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Climatologia - ESTUDO SOBRE O ARTIGO A INFLUÊNCIA DOS EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NA CLIMATOLOGIA DA PLANÍCIE LITOR NEA PIAUIENSE, DE LUANNY GABRIELE CUNHA FERREIRA E ALEXANDRE KEMENES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CAMPUS CRATEÚS
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
ESTUDO SOBRE O ARTIGO “A INFLUÊNCIA DOS EVENTOS CLIMÁTICOS
EXTREMOS NA CLIMATOLOGIA DA PLANÍCIE LITORÂNEA PIAUIENSE”, DE
LUANNY GABRIELE CUNHA FERREIRA E ALEXANDRE KEMENES
CRATEÚS- CE
Fevereiro, 2024
ALICIA CARDOSO DE OLIVEIRA - 476177
MARIA FERNANDA RODRIGUES DA SILVA - 495164
RAFAEL PEREIRA DE SOUSA - 538470
ESTUDO SOBRE O ARTIGO “A INFLUÊNCIA DOS EVENTOS CLIMÁTICOS
EXTREMOS NA CLIMATOLOGIA DA PLANÍCIE LITORÂNEA PIAUIENSE”, DE
LUANNY GABRIELE CUNHA FERREIRA E ALEXANDRE KEMENES
Trabalho apresentado na disciplina de
Climatologia na Universidade Federal do
Ceará - Campus Crateús.
Professor(a): Karina Albuquerque da
Silva
CRATEÚS- CE
Fevereiro, 2024
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4
3. METODOLOGIA 6
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 7
4.1. Precipitação e umidade relativa do ar 7
4.2. Evapotranspiração 9
4.3. Temperatura do ar 9
4.4. Velocidade do vento 10
4.5. Balanço hídrico 11
4.6. Eventos climáticos extremos 11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 12
6. REFERÊNCIAS 14
1. APRESENTAÇÃO
O estudo da planície litorânea do território do Estado do Piauí é fundamental
para compreender como a região é afetada pelos eventos climáticos e suas
variações locais. O artigo em questão tem como objetivo analisar o impacto desses
eventos na climatologia da área, especialmente em Parnaíba, litoral do Piauí e
divisa com o Ceará.
A compreensão dos padrões climáticos e dos eventos extremos é crucial
para o planejamento e gestão de recursos naturais, urbanos, agrícolas e hídricos,
bem como para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Além disso, a
pesquisa sobre eventos climáticos extremos pode contribuir para a formulação de
políticas públicas e estratégias de redução de riscos ambientais.
Desse modo, esse estudo pretende não apenas descrever as variações
climáticas na região, mas também investigar as consequências práticas dessas
mudanças para os ecossistemas locais, a disponibilidade de recursos hídricos e as
atividades produtivas. Ao entender melhor a influência dos eventos climáticos
extremos na Planície Litorânea do Piauí, espera-se colaborar para o
desenvolvimento de conhecimento e promover ações voltadas para a
sustentabilidade e resiliência da região diante dos desafios climáticos.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A compreensão dos padrões climáticos e das variações climáticas na região
da Planície Litorânea do Piauí é crucial para embasar decisões acertadas
relacionadas ao manejo de recursos naturais, planejamento urbano, práticas
agrícolas e adaptação às mudanças climáticas. Diversas pesquisas têm sido
conduzidas para investigar a climatologia local e suas implicações para o meio
ambiente e a sociedade.
Conforme Mendonça e Danni-Oliveira (2007) destacaram, o clima da região é
influenciado pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e pelo Anticiclone do
Atlântico, acompanhado pelos ventos alísios de Nordeste. Durante o período
chuvoso, de janeiro a maio, a ZCIT cobre amplamente o litoral e parte do interior,
resultando em chuvas abundantes. A partir de maio, inicia-se a migração de volta
para o Hemisfério Norte, levando a uma redução nas precipitações, sinalizando o
término da estação chuvosa e o início da estiagem.
Além disso, estudos recentes têm analisado a influência de eventos
climáticos extremos na região. Peneiro e Orlando (2013) examinaram as tendências
em séries temporais anuais de dados climáticos e hidrológicos na bacia do rio
Parnaíba, entre os estados do Maranhão e Piauí, identificando mudanças
significativas na precipitação e temperatura média anual, indicando um aumento na
temperatura e uma diminuição na precipitação na região.
Outro estudo relevante foi conduzido por Nóbrega e Santiago (2014), que
investigaram a tendência de temperatura na superfície do mar nos oceanos
Atlântico e Pacífico e a variabilidade de precipitação em Pernambuco. Eles
identificaram uma correlação significativa entre as anomalias de temperatura da
superfície do mar e a variabilidade de precipitação na região, destacando a
importância de levar em conta esses fatores na análise da climatologia local.
Esses estudos e outras pesquisas relacionadas à climatologia da região da
Planície Litorânea do Piauí fornecem informações cruciais para entender os padrões
climáticos locais e suas implicações para o meio ambiente e a sociedade. Esta
revisão bibliográfica busca integrar esses conhecimentos e contribuir para a análise
da influência de eventos climáticos extremos na região.
3. METODOLOGIA
Com o intuito de examinar o impacto dos eventos climáticos extremos na
climatologia da Planície Litorânea do Piauí, foram adotados procedimentos
metodológicos que viabilizassem a análise detalhada do comportamento climático
da região ao longo do tempo.
Inicialmente, a cidade de Parnaíba foi escolhida como área de estudo devido
à sua posição na microrregião litorânea piauiense e à importância de sua
climatologia para a área circundante. Os dados relativos aos parâmetros climáticos,
como precipitação, umidade relativa, evapotranspiração, temperatura do ar e
velocidade do vento, foram obtidos da estação meteorológica do Instituto Nacional
de Meteorologia (INMET), localizada na UEP de Parnaíba-PI (Embrapa Meio-Norte).
Estes dados foram coletados ao longo de um período de 30 anos, de 1991 a 2020, a
fim de proporcionar uma amostra abrangente do comportamento climático da região.
Além dos dados locais, as anomalias de Temperatura da Superfície do Mar
(TSM) no Oceano Pacífico Equatorial (nas regiões Niño 1+2, 3, 3.4 e 4) e no
Oceano Atlântico Tropical Norte (TNAI) e Sul (TSAI) foram adquiridas através do site
da National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA). A incorporação dessas
anomalias de TSM possibilitou a avaliação da influência dos fenômenos climáticos
oceânicos na climatologia da região costeira do Piauí.
Para analisar a influência das anomalias de TSM sobre os elementos
climáticos, foi utilizada a correlação simples de Pearson, uma técnica estatística
amplamente empregada para investigar a relação entre variáveis. Essa abordagem
estatística permitiu identificar possíveis associações entre as anomalias de TSM e
as variações nos parâmetros climáticos estudados.
Ao empregar essa metodologia, foi possível obter uma compreensão mais
detalhada do histórico das influências dos eventos climáticos extremos sobre os
elementos climáticos em Parnaíba, na Planície Litorânea do Piauí. Os resultados
obtidos por meio dessa abordagem metodológica contribuem para a análise do
comportamento climático da região e para a compreensão das interações entre os
eventos climáticos extremos e os parâmetros climáticos locais.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos dados climáticos coletados ao longo de 30 anos revelou
mudanças significativas no comportamento climático da região de Parnaíba, na
Planície Litorânea do Piauí, que serão explicados em diferentes aspectos. Vale
ressaltar a interdependência entre eles para entender o comportamento e discussão
dos resultados a seguir :
4.1. Precipitação e umidade relativa do ar
Durante os 30 anos de análise de dados, a normal climatológica de
precipitação para o período de 1991-2020 apresentou uma média anual acumulada
de cerca de 1.016 mm, e o período chuvoso entre janeiro e maio teve um valor
médio mensal pouco superior a 120 mm. O local possui clima tropical e
temperaturas elevadas que têm influência da Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT). Os anos de 1996, 2009 e 2020, foram os mais chuvosos dessa série
histórica analisada, justificado pelo acentuado deslocamento da ZCIT para o sul,
além da forte influência das brisas marítimas. Foi observado também que o período
de junho a dezembro dos anos de 1992, 1997, 1998, 2010 e 2012, foram os de
maior seca na região.
Além disso, nos últimos anos, a mudança das correntes marítimas no litoral
do Piauí e eventos climáticos extremos como o El Niño contribuiupara a diminuição
da precipitação e da umidade do ar indicam uma tendência de aridez e
aquecimento na região, o que pode ter impactos significativos no equilíbrio
ambiental e nas atividades socioeconômicas locais. Como por exemplo no período
de 2015-2016 foi considerado o ano com um dos mais fortes eventos de El Niño,
classificado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) como de
intensidade extraforte, justificando a intensa seca desses anos (INMET, 2021). Os
eventos climáticos extremos de 2010-2016, conectados ao baixo índice
pluviométrico, causaram a seca mais severa dos últimos 100 anos em toda a região
Nordeste brasileira. A irregularidade das chuvas nos últimos anos, aliado ao
aumento da temperatura global contribui para a aridez do local nos anos seguintes.
A umidade relativa do ar é um importante elemento climático que influi diretamente
sobre o regime das chuvas, influenciando a temperatura e a sensação térmica. Em
todo o período avaliado (1991-2020), o valor médio mensal de umidade relativa foi
de 75%, tendo como valor mínimo 55% em maio de 2019 e máximo de 89% em abril
de 1995, mostrado na tabela abaixo.
4.2. Evapotranspiração
O processo de evapotranspiração compreende ações de transformação da
água em vapor e depende de diversas variáveis. Tendo o Piauí o clima
predominantemente quente e seco, o que facilita o processo de evapotranspiração.
As análises de dados definiram abril como mês com menor taxa e outubro com
maior taxa, o que é compreensível dado o calendário da quadra chuvosa na região.
4.3. Temperatura do ar
Devido a interdependência dos parâmetros analisados no presente trabalho,
é possível perceber que as máximas e mínimas da temperatura coincidem com a
estação chuvosa, que geralmente ocorre nos meses de verão, as temperaturas são
ligeiramente mais amenas. Já na estação seca, a ausência de chuvas pode
contribuir para temperaturas mais elevadas e ar seco.
Ademais, o aumento da temperatura nos últimos anos na cidade de
Parnaíba pode ser justificado pela intensidade das ações antrópicas como o
desmatamento da vegetação nativa e o crescimento da mancha urbana, mas,
também pelo aumento da temperatura global. As imagens abaixo possuem um
panorama das médias, máximas e mínimas de temperatura ao longo dos anos.
4.4. Velocidade do vento
As variações na velocidade dos ventos em climas tropicais podem ser
influenciadas por fatores locais, como a topografia, a presença de corpos d'água e a
cobertura vegetal, além de fatores como padrões atmosféricos, brisas marítimas e o
clima do local. No período seco, a constância e a intensidade dos ventos Nordeste
se intensificam, atingindo seu predomínio em novembro, quando mais de 75% dos
ventos ocorreram nessa direção, onde as anomalias de TSM interferem diretamente
na velocidade do vento no Nordeste do Brasil. Foi constatado que em anos de El
Niño como 1992, 1993, 1997, 1998, 2011, 2012 e 2016, quando o mês de setembro
apresentou valores menores de velocidade do vento que em outros anos.
Dito isso, a diminuição da velocidade do vento e das precipitações,
juntamente com o aumento da temperatura média do ar e da taxa de
evapotranspiração, pode impactar diretamente a disponibilidade de recursos
hídricos, a produtividade agrícola e a manutenção dos ecossistemas locais. Essas
mudanças climáticas podem representar desafios significativos para a gestão
ambiental e o desenvolvimento sustentável da região, exigindo a implementação de
estratégias de adaptação e mitigação.
4.5. Balanço hídrico
O padrão de precipitação na cidade de Parnaíba revelou que os meses mais
chuvosos ocorreram entre fevereiro e abril, com variação de 219,5 mm a 175,3 mm
de chuva. Esse processo foi controlado pela interação entre a evapotranspiração
real (ETR) e potencial (ETP), sem deficiência hídrica evidente.
Durante esse período, as chuvas excederam a ETR, resultando em um
excedente hídrico que variou de 85,1 mm (em abril) a 2,6 mm (em maio) (ver Figura
9 e Tabela 2).
Os meses com menor índice pluviométrico foram entre agosto e novembro,
resultando em um déficit hídrico anual de 856,9 mm, com valores variando entre
121,2 mm (em agosto) e 171,0 mm (em outubro) (ver Figura 10 e Tabela 2). Uma
comparação entre as normais climatológicas de 1961-1990 e 1991-2020 revelou
uma redução de cerca de 60% no regime de chuvas e um aumento de 2% na taxa
de evapotranspiração real. Isso desencadeou mudanças, como um aumento no
déficit hídrico de aproximadamente 3 mm e uma redução no excedente hídrico de
cerca de 40 mm
Em síntese, a análise do regime hídrico de Parnaíba indica uma variação
significativa na distribuição das chuvas ao longo dos meses, com um período mais
chuvoso entre fevereiro e abril e um déficit hídrico mais acentuado entre agosto e
novembro. A comparação entre normais climatológicas revelou mudanças
substanciais, incluindo uma redução notável no regime de chuvas e um aumento na
taxa de evapotranspiração real. Essas mudanças sugerem uma possível influência
de fatores climáticos globais ou locais na dinâmica hídrica da região, destacando a
importância de estudos contínuos para entender e adaptar-se às mudanças
climáticas em curso.
4.6. Eventos climáticos extremos
Foram realizadas correlações estatísticas para avaliar a influência dos
eventos climáticos extremos na região litorânea do Piauí durante o período de 1991
a 2020. Essas análises buscaram entender como esses eventos afetaram os
elementos climáticos da região ao longo das três últimas décadas. Os resultados
obtidos foram considerados significativos, indicando uma forte variabilidade
climática na área estudada.
Essa variabilidade climática sugere que a região litorânea do Piauí está
sujeita a eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, que podem ocorrer
de forma mais intensa e prolongada. Esses eventos extremos têm o potencial de
causar impactos significativos no clima local, afetando não apenas os padrões de
precipitação, mas também a temperatura, a umidade e outros elementos climáticos
essenciais para a região.
Portanto, a análise dos eventos climáticos extremos na região litorânea do
Piauí ao longo das últimas três décadas destaca a importância de compreender e
monitorar esses fenômenos para melhor planejamento e adaptação às mudanças
climáticas. Essa compreensão é essencial para mitigar os impactos negativos
desses eventos extremos, proteger os ecossistemas locais, garantir a segurança
hídrica e promover o desenvolvimento sustentável da região.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise do comportamento climático da região de Parnaíba, na Planície
Litorânea do Piauí, ao longo de 30 anos revelou mudanças significativas que
apontam para um cenário de aridez, aquecimento e diminuição da disponibilidade
de recursos hídricos. Neste estudo, ficou constatada a diminuição da velocidade do
vento e o aumento da taxa de evapotranspiração correlacionada à elevação da
temperatura média do ar a partir de 2010. O regime pluviométrico foi reduzido em
cerca de 40% entre os períodos de 1961-1990 e de 1991-2020. Com isso, uma
mudança no comportamento climático dos últimos anos ficou comprovada, nesta
localidade, que pode estar afetando os serviços ecossistêmicos e a vida das
pessoas e pode ameaçar o desenvolvimento social e econômico.
Além disso, a associação entre as anomalias de TSM e os parâmetros
climáticos locais destacam a importância de considerar as interações entre os
fenômenos oceânicos e a climatologia regional para uma compreensão abrangente
das mudanças climáticas em curso. Por esse motivo, torna-se urgente a
implementação de estratégias de adaptação e mitigação que visem à
sustentabilidade ambiental e socioeconômica da região. A busca por soluções que
promovam a regularização no fornecimento de água, a conservação dos
ecossistemas e a melhoria das condições sociais e econômicas torna-se uma
prioridade diante das mudanças climáticas em curso.
Portanto, é fundamental que as conclusões desteestudo subsidiem a
formulação de políticas públicas e a implementação de práticas de manejo
sustentável, visando a minimização dos impactos das mudanças climáticas na
Planície Litorânea do Piauí. A conscientização da população e a promoção de ações
que busquem a harmonia com a natureza e o respeito ao meio ambiente são
essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
6. REFERÊNCIAS
FERREIRA, L. G. C.; KEMENES, A. A influência dos eventos climáticos extremos na
climatologia da planície litorânea piauiense. Revista Brasileira de Climatologia,
Dourados, MS, v. 32, p. 634-655, jan./jun. 2023. Disponível em:
<alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1154697/1/InfluenciaEventosClimaticos
ClimatologiaPlanicieLitoraneaRBC.v32.Jan.Jun.2023.pdf>. Acessado em 30 janeiro
2024.
ARAÚJO, Alana Ramos; BELCHIOR, Germana Parente Neiva; VIEGAS, T. E. S. Os
impactos das mudanças climáticas no Nordeste brasileiro. Fortaleza: Fundação
Sintaf, p. 1-382, 2016.
ARAÚJO, Paulo Henrique Cirino. Eventos climáticos extremos: os efeitos dos
fenômenos El Niño e La Niña sobre a produtividade agrícola das regiões nordeste e
sul do Brasil. 2012

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