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OBSTETRÍCIA INTERVENÇÃO NO PARTOEMANOBRASAUXILIARE

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OBSTETRÍCIA 06/10
INTERVENÇÃO NO PARTO E MANOBRAS AUXILIARES
Causas de distocia
- Origem materna: estreitamento do canal do parto; via fetal dura - fraturas com calos
ósseos, problemas em partos anteriores → podem diminuir a via fetal/ tecido mole:
neoplasia, excesso de gordura cavitária - diminui o canal do parto; estreitamento do
útero cérvix e vagina → também são problemas de obstrução.
Déficits neuronais e endócrinos; metabólicos, nutricionais → primários. Secundário:
exaustão, esgotamento.
- Origem fetal:
- Dependentes da estática: alteração na apresentação da postura ou posição.
- Independentes da estática: deficiência de cortisol metabólico - se não
desencadeia o estresse, não haverá produção de cortisol e sinais para o
parto; tamanho do feto - bezerro muito grande para fêmea pequena → feto
absoluto grande.
Quando fazer a intervenção?
- Momento preciso→ Rompimento das bolsas fetais + Exame obstétrico
- Auxílio precoce: Feto pode não estar maduro, pode não ter ainda liberação de
surfactante.
- Parturiente não preparada: dilatação insuficiente da fita fetal mole → lesões
do trajeto (tração)
- Produto prematuro
- Auxílio tardio:
- Condução do paro é mais difícil, líquido fetais vão ter ido embora - vias fetais
estará ressecada; dilatação da cérvix é temporária (pois é hormônio
dependente - passou ação dos hormônios via fetal pode começar a contrair
antes de expulsar o feto - vai dificultar as manobras obstétricas além de
poder vir a óbito)
- Via fetal mole perde a lubrificação natural (eliminação dos líquidos fetais)
- Produto em rigor mortis, enfisematoso ou em putrefação
Intervenção do parto - Égua
- Extrema urgência: nascimento é rápido e decorre com contrações violentas da
parede abdominal
- Morte do potro: 2 horas após rompimento das bolsas
Em éguas, deu 30 minutos, rompeu a bolsa, se não expôs nada e não pariu
→ mete a mão - intervir no máximo com 50 minutos após rompimento do
alantocórion - 2 horas depois a chance de perder o potro é muito alta.
A vaca dá pra esperar até 8h por causa da placentação - cotiledonária -
placentomas grossos - demora mais tempo pra soltar - troca gasosa, mesmo
depois do início do parto - até 10h - ele ainda está recebendo oxigenação; na
égua não - as vilosidades são difusas, descolamento da placenta é mais
rápido.
- Cólicas - prenhez avançada - torção do útero
- Diagnóstico obstétrico, desfazer torção e conduzir parto
Torção de útero - sentido da torção é verificado pelo sentido das estrias - dá
pra verificar e inspecionar para que lado está torcido - em égua é emergência
cirúrgica.
- Corrimento vulvar fétido: infecção ou morte do produto
- Secreção de leite durante prenhez: morte fetal (gestação gemelar) ou placentite.
- Não aparecimento das bolsas fetais (apesar das contrações há 1 ou 2h → torção de
útero
- Após início da 2ª fase → contrações (30-40min) e não nacimento → pode ser
distocias → tem que intervir
Intervenção parto - Ruminantes
- Não deve ser imediata: parto lento, placenta aderida por muito tempo
- Nutrição do produto → até 10 horas após rompimento das bolsas
- O parto da vaca deve terminar de 12 a 14 ….
- Corrimento vaginal com odor fétido
- Comprometimento do estado geral da fêmea
- Após 6h do início do parto e não nascimento do bezerro → anomalia da estática fetal
e torção uterina
- Sem evolução após 2 hrs da 2ª Fase → Intervir!
Intervenção parto - Porcas
- Se a porca manifestar sinais de doença.
- Não nascimento dos leitões 3 a 6h após o início das contrações abdominais.
…………
- Intervalo > 2h para o nascimento de outros leitões
- Se a porca não comer depois de algum tempo ………………
Possibilidades de auxílio ao parto
- Depende:
- Diagnóstico obstétrico - fez exame, estática fetal está adequada (identifica
a partir da contagem do número de articulações → se for mão são 3
articulações: falângica, metacarpofalângica e … no pé são 2 articulações:
boleto e tarso. Importância de identificar se está vindo de frente ou costas é
que de ré, o umbigo pode romper na tração, com o animal ainda enroscado
lá dentro. Fácil de confundir - pegar tarso ou cotovelo é muito parecido, ficar
atendo → contar as articulações ajuda a identificar se está vindo de frente ou
de costas.
- Condições da parturiente
- Possibilidade de assistência veterinária
- Indução do parto
● Bovinos (glicocorticóides):
- Dexametasona
- Fluometasona - ação mais lenta → para quando for fazer
programação, depois repete com a Dexa; para iniciar a contração usa
a PGF.
- Prostaglandina F2alfa - dose luteolítica. Ex: Ciosin
Clicocorticoides antes e prostaglandina para iniciar as contrações.
Falou algo de glicocorticóides atuar na maturação pulmonar - não peguei, ouvir de
novo 27’
● Equinos
- 2-3 aplicações de Ocitocina - se não tiver, dose baixa de PGF
- OT + prostaglandina F2 alfa
- OT + abertura manual da cérvix → massagem cervical ajuda muito na
indução do parto nas éguas.
- Estímulo às contrações
- Animais sem ou com contrações pouco frequentes e enérgicas
…………
- Torção forçada
Iniciou o processo de contrações - se as contrações estiverem muito fracas,
a próxima etapa é ajudar com tração forçada - obviamente precisa-se ter
alguns critérios e cuidados - quais são as indicações:
● Indicações:
- Distúrbios do parto, mas feto não é absoluto ou relativo grande;
- Vias fetais favoráveis (precisa ter lubrificação, bastante mucilagem;
anestesia epidural no primeiro espaço inter coccídeo ajuda bastante)
ao desenvolvimento do parto com tração;
- Diminuição da intensidade ou ausência de contração
- Algumas anomalias de atitude ou posição ou em casos teratológicos -
monstros fetais.
● Normas:
- As correntes de tração não devem ser finas demais
- Usar somente correntes e puxadores esterilizados
- Colocar as correntes/laços acima e abaixo dos boletos
- Os membros devem ser fixados separadamente
- Fixas a cabeça isoladamente
- As membranas fetais não devem ser fixadas juntos com os membros
- Obedecer a linha natural do parto - em direção ao jarrete - quando for
puxar, puxar em direção ao jarrete.
Cuidado com os cascos - parece macio mas pode cortar a via fetal
mole. Máximo de 3 pessoas adultas puxando.
- Episiotomia
- Incisão dorso-lateral em um ou ambos os lados da vulva.
- Distocia de origem materna: insuficiente dilatação da vulva.
- Cortes lateralizados.
- Correção da estática fetal
- Alteração de estática fetal
- Possibilidade de recolocação do produto da posição normal
- Retropulsão: empurra pra dentro de novo pra ganhar espaço e
desfazer uma mão flexionada, por exemplo.
- Extensão: extender membro, e ou cabeça e pescoço.
- Rotação: a estática é de posição, então o feto está de barriga pra
cima, ventro-dorsal, ou inferior, com o dorso para baixo → precisa
fazer uma rotação.
- Versão: para corrigir a apresentação errada transversa → correta e
longitudinal; correção de fetos com apresentação transversal –: faz a
retropulsão e faz a versão.
- Tração
- Fetotomia - se não sair de jeito nenhum, tem que tirar
- Fragmentação do feto no interior do útero
- Parcial
- Total
Viabilidade fetal irá dizer qual opção. Se estiver morto, não tem
porque não utilizar uma abertura natural para retirar o feto. Fetotomia
é útil pensando na fêmea. Às vezes, ao retirar um membro, já fica
mais fácil retirar o restando do feto.
- Uso de equipamentos específicos
- Utilizado em grandes animais
- Uso restrito em pequenos ruminantes
- Não aplicável em pequenos e suínos
- Subcutânea → desarticulação
- Transcutânea → fragmentação
Equipamentos: fetótomos de diferentes tipos . Vai ser necessário um auxiliar
para posicionar e serrar.
- Contraindicações:
- Estreitamento de via fetal
- Ruptura uterina
- Graves lacerações vaginais
- Hemorragia profusa
- Produto estiver vivo
- Doenças graves da parturiente
- Procedimento
- Em estação, normalmente
- Sedação e anestesia peridural
- Semelhante em vacas e éguas
- Preparação e montagem do fetótomo
- Utilização de água limpa e muita mucilagem
- Cuidado com a via fetal mole
- Após o procedimento → rigoroso exame obstétrico- Lavar útero com água morna e solução isotônica
- Éguas → lavar 2 x por dia com solução isotônica, e tratamento
para laminite
- Cobertura antimicrobiana
Começa-se seccionando o carpo, na região da paleta , após o pescoço – de
um lado para o outro. Tirou um pedaço, começou a sair, retirada forçada.
Corte reto, angulado, de trás para frente, posicionando a ponta da haste
onde vai terminar o corte - SEMPRE. Mmebro que vai sair tem que estar
amarrado.
Estática - desvio lateral de cabeça/pescoço
Flexão de tarso: tira o membro pélvico inteiro.
- Cesariana
- Abertura do útero materno.
- Rotineiramente empregado em bovinos, pequenos ruminantes e pequenos
animais.
- Ocasional em porcas e raro em éguas.
- Indicações:
- Feto preferencialmente vivo
- Produtos de tamanho exagerado
- Graves angústias ou deformações pélvicas
- Insuficientes dilatação da via mole
- Gestação ectópica
- Histerocele gravídica
- Torção uterina grave
- Gestação prolongada
- Atonia uterina secundária
- Quando outras manobras tiverem sidos inúteis para terminar o parto
- Indicações em éguas:
- Torção uterina grave
- Ruptura uterina
- Deformação via fetal dura
- Monstruosidades fetais
- Duas primeiras espera-se grande comprometimento sistêmico
e hemorragia - cólicas graves
- Técnicas em ruminantes: flanco ou paramamária, com animal em decúbito
lateral, preferível do que fazer com o animal em pé.
- Abordagem pelo flanco esquerdo - cuidados com técnica asséptica
(boa tricotomia, animal contido, sedação se necessário, antissepsia,
incisão precisa das camadas - oblíqua, interno externo, transverso,
peritônio)
- Sutura útero: duplo padrão invaginante; escolhe curvatura maior - faz
incisão de 20 a 30 cm aproximadamente - rompe o alantocórion e a
membrana amniótica - identifica o membro do bezerro, traciona
(enquanto uma equipe faz os cuidados neonatais, cirurgião fecha o
útero e cavidade). Descola o útero e faz sutura - Cushing + Cushing =
sutura invaginantes seromuscular
Ruminantes: Incisão mais oblíqua - divulsão das fibras musculares - dá mais
trabalho para fazer mas o pós operatório é melhor. Faz-se uma laparotomia normal,
identifica o útero, identifica um membro do feto para ser possível tracionalo - faz
ancoragem e puxa para fora da cavidade. Encontra a curvatura menor (área menos
vascular), acha os placentomas e foge deles para evitar hemorragia ao abri-los.
Faz incisão, 20 a 30 cm, rompe o alantocório - da vaca não é aderido igual na égua,
abre a membrana amniótica e puxa o animal para fora. Uma equipe cuida do bezerro
e o cirurgião acaba de fechar.
Próximo passo: joga a placenta para dentro - cuidado para não suturar a placenta no
endométrio e sutura o útero em padrão invaginante duplo (Cushing- Cushing) com
fio absorvível grosso. Pode aplicar ocitocina na serosa, útero vai contraindo.
Incisão de pele longitudinal ou dorso ventral pode ser feita, vai contra o sentido das
fibras musculares, recuperação tende a ser um pouco mais demorada.
Paramamária - dificuldade com alças intestinais, mas terá grande área para
trabalhar; cuidado com os vasos da epigástrica e mamários.
Éguas: abordagem pela linha média ventral - precisa de centro cirúrgico. Anestesia
ao também é a curvatura maior, busca-se o ápice, terço mais proximal do corno
gravídico, faz incisão de 25 cm aproximadamente - quando incide já incide sobre o útero e o
alantocório; descola o alantociro da bordas de incisão; diferença na sutura é a sutura de
ancoragem que é feita nas éguas - faz um festonado contínuo e alinhava em torno da
incisão inteira.
Serosa/Mucosa do endométrio/Parede muscular → faz sutura contínua para conter a
hemorragia do endométrio → depois, em cima dela, faz a sutura ivaginante → na vaca já
faz direto seromuscular invaginar; na égua faz um alinhavamento de toda a margem da
incisão para fazer a hemostasia e depois faz uma dupla sutura invaginante contínua.
Lava-se bem para tirar todo o sangue, coágulos, para evitar aderências, posiciona o útero
no teto da cavidade (extremamente importante), posiciona as alças - confere se as flexuras,
cólon estão no local, e fecha-se as camadas.
Importante coletar o colostro para dar ao neonato, uma vez que a mãe ainda está se
recuperando.
Possibilidades de auxílio do parto
- Histerotomia da cérvix - não é recomendado mas existe, alto risco de lesão,
cicatrização por segunda intenção, vai fibrosas e vaca terá problemas no próximo
parto. Dependendo da situação da fẽmea e da gravidade da lesão, pode levar o
animal ao óbito.
- Dilatação insuficiente 2º e 3º grau.
- Não é aconselhável → alto risco de lesões graves.
- Sacrifício parturiente.
____________________________________________________________________
CUIDADOS NEONATAIS: TRANSFERÊNCIA IMUNIDADE PASSIVA E ABORDAGEM
CLÍNICA DO NEONATO
Transferência de Imunidade Passiva
- Sistema imune do neonato - imuno imaturos; placenta de equinos e ruminantes é
epiteliocorial, não passa imunoglobulinas.
- Importante do colostro
- Folha transferência Imunidade Passiva (FTIP)
Sistema do neonato
- Imaturo ao nascimento - “naive”
- Ambiente intrauterino → ambiente externo → alta carga antigênica
- Mecanismos regulatórios controlam aumento da taxa de proliferação celular
Colostro
- Transferência passiva
- Imunidade celular e humoral - não tem só anticorpo, é fonte de células de
defesa, proteínas pró-inflamatórias e anticorpos também.
- Linfócitos CD4+ e CD8+
- Citocinas
- imunoglobulinas
Ao passar as horas após nascimento, a concentração de
imunoglobulinas vai caindo.
O que compõe a proteína total: albumina - maior das frações, depois
tem-se as globulinas. Dentro das globulinas totais existem frações:
gama globulinas, alfa globulinas, betaglobulinas - anticorpos estão na
gamaglobulina; dentro dos anticorpos tem-se: IgA, IgE, IgG
(corresponde mais ou menos 80% das gama globulinas totais -
equinos tem 7 subtipos, cada subtipo pega uma gama de
determinados antígenos, IgM). Sabendo que igG é o mais importante,
protegendo contra uma série de patógeno ele será importante - além
de não passar pela placenta, tem que ser adquirido pelo colostro.
Pode estimar a concentração de IgG através das proteínas totais ou
gamaglobulinas totais - subtrai a albumina.
Medição do IgG: mais importante - concentração de IgG de colostro -
acima de 8h horas cai em 80% a concentração de IgG no colostro da
égua - por isso é extremamente importante a colostragem nas
primeiras 8h.
Sabe também, que 12 horas após o nascimento, os neonatos
(ruminantes e equinos), perdem a capacidade de absorção pelo
intestino. Em partos distócicos, gestação problemáticas, isso é
acelerado, os animais podem nascer com capacidade de absorção
intestinal já reduzida.
É importante que se mame até 6h, máximo 12h - a partir de 8h a
quantidade de IgG já cai drasticamente.
A maior parte dos potros que adoecem apresentam dosagem de IgG
menor que 200 mg
- Níveis séricos de IgG em potros 12 horas
- > 800 mg/dL nas primeiras 10 horas de vida
- Falha transferência de imunidade passiva
- 400-800 mg/dL → falha parcial
- < 400 mg/dL → falha total
- > 800 → sem falha na imunidade
- Meia vida do IgG 28 a 32 dias. o IgG do colostro vai caindo até o próprio
animal começar a produzir os pŕoprios. Existe uma janela imunológica
importante na transição, onde os animais podem ter quantidade baixa de IgG
→ a maioria das infecções ocorre nessa janela.
- Avaliação do colostro
- Colostrômetros - escala Brix - acima de 25 a 30 está adequado - está
correlacionado com IgG alto no colostro.
- Colostrômetro de densidade específica - densidade > 1.06→ quando mais
denso, mais afunda, melhor a qualidade do colostro - está correlacionado
com a quantidade de IgG também.
- Ocorrência de 16 a 37,8%
- Causas:
- Colostro com baixa qualidade
- Quantidade insuficiente
- Éguas que produzem pouco, vacas de primeira cria, fêmeas
com baixa habilidade materna, animais órfãos ou rejeitados;
dificuldade do neonato em se manter em estação para mamar.
Diagnóstico de FTIP
- Métodos indireto
- Medição da proteína total
- Proteína total sérica -refratometria (vai medir a proteína do soro do
potro)
- Globulinas totais séricas
- Turbidez por sulfato de zinco - existem kits onde coloca-se amostra de
sangue do potro - imunoglobulinas vão precipitar e turbar - se tiver na mesma
tonalidade ou mais escuro, estima-se que tenha mais de 800 mg/dL de IgG.
- Métodos diretos
- Fração gamaglobulina - porque são todos os anticorpos - observa de forma
direto
- Ou busca o IgG diretamente por Imunodifusão ou ELISA
- Bezerros: proteína total é ideal que esteja acima de 6g/dL; IgG acima de 1500 mg/dL
- acima de 800 para ruminantes é razoável.
- Em bovinos também dá pra utilizar a GGT através do exame bioquímico
dessa enzima - também relacionado com a metabolização dos anticorpos -
estima a concentração IgG indiretamente = em equinos não funciona.
- Testes semiquantitativos rápidos (ELISA)…….
Consequências:
- Animais adoecem mais
- Animais doentes têm maior chance de morte e menor chance de recuperação
quando há falha de imunidade passiva.
- No BR - maior parte com falha na imunidade apresentarão problemas respiratórios -
Rhodococcus; segunda doença mais comum são as enterites.
Manejo profilático
- Diagnóstico da FTIP - através da avaliação do colostro 1’50’’
- Identificar categorias de risco - animal que teve FTIP - animal considerado de alto
risco para ficar doente - tem que ficar de olho nele
- Suporte colostro (banco de colostro) - identificado o problema, fazer manejo: pode
suplementar com colostro, dar plasma hiperimune
- Transfusão plasma hiperimune
- Manejar ambiência nas propriedades para diminuir a contaminação
- Banco de colostro
- Oferecer 1-2 litros de colostro até 12h.
Melhor momento para identificar a FIP - pico de contração ocorre com 10h de nascido. 10
horas porque se o animal mamou nas primeiras 2h a 3h (mama cerca de umas 3x até 10h)
e atinge por volta de 10h o máximo de concentração sérica. Acima de 12h é melhor a
utilização de plasma hiperimune. É importante tentar colocar o animal para mamar na mãe
antes de tentar outras alternativas, ou dar mamadeira; se o animal não tiver conseguindo
ficar em pé, tenta na mamadeira.
Não tendo o colostro pode tentar se arrumar as mães substitutas - papel fundação na
socialização dos potros - se o animal ficar sozinho fica muito atrasado no desenvolvimento.
É menos traumático dividir com outro potrinho do que ficar com estresse por estar sendo
criado sozinho e na mamadeira (apresentam maior problemas como gastrites).
Transfusão de plasma: é uma boa ferramenta para prevenir problemas e tratar problemas.
- Plasmaterapia:
- Plasma fresco: utilizado até 6 horas após a colheita do sangue total.
- Fresco congelado: extrai congelada até 6h após a colheita → deve ser
extraído e administrado até 6h - faz com que as proteínas, relacionada a
fatores de coagulação sejam preservadas.
- Congelado: após 6h - diferença é que não apresentará todas as proteínas
pró-inflamatórias e fatores de coagulação inalterados; a maioria utiizada é
plasma congelado.
Colheita convencional por gravidade, deixa decantado → cavalo dá pra fazer
isso, ruminantes não.
Plasmaférese automatizada.
- Armazenamento
- Plasma fresco congelado
- -18ºC
- 1-2 anos: congelado até 6 horas após colheita do sangue total
- Cuidados com colostro e plasma
- Teste de aglutinação
- Combos
- Prova de reação cruzado menor
- Prova de reação cruzado maior
Vai ver se o colostro ou plasma não vai aglutinar as hemácias do
corpo.
Isoeritrólise neonatal equina
Prevenção: prova de reação cruzada menor
Resultados suspeitos ou positivos
Substituir colostro da mãe por colostros……
Auxílio ao parto
Avaliações pós-parto
- Potro
- Score APGAR (Dra Virginnia Apgar)
- Aspecto (cor)
- Pulso (taxa cardiorrespiratória)
- Grimace (careta)
- Atividade (tônus muscular)
- Respiração
Cada espécie tem um score APGAR especializado → analisar tabela
Avaliação da placenta
- Peso
- 10-10% do peso potro
- Avaliação macroscópica: espessura e características anatômicas
- Avaliação microscópica: histopatológico - lesões placentárias
- Red bag- placenta descola - necessário manobra espefícica.
Avaliação do colostro
………
Teste de compatibilidade
………
Avaliação do potro: mucosas; escleras congestas → indicativo de partos distócicos;
avaliação ocular - uveíte/ceratite/úlceras de córneas indicativo dee septicemias, placentites
graves.
Eliminação do mecônio é imprescindível - deve eliminar no máximo até 8h de vidas -
principal causa de cólicas. Se não eliminar faz enema ou entra com laxativo. Presença de
mecônio ao nascer é sinal de sofrimento fetal; feto deve eliminar após o parto.
Exemplo: caso de distocia de origem materna - égua não contraía, animal ao ser puxado
apresentava mecônio ao seu redor. Potro precisou de cuidados imediatos pós parto.
Avaliação:
- Potro neonato - fluxo urinário - fluxo presente a partir de 8h de vida.
- úraco aberto - nitrato de prata para cauterizar.
Choque
- Queda do suprimento de oxigenio tecidual
- Queda na capacidade de consumo de O2 tecidual
- Principais causas:
- Hipovolêmico por desidratação
- Hemorragias
- Diminuição da amamentação
- Diarreia - pode levar o animal a hipovolemia tbm
- Distribuído por vasodilatação disseminada
- Aumento de citocinas inflamatórias que diminui o débito cardíaco
- Casos de sepse ou síndrome asfixia neonatal
- Hipóxico por queda da capacidade de carrear o O2
- Asfixia perinatal
- Isoeritrólise
- Pneumonia - não tem alvéolo suficiente para fazer a troca gasosa.
- Sinais clínicos
- Estado mental: depressão.
- Taxa cardiorespiratória: aumenta na hipovolemia ou hipóxia
- Extremidades frias
- Estojo corneo e orelhas podem estar quentes
……………..
- Terapia:
- Reposição volêmica abrupta - repor volemia, cristalóides vão bem.
- Tem que cuidar com edema - observar se vem sons “molhados” na traqueia.
- Cuidado ao corrigir acidose - bicarbonato pode causar alcalose e aumentar o
débito cardíaco. Cuidado em casos de hipóxia por uso de bicarbonato.
Ressuscitação neonatal
- Com base o score Apga
- ABC ressuscitação cardiopulmonar
- A - Airway:
- Limpeza das vias aéreas (apnéia secundária)
- Se não tiver bomba de sucção pode deixar cabeça abaixo dos
ombros
- Secagem vigorosa provê estímulo tátil e ajuda diminuir perca de calor
e consumo O2
- Intubação nasotraqueal
- B - Breathing
- Ausência de respiração ou ofegante
- Opta por ventilação
- Se a respiração espontânea > 16 mpm ou taxa cardíaca > 80 a
ventilação é interrompida
- Doxapran
…………..
- C - Circulation
- Se freq. cardíaca estiver ausente deve ser iniciado massagem
cardíaca
- 80-120 compressões/min cada 2-5 min
- Relação compressão/ventilação 30-2
- Epinefrina (não adianta epinefrina sem massagem em casos de
parada)
- 0,1-0,2 mg/kg intratraqueal (5-10 ml/50kgPV)
Potro +- 72 horas de vida
- Temperatura de potro na fase neonatal é mais alta até 38,5º 39ºC se calor, ok, é
normal.
- Ontem estava bem, amanheceu caído.
- TR 39,4ºC
- FC 90 bpm, FR 40 mpm
- TPC 5 seg
- 12% de desidratação
- Valores de hemograma: por conta de desidratação; pH deve estar 7,3 0
observar se há alcalose
- Necropsia - pulmão comprometido, serosas inflamadas, rim congestos.
Mais clássico:
- FC de potro é mais alta
- FC 80bpm
- FR 36 mpm
- TR 37º C baixa
- Desidratação 8%
- Mucosas oculares hiperêmicas
- ……………
- Hemograma normal, bioquímico chama atenção lactato alto - bom marcador
inflamatório - indicador que o animal teve hipóxia - animal com hipóxia lactato sobe.
Terapia:
- Fluidoterapia - glicose e plasma hiperimune
- Antibioticoterapia - Amicacina, Ampicilina - antibiótico seguro para fígado e
rins.
- AINE - por 2 a 3 dias - principalmente se tiver desvio angulares.
- Omeprazol
Quando o animal apresenta reflexo de sucção após início do tratamento é
ótimo! Prognóstico melhora
Categorias de risco
- Baixo risco: tudo ocorreu de forma adequada
- Médio/alto risco: origem materno, fetal, ambiental - precisa avaliar, fazer mais uma
dose de plasma hiperimune, antibioticoterapia (infecções ocorrem nos primeiros
meses de vida - manifestação clínica algunsdias depois - antibioticoterapia aqui
evita problemas futuros).

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