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MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 1 Motricidade EXAME NEUROLOGICO PRÉ- REQUISITOS – neuroanatomia e neurofisiologia TRÊS ETAPAS 1. Cognitivo 2. Somático a. Trofismo b. Força muscular c. Amplitude d. Marcha e. Sensibilidade 3. Nervos cranianos ATENÇÃO AOS DETALHES INTERPRETAÇÃO DENTRO DE UM CONTEXTO GLOBAL • Não se apegar aos detalhes • Deve ter uma avaliação global do paciente DIAGNOSTICO TOPOGRÁFICO – sempre localizando onde a lesão está, porém não tem roteiro engessado MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 2 RACIOCÍNIO EM NEUROLOGIA • Pacientes com queixas peculiares da neurologia – cefaleia, vertigem, confusão, fala, paresia, parestesia, marcha e diplopia Paresia – redução da força Parestesia – redução da sensibilidade • Exame físico para busca de sinal focal - lesão em estrutura neurológica. • Segue para avaliação: Cognitiva, somática e nervos cranianos. • Diagnóstico nosológico - natureza da lesão. • Diagnóstico etiológico - podem ser necessários exames complementares. PRINCIPAIS GRUPOS DE ENFERMIDADES PREVALENTES DO SISTEMA NERVOSO • Doença Vascular Encefálica - HAS • Neoplasia • Cefaleias - Enxaqueca, tumor cerebral. • Doenças Desmielinizantes- Esclerose múltipla • Doenças Neurodegenerativas - Alzheimer, Parkinson • Doenças Autoimunes- Miastenia gravis (doença da placa motora) • Doenças Infecciosas e Parasitárias - Meningite • Distúrbios da Consciência- Crises epiléticas • Traumatismos AVALIAÇÃO DA MOTRICIDADE • Trofismo • Amplitude • Força muscular • Tônus • Reflexos TIPOS DE MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA – ao se levantar, mudar de direção, aumentar a velocidade, marcha do bebê AUTOMÁTICA – marcha que acontece sem necessidade de raciocino REFLEXA – marcha no RN (primitivo)que desaparece com a maturação da via motora QUEM COMANDA A MOTRICIDADE CÓRTEX MOTOR CEREBRAL – planeja o movimento CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO, TRONCO CEREBRAL, MOTONEURÔNIO – ordem de movimento MUSCULOS – efetores do movimento CEREBELO E NÚCLEOS DA BASE – controlam o movimento MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 3 ESTRUTURAS FACILITADORAS putâmem Caudado Cerebelo Tronco Cerebral Lesão pode provocar aumento da função das estruturas inibidoras ESTRUTURAS INIBIDORAS Substância negras Áreas corticais (sistema piramidal) Lesão pode provocar aumento da função das estruturas facilitadoras. EIXO DA MOTRICIDADE Via piramidal – via da motricidade Primeiro neurônio motor – córtex frontal na área 4 Segundo neurônio motor – medula e tronco Dependendo da localização da lesão, pode apresentar clínica diferente DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES • Cruzamento das fibras neurais • Lesão em capsula interna D = alteração de força à E • Lesão em capsula interna E = alteração de força à D HOMÚNCULO DE PENFIELD • Representação do corpo • Imagem do corpo representada na área motora primaria • Representação maior da face e MMSS EIXO FUNCIONAL DA MOTRICIDADE ORIGEM DO SISTEMA PIRAMIDAL • Córtex (giro pré-central) • Via córtico-espinhal - que vai do córtex até a medula. ► Via piramidal é inibitória. Lesão ocasiona predomínio dos facilitadores. Fase Aguda = Fase deficitária do tônus. » Acidente. » Choque encefálico Fase Crônica = Liberação piramidal e aumento dos reflexos contralaterais. Não se sabe bem o tempo que leva da fase aguda para a crônica. ► Cerebelo é facilitador MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 4 Lesão causa hipotonismo. • Fibras vão convergir até a cápsula interna. • Lesão na cápsula interna - lesão de face, braço e perna contralateral. TRAJETO • 2A. cápsula interna entre os núcleos caudado e pálido. • 2B. face anterior do tronco. • 2B1. pedúnculo cerebral, no mesencéfalo. • 2B2. entre as fibras transversas da ponte. • 2B3. pirâmide bulbar. • 2C. Medula espinal (funículo lateral). DECUSSAÇÃO • 3A. Fibras cortico espinhais no bulbo. • 3B.fibras corticonucleares em diferentes níveis no tronco TERMINAÇÃO - FIBRAS CORTICOSPINAIS • 4.A. ponta anterior da medula espinal • 4.B. núcleos motores dos nervos cranianos (V,VII,IX,X,XI e XII) UNIDADE MOTORA 1. Motoneurônio 2. Nervo periférico • Lesão do nervo periférico – DM (neuropatia diabética) – alterações motoras e sensitivas 3. Junção neuromuscular • Miastenia gravis – fraqueza difusa com fadiga 4. Membrana muscular • Doença de membrana neuromuscular Diminuição de força e dificuldade no relaxamento muscular Doenças mais raras Aumento do tônus 5. Musculo estriado • Polimiosite • Distrofia muscular MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 5 ROTEIRO 1. Amplitude (movimentação ativa) 2. Força muscular 3. Tônus (movimentação passiva) 4. Marcha 5. Coordenação 6. Estática 7. Reflexos 8. Trofismo INSPEÇÃO TROFISMO Ideal que o paciente esteja com a menor quantidade de roupa possível 1. ATROFIA • Primeiro neurônio motor – mais pronunciada • Segundo neurônio motor – mais por deduso 2. HIPERTROFIA • Fisiológica – musculação • Patológica Distrofia muscular progressiva (duchein) – distrofia – avaliação da panturrilha Fenômeno miotonico – dificuldade no relaxamento muscular MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 6 MIOFASCICULAÇÕES Tem relação do segundo neurônio motor Parece uma fibrilação muscular – pequenas contrações Deltoide, anterior da coxa e região anterior da língua é onde mais encontrado Atrofia pronunciada (amiotrofia) HIPERCINESIAS / DISTURBIOS DO MOVIMENTO Tremor simétrico bilateral Tremor em repouso, é assimétrico, parece que ta contando moedas – bem característico da síndrome Parkinsoniana Coreia – movimentos desordenados, irregulares, bruscos e breves (hipercinesia) AMPLITUDE Movimentação ativa – sem tocar no paciente É feito solicitando-se ao paciente que realize todos os movimentos possíveis nos diferentes segmentos do corpo; Tem que ficar à frente do paciente para que ele imite seus movimentos Serão analisados , no decorrer do exame , a velocidade, habilidade e amplitude dos movimentos realizados; A pesquisa dos movimentos ativos deve ser realizada de maneira sistemática, a fim de se testar os diferentes segmentos sempre comparando segmentos homólogos Cabeça e pescoço Membros superiores Membros inferiores Tronco MOVIMENTOS Flexão Extensão Lateralidade MMSS e MMII Flexão Extensão Abdução Rotação Elevação MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 7 FINGER TAP Tocar os dedos Síndrome parkinsoniana apresenta redução da amplitude do movimento FORÇA MUSCULAR MANOBRAS DEFICITÁRIAS Para avaliar déficit mínimos de força muscular Exame da força muscular contra a gravidade BRAÇOS ESTENDIDOS • Técnica – Braços estendidos e olhos fechados • Resposta – queda do braço em caso de déficit DESVIO PRONADOR • Tecnica – mãos em provação • Resposta – perda da força MANOBRA DE ROLAMENTO • Técnica – braços em movimentos de rolamento na frente do corpo • Resposta – fraqueza do movimento sem déficit MIGAZZINI • Técnica – flexionar 90 graus pernas com o abdome durante 1 minuto • Resposta – não consegue manter o membro MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 8 BARRÉ • Técnica – paciente em decúbito ventral com MMII flexionado • Resposta – queda do membro MEMBROS INFERIORES E ABDUÇÃO • Técnica: MMII flexionados • Resposta: queda em abdução. PREENSÃO • Técnica: ► Solicite ao paciente que aperte suas mãos. ► Compare a força de preensão. CONTRA RESISTÊNCIA CONTRA A RESISTÊNCIAMÚSCULO BÍCEPS • Técnica: ► o paciente flete o braço contra resistência com o antebraço em supinação ► Inervação segmentar C5 ► Nervo periférico - Nervo músculo cutâneo CONTRA A RESISTÊNCIA MÚSCULO TRÍCEPS • Técnica: ► O paciente tenta estender o cotovelo contra resistência. ► Inervação segmentar: C7 ► Nervo periférico : radial MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 9 EXTENSÃO DO PUNHO E FLEXÃO DO PUNHO • Técnica: solicite ao paciente que faça força num grupo muscular e oponha força a este movimento. • Membros Superiores • Extensor radial e ulnar do carpo C6 e C7 • Flexor radial e ulnar do carpo C7 e C8 FLEXÃO DO QUADRIL • Técnica: ► Em decúbito dorsal, o paciente tenta flexionar a coxa contra resistência. ► Inervação segmentar: L1,L2,L3. ► Nervo periférico: femoral. ► Músculo Iliopsoas EXTENSÃO DO QUADRIL • Glúteo Máximo • Nervo: glúteo superior • Inervação segmentar: L5, S1 e S2 • Decúbito ventral FLEXÃO DO JOELHO • Bíceps femoral • Nervo: ciático • Inervação segmentar: L5, S1 e S2 EXTENSÃO DO JOELHO • Em decúbito dorsal o paciente tenta estender o joelho contra resistência. • Inervação segmentar L3, L4. • Nervo periférico: femoral • Músculo Quadríceps femoral MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 10 EXTENSÃO DO PÉ • paciente deitado - solicite que movimente o pé para cima • Ciático • Raiz L5 e nervo fibular FLEXÃO DO PÉ • Ciático • Raiz S1 e Nervo tibial • Paciente deitado - solicite que movimente o pé para baixo MANOBRA DE GOWERS Levantar do Miopata Técnica: pede ao paciente para agachar e pede a ela pra levantar. Ela vai levantar apoiando as mãos ao longo do MMII. Fraqueza mais proximal = alteração do músculo. MANOBRA DO PEDALAR Técnica: paciente deve bater a ponta dos pés no chão com o calcanhar apoiado. Fraqueza mais distal = alteração de nervos. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 11 ESCALA DE FORÇA MUSCULAR DISTURBIOS DA FORÇA Paresia – redução da força e movimento Plegia – ausência da força e movimento (força 0 e 1) Hemiparesia – redução da força em parte do corpo Hemiplegia – ausência do movimento em parte do corpo Paraparesia – redução da força de MMII Diparesia – redução da força de MMSS Paraplegia – ausência de força de MMII Tetraplegia – perda da força nos 4 membros Monoparesia – redução da força em um único membro Monoplegia – ausência de força em um único membro TÔNUS MUCULAR Tônus é o estado permanente de tensão do músculo Fatores Neurológicos (SNC, SNP, Músculo) Dividido em: • Repouso (relaxamento), • Postural (manutenção da atitude) • Cinético (movimento). MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 12 O estado de tensão muscular tem origem reflexa, sendo sua base elementar o arco reflexo segmentar modulado por centros encefálicos e medulares. • Tônus e o reflexo andam juntos. • Aumento do tônus = aumento do reflexo • Redução do tônus = redução do reflexo ESTRUTURAS FACILITADORAS QUE AUMENTAM O TÔNUS: • Lesão nas estruturas facilitadoras ocasiona em predomínio das estruturas inibidoras. • Putâmen • Caudado • Cerebelo ► Lesão ocasiona hipotonia. • Tronco Cerebral ESTRUTURAS INIBIDORAS QUE REDUZEM O TÔNUS: • Lesão nas estruturas inibitórias ocasiona em predomínio das estruturas facilitadoras. • Substância Negra ► Parkinson - paciente apresenta tônus aumentado e rigidez. • Áreas Corticais (Sistema Piramidal) ESTRUTURAS FACILITADORAS E INIBIDORAS EQUILIBRAM E MANTÊM O TÔNUS MUSCULAR. EXAME DO TÔNUS O médico testa a extensibilidade do cotovelo e dos membros inferiores. INSPEÇÃO • Trofismo • Inspeção da musculatura. • Observar grupamentos musculares. • Assimetria/distal/proximal/hipertrofia/atrofia. PALPAÇÃO • Consistência semi-elástica. • Avaliar grupamentos musculares. PERCUSSÃO • Etapa não obrigatória • Somente em suspeita de miopatia. • Fenótipo - Pequeno Hércules. • Utilização com aparelho de reflexo para percussão que ocasiona contração muscular vigorosa = fenômeno miotônico. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 13 MOVIMENTO PASSIVO • É a etapa mais importante da avaliação do tônus. • Movimento passivo realizado pelo avaliador. • Paciente totalmente relaxado. • MMII - paciente deitado • MMSS - paciente deitado ou sentado ou em pé. BALANÇO PASSIVO DAS ARTICULAÇÕES. • Balançar dos MM ou do corpo AVALIAÇÃO: Tônus normal Hipotonia - flacidez • Ex.: Amiotrofia Espinhal Progressiva (AME) Hipertonia Elástica - Sinal do Canivete • Espasticidade • Postura de Wernicke Mann - Flexora dos MMSS e extensora dos MMII. • Hipertonia Piramidal (inibitória) • Ex.: hipóxia cerebral. ► Aguda: hipotonia ► Crônica: hipertonia ► Marcha em tesoura Hipertonia Plástica - Sinal da Roda Dentada • = Rigidez • Ex.: Hipertonia Extrapiramidal - Parkinsoniana com rigidez. REFLEXOS CLASSIFICAÇÃO: PROFUNDOS/ PROPRIOCEPTIVOS/MIOTÁTICOS • Osteotendinosos • Avaliados nas regiões do músculo. SUPERFICIAIS/EXTEROCEPTIVOS • Avaliados na região da pele. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 14 ARCO REFLEXO PATELAR - MÚSCULO ANTERIOR DA COXA • Base anatomo-funcional da motricidade • Constituído de uma via aferente; um centro e uma via eferente. 1. Área reflexógena: ligamento rotuliano no joelho. ► Região do ligamento ► Percussão com martelo 2. Receptor ângulo espiral, no fuso neuromuscular. 3. Neurônio sensitivo: no gânglio anexo à raiz dorsal. 4. Sinapse correspondente no H medular L4. 5. Neurônio motor na ponta anterior da medula. 6. Resposta retorna pelo Nervo periférico: nervo femoral 7. Efetor do movimento: músculos da região anterior da coxa. QUE MATERIAL USAR: Martelo - pesquisa de reflexos profundos Estilete - pesquisa dos reflexos superficiais COMO PESQUISAR - FUNDAMENTAL: Técnica apurada Estado de relaxamento do paciente Sem apoio dos pés Superfície mais alta - maca Pernas pendentes Ideal: sobre a pele REFLEXOS A SEREM TESTADOS - FAZEM EM AMBOS OS LADOS. REFLEXOS PROFUNDOS Membros Superiores: bicipital, tricipital e estilo radial, flexor dos dedos. Membros Inferiores: patelar e aquileu. Axiais da Face: nasopalpebral, orbicular dos lábios, mandibular. • Não são reflexos muito perceptíveis • Mas podem estar exacerbados em doenças neurodegenerativas. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 15 REFLEXOS SUPERFICIAIS Reflexos cutâneo abdominais Reflexo cutâneo plantar REFLEXOS PROFUNDOS - MMSS REFLEXO ESTILO RADIAL - C5: Técnica: percussão na apófise estilóide do rádio Resposta: flexão do antebraço sobre o braço ou provação da mão. REFLEXO BICIPITAL - C6: Técnica: percussão com o martelo no dedo do examinador colocado na inserção do m. Bíceps braquial. Resposta: flexão do antebraço sobre o braço REFLEXO TRICIPITAL - C7: Técnica: percussão com o martelo sobre o tendão do m. tríceps braquial. - Não apoiar a mão na articulação do paciente. Resposta: extensão do antebraço sobre o braço. Junto ao patelar, avalia reflexo pendular (alteração de lesão cerebelar). FLEXOR DOS DEDOS - C7 - C8 - T1: Mão em supinação, percutindo-se a superfície palmar das falanges com interposição dos segundo e terceiro dedos do examinador. REFLEXOS PROFUNDOS - MMII REFLEXO PATELAR - L4 Técnica: percussão com o martelo no ligamento rotuliano paciente sentado ou deitado. Resposta: extensão da perna. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 16 REFLEXO ARQUILEU - S1 Técnica: percussão com o martelo no tendão de Aquiles - paciente deitado Resposta: extensão do pé ou dorsiflexão plantar.MANOBRA DE JENDRASSIK Para facilitar a obtenção do reflexo patelar. Técnica: junta uma mão na outra e olha para cima. Sensibilização do reflexo patelar. REFLEXOS AXIAIS DA FACE REFLEXO NASOPALPEBRAL Técnica: percussão da glabela Avaliador localizado na lateral do paciente. Resposta: contração bilateral do músculo orbicular das pálpebras com oclusão da rima palpebral = fecha os olhos. • Fechamento ao percutir cerca de 3x e não fecha mais • Todo reflexo é esgotável. Centro reflexógeno: ponte. Vias aferentes e eferentes: nervo facial. Sinal de Myerson - Persistência do fechamento dos olhos à percussão. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 17 REFLEXO ORBICULAR DOS LÁBIOS Técnica: percussão do lábio superior. Paciente com a boca levemente aberta. Resposta: projeção do lábio para diante "bico”. Arco reflexo: trigêmeo-ponte-facial. REFLEXO MANDIBULAR OU MENTONIANO Técnica: percussão do mento, com interposição do dedo do examinador e o paciente com a boca entreaberta. Resposta: elevação da mandíbula pela contração dos músculos masseteres. - Elevação do lábio inferior. Arco reflexo: trigêmeo-ponte-trigêmeo. Exacerbado em doença degenerativa. ALTERAÇÕES DE REFLEXOS PROFUNDOS Hiperreflexia Hiporreflexia Arreflexia CLÔNUS: Em pacientes com hiperreflexia profunda, provocando-se passivamente a distensão de um tendão e mantendo-a, obtém-se uma série de contrações clônicas, rítmicas e involuntárias do respectivo músculo. Contrações rítmicas por reflexo perpetuado. REFLEXOS SUPERFICIAIS REFLEXO CUTÂNEO PLANTAR - S1 Técnica: estímulo cutâneo na região plantar lateral do calcanhar aos dedos. - Em toda a região plantar. Resposta: flexão dos dedos (normal) Sinal de Babinski • Extensão lenta do Hálux provocada pela estimulação da região plantar do pé. • Abertura em leque. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 18 • Relação com a Síndrome Piramidal - Neurônio Motor. • Manobras sucedâneas que podem obter a extensão do hálux: Gordon, Shaeffer, Oppenheim, Chadock, Austregésilo-Esposel. • O sinal de babinski pode ser fisiológico até 10 meses. ► Relação com a maturação da via da motricidade. ► Ao começar a andar, desaparece o sinal de babinski normalmente. REFLEXOS CUTÂNEOS ABDOMINAIS - T6-T12 Técnica: estímulo cutâneo iniciado na região lateral em direção à cicatriz umbilical. Superior, médio e inferior. Resposta: contração da cicatriz umbilical para o lado estimulado. PACIENTES APÓS QUEDA: Reflexo Cremastérico Reflexo Anal FRAQUEZA MUSCULAR MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 19 COORDENAÇÃO Atividade motora ordenada, regular e harmônica. Preservação da força muscular é pré- requisito para a manutenção da coordenação. Cerebelo – centro da coordenação motora. • O cerebelo que ordena a função harmônica do movimento. • Ele não dá força. • Função do cerebelo: equilíbrio e tônus. • Centro Integrador • Vias e Estruturas que entram em contato com o cerebelo: ► Trato Corticoespinhal ► Núcleos Vestibulares ► Núcleo Rubro ► Núcleo Olivar Inferior ► Medula Espinhal ► Tálamo ► Ponte • Anatomicamente ► Hemisférios cerebelares e Vérmis cerebelar. • Lesão cerebelar à esquerda = alteração à esquerda. • Lesão cerebelar à direita = alteração à direita. • Divisão Filogenética: ► Arquicerebelo: Lobo Floculo Nodular Equilíbrio e movimentos oculares Lesão em flóculo nodular = nistagmo ou desequilíbrio. » Nistagmo não é somente por alteração cerebelar. » Movimento acelerado do globo ocular. ► Paleocerebelo: Vermis Tônus e Movimentos axiais Lesão em vérmis = alteração do equilíbrio do tronco. Lesão mais central (axial) ► Neocerebelo: Hemisférios cerebelares Planejamento Motor e Movimentos Finos Lesão em hemisfério cerebelar = alterações apendiculares de MM. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 20 • Divisão Funcional do Cerebelo ► Vestibulocerebelo - Lobo flóculo nodular ► Espinocerebelo - Vérmis - zona intermédia dos hemisférios. ► Cérebrocerebelo - Zona lateral dos hemisfério e conexões com o córtex. PATOLOGIAS DO CEREBELO QUEIXAS FREQUENTES: • Falta de equilíbrio • Tontura • Tremor que se acentua com o movimento - de ação. • Fala ► Disartria = alteração na articulação da fala. ▪ Fala silabada. ▪ “Tremor da fala" • Marcha - Marcha desequilibrada. Principais grupos de enfermidades prevalentes no SN: • Doença Vascular encefálica • Neoplasias • Cefaleias • Doenças Desmielinizantes • Doenças neurodegenerativas • Doenças autoimunes • Doenças infecciosas e parasitárias • Intoxicações • Traumatismos Alterações da coordenação = Ataxia • Ataxia = falta de ordem ► Alterações do cerebelo e de coordenação. • Hemisfério = apendicular (MMSS e/ou MMII) • Axial = tronco MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 21 EXAME DA COORDENAÇÃO MOTORA DINÂMICA: MMSS • Manobra dedo-nariz ► Braço em extensão e abdução, peça que coloque a ponta do dedo indicador na ponta do nariz. ► Realizar com olhos abertos e fechados. ► Variação: dedo-nariz e dedo-dedo do examinador. • Movimentos alternos ► Paciente realiza sucessivamente movimentos de pronação e supinação das mãos. ► Movimento lento - movimento rápido - fecha os olhos - sequência de movimentos rápidos. ► Diadococinesia MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 22 • Stewart-Holmes ► Rechaço ► Paciente sentado, flexão do antebraço contra a resistência oposta pelo examinador, que bruscamente a relaxa. ► Proteja o local contrário para o paciente não se golpear. MMII • Manobra Calcanhar Joelho ► Paciente deve colocar o calcanhar no joelho oposto. ► Pode deslizar o calcanhar na crista da tíbia. ► Avaliar se faz o movimento de uma vez só ou vem decompondo o moimento. ► Alteração: movimento em zig-zag. TRONCO • Sinergismo muscular de tronco e membro ► Coloque o paciente em decúbito dorsal. ► Peça que ele cruezas amamos sobre o peito e sente. ► Paciente dá um impulso e consegue se sentar após pressão das pernas na maca. ► Assinergismo de tronco = usando alterado. ALTERAÇÕES DA COORDENAÇÃO: 1. DISMETRIA • Alteração em local pancerebelar (todo o cerebelo). • Alteração da manobra dedo-nariz = erro do alvo para menos ou para mais; decomposição do movimento; tremor de ação ao se aproximar do alvo. • Alteração de manobra calcanhar-joelho. 2. DISDIADOCOCINESIA • Alteração em local pancerebelar (todo o cerebelo). • Alteração da manobra de movimentos alternos. 3. ASSINERGISMO DE TRONCO E MEMBROS • Alteração de sinergismo muscular do tronco e membro. 4. MARCHA ATÁXICA EBRIOSA • Alteração de marcha. • Marcha atáxica = tabética, vestibular 5. NISTAGMO • Alteração de lobo flóculo-nodular • Avaliação com o paciente seguindo com o olhar, o dedo do examinador. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 23 6. DISARTRIA 7. MACROGRAFIA • Síndrome cerebelar a letra fica cada vez maior. • Parkinson a letra fica cada vez menor. 8. TREMOR DE AÇÃO ESTÁTICA Noção de posição segmentar. • Noção dos segmentos do corpo no espaço. • Olhos fechados ou abertos. Mecanismos neurológico envolvido no equilíbrio estático: • Sistema motor • Sensibilidade proprioceptivo • Visão • Cerebelo • Sistema vestibular ► E - Empurra a gente para o lado D. ► D - Empurra a gente para o lado E. ► Lesão no lado D = queda para o lado D ► Lado E prevalece e empurra o equilíbrio para o lado lesado. TRIPÉ DA ESTÁTICA: • Sensibilidade proprioceptivo + Visão + Sistema vestibular PESQUISA DO EQUILÍBRIO 1. SINAL DE ROMBERG: Paciente de pé, os braços ao longo do corpo, os pés unidos e olhos fechados. observar se permanecesem se mover. Inicialmente, olhos abertos - 20seg. Fechar os olhos posteriormente. Proteger o paciente para ele não cair. Positividade da Prova: oscilações corporais com a queda em qualquer direção. • Abertura da base já indica liberação. Romberg sensibilizado: um pé na frente do outro 2. SINAL DE ROMBERG VESTIBULAR Paciente tem período de latência e queda sempre para o mesmo lado. Queda sempre para o mesmo lado da lesão. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 24 Distúrbios Vestibulares (ex: labirintopatias) 3. SINAL DE ROMBERG PROTOCEPTIVA Paciente tem queda abrupta para qualquer lado. Distúrbios da sensibilidade profunda (Neuropatia diabética) MARCHA A marcha constitui a síntese de toda a motricidade do indivíduo. Avaliação desde quando o paciente se levanta para realizar a marcha, na ida e volta. É um ato fundamentalmente automático, porém ao longo do desenvolvimento motor passa por outras instâncias do sistema motor. O ciclo da marcha começa quando o calcanhar bate no solo e termina quando o mesmo calcanhar bate no solo. REFLEXA – VOLUNTÁRIA – AUTOMÁTICA. Reflexa = RN. • Formação da via motora. Voluntária = aprendizado da marcha, ao se levantar, mudar de direção. Automática = maior parte do tempo para poupar energia. MECANISMOS NEUROLÓGICOS ENVOLVIDOS NA MARCHA: 1 – SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL (MOVIMENTOS AUTOMÁTICOS ASSOCIADOS). Movimentos dos braços associados. Lesão extrapiramidal = perda do movimento automático. 2 – LABIRINTO: EQUILÍBRIO Correção necessária para a posição da cabeça 3 – VISÃO: PERCEPÇÃO ESPACIAL 4 – SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA: percepção do corpo e de suas partes (sentido de posição e movimento do corpo) Noção do corpo no espaço. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 25 5 – SISTEMA PIRAMIDAL: atitude ereta; mudanças na marcha EXAME DA MARCHA - OBSERVAR: Início da marcha - como começou a partir do levantar. Posição do eixo do corpo • Veronica men, Parkinsoniana, hiperlordótica. Movimentos associados dos braços • Lesão extrapiramidal - braços parados ao movimento. Direção e trajeto Mudanças rápidas de trajeto • Movimento em bloco para troca de sentido ao andar. Movimento de elevação da coxa Movimento de dorsiflexão do pé • Movimento em pedalar. • Neuropatologia periférica = pé mais caído, sem conseguir realizar o movimento. Tônus do membro inferior EXAME DA MARCHA Quando suspeitar de alteração da marcha. Pedir para o paciente andar em tandem = um pé na frente do outro. Pedir para o paciente andar na ponta dos pés Pedir para o paciente andar nos calcanhares TERMOS: ATAXIA Perdas a coordenação das movimentos Marcha descoordenada. Pode ser cerebelar (em zig-zag), protoceptiva (calcanhar forte para saber onde tá pisando), ou alteração vestibular. ABASIA - Impossibilidade de andar MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 26 DISBASIA Dificuldade de andar Qualquer alteração da marcha. ASTASIA - Impossibilidade de manter-se de pé MARCHAS PATOLÓGICAS: HEMIPLÉGICA/ CEIFANTE/ HELICÓPODE Tipo de lesão: piramidal Andando e fazendo um semicírculo. Posição Wernicke mann PARA-PARÉTICA ESPÁSTICA: Tipo de lesão: piramidal bilateral Marcha em tesoura. ESCARVANTE: Tipo de lesão: paralisia do nervo fibular ou ciático poplíteo externo Pode ser somente de um lado (trauma) ou bilateral. Ex.: Guillain-Barré MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 27 PARKINSONIANA - FESTINANTE Tipo de lesão: extrapiramidal (Parkinson) Paciente apresenta lentidão para começar a marcha e os movimentos - bradicinesia, perna semi-fletida, braços não balançam, passos curtos e aceleração involuntária da marcha (festinação). Tremor aumenta quando em marcha. Ao pedir para parar, ele demora. Vira em bloco. Hipertonia. Amplitude reduzida no movimento. Tremor na mão em repouso. CORDONAL/ TABÉTICA (ATÁXICA) Tipo de lesão: cordão posterior da medula Paciente abre a base de sustentação e bate com força o calcanhar no chão. MARCHA CEREBELAR/ EBRIOSA (ATÁXICA) Tipo de lesão: cerebelar Paciente em anda em zig-zag ANSERINA: Tipo de lesão: miopatia - distrofia muscular, doenças musculares. Hiperlordose Projeção da perna para frente e rotação acentuada do quadril. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 PAPM IV 28 PÉTIT PÁS Tipos de lesão: atrofia cortical Idoso normal, doença degenerativa. NEUROPATIAS PERIFÉRICAS RADICULOPATIA - ex. Hérnia de disco. PLEXOPATIA - ex. Lesão de plexo braquial (trauma). MONONEUROPATIA POLINEUROPATIA - ex. Alcoólica/diabética CRANIANA - ex. Paralisia facial periférica ESPINHAL - ex síndrome do túnel do carpo MONONEUROPATIA MÚLTIPLA - ex. Fibular e ulnar; hanseníase.
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