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19/03/2024, 11:43 Versão para impressão
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Técnico em Administração
Logística – Conceito, princípios e
fundamentos da cadeia logística e sua
função dentro da organização
A gestão da logística é primordial na condução do processo produtivo de
qualquer organização, pois atua desde a aquisição dos materiais até a entrega ao
cliente final com total qualidade.
Conhecer os conceitos, os fluxos e as ferramentas abordados neste tópico é
importante para as funções do técnico em administração, pois, no desempenho de
suas atividades, fará uso desses conhecimentos.
Conceitos
É importante abordarmos alguns conceitos de logística. Acompanhe a seguir
a definição de cada autor:
Clique nas abas para visualizar o conteúdo.
Para Verlangieri (apud Freitas Jr., 2013), logística é um “sistema de
administrar qualquer tipo de negócio de forma integrada e estratégica, planejando
e coordenando todas as atividades, otimizando todos os recursos disponíveis,
visando ao ganho global no processo no sentido operacional e financeiro”.
Uma outra definição bastante abrangente é:
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Processo de planejar, implementar e controlar
eficientemente, ao custo correto, o fluxo e a armazenagem de
matérias-primas e estoque durante a produção e produtos
acabados, e as informações relativas a estas atividades,
desde o ponto de origem até o ponto de consumo, visando a
atender aos requisitos do cliente.
(Council of logistics management, Freitas Jr., 2013)
Já o American English Dictionary Collins Gem Webster’s (apud Freitas Jr.,
2013), define a logística como o “transporte; armazenamento e abastecimento de
tropas; organização de qualquer projeto; operação”. Uma visão complementar nos
é dada por Ronald H. Ballou (apud Freitas Jr., 2013):
Todas as atividades de movimentação e armazenagem
que facilitem o fluxo de produtos, desde o ponto de aquisição
da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como
dos fluxos de informação que coletam os produtos em
movimento com o propósito de providenciar níveis de serviço
adequados aos clientes a um custo razoável.
Segundo Salgado (2014), a logística caminha rigorosamente através de
processos e atividades realizados sequencialmente pelas organizações, formando
uma cadeia que vai chegar até o cliente final. A logística perfeita é aquela que
acontece naturalmente, sem restrições, até o seu destino final. Em relação a
outros países, no Brasil, a logística ainda deixa muito a desejar, principalmente
pela pouca diversificação de modais, já que no país 67% das cargas são
transportadas por caminhões.
Princípios e fundamentos da cadeia logística
A logística, para Santana (2013), tem como princípios e fundamentos
gerenciar estrategicamente toda a organização, tornando possível a maximização
dos lucros e reduzindo os custos. Isso faz com que a logística, mais do que nunca,
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tenha um papel fundamental na condução dos negócios na empresa.
Cadeia logística
Atualmente, segundo Santana (2013), a cadeia logística busca a interação
das rotinas da organização e sua troca de informações, pois todas fazem parte de
um processo único, cujo objetivo final é atender o cliente final, em todos os
sentidos. Por isso, não existe razão para administrar os processos
separadamente. Sempre se deve buscar mais qualidade nos processos, manter o
foco nos serviços prestados e procurar reduzir os prazos, gerando, assim, uma
melhoria na estrutura de custos.
Ainda para Santana (2013), a função da cadeia logística dentro da
organização é fornecer uma forma organizada de perceber e gerir todos os
processos que produzem valor para o cliente final, resultando em um produto ou
serviço na qualidade esperada. Mundialmente, os sistemas logísticos formam
bases para o alto padrão competitivo das organizações. Um sistema logístico
eficiente permite a uma determinada região explorar suas vantagens e exportar
produtos para outros lugares. Lembre-se de que a cadeia logística, conforme
alguns autores, também pode ser chamada de cadeia de suprimentos.
Para saber mais sobre o que é e para que serve a logística, clique no vídeo a
seguir:
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Terminologias comuns
Para unificarmos a compreensão dos termos empregados no contexto da
logística, veremos algumas siglas e expressões comumente utilizadas durante os
processos diários, conforme estabelecidas por Freitas Jr. (2013):
ACF – Espaço cúbico permitido
Acuracidade – Grau de precisão em qualquer processo que busca padrão e
conformidade
ADR – Transporte de artigos perigosos
Agente de carga – Companhia envolvida na coleta, na consolidação, no envio
e na distribuição de mercadorias vindas de outros países
AGVS – Sistema de veículo guiado automaticamente
AWB – Conhecimento de transporte aéreo
Bar code – Código de barras
Batch pick – Separação em lote
Bitola – Largura entre as faces interiores dos trilhos em uma via férrea
Bulk cargo – Carga a granel
Cabotagem – Navegação em águas territoriais de determinado país
Calado – Designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais
baixo da quilha de uma embarcação
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Classificação ABC – Classificação de produtos que utiliza critérios de
demanda e valor
CFR – Custo e frete
Contêiner – Caixa metálica lacrada e reutilizável usada para o transporte de
mercadorias por via marítima ou ferroviária
CRM – Gerenciamento do relacionamento com o cliente
Cubagem – Volume cúbico disponível para estocar ou transportar
Custo logístico – Somatório do transporte, da armazenagem e da
manutenção do estoque
DSE – Declaração simplificada de exportação
ECR – Resposta eficiente ao consumidor
EDI – Intercâmbio eletrônico de dados
Embalagem – Invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento,
destinado a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter o produto
EPI – Equipamento de Proteção Individual
Entreposto – Armazém utilizado para estocar mercadorias que aguardam
liberação, autorizado pela alfândega
FCL – Contêiner completo
FCR – Certificado de recebimento do agente de transporte
Flow shop – Tipo de unidade fabril com foco no produto, em que grandes
lotes de produtos padronizados são produzidos no mesmo sistema de produção
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Forecasting – Previsões de tempo
Fullfilment – Indica o atendimento no prazo acordado entre fornecedor e
cliente/usuário
Giro de estoque – Demanda anual dividida pelo estoque médio mensal
Inbound – Operação de recebimento
Layday – Estadia do navio no porto
Lead time – Prazo de fornecimento de um produto ou serviço
Lote econômico – Quantidade suficiente para compensar a produção de um
item
Merge in transit – Estrutura logística sem depósitos para distribuição de
entregas consolidadas de artigos para clientes com mais de um fabricante
Milk run – Operação em que o comprador retira a mercadoria no fornecedor
dentro de uma programação previa
MPT – Manutenção produtiva total
OTM – Operador de transporte multimodal
PCP – Planejamento e controle da produção
Pallet – Unidade semelhante a um estrado, em geral de madeira, utilizado
para unitização de cargas
Pert – Técnica de avaliação e revisão de projetos
Pick and pack – Separar, etiquetar e embalar materiais
Popa – Parte traseira do navio
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Proa – Parte dianteira do navio
QR – Resposta rápida
Rodotrem – Trata-se de um acordo de dois semirreboques unidos por meio
de um dolly de dois eixos
Rush order – Pedido crítico, que deve ser processado com um lead time
inferior ao utilizado normalmente
SCM – Gerenciamento da cadeia de abastecimento
Ship broker – Agente marítimo
Shipping area – Área de expedição
Sider – Carroceria de um veículo que tem lonas retráteis em suas laterais
Sourcing – Compra de produtos ou serviços defornecedores externos
SKU – Unidade de manutenção de estoque
Supply chain management – Gerenciamento da cadeia de abastecimento
Tara – Peso de um veículo sem carga
TEU – Contêiner intermodal de 20 pés
TKU – Toneladas transportadas por quilometro útil
Toco – Caminhão que tem um único eixo na carroceria
TQC – Controle da qualidade total
TQM – Gestão da qualidade total
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Transbordo – Transferência de mercadorias
Trade-off – Compensação de custos
Trapiche – Armazém de produtos localizado junto ao cais
Truck – Veículo que possui o eixo duplo na carroceria
Turnover – Rotatividade de pessoal
Unitização – Vários volumes pequenos, em um recipiente maior, com o intuito
de melhorar a sua movimentação
UPC – Código universal de produto
VCL – Veículo leve de carga
VWI – Estoque gerenciado pelo fornecedor
VUC – Veículo urbano de carga
WMS – Sistemas de gerenciamento de armazém
Internacionalização
A internacionalização das relações comerciais está diretamente ligada à
globalização. O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação,
associado ao desenvolvimento dos transportes e à internacionalização da
economia, torna cada vez mais comuns as trocas comerciais entre países. Isso
afeta diretamente a logística, que também trata das atividades logísticas
internacionais, sendo chamada de logística internacional.
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Hoje em dia, o amplo uso da internet acelerou e barateou as comunicações
de uma forma nunca antes imaginada. Além disso, o uso cada vez mais frequente
de contêineres, que por sua vez torna mais barato o transporte e o manuseio de
cargas volumosas, também contribui em muito para a internacionalização da
logística.
Muitas vezes, fica mais em conta para uma indústria encomendar peças de
outro país para serem inseridas em seu produto final do que comprá-las
nacionalmente. Mesmo as exportações e importações de produtos acabados, com
frequências vantajosas economicamente, implicam a utilização da logística em
nível internacional.
Influência do ambiente externo na logística internacional
Há vários fatores externos que podem influenciar diretamente a logística
internacional, passaremos a abordar os mais relevantes deles agora, conforme
classificação feita por Caxito (2014).
Clique nas abas para visualizar o conteúdo.
Transporte internacional
É um dos fatores que determinam o sucesso de uma operação logística
internacional. Aqui, é importante ter em mente o transit time, que é o prazo de
tempo que decorre desde o embarque da carga para o frete internacional até
seu desembarque no destino final. A operação pode até ser inviabilizada caso
o transit time seja longo.
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Movimentação em terminais
A movimentação em terminais portuários, aeroportuários ou pontos de
fronteira pode implicar grandes custos e prazos demorados. Assim, é
imprescindível que se faça um estudo prévio de preços e prazos antes de se
escolher quais serão utilizados.
Procedimentos aduaneiros
Estes procedimentos, também chamados de procedimentos alfandegários,
variam de acordo com o tipo de produto que está sendo importado ou
exportado. É muito importante saber os procedimentos aduaneiros de cada
país ou bloco de países a fim de realizar uma ótima gestão de logística
internacional.
No tocante a este último item, convém fazer a distinção entre os diversos
tipos de regimes aduaneiros atípicos que, ainda segundo Caxito (2014), "são
regras ou procedimentos que visam regular situações especiais no comércio de
importação e exportação de um país". A importância desses regimes está nas
vantagens de operação e financeiras que podem trazer às organizações.
Regimes aduaneiros atípicos
A seguir, passaremos a uma classificação feita por Caxito (2014).
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Drawback
É a desoneração de impostos na importação vinculada a um compromisso de
exportação, ou seja, é possível importar insumos, sem incidência de impostos,
contanto que sejam utilizados em bens que serão exportados.
Admissão ou franquia temporária
Com suspensão total do pagamento de tributos, segundo o artigo 2.º da
Instrução Normativa RFB n.º 1600, de 14 de dezembro de 2015, "é o que
permite a importação de bens que devam permanecer no país durante prazo
fixado, com suspensão total do pagamento dos (...) tributos incidentes na
importação".
Exportação temporária
Segundo o artigo 90 da Instrução Normativa RFB nº 1600, de 14 de dezembro
de 2015, "é o que permite a saída do país, com suspensão do pagamento do
imposto de exportação, de bem nacional ou nacionalizado, condicionado à
reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em que foi exportado".
Trânsito aduaneiro
É a permissão do transporte de mercadorias entre um ponto e outro do
território aduaneiro, com suspensão de tributos.
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Entreposto aduaneiro
Conforme o estabelecido do art. 2.º ao 4.º da Instrução Normativa SRF nº 241,
de 6 de novembro de 2002:
Art. 2º O regime de entreposto aduaneiro aplica-se à importação e
à exportação.
Art. 3º O regime de entreposto aduaneiro na importação permite a
armazenagem de mercadoria em local alfandegado com
suspensão do pagamento dos impostos incidentes.
Art. 4º O regime de entreposto aduaneiro na exportação permite a
armazenagem de mercadoria em local alfandegado:
I - com suspensão do pagamento dos impostos, na modalidade de
regime comum; e
II - com direito à utilização dos benefícios fiscais relativos à
exportação, antes do seu efetivo embarque para o exterior, na
modalidade de regime extraordinário.
Entreposto industrial
Nele há a permissão de importar insumos com suspensão de tributos para
serem incorporados a produtos industrializados que serão direcionados ao
mercado externo. Caso os produtos industrializados sejam direcionados ao
mercado nacional, haverá recolhimento de tributos devidos.
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Entreposto industrial sob controle informatizado (RECOF)
A Secretaria da Receita Federal nos dá a seguinte definição:
O Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob
Controle Aduaneiro Informatizado (RECOF) é o que permite à
empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com
suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem
submetidas a operações de industrialização de produtos
destinados à exportação ou mercado interno. É também permitido
que Parte da mercadoria admitida no regime, no estado em que foi
importada ou depois de submetida a processo de industrialização,
seja despachada para consumo. A mercadoria, no estado em que
foi importada, poderá também ser exportada, reexportada ou
destruída.
Zonas francas
Visam à promoção do desenvolvimento econômico e social das regiões onde
estão localizadas. Nelas há a isenção de tributos. Ficam localizadas nas
proximidades de portos marítimos, fluviais ou aéreos.
Lojas francas
Os free shops, como são mais conhecidas as lojas francas, ficam localizados
em portos e aeroportos internacionais. São habilitados pela Receita Federal e
vendem mercadorias com suspensão de impostos.
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Logística reversa
Antes de entender o conceito de logística reversa, assista o vídeo a seguir:
Logística reversa, segundo Caxito (2014), “é a área da logística que trata dos
aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro
produtivo”. Esse já era um processo utilizado com o reaproveitamento de
vasilhames pelas indústrias de bebidas. Ao adquirir bebidas, o consumidor levava
as garrafas vazias ao fornecedor que, por sua vez, as devolvia ao fabricante. Esse
processo caiu em desuso com o advento das embalagens descartáveis.
Segundo a definição elaborada pelo Council of Logistics Management (apud
Caxito, 2014), logísticareversa é:
(...) a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja,
implementa e controla de modo eficiente e eficaz o fluxo
direto e reverso e o estoque de bens, serviços e informação
entre o ponto de origem e o ponto de consumo com o
propósito de atender os requisitos dos clientes.
O desenvolvimento da logística reversa nas empresas é de extrema
importância, pois, além de ser uma prática sustentável, que visa preservar o meio
ambiente, ela também pode reduzir bastante os custos de produção. Ela possui
uma lógica diversa da logística formal, pois visa ampliar a rede de coleta e ter
capilaridade.
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A logística reversa pode diminuir em grande parte o problema dos resíduos
sólidos no ambiente “por meio da reciclagem, da reutilização de matérias-primas e
do desenvolvimento de embalagens renováveis, cuidando (...) do fluxo reverso de
pós-consumo e de pós-venda” (CAXITO, 2014).
Explicando de outro modo, a logística reversa faz com que o produto, após a
destinação final, retorne ao ciclo de negócios ou seja depositado adequadamente.
Dessa forma, o processo de logística reversa liga a empresa ao consumidor final e
a seus fornecedores.
Muitas vezes, o fluxo dos produtos é priorizado apenas no sentido da
empresa para o cliente. Contudo, o fluxo reverso merece grande atenção. Esse
fluxo reverso pode ocorrer devido a recalls, ao vencimento do prazo de validade
dos produtos, à responsabilização, que pode estar prevista em lei, pelo descarte
adequado de produtos perigosos e de suas embalagens, etc.
Para Caxito (2014), é importante
“transformar o processo de retorno em
vantagem competitiva. Para isso, devem ser
tratados com a mesma seriedade (...) que a
parte da distribuição, pois envolvem os
mesmos elementos”. Em ambos, é necessário
o armazenamento, o transporte, o fluxo de
materiais etc.
Os processos se diferem no fato de a logística de distribuição ter início em
um único ponto, ou em poucos pontos, e se destinar para vários locais, ao passo
que a logística reversa parte desses vários locais com direção a um único destino,
a empresa produtora.
Do ponto de vista logístico, a vida de um produto não acaba quando ele é
entregue ao cliente. Os produtos podem sofrer danos ou estragos, bem como
tornarem-se obsoletos, sem contar o caso de embalagens de produtos perigosos,
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medicamentos etc. Sendo assim, eles são levados novamente ao fornecedor para
serem consertados ou descartados.
A logística reversa pode fazer uso de parte ou de todo o canal de logística da
empresa, ou possuir um canal exclusivo.
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Impactos da logística reversa
Passaremos a tratar de alguns fatores que influenciam o bom desempenho
do sistema de logística reversa, na visão de Caxito (2014).
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Bom controle de entrada
Primeiramente, é preciso fazer a identificação de quais materiais retornarão à
organização e em que estado eles estarão. A equipe que trabalhará neste
setor deve estar capacitada para isso. Outra questão essencial é identificar
quais produtos podem ser revendidos, quais podem ser recondicionados e
quais devem ser reciclados.
Redução do tempo de ciclo
Tempo de ciclo é o período decorrido entre a identificação de que o material
deve ser reciclado, a disposição ou retorno desse material e seu
processamento. Quando esse tempo é longo, além de ocupar espaço, pode
atrasar o fluxo de caixa, no caso de venda de sucata. Para reduzir o tempo de
ciclo, é fundamental que se estabeleça um bom controle de entrada, que se
tenha uma boa estrutura para realização do fluxo reverso (equipe e
equipamentos) e que se estabeleçam procedimentos claros para lidar com as
exceções, que ocorrem com frequência.
Padronização e mapeamento de processos
A logística reversa precisa ser tratada como um processo regular. Para tanto,
os processos devem ser corretamente mapeados e os procedimentos
formalizados devem ser estabelecidos a fim de se obter um bom
desempenho.
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Utilização de sistemas de informação
O desenvolvimento e a utilização de um sistema que facilite a gestão do fluxo
reverso são muito importantes. O sistema deve possibilitar o rastreamento dos
retornos, medir tempos de ciclo etc. a fim de agilizar o processo e diminuir os
custos.
Planejamento da rede logística
É necessário definir uma infraestrutura logística adequada para receber os
materiais usados. É essencial ter instalações de processamento e
armazenagem, bem como sistema de transporte que ligue os pontos de
fornecimento onde serão coletados os materiais a serem reciclados, e que os
leve até as instalações onde serão processados.
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Estabelecimento de relações de colaboração
Uma solução que vale a pena ser estudada ao se projetar a logística reversa é
estabelecer parcerias ou alianças com outras organizações que tenham
programas ambientais ou que trabalhem com logística reversa. A terceirização
pode ser um caminho mais em conta do que manter equipe na própria
organização.
Para o estabelecimento de relações de colaboração, ainda
conforme Caxito (2014), também é fundamental que seja dada
bastante atenção para:
Viabilidade – Análise de fatores referentes à competitividade,
possíveis linhas de crédito ligadas ao meio ambiente,
identificação de parceiros ou empresas terceirizadas.
Coleta – Rede consistente de coleta, otimização de fretes,
localização de postos de recepção, alternativas para recepção e
coleta, quantidade e volume de produtos que retornam etc.
Processamento – O tipo de material que retorna define o tipo de
processamento que receberá. Dessa forma, materiais perigosos,
que representem possibilidade de dano à saúde, terão que ser
manuseados com os devidos cuidados e equipamentos
necessários. A disposição final desses resíduos também terá que
ser diferenciada. As equipes que lidam com esses materiais
devem ser treinadas para que se evitem quaisquer riscos. Além
disso, a legislação ambiental precisa ser seguida.
Reutilização – Aqui deve ser considerado o destino final dado aos
materiais gerados após o reprocessamento. Também devem ser
identificados o mercado consumidor e os canais para
comercialização.
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temporária e de exportação temporária. Disponível em: <http://normas.receita.faze
nda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=70297#1589307>.
Acesso em: 21 jul. 2016.
BRASIL. Instrução Normativa SRF nº 241, de 06 de novembro de 2002.
Dispõe sobre o regime especial de entreposto aduaneiro na importação e na
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