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Antropologia e Cultura Brasileira_Desafio_2024

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Antropologia e Cultura Brasileira_Desafios_2024 
 
Tópico 1 - O que é antropologia, ramificações e atribuições 
Leia as afirmações a seguir baseadas na observação sobre o senso comum: 
 
Analise, do ponto de vista evolucionista, por que essas cinco ideias ganharam força nessa ramificação da 
Antropologia. Em seguida, proponha argumentos que refutem as afirmações. 
 
Padrão de resposta esperado 
O evolucionista entendia que todos os povos existentes se encaixavam numa única linha civilizatória, e tinha 
como parâmetro que os povos indígenas seriam a infância da humanidade e os europeus o auge da civilização 
numa perspectiva etnocentrista. Acompanhe os argumentos que refutam as afirmações apresentadas: 
1) O índio é genérico: ele não é genérico, pois existem inúmeras etnias com suas especificidades, e não podemos 
generalizá-las. 
2) Os índios são atrasados: considerar os índios como atrasados é não perceber a pluralidade de etnias e achar 
que cultura não se modifica. Isso não é verdade, pois qualquer cultura se modifica ao longo do tempo. 
3) Os índios fazem parte do passado: atualmente, existem inúmeras tribos indígenas, ainda que muitas estejam 
em locais mais afastados dos centros urbanos. 
4) O brasileiro não é índio: quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles também se relacionaram com os 
índios, e muito do nosso sangue brasileiro tem a participação do sangue indígena. 
5) As culturas indígenas estão congeladas no tempo: nenhuma cultura está congelada no tempo. 
 
Tópico 2 - Panorama da antropologia 
 
A Antropologia tem por objetivo compreender os mais diversos aspectos que fazem parte do ser humano. Por 
meio dessa ciência, é possível entender questões socioculturais, a partir de aspectos como a religiosidade, a 
raça, a cor ou as finanças de um indivíduo. Sendo assim, os estudos antropológicos fazem uso de outras 
abordagens científicas, de modo a amplificar suas capacidades. Sociologia, História e Geografia são alguns dos 
exemplos de estudos que fazem parte da ampla busca da Antropologia pelo encontro do ser humano e da 
sociedade em que ele vive. 
Considerando esse contexto, imagine-se na situação apresentada a seguir. 
 
De que maneira você responderia a esse questionamento? Quais argumentos utilizaria? Justifique. 
 
Padrão de resposta esperado 
É fundamental explicar que a Antropologia permite ser observada de diversas maneiras. Assim, a história e a 
política podem ser úteis para falar sobre a formação humana. 
Você poderia falar brevemente sobre o fim do regime militar brasileiro, em 1985.Pois, a partir disso, ocorreu a 
abertura política e foi proposta uma eleição para a formação do novo governo brasileiro, após fortes 
manifestações da população por eleições diretas, conhecidas como Diretas Já. Dessa forma, foi realizada uma 
eleição indireta, tendo sido eleito Tancredo Neves, que faleceu sem ser empossado. O governo foi assumido por 
seu vice, José Sarney. Em 1989, foi realizada a primeira eleição direta do Brasil, tendo como presidente eleito 
Fernando Collor de Mello, empossado no ano seguinte. Em 1992, Collor sofre o impeachment e é sucedido por 
Itamar Franco. 
Esse seria um levantamento antropológico sobre a pergunta feita pelo aluno, visando à percepção dos 
acontecimentos políticos da história para serem observadas as características das dimensões envolvidas no 
processo de evolução da democracia. A Antropologia é um estudo capaz de enxergar as várias ciências e trazer 
para si aspectos que completem seus estudos. Assim, por meio do estudo da Antropologia, é possível 
compreender a evolução política e social de uma sociedade, observando as mudanças propostas a partir de 
fatos complexos e importantes. 
 
 
Tópico 3 - A história da Antropologia 
 
Diante da leitura do excerto que segue, elabore uma defesa ou um parecer contrário à relação das políticas de 
cotas com a Antropologia. O texto deve conter os fundamentos para sua adesão ou não necessidade de política 
de cotas, tendo por base os argumentos de cunho antropológico. 
"Na relação entre antropologia e educação abre-se um espaço para debate, reflexão e intervenção, que acolhe 
desde o contexto cultural da aprendizagem, os efeitos sobre a diferença cultural, racial, étnica e de gênero, até 
os sucessos e insucessos do sistema escolar em face de uma ordem social em mudança. 
Nesse sentido, como ciência e, em particular, como ciência aplicada, antropologia e antropólogos estiveram, no 
passado e no presente, preocupados com o universo das diferenças e das práticas educativas. Se, como diz Galli, 
tais questões fazem convergir os estudos da cultura, no caso da antropologia, e dos mecanismos educativos, no 
caso da pedagogia, possibilitando a existência de uma antropologia da educação - tema e produto de uma 
grande conversa do passado -, isto também ocorre no presente, posto que a antropologia e a educação 
estabelecem um diálogo, do qual faz parte, também, o debate teórico e metodológico das chamadas pesquisas 
educativas, relacionadas às diversas e diferentes formas de vida que, neste final de século, estão ainda a desafiar 
o conhecimento. 
Em jogo, as singularidades, as particularidades das sociedades humanas, de seus diferentes grupos em face da 
universalidade do social humano e sua complexidade através dos tempos e, em particular, num mundo que se 
globaliza. Resta, pois, conhecer um pouco dessa história. (GUSMÃO, 2012). De fato, compreender as causas de 
uma política educacional malsucedida ou o porquê de determinados grupos sociais possuírem rendimento 
escolar diferenciado que os coloca em condição inferior na disputa por uma vaga nas universidades públicas, é 
de suma importância para a Antropologia. 
Questões como a formação cultural, diversidade étnica, entre outras devem ser muito bem conhecidas pelos 
educadores para que não se incorra no erro de se impor determinado modelo de educação formal, em 
detrimento das qualidades e condições pessoais de cada indivíduo, principalmente nos anos iniciais do ensino 
básico. Desconsiderar a formação cultural peculiar a cada grupo ou segmento social e impor-lhes uma educação 
formatada de acordo com os grupos sociais dominantes tem sido um dos maiores erros do processo educacional 
e que tem levado a altos índices de evasão, dificuldades de aprendizagem e ao final, como consequência, a 
natural dificuldade de ser aprovado nos concorridos processos de seleção das universidades públicas. 
Aliás, a própria seleção é apresentada com um formato que desconsidera a diversidade cultural dos alunos 
egressos do Ensino Médio. Nesse sentido, citando apenas um dos aspectos dessa desconsideração do 
conhecimento e da cultura do aluno, Vieira, tratando da importância da antropologia da educação na formação 
de professores, destaca:Mas é verdade que o processo de ensino-aprendizagem na escola, com as suas 
metalinguagens, impõe-se hegemonicamente não só aos alunos de culturas com pouca proximidade com a 
escrita e leitura, e, também, às suas famílias, construindo, não só o insucesso e uma avaliação pela negativa, 
como também uma consciência de não ser capaz. Para subir os patamares da escada do saber escolar, a criança 
fica no dilema de se transformar em pouco escolarizado com poucas habilitações literárias ou reprovado, a via 
mais fácil para a sobrevivência do seu próprio eu cultural, e tantas vezes no seu próprio grupo doméstico, fugir 
da escola para trabalhar a terra, ou então, em se deixar e conseguir construir um oblato, o que implica a perda 
de sua memória e a adulteração da sua mente cultural. (VIEIRA, 2012). 
O fato é que, em razão do desconhecimento das individualidades de cada aluno e dos aspectos antropológicos 
atinentes aos diversos grupos sociais, étnicos e raciais que compõem o universo da população escolar do ensino 
médio, o modelo de educação formal que se tem trabalhado direciona-se tão somente àqueles setores sociais 
da população, que, coincidentemente, são aqueles mais favorecidos por esse processo educacional ao longo da 
históriado ensino no Brasil. Assim, se esse processo já é construído, e desde os ensinos fundamental e médio, 
é direcionado a excluir determinadas formações culturais e a beneficiar outras, a consequência lógica é que, 
também, em um concurso vestibular ou outra forma de seleção qualquer, que tem por base avaliar exatamente 
esse processo excludente, apenas aqueles anteriormente beneficiados obterão sucesso.” 
Padrão de resposta esperado 
A política de cotas deve ser levada em consideração, uma vez que uma breve passada de olhos pela nossa 
história recente, tendo como base estudos de antropologia social, comprova que nossa população tem uma 
diferença enorme na sua construção. Desde a sua própria formação, determinadas pessoas estão ausentes do 
acompanhamento estatal, e isso acaba por criar um fosso imenso que, de alguma maneira, pode ser minorado 
com essa política. 
Assim, não trata-se apenas como querem muitos de auferimento de méritos para o acesso à universidade, 
qualquer estudo antropológico que dê conta da diversidade em nosso país pode perceber que há distorções na 
formação básica, bem como, de feição subjetiva, ou seja, há mundos que não se intercambiam dentro de uma 
sociedade ainda eivada de preconceitos, por isso mesmo, faz-se necessário estudos dessa importância para que 
torne evidente que a questão das cotas procura, de alguma maneira, colocar em rota de multiculturalismo aquilo 
que até então fora conduzido sempre como cultura de dominação. 
Entender a estrutura antropológica de formação do povo, necessariamente contribui para a identificação das 
brechas deixadas por um histórico de colonização sobremaneira, do pensamento. A formação de qualidade 
como privilégio de uma determinada classe tornou as universidades singulares, deixando a riqueza da 
pluralidade de fora delas. Um local no qual o ensino se quer universal, não pode apenas ter ouvidos e vozes de 
apenas uma cor e região. 
 
 
Tópico 4 - O homem como objeto do estudo da antropologia 
 
A antropologia tem por objeto de estudo o homem. Por isso, relaciona-se direta e indiretamente com várias 
outras disciplinas de diversos ramos, como temas de ciências sociais e ciências biológicas. Do mesmo modo, a 
antropologia tem diferentes aplicações e considera a diversidade que compõe a sociedade, como os povos 
indígenas. 
Confira a seguinte situação: 
 
Considerando o tema em discussão e pensando nas diferentes culturas e na relação entre a antropologia e o 
direito, responda: 
A identidade étnica do indígena no Brasil vem sendo perdida com o passar do tempo na sociedade moderna? 
Para defender seu ponto de vista, apresente argumentos com base nos estudos antropológicos e na relação 
destes com o direito, especialmente com base na Constituição. 
Padrão de resposta esperado 
De acordo com a antropologia, não se pode afirmar a perda de uma identidade étnica em uma sociedade, mas, 
sim, sua transformação, considerando o processo de colonização e as violências vivenciados pelos povos 
indígenas no Brasil ainda hoje, bem como a instituição de uma sociedade democrática e de sujeitos de direito a 
partir da Constituição Federal de 1988. 
O conceito de cultura na antropologia representa um fenômeno dinâmico, e não estanque — parado no tempo, 
imutável. A importância da antropologia reside, principalmente, em se tratar de uma ciência que considera o 
homem, na condição de um ser humano complexo, em todas as suas dimensões como objeto de estudo, de 
modo interdisciplinar. 
Assim, com a antropologia, aprende-se que não se deve utilizar os valores da nossa cultura para analisar outras 
culturas, mas procurar conhecer suas dimensões históricas, culturais e sociais para entendê-las em suas 
diferenças e peculiaridades. 
Nesse sentido, a relação entre antropologia e direito contribui para: 
• a análise dos fatores culturais, políticos e sociais (além dos aspectos legais) que perpassam o mundo jurídico 
e a atuação dos operadores do direito; 
• os estudos empíricos de diversas sociedades, grupos sociais e regras estatais e não estatais; 
• a abordagem pluralista do direito ante a diversidade cultural e social e a multiplicidade de manifestações do 
direito na vida humana. 
 
 
Tópico 5 - O etnocentrismo 
 
A Política Nacional de Assistência Social, aprovada em 2004, tem como diretriz a centralidade da família como 
unidade de referência, por meio do principal serviço da Proteção Social Básica do SUAS: o serviço de Proteção e 
Atendimento Integral à Família (PAIF). Assim, a operacionalização desse sistema ocorre por meio do Centro de 
Referência de Assistência Social (CRAS), que se apresenta como a “porta de entrada” da proteção social básica 
e é um serviço territorializado cujo objetivo é atuar preventivamente às situações de vulnerabilidade e risco 
social. 
 
O serviço majoritariamente acompanha as mulheres como representantes da unidade familiar. Por isso, 
observou que, com o passar do tempo, a presença dele, único homem que demandava acompanhamento, 
passava a se tornar incômoda. Era constante o questionamento de colegas sobre o porquê de um homem 
procurar auxílio no CRAS, o porquê de não estar procurando emprego, entre outros aspectos. Diante disso, às 
vezes, de forma velada, outras explicitamente, ele passava por situações de constrangimento e humilhação. Por 
isso, deixou de frequentar o serviço após manifestar que se sentia discriminado. 
Com o objetivo de compreender as dificuldades manifestas pela equipe em acompanhar esse homem, você deve 
analisar as dificuldades e recomendar novas possibilidades para pensar cenários semelhantes. 
Padrão de resposta esperado 
A partir da observação de um estigmatizado sobre uma vivência masculina, compreende-se que há um padrão 
cultural compartilhado de que família e vulnerabilidade são questões femininas. 
Com o intuito de evitar a relação entre serviço e usuário pautada em uma psicologização e culpabilização de 
usuários, é necessário reavaliar as concepções culturais compartilhadas entre colegas, a fim de considerar 
efeitos de classe, gênero e raça na constituição da visão de mundo dos profissionais e na produção das práticas 
de intervenção. 
 
 
Tópico 6 - O relativismo cultural 
 
A constituição da gravidez na adolescência como um problema social é recente e há algumas condições sociais 
que propiciaram a emergência dessa questão como mobilizadora de diferentes atores. A visibilidade do 
fenômeno acompanha algumas mudanças, como, por exemplo, nos padrões de gênero para as mulheres e as 
concepções sobre as fases da vida, que redefiniram as expectativas para a adolescência. Esses fatores 
influenciaram o olhar que passou a se dar para a gravidez precoce e a sua emergência como problema em 
discursos médicos e psicológicos. 
 
 
Sendo assim, com o objetivo de realizar uma intervenção que faça sentido às experiências locais, você deve 
propor uma ação que inclua as adolescentes como protagonistas do debate sobre o tema "parentalidade, 
sexualidade e gravidez na adolescência". 
Explique como seria essa ação. 
Padrão de resposta esperado 
A ação pode se dar por meio da organização de um grupo em que as adolescentes falem sobre as suas 
experiências sobre o tema, utilizando diferentes recursos que as coloquem como protagonistas do debate. 
A atividade criará um espaço de diálogo e discussão com as adolescentes a partir da compreensão delas sobre 
o impacto da gravidez em suas biografias, bem como o entendimento das trajetórias juvenis e o lugar da gravidez 
nas relações familiares e de gênero, para que se possa, dessa forma, avaliar em conjunto a repercussão da 
gravidez na adolescência, considerando o contexto específico vivido pelas jovens participantes e os fatores que 
estimulam ou previnem que isso ocorra. 
 
Tópico 7 - Cultura 
 
Os conflitos culturais, hoje e sempre, têm como causas principais as distinções culturais, desde aquelas que 
envolvem religião, linguagem e construções axiológicas. Tais diferenças levam as pessoas a um estágio de 
intolerância. Sendo assim,neste desafio, propomos a construção de um texto que procure estabelecer um 
diálogo que evidencie que a cultura é construída na história e assim, por vezes, os detentores do poder tomam 
para si o fio condutor criando uma espécie de ideologia que não permite às diferenças se manifestarem. 
Para a realização deste desafio você deverá observar: 
- a cultura como construção histórica; 
- a relação do poder com a cultura. 
 
Você poderá assistir ao filmeA vila, de M. Night Shyamalan, para fundamentar a discussão acerca deste tema. 
Padrão de resposta esperado 
A cultura é aquilo que envolve o que o ser humano adquiriu em sua história, sejam conteúdos linguísticos, de 
vestimentas, maneira de se alimentar e se portar na presença dos outros. Nesse sentido, ocorre uma certa 
padronização das condutas, da maneira de se colocar perante a sociedade. 
A cultura cria uma espécie de uniformização das posturas, dos atos e influencia as relações entre as pessoas, 
que, por sua vez, encontram-se mediadas exatamente pela cultura. Ela seria nossa segunda natureza, aquela 
que criamos para nos relacionar uns com os outros. Diferente dos animais, nós inventamos nossa cultura, e não 
apenas vivemos determinados naturalmente. 
Exatamente por essa capacidade inventiva, de onde se origina nossa natureza, é que podemos questionar se a 
criação da cultura não poderia ser obra dos detentores de poderes, sejam eles estatais ou econômicos. Isso não 
poderia implicar em uma espécie de obrigação a determinadas práticas dentro da cultura? Em outras palavras, 
a cultura não poderia começar a ser usada como forma de manejar a sociedade? Como forma de manipular suas 
ações e hábitos? 
São estas as principais questões a serem observadas, ou seja, os detentores dos poderes não poderiam ser os 
criadores do poder? O filme A vila mostra como o mal uso da construção cultural pode desembocar em uma 
tirania por parte de quem detém o poder. É nesse sentido que se mostra interessante perceber que a cultura é 
exatamente aquilo que distingue o ser humano e, por isso mesmo, deve ser pensada sempre, para que não se 
torne um monopólio e acabe por conflitar com a liberdade de cada indivíduo que compõe uma sociedade. 
 
Tópico 8 - Antropologia no Brasil: construção da identidade brasileira 
 
Os primeiros estudos da área da antropologia no Brasil foram realizados por leigos, pessoas sem formação em 
antropologia. Os pesquisadores se inseriam nas comunidades para observar e analisar as diferentes culturas e 
práticas culturais e religiosas. 
Considerando essa informação, tente inserir-se na situação que será apresentada a seguir. 
 
Supondo que você utilizará o excerto mencionado em uma aula que aborda o trabalho de um dos pioneiros da 
antropologia no Brasil, ou seja, Curt Nimuendajú, e seus estudos nas tribos indígenas do País, como você 
apresentaria as semelhanças e/ou diferenças entre o trabalho do pastor (mencionado no excerto) e de Curt 
Nimuendajú? Por quê? Justifique a sua resposta. 
 
Padrão de resposta esperado 
Durante a aula, seria necessário contextualizar o surgimento da antropologia no Brasil e explicar que o relato 
traz elementos que diferem do trabalho realizado por Curt Nimuendajú e a maioria dos pesquisadores das 
décadas de 1930 a 1960 no Brasil. Isso ocorre porque os pesquisadores, ainda sem formação acadêmica na área, 
realizavam suas pesquisas de campo, considerada etnologia à época, mas não interferiam na cultura da tribo. 
Portanto, não realizavam a evangelização dos índios. O trabalho do pastor se assemelha àquele realizado pelos 
salesianos, cujo objetivo era a catequese, mas seus relatos acabaram sendo importantes para a compreensão 
das comunidades nas quais se inseriram. 
 
 
Tópico 9 - Cultura brasileira 
 
Por ter uma diversidade cultural vasta, muitas vezes é difícil explicar qual é a identidade brasileira. É comum que 
se olhe para o Brasil com um viés de miscigenação, evitando tentar encontrar uma unidade. Entretanto, o país 
se desenvolveu a ponto de criar suas próprias tradições e expressões, sendo possível reconhecer que existem 
manifestações autenticamente brasileiras. 
Imagine que você precisa explicar a um estrangeiro como são as manifestações culturais no Brasil. Para isso, 
você terá que estabelecer um contexto, explicando como as manifestações aconteceram ao longo do tempo. 
Liste uma obra de arte, uma obra de arquitetura e uma obra literária, as quais expressem o descobrimento da 
identidade cultural brasileira. Explique a sua resposta. 
Padrão de resposta esperado 
Obra de arte: Abaporu, de Tarsila do Amaral ou Autorretrato, de Anita Malffati. As duas obras representam uma 
das primeiras obras com características modernistas de artistas brasileiras. 
Obra arquitetônica: Casa modernista, de Gregori Warchavchik, pois representa uma das primeiras casas de 
características modernistas em solo brasileiro; ou Palácio Capanema, de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, pois é a 
síntese das características da arquitetura moderna brasileira. 
Obra literária: Os sapos, de Manuel Bandeira, pois foi o poema de abertura da Semana de Arte Moderna de 
1922; ou Manifesto regionalista, de Gilberto Freyre, pois foi a obra que reconheceu a diversidade cultural do 
Brasil. 
 
Tópico 10 - Cultura popular, de massa e pensamento social 
 
Veja a seguir o case da marca Nike: 
Faça uma reflexão 
crítica sobre as implicações da indústria cultural e o poder de compra dos adolescentes que desejam um produto 
como o tênis da marca Nike. 
 
Padrão de resposta esperado 
Com relação às implicações da indústria cultural e do poder de compra dos adolescentes, o desejo massificado 
por esse produto, que é de custo elevado, não é acessível a todo mundo. Tal fato pode até causar violência, pois 
os adolescentes poderiam ser motivados a furtos e a assaltos para conseguir esse produto. Assim, ainda que a 
indústria cultural consiga acessar mais públicos, nem todos poderão ter os produtos que são oferecidos. 
 
 
Tópico 11 - Cultura e identidade brasileiras 
 
Identidade nem sempre tem relação direta com representatividade. Muitas pessoas podem não se sentir 
representadas no que é propagado como identidade de um povo. Em nosso país, muitas vezes se valoriza como 
padrão de beleza pessoas magras, de peles claras, cabelos lisos, olhos azuis, entre outros atributos europeus. 
Entretanto, mais da metade da população se declarou negra ou parda, segundo último Censo do IBGE. 
Nesse sentido, veja a seguir como o Projeto Raízes, criado pela fotógrafa mato-grossense Maria Reis, buscou 
valorizar a estética e os atributos da beleza negra por meio de ensaios e relatos de mulheres negras. 
 
A partir da problemática apresentada, escreva uma reflexão aprofundada em relação à identidade, à 
representatividade e ao padrão de beleza, pensando em como um projeto como esse se torna crucial para 
refletir aspectos da cultura brasileira. 
 
Padrão de resposta esperado 
A resposta deve trazer uma contextualização rápida sobre a colonização europeia em nosso país, pois os negros 
escravizados eram vistos como subalternos. Esse contexto favoreceu uma valorização da identidade brasileira 
vinculada às características da população europeia, como os traços físicos da pele clara, cabelos lisos, fazendo 
com que grande parte da população buscasse se adequar a esse padrão de beleza. Entretanto, é necessário que 
o estudante reflita o quanto essa adequação pode ser dolorosa, porque, muitas vezes, os negros não se sentem 
representados pelo que é proposto a eles como identidade nacional e cultura brasileira. Ao mesmo tempo, as 
mulheres negras são trazidas na mídia somente em termos de sensualidade e habilidade natural com a dança. 
Logo, projetos como esses visam a valorizar os traços físicos e naturais das mulheres negras, fazendo com que, 
até mesmo na autodeclaração do IBGE, cada vez mais pessoas negras e pardas tenham orgulho de se identificar 
nessa classificação, modificando o perfil da identidade brasileira. 
 
Tópico 12 - Cultura de massaA Arquitetura Moderna se configurou em um contexto de mudanças sociais e avanços tecnológicos e industriais. 
Ela foi fruto dessas transformações, mas também acabou sendo uma ferramenta da indústria cultural, fazendo 
parte da consolidação da cultura de massa. 
Imagine que você é um palestrante e deve preparar um material sobre a Arquitetura Moderna e o arquiteto Le 
Corbusier. 
Agora, acompanhe a situação descrita abaixo: 
 
Sendo assim, para complementar sua palestra, é preciso que responda: 
a) Quais relações são possíveis de apontar entre o projeto de Le Corbusier e a cultura de massa? 
b) É possível relacionar a Maison Dom-Ino com alguma configuração arquitetônica contemporânea? 
Padrão de resposta esperado 
a) O projeto de Le Corbusier consiste em uma padronização de projeto de moradia, em duas tipologias que são 
replicadas como carimbos e dispostas entre si. Essa padronização está relacionada com a cultura de massa, que 
é homogênea, para atingir a maior quantidade possível de consumidores. Todo o processo de pensamento e 
concepção projetual é feito por meio de uma racionalização da mesma forma que estava ocorrendo nas 
indústrias. De um mesmo projeto-tipo residencial, pode-se produzir inúmeras configurações de conjuntos 
habitacionais. 
b) Essa lógica racional de repetição de padrões é similar aos projetos de conjuntos habitacionais populares, 
desenvolvidos até hoje, como as Cohabs e o Projeto Minha Casa Minha Vida. 
 
Tópico 13 - Ideologia, cultura e discurso 
 
A noção de discurso é fundamental para a compreensão da produção de sentidos em diversos campos. 
Juntamente a ela, considera-se que a cultura é um lugar de produção de sentidos que age naturalizando sentidos 
que vão sendo cristalizados através do processo de repetição, levando a falsos espaços de identificação, 
legitimando alguns sentidos sem necessidade de comprovação. Muitas vezes, certos preconceitos são tão 
repetidos em uma sociedade ou em um determinado grupo que acabam sendo naturalizados e tidos como 
"culturais". Assim, os sujeitos nem percebem quando estão reproduzindo esses discursos, acreditando que é a 
única forma de falar, agir, vestir. Agora que você já sabe um pouco sobre a forma como a cultura determina 
comportamentos, que tal realizar um desafio prático sobre o tema? 
 
 
Você é o revisor de textos de uma agência de publicidade digital. No Dia da Mulher, os redatores pedem a você 
que revise um anúncio que será publicado nas redes sociais: 
Você revisa, mas não encontra nenhum erro ortográfico. No entanto, alguma coisa nos sentidos deste anúncio 
deixam você desconfortável. Lembrando, então, que muitas vezes aquilo que é tido como “normal” para um 
grupo de pessoas não o é para outras, você resolve avisar aos redatores sobre os possíveis problemas que a 
campanha pode causar. 
Diante da situação, justifique sua posição, argumentando o motivo pelo qual o anúncio não pode ser aprovado 
do jeito que está. Crie uma justificativa, baseando-se nos conceitos de cultura, discurso e ideologia que você 
conhece. 
Padrão de resposta esperado 
No anúncio analisado, é possível observar uma naturalização dos sentidos possíveis para o que é ser mulher, 
dando a entender que a redatora do anúncio se atrasou por estar se arrumando, pois ser mulher é se atrasar 
por estar se arrumando. Assim, vemos a cultura funcionando nesse anúncio como um mecanismo ideológico, 
por produzir um efeito de evidência (sabem como é, né?) que leva à estabilização do sentido (ser mulher é se 
atrasar, ser mulher é se arrumar, etc.). 
Há uma identificação tida como cultural da mulher com a questão da beleza, da moda, da adequação dos 
padrões, que coloca isso acima dos prazos de trabalho (no anúncio, a redatora se atrasou por estar se 
arrumando). Por esses motivos, o anúncio não deveria ser aprovado, pois pode ser interpretado como um 
anúncio mais machista do que de homenagem às mulheres. 
 
Tópico 14 - Cultura e representações sociais 
 
Há muito tempo, a cultura escolar se configura a partir de uma ênfase na igualdade, em detrimento de se 
considerar igualmente a diferença. Isto tem significado, entre outros aspectos, a hegemonia da cultura ocidental 
europeia na escola (seja no currículo, na didática, na arquitetura, nos tempos ou nos mais diversos elementos 
do cotidiano), e a ausência de outras vozes. No entanto, como se pode ler no livro-texto, este é um desafio que 
tem sido enfrentado. São diversos os movimentos sociais atualmente, especialmente de caráter identitário, que 
têm tensionado a cultura escolar consagrada, apresentando propostas das mais diversas para que os saberes 
populares tenham mais presença e os estereótipos (sociais, étnicos ou de gênero) sejam mais questionados. 
O desafio, mesmo assim, ainda é grande. A escola tem uma tradição cultural particular, associada a uma cultura 
de elite como referência. Esta é uma definição arbitrária, uma vez que não há lógica ou razão para esta 
associação, já que todas as outras culturas também apresentam seus próprios saberes e tradições. Desta forma, 
a escola tradicionalmente foi muito mais acessível para as pessoas que compartilham, em casa, desde o berço, 
a cultura da escola. As pessoas que têm outras trajetórias, além de precisarem de um esforço ainda maior, 
muitas vezes não conseguem encontrar sentido na escola e na cultura escolar. A escola precisa se reinventar 
para que estes diversos grupos culturais, que antes não estavam lá, encontrem na escola uma possibilidade de 
crescimento. 
Imagine que você começou a trabalhar como professor(a) de quinto ano em uma escola pública rural, 
frequentada por uma comunidade trabalhadora e de raça e etnia variada (branca, negra e indígena). Você sentiu 
que antes de iniciar o planejamento de seu ano, seria importante retomar alguns conceitos trabalhados em sua 
formação. Desta forma, você resolveu começar o planejamento com duas perguntas para si mesmo: “De quem 
são os conhecimentos que eu vou ensinar este ano?” “Quem se beneficia e quem é silenciado quando ensino 
estas coisas da forma tradicional?" Para desenvolver essas suas provacações, você resolveu estruturar sua linha 
de pensamento em dois tópicos: 
1) Escrever um parágrafo explicando por que essas duas perguntas podem ser importantes para o planejamento. 
2) Sugerir ainda uma terceira pergunta que seria importante de se fazer para si mesmo. 
Padrão de resposta esperado 
"De quem são os conhecimentos que eu vou repassar este ano?" 
O professor deve perceber que cada saber pertence a um grupo particular e entender a mediação que fará à sua 
comunidade escolar sobre esse saber específico. 
“Quem se beneficia e quem é silenciado quando ensino estas coisas da forma tradicional?” 
Esta é uma pergunta que ajuda o professor a apontar, também, quem é silenciado, ou seja, os grupos cujos 
saberes acabam não chegando na escola, desafiando o educador a aprofundar e complexificar seu trabalho. 
Ainda, aponta não apenas para o saber, mas para a didática, desafiando o professor a refletir sobre como a 
forma de se trabalhar com o aluno também é culturalmente constituída, podendo ser alterada. 
"Que outras possibilidades eu tenho de trabalhar o mesmo tema de forma mais justa e eficiente para essa 
turma?" 
Para além da problematização essencial, o professor poderia, ainda, ser provocado a agir, transformando o 
currículo de acordo com a cultura de sua comunidade, pensando tanto no que é justo para o aluno como no que 
melhor servirá para que ele aprenda os conteúdos. 
 
Tópico 15 - Símbolo e Relações Simbólicas 
 
O jaleco branco deve ser usado por profissionais da saúde durante o trabalho num serviço de saúde ou 
laboratório que envolva componentes químicos 
 
Imagine que você está doente e vai ao hospital próximo a sua casa consultar um profissional de saúde que usa 
o jaleco branco. Em termos simbólicos, como explicar o peso desse item usado pelo profissional no diagnóstico 
que é dado a sua enfermidade? Dessa forma, reflita sobre os conceitos de símbolo e deação simbólica a partir 
do jaleco branco usado pelo profissional que o atendeu. 
 
Padrão de resposta esperado 
Ao ser atendido por um profissional de jaleco branco, o diagnostico dado e a proposta de tratamento ganham 
mais legitimidade e confiabilidade, pois, em nossa sociedade, damos o crédito da verdade àquele que veste o 
jaleco branco. Logo, a compreensão em relação ao jaleco branco na sociedade perpassa a situação em que esse 
acessório atua, ou seja, os símbolos revelam os seus significados durante a ação simbólica. 
Desse modo, o jaleco branco num profissional de saúde que atende um paciente pode emitir confiança em 
termos do cuidado dispensado para quem está sendo atendido. Mas, ao mesmo tempo, pode inibir o paciente 
de fazer perguntas ou pedir para repetir a explicação por conta das diferenças de saberes que o jaleco branco 
explicita entre o paciente e o profissional. Assim, a resposta deve contemplar a reflexão do símbolo aliada à ação 
simbólica que é interpretada. 
 
Tópico 16 - O Direito e a educação para a diversidade. 
 
Paulo é analista de sistemas formado há mais de 20 anos e possui ótimas experiências profissionais. Procurado 
por Carlos, aceitou a proposta deste de criar um curso de informática na cidade de Poté, em Minas Gerais. 
Ambos procuraram ajuda de um consultor educacional para saber como proceder. No final da consulta, Paulo 
e Carlos indagaram ao consultor sobre as exigências do ensino da temática ambiental e suas implicações no 
referido curso. 
 
A partir do caso apresentado e considerando que você é o consultor educacional, responda: 
- Como a educação ambiental deve ser inserida no currículo do curso de informática ou de qualquer outro 
curso? 
Padrão de resposta esperado 
A educação ambiental deve ser promovida em todos os níveis de ensino de forma contínua, permanente e 
transversal. Essa exigência é válida para todos os cursos, inclusive superiores, que devem inserir a temática nas 
discussões diárias que envolvam qualquer outro assunto. 
 
	Tópico 1 - O que é antropologia, ramificações e atribuições
	Analise, do ponto de vista evolucionista, por que essas cinco ideias ganharam força nessa ramificação da Antropologia. Em seguida, proponha argumentos que refutem as afirmações.
	Tópico 2 - Panorama da antropologia
	Tópico 3 - A história da Antropologia
	Tópico 4 - O homem como objeto do estudo da antropologia
	Tópico 5 - O etnocentrismo
	Tópico 6 - O relativismo cultural
	Tópico 7 - Cultura
	Tópico 9 - Cultura brasileira
	Tópico 10 - Cultura popular, de massa e pensamento social
	Tópico 11 - Cultura e identidade brasileiras
	Tópico 12 - Cultura de massa
	Tópico 13 - Ideologia, cultura e discurso
	Tópico 14 - Cultura e representações sociais
	Tópico 15 - Símbolo e Relações Simbólicas
	Tópico 16 - O Direito e a educação para a diversidade.

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