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(https://md.claretiano.edu.br/insmusvio- g03189-dez-2021-grad-ead/) 1. Introdução Querido(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a) ao nosso material da discipli- na . Para iniciar nossa compreensão sobre os objetivos desta disciplina, é necessá- rio entendermos o que signi�ca a expressão “instrumento musicalizador”, e também por que musicalizar por meio da prática de violão ou por que utilizar o violão como instrumento musicalizador. Antes de mais nada, é importante dizer que nosso foco principal é a sala de aula. Dessa maneira, olharemos para o ensino e a aprendizagem coletivos de Música, segundo as demandas curriculares a que se destina a Educação Básica. Se você já atua ou pretende atuar enquanto licenciado nesse locus, es- ta disciplina será ótima para sua formação; e, se pretende atuar em projetos sociais, escolas especializadas de Música ou com aulas individuais, ainda as- sim poderá se favorecer com este conteúdo. Lembre-se: enquanto professor consciente e coerente com sua prática, você te- rá de adaptar todos os conteúdos ao seu contexto de ensino e à sua realidade, considerando as necessidades de aprendizagem de seus alunos. Então, é você quem poderá tornar este conteúdo vivo, �exível e expansivo à medida que se apropriar dele. É nesse sentido que entenderemos o termo “instrumento musicalizador”. Se cada um de nós tem necessidades, realidades e buscas especí�cas, então o fo- co é o ser humano. Não ensinaremos “coisas”, ensinaremos “seres humanos”. Como Koellreutter, mencionado por Kater (1997), nos diz majestosamente: https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ Inútil a atividade daqueles professores de música que repetem doutoral e fastidio- samente a lição, já pronunciada no ano anterior. Não há normas, nem fórmulas, nem regras que possam salvar uma obra de arte, na qual não vive o poder de inven- ção. É necessário que o aluno compreenda a importância da personalidade e da formação do caráter para o valor da atuação artística e que na criação de novas ideias reside o valor do artista (KOELLREUTTER apud KATER, 1997, p. 31). É com esse sentido de professor criador, mediador, e de alunos que participam efetivamente de seu próprio aprendizado, que a se torna um instrumento vivo, a ser sentido, no estudo da Música. O processo de musicalizar está diretamente relacionado ao fazer, à participa- ção ativa no fazer musical, à sua ampliação cultural. Como bem aborda Penna (2008, p. 47), trata-se do desenvolvimento perceptível que envolve expressão e criticidade, ou seja, do caminho para a “apreensão da linguagem musical, de modo que o indivíduo se torne capaz de apropriar-se criticamente das várias manifestações musicais disponíveis em seu ambiente” (PENNA, 2008, p. 47). Desse modo, você, enquanto aprendiz do instrumento, está em um processo de musicalização. Nós, professores, precisamos nos musicalizar ao longo da vida, para que nossas práticas sejam cada vez mais sensíveis e nos possibilitem conduzir nossos alunos em seus processos, seja por meio do instrumento mu- sical – neste caso, o violão – seja por outros meios de apreciação e práticas musicais. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2017), os concei- tos de e acuidade auditiva devem ser ativos na prática docente, então convidamos a relacionar todos os seus estudos ao desenvolvimento percepti- vo auditivo e à experiência estética/artística deste processo. Considerando esse caminho a percorrer, a disciplina abarcará duas grandes frentes: a sua musicalização por meio do violão e o conhecimento do violão enquanto instrumento musicalizador, no ensino coletivo e em práticas de en- sino do mesmo. Assim, você terá a possibilidade de aprender a tocar (o básico) para utilizar co- mo acompanhador em suas práticas de educação musical e, ao mesmo tempo, de conhecer e praticar modos de ensino desse instrumento, caso deseje. rival Realce rival Realce Nosso material foi organizado em cinco ciclos: • Ciclo 1 – Violão brasileiro – de�nições e contextualização. • Ciclo 2 – Técnicas e habilidades básicas no violão. • Ciclo 3 – Repertório musical para a sala de aula. • Ciclo 4 – O professor mediador – estratégias de ensino. • Ciclo 5 – Educação musical com violão – quais as possibilidades? Esperamos que você consiga aprofundar os conteúdos de maneira autônoma (acessando os links, vídeos e materiais complementares sugeridos) para soli- di�car seu conhecimento e ampliá-lo de acordo com seus interesses, suas prá- ticas e pesquisas. Não se limite ao que é dado; busque, investigue e avance com seu próprio co- nhecimento no instrumento e em estratégias educacionais! Vamos então, iniciar esta jornada juntos? Bons estudos! 2. Informações da Disciplina Ementa A disciplina apresenta ao aluno, futuro educador musical, as amplas possibilidades sonoras e pedagógicas do violão como instrumento musicalizador; de�ne e contextualiza o instrumento, consi- derando suas potencialidades sonoras e criativas na educação musical, justi�- cando sua importância para a formação do educador; descreve técnicas e ha- bilidades básicas necessárias ao desenvolvimento técnico-instrumental no violão por meio de descrição de exercícios, como possibilidades posturais, uti- lização das mãos, dedos e unhas para atingir sonoridade esperada, modos de a�nação do instrumento; apresenta, ainda, acordes maiores básicos e possí- veis acompanhamentos em diferentes formatos, como batidas e dedilhados, valorizando a aprendizagem gradual do aluno, por meio de repertório musical popular brasileiro e da discussão de métodos de ensino do instrumento consi- derando seus aspectos didáticos. No tocante à formação do educador, instiga a criação de diferentes ritmos, gravação de seus estudos e problematização do ensino musical coletivo como potencial no cotidiano escolar, foco de atuação do licenciado. Objetivo Geral Os alunos da disciplina , na modalidade EaD do Claretiano, dado o Sistema Gerenciador de Aprendizagem e suas ferra- mentas, serão capazes de conhecer o violão como instrumento musicalizador, bem como suas potencialidades para utilizá-lo como facilitador no ensino musical. Para isso, contarão com o material na plataforma, bem como vídeos complementares e links de outras referências bibliográ�cas eletrônicas. Ao �nal da disciplina, de acordo com as propostas orientadas pelo(a) profes- sor(a) responsável e pelo(a) tutor(a) da disciplina, os alunos terão condições de compreender técnicas básicas para execução do violão, ampliar seu próprio repertório por meio do estudo prático no instrumento e, ainda, conhecer os pressupostos do ensino coletivo de violão no Brasil e no locus da Educação Básica brasileira. Para esse �m, levarão em consideração diálogos de fóruns, por meio de suas ferramentas, bem como as atividades que produziram du- rante o estudo. Objetivos Especí�cos • Apresentar o violão como um instrumento musicalizador para o educa- dor musical, valorizando suas potencialidades e o ensino coletivo musi- cal na educação escolar. • Contextualizar o violão brasileiro. • Relacionar diferentes escritas e leituras de códigos para o instrumento, para além da partitura musical tradicional. • Possibilitar o desenvolvimento de habilidades técnicas iniciais no instru- mento. • Apresentar repertórios adaptados para acordes e ritmos propostos. • Problematizar métodos de ensino de violão, suas práticas na educação básica e projetos sociais e adaptações pedagógicas. (https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/) Ciclo 1 – Violão Brasileiro: De�nições e Contextualização Objetivos • Conceituar instrumento musicalizador. • Conhecer a história e a do violão. • Identi�car os principais aspectos para o estudo no violão: conscientiza- ção corporal, organização e prática musical. Conteúdos • Conceito de instrumento musicalizador. • História do violão. • Organologia do violão. • Partes do violão. • Consciência corporal no violão. • Posição e posicionamento das mãos. • Como cuidar das unhas. • Como se sentar. • Organização de estudo instrumental. • A�nação do instrumento. Problematização O que é instrumento musicalizador? O que você entende por violão? Qual a capacidade musical desse instrumento para sua formação como educador(a) musical? De que material o instrumento é feito? Para que serve? Por que seu corpo deve se desenvolver de maneira consciente para a prática do instru- https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=2307&action=edit mento? Quais alongamentos poderá fazer antes e depois de praticar violão? Como lixar as unhas para uma boa ? Como a�nar o instrumento? Orientação para o estudo Caro(a) aluno(a), durante este ciclo, você conhecerá um instrumento que o acompanhará durante todo o semestre, então é importante que você se orga- nize para estudar todo o conteúdo proposto. Se desenvolver uma base sólida, verá que seus estudos no instrumento ocorrerão com �uência. Para muitos, o violão será um instrumento novo a ser aprendido; então, paci- ência e persistência são palavras-chaves se você está tendo seu primeiro contato com ele. Teremos indicações de aprofundamento nos temas sugeridos, vídeos sobre organologia e construção do violão como conhecemos hoje e ainda, indica- ções de exercícios de alongamento que devem fazer parte de seus estudos diários. Portanto, crie um ambiente motivador para seus estudos e marque esse com- promisso com você mesmo. É fundamental que explore ao máximo todos os materiais, a �m de construir sua jornada de aprendizagem de maneira autônoma e sólida. Não deixe de assistir aos vídeos complementares deste ciclo. Vamos lá! Bons estudos! 1. Introdução Musicalizar é um processo individual e coletivo ao mesmo tempo. Portanto, exige interação entre professores e alunos, alunos e alunos, alunos e som. Nessa última dinâmica, percebemos possibilidades de ampliação, no sentido de que o som vem de muitas fontes: do corpo, dos objetos, dos instrumentos. Assim, focaremos o conteúdo deste ciclo na compreensão do violão como ins- trumento musicalizador no sentido de promover experiências sensório- auditivas com o instrumento partindo de uma ação pedagógica e musical que é necessariamente individual e precisa ser considerada na sua formação en- quanto educador(a) musical. Vamos começar? 2. Conceito de instrumento musicalizador Como já vimos na introdução deste material, musicalizar signi�ca sentir por meio da música, desenvolver aspectos críticos por meio dela, conectar o fazer, a criação e a socialização, por meio da música. O próprio nome da disciplina já aponta que o foco é a ferramenta e não o objeto (neste caso, o violão). Nosso objetivo é você se musicalizar por meio do violão e então considerar suas práticas de educação musical com esse instrumento, conhecendo as possibilidades que ele pode lhe oferecer. A construção histórica e cultural da humanidade se deu e se dá no coletivo e a música sempre participou desse processo. Desde a Antiguidade Grega, a músi- ca cumpria um importante valor humano, considerando a rítmica como uma relação estreita com as descobertas matemáticas e a harmonia, com os movi- mentos internos. Marisa Fonterrada - educadora musical e pesquisadora - aborda a história da música na educação em seu livro De tramas e �os: um ensaio sobre Música e Educação (2008), que nos traz um panorama importante quando nos atemos à realização da música e seu ensino no Brasil. Basicamente temos uma construção histórica por meio do sentir! Na Antiguidade Romana, temos registros de aglomerações e grupos musicais que buscavam o re�namento técnico musical e, na Idade Média, com a valori- zação da ciência, bem como dos aspectos religiosos e espirituais, a música as- sume seu papel educativo (considerada uma das mais altas divisões das sete rival Realce artes liberais). A partir daí, estudos harmônicos mostram a relação com sen- sações humanas que são provocadas em suas progressões e surgem escritas e correntes estéticas mais consolidadas. Observe a Figura 1 a seguir. elaborada pelas autoras. Figura 1 Relação do indivíduo com a música. Considere que vem do "sentir" a relação do indivíduo com a música (seus gos- tos, suas práticas, sua interação com a arte). O mesmo se relaciona em peque- nos grupos de acordo com o que sente culturalmente, ou seja, participa de gru- pos vinculados a estilos musicais, como rap, funk, MPB ou de grupos em que as pessoas são ecléticas no tocante a gêneros musicais e isso de�ne os lugares que frequentam, as apresentações culturais que buscam assistir e o convívio social. Desse modo, a música é sentida em sociedade, em pequenos grupos, formando uma rede social de cultura, que vai se modi�cando ao longo do tem- po e com os avanços tecnológicos. Visto que o sentir estimula essas relações com a música, temos uma trajetória estabelecida: pessoa -> grupo -> sociedade. Considerando essa trajetória, a música foi assumindo papéis - como impor- tante vínculo de compreensão matemática, espiritual, psicológica, social - ao longo do tempo. Dessa forma, sua participação na construção integral do indi- rival Realce víduo é inquestionável. Convidamos você a assistir a palestra "Música e Linguagem: Re�exão acerca do papel da música em nossas vidas" para compreender este cenário. Como estamos nos licenciando para sermos professores, é necessário compre- ender a lógica didática desse processo, para que possamos mediar e utilizar ferramentas que auxiliem os alunos em seu processo de . De acordo com Penna, em seu livro Música(s) e seu ensino, a realidade da mú- sica a ser vivenciada deve ser expandida para além da música - só assim trará criticidade para compreender essa vivência no mundo que a cerca. Mais uma vez, vemos a relação indivíduo - grupo - sociedade. Segundo a autora, Em nossa proposta de musicalização, o partir da realidade musical vivenciada pelo aluno é inseparável de sua abordagem crítica, direcionada para a compreensão de suas riquezas e limites, passo necessário para criar o desejo e a possibilidade real de expandir o próprio universo de vida. Essaspontes sobre o fosso que o cerca, levantando-o mais longe possível. Essas pontes precisam estar apoiadas sobre a sua vivência real cotidiana - que deve ser considerada não apenas sob o aspecto musical - ou lhe faltarão os meios para alcançá-las e caminhar sobre elas (PENNA, 2008, p. 46-47). É nesse sentido que convidamos você a experimentar o violão, sentir, fazer, criar, para então considerar as potencialidades que ele tem a lhe oferecer, tanto como ser humano quanto como educador(a). Uma de�nição de Odair Assad, muito importante e inspiradora para você que lida com relações humanas, seja aluno-aluno, seja professor-aluno, é a seguin- te: E o que é tocar? [...] É estar ali e aproveitar aquele momento. Tocar ali e o que vier é o melhor que pode vir e você aproveita aquele momento. Intuição, por exemplo, que o brasileiro tem muito e de que se fala pouco. E a intuição é genial (ASSAD apud TAUBKIN, 2004, p. 141). A�ore seu sentir e venha realizar seu musicalizar com o violão! Para obter êxito em seus estudos, em alguns momentos, você terá oportunida- de de responder questões que avaliarão o seu aprendizado. Assim, vejamos se está no caminho certo, respondendo à questão a seguir: 3. O violão brasileiro: história e organologia Para que você tenha meios de compreender melhor o tema, começaremos com algumas de�nições sobre esse instrumento. Segundo o Dicionário Michaelis (2021), o violão é um "instrumento em forma de 8, com braço, com 6 cordas, que se ferem com os dedos". Andrade (1989, s.p.) traz a seguinte de�nição: Instrumento de cordas dedilhadas, construído por uma caixa de ressonância de madeira com fundo chato, em forma de 8, e um braço dividido em trastos em cuja extremidade suas 6 cordas são �xadas e a�nadas por cravelhas. As cordas, de a�- nação mi-la-ré-sol-si-mi, são as três mais graves chamadas de bordões e feitas de metal, sendo as demais feitas de nylon. Há uma frase famosa que diz que "o violão é uma orquestra em miniatura" e que tenha sido dita por Beethoven. O sentido é que o violão é um instrumento rico em timbres, assim como a composição de uma orquestra de câmara, por exemplo. E, para complementar a de�nição do instrumento, a seguir, apresen- rival Realce rival Realce taremos depoimentos de consagrados violonistas brasileiros em atividade, a �m de aguçar um pouco a sua vontade de aprender violão: O violão está enraizado na cultura brasileira. E o principal: no Brasil, você não tem como separar o violão erudito do popular. Isso é histórico, não sei se acontece em outro país, mas a tradição do violão brasileiro é solista, com caráter popular (ANTUNES in TAUBKIN, 2004, p. 130). Veja agora o depoimento de Zanon (in TAUBKIN, 2004, p. 129): Acho que no Brasil temos o privilégio de não ter nenhuma barreira muita nítida en- tre o violão popular e o violão clássico. A barreira não é tão nítida, se você pensar, por exemplo, no Paulo Bellinati e no Marco Pereira. São pessoas que têm um treina- mento clássico muito sólido, mas uma vivência com a música popular tão sólida quanto. Então, acho que nessa área, o Brasil vai muito bem. Badi Assad (in TAUBKIN, 2004, p. 123) considera o violão um instrumento vi- vo, que possui contato corporal intenso: [...] A madeira está viva. Ela respira. Se está frio, ela sente, se está calor, ela sente. E é você que faz o som. Sua unha vai interferir, o modo com que você pega, a força. Então, o violão possibilita uma parte física, que também contribui para que eu colo- que a alma feminina. [...] Você vira uma coisa só com o que está tocando. Além de ser um instrumento que permite um contato corporal signi�cativo, oferece uma riqueza de potencialidades musicais. No que se refere às possibi- lidades rítmicas, Odair Assad (in TAUBKIN, 2004, p. 141) compara com uma dança (que é feita na mão esquerda - com a mudança de acordes e digitações melódicas) e com quicar (que é feito na mão direita com as batidas e dedilha- dos): rival Realce rival Realce Algo muito simples, ritmicamente perfeito, que o brasileiro faz e que ninguém fora do Brasil faz. Quando você posiciona a mão esquerda e faz um acorde tirando e co- locando a mão do acorde, o som some e volta. Esse movimento faz uma percussão, suinga, e ritmicamente isso é de uma riqueza excepcional. É o grande violão brasi- leiro de músicos como Baden Powell. Vamos ouvir um trechinho no vídeo Baden Powel - "O astronauta" - Programa Ensaio. Convidamos você a imaginar essa dança das mãos enquanto aprecia. Com base nos conceitos mencionados, você pode notar como é vasta a gama de possibilidades que esse instrumento nos apresenta. Isso faz do violão uma ferramenta companheira e de fundamental importância no processo de musi- calização. Durante a história, o violão (conhecido como guitarra clássica) foi se modi�- cando até chegar ao que conhecemos hoje (tanto as opções de violões de seis cordas, como as de sete cordas, todas podendo ser de nylon ou aço). Como es- tamos tratando de um processo musicalizador, conhecer a história do instru- mento é parte importante, pois trará maior clareza sobre o instrumento que estará em suas mãos e ainda possibilitará um aprendizado cultural capaz de ampliar a relação com o instrumento, com sua própria cultura e com o que po- derá oferecer aos seus alunos, em termos de conhecimento musical. Está preparado(a) para uma viagem histórica? Vamos saber de onde vem o vi- olão, esse instrumento tão popular em nosso país e tão companheiro na cami- nhada da educação musical. Sobre a organologia desse instrumento, considere-o um organismo, como o seu. Você possui órgãos que são sistematizados para que seu corpo "funcione". Esse funcionamento se dá pela relação interna do corpo e dela com o exterior, rival Realce ou seja, com os elementos da natureza, como o ar que possibilita respirar. Da mesma forma, o violão é projetado por partes para que o conjunto todo pos- sa produzir os sons esperados e para que possa ter diversas possibilidades so- noras, com seus timbres especí�cos. Segundo Michels (1982), instrumentos musicais são todos aqueles geradores de som que servem para a criação de ideias e ordens musicais. Os instrumen- tos musicais mecânicos dependem de ações do corpo humano, como o movi- mento dos membros e a emissão do sopro. Assim, quanto mais re�namos nos- sos movimentos e ações, teremos sons mais bonitos e objetivos musicais mais e�cientes. É evidente que, desde os tempos mais remotos e em todas as partes do mundo, sempre existiram instrumentos musicais. Não há como precisar o início de sua existência. Curt Sachs (1940), o mais conceituado teórico da organologia musical, propõe a existência de três círculos culturais como centros de ori- gem: Egito-Mesopotâmia, China Antiga e Ásia Central. Mesmo assim, é muito difícil precisar o caminho percorrido pelos instrumentos. Os instrumentos musicais ocidentais, claro, tiveram suas origens nas civiliza- ções da Antiguidade. Entraram em nossa cultura pelas Cruzadas, guerras, co- mércio etc. e aqui tiveram suas transformações e adaptações para acompa- nhar o desenvolvimento cultural, artístico e social da arte musical ao longo da História. Isso pode ser constatado por meio do estudo de diversos livros de História da Música. No século 19, iniciaram-se os estudos de catalogação e sistematização dos ins- trumentos musicais, o que chamamos de organologia. O princípio básico dessa categorização dos instrumentos baseia-se, inicial- mente, no modo de produção do som e, depois, na forma de tocar e na constru- ção. Há quatro grandes grupos de instrumentos mecânicos e um quinto grupo, com os instrumentos elétricos: https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png rival Realce (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png) elaborada pelas autoras. Figura 2 Categorizaçãodos instrumentos musicais. Como a própria Figura 2 sugere, o violão é categorizado como um . Esse grupo compreende os instrumentos que utilizam cordas vibrantes para a produção do som. Dependendo da cultura, as cordas podem ser feitas de �bras vegetais, pelo de animais, seda, tripas animais e, a partir do século 19, metais e �bras sintéticas. De acordo com a maneira como são tocados, os cordofones podem ser classi�cados conforme demonstra a Figura 3: (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png) elaborada pelas autoras. Figura 3 Classi�cação dos cordofones. https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F2.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F3.png rival Realce rival Realce Como vimos, de acordo com a classi�cação dos cordofones, o violão se consti- tui um cordofone cujas cordas ressoam quando tocadas com os dedos, ou seja, ele se encaixa na classi�cação de . Como o violão, temos também guitarra, cavaquinho, ukulele, contrabaixo elé- trico, viola caipira, banjo brasileiro e norte-americano e bandolim como exem- plos de instrumentos de corda beliscados. Agora, ouça uma curiosidade sobre o nome "Violão": A origem do violão veio do instrumento musical denominado alaúde. Veja a imagem dele: Figura 4 Tocador de alaúde (https://curiosamenteinfo.wordpress.com/). Observando a imagem anterior, note como o corpo do alaúde é arredondado, não possui a curva que caracteriza o formato de "8" do violão. Veja agora um alaúde e uma guitarra acústica do século 13 - é visível a dife- rença, não? https://curiosamenteinfo.wordpress.com/ https://curiosamenteinfo.wordpress.com/ https://curiosamenteinfo.wordpress.com/ https://curiosamenteinfo.wordpress.com/ https://curiosamenteinfo.wordpress.com/ https://curiosamenteinfo.wordpress.com/ rival Realce Figura 5 Guitarra e alaúde (https://curiosamenteinfo.�les.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999). Vamos, agora, conhecer melhor as partes que compõem o violão (guitarra acústica). Em um violão tradicional, temos o tampo, na qual se encontram cavalete, pes- tana do cavalete, boca e parte das cordas. Temos também o braço, que possui trastes, casas, pestana do braço e cordas. E, por �m, temos a mão, também chamada de cabeça, que possui um suporte mecânico para as tarraxas (anti- gamente chamadas de cravelhas) e as cordas. Visualize na Figura 6 a seguir. (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png) elaborada pelas autoras. Figura 6 Partes do violão. https://curiosamenteinfo.files.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999 https://curiosamenteinfo.files.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999 https://curiosamenteinfo.files.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999 https://curiosamenteinfo.files.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999 https://curiosamenteinfo.files.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999 https://curiosamenteinfo.files.wordpress.com/2017/07/img_1353.jpg?w=816&h=9999 https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2020/01/C1-F6.png rival Realce rival Realce Atenção! Agora, convidamos você a pegar seu violão e falar os nomes de suas par- tes em voz alta para que traga à consciência essa composição. Se você ainda não tem seu violão, veja alguns vídeos em sites de busca, como o YouTube, e vá olhando para o violão e repetindo suas partes. Indicamos que assista ao vídeo do professor Gustavo (https://www.you- tube.com/embed/lt8DTkvS3cQ), do canal Cifra Club, para complementar esse conteúdo, bem como ao vídeo Violão Ibérico: Yamandu Costa mostra seus violões (https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E). Com essa última indicação, você conhecerá alguns violões do famoso violo- nista Yamandu Costa e compreenderá as in�nitas possibilidades desse instrumento. Em seguida, responda ao exercício, relacionando esse aprendizado organo- lógico. Agora que você conheceu as partes orgânicas do violão, terá a oportunidade de compreender a contextualização. Como você viu, o alaúde e alguns modelos de guitarra estiveram presentes no mundo ocidental desde a Alta Idade Média, acompanhando cantores, menestréis e trovadores e, também, fazendo solos, jograis e acompanhando as danças. Estavam nas cruzadas durante a Idade Média e nas cortes durante o Renascimento e o Barroco. Até a metade do século 18, a família dos alaúdes era a principal representa- ção dos instrumentos de cordas beliscadas; ela esteve nos mais elevados patamares da sociedade e da arte musical. https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQhttps://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/embed/lt8DTkvS3cQ https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E https://www.youtube.com/watch?v=DeZxIETPH-E rival Realce Com o surgimento do piano, desponta, também, uma nova maneira de enca- rar a música, interpretá-la no cenário musical e social. Com isso, um novo instrumento ganhou visibilidade: a guitarra mediterrânea (ou violão, como nós a conhecemos). No século 17, a guitarra espanhola estava presente na aristocracia francesa. Quando se tornou um instrumento dos músicos amadores, foi simpli�cada, segundo Sachs (1940), e tomou a forma de violão como conhecemos hoje: tornou-se um instrumento com seis cordas simples (e não mais com cinco cordas duplas) e o corpo �cou mais largo, para ganhar maior volume sono- ro, tornando-se mais acessível e musicalmente mais robusto. Geralmente, suas laterais e fundo são feitos de madeira dura e sonora, como o jacarandá. O tampo pode ser feito de pinho ou cedro, possibilitando dife- rentes timbres e resposta sonora. No braço, para a escala, normalmente se usa o ébano, uma madeira dura, capaz de re�etir o som. Os trastes de metal separam as casas por semitons. As cordas são nitidamente agrupadas em três agudas e três graves. As agu- das são feitas de nylon e as graves são revestidas de metal. A a�nação, par- tindo do grave e caminhando em direção ao agudo, é: Mi2, Lá2, Ré3, Sol3, Si3 e Mi4. É importante que você ouça a explicação sobre o som real das notas no vio- lão acompanhando o podcast "Instrumento Transpositor de oitava". Considerado, assim, um instrumento transpositor de oitava, o violão soa sempre uma oitava abaixo do que lemos na partitura. Dessa maneira, o som real é: Mi1, Lá1, Ré2, Sol2, Si2 e Mi3. As cordas são tocadas diretamente com os dedos. Não há intervenção de "pectro" (ou palheta). O historiador José Ramos Tinhorão (apud TAUBKIN, 2004) a�rma que esse instrumento foi trazido para o Brasil pelos jesuítas, com a �nalidade de ca- tequizar os índios. Hoje em dia, é um instrumento usado para um repertório solo de concerto ou como acompanhador de canções, grupos de choro e até mesmo práticas de ensino de música. Vídeos complementares Reserve um momento, em que possa apreciar grandes nomes do violão moderno e seus ensinamentos sobre técnica, repertório e contextualiza- ção do instrumento/instrumentista no cenário musical. Para tanto, acesse a playlist a seguir. • Henrique Pinto - Video Aula de Violao Classico (Classical Guitar) (https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw) • O Violão do Yamandu com Yamandu Costa e Nelson Faria (https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk) • AFINANDO A VIDA - "Brejeiro" - Solista Yamandu Costa (https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q) 4. Segredos do estudo: corpo consciente, or- ganização e prática Considerando a musicalização um processo consciente, crítico e sensível por meio da música, convidamos você a compreender, neste momento, quais ativações corporais precisará fazer para partir para a prática do vio- lão. Assista ao vídeo a seguir, e você entenderá algumas práticas de alongamen- tos que poderá adotar antes e depois de seus estudos no instrumento. https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=-Icq0xdwBTw https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=Ts2VYHckFbk https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q https://www.youtube.com/watch?v=2ejTmx8aR4Q É importante que você recorra a esse vídeo quantas vezes achar necessário para trazer consciência corporal e "acordar" seu corpo para a prática. O corpo interfere completamente na qualidade do som que se obtém do violão. Se você tensiona demais o ombro, se muda a posição do punho, se aperta demais ou de menos os dedos na corda, o formato e corte da unha etc. - todo seu comportamento interfere no som produzido. Desta maneira, convidamos você a experimentar! Sempre que o som não lhe agradar, tente parar, observar seu corpo e veri- �car o que poderá mudar para auxiliar na emissão de um som mais lim- po. Vamos mencionar algumas dicas que poderão ajudar. O som está intima- mente ligado à forma como são lixadas e usadas as unhas. A mão esquerda deve sempre estar com as unhas cortadas. Se elas esti- verem compridas nessa mão, você terá problemas na digitação das notas e no posicionamento para formação dos acordes. Já a mão direita (que vai pinçar a corda), independentemente de você ser canhoto(a) ou destro(a), precisa de unhas compridas e bem cuidadas. Elas devem ser compridas o su�ciente para serem sentidas quando você tocar as pontas dos dedos. Quando olhar a palma da mão direita, você de- ve ver as unhas que saem dos dedos, mas elas não devem ser muito grandes. É preciso lixá-las para que tenham o mesmo formato de seus dedos. A parte branca da unha deve ter o mesmo tamanho em toda a sua exten- são. O ideal é que não haja pontas, quinas ou bicos, mas lixe dentro de su- as possibilidades. A ideia é lixar reto e aparar as pontas. Depois de lixar, se possível, use uma lixa de polimento para tirar todo ex- cesso que �cou. A superfície deve �car lisa, para deslizar perfeitamente nas cordas. Veja um exemplo na imagem a seguir: : elaborada pelas autoras. Figura 7 Unhas lixadas. Com a prática, você será capar de observar se deve ter unhas um pouco mais curtas ou ligeiramente mais compridas. Isso vai depender do for- mato de sua mão e de como posicionará o instrumento na frente do cor- po. Outro aspecto importante é manter sempre as unhas do mesmo tama- nho. Não espere crescer por mais de 15 dias. Tenha suas unhas sempre iguais. Assim, você manterá a uniformidade de som. Para tocar, posicione os dedos de frente para as cordas, de maneira que a corda passe entre seu dedo e sua unha. Este é o ponto de ataque: o ponto ideal entre unha e dedo. Se houver mais unha do que dedo, o som será magro, sem corpo, e até estridente. Se você tocar com o dedo com a unha rival Realce muito curta, o som será doce, mas baixo e sem de�nição no ataque. O som bonito, doce, robusto e com um ataque preciso acontecerá com as unhas bem lixadas e bem posicionadas na frente das cordas. No tocante à postura, pode ser tradicional ou não, e cada instrumentista busca sua liberdade física e musical. Há, inclusive, quem toque violão com espigão de violoncelo. Observe a Figura 8: Figura 8 Violão com espigão de violoncelo. (Foto de Naomy Schölling). Ver a posição em que Alexandre Moschella coloca seu violão pode causar até certo estranhamento, considerando as posições tradicionais que já vi- mos. Porém, é importante que você caracterize o instrumento como uma extensão do corpo, de modo que conforto,agilidade, relaxamento muscular e sonoridades sejam possibilidades efetivas. O músico a�rma: rival Realce A principal razão prática que me levou a adotar a postura foi a liberação do bra- ço direito. Na posição tradicional, o braço direito do instrumentista permanece, na maior parte do tempo, apoiado sobre o corpo do violão - o que pode ser um conforto, mas também pode limitar a quantidade e o alcance dos movimentos possíveis. Liberando-se o braço direito, pode-se obter uma gama maior de movi- mentos. O impulso para a produção do som no violão não mais se limita ao ante- braço e à mão. O som passa a resultar da força, do peso e dos movimentos do braço inteiro, com a participação do ombro e do tronco. Na verdade, o som passa a resultar de uma interação que envolve o corpo inteiro, uma vez que não existe mais nenhum obstáculo físico entre o corpo e o instrumento (MOSCHELLA, 2015). Entre as diversas possibilidades, elencaremos, aqui, algumas possíveis dú- vidas que possa ter na escolha do seu instrumento para que se adeque me- lhor ao seu corpo: • Se você tem média ou baixa estatura, procure um violão que não tenha a cai- xa acústica tão larga e extensa, assim, você conseguirá acomodá-lo melhor ao seu corpo. • As cordas de nylon são mais macias se você estiver iniciando seus estudos; por isso, indicamos que escolha estas, mas não há problemas em tocar em um violão com cordas de aço, considerando que, nesta disciplina, não apro- fundaremos técnicas especí�cas para violão erudito. Importante: se você possui um violão de cordas de aço, não troque por cordas de nylon, pois pre- judicará seu instrumento. Da mesma forma, não coloque cordas de aço em um violão feito para cordas de nylon, pois poderá empenar o braço do seu instrumento e comprometer até mesmo o cavalete. • A espessura do braço do violão também pode ser grande para quem tem de- dos curtos. Escolha o violão mais confortável para você tocar. • Guitarra elétrica não é o mesmo instrumento que violão. Inclusive, a posição corporal não é a mesma. Por isso, se você já toca guitarra, pedimos que, para sua experiência na disciplina, utilize um violão. • Você poderá tomar emprestado ou adquirir um violão. Se for comprar, bus- que pelo instrumento que esteja dentro de suas possibilidades neste momen- to. Há marcas muito boas de violões considerados "para iniciantes", com bom custo-benefício. • A única diferença entre os violões eletroacústico e acústico, é que o primeiro tipo poderá ser captado e ampli�cado (em uma caixa de som ampli�cadora ou uma mesa de som). Então, se tiver um violão eletroacústico ou acústico, poderá utilizá-lo nesta disciplina. • Lembre-se: você tem que gostar do instrumento - se for a alguma loja, não se deixe levar por indicações de outras pessoas ou vendedores. Escolha o que mais lhe agradar e for possível para você. Agora você já tem os elementos para escolher seu violão e o que quer dele. Será muito importante ter um violão à sua disposição, de madeira, se possí- vel, não pintada (pois as madeiras não pintadas têm melhor som) e com cordas de nylon. Há marcas brasileiras com ótima qualidade para inician- tes. Sobre as cordas, as marcas importadas são mais indicadas. Use sempre as com tensão alta, pois o som sairá melhor. Assim como qualquer outro instrumento, o violão precisa se adaptar às for- mas do nosso corpo para que consigamos uma performance mais e�ciente. É fundamental que haja uma perfeita harmonia entre o instrumento e o físi- co do instrumentista. Há diversas formas de segurar e posicionar o instrumento. Você conhecerá, primeiramente, a forma clássica. No caso do violão, alguns itens devem ser observados, segundo o professor Henrique Pinto (1978): • Sentar-se com o corpo para frente, usando a metade direita de uma ca- deira sem braço. • Colocar o pé esquerdo em um banquinho (apoio) de, aproximadamente, 14 centímetros de altura (isso varia de acordo com a altura e o compri- mento das pernas de cada pessoa, mas busque o equilíbrio entre colu- na, braços, pernas e violão). • A coluna deve ser o seu centro de atenção e sua base de apoio. Evite gi- ros e tensões. Sua concentração e qualidade no estudo dependem, dire- tamente, da posição que encontrar para estudar. Veja um exemplo na Figura 9: elaborada pelas autoras. Figura 9 Posição do corpo para tocar violão. Essa é a maneira mais tradicional de estudar, visto que a coluna se mantém em postura ereta, e ombros e braços �cam relaxados para que suas mãos �- quem livres e leves para digitações e movimentos. Porém, no seu dia a dia como educador, muitas vezes, você precisará se sen- tar no chão, cruzar as pernas com o violão no colo e acompanhar as crian- ças cantando, tocando �auta ou mesmo tocando todos juntos em roda. Mesmo sentado no chão, você precisará adaptar-se e sentir a melhor ma- neira de acomodar o instrumento em seu corpo. Veja uma forma de se sen- tar quando estiver dando aulas para crianças ou bebês na Figura 10: elaborada pelas autoras. Figura 10 Posição para tocar violão sentado(a). rival Realce Pre�ra sempre que a perna apoiando o tampo esteja mais alta que a outra, para sua coluna não entortar, causando tensão na lombar e no ombro direi- to. Agora, pensemos nas posições das mãos. Vamos iniciar pela mão direita - pensando em um violonista destro; caso você seja canhoto(a), trataremos de sua mão esquerda. Há algumas escolas técnicas de violão e a principal diferença entre elas é o posicionamento da mão direita. A escola moderna do instrumento, presente nas principais escolas e faculdades do Brasil e do mundo, utiliza o chamado toque sem apoio, ou seja, quando pinçamos uma corda ou fazemos um arpe- jo ou dedilhado e o dedo passa pela corda e volta ao seu ponto de relaxa- mento. Ele não toca na corda de baixo. Isso também vale para o polegar. A mão segue como uma extensão do braço e antebraço. Não há angulações com o pulso. É necessário soltar o braço e a mão relaxadamente ao longo do corpo, trazendo-o até à altura do instrumento e pinçando as cordas. O relaxamento também deve ser mantido. Não há tensão, há ataque. Seguindo a escola clássica de violão, o professor Henrique Pinto (1978) abor- da alguns princípios aos quais devemos nos ater: • O antebraço deve estar apoiado no aro do violão, mantendo equilíbrio entre o ombro e a mão. • A mão direita deve estar numa posição relaxada, sem esforço. • Deve haver uma pequena distância entre o pulso e o tampo do violão. • Os dedos indicador (I), médio (M) e anular (A) devem ser mantidos nu- ma posição de, aproximadamente, 90 graus em relação às cordas (não usar o dedo mínimo). • O polegar deve �car separado dos outros dedos, mantendo uma abertu- ra, para que todos os dedos trabalhem independentemente. Agora, observando a mão esquerda - mais uma vez, pensando em um violo- nista destro; caso você seja canhoto(a), trataremos de sua mão direita. Assim como para a mão direita, você deve manter o posicionamento e rela- rival Realce rival Realce xamento natural da mão esquerda. Novamente, de acordo com o professor Henrique Pinto (1978): • Os dedos 1 (indicador), 2 (médio), 3 (anular) e 4 (mínimo) devem pousar sobre as cordas, sem forçar a abertura. • O polegar é o apoio da mão. Ele serve para orientar os dedos e dar o perfeito equilíbrio de colocação. • O cotovelo dá o equilíbrio entre o ombro e a mão. Você deve ter a sensa- ção de peso, ou seja, ele se apoia na força da gravidade. Agora que �nalizamos o conteúdo deste tema, con�ra como está o seu aprendizado, respondendo à questão a seguir: 5. Considerações Neste ciclo de aprendizagem, você pôde conhecer e compreender o termo "instrumento musicalizador", para então, relacioná-lo ao instrumento. Aprender ou ensinar violão, como foi abordado, necessitará que você com- preenda que a contextualização do instrumento e técnicas de estudo são imprescindíveis para o processo musicalizador de cada indivíduo, inclusive o seu. Porém, não pare por aqui, pesquise! Um(a)professor(a) deve ter a investiga- ção como sua aliada no sentido de compreender a in�nidade do saber e atu- alizar seu conhecimento constantemente. Este ciclo de aprendizagem deve ser retomado durante todo o desenvolvi- mento da disciplina, quando achar necessário, já que é um tema transversal aos próximos conteúdos. Portanto, sempre que sentir necessidade, retome sua leitura! No próximo ciclo, estudaremos as técnicas básicas para que você possa uti- lizar o violão como instrumento acompanhador em diferentes práticas de ensino. Portanto, se este é seu primeiro contato com o instrumento, não se cobre tanto em relação à sonoridade - com treino e persistência, você verá que �cará cada vez melhor! Vamos lá?! (https://md.claretiano.edu.br/insmusvio- g03189-dez-2021-grad-ead/) Ciclo 2 – Técnicas e habilidades básicas no Violão Objetivos • Identi�car os aspectos principais a realizar no instrumento: melodia, harmonia e ritmo. • Conhecer e exercitar técnicas de mão direita e mão esquerda no violão. • Conhecer, identi�car e treinar os primeiros acordes no instrumento: D (Ré maior) e A (Lá maior). • Identi�car as possibilidades rítmicas para o acompanhamento de can- ções e cantigas. Conteúdos • Melodia no violão. • Harmonia no violão. • Ritmo no violão. • Acordes de D (Ré maior) e A (Lá maior) em primeira posição, no violão. • Exercícios técnico-instrumentais. • Acompanhamento de canção e cantiga com violão. Problematização Quais as possibilidades no violão? O que é melodia, harmonia e ritmo no vio- lão? Como fazer? Quais as técnicas e habilidades básicas necessárias para tocar o instrumento? Como executar o acorde de D (Ré maior) e A (Lá maior), em primeira posição, no braço do violão? Como acompanhar uma canção ou cantiga no instrumento? https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/ https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit https://md.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-dez-2021-grad-ead/wp-admin/post.php?post=1987&action=edit Orientação para o estudo Caro aluno, o ciclo anterior convidou você a conhecer este instrumento tão rico, que é o violão. Neste ciclo, convidamos você a praticar! Como futuro(a) educador(a) musical, você poderá utilizar o violão de muitas maneiras e, para iniciar essa jornada, deve conhecer as técnicas e habilidades básicas que de- verá desenvolver. Portanto, lembre-se do vídeo inicial do ciclo 1, no qual foi abordamos organi- zação, comprometimento com o estudo e prática. Separe, ao menos, de 5 a 10 minutos por dia para sua prática; é preciso ser diário, ok? Só assim você terá êxito e seu corpo criará a consciência necessá- ria para as técnicas aqui abordadas. De nada adianta você apenas ler este ciclo. Nosso desejo é que o pratique! É essencial que você busque ler atentamente todos os materiais aqui forneci- dos, para que possa se apropriar dos conteúdos estudados de forma autôno- ma e consciente. Lembre-se de assistir aos vídeos complementares dispostos ao longo deste ciclo. Neste momento, serão VOCÊ e SEU VIOLÃO. Vamos lá? 1. Introdução Todas as técnicas e habilidades necessárias para tocar um instrumento musi- cal só podem ser desenvolvidas pelo próprio aprendiz, em seu processo de , portanto, você é que se desenvolverá durante este estudo. No violão, podemos realizar acompanhamentos rítmicos, mas também tocar melodias e harmonias de canções e cantigas. Nesse sentido, você estudará técnicas que, se praticadas, poderão auxiliar no processo e serão potenciais para melhorar emissão sonora, coordenação motora e sua relação com o ins- trumento. rival Realce Se você for destro(a), lembre-se de seguir as informações como se apresentam aqui no material; se você for canhoto(a), lembre-se de inverter as indicações de dedos da mão direita para os da esquerda, e vice- versa. Você estudará técnicas de mão direita, como dedilhados e batidas; técnicas de mão esquerda, como escalas, melodias e os acordes de D (Ré maior) e A (Lá maior) e, por �m, a união das duas mãos, de acordo com exercícios musicais propostos. Antes de prosseguir, assista ao vídeo de apresentação deste ciclo de aprendi- zagem. 2. Aspectos principais: melodia, harmonia e ritmo Melodia, harmonia e ritmo compõem aspectos principais que reúnem as pro- priedades do som: altura, intensidade, duração, timbre. A melodia é uma sucessão de notas que pode ter ou não um ritmo de�nido, mas o mais importante é que ela sonoriza uma ideia musical, com começo, meio e �m; com perguntas e respostas. Na Música Ocidental, a melodia pode conter tensões e relaxamentos e obedece a um campo harmônico existente. Nesse sentido, a harmonia é um conjunto de duas ou mais notas musicais to- cadas simultaneamente, que estabelecem um grau entre si (altura), conside- rando um acorde, mas também estabelece sentido de discurso, considerando todos os acordes de uma música. Assim, temos uma estrutura harmônica. rival Realce rival Realce Tanto a melodia quanto a harmonia podem vir acompanhadas de ritmos. O ritmo de uma melodia estabelece o andamento, o fraseado e um conjunto mais de elementos que combinam entre som e silêncio, dentre os quais se destacam duração e intensidade. Considerando, então, as propriedades sonoras, resta falarmos do timbre. Ele está presente no instrumento que tocará (no caso, o violão), com seu som par- ticular, mas também, na qualidade do mesmo. Ou seja, dois violões construí- dos com madeiras distintas, e com cordas que possuem materiais diferentes, logicamente soarão com timbres diferentes, porém, ainda sim, será perceptí- vel que estamos ouvindo um violão. Iniciaremos nossos estudos pelo aspecto rítmico, pois, em termos de coorde- nação motora, há combinações de movimentos que terás de desenvolver. Na sequência, passaremos para melodias e, por �m, harmonias. Na educação musical que buscamos, não queremos contemplar um estudo técnico desvinculado do fazer/tocar, do senso crítico, da criação, da consciên- cia corporal e do repertório; por isso, convidamos você a estudar cada um des- ses aspectos, musicalizando-se de forma integral. É importante que você saiba que poderá combinar todos esses aspectos, mas lançaremos um holofote sobre cada um para que você tenha consciência do que, especi�camente, está desenvolvendo. 3. Técnica de mão direita (para destros) Denominamos "técnica de mão direita" a técnica responsável pela mão que irá realizar o acompanhamento no violão. Se você é canhoto(a), será sua mão esquerda que fará essa função, então será necessário inverter a posição do violão. São muitas as opções para mão direita e, em cada uma delas, existem técnicaspara desenvolvimento motor. Você pode tocar por meio de palhetadas (utili- zando uma palheta), tocar com dedilhado (utilizando os dedos polegar, indica- rival Realce rival Realce rival Realce rival Realce rival Realce dor, médio e anelar), por meio de puxadas nas cordas (cuja técnica se baseia em puxar as cordas simultaneamente com os dedos que utilizamos na técnica de dedilhado), e batida (na qual usamos, geralmente, polegar para baixo - nos tempos fortes -, indicador e combinações entre indicador, médio e anelar para dar movimento e sonoridades crescentes ou decrescentes). Neste momento, estudaremos dedilhados e batidas; você poderá desenvolver outras técnicas, caso tenha interesse, de forma autônoma. Há algumas escolas técnicas de violão e a principal diferença entre elas é o posicionamento da mão direita. Já tratamos disso no ciclo passado, mas relembraremos, a �m de trazer à tona sua importância e convidá-lo a praticar as técnicas de mão direita com exer- cícios práticos. A escola moderna do instrumento, presente nas principais escolas e faculda- des do Brasil e do mundo, utiliza o chamado toque sem apoio, ou seja, quando pinçamos uma corda ou fazemos um arpejo ou dedilhado e o dedo passa pela corda e volta ao seu ponto de relaxamento. Ele não toca na corda de baixo. Isso também vale para o polegar. A mão segue como uma extensão do braço e antebraço. Não há angulações com o pulso. É necessário soltar o braço e a mão relaxadamente ao longo do corpo, trazendo-os até à altura do instrumento e pinçando as cordas. O relaxa- mento também deve ser mantido. Não há tensão, há ataque. Segundo o professor Henrique Pinto (1978), há alguns princípios aos quais de- vemos nos ater: • O antebraço deve estar apoiado no aro do violão, mantendo equilíbrio en- tre o ombro e a mão. • Deixar a mão direita numa posição relaxada, sem esforço. • Manter uma pequena distância entre o pulso e o tampo do violão. • Os dedos indicador (I), médio (M) e anular (A) devem ser mantidos numa posição de, aproximadamente, 90 graus em relação às cordas (não usar o rival Realce rival Realce rival Realce rival Realce rival Realce rival Realce rival Realce dedo mínimo). • O polegar deve �car separado dos outros dedos, mantendo uma abertura, para que todos os dedos trabalhem independentemente. Observe, na Figura 1, a posição da mão direita do violonista destro: elaborada pelas autoras. Figura 1 Posição da mão direita (violonista destro). Assim como para a mão direita, você deve manter o posicionamento e relaxa- mento natural da mão esquerda. Novamente de acordo com o professor Henrique Pinto (1978): • Os dedos 1, 2, 3 e 4 devem pousar sobre as cordas, sem forçar a abertura. • O polegar é o apoio da mão. Ele serve para orientar os dedos e dar o per- feito equilíbrio de colocação. • O cotovelo dá o equilíbrio entre o ombro e a mão. Você deve ter a sensação de peso, ou seja, ele se apoia na força da gravidade. No ciclo 1, você conheceu quais cordas compõem o violão tradicional (de seis cordas), mas vamos relembrar. As cordas do violão são contadas da mais agu- da para a mais grave, ou seja: • Mi 1ª corda (aguda). • Si 2ª corda. rival Realce rival Realce • Sol 3ª corda. • Ré 4ª corda. • Lá 5ª corda. • Mi 6ª corda (grave). Vamos treinar um pouquinho de nossa percepção, ouvindo cada uma delas? Nosso convite é para que você pegue seu violão e compare as sonoridades pa- ra a�nar, se for preciso. Se você nunca a�nou um instrumento de cordas, há duas possibilidades: você pode utilizar um a�nador eletrônico ou um diapasão. Utilizando um a�nador eletrônico ou aplicativos: • Se preferir o a�nador eletrônico, basta ligar o aparelho e se atentar para a indicação do A (Lá) de 440. • Toque cada corda separadamente: E (Mi), A (Lá), D (Ré), G (Sol), B (Si) e E (Mi) e o a�nador avisará quando estiver a�nado. • Caso esteja mais grave, aperte, delicadamente, a tarraxa correspondente à corda que está a�nando para que o som �que mais agudo; isso fará com que a corda estique mais. • Se estiver agudo, solte-a lentamente; isso fará com que a corda afrouxe mais. Pela praticidade, hoje em dia há diversos aplicativos que você pode ter no celular, de forma gratuita, para auxiliar nesse processo de a�nação. Indicaremos dois: • GuitarTuna (disponível para Android (https://play.google.com/store/apps/de- tails?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US) e iOS (https://apps.ap- ple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389)) • A�nador Cifra Club (disponível para Android (https://play.google.com/store /apps/details?id=com.studiosol.a�nadorlite&hl=pt&gl=US) e iOS (https://apps.apple.com/br/app/a�nador-cifra-club/id480625281)) Convidamos você a fazer o download de um deles para que esteja com o a�nador em mãos quando for praticar violão. Utilizando um diapasão: Observe, na Figura 2, a imagem de um diapasão. Figura 2 Diapasão (http://brunomadeira.com/como-a�nar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpg). • Se você preferir usar o diapasão, con�ra o Lá da 5ª corda solta do violão com o Lá do diapasão. É um ótimo treino auditivo. https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ovelin.guitartuna&hl=en_US&gl=US https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://apps.apple.com/us/app/guitartuna-guitar-bass-tuner/id527588389 https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://play.google.com/store/apps/details?id=com.studiosol.afinadorlite&hl=pt&gl=US https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 https://apps.apple.com/br/app/afinador-cifra-club/id480625281 http://brunomadeira.com/como-afinar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpg http://brunomadeira.com/como-afinar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpghttp://brunomadeira.com/como-afinar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpg http://brunomadeira.com/como-afinar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpg http://brunomadeira.com/como-afinar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpg http://brunomadeira.com/como-afinar-o-violao/ntent/uploads/2007/07/diapasao.jpg rival Realce • Depois de a�nado o Lá, aperte a 5ª corda na 5ª casa (Ré) e con�ra com o Ré solto (4ª corda). • Aperte a 4ª corda (Ré) na 5ª casa e con�ra com o Sol solto (3ª corda). • Agora, uma novidade: con�ra a 3ª corda (Sol) presa na 4ª casa e con�ra com o Si solto (2ª corda). • Volte ao padrão de conferência anterior e con�ra a 2ª corda (Si) presa na 5ª casa com a 1ª corda solta (Mi). • Por �m, con�ra a 6ª corda (Mi) presa na 5ª casa com a 5ª corda solta (Lá) (aqui é importante lembrar que você está a�nando a 6ª corda). Agora que você relembrou as notas das cordas soltas e a�nou seu instrumen- to, vamos tocar? • O polegar toca as 3 cordas graves: Mi, Lá e Ré. • O indicador (I), a corda Sol. • O médio (M), a corda Si. • O anular (A), a corda Mi. Faça na sequência, bem lentamente, assim você conseguirá tocar e se ouvir: Mi, Lá, Ré, Sol, Si, Mi. Iniciaremos pelo desenvolvimento do dedilhado. Nele você utiliza os dedos separada ou simultaneamente, para tocar nas cor- das do violão. O exercício a seguir (Figura 3) envolve apenas tocar as notas das cordas soltas do violão, sem uma duração estabelecida rival Realce rival Realce Mariani (2002, p. 42). Figura 3 Cordas soltas (mão direita). Após tocar por três vezes, estabeleça um ritmo. Quanto tempo durará cada no- ta? Toque com essa duração estabelecida. Agora você terá uma terceira tarefa: crie uma célula rítmica e distribua as no- tas como quiser. Você pode repetir uma ou mais notas, retirar da sequência, diminuir o andamento. Neste momento, você já está criando uma canção, en- tão execute essa atividade com o máximo de comprometimento que conse- guir. Veja um exemplo de criação musical com cordas soltas, assistindo ao vídeo a seguir: Feita essa criação, você pode escrevê-la e compartilhar com seus colegas no correio da SAV (apenas se quiser, pois não é uma tarefa avaliativa). O que queremos que você perceba é que já pode fazer música, apenas dando ritmo às notas de cordas soltas do violão. Portanto, sim: em uma aula de Música, de violão, de qualquer instrumento, precisamos fazer música, trans- formar estudo técnico em música; caso contrário, perdemos o objetivo princi- pal. Vamos, agora, conhecer um outro padrão para estudar rítmica na mão direita do violão: as palavras ou frases atreladas à duração. Essa metodologia é considerada controversa, por supostamente retirar o foco da leitura de partitura tradicional, mas acreditamos que isso não é necessaria- rival Realce mente verdade. Você pode utilizar essa metodologia como um recurso para quem não tem tanta familiaridade com partitura tradicional, mas não como um �m (se seu objetivo for fazer com que seu aluno aprenda a ler partitura). Bom, vamos lá! Pratique a música Lero Lero, também do material O equilibris- ta das seis cordas: método de violão para crianças. Perceba que agora incluiremos os dedos indicador e médio. Trabalharemos com a corda Sol, como está escrito, e cada dedo, grafado com inicial, será indi- cado acima da nota a ser tocada. Veja o vídeo Lero Lero para acompanhar as cordas soltas da Figura 4: Teremos, então "i"= indicador e "m" = médio. Mariani (2002. p. 47). Figura 4 Cordas soltas com ritmo (mão direita). Agora que você praticou com a corda Sol, toque nas outras cordas e pratique cantando a letra juntamente com o som. Se for possível, coloque um metrôno- mo para auxiliar no andamento. Pode ser que surja uma dúvida sobre como abafar a nota para deixar de soar: resumidamente, é só você apoiar novamente o dedo na corda, e a mesma ces- sará a vibração e o som. Vamos fazer agora uma pausa para um exercício autoavaliativo, para você ve- ri�car se compreendeu os conteúdos tratados até aqui. Avançando em nossos estudos técnicos, vamos combinar uma sequência de dedos da mão direita para tocar um dedilhado! Está pronto(a)? Vamos lá! Praticaremos um exercício do livro Caderno pedagógico: uma sugestão para iniciação ao violão, de Damaceno e Campos (2002). Esse exercício visa à dissociação dos dedos indicador, médio e anelar por meio das cordas Sol, Si e Mi do violão. Apoie seu polegar na corda Mi ou na Lá antes de iniciar o treino, de modo que sua mão �que relaxada. Repita as combinações propostas por quanto tempo achar necessário. Nos compassos 16, 17, 18 e 19, você poderá ver exemplos de puxadas nas cor- das, ou seja, cordas que soarão simultaneamente. Veja o vídeo "Exercício cordas soltas" para acompanhar o exercício proposto na Figura 5: (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg) Damaceno e Campos (2002, p. 21). Figura 5 Exercícios com cordas soltas. https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F5.jpg Você também poderá acompanhar uma canção por meio de batidas na mão direita. São muitas as opções e, geralmente, estão atreladas a um ritmo ou gênero mu- sical, por exemplo: marcha, samba, valsa, reggae, balada etc. Vamos iniciar com a marcha. Com essa batida, você poderá tocar músicas com ritmo binário. Observe a Figura 6. (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png) elaborada pelas autoras. Figura 6 Batida - ritmo de marcha. Treine essa batida de acompanhamento, colocando mais peso no polegar e menos peso nos tempos dois e três (I, M, A). https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F6.png Assista ao vídeo "Ritmo de Marcha" a seguir: Vamos, agora, aprender a valsa. Com essa batida, você poderá tocar músicas com ritmo ternário. no caso de som crescente,o sentido das cordas a serem tocadas é das graves para as agudas; no de som decrescente, é das agudas para as graves. Observe a Figura 7. (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png) elaborada pelas autoras. Figura 7 Batida - ritmo de valsa. Treine essa batida de acompanhamento, colocando mais peso no polegar e menos peso nos tempos dois e três (I, M, A). Assista ao vídeo a seguir sobre o ritmo de valsa e acompanhe a batida, obser- vando a Figura 7: Vamos agora treinar o ritmo de balada, analisando a Figura 8. Com essa batida, você poderá tocar músicas com ritmo quaternário. https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F7.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png) elaborada pelas autoras. Figura 8 Batida - ritmo de balada. Agora, veremos um ritmo com mais swing, o de balada. Assista ao vídeo a se- guir: Após assistir ao vídeo, perceba que a independência dos dedos é muito impor- tante para você compreender o espaço entre as cordas em seu violão e desen- volver sua coordenação, visto que, na mão esquerda, o movimento será de "apertar", diferentemente dos movimentos que você fez com a mão direita. Com os acordes, você poderá treinar essas técnicas de batidas (ver "Técnica de mão esquerda para destros(as)", nosso próximo tópico). Antes de iniciar a jornada de aprendizado da mão esquerda, vamos ver o quanto você assimilou deste conteúdo? Considerando as possíveis técnicas de mão direita, leia e re�ita sobre as a�r- mações acerca da seguinte imagem: : Pinto (1978, p. 21). Figura 9 Método de mão direita. https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F8.png rival Realce 4. Técnica de mão esquerda para destros(as) Denominamos "técnica de mão esquerda" a responsável pela mão que irá realizar a melodia e harmonia no violão. Se você é canhoto(a), será sua mão direita que fa- rá essa função, então será necessário inverter a posição do violão. Devemos trabalhar a técnica da mão esquerda porque é importante apren- der a visualizar as notas no braço do violão. Diferentemente do teclado, no qual vemos as notas horizontalmente, uma após a outra, no violão, temos a possibilidade de tocar a mesma altura de nota em outra corda e elas podem ser dispostas verticalmente. Vejamos um diagrama de parte do braço do instrumento na Figura 10. (https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp- content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png) elaborada pelas autoras. Figura 10 Diagrama - braço do violão. https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png https://mdm.claretiano.edu.br/insmusvio-g03189-2021-02-grad-ead/wp-content/uploads/sites/1212/2019/11/C2-F10.png Observe que as notas de cordas soltas estão indicadas fora da primeira casa do braço. Nesse sentido, sabendo qual nota soa na corda solta, você poderá saber quais notas soam em cada casa, seguindo a ordem da escala natural, respeitando, inclusive, os semitons. Assim, das notas "Mi" para "Fá" e de "Si" para "Dó", não haverá uma casa de separação. Sabendo disso, sigamos para a técnica. Da mesma forma como para a mão direita, você deve manter o posiciona- mento e relaxamento natural da mão esquerda. Novamente, de acordo com o professor Henrique Pinto (1978): • Os dedos 1, 2, 3 e 4 devem pousar sobre as cordas, sem forçar a abertu- ra. • O polegar é o apoio da mão. Ele serve para orientar os dedos e dar o perfeito equilíbrio de colocação. • O cotovelo dá o equilíbrio entre o ombro e a mão. Você deve ter a sensa- ção de peso, ou seja, ele se apoia na força da gravidade. Cada casa do violão corresponde a um semitom. Então, se apertarmos a 6ª corda (Mi) na primeira casa, teremos um Fá. Certo? Apertando a mesma corda na casa 3, teremos um Sol e, na casa 5, um Lá igual à 5ª corda solta. Tudo certo? Mantenha a mesma lógica e mapeie as notas naturais usando as 6 cordas do violão nas casas de 1 a 5. Assista ao vídeo a seguir e observe como deve ser o uso das duas mãos. Em seguida, observe atentamente a Figura 11. elaborada pelas autoras. Figura 11 Exercício de notas no braço do violão. Agora vamos unir uma técnica de dedilhado com as notas de baixo Mi, Fá, Sol, Lá, Si e Dó (nas cordas Mi e Lá) do violão. Assista ao vídeo a seguir, "Arpejo 3 notas". Em seguida, observe a Figura 12, que demonstra arpejo de 3 notas com baixo. Pinto (1977, p. 5). Figura 12 Arpejo de 3 notas com baixos. Você pode treinar essa junção com outros padrões de dedilhados - aproveite para criar. Uma boa dica de estudo é gravar no celular os treinos e ouvir para acompanhar a evolu- ção sonora de seu desenvolvimento no instrumento. Acordes Você entrará agora no mundo do violão como instrumento acompanhador e aprenderá a montar e tocar o acorde de Ré Maior (D). Com isso, poderá, também, treinar cantando e brincando com as crianças de
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