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22/05/2018 1 CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA O Programa de Saúde da Família é a estratégia definida pelo Ministério de Saúde para oferecer uma atenção básica mais resolutiva e humanizada no país. A Atenção básica é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É a porta de entrada do sistema de saúde e se articula com os outros níveis de atenção. Atualmente, não se referencia o PSF como um Programa e sim como estratégia de prática de saúde As Unidades de Saúde da Família (USF) constituem a reestruturação do antigo Posto de Saúde ou Centro de Saúde. É tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. Segundo os preceitos do Sistema Único de Saúde: Universalização, Equidade no acesso, Integralidade de ações, Participação da comunidade A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País A criação visa a reversão do modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. ↓ A família passa a ser o objeto de atenção no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. ↓ O programa inclui ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. Supervalorização das práticas da assistência curativa, especializada e hospitalar. Iniciada em junho de 1991, com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Em JANEIRO DE 1994, por iniciativa do MS, foram formadas as primeiras Equipes de Saúde da Família - PSF, incorporando e ampliando a atuação dos agentes comunitários. Apenas NOB-96 cria condições reais - reordenação do modelo de atenção à saúde (continuidade ao processo de descentralização e organização do Sistema Único de Saúde) Para reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases. Substituir o modelo tradicional, aproximando os serviços de saúde da população/família. Melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. 22/05/2018 2 1998 2000 2002 2004 2010 2006 2008 0% 0 a 25% 25 a 50% 50 a 75% 75 a 100% ESF/ACS/SB ESF/ACS ACS Sem ESF, ACS E ESB FONTE: SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica SCNES – Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde Nº ESF – 31.981 Nº MUNICÍPIOS - 5.279 Nº ACS – 246.130 Nº MUNICÍPIOS - 5.374 Nº ESB – 20.640 Nº MUNICÍPIOS – 4.829 Cumprir o princípio constitucional do Estado de garantir ao cidadão seu direito de receber atenção integral à saúde, com prioridade para as atividades preventivas. Possibilitar ações de prevenção de doenças, promoção da qualidade de vida e recuperação da saúde das pessoas de forma integral e contínua. Gerar práticas de saúde que integrem ações individuais e coletiva. Permitir que os responsáveis pela oferta de serviços de saúde, os gestores do SUS, aprofundem o conhecimento sobre aqueles a quem devem servir. • Profissional com visão sistêmica e integral do indivíduo, da família e da comunidade na qual esta família está inserida. • Prática humanizada, competente e resolutiva. • Permanente interação com comunidade, mobilizando-a e estimulando sua participação. EQUIPE MÍNIMA: Médico generalista / de Família e Comunidade / Especialista em Saúde da Família Enfermeiro generalista / Especialista em Saúde da Família Auxiliar ou técnico em enfermagem Agentes Comunitários de Saúde máximo 12 por eSF, um para 750 pessoas (cobrir 100%) Profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. Outros profissionais... Responsabilidade de cada eSF : No máximo 4.000 pessoas Média recomendada de 3.000 pessoas; Número de pessoas por equipe grau de vulnerabilidade das famílias daquele território. IMPORTANTE: Cadastramento de cada profissional de saúde em apenas 01 eSF Exceção profissional médico que poderá atuar em no máximo 02 (duas) eSF e com carga horária total de 40h semanais 22/05/2018 3 A partir da Unidade de Saúde da Família (USF), com base em: Territorialização e cadastramento da clientela. Integralidade e hierarquização. Equipe multiprofissional. TERRITORIALIZAÇÃO E CADASTRAMENTO DA CLIENTELA Área de abrangência previamente definida. Cadastramento e o acompanhamento da população adscrita a esta área. • Entre 600 e 1.000 famílias. • Um agente: em média 575 pessoas. Uma equipe se responsabilizará por, no máximo, 4.500 pessoas. PROCESSO DE TRABALHO Atuação na Estratégia Saúde da Família (ESF) Nas UAB/USF Nas residências Em outros espaços que comportem a ação planejada Como implantar? TERRITÓRIO PROBLEMA INTERSETORIALIDADE Processo lugar da vida Diferença entre o que é e o que deveria ser Vários olhares para o mesmo problema 1- Territorialidade Define-se um território para ter responsabilidade sanitária. Elaboração de mapas inteligentes: recursos locais e etc. 22/05/2018 4 2- Adstrição de Clientela É concomitante e interdependente da definição de território. É feito o cadastramento com a Ficha Domiciliar e individual, padronizada pelo Ministério da Saúde (E-SUS). Abertura do prontuário familiar 3- Diagnóstico de Saúde da Comunidade Inicia com a territorialização e o cadastramento das famílias, identificando as microáreas de risco e de grupos prioritários, como crianças, idosos, gestantes. Utilização dos sistemas de informações. 4- Organização da Demanda A Base do modelo de atendimento clássico é a demanda espontânea. Não deve ser “ esquecida” tal demanda Porém deve-se dar ênfase à promoção da saúde, tudo isso baseado na necessidade da população e na organização da demanda Ex: População idosa, provavelmente deverá dar mais ênfase a atendimento de HAS/DM, geriatria, etc 5- Trabalho em Equipe Interdisciplinar Enfrentar os problemas coletivas com ajuda de todos da equipe, tendo várias visões do mesmo e problema e várias soluções. Equipes de Referência Apoio Matricial - se configura como uma retaguarda especializada que oferece suporte técnico-pedagógico às equipes de referência Telessaúde 6- Enfoque na Atenção à Saúde da Família Enfoque integral à Família. Entendendo o seu contexto socioeconômico, cultural e psicológico. A ESF busca entender a família em seu espaço social, rico em interações e conflitos. 7- Estímulo a Participação e Controle Social A ESF é uma ferramenta para estímulo da participação popular, tendo suas bases nos conselhos locais de saúde. 22/05/2018 5 8- Organização de Ações de Promoção da Saúde Promoção: atua nos determinantes da saúde. Ex: alimentação saudável, exercício físico, etc Prevenção: atua nos determinantes da doença Ex: Imunização, Papanicolau , etc 9- Resgate e valorização de Saberes Populares Utilizar-se de recursos da cultura de cuidado informal local Exemplo: capacitação de rezadeiras para ensinar a fazer soro caseiro, dente outros. 10- Organização de um espaço de Co-Gestão Coletiva na Equipe Espaço de debate e decisão democrática e participativo. Todos com direito a voz e votodentro da equipe Conselhos gestores com participação de usuários 11- Identificação dos Serviços de Referência no Nível Secundário e Terciário Mapear a rede de serviços de saúde secundários e terciários credenciados pelo SUS. Fortalecer mecanismos de Referencia e Contra-Referência 12- Monitoramento da Situação de Saúde no seu Território de Abrangência Uso e alimentação dos sistemas de informações, em especial o SISAB (e-SUS): incorpora todos os antigos SIS (Sistema de Informação em Saúde) 13- Educação Permanente em Saúde Necessidade de um processo de Educação Permanente em Saúde. http://www.unasus.gov.br/ https://novo.atencaobasica.org.br/ 22/05/2018 6 Equipes de atenção básica para populações específicas 1. EQUIPES DO CONSULTÓRIO NA RUA Responsabilidade exclusiva de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua. Carga horária mínima semanal de 30 horas, com horário de funcionamento adequado às demandas, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno em todos os dias da semana. As equipes deverão realizar suas atividades de forma itinerante. Desenvolvem ações na rua, em instalações específicas, na unidade móvel e também nas instalações de USF/UAB do território onde está atuando, Articulação e desenvolvimento de ações em parceria com o NASF, CAPS, da Rede de Urgência e dos serviços e instituições do SUAS entre outras instituições públicas e da sociedade civil. I - Equipe de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR): equipes que desempenham a maior parte de suas funções em UBS construídas/localizadas nas comunidades pertencentes à área adscrita e cujo acesso se dá por meio fluvial; II -Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF): equipes que desempenham suas funções em Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF). 2. ESF para o atendimento da População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense Núcleos de Apoio à Saúde da Família CRIAÇÃO DO NASF No ano de 2008, o Ministério da Saúde cria o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) – Regulamentado em 2011 Busca o fortalecimento da atenção básica organizada pela Estratégia Saúde da Família. PORTARIA Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 OBJETIVO DO NASF • Ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. • Apoiar a inserção da ESF na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica. • Apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pedagógico. Equipes de Saúde compostas por profissionais de diferentes áreas do conhecimento com o objetivo de: 22/05/2018 7 INTEGRAÇÃO NASF ESF Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não são serviços com unidades independentes ou especiais. Não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (quando necessários, devem ser regulados pelas equipes de atenção básica). Todas as atividades podem se desenvolvidas nas UBS, academias da saúde ou em outros pontos do território. Devem utilizar as Academias da Saúde como espaços que ampliam a capacidade de intervenção coletiva das equipes de atenção básica para as ações de promoção de saúde, buscando fortalecer o protagonismo de grupos sociais em condições de vulnerabilidade na superação de sua condição. PROFISSIONAIS COMPÕEM O NASF Fisioterapeuta Assistente Social Farmacêutico Fonoaudiólogo Nutricionista Profissional/Professor de Educação Física Terapeuta Ocupacional Profissional com formação em arte e educação (arte educador) Psicólogo Médico Veterinário Profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas Médico Acupunturista Médico Ginecologista/ Obstetra; Médico Homeopata Médico Pediatra Médico Psiquiatra Médico Geriatra Médico Internista (clinica médica) Médico do Trabalho Educação em saúde Visita domiciliar Diagnóstico nutricional da população Estimular a produção e consumo de produtos saudáveis Viabilizar hortas e pomares Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais Atendimento nutricional NOME DA ATIVIDADE CICLO DA VIDA/GRUPO DE ATENÇÃO OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE MATERIAIS DE APOIO NECESSÁRIOS DURAÇÃO DA ATIVIDADE DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:
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