgico, fazendo com que a sua associação na mesma fórmula seja muito interessante no manejo de estrias (COSTA, 2012). Ribeiro (2010), Costa (2012) e Vanzin e Camargo (2011) citam outros ativos empregados no manejo das estrias: Extrato de trigo: apresenta propriedades antioxidantes e, por isso, atua na reepitelização cutânea. Além disso, estimula a migração leucocitária e ativa a síntese de fibroblastos. Aloe vera: tem ação anti-inflamatória, cicatrizante e hidrante, devendo ser utilizada, principalmente, na fase inicial das estrias. Bromelina: este ativo atua esfoliando a pele, acelerando a renovação celular e melhorando o aspecto das estrias. D-pantenol: contribui na formação de células na epiderme, acelera a regeneração celular, melhora o processo inflamatório e ainda hidrata a pele. Extrato de laranja: contém em sua composição vitaminas C e A, óleos essenciais e citro flavonoides, por isso atua na redução da inflamação, melhora da microcirculação e da elasticidade pela maior hidratação cutânea. Extrato de papaya: esfoliante e reduz a inflamação cutânea. Extrato de limão: contém ácido cítrico e citro flavonoides, que melhoram a elasticidade da pele, têm efeito antioxidante e melhoram a hidratação da pele. Escina: atua no aumento da circulação local e tem efeito anti-inflamatório. Hidrolisado de proteínas: empregado para melhorar a elasticidade da pele, pela hidratação da camada córnea. Lanolina: tem interação com lipídios da camada córnea, formando um filme hidratante protetor na pele. Óleo de rosa-mosqueta: forma um filme lipolítico na pele, promovendo hidratação e regeneração. Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais16 Vitamina F: aumenta a regeneração tecidual por estímulo à mitose na epiderme. Aosaine®: é um estimulador de células novas e de proteínas de sustentação, como colágeno e elastina, por isso está indicado no manejo de estrias. Atua por meio da inibição da elastase (enzima que degrada as fibras de elastina da pele) e aumenta a síntese de proteínas. Hydroxyprolisilane CN®: atua na regeneração e na cicatrização tecidual, aumentando a qualidade das fibras de colágeno e elastina, melhorando a es- trutura da derme. É um ativo que pode ser utilizado diariamente em ambiente domiciliar e pode ser empregado na prevenção de estrias em gestantes a partir do primeiro trimestre gestacional. Sugestões de protocolos cosméticos para estrias Os protocolos atuais de tratamento para estrias incluem, além de ativos cos- méticos, o uso de microdermoabrasão, lasers, carboxiterapia e a realização dos peelings químicos. Além disso, podem ser empregados tratamentos como eletrolifting com agulhas. Protocolo 1: tratamento de estrias atróficase nacaradas Passo 1: higienizar a região com sabonete líquido. Passo 2: esfoliar a região com cosmético esfoliante físico. Passo 3: aplicar peeling químico com ácido retinoico; aguardar o tempo de ação do produto conforme orientação do fabricante. Passo 4: aplicar máscara no local com óleo de rosa-mosqueta, que forma um fi lme lipolítico na pele, promovendo hidratação e regeneração do tecido. Protocolo 2: tratamento de estrias atróficas e nacaradas com uso de eletrolifting Passo 1: realizar a higienização do local. Passo 2: aplicar esfoliação mecânica com o uso de microdermoabrasão por meio do peeling de diamante ou peeling de cristal, intensifi cando a esfoliação sobre as estrias. 17Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais Passo 3: aplicar a técnica de eletrolifting sobre as estrias. Essa técnica atua por meio da estimulação dos fi broblastos (células responsáveis pela síntese de colágeno e elastina na pele). Passo 4: aplicar sobre as estrias sérum à base de Aosaine®, para estimular a síntese de colágeno e elastina. Protocolo 3: tratamento de estrias atróficas e nacaradas com uso da carboxiterapia Passo 1: higienizar a região. Passo 2: realizar esfoliação física com uso de cosmético esfoliante. Passo 3: aplicar a carboxiterapia nas estrias da região a ser tratada. Passo 4: aplicar máscara calmante à base de D-pantenol, que contribui na formação de células na epiderme, acelera a regeneração celular, melhora o processo infl amatório causado pela aplicação da carboxiterapia e ainda hidrata a pele. Protocolo 4: tratamento de estrias rosadas Nestas estrias há um processo infl amatório ativo, logo, o objetivo do tratamento é reduzir a infl amação local com o uso de ativos cosméticos anti-infl amatórios. Passo 1: higienizar a pele. Passo 2: esfoliar a região com estrato de papaya. Passo 3: aplicar máscara com aloe vera, que tem ação anti-infl amatória. Passo 4: aplicar sérum com vitamina C, que também tem ação anti-infl amatória. Também é recomendável orientar o uso de ativos hidratantes no ambiente domiciliar, como cremes com ácido hialurônico ou hidrolisado de proteínas, para melhorar a elasticidade da pele e evitar o aparecimento de novas estrias. Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais18 Perez e Vasconcelos (2014) sugerem que, no tratamento de estrias, as sessões devem ser realizadas semanalmente, e nas situações em que existem muitas áreas acometidas por estrias, as sessões podem ser realizadas duas vezes na semana, intercalando a área a ser tratada. Durante a aplicação de protocolos para manejo de estrias, o paciente deve ser orientado a evitar exposição solar, uma vez que os tratamentos em alguns casos causam irritação cutânea, e a exposição solar subsequente pode causar hiperpigmentação nessas regiões (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Em relação aos protocolos citados para FEG, LDL e estrias, todos eles são sugestões. É importante que o protocolo seja definido pelo profissional após a avaliação do paciente, que inclui desde a anamnese até o exame físico, verificando a disfunção apresentada, o nível de gravidade dos sinais e sintomas e, ainda, as melhores modalidades de tratamentos cosméticos para a situação encontrada. Além disso, os protocolos planejados pelo profissional podem sofrer mudanças ao longo do tratamento, de acordo com a evolução apresentada pelo paciente. Para ampliar os resultados dos cosméticos aplicados a essas disfunções corporais, é essencial que o profissional oriente o paciente a respeito dos cuidados com a pele no ambiente domiciliar, com o uso de ativos cosméticos específicos para a disfunção. BAUMANN, L. Dermatologia cosmética: princípios e práticas. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Phorte, 2010. BRAGA, L. L. B.; LOUSADA, M. L. R. 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