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Prévia do material em texto

(https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-
g03189-dez-2021-grad-ead/)
1. Introdução
Querido(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a) ao nosso material da discipli-
na  .
Para iniciar nossa compreensão sobre os objetivos desta disciplina, é necessá-
rio entendermos o que signi�ca a expressão “instrumento musicalizador”, e
também por que musicalizar por meio da prática de violão ou por que utilizar
o violão como instrumento musicalizador.
Antes de mais nada, é importante dizer que nosso foco principal é a sala de
aula. Dessa maneira, olharemos para o ensino e a aprendizagem coletivos de
Música, segundo as demandas curriculares a que se destina a Educação
Básica. Se você já atua ou pretende atuar enquanto licenciado nesse locus, es-
ta disciplina será ótima para sua formação; e, se pretende atuar em projetos
sociais, escolas especializadas de Música ou com aulas individuais, ainda as-
sim poderá se favorecer com este conteúdo.
Lembre-se: enquanto professor consciente e coerente com sua prática, você te-
rá de adaptar todos os conteúdos ao seu contexto de ensino e à sua realidade,
considerando as necessidades de aprendizagem de seus alunos. Então, é você
quem poderá tornar este conteúdo vivo, �exível e expansivo à medida que se
apropriar dele.
É nesse sentido que entenderemos o termo “instrumento musicalizador”. Se
cada um de nós tem necessidades, realidades e buscas especí�cas, então o fo-
co é o ser humano. Não ensinaremos “coisas”, ensinaremos “seres humanos”.
Como Koellreutter, mencionado por Kater (1997), nos diz majestosamente:
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
Inútil a atividade daqueles professores de música que repetem doutoral e fastidio-
samente a lição, já pronunciada no ano anterior. Não há normas, nem fórmulas,
nem regras que possam salvar uma obra de arte, na qual não vive o poder de inven-
ção. É necessário que o aluno compreenda a importância da personalidade e da
formação do caráter para o valor da atuação artística e que na criação de novas
ideias reside o valor do artista (KOELLREUTTER apud KATER, 1997, p. 31).
É com esse sentido de professor criador, mediador, e de alunos que participam
efetivamente de seu próprio aprendizado, que a    se torna um
instrumento vivo, a ser sentido, no estudo da Música.
O processo de musicalizar está diretamente relacionado ao fazer, à participa-
ção ativa no fazer musical, à sua ampliação cultural. Como bem aborda Penna
(2008, p. 47), trata-se do desenvolvimento perceptível que envolve expressão e
criticidade, ou seja, do caminho para a “apreensão da linguagem musical, de
modo que o indivíduo se torne capaz de apropriar-se criticamente das várias
manifestações musicais disponíveis em seu ambiente” (PENNA, 2008, p. 47).
Desse modo, você, enquanto aprendiz do instrumento, está em um processo de
musicalização. Nós, professores, precisamos nos musicalizar ao longo da vida,
para que nossas práticas sejam cada vez mais sensíveis e nos possibilitem
conduzir nossos alunos em seus processos, seja por meio do instrumento mu-
sical – neste caso, o violão – seja por outros meios de apreciação e práticas
musicais. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2017), os concei-
tos de   e acuidade auditiva devem ser ativos na prática docente, então
convidamos a relacionar todos os seus estudos ao desenvolvimento percepti-
vo auditivo e à experiência estética/artística deste processo.
Considerando esse caminho a percorrer, a disciplina abarcará duas grandes
frentes: a sua musicalização por meio do violão e o conhecimento do violão
enquanto instrumento musicalizador, no ensino coletivo e em práticas de en-
sino do mesmo.
Assim, você terá a possibilidade de aprender a tocar (o básico) para utilizar co-
mo acompanhador em suas práticas de educação musical e, ao mesmo tempo,
de conhecer e praticar modos de ensino desse instrumento, caso deseje.
rival
Realce
rival
Realce
Nosso material foi organizado em cinco ciclos:
• Ciclo 1 – Violão brasileiro – de�nições e contextualização.
• Ciclo 2 – Técnicas e habilidades básicas no violão.
• Ciclo 3 – Repertório musical para a sala de aula.
• Ciclo 4 – O professor mediador – estratégias de ensino.
• Ciclo 5 – Educação musical com violão – quais as possibilidades?
Esperamos que você consiga aprofundar os conteúdos de maneira autônoma
(acessando os links, vídeos e materiais complementares sugeridos) para soli-
di�car seu conhecimento e ampliá-lo de acordo com seus interesses, suas prá-
ticas e pesquisas.
Não se limite ao que é dado; busque, investigue e avance com seu próprio co-
nhecimento no instrumento e em estratégias educacionais!
Vamos então, iniciar esta jornada juntos?
Bons estudos!
2. Informações da Disciplina
Ementa
A disciplina    apresenta ao aluno, futuro
educador musical, as amplas possibilidades sonoras e pedagógicas do violão
como instrumento musicalizador; de�ne e contextualiza o instrumento, consi-
derando suas potencialidades sonoras e criativas na educação musical, justi�-
cando sua importância para a formação do educador; descreve técnicas e ha-
bilidades básicas necessárias ao desenvolvimento técnico-instrumental no
violão por meio de descrição de exercícios, como possibilidades posturais, uti-
lização das mãos, dedos e unhas para atingir sonoridade esperada, modos de
a�nação do instrumento; apresenta, ainda, acordes maiores básicos e possí-
veis acompanhamentos em diferentes formatos, como batidas e dedilhados,
valorizando a aprendizagem gradual do aluno, por meio de repertório musical
popular brasileiro e da discussão de métodos de ensino do instrumento consi-
derando seus aspectos didáticos. No tocante à formação do educador, instiga a
criação de diferentes ritmos, gravação de seus estudos e problematização do
ensino musical coletivo como potencial no cotidiano escolar, foco de atuação
do licenciado.
Objetivo Geral
Os alunos da disciplina   ,  na modalidade
EaD do Claretiano, dado o Sistema Gerenciador de Aprendizagem e suas ferra-
mentas, serão capazes de conhecer o violão como instrumento musicalizador,
bem como suas potencialidades para utilizá-lo como facilitador no ensino
musical. Para isso, contarão com o material na plataforma, bem como vídeos
complementares e links de outras referências bibliográ�cas eletrônicas.
Ao �nal da disciplina, de acordo com as propostas orientadas pelo(a) profes-
sor(a) responsável e pelo(a) tutor(a) da disciplina, os alunos terão condições de
compreender técnicas básicas para execução do violão, ampliar seu próprio
repertório por meio do estudo prático no instrumento e, ainda, conhecer os
pressupostos do ensino coletivo de violão no Brasil e no locus  da Educação
Básica brasileira. Para esse �m, levarão em consideração diálogos de fóruns,
por meio de suas ferramentas, bem como as atividades que produziram du-
rante o estudo.
Objetivos Especí�cos
• Apresentar o violão como um instrumento musicalizador para o educa-
dor musical, valorizando suas potencialidades e o ensino coletivo musi-
cal na educação escolar.
• Contextualizar o violão brasileiro.
• Relacionar diferentes escritas e leituras de códigos para o instrumento,
para além da partitura musical tradicional.
• Possibilitar o desenvolvimento de habilidades técnicas iniciais no instru-
mento.
• Apresentar repertórios adaptados para acordes e ritmos propostos.
• Problematizar métodos de ensino de violão, suas práticas na educação
básica e projetos sociais e adaptações pedagógicas.
 (https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/)
Ciclo 1 – Violão Brasileiro: De�nições e
Contextualização 
Objetivos
• Conceituar instrumento musicalizador.
• Conhecer a história e a   do violão.
• Identi�car os principais aspectos para o estudo no violão: conscientiza-
ção corporal, organização e prática musical.
Conteúdos
• Conceito de instrumento musicalizador.
• História do violão.
• Organologia do violão.
• Partes do violão.
• Consciência corporal no violão.
• Posição e posicionamento das mãos.
• Como cuidar das unhas.
• Como se sentar.
• Organização de estudo instrumental.
• A�nação do instrumento.
Problematização
O que é instrumento musicalizador? O que você entende por violão? Qual a
capacidade musical desse instrumento para sua formação como educador(a)
musical? De que material o instrumento é feito? Para que serve? Por que seu
corpo deve se desenvolver de maneira consciente para a prática do instru-
https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/
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mento? Quais alongamentos poderá fazer antes e depois de praticar violão?
Como lixar as unhas para uma boa  ? Como a�nar o instrumento?
Orientação para o estudo
Caro(a) aluno(a), durante este ciclo, você conhecerá um instrumento que o
acompanhará durante todo o semestre, então é importante que você se orga-
nize para estudar todo o conteúdo proposto. Se desenvolver uma base sólida,
verá que seus estudos no instrumento ocorrerão com �uência.
Para muitos, o violão será um instrumento novo a ser aprendido; então, paci-
ência e persistência são palavras-chaves se você está tendo seu primeiro
contato com ele.
Teremos indicações de aprofundamento nos temas sugeridos, vídeos sobre
organologia e construção do violão como conhecemos hoje e ainda, indica-
ções de exercícios de alongamento que devem fazer parte de seus estudos
diários.
Portanto, crie um ambiente motivador para seus estudos e marque esse com-
promisso com você mesmo.
É fundamental que explore ao máximo todos os materiais, a �m de construir
sua jornada de aprendizagem de maneira autônoma e sólida. Não deixe de
assistir aos vídeos complementares deste ciclo.
Vamos lá! Bons estudos!
1. Introdução
Musicalizar é um processo individual e coletivo ao mesmo tempo. Portanto,
exige interação entre professores e alunos, alunos e alunos, alunos e som.
Nessa última dinâmica, percebemos possibilidades de ampliação, no sentido
de que o som vem de muitas fontes: do corpo, dos objetos, dos instrumentos.
Assim, focaremos o conteúdo deste ciclo na compreensão do violão como ins-
trumento musicalizador no sentido de promover experiências sensório-
auditivas com o instrumento partindo de uma ação pedagógica e musical que
é necessariamente individual e precisa ser considerada na sua formação en-
quanto educador(a) musical.
Vamos começar?
2. Conceito de instrumento musicalizador
Como já vimos na introdução deste material, musicalizar signi�ca sentir por
meio da música, desenvolver aspectos críticos por meio dela, conectar o fazer,
a criação e a socialização, por meio da música.
O próprio nome da disciplina já aponta que o foco é a ferramenta e não o objeto
(neste caso, o violão). Nosso objetivo é você se musicalizar por meio do violão
e então considerar suas práticas de educação musical com esse instrumento,
conhecendo as possibilidades que ele pode lhe oferecer.
A construção histórica e cultural da humanidade se deu e se dá no coletivo e a
música sempre participou desse processo. Desde a Antiguidade Grega, a músi-
ca cumpria um importante valor humano, considerando a rítmica como uma
relação estreita com as descobertas matemáticas e a harmonia, com os movi-
mentos internos.
Marisa Fonterrada - educadora musical e pesquisadora - aborda a história da
música na educação em seu livro De tramas e �os: um ensaio sobre Música e
Educação (2008), que nos traz um panorama importante quando nos atemos à
realização da música e seu ensino no Brasil.
Basicamente temos uma construção histórica por meio do sentir!
Na Antiguidade Romana, temos registros de aglomerações e grupos musicais
que buscavam o re�namento técnico musical e, na Idade Média, com a valori-
zação da ciência, bem como dos aspectos religiosos e espirituais, a música as-
sume seu papel educativo (considerada uma das mais altas divisões das sete
rival
Realce
artes liberais). A partir daí, estudos harmônicos mostram a relação com sen-
sações humanas que são provocadas em suas progressões e surgem escritas e
correntes estéticas mais consolidadas.
Observe a Figura 1 a seguir.
 elaborada pelas autoras.
Figura 1 Relação do indivíduo com a música.
Considere que vem do "sentir" a relação do indivíduo com a música (seus gos-
tos, suas práticas, sua interação com a arte). O mesmo se relaciona em peque-
nos grupos de acordo com o que sente culturalmente, ou seja, participa de gru-
pos vinculados a estilos musicais, como rap, funk, MPB ou de grupos em que
as pessoas são ecléticas no tocante a gêneros musicais e isso de�ne os lugares
que frequentam, as apresentações culturais que buscam assistir e o convívio
social. Desse modo, a música é sentida em sociedade, em pequenos grupos,
formando uma rede social de cultura, que vai se modi�cando ao longo do tem-
po e com os avanços tecnológicos.
Visto que o sentir estimula essas relações com a música, temos uma trajetória
estabelecida: pessoa -> grupo -> sociedade.
Considerando essa trajetória, a música foi assumindo papéis - como impor-
tante vínculo de compreensão matemática, espiritual, psicológica, social - ao
longo do tempo. Dessa forma, sua participação na construção integral do indi-
rival
Realce
víduo é inquestionável.
Convidamos você a assistir a palestra "Música e Linguagem: Re�exão acerca
do papel da música em nossas vidas" para compreender este cenário.
Como estamos nos licenciando para sermos professores, é necessário compre-
ender a lógica didática desse processo, para que possamos mediar e utilizar
ferramentas que auxiliem os alunos em seu processo de .
De acordo com Penna, em seu livro Música(s) e seu ensino, a realidade da mú-
sica a ser vivenciada deve ser expandida para além da música - só assim trará
criticidade para compreender essa vivência no mundo que a cerca. Mais uma
vez, vemos a relação indivíduo - grupo - sociedade.
Segundo a autora,
Em nossa proposta de musicalização, o partir da realidade musical vivenciada pelo
aluno é inseparável de sua abordagem crítica, direcionada para a compreensão de
suas riquezas e limites, passo necessário para criar o desejo e a possibilidade real
de expandir o próprio universo de vida. Essaspontes sobre o fosso que o cerca,
levantando-o mais longe possível. Essas pontes precisam estar apoiadas sobre a
sua vivência real cotidiana - que deve ser considerada não apenas sob o aspecto
musical - ou lhe faltarão os meios para alcançá-las e caminhar sobre elas (PENNA,
2008, p. 46-47).
É nesse sentido que convidamos você a experimentar o violão, sentir, fazer, criar,
para então considerar as potencialidades que ele tem a lhe oferecer, tanto como ser
humano quanto como educador(a).
Uma de�nição de Odair Assad, muito importante e inspiradora para você que
lida com relações humanas, seja aluno-aluno, seja professor-aluno, é a seguin-
te:
E o que é tocar? [...] É estar ali e aproveitar aquele momento. Tocar ali e o que vier é
o melhor que pode vir e você aproveita aquele momento. Intuição, por exemplo, que
o brasileiro tem muito e de que se fala pouco. E a intuição é genial (ASSAD apud
TAUBKIN, 2004, p. 141).
A�ore seu sentir e venha realizar seu musicalizar com o violão!
Para obter êxito em seus estudos, em alguns momentos, você terá oportunida-
de de responder questões que avaliarão o seu aprendizado. Assim, vejamos se
está no caminho certo, respondendo à questão a seguir:
3. O violão brasileiro: história e organologia
Para que você tenha meios de compreender melhor o tema, começaremos
com algumas de�nições sobre esse instrumento.
Segundo o Dicionário Michaelis (2021), o violão é um "instrumento em forma
de 8, com braço, com 6 cordas, que se ferem com os dedos".
Andrade (1989, s.p.) traz a seguinte de�nição:
Instrumento de cordas dedilhadas, construído por uma caixa de ressonância de
madeira com fundo chato, em forma de 8, e um braço dividido em trastos em cuja
extremidade suas 6 cordas são �xadas e a�nadas por cravelhas. As cordas, de a�-
nação mi-la-ré-sol-si-mi, são as três mais graves chamadas de bordões e feitas de
metal, sendo as demais feitas de nylon.
Há uma frase famosa que diz que "o violão é uma orquestra em miniatura" e
que tenha sido dita por Beethoven. O sentido é que o violão é um instrumento
rico em timbres, assim como a composição de uma orquestra de câmara, por
exemplo. E, para complementar a de�nição do instrumento, a seguir, apresen-
rival
Realce
rival
Realce
taremos depoimentos de consagrados violonistas brasileiros em atividade, a
�m de aguçar um pouco a sua vontade de aprender violão:
O violão está enraizado na cultura brasileira. E o principal: no Brasil, você não tem
como separar o violão erudito do popular. Isso é histórico, não sei se acontece em
outro país, mas a tradição do violão brasileiro é solista, com caráter popular
(ANTUNES in TAUBKIN, 2004, p. 130).
Veja agora o depoimento de Zanon (in TAUBKIN, 2004, p. 129):
Acho que no Brasil temos o privilégio de não ter nenhuma barreira muita nítida en-
tre o violão popular e o violão clássico. A barreira não é tão nítida, se você pensar,
por exemplo, no Paulo Bellinati e no Marco Pereira. São pessoas que têm um treina-
mento clássico muito sólido, mas uma vivência com a música popular tão sólida
quanto. Então, acho que nessa área, o Brasil vai muito bem.
Badi Assad (in TAUBKIN, 2004, p. 123) considera o violão um instrumento vi-
vo, que possui contato corporal intenso:
[...] A madeira está viva. Ela respira. Se está frio, ela sente, se está calor, ela sente. E
é você que faz o som. Sua unha vai interferir, o modo com que você pega, a força.
Então, o violão possibilita uma parte física, que também contribui para que eu colo-
que a alma feminina. [...] Você vira uma coisa só com o que está tocando.
Além de ser um instrumento que permite um contato corporal signi�cativo,
oferece uma riqueza de potencialidades musicais. No que se refere às possibi-
lidades rítmicas, Odair Assad (in TAUBKIN, 2004, p. 141) compara com uma
dança (que é feita na mão esquerda - com a mudança de acordes e digitações
melódicas) e com quicar (que é feito na mão direita com as batidas e dedilha-
dos):
rival
Realce
rival
Realce
Algo muito simples, ritmicamente perfeito, que o brasileiro faz e que ninguém fora
do Brasil faz. Quando você posiciona a mão esquerda e faz um acorde tirando e co-
locando a mão do acorde, o som some e volta. Esse movimento faz uma percussão,
suinga, e ritmicamente isso é de uma riqueza excepcional. É o grande violão brasi-
leiro de músicos como Baden Powell.
Vamos ouvir um trechinho no vídeo Baden Powel - "O astronauta" - Programa
Ensaio. Convidamos você a imaginar essa dança das mãos enquanto aprecia.
Com base nos conceitos mencionados, você pode notar como é vasta a gama
de possibilidades que esse instrumento nos apresenta. Isso faz do violão uma
ferramenta companheira e de fundamental importância no processo de musi-
calização.
Durante a história, o violão (conhecido como guitarra clássica) foi se modi�-
cando até chegar ao que conhecemos hoje (tanto as opções de violões de seis
cordas, como as de sete cordas, todas podendo ser de nylon ou aço). Como es-
tamos tratando de um processo musicalizador, conhecer a história do instru-
mento é parte importante, pois trará maior clareza sobre o instrumento que
estará em suas mãos e ainda possibilitará um aprendizado cultural capaz de
ampliar a relação com o instrumento, com sua própria cultura e com o que po-
derá oferecer aos seus alunos, em termos de conhecimento musical.
Está preparado(a) para uma viagem histórica? Vamos saber de onde vem o vi-
olão, esse instrumento tão popular em nosso país e tão companheiro na cami-
nhada da educação musical.
Sobre a organologia desse instrumento, considere-o um organismo, como o
seu. Você possui órgãos que são sistematizados para que seu corpo "funcione".
Esse funcionamento se dá pela relação interna do corpo e dela com o exterior,
rival
Realce
ou seja, com os elementos da natureza, como o ar que possibilita respirar.
Da mesma forma, o violão é projetado por partes para que o conjunto todo pos-
sa produzir os sons esperados e para que possa ter diversas possibilidades so-
noras, com seus timbres especí�cos.
Segundo Michels (1982), instrumentos musicais são todos aqueles geradores
de som que servem para a criação de ideias e ordens musicais. Os instrumen-
tos musicais mecânicos dependem de ações do corpo humano, como o movi-
mento dos membros e a emissão do sopro. Assim, quanto mais re�namos nos-
sos movimentos e ações, teremos sons mais bonitos e objetivos musicais mais
e�cientes.
É evidente que, desde os tempos mais remotos e em todas as partes do mundo,
sempre existiram instrumentos musicais. Não há como precisar o início de
sua existência. Curt Sachs (1940), o mais conceituado teórico da organologia
musical, propõe a existência de três círculos culturais como centros de ori-
gem: Egito-Mesopotâmia, China Antiga e Ásia Central. Mesmo assim, é muito
difícil precisar o caminho percorrido pelos instrumentos.
Os instrumentos musicais ocidentais, claro, tiveram suas origens nas civiliza-
ções da Antiguidade. Entraram em nossa cultura pelas Cruzadas, guerras, co-
mércio etc. e aqui tiveram suas transformações e adaptações para acompa-
nhar o desenvolvimento cultural, artístico e social da arte musical ao longo da
História. Isso pode ser constatado por meio do estudo de diversos livros de
História da Música.
No século 19, iniciaram-se os estudos de catalogação e sistematização dos ins-
trumentos musicais, o que chamamos de organologia.
O princípio básico dessa categorização dos instrumentos baseia-se, inicial-
mente, no modo de produção do som e, depois, na forma de tocar e na constru-
ção. Há quatro grandes grupos de instrumentos mecânicos e um quinto grupo,
com os instrumentos elétricos:
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png
rival
Realce
(https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-
content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png) elaborada pelas autoras.
Figura 2 Categorizaçãodos instrumentos musicais.
Como a própria Figura 2 sugere, o violão é categorizado como um .
Esse grupo compreende os instrumentos que utilizam cordas vibrantes para a
produção do som. Dependendo da cultura, as cordas podem ser feitas de �bras
vegetais, pelo de animais, seda, tripas animais e, a partir do século 19, metais e
�bras sintéticas. De acordo com a maneira como são tocados, os cordofones
podem ser classi�cados conforme demonstra a Figura 3:
(https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-
content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png) elaborada pelas autoras.
Figura 3 Classi�cação dos cordofones.
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png
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Realce
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Como vimos, de acordo com a classi�cação dos cordofones, o violão se consti-
tui um cordofone cujas cordas ressoam quando tocadas com os dedos, ou seja,
ele se encaixa na classi�cação de .
Como o violão, temos também guitarra, cavaquinho, ukulele, contrabaixo elé-
trico, viola caipira, banjo brasileiro e norte-americano e bandolim como exem-
plos de instrumentos de corda beliscados.
Agora, ouça uma curiosidade sobre o nome "Violão":
A origem do violão veio do instrumento musical denominado alaúde. Veja a
imagem dele:
Figura 4 Tocador de alaúde (https://curiosamenteinfo.wordpress.com/).
Observando a imagem anterior, note como o corpo do alaúde é arredondado,
não possui a curva que caracteriza o formato de "8" do violão.
Veja agora um alaúde e uma guitarra acústica do século 13 - é visível a dife-
rença, não?
https://curiosamenteinfo.wordpress.com/
https://curiosamenteinfo.wordpress.com/
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Figura 5 Guitarra e alaúde (https://curiosamenteinfo.�les.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999).
Vamos, agora, conhecer melhor as partes que compõem o violão (guitarra
acústica).
Em um violão tradicional, temos o tampo, na qual se encontram cavalete, pes-
tana do cavalete, boca e parte das cordas. Temos também o braço, que possui
trastes, casas, pestana do braço e cordas. E, por �m, temos a mão, também
chamada de cabeça, que possui um suporte mecânico para as tarraxas (anti-
gamente chamadas de cravelhas) e as cordas.
Visualize na Figura 6 a seguir.
(https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-
content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png) elaborada pelas autoras.
Figura 6 Partes do violão.
https://curiosamenteinfo.files.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999
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Realce
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 Atenção!
Agora, convidamos você a pegar seu violão e falar os nomes de suas par-
tes em voz alta para que traga à consciência essa composição.
Se você ainda não tem seu violão, veja alguns vídeos em sites de busca,
como o YouTube, e vá olhando para o violão e repetindo suas partes.
Indicamos que assista ao vídeo do professor Gustavo (https://www.you-
tube.com/embed/lt8DTkvS3cQ), do canal Cifra Club, para complementar
esse conteúdo, bem como ao vídeo Violão Ibérico: Yamandu Costa mostra
seus violões (https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E). Com
essa última indicação, você conhecerá alguns violões do famoso violo-
nista Yamandu Costa e compreenderá as in�nitas possibilidades desse
instrumento.
Em seguida, responda ao exercício, relacionando esse aprendizado organo-
lógico.
Agora que você conheceu as partes orgânicas do violão, terá a oportunidade
de compreender a contextualização.
Como você viu, o alaúde e alguns modelos de guitarra estiveram presentes
no mundo ocidental desde a Alta Idade Média, acompanhando cantores,
menestréis e trovadores e, também, fazendo solos, jograis e acompanhando
as danças.
Estavam nas cruzadas durante a Idade Média e nas cortes durante o
Renascimento e o Barroco.
Até a metade do século 18, a família dos alaúdes era a principal representa-
ção dos instrumentos de cordas beliscadas; ela esteve nos mais elevados
patamares da sociedade e da arte musical.
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQhttps://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E
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Com o surgimento do piano, desponta, também, uma nova maneira de enca-
rar a música, interpretá-la no cenário musical e social. Com isso, um novo
instrumento ganhou visibilidade: a guitarra mediterrânea (ou violão, como
nós a conhecemos).
No século 17, a guitarra espanhola estava presente na aristocracia francesa.
Quando se tornou um instrumento dos músicos amadores, foi simpli�cada,
segundo Sachs (1940), e tomou a forma de violão como conhecemos hoje:
tornou-se um instrumento com seis cordas simples (e não mais com cinco
cordas duplas) e o corpo �cou mais largo, para ganhar maior volume sono-
ro, tornando-se mais acessível e musicalmente mais robusto.
Geralmente, suas laterais e fundo são feitos de madeira dura e sonora, como
o jacarandá. O tampo pode ser feito de pinho ou cedro, possibilitando dife-
rentes timbres e resposta sonora. No braço, para a escala, normalmente se
usa o ébano, uma madeira dura, capaz de re�etir o som. Os trastes de metal
separam as casas por semitons.
As cordas são nitidamente agrupadas em três agudas e três graves. As agu-
das são feitas de nylon e as graves são revestidas de metal. A a�nação, par-
tindo do grave e caminhando em direção ao agudo, é: Mi2, Lá2, Ré3, Sol3, Si3
e Mi4.
É importante que você ouça a explicação sobre o som real das notas no vio-
lão acompanhando o podcast "Instrumento Transpositor de oitava".
Considerado, assim, um instrumento transpositor de oitava, o violão soa
sempre uma oitava abaixo do que lemos na partitura. Dessa maneira, o som
real é: Mi1, Lá1, Ré2, Sol2, Si2 e Mi3.
As cordas são tocadas diretamente com os dedos. Não há intervenção de
"pectro" (ou palheta).
O historiador José Ramos Tinhorão (apud TAUBKIN, 2004) a�rma que esse
instrumento foi trazido para o Brasil pelos jesuítas, com a �nalidade de ca-
tequizar os índios. Hoje em dia, é um instrumento usado para um repertório
solo de concerto ou como acompanhador de canções, grupos de choro e até
mesmo práticas de ensino de música.
 Vídeos complementares
Reserve um momento, em que possa apreciar grandes nomes do violão
moderno e seus ensinamentos sobre técnica, repertório e contextualiza-
ção do instrumento/instrumentista no cenário musical.
Para tanto, acesse a playlist a seguir.
• Henrique Pinto - Video Aula de Violao Classico (Classical Guitar)
(https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw)
• O Violão do Yamandu com Yamandu Costa e Nelson Faria
(https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk)
• AFINANDO A VIDA - "Brejeiro" - Solista Yamandu Costa
(https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q)
4. Segredos do estudo: corpo consciente, or-
ganização e prática
Considerando a musicalização um processo consciente, crítico e sensível
por meio da música, convidamos você a compreender, neste momento,
quais ativações corporais precisará fazer para partir para a prática do vio-
lão.
Assista ao vídeo a seguir, e você entenderá algumas práticas de alongamen-
tos que poderá adotar antes e depois de seus estudos no instrumento.
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q
É importante que você recorra a esse vídeo quantas vezes achar necessário para trazer consciência
corporal e "acordar" seu corpo para a prática.
O corpo interfere completamente na qualidade do som que se obtém do violão. Se você
tensiona demais o ombro, se muda a posição do punho, se aperta demais ou de menos os
dedos na corda, o formato e corte da unha etc. - todo seu comportamento interfere no
som produzido.
 Desta maneira, convidamos você a experimentar!
Sempre que o som não lhe agradar, tente parar, observar seu corpo e veri-
�car o que poderá mudar para auxiliar na emissão de um som mais lim-
po.
Vamos mencionar algumas dicas que poderão ajudar. O som está intima-
mente ligado à forma como são lixadas e usadas as unhas.
A mão esquerda deve sempre estar com as unhas cortadas. Se elas esti-
verem compridas nessa mão, você terá problemas na digitação das notas
e no posicionamento para formação dos acordes.
Já a mão direita (que vai pinçar a corda), independentemente de você ser
canhoto(a) ou destro(a), precisa de unhas compridas e bem cuidadas.
Elas devem ser compridas o su�ciente para serem sentidas quando você
tocar as pontas dos dedos. Quando olhar a palma da mão direita, você de-
ve ver as unhas que saem dos dedos, mas elas não devem ser muito
grandes.
É preciso lixá-las para que tenham o mesmo formato de seus dedos. A
parte branca da unha deve ter o mesmo tamanho em toda a sua exten-
são. O ideal é que não haja pontas, quinas ou bicos, mas lixe dentro de su-
as possibilidades. A ideia é lixar reto e aparar as pontas.
Depois de lixar, se possível, use uma lixa de polimento para tirar todo ex-
cesso que �cou. A superfície deve �car lisa, para deslizar perfeitamente
nas cordas.
Veja um exemplo na imagem a seguir:
: elaborada pelas autoras.
Figura 7 Unhas lixadas.
Com a prática, você será capar de observar se deve ter unhas um pouco
mais curtas ou ligeiramente mais compridas. Isso vai depender do for-
mato de sua mão e de como posicionará o instrumento na frente do cor-
po.
Outro aspecto importante é manter sempre as unhas do mesmo tama-
nho. Não espere crescer por mais de 15 dias. Tenha suas unhas sempre
iguais. Assim, você manterá a uniformidade de som.
Para tocar, posicione os dedos de frente para as cordas, de maneira que a
corda passe entre seu dedo e sua unha. Este é o ponto de ataque: o ponto
ideal entre unha e dedo. Se houver mais unha do que dedo, o som será
magro, sem corpo, e até estridente. Se você tocar com o dedo com a unha
rival
Realce
muito curta, o som será doce, mas baixo e sem de�nição no ataque. O
som bonito, doce, robusto e com um ataque preciso acontecerá com as
unhas bem lixadas e bem posicionadas na frente das cordas.
No tocante à postura, pode ser tradicional ou não, e cada instrumentista
busca sua liberdade física e musical. Há, inclusive, quem toque violão com
espigão de violoncelo. Observe a Figura 8:
Figura 8 Violão com espigão de violoncelo.
(Foto de Naomy Schölling).
Ver a posição em que Alexandre Moschella coloca seu violão pode causar
até certo estranhamento, considerando as posições tradicionais que já vi-
mos. Porém, é importante que você caracterize o instrumento como uma
extensão do corpo, de modo que conforto,agilidade, relaxamento muscular
e sonoridades sejam possibilidades efetivas.
O músico a�rma:
rival
Realce
A principal razão prática que me levou a adotar a postura foi a liberação do bra-
ço direito. Na posição tradicional, o braço direito do instrumentista permanece,
na maior parte do tempo, apoiado sobre o corpo do violão - o que pode ser um
conforto, mas também pode limitar a quantidade e o alcance dos movimentos
possíveis. Liberando-se o braço direito, pode-se obter uma gama maior de movi-
mentos. O impulso para a produção do som no violão não mais se limita ao ante-
braço e à mão. O som passa a resultar da força, do peso e dos movimentos do
braço inteiro, com a participação do ombro e do tronco. Na verdade, o som passa
a resultar de uma interação que envolve o corpo inteiro, uma vez que não existe
mais nenhum obstáculo físico entre o corpo e o instrumento (MOSCHELLA,
2015).
Entre as diversas possibilidades, elencaremos, aqui, algumas possíveis dú-
vidas que possa ter na escolha do seu instrumento para que se adeque me-
lhor ao seu corpo:
• Se você tem média ou baixa estatura, procure um violão que não tenha a cai-
xa acústica tão larga e extensa, assim, você conseguirá acomodá-lo melhor
ao seu corpo.
• As cordas de nylon são mais macias se você estiver iniciando seus estudos;
por isso, indicamos que escolha estas, mas não há problemas em tocar em
um violão com cordas de aço, considerando que, nesta disciplina, não apro-
fundaremos técnicas especí�cas para violão erudito. Importante: se você
possui um violão de cordas de aço, não troque por cordas de nylon, pois pre-
judicará seu instrumento. Da mesma forma, não coloque cordas de aço em
um violão feito para cordas de nylon, pois poderá empenar o braço do seu
instrumento e comprometer até mesmo o cavalete.
• A espessura do braço do violão também pode ser grande para quem tem de-
dos curtos. Escolha o violão mais confortável para você tocar.
• Guitarra elétrica não é o mesmo instrumento que violão. Inclusive, a posição
corporal não é a mesma. Por isso, se você já toca guitarra, pedimos que, para
sua experiência na disciplina, utilize um violão.
• Você poderá tomar emprestado ou adquirir um violão. Se for comprar, bus-
que pelo instrumento que esteja dentro de suas possibilidades neste momen-
to. Há marcas muito boas de violões considerados "para iniciantes", com
bom custo-benefício.
• A única diferença entre os violões eletroacústico e acústico, é que o primeiro
tipo poderá ser captado e ampli�cado (em uma caixa de som ampli�cadora
ou uma mesa de som). Então, se tiver um violão eletroacústico ou acústico,
poderá utilizá-lo nesta disciplina.
• Lembre-se: você tem que gostar do instrumento - se for a alguma loja, não se
deixe levar por indicações de outras pessoas ou vendedores. Escolha o que
mais lhe agradar e for possível para você.
Agora você já tem os elementos para escolher seu violão e o que quer dele.
Será muito importante ter um violão à sua disposição, de madeira, se possí-
vel, não pintada (pois as madeiras não pintadas têm melhor som) e com
cordas de nylon. Há marcas brasileiras com ótima qualidade para inician-
tes. Sobre as cordas, as marcas importadas são mais indicadas. Use sempre
as com tensão alta, pois o som sairá melhor.
Assim como qualquer outro instrumento, o violão precisa se adaptar às for-
mas do nosso corpo para que consigamos uma performance mais e�ciente.
É fundamental que haja uma perfeita harmonia entre o instrumento e o físi-
co do instrumentista.
Há diversas formas de segurar e posicionar o instrumento. Você conhecerá,
primeiramente, a forma clássica. No caso do violão, alguns itens devem ser
observados, segundo o professor Henrique Pinto (1978):
• Sentar-se com o corpo para frente, usando a metade direita de uma ca-
deira sem braço.
• Colocar o pé esquerdo em um banquinho (apoio) de, aproximadamente,
14 centímetros de altura (isso varia de acordo com a altura e o compri-
mento das pernas de cada pessoa, mas busque o equilíbrio entre colu-
na, braços, pernas e violão).
• A coluna deve ser o seu centro de atenção e sua base de apoio. Evite gi-
ros e tensões. Sua concentração e qualidade no estudo dependem, dire-
tamente, da posição que encontrar para estudar.
Veja um exemplo na Figura 9:
 elaborada pelas autoras.
Figura 9 Posição do corpo para tocar violão.
Essa é a maneira mais tradicional de estudar, visto que a coluna se mantém
em postura ereta, e ombros e braços �cam relaxados para que suas mãos �-
quem livres e leves para digitações e movimentos.
Porém, no seu dia a dia como educador, muitas vezes, você precisará se sen-
tar no chão, cruzar as pernas com o violão no colo e acompanhar as crian-
ças cantando, tocando �auta ou mesmo tocando todos juntos em roda.
Mesmo sentado no chão, você precisará adaptar-se e sentir a melhor ma-
neira de acomodar o instrumento em seu corpo. Veja uma forma de se sen-
tar quando estiver dando aulas para crianças ou bebês na Figura 10:
 elaborada pelas autoras.
Figura 10 Posição para tocar violão sentado(a).
rival
Realce
Pre�ra sempre que a perna apoiando o tampo esteja mais alta que a outra,
para sua coluna não entortar, causando tensão na lombar e no ombro direi-
to.
Agora, pensemos nas posições das mãos. Vamos iniciar pela mão direita -
pensando em um violonista destro; caso você seja canhoto(a), trataremos de
sua mão esquerda.
Há algumas escolas técnicas de violão e a principal diferença entre elas é o
posicionamento da mão direita. A escola moderna do instrumento, presente
nas principais escolas e faculdades do Brasil e do mundo, utiliza o chamado
toque sem apoio, ou seja, quando pinçamos uma corda ou fazemos um arpe-
jo ou dedilhado e o dedo passa pela corda e volta ao seu ponto de relaxa-
mento. Ele não toca na corda de baixo. Isso também vale para o polegar.
A mão segue como uma extensão do braço e antebraço. Não há angulações
com o pulso. É necessário soltar o braço e a mão relaxadamente ao longo do
corpo, trazendo-o até à altura do instrumento e pinçando as cordas.
O relaxamento também deve ser mantido. Não há tensão, há ataque.
Seguindo a escola clássica de violão, o professor Henrique Pinto (1978) abor-
da alguns princípios aos quais devemos nos ater:
• O antebraço deve estar apoiado no aro do violão, mantendo equilíbrio
entre o ombro e a mão.
• A mão direita deve estar numa posição relaxada, sem esforço.
• Deve haver uma pequena distância entre o pulso e o tampo do violão.
• Os dedos indicador (I), médio (M) e anular (A) devem ser mantidos nu-
ma posição de, aproximadamente, 90 graus em relação às cordas (não
usar o dedo mínimo).
• O polegar deve �car separado dos outros dedos, mantendo uma abertu-
ra, para que todos os dedos trabalhem independentemente.
Agora, observando a mão esquerda - mais uma vez, pensando em um violo-
nista destro; caso você seja canhoto(a), trataremos de sua mão direita.
Assim como para a mão direita, você deve manter o posicionamento e rela-
rival
Realce
rival
Realce
xamento natural da mão esquerda. Novamente, de acordo com o professor
Henrique Pinto (1978):
• Os dedos 1 (indicador), 2 (médio), 3 (anular) e 4 (mínimo) devem pousar
sobre as cordas, sem forçar a abertura.
• O polegar é o apoio da mão. Ele serve para orientar os dedos e dar o
perfeito equilíbrio de colocação.
• O cotovelo dá o equilíbrio entre o ombro e a mão. Você deve ter a sensa-
ção de peso, ou seja, ele se apoia na força da gravidade.
Agora que �nalizamos o conteúdo deste tema, con�ra como está o seu
aprendizado, respondendo à questão a seguir:
5. Considerações
Neste ciclo de aprendizagem, você pôde conhecer e compreender o termo
"instrumento musicalizador",   para então, relacioná-lo ao instrumento.
Aprender ou ensinar violão, como foi abordado, necessitará que você com-
preenda que a contextualização do instrumento e técnicas de estudo são
imprescindíveis para o processo musicalizador de cada indivíduo, inclusive
o seu.
Porém, não pare por aqui, pesquise! Um(a)professor(a) deve ter a investiga-
ção como sua aliada no sentido de compreender a in�nidade do saber e atu-
alizar seu conhecimento constantemente.
Este ciclo de aprendizagem deve ser retomado durante todo o desenvolvi-
mento da disciplina, quando achar necessário, já que é um tema transversal
aos próximos conteúdos. Portanto, sempre que sentir necessidade, retome
sua leitura!
No próximo ciclo, estudaremos as técnicas básicas para que você possa uti-
lizar o violão como instrumento acompanhador em diferentes práticas de
ensino. Portanto, se este é seu primeiro contato com o instrumento, não se
cobre tanto em relação à sonoridade - com treino e persistência, você verá
que �cará cada vez melhor!
Vamos lá?!
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g03189-dez-2021-grad-ead/)
Ciclo 2 – Técnicas e habilidades básicas no Violão 
Objetivos
• Identi�car os aspectos principais a realizar no instrumento: melodia,
harmonia e ritmo.
• Conhecer e exercitar técnicas de mão direita e mão esquerda no violão.
• Conhecer, identi�car e treinar os primeiros acordes no instrumento: D
(Ré maior) e A (Lá maior).
• Identi�car as possibilidades rítmicas para o acompanhamento de can-
ções e cantigas.
Conteúdos
• Melodia no violão.
• Harmonia no violão.
• Ritmo no violão.
• Acordes de D (Ré maior) e A (Lá maior) em primeira posição, no violão.
• Exercícios técnico-instrumentais.
• Acompanhamento de canção e cantiga com violão.
Problematização
Quais as possibilidades no violão? O que é melodia, harmonia e ritmo no vio-
lão? Como fazer? Quais as técnicas e habilidades básicas necessárias para
tocar o instrumento? Como executar o acorde de D (Ré maior) e A (Lá maior),
em primeira posição, no braço do violão? Como acompanhar uma canção ou
cantiga no instrumento?
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Orientação para o estudo
Caro aluno, o ciclo anterior convidou você a conhecer este instrumento tão
rico, que é o violão. Neste ciclo, convidamos você a praticar! Como futuro(a)
educador(a) musical, você poderá utilizar o violão de muitas maneiras e, para
iniciar essa jornada, deve conhecer as técnicas e habilidades básicas que de-
verá desenvolver.
Portanto, lembre-se do vídeo inicial do ciclo 1, no qual foi abordamos organi-
zação, comprometimento com o estudo e prática.
Separe, ao menos, de 5 a 10 minutos por dia para sua prática; é preciso ser
diário, ok? Só assim você terá êxito e seu corpo criará a consciência necessá-
ria para as técnicas aqui abordadas.
De nada adianta você apenas ler este ciclo. Nosso desejo é que o pratique!
É essencial que você busque ler atentamente todos os materiais aqui forneci-
dos, para que possa se apropriar dos conteúdos estudados de forma autôno-
ma e consciente. Lembre-se de assistir aos vídeos complementares dispostos
ao longo deste ciclo.
Neste momento, serão VOCÊ e SEU VIOLÃO. Vamos lá?
1. Introdução
Todas as técnicas e habilidades necessárias para tocar um instrumento musi-
cal só podem ser desenvolvidas pelo próprio aprendiz, em seu processo de
, portanto, você é que se desenvolverá durante este estudo.
No violão, podemos realizar acompanhamentos rítmicos, mas também tocar
melodias e harmonias de canções e cantigas. Nesse sentido, você estudará
técnicas que, se praticadas, poderão auxiliar no processo e serão potenciais
para melhorar emissão sonora, coordenação motora e sua relação com o ins-
trumento.
rival
Realce
Se você for destro(a), lembre-se de seguir as informações como se apresentam aqui no material; se você
for canhoto(a), lembre-se de inverter as indicações de dedos da mão direita para os da esquerda, e vice-
versa.
Você estudará técnicas de mão direita, como dedilhados e batidas; técnicas de
mão esquerda, como escalas, melodias e os acordes de D (Ré maior) e A (Lá
maior) e, por �m, a união das duas mãos, de acordo com exercícios musicais
propostos.
Antes de prosseguir, assista ao vídeo de apresentação deste ciclo de aprendi-
zagem.
2. Aspectos principais: melodia, harmonia e
ritmo
Melodia, harmonia e ritmo compõem aspectos principais que reúnem as pro-
priedades do som: altura, intensidade, duração, timbre.
A melodia é uma sucessão de notas que pode ter ou não um ritmo de�nido,
mas o mais importante é que ela sonoriza uma ideia musical, com começo,
meio e �m; com perguntas e respostas. Na Música Ocidental, a melodia pode
conter tensões e relaxamentos e obedece a um campo harmônico existente.
Nesse sentido, a harmonia é um conjunto de duas ou mais notas musicais to-
cadas simultaneamente, que estabelecem um grau entre si (altura), conside-
rando um acorde, mas também estabelece sentido de discurso, considerando
todos os acordes de uma música. Assim, temos uma estrutura harmônica.
rival
Realce
rival
Realce
Tanto a melodia quanto a harmonia podem vir acompanhadas de ritmos. O
ritmo de uma melodia estabelece o andamento, o fraseado e um conjunto mais
de elementos que combinam entre som e silêncio, dentre os quais se destacam
duração e intensidade.
Considerando, então, as propriedades sonoras, resta falarmos do timbre. Ele
está presente no instrumento que tocará (no caso, o violão), com seu som par-
ticular, mas também, na qualidade do mesmo. Ou seja, dois violões construí-
dos com madeiras distintas, e com cordas que possuem materiais diferentes,
logicamente soarão com timbres diferentes, porém, ainda sim, será perceptí-
vel que estamos ouvindo um violão.
Iniciaremos nossos estudos pelo aspecto rítmico, pois, em termos de coorde-
nação motora, há combinações de movimentos que terás de desenvolver. Na
sequência, passaremos para melodias e, por �m, harmonias.
Na educação musical que buscamos, não queremos contemplar um estudo
técnico desvinculado do fazer/tocar, do senso crítico, da criação, da consciên-
cia corporal e do repertório; por isso, convidamos você a estudar cada um des-
ses aspectos, musicalizando-se de forma integral.
É importante que você saiba que poderá combinar todos esses aspectos, mas
lançaremos um holofote sobre cada um para que você tenha consciência do
que, especi�camente, está desenvolvendo.
3. Técnica de mão direita (para destros)
Denominamos "técnica de mão direita" a técnica responsável pela mão que irá realizar o
acompanhamento no violão. Se você é canhoto(a), será sua mão esquerda que fará essa função, então será
necessário inverter a posição do violão.
São muitas as opções para mão direita e, em cada uma delas, existem técnicaspara desenvolvimento motor. Você pode tocar por meio de palhetadas (utili-
zando uma palheta), tocar com dedilhado (utilizando os dedos polegar, indica-
rival
Realce
rival
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dor, médio e anelar), por meio de puxadas nas cordas (cuja técnica se baseia
em puxar as cordas simultaneamente com os dedos que utilizamos na técnica
de dedilhado), e batida (na qual usamos, geralmente, polegar para baixo - nos
tempos fortes -, indicador e combinações entre indicador, médio e anelar para
dar movimento e sonoridades crescentes ou decrescentes).
Neste momento, estudaremos dedilhados e batidas; você poderá desenvolver
outras técnicas, caso tenha interesse, de forma autônoma.
Há algumas escolas técnicas de violão e a principal diferença entre elas é o
posicionamento da mão direita.
Já tratamos disso no ciclo passado, mas relembraremos, a �m de trazer à tona
sua importância e convidá-lo a praticar as técnicas de mão direita com exer-
cícios práticos.
A escola moderna do instrumento, presente nas principais escolas e faculda-
des do Brasil e do mundo, utiliza o chamado toque sem apoio, ou seja, quando
pinçamos uma corda ou fazemos um arpejo ou dedilhado e o dedo passa pela
corda e volta ao seu ponto de relaxamento. Ele não toca na corda de baixo. Isso
também vale para o polegar.
A mão segue como uma extensão do braço e antebraço. Não há angulações
com o pulso. É necessário soltar o braço e a mão relaxadamente ao longo do
corpo, trazendo-os até à altura do instrumento e pinçando as cordas. O relaxa-
mento também deve ser mantido. Não há tensão, há ataque.
Segundo o professor Henrique Pinto (1978), há alguns princípios aos quais de-
vemos nos ater:
• O antebraço deve estar apoiado no aro do violão, mantendo equilíbrio en-
tre o ombro e a mão.
• Deixar a mão direita numa posição relaxada, sem esforço.
• Manter uma pequena distância entre o pulso e o tampo do violão.
• Os dedos indicador (I), médio (M) e anular (A) devem ser mantidos numa
posição de, aproximadamente, 90 graus em relação às cordas (não usar o
rival
Realce
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Realce
dedo mínimo).
• O polegar deve �car separado dos outros dedos, mantendo uma abertura,
para que todos os dedos trabalhem independentemente.
Observe, na Figura 1, a posição da mão direita do violonista destro:
 elaborada pelas autoras.
Figura 1 Posição da mão direita (violonista destro).
Assim como para a mão direita, você deve manter o posicionamento e relaxa-
mento natural da mão esquerda. Novamente de acordo com o professor
Henrique Pinto (1978):
• Os dedos 1, 2, 3 e 4 devem pousar sobre as cordas, sem forçar a abertura.
• O polegar é o apoio da mão. Ele serve para orientar os dedos e dar o per-
feito equilíbrio de colocação.
• O cotovelo dá o equilíbrio entre o ombro e a mão. Você deve ter a sensação
de peso, ou seja, ele se apoia na força da gravidade.
No ciclo 1, você conheceu quais cordas compõem o violão tradicional (de seis
cordas), mas vamos relembrar. As cordas do violão são contadas da mais agu-
da para a mais grave, ou seja:
• Mi 1ª corda (aguda).
 
• Si 2ª corda.
rival
Realce
rival
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• Sol 3ª corda.
 
• Ré 4ª corda.
 
• Lá 5ª corda.
 
• Mi 6ª corda (grave).
 
Vamos treinar um pouquinho de nossa percepção, ouvindo cada uma delas?
Nosso convite é para que você pegue seu violão e compare as sonoridades pa-
ra a�nar, se for preciso.
Se você nunca a�nou um instrumento de cordas, há duas possibilidades: você
pode utilizar um a�nador eletrônico ou um diapasão.
Utilizando um a�nador eletrônico ou aplicativos:
• Se preferir o a�nador eletrônico, basta ligar o aparelho e se atentar para a
indicação do A (Lá) de 440.
• Toque cada corda separadamente: E (Mi), A (Lá), D (Ré), G (Sol), B (Si) e E
(Mi) e o a�nador avisará quando estiver a�nado.
• Caso esteja mais grave, aperte, delicadamente, a tarraxa correspondente à
corda que está a�nando para que o som �que mais agudo; isso fará com
que a corda estique mais.
• Se estiver agudo, solte-a lentamente; isso fará com que a corda afrouxe
mais.
Pela praticidade, hoje em dia há diversos aplicativos que você pode ter no celular,
de forma gratuita, para auxiliar nesse processo de a�nação.
Indicaremos dois:
• GuitarTuna (disponível para Android (https://play.google.com/store/apps/de-
tails?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US) e iOS (https://apps.ap-
ple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389))
• A�nador Cifra Club (disponível para Android (https://play.google.com/store
/apps/details?id=com.studiosol.a�nadorlite&hl=pt&gl=US) e iOS
(https://apps.apple.com/br/app/a�nador-cifra-club/id480625281))
Convidamos você a fazer o download de um deles para que esteja com o a�nador
em mãos quando for praticar violão.
Utilizando um diapasão:
Observe, na Figura 2, a imagem de um diapasão.
Figura 2 Diapasão (http://brunomadeira.com/como-a�nar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpg).
• Se você preferir usar o diapasão, con�ra o Lá da 5ª corda solta do violão
com o Lá do diapasão. É um ótimo treino auditivo.
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US
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rival
Realce
• Depois de a�nado o Lá, aperte a 5ª corda na 5ª casa (Ré) e con�ra com o
Ré solto (4ª corda).
• Aperte a 4ª corda (Ré) na 5ª casa e con�ra com o Sol solto (3ª corda).
• Agora, uma novidade: con�ra a 3ª corda (Sol) presa na 4ª casa e con�ra
com o Si solto (2ª corda).
• Volte ao padrão de conferência anterior e con�ra a 2ª corda (Si) presa na
5ª casa com a 1ª corda solta (Mi).
• Por �m, con�ra a 6ª corda (Mi) presa na 5ª casa com a 5ª corda solta (Lá)
(aqui é importante lembrar que você está a�nando a 6ª corda).
Agora que você relembrou as notas das cordas soltas e a�nou seu instrumen-
to, vamos tocar?
• O polegar toca as 3 cordas graves: Mi, Lá e Ré.
• O indicador (I), a corda Sol.
• O médio (M), a corda Si.
• O anular (A), a corda Mi. Faça na sequência, bem lentamente, assim você
conseguirá tocar e se ouvir: Mi, Lá, Ré, Sol, Si, Mi.
Iniciaremos pelo desenvolvimento do dedilhado.
Nele você utiliza os dedos separada ou simultaneamente, para tocar nas cor-
das do violão.
O exercício a seguir (Figura 3) envolve apenas tocar as notas das cordas soltas
do violão, sem uma duração estabelecida
rival
Realce
rival
Realce
 Mariani (2002, p. 42).
Figura 3 Cordas soltas (mão direita).
Após tocar por três vezes, estabeleça um ritmo. Quanto tempo durará cada no-
ta? Toque com essa duração estabelecida.
Agora você terá uma terceira tarefa: crie uma célula rítmica e distribua as no-
tas como quiser. Você pode repetir uma ou mais notas, retirar da sequência,
diminuir o andamento. Neste momento, você já está criando uma canção, en-
tão execute essa atividade com o máximo de comprometimento que conse-
guir.
Veja um exemplo de criação musical com cordas soltas, assistindo ao vídeo a
seguir:
Feita essa criação, você pode escrevê-la e compartilhar com seus colegas no
correio da SAV (apenas se quiser, pois não é uma tarefa avaliativa).
O que queremos que você perceba é que já pode fazer música, apenas dando
ritmo às notas de cordas soltas do violão. Portanto, sim: em uma aula de
Música, de violão, de qualquer instrumento, precisamos fazer música, trans-
formar estudo técnico em música; caso contrário, perdemos o objetivo princi-
pal.
Vamos, agora, conhecer um outro padrão para estudar rítmica na mão direita
do violão: as palavras ou frases atreladas à duração.
Essa metodologia é considerada controversa, por supostamente retirar o foco
da leitura de partitura tradicional, mas acreditamos que isso não é necessaria-
rival
Realce
mente verdade. Você pode utilizar essa metodologia como um recurso para
quem não tem tanta familiaridade com partitura tradicional, mas não como
um �m (se seu objetivo for fazer com que seu aluno aprenda a ler partitura).
Bom, vamos lá! Pratique a música Lero Lero, também do material O equilibris-
ta das seis cordas: método de violão para crianças.
Perceba que agora incluiremos os dedos indicador e médio. Trabalharemos
com a corda Sol, como está escrito, e cada dedo, grafado com inicial, será indi-
cado acima da nota a ser tocada.
Veja o vídeo Lero Lero para acompanhar as cordas soltas da Figura 4:
Teremos, então "i"= indicador e "m" = médio.
 Mariani (2002. p. 47).
Figura 4 Cordas soltas com ritmo (mão direita).
Agora que você praticou com a corda Sol, toque nas outras cordas e pratique
cantando a letra juntamente com o som. Se for possível, coloque um metrôno-
mo para auxiliar no andamento.
Pode ser que surja uma dúvida sobre como abafar a nota para deixar de soar:
resumidamente, é só você apoiar novamente o dedo na corda, e a mesma ces-
sará a vibração e o som.
Vamos fazer agora uma pausa para um exercício autoavaliativo, para você ve-
ri�car se compreendeu os conteúdos tratados até aqui.
Avançando em nossos estudos técnicos, vamos combinar uma sequência de
dedos da mão direita para tocar um dedilhado!
Está pronto(a)? Vamos lá!
Praticaremos um exercício do livro Caderno pedagógico: uma sugestão para
iniciação ao violão, de Damaceno e Campos (2002).
Esse exercício visa à dissociação dos dedos indicador, médio e anelar por
meio das cordas Sol, Si e Mi do violão.
Apoie seu polegar na corda Mi ou na Lá antes de iniciar o treino, de modo que
sua mão �que relaxada.
Repita as combinações propostas por quanto tempo achar necessário.
Nos compassos 16, 17, 18 e 19, você poderá ver exemplos de puxadas nas cor-
das, ou seja, cordas que soarão simultaneamente.
Veja o vídeo "Exercício cordas soltas" para acompanhar o exercício proposto
na Figura 5:
(https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-
content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg) Damaceno e Campos (2002, p. 21).
Figura 5 Exercícios com cordas soltas.
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg
Você também poderá acompanhar uma canção por meio de batidas na mão
direita.
São muitas as opções e, geralmente, estão atreladas a um ritmo ou gênero mu-
sical, por exemplo: marcha, samba, valsa, reggae, balada etc.
Vamos iniciar com a marcha.
Com essa batida, você poderá tocar músicas com ritmo binário. Observe a
Figura 6.
(https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-
content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png) elaborada pelas autoras.
Figura 6 Batida - ritmo de marcha.
Treine essa batida de acompanhamento, colocando mais peso no polegar e
menos peso nos tempos dois e três (I, M, A).
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Assista ao vídeo "Ritmo de Marcha" a seguir:
Vamos, agora, aprender a valsa.
Com essa batida, você poderá tocar músicas com ritmo ternário.
no caso de som crescente,o sentido das cordas a serem tocadas é das graves para as
agudas; no de som decrescente, é das agudas para as graves.
Observe a Figura 7.
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Figura 7 Batida - ritmo de valsa.
Treine essa batida de acompanhamento, colocando mais peso no polegar e
menos peso nos tempos dois e três (I, M, A).
Assista ao vídeo a seguir sobre o ritmo de valsa e acompanhe a batida, obser-
vando a Figura 7:
Vamos agora treinar o ritmo de balada, analisando a Figura 8.
Com essa batida, você poderá tocar músicas com ritmo quaternário.
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Figura 8 Batida - ritmo de balada.
Agora, veremos um ritmo com mais swing, o de balada. Assista ao vídeo a se-
guir:
Após assistir ao vídeo, perceba que a independência dos dedos é muito impor-
tante para você compreender o espaço entre as cordas em seu violão e desen-
volver sua coordenação, visto que, na mão esquerda, o movimento será de
"apertar", diferentemente dos movimentos que você fez com a mão direita.
Com os acordes, você poderá treinar essas técnicas de batidas (ver "Técnica
de mão esquerda para destros(as)", nosso próximo tópico).
Antes de iniciar a jornada de aprendizado da mão esquerda, vamos ver o
quanto você assimilou deste conteúdo?
Considerando as possíveis técnicas de mão direita, leia e re�ita sobre as a�r-
mações acerca da seguinte imagem:
: Pinto (1978, p. 21).
Figura 9 Método de mão direita.
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rival
Realce
4. Técnica de mão esquerda para destros(as)
Denominamos "técnica de mão esquerda" a responsável pela mão que irá realizar
a melodia e harmonia no violão. Se você é canhoto(a), será sua mão direita que fa-
rá essa função, então será necessário inverter a posição do violão.
Devemos trabalhar a técnica da mão esquerda porque é importante apren-
der a visualizar as notas no braço do violão. Diferentemente do teclado, no
qual vemos as notas horizontalmente, uma após a outra, no violão, temos a
possibilidade de tocar a mesma altura de nota em outra corda e elas podem
ser dispostas verticalmente.
Vejamos um diagrama de parte do braço do instrumento na Figura 10.
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content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png) elaborada pelas autoras.
Figura 10 Diagrama - braço do violão.
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Observe que as notas de cordas soltas estão indicadas fora da primeira casa
do braço. Nesse sentido, sabendo qual nota soa na corda solta, você poderá
saber quais notas soam em cada casa, seguindo a ordem da escala natural,
respeitando, inclusive, os semitons. Assim, das notas "Mi" para "Fá" e de "Si"
para "Dó", não haverá uma casa de separação.
Sabendo disso, sigamos para a técnica.
Da mesma forma como para a mão direita, você deve manter o posiciona-
mento e relaxamento natural da mão esquerda. Novamente, de acordo com
o professor Henrique Pinto (1978):
• Os dedos 1, 2, 3 e 4 devem pousar sobre as cordas, sem forçar a abertu-
ra.
• O polegar é o apoio da mão. Ele serve para orientar os dedos e dar o
perfeito equilíbrio de colocação.
• O cotovelo dá o equilíbrio entre o ombro e a mão. Você deve ter a sensa-
ção de peso, ou seja, ele se apoia na força da gravidade.
Cada casa do violão corresponde a um semitom. Então, se apertarmos a 6ª
corda (Mi) na primeira casa, teremos um Fá. Certo? Apertando a mesma
corda na casa 3, teremos um Sol e, na casa 5, um Lá igual à 5ª corda solta.
Tudo certo? Mantenha a mesma lógica e mapeie as notas naturais usando
as 6 cordas do violão nas casas de 1 a 5.
Assista ao vídeo a seguir e observe como deve ser o uso das duas mãos. Em
seguida, observe atentamente a Figura 11.
 
 elaborada pelas autoras.
Figura 11 Exercício de notas no braço do violão.
Agora vamos unir uma técnica de dedilhado com as notas de baixo Mi, Fá,
Sol, Lá, Si e Dó (nas cordas Mi e Lá) do violão.
Assista ao vídeo a seguir, "Arpejo 3 notas". Em seguida, observe a Figura 12,
que demonstra arpejo de 3 notas com baixo.
 Pinto (1977, p. 5).
Figura 12 Arpejo de 3 notas com baixos.
Você pode treinar essa junção com outros padrões de dedilhados - aproveite para criar.
Uma boa dica de estudo é gravar no celular os treinos e ouvir para acompanhar a evolu-
ção sonora de seu desenvolvimento no instrumento.
Acordes
Você entrará agora no mundo do violão como instrumento acompanhador e
aprenderá a montar e tocar o acorde de Ré Maior (D).
Com isso, poderá, também, treinar cantando e brincando com as crianças
de

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