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1 Neurologia _________ ____________________________ Aula 01 NEUROFISIOLOGIA Filogênese: desenvolvimento das espécies para melhor se adaptarem ao ambiente Propriedades: excitabilidade, condutibilidade e contratilidade Animais unicelulares (ameba) Esponja do mar Anelídeo Insetos Driopiteco Homo sapiens EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 2 O TECIDO NERVOSO Tecido nervoso formado de 2 tipos de células: 1. Neuroglia: sustentação, proteção e modulação. São divididas em: MACRÓGLIA: Astrócitos Oligodendrócitos Células de Schwann MICRÓGLIA: Células responsáveis pela fagocitose após uma lesão; atuam como sistema imunológico do encéfalo 2. Neurônio: apresenta os mesmos componentes básicos de qualquer célula animal: membrana plasmática, organelas internas (núcleo, corpos de Golgi, mitocôndrias, 3 lisossomos e retículo endoplasmático) Tem 4 componentes: Tipos de neurônio • Bipolar • Pseudounipolar • Multipolar • Unipolar Classificação quanto ao tipo de axônio Neurônios de axônio curto Neurônios de axônio longo Classificação funcional 4 Neurônios eferentes (motor) Neurônios aferentes (sensitivo) Interneurônios Divisão do Sistema Nervoso 1. Divisão Anatômica Sistema nervoso central Encéfalo: cérebro cerebelo tronco encefálico: mesencéfalo, ponte, bulbo Medula espinhal Sistema nervoso periférico Nervos: cranianos e espinhais Gânglios Terminações nervosas 2. Divisão Funcional Sistema nervoso somático Aferente Eferente Sistema nervoso visceral Aferente Eferente: simpático e parassimpático 3. Divisão Segmentar Sistema nervoso segmentar Nervos periféricos Medula espinhal Tronco encefálico Sistema nervoso supra-segmentar Cérebro Cerebelo O MOVIMENTO VOLUNTÁRIO É orquestrado pela ação coordenada das regiões periférica, espinhal, do tronco 5 encefálico/cerebelo e cerebral, moldado por um contexto e dirigido pelas ações do executor. Depende da ativação dos seguintes componentes: Músculos esqueléticos Neurônios motores inferiores Conexões da medula espinhal Tratos descendentes Circuitos de controle: núcleos da base e cerebelo Áreas de planejamento motor Fuso neuromuscular: órgão sensorial do músculo, que consiste de fibras musculares, terminações sensoriais (Ia e II) e terminações motoras (MNγ) Neurônio motor superior: se originam no córtex cerebral ou TE e seus axônios seguem pelos tratos descendentes Neurônio motor inferior: corpo na medula espinhal ou TE; faz sinapse com músculo esquelético NM alfa: faz projeção às fibras musculares extrafusais NM gama: faz projeção às fibras intrafusais do FNM 6 Unidade motora: constituída de um neurônio motor alfa e das fibras musculares que inerva Co-ativação alfa-gama: ativação simultânea nos MNα e γ Inibição recíproca: mecanismo que garante o relaxamento de um grupo muscular antagonista quando o agonista está sendo ativado 7 Arco reflexo simples (reflexo miotático, extensor muscular ou reflexo tendinoso profundo): ocorre pela ativação das fibras aferentes Ia do fuso muscular que irão causar excitação monossináptica dos MNα do músculo distendido, ocasionando contração do mesmo Reflexo miotático 8 NEUROPLASTICIDADE Capacidade dos neurônios de alterar função, perfil químico ou estrutura. Deve ser conservada por mais de alguns segundos e não é periódica. Habituação Aprendizagem e memória Recuperação celular após lesão EXAME NEUROLÓGICO 1. Equilíbrio: relacionado à atividade vestibular, proprioceptiva, cerebelar (arquicerebelo) e visual EQUILÍBRIO ESTÁTICO Prova de Romberg: Positiva (alteração proprioceptiva ou vestibular). Ex.: labirintopatias, tabes dorsalis, polineuropatia periférica Negativa Obs1.: lesões cerebelares: astasia/ distasia Obs2.: reações de equilíbrio: desestabilizar o paciente EQUILÍBRIO DINÂMICO OU MARCHA Obs.: Marcha normal: Fase de apoio: contato inicial, aceitação de peso, apoio médio, apoio final Fase de balanço: pré-balanço, balanço inicial, balanço médio, balanço final A todo e qualquer distúrbio da marcha se dá o nome de DISBASIA Tipos de marcha: Ceifante: ex.: hemiplegia Anserina: ex.: distrofias Parkinsoniana Cerebelar ou ebriosa Tabética: ex.: tabes dorsalis Escarvante: ex.: paralisia de dorsiflexores Espástica: ex.: paralisia cerebral Vestibular (em estrela): ex.: lesão vestibular Avaliar: auxílio-locomoção, velocidade, sobre os calcanhares, na ponta dos pés, marcha 9 lateral um pé a frente do outro, subir e descer escadas. 2. Amplitude de Movimento ATIVA PASSIVA: goniometria Obs.: avaliar: fatores limitantes como dor, bloqueio articular, encurtamento muscular etc. 3. Força Muscular Dinamometria Teste manual Prova de Ruptura: graduação de 0 a 5 Manobras deficitárias Barré Mingazzinni Braços estendidos Obs.: Paresia: perda parcial da força muscular Paralisia: perda total do movimento voluntário 4. Tônus Muscular Grau de tensão do músculo em repouso. É testado pelo limite de movimentação passiva. Avaliação: Inspeção Palpação Movimentação passiva Resultados: Normotonia Hipotonia: ex.: lesão cerebelar, choque do SNC, lesão de 2º NM Hipertonia plástica: ex.: doença de Parkinson Hipertonia elástica: ex.: AVE Distonia (transição entre hipo e hipertonia) 10 5. Movimentos Involuntários Associados às lesões dos núcleos da base (caudao, putâmen, globo pálido, núcleo subtalâmico e substância negra). São eles: Tremor: ex.: doença de Parkinson Coréia: ex.: doença de Huntigton Balismo Atetose/ coreoatetose: ex.: paralisia cerebral Distonia: ex.: torcicolo espasmódico, cãimbra do escritor Mioclonias Tiques: ex.: síndrome de Tourette 6. Coordenação Motora Depende do bom funcionamento, principalmente, do cerebelo e propriocepção. Avaliação: Prova índex-nariz Índex-índex Calcanhar-joelho Movimentos alternados Prova de Stewart-Holmes (Manobra do Rechaço) Marcha na ponta dos pés Resultados: Dismetria: distúrbio na medida do movimento Disdiadococinesia Adiadococinesia Ataxia: pode ser cerebelar, sensitiva ou mista 7. Reflexos PROFUNDOS OU MIOTÁTICOS Bicipital (C5-C6) Tricipital (C6-C8) Estilorradial (C5-C6) Flexor dos dedos (C7-T1) Patelar ou quadricipital (L2-L4) Aquileu (L5-S1) 11 Respostas: Normal Arreflexia: ex.: polineuropatia, miopatias Hiporreflexia: ex.: polineuropatias, miopatias Hiperreflexia: ex.: AVE, TCE Pendular: ex.: lesão cerebelar Sinal de Hoffman (C8-T1) SUPERFICIAIS Cutâneo-plantar Respostas: Normal: flexão dos dedos Anormal: extensão dos dedos e abertura dos dedos em leque (Sinal de Babinski – lesão de trato córtico-espinhal) Obs.: Chaddock, Gordon, Oppenhein, Shaffer Cutâneo-abdominal (T6-T12) Respostas: Normal: contração dos músculos abdominais para o lado estimulado Anormal: ausência de contração (lesão de via piramidal, obesidade) 8. Sensibilidade Avaliar a sensibilidade, diz respeito aos receptores, às vias condutoras e aos centros localizados no encéfalo. Receptores sensoriais: macanorreceptores (tato, pressão, distensão ou vibração) quimiorreceptores (olfato, paladar) termorreceptores (temperatura) Classificação dos receptores sensoriais: Propriocepção: fusos musculares, OTG’s, Pacini e Ruffini Tato e pressão: Meissner e Pacini (tato,pressão); Ruffini (distensão da pele) Dor e temperatura: terminações nervosas livres SENSIBILIDADE SUBJETIVA Dor Parestesia (dormência, formigamento) 12 SENSIBILIDADE OBJETIVA Especial: nervos cranianos (olfato, visão, paladar, audição) Geral: superficial (tato, temperatura, dor) e profunda (vibração, pressão, cinético- postural e dor) Combinada: estereognosia, duplo estímulo, grafestesia, discriminação entre 2 pontos VIAS AFERENTES Trato espino-talâmico lateral: dor e temperatura Trato espino-talâmico anterior: tato protopático e pressão Tratos espino-cerebelares: propriocepção inconsciente Fascículos grácil e cuneiforme: propriocepção consciente e tato discriminativo 13 Receptores NP Vias aferentes Tálamo Córtex somestésico 14 9. Nervos Cranianos I – N. Olfatório: hiposmia, anosmia, parosmia, cacosmia, alucinações II – N. Óptico: acuidade visual (ambliopia, amaurose); campo visual (hemianopsia) III – N. Oculomotor, IV – N. Troclear e VI – N. Abducente: estrabismo V – N. Trigêmeo: neuralgia, dificuldade na mastigação VII – N. Facial: paralisia facial (prosopoplegia; quando bilateral chama-se diplegia facial) VIII – N. Vestibulococlear: hipoacusia, zumbido, nistagmo, Romberg positivo IX – N. Glossofaríngeo: hipogeusia, ageusia, disfagia X – N. Vago: disfonia XI – N. Acessório: paralisia ECOM e trapézio XII – N. Hipoglosso: atrofia da língua, fasciculação, desvio lateral, disartria 15 SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Definições: Síndrome: reunião de sinais e sintomas que ocorrem em conjunto e que caracterizam uma doença ou uma perturbação Sinais: manifestações da doença, detectadas no exame Sintomas: fenômeno presente no organismo, sentido pelo paciente Síndromes neurológicas: Síndrome do neurônio motor superior ou primeiro neurônio: espasticidade (hipertonia elástica – sinal do canivete); hiperreflexia; clônus; sinal de Babinski; fraqueza muscular; hipotrofia. Ex.: AVE Síndrome do neurônio motor inferior ou segundo neurônio: hipotonia; hipo/arreflexia; hipo/atrofia; fasciculações. Ex.: Síndrome de Guillain-Barré Síndrome cerebelar: ataxia; tremor de intenção; dismetria; decomposição do movimento; nistagmo, disdiadococinesia; astasia; disbasia; hipotonia, reflexos pendulares; marcha ebriosa Sensorial: hipo/hiper/anestesia; alterações proprioceptivas Síndrome extrapiramidal: bradicinesia; hipo/hipercinesia; rigidez (sinal da roda denteada; “cano de chumbo”). Ex.: doença de Parkinson, paralisia cerebral 16 QUESTÕES PARA APERFEIÇOAMENTO 1-Na presença de lesão do nervo periférico, o exame que contribui para o fisiodiagnóstico é: A - arteriografia B - neurografia C - eletromiografia D - tomografia E - ressonância magnética 2-O tipo de marcha do paciente portador de doença de Parkinson é: A - saltitante B - Petit-pas C - deslizante D - Great-steps E - tremores 3-A perda de contração muscular voluntária por interrupção funcional ou orgânica em qualquer ponto da via motora, desde o córtex até o músculo, denomina-se: A - tetraplegia B - monoplegia C - Hemiplegia D - paralisia E - paresia 4-Com pacientes portadores de lesão cerebral com quadro de apraxia o terapeuta deve: A - falar baixo B - decompor o movimento em comandos simples C - fazer uma série complexa de exercícios D - dar reforço tátil E - falar rápido 5-A paralisia do sétimo par craniano não afeta o músculo: A - zigomático B - orbicular do olho C - bucinador D - masseter E – risório 6-Pode-se avaliar a integridade do suprimento nervoso do cotovelo através dos seguintes reflexos: A - aquileu, patelar e biciptal. B - biciptal, aquileu e triciptal. C - braquiorradial, patelar e aquileu. D - tricipital, aquileu e braquiorradial. E - biciptal, tricipital e braquiorradial. 7-No sistema nervoso central, a estrutura responsável pelo controle da discinesia e do balismo é: A - cerebelo B - mesencéfalo C - tronco cerebral D - gânglios da base E - área pré-motora 17 8-A atividade do sistema vestibular constitui um elemento importante para: A - distonia B - balismo C - atetose D - tremor E - ataxia 9-A afasia de Broca é um problema clínico que geralmente acomete o paciente com: A - doença de Parkinson B - acidente vascular cerebral C - doença vascular periférica D - síndrome de Guillain-Barré E - paraparesia espástica tropical 10-Quando a sensibilidade vibratória é abolida, o termo neurológico adequado é: A - anafia B - apalestesia C - abarognosia D - acriestesia E – abatiestesia 11- Das alternativas a seguir, a que apresenta sinais de piramidalismo é: A - hipertonia plástica, tremor e normorreflexia profunda. B - hipertonia plástica, clônus e hiper-reflexia profunda. C - hipertonia elástica, clônus e hiper-reflexia profunda. D - hipertonia elástica, tremor e hiporreflexia profunda. E - hipertonia plástica, clônus e hiporreflexia profunda. 12-A ausência ou redução da capacidade de comunicar-se através da fala, devido a disfunções dos centros cerebrais, denomina-se: A - astereognosia B - anosognosia C - agnosia D - afasia E - apraxia 13-A resposta motora da flexão dorsal do pé com a flexão plantar dos dedos é o reflexo: A - sinal de Babinsk B - cutâneo-plantar C - tibial anterior D - extensores dos artelhos do pé 14-O reflexo que fica abolido, ao ser seccionada a raiz nervosa de S1, em um acidente automobilístico, é o: A - patelar B - aquileu C - gastrocnêmio D - cutâneo-plantar 15-O exame de reflexo patelar verifica predominantemente a magnitude do seguinte nível neurológico: A - L1 B - L4 C - L1 e L2 D - L5 e S1 18 16-Os receptores sensoriais responsáveis pelas sensações profundas, encontradas nos músculos, tendões, ligamentos, articulações e fáscias são: A - mecanoceptores B - proprioceptores C - exteroceptores D – interoceptores 17- A marcha característica da distrofia muscular progressiva é a: A - atáxica B - anserina C - coréica D - helicópode E - polichinelo 18- A escala de ASHWORTH é amplamente usada para graduar: A - lesão medular B - tônus muscular C - flexibilidade D - grau de independência funcional para AVDS E - gravidade do acidente vascular cerebral 19-Um paciente que, estando de pé, mantém-se equilibrado, e que cai para um dos lados ao Ter a visão ocluída, apresenta o sinal de: A - Bell B - Romberg C - Sydenham D - Huntington 20-Os corpúsculos que identificam vibrações de baixas e altas freqüências são, respectivamente: A - Meisnner e Paccini B - Paccini e Meisnner C - Ruffini e Meisnner D - Meisnner e Krause 21- (Arraial do cabo 1994) Aponte, dentre os citados, os exercícios indicados para coordenação: A) exercícios de Buerger-Allen B) exercícios de Codmen C) exercícios de De Lorme D) exercícios de Frenkel 22 – ( PM Rio de Janeiro 1995) A técnica de estimulação proprioceptiva do tipo alongamneto recruta motoneurônios denominados: A) beta B) alfa e gama C) delta D) fibras intrafusais E) fibras extrafusais 19 23- ( INÇA 1995) Os fusos musculares se sensibilizam com o estiramento do músculo porque: a) o fuso muscular tem por função evitar a contração exacerbada do músculo antagonista b) o estiramento do fuso carreia informações para o corno anterior da medula ' . c) o estiramento do fuso excita o motoneurônio das unidades motoras do músculo antagonista d) o estiramento do fuso excita os motoneurônios das unidades motoras do próprio músculo e) o fuso muscular tem por função ativar uma contração agonista-antagonista 24- ( INÇA 1995) É considerada uma forma de estimulação exteroceptiva: a) tração b) alongamento rápido c) alongamento sustentado d) escovamento repetidoe) vibração 25 - ( INÇA 1995) O estiramento do órgão tendinoso de Golgi causa: a) inibição dos motoneurônios e do músculo agonista b) inibição dos motoneurônios e do músculo antagonista c) ativação dos motoneurônios e do músculo agonista d) contração reflexa do músculo agonista e)relaxamento reflexo do músculo antagonista 26-( INÇA 1995) O termo incapacidade se refere a uma perda: a) sensorial b) anatómica c) socioambiental d) económica e) funcional 27-( INÇA 1995) Os exercícios de Frenkel devem constar do programa de tratamento de patologia que cursem com: a) espasticidade b) incoordenação c) fraqueza muscular d) amiotrofia e) bloqueio articular 78- ( Gov Rio de Janeiro 1.595) Ao exame do ciclo normal da mnrcha deverão ser observadas as seguintes fases: a) acomodação intermediária e desaceleração b) acomodação de posição e desaceleração c) acomodação de posição e oscilação d) oscilação e apoio do calcanhar e) oscilação e impulso 29- ( Gov Rio de Janeiro 1995) O estiramento muscular causa a inibição dos neurônios motores alfa e gama e a liberação da inibição do antagonista. A- estrutura que desencadeia este estímulo é: a) miofibrila b) sarcolema c) placa motora d) órgão tendinoso de Golgi e) bolsa nuclear das fibras 20 30- ( Gov Rio de Janeiro 1995) No sistema nervoso'central, a estrutura responsável pelo controle da discinesia e do balismo é: a) cerebelo b) mesencéfalo c) tronco cerebral d) gânglio da base e) área pré-motora 31- ( Gov Rio de Janeiro 1995) A atividade do sistema vestibular constitui um elemento importante para: a) distonia b) balismo c) atetose d) tremor e) ataxia 32-( Gov Rio de Janeiro 1995) Ao examinar a marcha de um paciente que possui rigidez da articulação do joelho pode-se observar: a) perda da dorsiflexão do tornozelo b) elevação do quadril do lado acometido c) depressão do quadril do lado acometido d) diminuição da base para ganhar equilíbrio e) elevação do quadril do lado não acometido 33- ( João Barcellos Martins 1996) O grupo muscular diretamente envolvido na fase balística da marcha é o: a) glúteos b) sartório c) quadríceps d) gastrocnêmio e) tríceps sural 34- ( João Barcellos Martins 1996) O equilíbrio do corpo humano será mais estável na prporção em que o centro de gravidade e a base de sustentação forem, respectivamente: a) alto/maior b) alto/menor c) baixo/maior d) baixo/menor e) alto/indiferente 35- ( Jocio Barcellos Martins 1996) O número de fibras musculares para todos os músculos esqueléticos do corpo, por unidade motora, é em torno de: a) 100 b) 180 c) 200 d) 250 e) 300 36- ( Magé 1996) A síndrome caracterizada por paralisia do par craniano, motor ocular comum e hemiplegia contralateral é denominada: a) Avellis b) Weber c) Schmidt . d) Millard-Gubler. e) Brown-Sequard 21 37- ( Magé 1996) A contração involuntária muscular denomina-se: a) espasmo b) fraqueza c) flacidez d) pressão e) tensão 38- ( Petrópolis 1996) Das afirmativas a seguir qual pode ser considerada incorreta a) as fibras motoras finas dos nervos dos músculos são as eferentes gama b) as fibras motoras finas dos nervos dos músculos são as aferentes gama c) as fibras sensitivas dos nervos dos músculos são do tipo grossa e formam os fusos neuromusculares d) as fibras mielinizadas mais finas formam as terminações de Ruffini e) as terminações nervosas tendíneas de Golgi são estimuladas por estiramento do músculo ao qual se liga 39- ( Petrópolis 1996) Na avaliação do tônus muscular podemos encontrar rigidez e espasticidade que ocorrem respectivamente por descarga prolongada dos: a) neurônios motores gama 2; neurônios motores alfa l b) neurônios motores gama 1; neurônios motores alfa l c) neurônios motores alfa 2; neurônios motores gama 2 d) neurônios motores alfa; neurônios motores gama e) neurônios motores alfa; neurônios motores alfa2 40- ( UEPJ 1997) O fenômeno de rebote é a perda do reflexo de freio, indicativo de lesão na seguinte estrutura: a) tálamo b) cerebelo c) globo pálido d) núcleo caudal e) núcleo, putâmen 41- ( UERJ 1997) O distúrbio que afeta o planejamento motor e o controle voluntário da sequência de atos, sem que haja paralisia motora, denomina-se: a) amaurose b) agnosia c) apraxia d) astasia e) alexia 42- ( IJER1 1997) O corpo principal de um neurônio motor denomina-se: a) soma b) axônio c) dendrito d) bainha de mielina e) corpúsculo de Meissner 43- ( Duque de Caxias 2000) Na moléstia do motoneurônio, a contração involuntária visível dos feixes das fibras nervosas denomina-se: a) fasciculação b) disfagia c) distrofia miotônica d) fibrilação 22 44- ( Niterói 2000) O mielencéfalo e o metencéfalo dão origem respectivamente: a) ao bulbo/ cerebelo e ponte b) ao cerebelo/ ponte e cérebro c) ao bulbo/ cérebro e medula espinhal d) à medula epinhal/ cerebelo e ponte 45- ( Niterói 2000) Para suspeitar-se de que um paciente seja portador da síndrome de Weber( lesão da base 'do pedúnculo cerebral), é necessário que, além da hemiplegia do lado oposto da lesão, ele apresente ainda os seguintes sintomas do mesmo lado da lesão: a) estrabismo divergente, ptose palpebral, midríase b) estrabismo convergente, ptose palpebral. Midríase c) estrabismo divergente, impossibilidade de fechar o olho, miose d) estrabismo convergente, impossibilidade de fechar o olho 46- ( SÉS Rio 2001) Após alguns dias de acompanhamento de um paciente neurológico na enfermaria, o fisioterapeuta identifica de forma positiva que o paciente apresenta um quadro clínico compatível com apraxia ideomotora. O fisioterapeuta obteve esse diagnóstico analisando a incapacidade do paciente em: a) desempenhar um ato motor proposital, automaticamente ou sob comando b) desempenhar uma tarefa sob comando e em imitar gestos, ainda que compreenda o conceito da tarefa c) realizar a retenção da idéia da tarefa e de formulação.dos necessários padrões motores d) reconhecer objeto pelo seu manuseio, embora estivessem intactas as sensações proprioceptivas táteis e térmicas 47- ( SMS Rio 2001) A marcha em que o paciente realiza, durante a fase de oscilação, uma elevação da pelve e faz com o pé um semicírculo no chão é denominada: a) atáxica / mista b) corecoatetósica c) parética/ atáxica d) atáxica/ espástica e) parética/ espástica 48- ( Campos dos Goytacazes 2001) A capacidade do sistema nervoso central para adaptação e reorganização é denominada: a) somação espacial b) plasticidade neural r) somação temporal d) manutenção tónica 49- ( Campos dos Goytacazes 2001) A proliferação do tecido neuroglial no sistema nervoso central é denominada: a) tríade de Charcot b) gliose c) sinal de Lhermitte d) descarga miotônica 23 50- ( Bombeiros 2001) Impulsos neurais aferentes que estimulam os neurônios motores de um determinado músculo inibem reflexamente os neurônios motores dos músculos antagonistas. Esse efeito de importância fundamental para a não realização de movimentos incoordenados denomina-se: a) co-contração b) educação cruzada c) inervação recíproca d) descarga rebote e) indução sucessiva 51- ( Bombeiros 2001) Em relação ao reflexo miotático é correto afirmar que: a) é a resposta muscular ao frio b) é a resposta muscular à digitopressão c) é a resposta muscular a qualquer traumatismo direto d) é a resposta muscular(contração) a um estiramento e) é a capacidade que o músculo tem de se alongar além do limite habitual(flexibilização) 52- (Queimados 2001) Na presença do sinal de Babinski, a resposta ao estímulo feito na região plantar do pé é: a) a flexão do hálux com adução dos outros quatro dedos b) a flexão do hálux com abdução dos outros quatro dedos c) a extensão do hálux com abdução dos outros quatro dedos d) a extensão do hálux com adução dos outros quatro dedos e) a flexão de todos os artelhos53- ( Queimados 2001) A hipertonia elástica caracteriza-se por : ' . a) lesão extrapiramidal b) roda denteada c) sinal de canivete d) acometimento-de musculatura flexora e extensora, indistintamente e) sinal de Holmes 54- ( Queimados 2001) A hipotonia acomete caracteristicamente indivíduos com lesão: a) vestibular b) cortical c) de 10 neurônios motores d) cerebelar e) piramidal 55- (Queimados 2001) Constituem a própriocepção, exceto: a) palestesia b) grafestesia c) artrestesia d) cinestesia e) sentido de movimento 56- (Queimados 2001) Espasticidade é: a) aumento da excitabilidade dos neurônios fusimotores gama e dos motores alfa b) diminuição da excitabilidade dos neurônios fusimotores gama e dos motoneurônios alfa c) aumento da excitabilidade dos neurônios fusimotores alfa e dos motoneurônios gama d) diminuição da excitabilidade dos neurônios fusimotores gama e dos motoneurônios gama e) aumento da inibição dos neurônios fusimotores gama e dos neurônios alfa média 24 57- ( Queimados 2001) A área motora do córtex cerebral responsável pela programação de sequências complexas de movimento é: a) o córtex motor b) o córtex motor primário c) o córtex parietal posterior d) a área motora suplementar e) o córtex cerebral sensóriomotor 58- ( Campinas 2002) A espasticidade é definida como aumento anormal do tônus muscular'e: a) causada por lesão extra-piramidal, sendo uma resistência ao movimento passivo b) causada por lesão piramidal, não podendo ser inibida por via medicamentosa c) causada por lesão extra-piramidal, podendo ser inibida por via medicamentosa d) exacerbação de reflexos que é desencadeada através de neurotransmissores excitatórios e) exacerbação dos reflexos osteo-tendinosos, que pode ser inibida por via medicamentosa 59- ( Uni-Rio 2002) Do sulco bulbo-pontino emergem, da parte medial para a lateral, respectivamente, os seguintes 3.nervos: a) olfativo, óptico e oculomotor b) troclear, trigêmio e oculomotor c) glossofaríngeo, vago e acessório d) abducente, facial e vestíbulo-coclear e) oculomotor, glossofaríngeo e hipoglosso 60- ( Uni-Rio 2002) Nas subdivisões do encéfalo primitivo, o prosencéfalo e o mesencéfalo õriginam-se,-respectivamente, das seguintes estruturas: a) Telonréfalo o bulbo; e ponte b) Cerebdo e ponte; e mesencéfalo c) Rombencéfalo e cerebelo; e ponte d) Telencéfalo e diencéfalo; e mesencéfalo e) Rombencéfalo e mesencéfalo; mielencéfalo 61- ( Uni-Rio 2002) O III ventrículo comunica-se com o IV, através da seguinte estrutura: a) Aqueduto b) infundíbulo c) plexos corióides d) canal ependimário. e) forâmen interventricular 62- ( Uni-Rio 2002) O reflexo que tem como estímulo e resposta o mesmo segmento é denominado: a) de extensão protetora b) de estiramento c) de Landau d) da marcha e) Babinski 63- ( Maricá 2002) As meninges fornecem proteção para o encéfalo e a medula espinhal, estruturas estas que se encontram dispostas, respectivamente, de parte externa para interna em: a) aracnóide, pía-máter e dura-máter b) pia-máter, dura-máter e aracnóide c) dura-rnáter, aracnóide e pia-máter d) camada endosteal, dura-máter e aracnóide e) dura-máter, camada meningéa e pia-máter 25 64- (Maricá 2002) O sentido de equilíbrio é função do nervo craniano denominado: a) troclear b) vestibulococlear c) abducente d) trigêmio e) glossofaríngeo 65- ( Ceará 2002) Os receptores responsáveis pela propriocepção são as terminações nervosas complexas situadas: a) rios músculos, cápsulas articulares, ossos b) nos tendões, ligamentos e cápsulas articulares c) nos ossos, nos músculos e ligamentos d) nos tendões, nos músculos e na faseia muscular e) nos ligamentos, na faseia muscular e nos músculos 66- (Ceará_2002) Com relação às formas de sensibilidade e seus testes, é correto afirmar que: a) a perda da direção do movimento, nos testes específicos de sensibilidade, indica alteração da sensibilidade superficial b) a palpação sobre os músculos testa uma das formas de sensibilidade profunda c) a alteração da sensibilidade, em forma de anestesia em sela, indica lesão de- um nervo periférico d) a alteração de sensibilidade, em forma de hemianestesia, caracteriza as políneuropatios e) a palestesia é uma forma de sensibilidades superficial, testada com um diapasão nas eminências ósseas 67- ( Ceará 2002) Baseado nas divisões do Sistema Nervoso, é correto afirmar que: a) O cérebro e o cerebelo são estruturas supra-segmentares, caracterizadas pela presença de substância branca pó r Tora e cinzenta por dentro. b) O encéfalo faz parte da divisão anatómica do Sistema Nervoso Central, e está localizado dentro do crânio neural c) O rombencéfalo se divide em Telencéfalo e Diencéfalo e na formação do Sistema Nervoso central formam o cérebro d) Os nervos espinhais e cranianos fazem parte do Sistema Nervoso Periférico e suas conexões com o sistema nervoso central se fazem através da medula espinhal e) O mielencéfalo vai dar a formação do cerebelo e da ponte na maturação do sistema nervoso adulto 68- ( Ceará 2002) A hipertonia piramidal possui certas características. Com relação a esta alteração do tônus, é correta afirmar que: a) a hipertcnia está presente nos músculos agonistas e antagonistas dos membros, além da face e do pescoço b) o sinal da roda denteada e o sinal do cano de chumbo sempre se fazem presente nesta hipertonia c) o sinal de canivete, somado à contratura dos músculos que dificultam, a movimentação passiva, faz parte desta hipertonia d) a hipertonia está presente nos músculos extensores e pronadores do membro superior e nos flexores do membro inferior e flexores plantares do tronozelo e) a paralisia motora, hiperreflexia e o sinal de Babinski não estão presentes neste tipo de hipertonia 69- ( Ceará 2002) O sinal de Romberg é um fsinal característico de lesão: a) cerebelar b) vestibular c) proprioceptiva d) exteroceptiva e) piramidal 26 70- (Três Rios 2002) As reações associadas são movimentos patológicos indicativos do potencial para desenvolvimento da espasticidade ou da: a) redução da sinergia espástica predominante b) acentuação da sinergia espástica indeterminada c) acentuação da sinergia espástica predominante d) redução da sinergia espástica indeterminada 71- ( Itaguaí 2003) O uso do gelo, em curto espaço de tempo, superficialmente, sem resfriar o músculo, conduz à facilitação das descargas dos neurônios motores ALFA, o que desencadeia um efeito de: a) estimulação b) sedação c) relaxamento d) facilitação e) regeneração 72- (Itaguaí 2003) O corpo estriado é formado pelas seguintes estruturas: a) núcleo, rubro, putâmen e caudado b) putâmen, caudado e pálido c) caudado, putâmen-e-rubro d) núcleo rubro, caudado e núcleo niger e) caudado, núcleo rubro e núcleo niger 73- ( Itaguaí 2003) O estiramento do órgão tendinoso de Golgi causa: a) ativação dos neurônios e do músculo agonista b) relaxamento reflexo e do músculo antagonista c) inibição dos motoneurônios e do músculo antagonista d) contração reflexa e do músculo antagonista e) inibição dos motoneurônios e do músculo antagonista 74- ( Jabaquara 2003) O súbito relaxamento ou afrouxamento de um músculo espástico, e em resposta a um estímulo de alongamento, é denominado: a) fenómeno de libertação b) clônus . . c) fenómeno de canivete d) fenómeno de roda denteada e) mioclonia 75- ( Silva Jardim 2003) A união entre dois neurônios é conhecida como: a) sinapse b) axônio c) dendrito d) bainha de mielina 76- ( Silva Jardim 2003) Na análise da marcha , observa-se maior atividade do grupo pré-tibial na seguinte fase: a) oscilação b) calcanhar solo c) passagem d) elevação 77- ( Silva Jardim 2003) A marcha com flexão excessiva do quadril e do joelho(marcha de estepagem) é observada na deformidade do pé em: a) valgo . - b) equino c) varo d) supino 27 78- ( Igarassu 2003)Qual das técnicas de estimulação abaixo não deve ser indicada para o tratamento de um paciente hipertônico? a) resfriamento prolongado dos músculos espásticos b) alongamento rápido dos músculos espásticos c) pressão inibitória aplicada ao tendão dos músculos espásticos d) estimulação vestibular lenta e) posição invertida(abaixar a cabeça do paciente em relação ao tronco) 79- (EAOT 2004) Com relação à marcha normal, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, e em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( ) o centro de gravidade do corpo descreve uma curva de amplitude mínima nos eixos vertical e horizontal ( ) a fase de acomodação de posição, ou de apoio, é 40% do ciclo da marcha; e a fase de oscilação, ou balanço, corresponde a 60% ( ) No apoio do calcanhar o centro de gravidade do corpo está posterior ao eixo da articulação do joelho . ( ) um aumento no deslocamento do centro de gravidade do corpo requer um gasto energético aumentado, criando uma demanda metabólica aumentada a) F,V,V,V B) F,v,F.v c) V,F,V,V d) V,F,F,F 80-(EAOT 2004) O teste em que se pede ao paciente que compare o peso de objetos posicionados em sua mão, indicando qual o mais pesado ou qual o mais leve busca avaliar um tipo de sensação específica denominada: a) Barognosia . b) Cinestesia c) Grafestesia d) Estereognosia 81-(EAOT.2004) A incapacidade de movimento preciso por distância prevista resultante de lesão cerebelar dá-se o nome de a) Disdiadococinesia b) Disestesia c) Distonia d) Dismetria 82-(EAOT 2004) Um paciente com paralisia do III par craniano necessitará de cinesioterapia com vista a recuperares seguintes movimentos: a) Fechamento da pálpebra e adução do olho b) Fechamento da pálpebra e abdução do olho c) Abertura da pálpebra e adução do olho d) Abertura da pálpebra e abdução do olho 83-(PM Mangaratiba 2003) Como foi definido por Sherrington uma unidade motora completa.? . a) Motoneurônio com seu axônio, fibras músculo-esqueléticas b) Motoneurônio com seu axônio e dentritos, placas motoras terminais e fibras musculares inervadas pelo primeiro c) Motoneurônio, fibras Ia, interneurônios e fibras musculares d) Motoneurônio, seu axônio e dentritos 28 RESPOSTAS 1-C, 2-B, 3-D, 4-B, 5-D, 6-E, 7-D,8-E, 9-B, 10-B, 11-C, 12-D, 13-B, 14-B, 15- B, 16-B, 17-B, 18-B, 19-B, 20-B, 21-D, 22-B, 23-D, 24-D, 25-A, 26-E, 27-B, 28-C, 29-D,30-D, 31-A, 32-B, 33-C, 34-C, 35-B, 36-B, 37-A, 38-B, 39-D, 40-B, 41-C, 42-A, 43-A, 44-A, 45-A, 46-B, 47-E, 48-B, 49-B, 50-C, 51-D, 52-C, 53- C, 54-D, 55-B, 56-A, 57-D, 58-E, 59-D, 60-D, 61-A, 62-B, 63-C, 64-B, 65-B, 66-B, 67-B, 68-C, 69-C, 70-C, 71-A, 72-B, 73-C, 74-C, 75-A, 76-B, 77-B, 78- B, 79-C, 80-A, 81-D, 82-C, 83-B INDICAÇÕES PARA LEITURA 1-Fundamentos da Neurociência e do Comportamento. Eric. R. Kandel 2-Neuroanatomia Funcional. Angelo Machado 3-Cem Bilhões de Neurônios. Roberto Lent 4-Neurociência-Fundamentos para reabilitação.. Laurie Lundy-Ekman 5-Merrit- Textbook of Neurology 6-Neuroscience. Exploring the Brain.Mark. F. Bear 7-Essentials of Neural Science and Behavior.Eric. R. Kandel 8-The Neurologic Examination.De Jongs 9-Provas de função muscular. Daniels 29 Neurologia Aula 02 CONCEITO BOBATH Definição O conceito Bobath é uma abordagem resolvendo problemas de forma holística, onde são realizados avaliações e tratamentos individuais em adultos e crianças com comprometimento da função, movimento e tônus, devido a uma lesão no SNC Introdução Berta Bobath – nasceu em Berlim e 5/12/1907 Karel Bobath – nasceu em Berlim em 14/03/1906 Se conheceram superficialmente na infância. Berta - prof de educação física em 1926 – mais tarde em Londres cursou Fisioterapia. Karen – era médico na Alemanha e na Tchecoslováquia. O casal se refugiou do regime nazista - Londres – casaram em 23/04/1941 Em 1943 foram chamados para atender um pintor famoso (HGD) # MS – rígido # mão – inchada # Síndrome ombro – mão Foi iniciado tratamento com vibração em deltóide e percebeu que nada acontecia. Berta, então, movimentou seu braço e observou reações no paciente – movimento ritmado até aonde havia resistência – estendeu todo o braço. Observou, então, que poderia influenciar o tônus através do movimento: Redução da espasticidade no cotovelo resultando em menor espasticidade no punho e dedos. Concluiu que trabalhando proximalmente poderia influenciar e reduzir a espasticidade de todo o braço. Este mesmo paciente apresentava alteração da sensibilidade, esquema corporal – aferiu, então, que a alteração do tônus muscular cursa com alteração perceptiva. Hoje, se acredita em algo ainda mais complexo: quando há lesão central o problema é sócio – psico – sensorial DESENVOLVIMENTO DAS TÉCNICAS E METODOLOGIA DO TRATAMENTO Berta elaborou técnicas que objetivavam a redução da espasticidade e as chamou de PIR. Padrões patológicos eram inibidos mantendo o paciente em postura estática até que o tônus reduzisse, ao soltar o paciente voltava ao padrão patológico. 30 Expectativa – uma vez experimentado um tônus normal o paciente iria se mover após este estímulo com maior normalidade – o que não ocorreu. Posteriormente utilizou técnicas através do movimento em crianças com DNM. – o tratamento consistia em inibição parcial e estimulação de um movimento normal (facilitação). No início se utilizava: 1 – Normalização do tônus – usando pontos específicos do corpo humano – chamados pontos-chave de controle 2 – Facilitação do movimento OBJETIVO ATUAL 1- Funcionalizar o tônus não é o objetivo principal OBJETIVO PRINCIPAL – conseguir durante a sessão e fora dela a funcionalidade do paciente - o que muitas vezes pode iniciar o movimento com o paciente com tônus ainda anormal – que se funcionaliza durante a função. O conceito Bobath utiliza hoje a orientação mundial de saúde ou habilitar o paciente dentro de sua funcionalidade. EVOLUÇÃO GEOGRÁFICA E SUA ORGANIZAÇÃO Em 1951 – Fundação do Centro Bobath - Contato com outros conceitos e métodos – Mr. Knott - PNF – contato constante. - Objetivo da Fundação Bobath – pesquisas e cursos - Falecimento do casal - 1991 - Encontros internacionais anuais dos instrutores - Dra. Kong e Mary Quinton – tratamento do bebê na suíça - Patrícia Davies – dedica-se ao tratamento de AVE e TCE – Bad Ragaz - Em 1982 – o casal ministrou o primeiro curso oficial exclusivo para tratamento de adultos – AVE - Países representados com instrutores do conceito Bobath – Áustria, Alemanha, Holanda, Suíça, Itália, Espanha, Portugal, Polônia, Lituânia, EUA, Israel, Brasil e demais paises da América do Sul. - No Brasil – primeiro curso em 1967 na clínica Pinto Duarte em 67 deu-se continuidade cada ano até 70 31 - Primeira instrutora no Brasil – 1968 - foi W.I. Mônika Müller - atualmente ministra cursos no Brasil, Alemanha, EUA, Argentina. Restrições É uma limitação individual e ambiental relacionada a esta tarefa ou ao canal facilitador de um movimento ou de um comportamento. - Restrições individuais – São as características físicas e mentais únicas de uma pessoa ou de um organismo. - Restrições ambientais – São limitações relacionadas ao mundo que nos envolve. - Restrições estruturais – São limitações do indivíduo, relacionadas à função comportamental. - Restrições da tarefa – São metas empreendidas de acordo com regras e escolhas de equipamentos. Desenvolvimento motor ao longo da vida Kathleen Haywood, Nancy Getchell Artemed 2004 Técnicas para aumentar o Tônus muscular Técnicas são usadas no caso de hipotonia, atetose, ataxia ou uma espasticidadee onde o tronco é hipotônico e as extremidades são espásticas. Inicialmente cria-se uma situação para que a inervação recíproca possa ocorrer de uma maneira adequada. São usadas em caso de: Fraqueza muscular aparente ou real, fenômeno que se apresenta naturalmente ou após ter inibido uma hipertonia. Deficiência sensorial com hipotonia Falta do desenvolvimento do esquema corporal Tônus flutuante 32 As técnicas de estimulação são: A – Pressão, suporte de peso – resistência. B – Sustentação do membro C – Tapping TRONCO Todos os movimentos normais dependem do tronco A ele estão ligados a cabeça, MMSS e MMII Seu controle depende: Tônus muscular normal Inervação recíproca Sensação normal Músculos alinhados biomecanicamente Amplitude de movimento normal Reações de retificação e equilíbrio “postural sets” São necessários para o desenvolvimento do controle de tronco: Capacidade de dissociação Capacidade de movimentar e controlar o movimento: reações de retificação, equilíbrio e balanço Simetria Arco de movimento, estabilidade dinâmica, pontos de controle Obs.: Tronco superior (até T7) dissocia movimentos em relação ao inferior (T8 pra baixo) → possibilidade de mover o tronco em diferentes direções e planos → permite que as extremidades superiores e cabeça atuem independente do tronco inferior Conceito desenvolvido a partir da observação do desenvolvimento motor normal → técnicas de facilitação Função → requer concentração, percepção, decisão (estratégia) 33 Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (Método Kabat) História: em 1946, Dr. Herman Kabat e as fisioterapeutas Margareth Knott e Dorothy Voss uniram-se para estudar os fundamentos neurofisiológicos, biomecânicos e cinesiológicos do movimento, observando movimentos de desportistas. Desenvolveram o Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva que, inicialmente foi aplicado em pacientes neurológicos em um centro de reabilitação em Vallejo – Califórnia. Definição: Facilitação: Todo processo que acelera uma resposta, ou seja, neurologicamente, diminui o limiar de excitabilidade. Neuromuscular: movimento que envolve o músculo e sua unidade motora correspondente. Proprioceptiva: baseada na estimulação de proprioceptores (fusos neuromusculares, OTG’s). FNP: conjunto de técnicas que promovem e aceleram as respostas dos mecanismos neuromusculares, através da estimulação de todos os receptores. É um “bombardeio” sensorial em tempo e espaço para obtenção de uma resposta. É baseado no conceito de que todo ser humano, incluindo portadores de deficiência, tem um potencial não explorado. Princípios básicos: Enfoque terapêutico sempre positivo, reforçando e utilizando o que o paciente pode fazer. Objetivo primário de todo tratamento é facilitar o paciente a alcançar seu mais alto nível funcional. PNF é uma abordagem global: cada tratamento é direcionado para o problema como um todo e não para um problema específico de um segmento corporal. Procedimentos básicos para a facilitação: fornecem ao terapeuta ferramentas necessárias para ajudar o paciente a atingir uma função motora eficiente, não dependendo, necessariamente, da sua colaboração consciente. 34 1. Input visual: uso da visão para guiar e aumentar o empenho. 2. Comando verbal: uso de palavras para preparar, executar e corrigir movimentos. 3. Contato manual (input exteroceptivo): dirige, guia, controla e resiste ao movimento. 4. Inputs Proprioceptivos: - estímulo de estiramento: uso do alongamento muscular e reflexo de estiramento facilitando a contração muscular. Tem como indicações a melhora do tônus muscular e dar informações sensitivas centrais através da estimulação proprioceptiva. As contra-indicações são o pós-cirúrgico imediato, fraturas não consolidadas e, ocasionalmente, espasticidade. - tração: afastamento manual das superfícies articulares, estimulando os receptores ligamentares. Está relacionado à promoção do movimento ou quando a ação da gravidade precisa ser eliminada. Tem como indicações problemas articulares, para diminuir a dor. As contra-indicações são fraturas não-consolidadas e quando promove ou aumenta a dor. - aproximação: é a compressão manual das superfícies articulares. Estimulam-se receptores de resposta mais lenta promovendo estabilidade e sustentação postural. Tem como indicação a melhoria do tônus e, contra-indicações, processos erosivos das cartilagens articulares e osteoporose. - posição e biomecânica corporal: o terapeuta deve estar dentro da diagonal, garantindo uma posição adequada para si. O paciente não pode sentir dor e deve estar posicionado de forma que possa ou não haver, ação da gravidade. - facilitação apropriada (resistência): maior resistência que pode ser aplicada em uma contração isotônica ativa, permitindo amplitude total de movimento. Tem como indicações facilitar a resposta muscular, mantendo a estimulação sobre os fusos musculares, aumentar a força e resistência e melhorar coordenação. Deve-se ter cuidado para evitar dor. A resistência apropriada proporciona meios de assegurar a irradiação dos grupos musculares mais fortes para os mais fracos. 35 - irradiação: disseminação da resposta motora ao estímulo. Tem como indicações utilizar o que o paciente tem de mais forte para recrutamento de unidades motoras “enviando” energia para áreas mais fracas. As contra-indicações são relacionadas à presença de padrões sinérgicos anormais. - sincronização de movimentos: seqüência de contrações musculares que ocorre em qualquer atividade motora, resultando num movimento coordenado. A sincronização para ênfase é a seqüência de movimento direcionada para um objetivo, para estimular uma parte fraca do movimento, com sustentação na parte forte de um padrão. - padrões de facilitação: movimentos em massa, que se assemelham muito aos padrões funcionais de movimento em 3 planos. Têm como características principais seus componentes em espiral e diagonal, relacionando-se com alinhamento topográfico dos músculos e suas características estruturais. Cada diagonal tem dois padrões antagonistas entre si que obedecem à lei de inversão de antagonistas de agonistas. Os padrões de facilitação existem para MMSS, MMII, cabeça, pescoço e tronco. 36 Escápula e pelve Membro superior Membro inferior 37 Técnicas: são ferramentas de facilitação com objetivos específicos. São combinações de procedimentos básicos. Tem como objetivos: Iniciar o movimento Aprender o movimento Modificar a velocidade do movimento Aumentar a força Aumentar a estabilidade Aumentar coordenação e controle Aumentar resistência Aumentar amplitude de movimento Relaxar e diminuir a dor São elas: Iniciação rítmica: movimentos rítmicos dos agonistas realizados através da amplitude de movimento desejada. Inicia com movimento passivo até movimento ativo resistido. Posteriormente, solicita-se ao paciente o movimento ativo. Indicações: facilitar a iniciativa motora, melhorar a coordenação e a sensação do movimento, normalizar o ritmo do movimento, ensinar o movimento e ajudar o paciente a relaxar. Combinação de isotônicas: cadeia muscular agonista trabalha com contrações concêntricas, excêntricas e estáticas, sem relaxamento, em uma direção. Terapeuta resiste ao movimento concêntrico desejado e, ao final, o paciente mantém a contração (estabilização). Depois relaxa excentricamente para a posição inicial e, novamente estabiliza nesta posição. Indicações: aumentar o controle ativo e amplitude de movimento, melhorar a coordenação, aumentar a força muscular, treinar controle excêntricofuncional e guiar o movimento. Réplica: quando o paciente não sabe como terminar o movimento. Facilita o aprendizado, ensinado ao paciente o resultado do movimento, melhora coordenação e a sensação do mesmo. O terapeuta posiciona o paciente na posição final da atividade, com os músculos em posição de encurtamento. Paciente sustenta na posição enquanto o terapeuta resiste. O paciente relaxa e é movido passivamente em uma pequena distância de volta, sendo então solicitado a retornar à posição final. Ao final, o paciente deve realizar o movimento de forma independente. 38 Reversão dinâmica: alternância do movimento ativo, de uma direção para a direção oposta, sem relaxamento, com contrações concêntricas. Indicações: aumento da amplitude de movimento, aumentar a resistência, desenvolver coordenação, aumentar a força do movimento antagonista e reduzir fadiga. Reversão de estabilizações: contrações isotônicas alternadas, com resistência suficiente para prevenir o movimento em pequenas amplitudes. Indicações: aumentar a estabilidade e força muscular, promover alinhamento adequando, aumentar coordenação entre agonista e antagonista e regular o tônus. Estabilização rítmica: contrações isométricas alternadas contra uma resistência. Nenhum movimento é permitido e não há relaxamento ente as mudanças de contrações. Favorece a estabilidade e equilíbrio e aumenta a força muscular Estiramento repetido no início da amplitude: estímulo reflexo polissináptico, com intuito de facilitar a iniciativa motora, aumentar a amplitude de movimento ativa e força muscular, reduzir a fadiga e guiar o movimento. Estiramento repetido através da amplitude: estímulo reflexo durante a execução do movimento. Tem as mesmas indicações do anterior. Contrair-relaxar: contrações isotônicas resistidas dos músculos encurtados, seguidas de relaxamento e movimento ativo ou passivo na amplitude desejada. Tem como indicação aumentar a amplitude passiva de movimento. Manter-relaxar: contração isométrica resistida dos músculos encurtados, sem intenção de movimento, seguida de relaxamento. Tem como indicações aumentar a amplitude passiva de movimento, relaxamento ou quando as contrações isotônicas do paciente são muito fortes para o terapeuta controlar. 39 QUESTÕES PARA APERFEIÇOAMENTO 1 – O método Bobath utiliza, em geral, a posição prona para trabalhar as alterações de tônus muscular resultantes de lesão cerebral. O fundamento fisiológico deste procedimento é a: A - inibição do reflexo de estiramento B – ativação de reações posturais anormais C – liberação do reflexo de estiramento D – inibição de reflexos posturais anormais E – comodidade para o paciente e o terapeuta 2 – Segundo o método Kabat, a aplicação de frio no pé provoca um relaxamento profundo e prolongado da espasticidade nos seguintes músculos, durante o tempo de: A – glúteo médio, mínimo e quadríceps / 24 horas B – adutor magno, adutor breve e adutor longo / 6 horas C – semitendíneo, semimembranáceo e bíceps / 12 horas D – glúteo máximo, psoas e sartório / 8 horas 3 - De acordo com o método Kabat, através do esquema de irradiação diagonal espiral do membro inferior, pode-se estimular a contração dos fibulares fazendo oposição aos seguintes movimentos do quadril: A – abdução, extensão e rotação lateral B – adução, extensão e rotação lateral C – abdução, extensão e rotação medial D – adução, flexão e rotação medial 4 – segundo o método Bobath, a rotação lateral da coxa com extensão facilitará os movimentos de : A – abdução e plantiflexão tibiotársica B – abdução e dorseflexão tibiotársica C – adução e plantiflexão tibiotársica D – adução e dorseflexão tibiotársica 5 – O método Bobath se utiliza predominantemente de: A – reflexos posturais e reações de equilíbrio com a finalidade de modificar o tônus muscular e desencadear os movimentos desejados B – técnicas de estiramento com a finalidade de alcançar os proprioceptores C – reações bilaterais associadas com contração de músculos fracos através de irradiação de musculatura funcional residual D – estímulos cutâneos de áreas separadas com a finalidade de modificar o tônus e estimular a contração de músculos subjacentes 6 – O método Bobath utiliza determinado recurso que pode ser caracterizado como reeducação funcional. Este recurso é denominado: A – Reciprocal Kicking B – Placing C – Startle Reaction D - Tapping 7 – O procedimento básico de facilitação do conceito de FNP que fala de movimentos sinérgicos em massa , sendo estes componentes do movimento funcional normal é: A – contato manual B – visão C – padrões de facilitação D – estiramento 40 8 - Qual dentre as técnicas específicas do conceito FNP abaixo citadas pode ser mais indicada para tratara bradicinesia em pacientes com Doença de Parkinson:. A - estabilização rítmica B - contrai - relaxar C - iniciação rítmica D - manter - relaxar 9- Nos pacientes portadores de paralisia cerebral, sob a forma espástica, o método de melhor resposta fisioterapêutica é o: A- Klein B- Phelps ' C- Dorer D- Bobath E- Neederhoff 10- O método para tratamento de lesões neurológicas conhecido por facilitação e inibição neuroevolutiva, denomina-se: A- Kabat B- Klapp C- Bobath D- Maithland E- Brunntrom 11- (INÇA 1995) Facilitação é um conjunto de manobras que provoca: a) redução da capacidade de iniciar a resposta motora por aumento do limiar sináptico b) aumento da capacidade de se iniciar a resposta motora por redução do limiar sináptico c) redução da capacidade de iniciar resposta motora por redução do limiar sináptico d) aumento da capacidade de aumentar resposta motora por aumento do limiar sináptico e) manutenção da capacidade de iniciar resposta motora com aumento do limiar sináptico 12- (INÇA 1995) Para que possa utilizar o método de facilitação neuromuscular proprioceptiva ( método Kabat) é imprescindível que o paciente possua: a)sensibilidade superficial preservada b)capacidade de atender a estímulos proprioceptivos c) força muscular para -iniciar o movimento d)espasticidade grau 4(Ashworth) e) capacidade do atender a comandos verbais 13- ( Gov Rio de Janeiro 1995) O tratamento da coordenação neuromuscular destina- se a corrigir o desequilíbrio da atividade muscular. A técnica de facilitação neuromuscular de maior sucesso é a de: a) estabilização rítmica b) contrair e relaxar c) inversão lenta d) Niederhoff e) Frenkel 41 14-(Niterói 2000) As três posturas usadas como "pontos chaves de controle", para facilitar a abertura da mão, serão mais eficientes na seguinte combinação: a) abdução com rotação medial do braço/ extensão pronação de cotovelo/ adução do polegar b) abdução com rotação lateral do braço/ extensão supinação de cotovelo/ abdução do polegar c) abdução com rotação medial de braço/ extensão supinação do cotovelo/, abdução do polegar d) abdução com rotação lateral de braço/ extensão pronação do cotovelo/ adução do polegar 15- ( Niterói 2000) O "Tapping" por deslizamento no braquirradial, iniciando abaixo de sua inserção e terminando além da sua origem deve ser realizado da seguinte forma: a) abaixo do processo estilóide da ulná/ acima do processo coronóide b) abaixo do processo coronóide/ acima do processo estilóide da ulna c) abaixo dos 2/3 superiores da crista supracondilar/ acima do processo coronóide d) abaixo do processo estilóide do rádio/ acima dos 2/3 superiores da crista supracondilar 16-( SÉS Rio 2001) O escovamento repetido é uma técnica frequentemente utilizada pelos fisioterapeutas para estimulação dos receptores táteis, visando a facilitação das respostas motoras. Esta técnica foi originalmente relatada por: a) Dixon b) Bobath c) Rood d) Frenkel 17- ( Três Rios 2002) Segundo Bobath(1990), os ajustesposturais e adaptações que ocorrem na vida diária para manter o alinhamento da postura do corpo e o centro de gravidade são reações de: a) Equilíbrio, sinergismo e proteção b) Retificação, sinergismo e endireitamento c) Proteção, endireitamento e retificação d) Equilíbrio, retificação e proteção Respostas l- D, 2-A, 3 - C , 4 - C ,5- A, 6 - b , 7 - C , 8 - C , 9 - D, 10- C, 11-B, 12-E, t- ^ 13-C, 14-B, 15-D, 16-C, 17-D INDICAÇÕES PARA LEITURA 1 - Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, Um guia ilustrado - Adler e Beckers. Editora Manole'. 2 - Passos a Seguir - Um manual para tratamento da Hemiplegia no Adulto - Patrícia M. Davis 3 - Recomeçando outra vez - Reabilitação precoce após lesão cerebral traumática ou outra lesão cerebral severa. Patrícia M. Davis. 4 - Exatamente no Centro - Atividade seletiva do tronco no tratamento da hemiplegia no adulto. Patrícia M. Davis 5 - Hemiplegia no Adulto - avaliação e tratamento. Berta Bobath 6 - Manual of Physical Therapy.Otto D. Payton 42 Neurologia Aula 03 Medula espinhal √ Está localizada na coluna vertebral, é contínua com o bulbo e se estende do forame magno até o nível de LI a L2 e termina, distalmente, no CONE MEDULAR √ Raízes que se estendem do término da medula até sua saída na coluna lombo-sacra -> CAUDA EQUINA √ Tem 31 segmentos, com 1 par de nervos espinhais emergindo de cada 1 deles (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo) √ Leva informação somatossensorial para o encéfalo e sinais do encéfalo para os neurônios que controlam os movimentos √ Possui diferentes tipos de neurônios: * De axônio longo √ radiculares: - viscerais (se localizam na substância cinzenta de T1 a L2 e S2 a S4 e inervam músculos lisos, cardíacos e glândulas) - somáticos (inervam músculos estriados esqueléticos) √ cordonais: - de projeçao (terminam fora da medula: tálamo, cerebelo...) - de associação (terminam dentro da medula, integrando os diferentes segmentos medulares) * De axônio curto: estabelecem conexão entre as fibras aferentes e os neurônios motores, interpondo-se em vários arcos reflexos medulares 43 Vias Medulares 4 Vias descendentes: s Tracto córtico-espinhal lateral s Tracto córtico-espinhal anterior s Tracto tecto-espinhal s Tracto rubro-espinhal s Tracto vestíbulo-espinhal s Tracto retículo-espinhal s Tracto olivo-espinhal Vias ascendentes: s Fascículos grácil e cuneiforme (propriocepçâo consciente, tato discriminativo, vibração, estereognosia) s Tracto espino-talâmico lateral (temperatura e dor) s Tracto espino-talâmico anterior (pressão e tato protopático) s Tractos espino-cerebelares anterior e posterior (propriocepção inconsciente) Fascículo grácil Córtico-espinhal lateral 44 SÍNDROMES MEDULARES Síndrome medular anterior Interrupção dos tractos ascendentes espino-talâmicos e tractos motores descendentes e lesão dos corpos de motoneurônios inferiores Alteração da sensibilidade dolorosa e térmica e controle motor Síndrome medular central Geralmente ocorre na região cervical Perda da sensibilidade térmica e dolorosa no nível da lesão e, se a lesão for mais grave, acomete funcionamento dos membros superiores Síndrome de Brown-Séquard Hemissecção da medula Perdas ipsilaterais do controle motor voluntário, sensibilidade proprioceptiva consciente e tato discriminativo e perda contralateral das sensibilidades térmica e dolorosa Síndrome da cauda eqüina Lesão das raízes nervosas lombares e sacrais Comprometimento sensorial e paralisia flácida dos músculos dos membros inferiores, bexiga e reto Lesões Medulares Causadas por acidentes automobilísticos, quedas, esportes, ferimentos por objetos cortantes, PAF, comprometimento circulatório, compressão por doenças degenerativas ósseas, tumores, malformações, mielite transversa, ELA, EM, etc. Choque medular ou espinhal: quando funções medulares são deprimidas ou perdidas logo após a lesão com comprometimento dos reflexos somáticos (reflexos de estiramento, retirada e extensão cruzada); reflexos autonômicos (perda do tônus muscular liso e esvaziamento da bexiga e reto); regulação autonômica da PA (hipotensão) e perda do controle da sudorese e pilo ereção Após algumas semanas pode haver recuperação de parte do funcionamento medular com retorno na atividade reflexa abaixo do nível da lesão Lesão completa: falta das funções sensorial e motora no segmento sacral inferior Lesão incompleta: preservação da função sensorial e/ou motora no segmento sacral mais inferior 45 Nível neurológico: nível mais caudal com funções sensorial e motora normais bilateralmente Lesões acima de T6: disrreflexia autonômica (atividade excessiva do SNS produzida por estímulos nocivos abaixo do nível da lesão), comprometimento da regulação térmica corporal e hipotensão ortostática. São causados pela falta de regulação simpática descendente Classificação Escala ASIA: avaliação dos pontos-chave de sensibilidade e músculos-chave A: completa, sem função motora e sensitiva em S4/5 B: incompleta, com função sensitiva e não motora abaixo da lesão em S4/5 C: incompleta, função motora abaixo do nível da lesão (maioria < 3) D: incompleta, função motora abaixo do nível da lesão (maioria > 3) E: normal Tetraplegia: lesões acima de C4 a T1, controle dos MMII e tronco ausente - C1 a C4 comprometimento do diafragma → ventilação mecânica (necessidade de marcapasso diafragmático) - C5 motricidade voluntária em ombros e flexão de cotovelos - C6 C5 + extensão de punhos - C7 C6 + extensão de cotovelo - C8 C7 + flexão dos dedos - T1 C8 + pouco controle dos músculos intrínsecos da mão Paraplegia: lesões de T2 para baixo - T2 a T6 motricidade voluntária dos MMSS e mãos e controle de tronco comprometido, motricidade de MMII ausente - T7 e abaixo ▪ melhor controle de tronco e, a partir de L2, inicia movimentos de MMII 46 Complicações Cardiopulmonar: pneumonia, atelectasia, falência ventilatória, TVP, embolia pulmonar, hipotensão ortostática, bradicardia Úlceras de pressão Espasticidade, flacidez, intestino e bexiga neurogênicos Disrreflexia autonômica Alterações na termorregulação Infecções do trato urinário Contraturas Ossificação heterotópica (etiologia desconhecida) Osteoporose (desmineralização óssea) Deformidades vertebrais Tratamento Farmacológico Estabilização cirúrgica Reabilitação Objetivos: individualizados Prevenir ocorrência de úlceras de decúbito Manter arco de movimento (exercícios passivos e órteses) Evitar complicações devido a problemas na bexiga e intestino Readaptar paciente à postura sentada Estimular AVD’s compatíveis Dermátomo * Território cutâneo inervado por uma única raiz dorsal e recebe o nome da raiz que o inerva * As fibras radiculares podem chegar aos dermátornos através de nervos unissegmentares (cada nervo corresponde a um dermátomo) ou plurissegmentares (um mesmo nervo contribui com fibras para vários dermátomos) 47 LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA Anatomia da medula espinhal Contínua com o bulbo Estende-se até L2 no adulto Raízes abaixo deste nível formam a cauda eqüina Dilatações cervical e lombo-sacral Apresenta raízes dorsais (sensitivas), com corpos de neurônio nos gânglios da raiz dorsal Fibras que transmitem tato e propriocepção têm localização medial Fibras que transmitem dor e temperatura se localizam lateralmente Nervo espinhal = fibras motoras + fibras sensitivas 48 Após seu trajeto pelo forame intervertebral o nervoespinhal se divide em ramos primários ventrais para áreas esqueléticas, musculares e cutâneas dos membros e regiões laterais e anteriores do tronco; os ramos primários dorsais inervam músculos paravertebrais, regiões posteriores das vértebras e áreas cutâneas sobrejacentes Estrutura interna: substância branca que circunda substância cinzenta Funções da medula espinhal Troca de informações entre diferentes segmentos medulares, encéfalo e nervos periféricos através dos tractos Tractos medulares Coluna dorsal/ lemnisco medial: tato discriminativo e propriocepção consciente Espino-talâmico: dor e temperatura Espino-cerebelar: propriocepção inconsciente Córtico-espinhal lateral: fracionamento dos movimentos, principalmente mãos Córtico-espinhal medial: músculos do pescoço, ombros e tronco Tecto-espinhal: movimentos reflexos da cabeça em direção ao som ou objetos visuais móveis Rubro-espinhal: facilita flexores do MS contralateral Retículo-espinhal medial: facilita músculos posturais e extensores dos membros Retículo-espinhal lateral: facilita motoneurônios para músculos flexores e inibe os dos extensores Vestíbulo-espinhal medial: ajusta a atividade dos músculos do pescoço e da parte superior das costas Vestíbulo-espinhal lateral: facilita os motoneurônios inferiores para os extensores e inibe os motoneurônios inferiores para os extensores 49 CONTROLE MEDULAR Lesões completas acima da medula sacra interferem na transmissão da informação sensorial originada nos órgãos pélvicos, até o encéfalo, bem como no controle descendente do funcionamento dos mesmos Lesão completa da medula sacra ou das conexões parassimpáticas interferem no controle reflexo dos órgãos pélvicos Depende da integridade das aferências, níveis medulares de T11 a L2 e S2 a S4, eferentes somáticos, simpáticos e parassimpáticos O controle voluntário destas funções depende de vias intactas entre o órgão e o córtex cerebral Efeito das Lesões Medulares Lesão segmentar: interferem na função neural ao nível da lesão, com alterações motoras, sensoriais e reflexas Funcionamento dos tractos: perda funcional abaixo do nível da lesão, com alteração da sensibilidade proprioceptiva ipsilateral e, contralateral, se houver lesão dos tractos espino-talâmicos; sinais autonômicos (regulação da PA, sudorese e funcionamento vesical); paralisia, hiperreflexia, hipertonia e Sinal de Babinski em caso de lesão o tracto córtico-espinhal lateral Diferença entre lesão medular e lesão periférica Sinais e sintomas segmentares - Sensoriais: distribuição dermatomérica (pele sobre os mm. paraespinhais é atingida) x distribuição dos nervos periféricos (pele sobre os mm. paraespinhais não é atingida) - Motores: distribuição miotomérica (mm. paraespinhais são atingidos) x distribuição dos nervos periféricos (mm. paraespinhais não são atingidos) 50 Questões: 1 – Nas bexigas neurogênicas, seqüela de TRM, o músculo a ser estimulado é: A- detrusor B- piramidal C- piriforme D- lumbricóide E- deltóide 2- As úlceras de decúbito são prevenidas basicamente por: A- massagem local B- mudança de decúbito C- ingestão líquida abundante D- utilização de cremes hidratantes E- posicionamento correto dos membros 3-Na lesão traumática raquimedular, a área sensitiva da face medial do pé corresponde ao seguinte nível medular: A- L1 B- L3 C- L4 D- S1 E- S2 4-O paraplégico pode executar o esvaziamento vesical através da manobra de: A- Mackeith B- Jacobson C- Valsalva D- Zappela E- Erb 5-Paciente paraplégico apresenta sensibilidade delimitada em cicatriz umbilical. Tal sintoma corresponde a lesão no nível da seguinte raiz dorsal: A- 10 B- 8 C- 6 D- 4 E- 2 6-Num paciente paraplégico, a mobilização passiva brusca pode causar a seguinte complicação: A- Clônus B- deformidade C- espasticidade D- úlceras de decúbito E- calcificações das partes moles 7-Na lesão raquimedular da quinta vértebra cervical, ficam preservados: A- tríceps, rotadores e adutores de ombro B- diafragma, abdutores e rotadores de ombro C- diafragma, extensores do punho e da mão D- flexores do cotovelo, extensores dos dedos E- braquiorradial e extensores dos dedos 51 8-Em qual exame diagnóstico é usada injeção de material radiopaco no canal medular para identificar uma lesão medular? A- mielografia B- angiografia cerebral C- tomografia axial computadorizada D- ressonância nuclear magnética 9-Na lesão raquimedular completa a nível de T12, além do abdominal fica preservado o seguinte músculo: A- psoas B- ilíaco C- paravertebral D- flexor do quadril 10-Uma lesão total na medula espinhal em L4 não deixa preservados os seguintes músculos: A- flexores do tronco B- flexores do quadril C- extensores do quadril D- extensores dos artelhos 11-A área cutânea que corresponde aos segmentos espinhais que proporcionam sua inervação é: A- dermátomo B- somito C- miótomo D- cronaxia 12-Nas paraparesias por TRM, devemos considerar a reeducação da marcha como funcional abaixo do nível medular: A- T8 B- T10 C- L1 D- L3 E- L5 13-Nas paraplegias, seqüela de poliomielite, a órtese para permitir deambulação é: A- Axilopalmar B- Genupodálica C- Axilopodálica D- Cruropodálica E- Hastes laterais 14-A paralisia isolada dos membros superiores é denominada: A- Paraplegia cervical B- Paraplegia crural C- Quadriplegia D- Hemiplegia E- Triplegia 15-O sinal de Beevor encontra-se freqüentemente presente na seguinte patologia: A- Poliomielite B- Doença de Paget C- Ataxia de Friedreich D- Doença de Huntington E- Síndrome de Guillain-Barré 52 16-(Gov. rio de Janeiro 1995) O trato espinotalâmico anterior é uma via de transmissão do seguinte sinal sensorial: A- Termoestesia B- Tato grosseiro C- Palestesia D- Epicrítico E- Alestesia 17-A desmielinização das colunas posteriores da medula espinhal e das raízes posteriores, com lesão primária no gânglio da raiz dorsal, causada pela sífilis, é característica de que patologia? A- Seringomielia B- Guillain-Barré C- Tabes Dorsalis D- Miastenia Gravis E- Mielite transversa 18-(Arraial do Cabo 1994)Quando impulsos facilitadores estão sendo transmitidos em grande número do SNC para medula, os reflexos musculares apresentam-se: A- Abolidos B- Diminuídos C- Exacerbados D- Inalterados 18-No tetraplégico com lesão a nível de C6, a transferência – usando a tábua – deve ser orientada para ser feita de que forma? A- Antebraço pronado, punho e dedos estendidos B- Antebraço pronado, punho estendido e dedos fletidos C- Antebraço pronado, punho e dedos fletidos D- Antebraço supinado, punho e dedos estendidos 20-Num programa de reabilitação do paciente paraplégico, visando a transferências, devemos fortalecer os membros superiores, enfatizando principalmente os seguintes grupos musculares: A- Deltóides, bíceps e tríceps B- Grande dorsal, tríceps e deltóides C- Depressores dos ombros, bíceps e deltóides D- Depressores dos ombros, bíceps e grande dorsal E- Depressores dos ombros, tríceps e grande dorsal. 21-A síndrome medular anterior não apresenta comprometimento da seguinte função: A- Motora B- Térmica C- Dolorosa D- Palestésica 22-Após um acidente automobilístico, foi diagnosticada uma lesão raquimedular em um paciente jovem. O paciente se depara com um quadro clínico de paralisia motora com espasticidade. Ele poderá apresentar no exame físico: A- Hiporreflexia, rigidez de descerebração, plasticidade e dominância flexora de membros inferiores B- Contratura muscular, articular, hiperreflexia e clônus C- Dominância dos extensores nos membros inferiores, úlceras de pressão, propriocepção ausente e disestesias medulares D- Respostas de aumento de espasticidade aos estímulos nociceptivos internos,úlceras de pressão e hipermobilidade articular 53 23-Numere a coluna da direita com a esquerda. Em seguida marque a opção correta: 1. Estereogriosia ( )receptores sensoriais que trazem informações do meio 2. Exteroceptores ( )incapacidade de percepção do calor 3. Barognosia ( )capacidadé de reconhecer a forma dos objetos pelo tato 4. Termanalga ( )capacidade de reconhecer peso 5. Dermátomos ( )áreas cutâneas correspondentes aos segmentos espinhais A- 5- 3- l- 4- 2 B- 2- 5- 3 - 4 - 1 C- 2- 4 - 1 - 3 - 5 D- 5- 3- 4- l- 2 24-(Macaé 1994) O exame do reflexo patelar verifica predominantemente a magnitude do seguinte nível neurológico: a)LI . b)L4 . c) LI e L2 d)L5eSl 25-( PM Rio de Janeiro 1995) Em pacientes com baixo débito uriaário, a primeira providência é avaliar se o problema é devido : a) a edemas b) à Na, K, Ca c) à sonda nasogástrica d) à sonda vesical e) à equiposoro 26-(II\ICA 1995) Para um paciente portador de lesão medular cujo objetivo funcional é marcha com órteses e bengalas canadenses, devemos trabalhar, prioritariamente, na cinesioterapia: a) abdominais e quadríceps b) bíceps e peitorais c) tríceps e abaixadores da: escápula d) quadrado lombar e isquiotibiais e) bíceps e extensores do punho 27-(INCA 1995) O sinal clínico,gue constitui uma emergência que necessita rápida intervenção inédicn durante~o atendimento do uma lesão medular é: a) hipotensão arterial b) hipertensão arterial c) sudorese d) rubor facial e) hipertermia 28-(UERJ 1997) Na fase inicial da miosite ossificante, deve ser adotada a seguinte conduta: a) repouso b) fluxoterapia c) hidroterapia d) forno de Bier e) infravermelho 54 29-(UERJ 1997) A disreflexia autónoma é uma patologia que ocorre na lesão acima de T6. Esta síndrome desencadeia a seguinte resposta reflexa: a) elevação da pressão sanguínea b) formação óssea heterotópica c) trombose venosa profunda d) agente imunosupressor e) estímulo nociceptivo 30-( Gov Rio de Janeiro - DESIPE 1998) O uso da prancha ortostática em pacientes com lesão medular poderá: a) ativar a circulação b) provocar contraturas c) provocar deformidades d) diminuir a massa óssea e) diminuir as funções vesical e retal ' 31- ( Duque de Caxias 2000) A inflamação das raízes nervosas que ocorrem nos estágios adiantados de Sífilis e afeta a função dos membros, olhos e bexiga é: a) quadriparesia b) paraparesia c) tabes dorsal d) encéfalopatia 32- (SÉS 2001) Paciente jovem dá entrada no setorde neurologia com diagnóstico de' síndrome de Brown-Sequard. Esta síndrome é caracterizada por: a) lesão incompleta com danos primários à medula posterior; preservação das funções motoras, sensação de dor e toqué(tato) leve, com perda da propriocepção e sensações epicríticas abaixo do nível da lesão b) lesão incompleta da medula espinhal, produzindo um envolvimento neurológico maior nos MMSS(tratos cervicais estão localizados mais centralmente) que nos MMII(tratos lombares e sacrais são mais .periféricos) c) lesão incompleta da medula espinhal com lesão primária à medula anterioY; perda da função motora, sensação de dor e de temperatura; preservação da propriocepção, cinestesia e vivração abixo do nível da lesão d) lesão incompleta da medula espinhal, causada pela hemisecção medular, perda da função motora, propriocepção e cinestesia do lado da lesão; perda da sensação da dor e temperatura no lado oposto 33- ( SMS 2001) A manobra de Valsalva, em pacientes com TRM, tem como objetico reeducar: n) as funções soxuais b) a parte sensitiva geral c) a bexiga neurogênica d) os músculos respiratórios e) os movimentos peristálticos do intestino 34-(Bombeiros 2001) A síndrome pós-pólio apresenta características estáticas e dinâmicas significativas e evidentes, com relevância para as propostas terapêuticas. Determine, respectivamente, as alterações que podem ocorrer na posição sentada, ortostática e à deambulação no tronco e /ou segmento afetado: a) aumento da lordose lombar; pelve simétrica; genuflexo; b) ausência da curvatura lombar; pelve assimétrica; genuvaro c) base pélvica nivelada; inversão da coluna lombar; inclinação anterior d) escoliose estrutural; ausência da curvatura lombar; tronco não oscilante e) ausência da curvatura cervical; base pélvica desnivelada; genu recurvatum 55 35-( Bombeiros 2001) Uma das complicações comuns do traumatizado medular com lesão alta e que deve ser abordada com urgência por um médico é: a)constipação intestinal . b)atrofia de Sudeck c)polimiosite d)ossificação ectópica . e)disreflexia autonômica 36-(Bombeiros 2001) Aparelho muito utilizado para tratamento de pacientes paraplégicos, que possibilita a realização de movimentos sem ação da força da gravidade, devido a exercícios suspensos é denominado: a) Aparelho de Bonnet b) Tração cervical c) Mesa de Kanavel d) Aparelho de Ling e) Aparelho de Guthrie-Smith 37-(Bombeiros 2001) A fratura transversa ou de Chance é uma das possíveis causas de lesão medular traumática. Este tipo de fratura ocorre em: a) coluna dorsal b) junção dorso-lombar c) coluna lombar d) junção lombosacra e) coluna cervical 3S-(Bombeiros 2001) Paciente vítima de TRM capaz de efetuar marcha funcional com órtese curta bilateral e auxílio de duas muletas canadenses, revela ter sofrido lesão ao nível de: a) T11-T12 b) T9-T10 c) L3-L4 d) L1-L2 e) C7-T1 39-( Queimados 2001) A neuroreabilitação em doença por HIV, deve incluir a avaliação: a) dos sistemas cognitivo, perceptivo e motor b) das anormalidades no tônus, equilíbrio e na marcha c) das atividades de vida diária d) do sistema perceptivo e motor o) do sistema cognitivo, anormalidades no tônus, equilíbrio e na marcha 40-(Campinas 2002) Paraplegia-alta, onde o,paciente apresenta movimentos de cabeça e MMSS, independência nas atividades de vida diária, tendo certa dificuldade para transferência, pois o equilíbrio é precário. Sugerem lesão medular a nível de: a) C7 b) C5 c) T2 d) TIO e) L2 41-(Uni-Rio 2002) A hemisecção da medula produz no homem um conjunto de sintomas conhecido como: a) Seringomielia b) Tabes Dorsalis c) Síndrome de Wallenberger d) Síndrome de Guillan-Barre e) Síndrome de Brown-Sequard 56 42-(Uni-Rio 2002) Numa avaliação constatou-se diminuição da sensibilidade na região lateral da perna e na região dorsal dos 4 dedos mediais. Além disso, foi percebida diminuição da força do longo extensor do hálux e do glúteo médio, bem como uma diminuição dos reflexos em tibial posterior e longo extensor dos dedos. Este quadro é sugestivo de lesão em: a) L2 b) L3 c) L4 d) L5 e) SI 43-( Uni-Rio 2002) Para se testar o músculo tibial posterior, provoca-se uma pancada com martelo de borracha sobre a seguinte estrutura óssea: a) cubóide b) navicular c) quinto metatársico d) maléolo lateral e) cuneiforme lateral 44-(Maricá 2002) A tabes dorsalis tem como agente etiológico o: a) coliformes fecal/s b) pneumococos c) treponema palliduns d) meningococos . - . e) estafilococus 45-(Ceará 2002) No nível dos fascículos anteriores da medula espinhal encontram-se as vias anatômicas de condução da: a) sensibilidade profunda consciente b) atividade motora primária c) sensibilidade profunda inconsciente d) sensibilidade tátil e pressão .e) sensibilidade térmica e dolorosa 46-(Ceará 2002) Em relação às alterações ocorridas nos neurônios motores, é correto afirmar que: a) a fibrilação é um fenómeno que indica alteração da via piramidal na medula espinhal b) fasciculações poderão aparecer nas lesões do neurônio que se localiza na ponta anterior da medula espJoha]^ r) tanto a fasciculação como a fihrilação são alterações comuns às lesões cio neurônio motor superior d) fasciculações são vistas exclusivamente, em eletroneuromiografias, pois não se percebem a olho nu e) a fibrilação é um fenômeno que se encontra na síndrome do neurônio
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