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COSMETOLOGIA 
APLICADA II 
Aline Andressa Matiello
Protocolos de tratamento 
para desordens 
estéticas corporais 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Aplicar protocolos cosméticos para fibroedema geloide.
  Elaborar protocolos cosméticos para lipodistrofia.
  Descrever os protocolos cosméticos empregados em casos de estrias.
Introdução
As disfunções corporais são importantes queixas de pacientes em clínicas 
de estética. As mais comuns são o fibroedema geloide (FEG), a lipodistrofia 
localizada (LDL) e as estrias que, por cursarem com modificações nos 
tecidos, causam queixas inestéticas comuns. 
A cosmetologia é uma das opções terapêuticas disponíveis aos pro-
fissionais de estética corporal para ser utilizada de maneira isolada ou 
associada a outras modalidades de tratamento em seus protocolos. 
Neste capítulo, você vai estudar os principais ativos cosméticos em-
pregados nas disfunções corporais de FEG, LDL e estrias e de que maneira 
esses ativos podem ser incorporados em protocolos de tratamentos 
corporais para essas disfunções. 
Protocolos cosméticos para o manejo
do fibroedema geloide
O FEG, conhecido popularmente por celulite, refere-se a uma disfunção que 
acomete os tecidos subcutâneo e cutâneo, associada a alterações vasculares 
que provocam aspecto inestético a essa disfunção. Quanto à etiologia, o FEG 
está associado a fatores como: sedentarismo, estresse, tabagismo, alterações 
hormonais e má alimentação, gravidez e uso de algumas medicações (GUIRRO; 
GUIRRO, 2010).
Fisiologicamente, ocorrem alterações estruturais na derme, na microcircula-
ção e nos adipócitos (células do tecido adiposo), que produzem o aparecimento 
dos sinais clínicos, como acolchoamento da pele, aparecimento de “furinhos” 
na pele e o chamado “efeito casca de laranja” (BORGES, 2010).
Histologicamente, a disfunção inicia com alterações nos adipócitos. Estas 
células encontram-se no tecido adiposo, entre a derme e o tecido muscular, e 
são responsáveis pelo metabolismo de lipídios. No aparecimento da disfunção, 
esses adipócitos passam a acumular mais gordura em seu interior, aumentando 
o seu tamanho. Como essa região é muito vascularizada por vasos sanguíneos 
e linfáticos, o aumento dos adipócitos faz com que os vasos sejam compri-
midos, de modo que haja maior acúmulo de metabolitos, redução da nutrição 
tecidual e retenção hídrica nessa região. Quando esta situação persiste, ocorrem 
alterações no tecido conjuntivo de maneira subsequente, com aumento da 
viscosidade dos líquidos da região e formação de fibrose, criando pequenos 
nódulos na região, além de ruptura de fibras elásticas (RIBEIRO, 2010). A 
Figura 1 demonstra essas alterações, sendo possível visualizar o aumento 
do tamanho dos adipócitos na pele com celulite, o que ocasiona compressão 
vascular, alterações na derme e aspecto de irregularidade na epiderme. 
Figura 1. Desenvolvimento do fibroedema geloide.
Fonte: Adaptada de oliavolha/Shutterstock.com.
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais2
De acordo com a intensidade dos sintomas, o FEG pode ser classificado 
em quatro graus distintos (RIBEIRO, 2010): 
Grau I: os adipócitos aumentam o seu volume, há uma redução na vascu-
larização local, com edema, mas ainda não é possível visualizar sinais na pele. 
Grau II: os sinais são semelhantes ao grau I, mas com maior acometimento, 
e podem ser evidenciados quando a região acometida é comprida. 
Grau III: as alterações na circulação e o edema levam ao surgimento de 
modificações estruturais na derme. Ao redor dos adipócitos ocorre a formação 
de proteínas reticulares, o que dá à celulite de grau III o aspecto de casca de 
laranja na pele, pela formação de fibrose na região. Além disso, nesta fase, pode 
acontecer a compressão de nervos, vasos linfáticos e sanguíneos, piorando o 
quadro de congestão venosa e linfática e, ainda, causando sintomas. 
Grau IV: os sinais e sintomas se agravam, ocorre a formação de nódulos 
fibróticos na derme. Além dos nódulos, é possível visualizar áreas de depressão 
que trazem um aspecto inestético à pele.
Conhecer os graus do FEG é essencial para escolher a melhor modalidade 
de tratamento, uma vez que cada fase se caracteriza por alterações anatômicas, 
funcionais e bioquímicas específicas. 
Dentre as modalidades de tratamento disponíveis para o FEG, cita-se o 
uso de ativos cosméticos. Os cosméticos empregados no tratamento do FEG 
precisam ter ação sobre as alterações histológicas citadas anteriormente. Por 
isso, eles agem inibindo a lipogênese (formação de triglicerídeos), aumentando 
a lipólise (quebra das moléculas de gordura), reestabelecendo a microcirculação 
local e reduzindo o edema local (RIBEIRO, 2010).
Vale lembrar que para cada grau de FEG serão utilizados cosméticos que irão atuar 
sobre as alterações evidenciadas em cada fase. Por exemplo, em graus mais avançados 
do FEG, quando há formação de fibrose, é necessário utilizar ativos cosméticos que 
auxiliem na redução das fibroses, de modo a melhorar o aspecto da disfunção. Neste 
sentido, podem ser divididos em: agentes que atuam na microcirculação, agentes 
que reduzem a lipogênese e estimulam a lipólise, agentes que atuam na estrutura da 
derme e do subcutâneo, e agentes antioxidantes (COSTA, 2012). 
Os cosméticos que agem na microcirculação irão atuar reduzindo o edema 
local e melhorando a circulação sanguínea e linfática no tecido acometido pela 
FEG. Neste caso, esses ativos atuam aumentando a resistência vascular, de 
modo a facilitar a reabsorção do edema e melhorar a circulação local. Neste 
grupo, encontram-se ativos como: as saponinas e os bioflavonoides, que são 
encontrados em extratos vegetais como castanha-da-índia, extrato de hera e 
ruscus (RIBEIRO, 2010), além de ginkgo biloba, extrato de Centella asiatica, 
silício, Carica papaya, Melilotus officinalis, dentre outros (COSTA, 2012).
3Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
  Extrato de ginkgo biloba: é rico em flavonoides, biflavonoides e ter-
peno, reduz a viscosidade sanguínea e melhora a perfusão sanguínea 
periférica nos capilares e arteríolas, apresentando ação antiedematosa 
que melhora o retorno venoso e a circulação arterial local. Além da 
sua ação na circulação, ginkgo biloba atua como potente antioxidante. 
  Extrato de Centella asiatica: estimula a drenagem linfática, a ativi-
dade dos fibroblastos e a síntese de colágeno na matriz extracelular. 
Além dos efeitos circulatórios e na derme, apresenta também atividade 
anti-inflamatória. 
  Ruscus melilotus: é um ativo rico em flavonoides, promove aumento 
da resistência dos capilares, diminui a permeabilidade vascular, reduz 
o edema e melhora a drenagem linfática. 
  Silício: é um componente estrutural dos tecidos conectivos que regula 
o metabolismo e a divisão celular. É utilizado no tratamento da celulite 
graças à sua ação na capilaridade venosa e na permeabilidade linfática, 
promovendo a melhora da microcirculação. 
  Carica papaya: apresenta efeito anti-inflamatório e redutor de edema. 
É utilizada no tratamento do FEG por apresentar atividade diurética, 
promover a redução do edema e melhorar a circulação.
  Melilotus officinalis: é geralmente recomendado no tratamento de 
pacientes com insuficiência venosa crônica e congestão linfática, em 
razão do seu efeito na redução da permeabilidade capilar e melhora 
da drenagem linfática. Esse ativo melhora a drenagem linfática e a 
microcirculação, tem ação antioxidante, inibe a elastase e a colagenase, 
apresenta efeito protetor nos capilares e melhora a oxigenação dos 
tecidos. 
  Extrato de hera: contém flavanoides e saponinas. Atua na celulite por 
promover a redução do edema, da permeabilidade capilar e melhora 
da drenagem venosa e linfática.
  Remoduline®: formado por bioflavonoides de laranja, atua estimulando 
a microcirculação (VANZIN; CAMARGO, 2011).
Oliveira (2014) cita, ainda, outros ativos com finalidade deatuar sobre a 
circulação: pimenta (ação estimulante, pois aumenta a circulação), gengibre 
(aumenta a circulação, tendo efeito estimulante), nicotinato de metila (utilizado 
no manejo de FEG, é ativador da circulação, causando hiperemia tecidual) e 
Rosmaris R® (atua na ativação da circulação, além de ter efeito lipolítico e 
anti-inflamatório).
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais4
Os cosméticos que reduzem a lipogênese e estimulam a lipólise atuam 
de modo a liberar moléculas de gordura pela ação da lipólise, evitando acú-
mulo no adipócito. Neste grupo, encontram-se ativos como: cafeína, teofilina 
e aminofilina, além de extratos vegetais com essa função, como extrato de 
guaraná e erva mate. Ativos como coenzima A e El-carnitina também atuam 
de modo semelhante aos cosméticos lipolíticos, pois agem contribuindo para 
a redução do volume do adipócito (RIBEIRO, 2010). Costa (2012) cita outros 
ativos com essa função:
  Cafeína: ação lipolítica. 
  Slymbuster H®: rico em saponinas e flavonoides, atua na lipólise e 
ainda auxilia na melhora da microcirculação. 
  Xantalgosil C®: atua estimulando a lipólise, além de ter ação firmadora. 
Muito utilizado em casos mais avançados de celulite.
  Regu Shape®: reduz a captação de lipídios pelos adipócitos.
  Slim Excess®: reduz o armazenamento de lipídios promovido pelo 
adipócito. 
  Liporeductyl®: formado por um composto de cafeína, ruscus, hera, inibe 
a lipogênese, estimula a microcirculação e ainda atua como antioxidante. 
  Argisil C®: estimula a lipólise nos adipócitos e ainda tem função anti-
fibrose, evitando a progressão dos nódulos de fibrose que se formam 
em um tecido acometido por FEG. 
  Extrato de guaraná®: por conter ativos como: cafeína, traços de teobro-
mina, teofilina, saponinas e óleo essencial, atua melhorando a circulação 
local (MILREU, 2012).
No grupo dos cosméticos que atuam na estrutura da derme e do subcu-
tâneo, encontram-se: retinoides, ácido linoleico e ácido petroselínico, indicados 
no tratamento do FEG. 
  Retinoides: este ativo melhora a circulação, reduz o tamanho dos adi-
pócitos e aumenta a deposição de colágeno na derme pela estimulação 
na síntese de colágeno, aumentando a espessura e a firmeza da derme, 
minimizando, assim, os sinais superficiais do FEG. 
  Ácido linoleico e ácido petroselínico: são descritos como potentes 
ativos na melhora da diferenciação epidérmica, redução da inflamação, 
aumento dos componentes da matriz extracelular e firmeza da pele. 
5Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
Algumas vitaminas têm a função de atuarem como agentes antioxidantes 
e formam o grupo dos cosméticos antioxidantes.
  Ácido ascórbico (vitamina C) e vitamina E: exercem efeitos antioxidan-
tes, protegendo as membranas celulares da derme e do tecido subcutâneo 
da toxicidade dos radicais livres. 
  Uvas rosadas: são ricas em tanino, que também é considerado antioxi-
dante e pode ser empregado no tratamento de FEG. 
  Argila verde: tem efeito antioxidante e descongestionante, podendo ser 
aplicada em protocolos para tratamento de FEG em graus menores. Sua 
ação se dá pelo aumento nas trocas iônicas entre os minerais contidos 
nos tecidos corporais e na argila, favorecendo a ação descongestionante 
e atuando no edema (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). 
Dentre os cosméticos utilizados para o manejo do FEG, a cafeína é o mais utilizado, por 
penetrar bem na pele, apresentar boa tolerância local e ainda proporcionar resultados 
efetivos (RIBEIRO, 2010).
Sugestões de protocolos cosméticos para FEG
Os protocolos corporais destinados ao manejo do FEG são variados, muitas vezes 
associando técnicas manuais, como massagens, drenagem linfática, equipamen-
tos, e de maneira associada aos cosméticos, todos com o objetivo de melhorar 
o metabolismo e a circulação sanguínea local, e diminuir o edema e a fi brose.
Protocolo de tratamento do FEG grau I
Passo 1: esfoliar o local com cosmético esfoliante físico. 
Passo 2: aplicar drenagem linfática manual em todo o membro acometido 
pela disfunção. 
Passo 3: realizar a aplicação de máscara de argila verde.
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais6
Perez e Vasconcelos (2014) orientam misturar a argila em pó com água 
destilada, soro fisiológico ou água termal para potencializar os efeitos desse 
mineral no tratamento. Além disso, se o objetivo é obter uma máscara mais 
cremosa, o profissional pode misturar o pó de argila com gel para realizar a 
aplicação da máscara.
Passo 4: aplicar creme hidratante corporal com ativos lipolíticos como: 
Slymbuster H®, Xantalgosil C®, Regu Shape®, Slim Excess®, Liporeductyl® 
e Argisil C®. 
Protocolo de tratamento do FEG grau II
Passo 1: esfoliar o local com esfoliante físico ou gomagem.
Passo 2: aplicar ultrassom com gel lipolítico (p. ex., coenzima A e El-carnitina). 
Passo 3: realizar massagem corporal com creme à base de ativos cosméticos 
que melhoram a circulação local, como o extrato de guaraná®.
Passo 4: fi nalizar com sérum corporal na área tratada com ativos que atuam 
na estrutura da derme e do subcutâneo, como as vitaminas C e E. 
Protocolo de tratamento FEG grau III
Passo 1: realizar a esfoliação da região com esfoliante ou gomagem.
Passo 2: aplicar ativo cosmético em spray com propriedades de aumentar a 
circulação local e causar a hiperemia, como gengibre, pimenta ou nicotinato 
de metila. 
Passo 3: realizar massagem modeladora nos locais que apresentam os 
nódulos do FEG com creme de massagem lipolítico (p. ex., coenzima A 
e El-carnitina). 
Passo 4: aplicar máscara no local com ativos antioxidantes e descongestio-
nantes, como à base de uvas rosadas. 
7Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
Protocolo de tratamento para FEG grau IV
Passo 1: esfoliação da região para melhorar a permeação dos ativos aplicados 
em seguida.
Passo 2: aplicar o ultrassom nas regiões em que há pontos de fi brose. 
Passo 3: realizar massagem modeladora com creme à base de extrato de 
ginkgo biloba, ou Centella asiatica, que atuam na melhora da circulação local. 
Passo 4: fi nalizar com máscara com ativos lipolíticos, à base de Xantalgosil 
C®, que atua estimulando a lipólise e reduzindo a fi brose em graus mais 
avançados de FEG.
A massagem modeladora é uma técnica que promove a remodelação do tecido 
conjuntivo, utilizando movimentos de deslizamento, amassamento, rolamento e fricção, 
auxiliando nos tratamentos de LDL ao criar calor e hiperemia por meio de pressão 
mecânica, causando aumento da circulação sanguínea e maior gasto energético, 
melhorando os contornos corporais (CRIPPA, 2016).
Perez e Vasconcelos (2014) sugerem que os protocolos de tratamento para 
o FEG com uso de cosméticos podem ser potencializados com a utilização 
de filme osmótico. Após a aplicação das máscaras, a pele da região pode ser 
totalmente ocluída com o filme plástico para manter a temperatura local e 
facilitar a permeação dos ativos cosméticos aplicados. O filme pode perma-
necer por até 30 minutos.
Oliveira (2014) sugere que os protocolos de manejo do FEG sejam 
iniciados, independente do grau da FEG, com no mínimo duas sessões 
de drenagem linfática manual para descongestionar os tecidos e, após 
isso, dar sequência às outras modalidades de tratamento que podem ser 
inseridas nos protocolos. 
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais8
Protocolos cosméticos para manejo
da lipodistrofia localizada
A lipodistrofi a localizada (LDL) é uma disfunção que acomete o tecido adi-
poso, em que ocorre acúmulo da gordura em locais específi cos do corpo 
(BRAGA; LOUSADA, 2018). O tecido adiposo está localizado logo abaixo da 
derme e tem como principal função o armazenamento de energia, em forma 
de triglicerídeos, que fi cam armazenados dentro dos adipócitos, que são as 
células do tecido adiposo. A LDL acontece quando a reserva de triglicerídeos 
encontra-se em excesso em algumas regiões do corpo, mesmo sem o indivíduo 
estarobeso. Nessas situações, o corpo fi ca com uma distribuição irregular 
de gordura, causando a queixa estética. A Figura 2 demonstra esse acúmulo 
anormal de gordura em algumas regiões.
Figura 2. Mecanismo de formação da LDL.
Fonte: Adaptada de Picture Store/Shutterstock.com.
Dobras da pele
Células de gordura
sobrecarregadas
Camada cheia de
gordura
Tecido conectivo
Os locais de maior acúmulo de gordura são diferentes em homens e mulhe-
res. Enquanto homens acumulam maiores quantidades de gordura localizada 
no tronco e abdome, as mulheres têm maior acúmulo em regiões de membros 
inferiores, glúteos, nádegas e abdome. 
A existência de gordura localizada é um problema multifatorial, que envolve 
desde fatores hormonais, ambientais, dietéticos e genéticos. A influência 
hormonal faz com que a gordura fique depositada em locais específicos em 
9Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
homens e mulheres. A influência ambiental está relacionada ao sedentarismo 
e à não realização de atividade física regular, assim como dietas calóricas, 
sobretudo ricas em carboidratos e gorduras, que levam ao acúmulo de gordura 
em algumas regiões (VANZIN; CAMARGO, 2011).
No geral, os tratamentos para a gordura localizada se pautam em buscar 
um equilíbrio entre lipólise (quebra das moléculas de gordura) e lipogênese 
(armazenamento das moléculas de gordura dentro do adipócito), ou na es-
timulação da lipólise, de modo que o organismo promova mais “quebras” 
dessas moléculas, gerando energia e evitando acúmulo em áreas indesejadas 
(VANZIN; CAMARGO, 2011).
A lipólise pode ser estimulada por diversas formas, dentre elas, com a 
utilização de cosméticos indutores de lipólise, que auxiliam de forma eficaz 
na redução das medidas. 
Borges (2010) comenta que a cosmetologia pode ser empregada no trata-
mento de LDL, utilizando princípios ativos com grande capacidade de per-
meação e capazes de promover o aumento da circulação sanguínea e linfática, 
além de ativos que agem estimulando a lipólise. Os ativos citados a seguir 
agem na circulação linfática e sanguínea, potencializando-a.
  Extrato de Centella asiatica: ativador da circulação local.
  Extrato de hera: aumento da microcirculação linfática e sanguínea.
  Cavalinha: ativador da circulação, adstringente e cicatrizante.
  Bétula: estimulante da circulação.
  Chá verde: utilizado para gordura localizada de maneira coadjuvante 
a outros ativos, tem ação diurética e tônica-estimulante, melhorando a 
circulação e o metabolismo local (MILREU, 2012).
Os ativos descritos a seguir atuam de maneira associada, promovendo, 
além de efeitos benéficos na circulação, estímulo à lipólise. 
  Amarashape®: utilizado para delineamento de curvas e para redução de 
gordura localizada. Atua diretamente sobre o adipócito estimulando a 
lipólise e, indiretamente, melhorando a circulação local, pois em sua 
composição há presença de cafeína (VANZIN; CAMARGO, 2011). 
  Slimbuster L®: atua também reduzindo medidas, tem em sua composição 
óleo de café verde e fitoesteroides, que atuam sobre o metabolismo dos 
adipócitos, evitando o acúmulo de gordura (VANZIN; CAMARGO, 2011).
  Adipol: é um complexo de extrato de hera, extrato de bile e um tensoativo 
especial. O extrato de bile é composto pelo ácido cólico, ácido taurocí-
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais10
lico, pigmentos, lecitina, mucina, ácidos graxos neutros, nucleoproteínas, 
fosfatídeos, sais de cobre, ferro, magnésio, potássio e cálcio. O extrato 
de hera é rico em flavonoides, taninos, ácidos orgânicos, saponinas, 
atuando como descongestionante dos fluidos teciduais, carreador li-
pofílico, anti-inflamatório e lipolítico. É indicado no tratamento de 
adiposidades localizadas (MILREU, 2012).
Muitos cosméticos aplicados ao tratamento de FEG são também utilizados 
no tratamento de LDL, uma vez que ambos têm o tecido subcutâneo com 
algum grau de alteração. Ativos que aumentam a circulação local e que 
induzem a lipólise são comumente utilizados nas duas disfunções, como, 
por exemplo, o adipol. 
Sugestões de protocolos cosméticos para 
lipodistrofia localizada
Os protocolos de tratamento para LDL costumam associar o uso de cosméticos 
e, relacionado a isso, o uso de técnicas que aumentam o gasto calórico, de 
modo a aumentar a lipólise local e mobilizar a gordura, evitando que ela fi que 
acumulada na região.
As técnicas manuais podem ser utilizadas, como a massagem modeladora, 
turbinada e bambuterapia, de modo a aumentar o metabolismo local. Sendo 
indicado, ainda, o uso associado de ativo cosmético lipolítico, que aumenta a 
circulação local, e descongestionante associado às técnicas manuais. 
A crioterapia (que é o uso de ativos crioterápicos) para estimular a lipólise é 
um tratamento muito utilizado, associado à massagem modeladora, ultrassom, 
endermologia, eletrolipólise, dentre outros (PERES; VASCONCELOS, 2014)
Protocolo 1: tratamento da LDL com massagem modeladora
Passo 1: esfoliar o local.
Passo 2: esfoliar a pele da região a ser tratada com cosmético esfoliante físico. 
Passo 3: aplicar a técnica de eletrolipólise nas regiões a serem tratadas, se-
guindo recomendações do fabricante. 
Passo 4: aplicar massagem modeladora com uso de creme à base de Slimbuster 
L®, que atua reduzindo medidas e evitando acúmulo de gordura. 
11Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
Protocolo 2: tratamento de LDL com ultrassom 
e massagem turbinada
Passo 1: higienizar a pele.
Passo 2: esfoliar a região a ser tratada. 
Passo 3: aplicar a técnica de ultrassom nas regiões afetadas pela LDL.
Passo 4: realizar massagem turbinada com o uso de creme lipolítico, com adipol. 
Alguns dos ativos cosméticos indicados para tratamento do FEG e da LDL podem ser 
formulados ou adicionados em géis, de modo a serem acoplados no transdutor do 
ultrassom, facilitando a penetração desses ativos na pele (BORGES, 2010). 
Protocolo 3: tratamento de LDL com máscara de chá verde
Passo 1: higienizar a pele. 
Passo 2: esfoliar a região. 
Passo 3: realizar a massagem modeladora com uso de creme ou gel com 
Amarashape®.
Passo 4: aplicar máscara de chá verde, que é utilizado para gordura localizada, 
pois tem ação diurética e tônica-estimulante, melhorando a circulação e o 
metabolismo local. Manter a região ocluída em fi lme osmótico de PVC por 
20 minutos e, após, fazer a remoção.
Protocolo 4: tratamento de LDL com bambuterapia
Passo 1: higienizar a pele.
Passo 2: realizar esfoliação física.
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais12
Passo 3: aplicar a bambuterapia com ativos cosméticos que aumentam a 
circulação local, como: Centella asiatica, hera, cavalinha ou bétula.
Passo 4: realizar a aplicação de fl uido em spray com adipol. 
Além da aplicação dos protocolos pelo profissional, é importante que al-
gumas orientações façam parte do plano de tratamento do paciente, incluindo 
a realização de atividade física regular e uma alimentação balanceada. Além 
disso, após a finalização do protocolo de LDL, quando este se aplica à região 
abdominal, utiliza-se uma cinta compressiva no abdome por 3 horas após a 
finalização do protocolo, de modo a potencializar os efeitos. 
Protocolos cosméticos para manejo de estrias
As estrias são caracterizadas como disfunções dermatológicas que cursam com 
o aparecimento de lesões atrófi cas lineares paralelas, que obedecem às linhas 
de clivagem da pele. As lesões costumam ter de 5 a 10 cm de comprimento, 
e comprometem mais a região de abdome, coxas, glúteos, mamas e região 
sacrolombar (BORGES, 2010).
As estrias podem ser causadas por uma série de fatores, como obesidade, gestação, 
estados infecciosos, uso excessivo de corticoides, aumento exagerado e rápido de 
músculos e crescimento rápido durante a puberdade (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
DERMATOLOGIA, c2017).
Normalmente, as lesões acontecem porque a pele sofre uma distensão 
excessiva ou abrupta que desencadeia, inicialmente, uma inflamaçãoe, 
posteriormente, o rompimento das fibras elásticas e colágenas da derme. A 
Figura 3 demostra o mecanismo de formação das estrias, no qual é possível 
visualizar as fibras de colágeno e elastina rompidas em uma pele acometida 
por estrias. 
13Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
Figura 3. Mecanismo de formação de estrias.
Fonte: Adaptada de Cessna152/Shutterstock.com.
Fisiologicamente, em uma fase inicial, as estrias se apresentam como um 
processo inflamatório da derme, com vasos capilares dilatados, de modo que 
tenham uma cor levemente rosada. Além disso, nessa fase, há predominância 
de edema importante da derme e edema perivascular, com aumento das células 
inflamatórias na região acometida. Com o passar do tempo, as estrias se tornam 
mais escuras, com aspecto roxo-avermelhado. Posteriormente a esta fase, que 
pode durar anos, as estrias assumem um aspecto esbranquiçado, parecendo 
hipopigmentadas, fibróticas e aplainadas. A derme, nessa fase, tem as suas 
fibras elásticas com alterações importantes, com redução no número e da 
qualidade das fibras elásticas. Isto, porque essas fibras, que são produzidas 
pelos fibroblastos, encontram-se quiescentes (BORGES, 2010). 
Quanto à nomenclatura, Ribeiro (2010) comenta que as estrias podem 
ser classificadas em três tipos, de acordo com a fase que se encontram. Es-
trias rosadas: encontram-se na fase mais inicial, com formação de processo 
inflamatório local. Estrias atróficas: encontram-se na fase intermediária, 
apresentam-se na forma de linha flácida hipocrômica. Estrias nacaradas: têm 
coloração branca-acinzentada, com 2 a 4 mm de espessura, com flacidez local 
e pregueamento da epiderme.
Dentre os tratamentos disponíveis para as estrias, cita-se o uso de ativos 
cosméticos. Neste caso, os cosméticos atuarão promovendo aumento da 
renovação celular, estimulando os fibroblastos na produção de fibras de 
elastina e na melhora da elasticidade e hidratação da pele (VANZIN; CA-
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais14
MARGO, 2011). Entretanto, vale ressaltar que os cosméticos empregados 
no manejo de estrias não recuperam totalmente o tecido estriado lesado. 
Esses ativos agirão de modo a reduzir a formação e a intensidade das 
estrias, ou seja, eles auxiliarão na redução da profundidade e extensão 
das lesões. Além disso, podem ser empregados cosméticos com finalidade 
preventiva, atuando na redução da incidência dessa disfunção. 
O sucesso no tratamento de estrias é maior quando realizado em estrias mais 
jovens, quando comparado ao tratamento de estrias mais antigas. Além disso, 
são empregadas mais de uma modalidade consecutivamente para o manejo de 
estrias. Além da aplicação de protocolos no consultório ou clínica, o paciente 
deve utilizar formulações cosméticas que também irão estimular os fibroblastos e 
ainda hidratar a pele (VANZIN; CAMARGO, 2011). Os cosméticos empregados 
no manejo de estrias atuam por meio do incentivo da hidratação cutânea, da 
melhora da circulação local e da regeneração dérmica (RIBEIRO, 2010).
Em estrias rosadas, o objetivo é melhorar a circulação local e reduzir o 
quadro inflamatório local, sendo assim, nessa fase são indicados ativos anti-
-inflamatórios e hidratantes, enquanto que em estrias nacaradas ou atróficas 
não há mais processo inflamatório agudo, por isso os cosméticos devem 
estimular os fibroblastos na síntese de colágeno e elastina, além de melhorar 
a hidratação da pele. 
O uso de ativos cosméticos para peelings químicos também pode ser em-
pregado, como o ácido retinoico e o ácido glicólico que, quando aplicados 
sobre a pele estriada, removem a camada córnea e aceleram a renovação celular 
(VANZIN; CAMARGO, 2011). Segundo Costa (2012) e Baumann (2004), os 
seguintes elementos também são benéficos:
Ácido hialurônico: sua ação está pautada no estímulo da atividade dos 
fibroblastos e, com isso, o aumento da produção de colágeno, que pode ser 
mais bem absorvido pela pele se for aplicado por meio de massagem.
Centella asiatica: seu efeito nas estrias se dá pelo estímulo à atividade 
dos fibroblastos e um efeito antagônico aos glicocorticoides, que é uma das 
causas de estrias.
Ácido retinoico: estimula a neocolagênese, aumentando as fibras novas 
não danificadas e melhorando o aspecto clínico das estrias já instaladas. Os 
retinoides, além de inúmeros efeitos na epiderme e derme humanas, são os 
agentes tópicos que estimulam a neocolagênese com maior evidência científica. 
Alfa-hidroxiácidos (ácidos glicólico, láctico, málico, tartárico e cítrico): 
envolvem uma série de ácidos que podem ser aplicados de modo a acelerar 
a renovação celular. Desses, o ácido glicólico é o mais utilizado e o seu uso 
prolongado reflete em melhora da textura da pele. Essa propriedade pode ser 
15Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
parcialmente explicada por sua capacidade de induzir a síntese dérmica de 
ácido hialurônico e de componentes pelos fibroblastos, resultando em melhor 
hidratação e espessura dessa camada. 
Vitamina C: por ser um ativo pouco irritativo e anti-inflamatório, penetra 
no estrato córneo e pode ser efetiva no tratamento de estrias. 
O uso associado de vitamina C (ácido ascórbico) e ácido glicólico tem um efeito 
sinérgico, fazendo com que a sua associação na mesma fórmula seja muito interessante 
no manejo de estrias (COSTA, 2012).
Ribeiro (2010), Costa (2012) e Vanzin e Camargo (2011) citam outros ativos 
empregados no manejo das estrias: 
Extrato de trigo: apresenta propriedades antioxidantes e, por isso, atua na 
reepitelização cutânea. Além disso, estimula a migração leucocitária e ativa 
a síntese de fibroblastos. 
Aloe vera: tem ação anti-inflamatória, cicatrizante e hidrante, devendo ser 
utilizada, principalmente, na fase inicial das estrias. 
Bromelina: este ativo atua esfoliando a pele, acelerando a renovação celular 
e melhorando o aspecto das estrias.
D-pantenol: contribui na formação de células na epiderme, acelera a 
regeneração celular, melhora o processo inflamatório e ainda hidrata a pele.
Extrato de laranja: contém em sua composição vitaminas C e A, óleos 
essenciais e citro flavonoides, por isso atua na redução da inflamação, melhora 
da microcirculação e da elasticidade pela maior hidratação cutânea.
Extrato de papaya: esfoliante e reduz a inflamação cutânea.
Extrato de limão: contém ácido cítrico e citro flavonoides, que melhoram 
a elasticidade da pele, têm efeito antioxidante e melhoram a hidratação da pele.
Escina: atua no aumento da circulação local e tem efeito anti-inflamatório.
Hidrolisado de proteínas: empregado para melhorar a elasticidade da 
pele, pela hidratação da camada córnea.
Lanolina: tem interação com lipídios da camada córnea, formando um 
filme hidratante protetor na pele.
Óleo de rosa-mosqueta: forma um filme lipolítico na pele, promovendo 
hidratação e regeneração.
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais16
Vitamina F: aumenta a regeneração tecidual por estímulo à mitose na 
epiderme. 
Aosaine®: é um estimulador de células novas e de proteínas de sustentação, 
como colágeno e elastina, por isso está indicado no manejo de estrias. Atua 
por meio da inibição da elastase (enzima que degrada as fibras de elastina da 
pele) e aumenta a síntese de proteínas.
Hydroxyprolisilane CN®: atua na regeneração e na cicatrização tecidual, 
aumentando a qualidade das fibras de colágeno e elastina, melhorando a es-
trutura da derme. É um ativo que pode ser utilizado diariamente em ambiente 
domiciliar e pode ser empregado na prevenção de estrias em gestantes a partir 
do primeiro trimestre gestacional. 
Sugestões de protocolos cosméticos para estrias
Os protocolos atuais de tratamento para estrias incluem, além de ativos cos-
méticos, o uso de microdermoabrasão, lasers, carboxiterapia e a realização 
dos peelings químicos. Além disso, podem ser empregados tratamentos como 
eletrolifting com agulhas. 
Protocolo 1: tratamento de estrias atróficase nacaradas
Passo 1: higienizar a região com sabonete líquido.
Passo 2: esfoliar a região com cosmético esfoliante físico. 
Passo 3: aplicar peeling químico com ácido retinoico; aguardar o tempo de 
ação do produto conforme orientação do fabricante.
Passo 4: aplicar máscara no local com óleo de rosa-mosqueta, que forma 
um fi lme lipolítico na pele, promovendo hidratação e regeneração do tecido.
Protocolo 2: tratamento de estrias atróficas e nacaradas 
com uso de eletrolifting
Passo 1: realizar a higienização do local.
Passo 2: aplicar esfoliação mecânica com o uso de microdermoabrasão por 
meio do peeling de diamante ou peeling de cristal, intensifi cando a esfoliação 
sobre as estrias.
17Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais
Passo 3: aplicar a técnica de eletrolifting sobre as estrias. Essa técnica atua 
por meio da estimulação dos fi broblastos (células responsáveis pela síntese 
de colágeno e elastina na pele). 
Passo 4: aplicar sobre as estrias sérum à base de Aosaine®, para estimular a 
síntese de colágeno e elastina.
Protocolo 3: tratamento de estrias atróficas e nacaradas 
com uso da carboxiterapia
Passo 1: higienizar a região.
Passo 2: realizar esfoliação física com uso de cosmético esfoliante.
Passo 3: aplicar a carboxiterapia nas estrias da região a ser tratada.
Passo 4: aplicar máscara calmante à base de D-pantenol, que contribui na 
formação de células na epiderme, acelera a regeneração celular, melhora 
o processo infl amatório causado pela aplicação da carboxiterapia e ainda 
hidrata a pele.
Protocolo 4: tratamento de estrias rosadas
Nestas estrias há um processo infl amatório ativo, logo, o objetivo do tratamento 
é reduzir a infl amação local com o uso de ativos cosméticos anti-infl amatórios.
Passo 1: higienizar a pele.
Passo 2: esfoliar a região com estrato de papaya.
Passo 3: aplicar máscara com aloe vera, que tem ação anti-infl amatória.
Passo 4: aplicar sérum com vitamina C, que também tem ação anti-infl amatória.
Também é recomendável orientar o uso de ativos hidratantes no ambiente 
domiciliar, como cremes com ácido hialurônico ou hidrolisado de proteínas, 
para melhorar a elasticidade da pele e evitar o aparecimento de novas estrias.
Protocolos de tratamento para desordens estéticas corporais18
Perez e Vasconcelos (2014) sugerem que, no tratamento de estrias, as sessões 
devem ser realizadas semanalmente, e nas situações em que existem muitas 
áreas acometidas por estrias, as sessões podem ser realizadas duas vezes na 
semana, intercalando a área a ser tratada.
Durante a aplicação de protocolos para manejo de estrias, o paciente deve ser orientado 
a evitar exposição solar, uma vez que os tratamentos em alguns casos causam irritação 
cutânea, e a exposição solar subsequente pode causar hiperpigmentação nessas 
regiões (PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
Em relação aos protocolos citados para FEG, LDL e estrias, todos eles são 
sugestões. É importante que o protocolo seja definido pelo profissional após a 
avaliação do paciente, que inclui desde a anamnese até o exame físico, verificando 
a disfunção apresentada, o nível de gravidade dos sinais e sintomas e, ainda, as 
melhores modalidades de tratamentos cosméticos para a situação encontrada. 
Além disso, os protocolos planejados pelo profissional podem sofrer mudanças 
ao longo do tratamento, de acordo com a evolução apresentada pelo paciente. 
Para ampliar os resultados dos cosméticos aplicados a essas disfunções 
corporais, é essencial que o profissional oriente o paciente a respeito dos 
cuidados com a pele no ambiente domiciliar, com o uso de ativos cosméticos 
específicos para a disfunção. 
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