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Charles Spencer Chaplin foi um ator, diretor, produtor, comediante, empresário escritor, dançarino, roteirista e músico britânico. Filho de pais que atuavam e cantavam. Debutou nos palcos junto a um grupo de jovens dançarinos e logo tornou-se um favorito do público com seu sapateado. Aos 12 anos, Chaplin estreou como ator em Sherlock Holmes, ao lado de William Gillette. Logo em seguida, deu início à sua carreira de comediante, mudando-se para os Estados Unidos, onde seu sucesso de audiência imediato lhe rendeu contratos com vários estúdios cinematográficos. Durante seu contrato com a Keystone, Film Company, Chaplin desenvolveu seu principal e mais conhecido personagem, O Vagabundo, além de outros 34 curtas. Em seguida, fechou contrato com a Essanay Studios, onde pôde desenvolver melhor suas habilidades cinematográficas e formou seu elenco estático. Em seguida, Chaplin assumiu um contrato de 18 meses com a Mutual Film Corporation, que lhe deu controle artístico sobre as 12 produções que se sucederam. Os filmes de Chaplin produzidos na Mutual são clássicos e estão entre as comédias mais influentes da história do cinema. Após a experiência, Chaplin decidiu se tornar um produtor independente, em busca de mais liberade e prazer na realização de seus filmes, e construiu seu próprio estúdio, produzindo apenas longas-metragens. Charlie foi um diretor perfeccionista, exigente e difícil; tinha um método próprio e “secreto” de filmagem; não filmava a partir de um roteiro completo, e, às vezes, demandava que uma cena fosse regravada à exaustão. Resultado disso, Chaplin acabou levando muito mais tempo para concluir seus filmes do que outros diretores da época. Reconhecido por sua versatilidade e genialidade de suas obras, Chaplin é con- siderado por alguns como o maior artista cinematográfico de todos os tempos e um dos “pais do cinema”. Lars von Trier é um diretor e roteirista dinamarquês formado pela Danish Film School. Seu projeto final de graduação, o curta Befrielsesbilleder, foi premiado Melhor Filme no Festival de Munique. Em seguida, seu primeiro longa-metragem, Elemento de Um Crime, de estética marcante e teor psicológico, rendeu-lhe o Grande Prêmio Técnico no Festival de Cannes. Foi só com Europa que Lars despontou e ganhou reconhecimento internacional, recebendo o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio de Melhor Contribuição Artística em Cannes. Europa é uma história situada na caótica Alemanha pós-guerra, centrada na moral humana, responsabilidade e amor. Em 1995, Lars, juntamente com o con- terrâneo Thomas Vinterberg, publicou o manifesto Dogma 95, um documento que previa algumas regras para a criação de um cinema mais realista e menos comercial, como: não fazer uso de acessórios cenográ- ficos ou iluminação e não produzir som separadamente da imagem, dentre outras determinações controversas. Ironicamente, apenas um filme de Lars (Idioterne) segue à risca todas essas recomendações. Com o filme Ondas do Destino, digno do Grande Prêmio do Júri em Cannes, Lars, pela primeira vez, centra a história em uma personagem do sexo feminino – característica que depois se repete na maioria de seus filmes, como Dançando no Escuro, Dogville, e sua mais recente "Trilogia da Depressão": Anticristo, Melancolia e Ninfomaníaca. Lars é considerado um dos cineastas mais polêmicos e ousados dos últimos tempos. Seus filmes, além de conter a narrativa centrada em uma personagem do sexo feminino enfrentando alguma adversidade, costumam vir em trilogias e classificados em capítulos, incluindo prólogos e epílogos. Sempre pautados em temáticas psicológicas, os filmes de Lars contém diálogos pertur- badores, cenas reais de sexo e movimentos de câmera de mão imperfeitos. Manoj Nelliattu Shyamalan é um diretor, produtor, roteirista e, às vezes, ator indiano naturalizado estadunidense. Formou-se com honras pela Escola de Arte Tisch da Universidade de Nova Iorque. Shyamalan é apaixonado por cinema desde que ganhou sua primeira câmera, quando criança, e acrescenta cenas de seus filmes da infância nas produções atuais. Finalizou seu primeiro filme, Praying With Anger, enquanto ainda estava na faculdade, com recursos emprestados por pais e amigos. Em seguida, Shyamalan escreveu e dirigiu o filme Olhos Abertos, que lhe ren- deu indicações ao Young Artist Awards, e co-escreveu o roteiro para Stuart Little. Mas foi só ao escrever e dirigir O Sexto Sentido que Shyamalan se tornou reconhecido, sendo indicado a 6 Prêmios da Academia. Shyamalan também é responsável por roteirizar e dirigir Corpo Fechado, Sinais, A Vila, a Dama Na Água e Fim dos Tempos, todos filmes de suspense e mistério com uma reviravolta no final – uma de suas marcas – alguns desses gerando opiniões divergentes na crítica. Além de indicações a Prêmios da Aca- demia, Shyamalan também coleciona alguns prêmios do Framboesa de Ouro e indicações como pior filme, direção e roteiro em A Dama a Água, Fim dos Tempos, Depois da Terra e O Último Mestre do Ar. Em compensação, recebeu o Prêmio Redentor do Framboesa por seu filme mais recente, A Visita. Os filmes de Shyamalan são conheci- dos não só por suas intensas revelações, mas também por suas temáticas de cunho sobrenatural e religioso e pelas narrativas envolvendo pessoas normais em situações extraordinárias, além de suas aparições cada vez mais frequentes nos próprios filmes. Outra marca de Shyamalan é a aproximação de temas fantásticos ao mundo real, valo- rizando a história e as atuações em vez de efeitos especiais, sempre buscando imaginar “como seria, se isso realmente acontecesse?” Fernanda Oliveira | Laboratório Profissionalizante de Audiovisual | 30 de agosto de 2016 CHARLIE CHAPLIN 1889 – 1977 LARS VON TRIER 1956 – presente M. NIGHT SHYAMALAN 1970 – presente
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