Buscar

Oficina de textos em inglês avançados

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

OFICINA 
DE TEXTOS 
EM INGLÊS 
AVANÇADO
Elisa Lima Abrantes
Habilidades linguísticas 
de audição, expressão 
oral e escrita
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Distinguir estratégias práticas de aprimoramento da audição em 
língua inglesa.
  Desenvolver estratégias práticas de aprimoramento da expressão 
oral em língua inglesa.
  Reconhecer estratégias práticas de aprimoramento da escrita em 
língua inglesa.
Introdução
Para melhorar a audição e a expressão oral em língua inglesa, deve-se 
praticar bastante e prestar atenção na pronúncia, para que se reconheçam 
os sons da língua, não só os sons isolados, mas também o som de uma 
palavra que se junta ao som de outra, já que na fala encadeada nem 
todos os fonemas são pronunciados. 
Normalmente, os sons finais de uma palavra se ligam aos iniciais da 
palavra seguinte. Além disso, a entoação do inglês falado depende da 
tonicidade das palavras. Apenas as palavras que carregam significado, 
como substantivos, verbos, adjetivos e advérbios são pronunciados cla-
ramente, enquanto palavras que contêm função gramatical (pronomes, 
artigos, preposições e conjunções) são pronunciadas de forma quase 
imperceptível, a menos que se queira, por algum motivo, enfatizá-las. O 
ritmo e a acentuação prosódica (ênfase em alguma palavra da fala), além 
da entoação crescente ou decrescente, são características do discurso 
oral em língua inglesa. Portanto, para aprimorar tanto a audição quanto 
a expressão oral, deve-se ouvir o mais possível e procurar falar bastante 
também. 
Já o aprimoramento da escrita em língua inglesa requer estudo mais 
sistematizado das estruturas gramaticais, vocabulário e gêneros textuais. 
A prática da leitura atende bem a esse propósito, e o entendimento do 
desenvolvimento de textos de forma estruturada a partir de frase, tópicos 
frasais, palavras de ligação, introdução, desenvolvimento de parágrafos, 
conclusão e adequação de vocabulário ao contexto e ao gênero são 
fundamentais para que a habilidade da escrita possa avançar em termos 
de proficiência linguística. 
Neste capítulo, você vai encontrar estratégias práticas para o aprimo-
ramento da audição e da expressão oral e escrita. 
Estratégias práticas de audição 
em língua inglesa
Em uma perspectiva pedagógica, a audição se refere ao “reconhecimento do 
discurso oral” ou “entendimento da língua falada” (HUEI-CHUN, 1998). 
Trata-se de um processo muito ativo, pois não se lida somente com o que se 
escuta, mas também com a combinação daquilo que se escuta com outras 
informações familiares. É dessa maneira que esse processo ativo cria signi-
fi cados ao integrar o que se ouve ou se experiencia com dados já existentes 
em nossas mentes. Esse processo, normalmente, abrange cinco estágios: 
escuta, entendimento, rememoração, avaliação e reação. Essa habilidade 
integrativa desempenha um papel vital no processo de aprendizagem de 
uma língua estrangeira e potencializa a aquisição de outras habilidades 
linguísticas, como a fala, principalmente, a leitura e a escrita, ainda que 
em menor proporção.
A audição em língua inglesa é a habilidade que trará resultados mais 
efetivos em termos de compreensão do idioma e possibilidade de se comu-
nicar oralmente de forma independente. Sabemos que a prática é a melhor 
estratégia para que se domine determinado conhecimento, e com a audição 
em língua estrangeira não é diferente. Deve-se maximizar a quantidade de 
inputs diários, a dose de estímulos em língua estrangeira que se escuta, ou 
seja, ouvir podcasts de diferentes assuntos, ouvir música, assistir filmes 
e séries, ler em voz alta e gravar a própria voz, assistir videoaulas: todas 
essas práticas são muito bem-vindas e necessárias para que se avance na 
compreensão oral. Pode-se, por exemplo, acordar ouvindo uma música 
em inglês e prestar atenção na letra, cantar junto e depois pesquisar se 
há palavras ou expressões não conhecidas, a fim de buscar o seu uso e 
Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita2
significado. No caminho para o trabalho, pode-se ouvir notícias em inglês 
e tomar nota de vocabulário a ser pesquisado. Na hora do almoço ou de 
algum intervalo, pode-se ouvir um podcast ou assistir um vídeo breve 
sobre assunto de seu interesse. Para finalizar o dia, antes de dormir, pode 
assistir a um episódio de uma série, um filme ou mesmo meditação guiada. 
Essas diferentes modalidades de estímulos são interessantes, pois além de 
estimular o cérebro de formas diversas, permitem que se trabalhe com uma 
variedade de respostas àqueles estímulos. 
As estratégias práticas para se trabalhar a habilidade auditiva se baseiam 
na percepção global do áudio, ou seja, o tópico discutido; a combinação 
fonética que constrói palavras e sentenças e o uso de inferência e conheci-
mento anterior para tornar possível a compreensão do contexto. Esses itens 
devem ser levados em consideração e usados de forma equilibrada para 
garantir que se avance na habilidade auditiva. 
Underwood (1993, p. 21) enfatiza que os objetivos de alguém que se 
propõe trabalhar a compreensão oral devem incluir, pelo menos, quatro itens: 
  expor os ouvintes a várias experiências que envolvam a compreensão 
oral;
  fazer com que a compreensão oral tenha um propósito;
  compreender os processos envolvidos durante a compreensão oral;
  construir autoconfiança dos ouvintes, de sua própria capacidade de 
ouvir.
Em qualquer situação, o primeiro passo para se trabalhar a audição 
em língua inglesa acontece antes de se ouvir; é a capacidade de se prever 
o que será ouvido. Aqui, entra o conhecimento de mundo do ouvinte, seu 
conhecimento do tema que será abordado e também da estrutura da língua 
e seu vocabulário. Nem sempre se entende todas as palavras de determinado 
áudio ou vídeo, ou mesmo de uma conversa em língua estrangeira, mas 
o contexto e o conhecimento prévio ajudarão a compreensão do que está 
sendo expressado oralmente. A concentração do ouvinte é essencial na fase 
da escuta propriamente dita, para que haja o processamento da mensagem. 
Aqui, o ouvinte poderá reconhecer marcadores do discurso, conectores, 
entonação e a informação que está sendo passada. O ouvinte compara, 
contrasta e resume mentalmente o que está sendo dito. 
Cabe comentar que, na língua inglesa, nem todas as palavras são pro-
nunciadas claramente, e muitas delas nem mesmo são pronunciadas. Como 
assim? Bem, existem dois tipos de palavras no inglês: as chamadas content 
3Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita
words, ou palavras que carregam um significado, como substantivos, adjeti-
vos, verbos, advérbios, e as functional words, ou seja, palavras que têm uma 
função gramatical, como artigos, pronomes, preposições e conjunções. Na 
comunicação oral, normalmente, apenas as content words são pronunciadas 
claramente, a menos que se queira enfatizar uma functional word para trazer 
um contraste, esclarecer algum ponto da mensagem. Por exemplo, na frase 
I ate pizza yesterday, normalmente o pronome I seria dito de forma sutil, a 
menos que se quisesse enfatizar que eu (I) comi pizza ontem, e não outra 
pessoa. Essa particularidade da língua inglesa falada muitas vezes preju-
dica o entendimento, bem como a maneira como as palavras soam na fala 
conectada, ou seja, uma palavra liga-se a outra e sua pronúncia difere um 
pouco daquela que se dá quando a palavra é falada isoladamente. Por isso, 
o conhecimento do contexto e dos marcadores de discurso serão grandes 
aliados na compreensão oral, já que permitirão a identificação de pontos 
relevantes e irrelevantes do que se escuta.
Outro ponto interessante a ser mencionado são as diferentes maneiras de 
se escutar. Podemos distinguir pelo menos quatro tipos de audição: inativa, 
ativa, seletiva e reflexiva. A primeira delas, a inativa, é apenas ouvir, sem 
prestar atenção no conteúdo que está sendo passado. Esse tipo de escuta 
habitua o ouvido à musicalidadeda língua, ao ritmo e à entonação. Seria 
uma forma também de audição incidental, ou seja, quando não se tem o 
objetivo de escutar e absorver o que se escuta, mas acaba-se adquirindo 
vocabulário ou estruturas presentes naquela amostra sem que se perceba.
A audição ativa, ao contrário da anterior, tem por objetivo compreender o 
que se escutou. Por isso, o ouvinte concentra-se no conteúdo que está sendo 
dito e busca compreender a mensagem. A audição seletiva, por sua vez, é 
uma escolha do ouvinte. Nem todo o conteúdo é absorvido, mas apenas o 
que se espera ou é interessante para o ouvinte, não exatamente o que está 
sendo dito. Já a audição reflexiva exige, além do esforço de concentração 
do ouvinte, também o esforço interpretativo e de observação a respeito da 
maneira como o conteúdo está sendo expressado. 
Quando buscamos aprimorar a habilidade auditiva em língua inglesa, 
devemos ter um propósito e treinar os diferentes tipos de escuta. Nossa aten-
ção e concentração deverão estar direcionadas para a ideia geral, detalhes, 
partes específicas ou até mesmo o desenvolvimento das inferências a respeito 
de determinada amostra. Tomar notas é outro recurso muito útil para tornar 
a audição em língua inglesa mais produtiva. Dessa forma, aumenta-se o 
vocabulário, percebe-se as sutilezas de pronúncia e entonação e aprende-se 
não só a respeito do assunto abordado, mas também da riqueza linguística 
Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita4
presente naquela amostra. Lembre-se, ao estudar com vídeos e áudios, de 
ouvir e assistir mais de uma vez, para que se tire o maior proveito possível 
da mensagem passada no que se escuta. 
Trabalhamos normalmente com três estratégias de aprimoramento da audição: as 
chamadas top down, bottom up e a cultura de quem está se expressando. Na estra-
tégia top down, parte-se do contexto, utiliza-se o conhecimento prévio do ouvinte e 
procura-se entender e a ideia geral da amostra. Já na bottom up buscam-se palavras, 
expressões e sons, ou seja, utiliza-se uma perspectiva estrutural da língua falada. Por 
fim, o conhecimento sobre a cultura de quem está se expressando, qual o país, os seus 
costumes, a tradições e os hábitos faz com que se entenda qual o “lugar de fala” de 
quem expressa a mensagem para se entender qual a sua visão de mundo.
Estratégias práticas da expressão oral 
em língua inglesa
A fala é uma habilidade muito valorizada e, talvez, a mais almejada por quem 
começa a aprender uma língua estrangeira. A motivação para que se aprenda 
uma nova língua é a possibilidade de se comunicar e compreender o que é 
dito naquele idioma. E como se pode aprimorar a expressão oral em língua 
inglesa? Bem, como você viu antes neste capítulo, a compreensão auditiva é 
essencial para que se desenvolva a habilidade de fala. Isso acontece mesmo 
em nossa língua-mãe. Como a criança aprende a se comunicar? Ouvindo sua 
família e outras pessoas falantes de seu idioma nativo, associando objetos e 
sentimentos a determinadas palavras. Sabemos que a aprendizagem de uma 
língua estrangeira, após determinada idade, será diferente da aquisição da 
primeira língua, mas o processo de ouvir será determinante para o sucesso 
desse processo. Há diversos estudos que tratam especifi camente desses 
processos de aquisição e de aprendizagem de língua-materna (L1) e língua 
estrangeira (L2), mas não é esse o foco desta seção. O objetivo, aqui, é dis-
cutir estratégias práticas para o aprimoramento da expressão oral em língua 
inglesa, sendo que o primeiro ponto é a importância da exposição à língua.
Ouvir sons, palavras, ritmo da fala, sotaques, tons, temas, gramática e 
vocabulário, quer assistindo vídeos, filmes, podcasts ou conversando, é uma 
5Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita
maneira de se expor à língua. Buscar compreender a ideia geral e prestar 
atenção também aos detalhes nos fazem aumentar o repertório linguístico e 
nossa capacidade de expressar ideias. Uma boa ideia é memorizar e repetir o 
que se ouve em um vídeo ou áudio, ou mesmo repetir junto com o áudio ou 
vídeo para que se imite o ritmo e a pronúncia daquilo que se ouve. 
Praticar é a chave para o aprimoramento da expressão oral. Fale com 
nativos, não nativos, sozinho, leia em voz alta, descreva fotografias ou faça 
um resumo mental de uma matéria, decore histórias ou piadas e conte a 
alguém, o importante é articular os sons e as palavras. Existem vários grupos 
de conversação na internet e estrangeiros visitam e, muitas vezes, vivem em 
nosso país. Não desperdice oportunidades. Se a sua cidade tem potencial 
turístico e recebe estrangeiros, procure conversar com eles, frequente pubs 
ou outros locais onde possa ter contato direto com pessoas de outros países. 
A língua inglesa, hoje em dia, é uma espécie de língua franca, sendo usada 
como instrumento de comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades. 
Se você gosta de cantar, cante em inglês. Depois observe a letra, leia em voz 
alta, verifique vocabulário e estrutura, reflita sobre o conteúdo e converse 
consigo mesmo em inglês. Quando estiver na rua observe tudo à sua volta, 
pensando em inglês e falando. Parece estranho, mas essas são algumas ideias 
divertidas para que você se exponha ao inglês e aumente a sua prática diária. 
Segundo Williams e Burden (2000, p. 146), estudos sobre estudantes de 
língua estrangeira bem-sucedidos indicam que eles desenvolveram uma série 
de estratégias que são selecionadas e adaptadas de acordo com as suas neces-
sidades e com base nos estudos de aquisição de língua estrangeira. Wenden 
(1991, p. 15) enfatiza a importância de aprender a aprender. A autora enfatiza 
a importância de o indivíduo se responsabilizar pela sua aprendizagem, por-
que as características individuais indicarão a maneira mais adequada de se 
abordar uma determinada atividade. Por isso, quando pensamos em melhorar 
a expressão oral, bem como as outras habilidades no aprendizado da língua 
estrangeira, devemos ser criativos e perceber quais atividades nos deixam 
mais à vontade, mais motivados a praticar e a aprender. Uma boa ideia é 
procurar uma atividade que lhe interesse, como filmes, culinária ou viagens, 
e buscar na internet cursos em inglês sobre o assunto. Procure manter contato 
com o professor e os colegas, utilizando a língua inglesa como instrumento 
de comunicação. Sua curiosidade em relação ao assunto do curso fará com 
que você aprenda um vocabulário mais específico, socialize com pessoas de 
todo o mundo e divirta-se bastante. 
Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita6
Quando alguém lhe pergunta sobre sua habilidade de linguagem, você tipicamente 
responde dizendo “eu falo inglês”, em vez de “eu escrevo inglês” ou “eu escuto inglês”. 
A fala é a modalidade que abrange tudo, por uma boa razão: falantes têm que usar 
a fonologia, o vocabulário, a gramática e as regras de conversação para construírem 
expressões em tempo real (CHAPELLE; JAMIESON, 2008, p. 151).
Estratégias práticas da escrita em língua inglesa
O ato da escrita difere da fala por ser menos espontâneo e mais permanente 
e por permitir um planejamento verbal mais cuidadoso. Por este motivo, as 
convenções da escrita tendem a ser mais rígidas do que as da conversação e a 
linguagem usada tende a ser mais padronizada (BROUGHTON et al., 1980, 
p. 116). Escrever apropriada e efi cientemente é uma habilidade da qual muitos 
de nós não pratica mesmo em nossa língua materna, mas aprender a produzir 
textos, respeitando as convenções da língua e da comunicação, é uma condição 
para a integração na vida social e profi ssional. 
De acordo com Kato (1999, p. 91), “[...] a escrita é um processo de descoberta, 
e o ponto de vista e as metas do escritor podem mudar a evolução do ato de 
escrever, ou seja, o planejamento”. Nessa mesma linha, Antunes (2003) salienta 
a importância de se desenvolver uma prática de escrita que considere o leitor, 
que tenha delimitado um destinatário e afinalidade ao escrever. Acrescenta 
que quem escreve, escreve para alguém ler, não existe a escrita “para nada”, 
“para nada dizer”. Ainda que escrevamos para nós mesmos, como você verá 
nas sugestões a seguir, existe uma finalidade, que é a de se treinar, praticar e 
se sentir confortável em se expressar em língua inglesa por meio da escrita. 
Assim como a audição é essencial para a expressão oral, analogamente a 
leitura também é para a expressão escrita. O primeiro passo para se escrever 
bem em inglês é ler muito nesse idioma. Leia extensivamente, a maior variedade 
possível de textos: jornais, revistas, livros, blogs, websites, nos mais diversos 
gêneros textuais, como notícias, relatos, ficção, biografia, poesia, teatro, 
artigos, sinopses, cartas, etc. Essa variedade vai permitir que você observe 
modelos que devem ser seguidos por cada gênero, bem como os registros de 
linguagem (formal, neutro e informal), estruturas gramaticais, vocabulário, 
7Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita
tom, figuras de linguagem e organização sintática e semântica. Uma boa ideia 
é observar as características de gêneros textuais. Como se deve desenvolver 
uma resenha, um ensaio ou uma entrevista? Perceber que, assim como no 
português, as frases se desenvolvem a partir de um tópico frasal, que devemos 
usar conectivos para criar relações entre as frases e os parágrafos, que se deve 
introduzir o assunto, desenvolvê-lo e concluí-lo.
Além da leitura, a prática da escrita é a maneira mais eficiente de aprimorar 
essa habilidade. Escreva todos os dias, se possível. Faça suas anotações e 
escreva recados em inglês. Escreva cartas, e-mails, textos expressando a sua 
opinião sobre assuntos do seu dia a dia ou sobre seus estudos, crie um blog, 
etc. Antes de começar, pense sobre o tema que vai escrever. Use a técnica do 
brainstorming, ou seja, escreva tudo o que vier à sua mente referente ao assunto 
e depois selecione as ideias que considere interessantes. Depois disso, planeje 
o que vai escrever, qual o gênero, a quem se destina, vocabulário, exemplos 
e outros aspectos que você considere relevantes para a produção do texto. 
Escreva. Após escrever, leia, revise e corrija seus textos. 
Confira algumas ferramentas on-line disponíveis para ajudá-lo em seus estudos.
Spell Check - https://goo.gl/8mGBND 
Grammarly - https://goo.gl/jrpCEv
Existem também diversos dicionários on-line para enriquecer seu vocabulário e en-
tender melhor o uso de palavras e expressões em inglês:
The Free Dictionary - https://goo.gl/8PHYEK
Merriam-Webster - https://goo.gl/0YbFdD
Uma dica interessante é ouvir um podcast e transcrever o que foi dito, 
fazendo depois as devidas correções. Escreva resumos, ensaios, descrições, 
narrativas de histórias, entrevistas e o que mais a sua imaginação permitir. 
O mais importante, assim como em tudo na vida, é praticar para que se possa 
obter maestria no que se faz.
Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita8
Utilize a sua criatividade para praticar exercícios de escrita. Por exemplo, abra uma 
página de livro ou revista, escolha uma frase ou parágrafo, copie e desenvolva uma 
história a partir daquele ponto, ou escolha um país desconhecido e imagine uma 
descrição do local, crie uma história sobre algum habitante dali, enfim, busque maneiras 
divertidas de praticar a escrita frequentemente. 
Este site que permite a correção automática de textos em língua inglesa por meio de 
ferramenta disponibilizada por Cambridge English: 
https://goo.gl/fjnxQW
ANTUNES, I. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
BROUGHTON, G. et al. Teaching English as a second language. London: New York: Rou-
tledge, 1980.
HUEI-CHUN, T. A Study of EFL Listening Comprehension Strategies. In: CONVENTION 
AND EXPOSITION OF THE TEACHERS OF ENGLISH TO SPEAKERS OF OTHER LANGUAGES. 
Anais… Seattle: ERIC, 1998. Disponível em: <https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED422745.
pdf>. Acesso em: 24 nov. 2018.
KATO, M. A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística. 7. ed. São Paulo: 
Ática, 1999.
UNDERWOOD, M. Teaching listening. New York: Longman, 1993.
WENDEN, A. Learner strategies for learner autonomy: planning and implementing learner 
training for language learners. London: Prentice Hall, 1991.
WILLIAMS, M.; BURDEN, R. L. Psychology for language teachers: a social constructivist 
approach. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
9Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita
Leituras recomendadas
BROWN, D. H. Teaching by Principles: an interactive approach to language pedagogy. 
New Jersey: Prentice Regents, 1994. 
BUSNARDO, J.; ELDASH, L. G. Ativo e interativo: a competência receptiva no ensino de 
inglês. Campinas: Ed. UNICAMP, 1996.
CAMERON, D. Working with spoken discourse. London: SAGE Publications, 2001.
CHAPELLE, C. A.; JAMIESON, J. Tips for teaching with CALL: practical approaches to com-
puter-assisted language learning. New York: Pearson Education, 2008.
DICKINSON, L. Learner autonomy: what and how? In: LEFFA, V. J. (Ed.). Autonomy in 
language learning. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1994.
FAIRCLOUGH, N. Introduction. In: FAIRCLOUGH, N. (Ed.). Critical language awareness. 
England: Longman Group United Kingdom, 1996.
KRASHEN, S. D. The input hypothesis: issues and implications. New York: Longman, 1985.
LIGHTBOWN, P. M.; SPADA, N. How languages are learned. Oxford: Oxford University 
Press, 2001.
OSHIMA, A.; HOGUE, A. Writing academic English. New York: Longman, 1991.
OXFORD, R. L. Language learning strategies: what every teacher should know. Massa-
chusetts: Heinle, 1990.
ULUM, O. G. Listening: the ignored skill in EFL context. International Journal of Huma-
nities Social Sciences and Education (IJHSSE), v. 2, n. 5, p. 72-80, mai. 2015. Disponível 
em: <https://www.researchgate.net/publication/295898572_Listening_The_Igno-
red_Skill_in_EFL_Context>. Acesso em: 24 nov. 2018.
Habilidades linguísticas de audição, expressão oral e escrita10
Conteúdo:

Continue navegando