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A TV 
 
Passamos agora para uma viagem pelo tempo envolvendo outra grande 
revolução da sociedade contemporânea: a televisão. 
A TV sempre teve lugar de destaque em nossa vida. No seu início chegou a ser 
considerada um capricho, mas, atualmente, impossível não reconhecer seu papel na 
formação cultural da sociedade mundial. A televisão é um dispositivo mecânico que 
recebe sinais eletrônicos. Kellison (2006, p. 18), afirma que a TV é como uma tela em 
branco aguardando pinceladas de um pintor. O pintor pode usar o vídeo para criar 
imagens como se estivesse pintando uma tela. Com o vídeo, o produtor pode ir de 
encontro aos críticos da televisão, usando sua visão criativa, conhecimento técnicos 
e um conjunto extraordinário de habilidades para produzir programas singulares e 
sólidos. 
Essa citação nos mostra como o universo do audiovisual permite criar, a partir 
do domínio de técnicas e conceitos que serão empregados para comunicar ideias, 
sejam elas com o objetivo de informar, entreter ou persuadir. Logo adiante vamos 
identificar de que forma se cria nessa tela para chegar aos objetivos citados. 
Vamos viajar um pouco pela história da televisão? Importante sabermos que, 
assim como o surgimento da fotografia e do cinema, a televisão não surgiu dos 
esforços de apenas um cientista, e sim de vários em diferentes tempos e lugares. Não 
é possível precisar quem a inventou nem quando. Mas é possível citar alguns nomes, 
épocas e experimentos que contribuíram para o surgimento da televisão. 
Entre esses personagens está o químico sueco Jakob Berzelius que em 1817, 
com sua descoberta sobre a luz e a relação com o selênio abriu os novos campos 
para a utilização da energia elétrica. Já identificou sua importância, certo? Afinal, como 
assistir TV sem energia elétrica? Pois bem. Um experimento contribuindo com outro. 
Em 1838 foi a contribuição de Samuel Morse com suas pesquisas em torno do 
eletromagneto e a ideia do telégrafo e o meio para envio de mensagens a partir de 
fios. Thomas Edison contribui com o que futuramente evoluiria para as válvulas de 
rádio e televisão. As pesquisas que envolveram a criação do cinema também tiveram 
importância para o surgimento da televisão. O alemão Paul Nipkow, em 1884, com a 
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construção de um transmissor mecânico chamado de disco de Nipkow – um disco de 
ferro, com furos e dispostos em espiral. Ao girá- lo subdividia-se o objeto em pequenos 
pontos e depois, em alta velocidade, os pontos se agrupavam e formava novamente 
a imagem do objeto. Assim, o disco girava e fazia uma varredura dos pontos 
possibilitando a transmissão das formas. 
Com a comprovação de Heinrich Hertz das ondas eletromagnéticas e que elas 
poderiam ser medidas, o italiano Guglielmo Marconi constrói um aparelho que codifica 
as ondas em sinais elétricos permitindo a transmissão de mensagens sem usar fios e 
sim antenas receptoras. Essa descoberta deu origem ao rádio. No mesmo ano, 1901 
Boris Rosing pesquisava na União Soviética tubos de imagem. 
Anos mais tarde, Charles Jenkins nos EUA e o inglês John Lodgie Baird 
desenvolvem um invento com semelhanças entre eles que consistia em um disco 
perfurado onde captava e transmitia imagens. 
Mas, foi a partir de todos esses experimentos que em 1923 o russo naturalizado 
americano Vladimir Zworykin inventou o iconosópio, um tubo a vácuo com uma tela 
de células fotoelétricas que faz uma varredura eletrônica da imagem e quatro anos 
após essa invenção conseguiu realizar a transmissão das imagens para uma distância 
de 45 quilômetros. 
Assim, conforme registrado e trazido por Paternostro (1999) e Bonasio (2002), 
a TV é criada no início dos anos 1920, mas seguiu de forma experimental. 
Já durante a década de 1930 começam as instalações de antenas 
transmissoras das imagens. A primeira delas foi a RCA com os estúdios da NBC em 
Nova York. A partir de 1940 a TV se afirma com seu sistema totalmente eletrônico e 
com qualidade. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento da tecnologia da TV 
sofreu uma parada... Mas, entre o final dos anos 40 e o começo dos 50, a TV entrou 
na vida de praticamente todos os países e se firmou como meio de informação e 
comunicação de massa. O telespectador tinha a garantia da boa imagem e indústria 
passou a se preocupar com os aperfeiçoamentos, que duram até os nossos dias 
(PATERNOSTRO, 1999, p. 24). 
Percebemos que a força que a televisão teve e ainda tem é inquestionável. Até 
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mesmo diante das novas tecnologias a TV permanece e se reinventa, o que vem 
ocorrendo já há algum tempo, mas deve ter seu processo acelerado diante da crise 
provocada pela pandemia da COVID-19. Segundo Marcelo Coutinho (2020), em 
reportagem na revista Meio&Mensagem, a televisão deverá passar por mudanças 
“tanto quanto desde 1950, quando desembarcou no País. Afinal, uma das 
características das grandes crises é que elas aceleram processos históricos, como 
pontuou Yuval Harari ainda nos primeiros dias da chegada do coronavírus” 
(COUTINHO, 2020). 
O que deve entrar em um novo ritmo é o processo já iniciado com a chegada 
da TV Digital possibilitando maior interatividade e até a fusão entre televisão e internet 
impactando o cenário social e econômico. 
Aqui no Brasil, a TV passou a fazer parte das nossas vidas oficialmente em 18 
de setembro de 1950. Após alguns testes, São Paulo foi a cidade escolhida para o 
início das transmissões, com atitude corajosa do visionário Francisco de Assis 
Chateaubriand Bandeira de Melo. Chateaubriand, então proprietário dos Diários e 
Emissoras Associadas – o que pode ser considerado o primeiro império da 
comunicação do país com jornais e rádios, trouxe dos Estados Unidos os 
equipamentos e os técnicos para implantar a televisão aqui no Brasil. “Uma antena 
para retransmissão foi instalada no alto do edifício do Banco do Estado de São Paulo, 
de onde foram exibidas as imagens que vinham do estúdio do prédio dos Diários 
Associados” (PATERNOSTRO, 1999, p. 28). O sinal chegava apenas até Santos e 
Campinas. 
No início, a TV era totalmente ao vivo e não houve formação profissional para 
o novo meio de comunicação da época. Assim, não se sabia “fazer TV”, por isso, 
foram chamados os técnicos, jornalistas e artistas do rádio, meio que já estava 
consolidado, inclusive em sua programação. Assim, o início da TV se deu a partir do 
que era feito no rádio. 
Como os aparelhos receptores eram muito caros apenas algumas famílias da 
elite tinham aparelho, por isso Chateaubriand também importou dos Estados Unidos 
em torno de 100 aparelhos e distribuiu em pontos da cidade para que a sociedade 
pudesse conhecer a televisão. Em poucos anos, a TV se tornou popular e mais 
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acessível fazendo parte da vida de todas as famílias como um dos principais 
eletrodomésticos da casa. Com mais de 70 anos de história a televisão passou por 
diversas transformações como ressalta Bonasio (2002, p. 14) do ao vivo, para a 
programação gravada (graças ao videoteipe), da TV em preto e branco para a TV em 
cores, da local para a TV mundial via satélite, da TV Analógica para a TV digital com 
a possibilidade da interatividade e da baixa resolução para a alta definição na 
qualidade de som e imagem com sua multiprogramação. 
E falando em programação, você sabe como era a programação no início da 
televisão no Brasil? É, veio do rádio. O que era feito lá, era trazido para a TV: programa 
de auditório, calouros, apresentação de artistas, leitura das notícias pelo então 
apresentador e com poucas imagens, registradas inicialmente em película – o que era 
muito pouco funcional em função da demora para a revelação dela. As radionovelas 
que faziam sucesso no rádio, também foram levadaspara a televisão. 
Um dos grandes legados da TV brasileira é a dramaturgia. As novelas 
brasileiras têm repercussão internacional, seja pela qualidade técnica, seja pelas 
temáticas abordadas. Surgiram na década de 1963, na extinta TV Excelcior com uma 
adaptação da mexicana Direito de Nascer. 
As telenovelas exerceram importante papel na construção da identidade 
nacional. Novelas são documentos históricos. Valores são discutidos em suas tramas. 
É o cotidiano do brasileiro na tela da TV em rede nacional e horário nobre. 
Lopes, Borelli e Resende (2002, p. 23) afirmam que o gênero do melodrama 
como matriz cultural de significação, a telenovela é entendida como um construto que 
ativa na audiência uma competência cultural e técnica em função da construção de 
um repertório comum, que passa a ser um repertório compartilhado de representações 
identitárias, seja sobre a realidade social, seja sobre o próprio indivíduo. 
Lopes, Borelli e Resende (2002, p. 23) destacam o contexto da produção e do 
consumo da audiência ao longo dos anos para a telenovela em que “constitui- se em 
um representante privilegiado da tardia modernidade brasileira". 
De fato, como disse Gloria Perez, no especial produzido sobre os 70 anos da 
TV Brasileira e exibido pela Rede Globo no mês de setembro “Cada capítulo é um 
espetáculo – você ri, você se emociona e você reflete” (PEREZ, GLOBO REPÓRTER, 
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2020). 
O investimento tecnológico feito pela TV Globo em 1969 foi fundamental para 
que a dramaturgia feita no país tomasse outro rumo – o de ser referência nesse tipo 
e produção audiovisual. Seguindo o modelo da TV americana, a Globo se destacou e 
implantou um padrão de qualidade em questões técnicas e de programação, copiado 
por todas as demais emissoras até hoje. 
Cada capítulo de uma novela pode ser considerado um espetáculo onde é 
possível se emocionar e refletir. E esse artefato teve sua evolução que provocou ainda 
mais impacto. 
Foi na década de 1970 – mesmo com as regras impostas pela censura militar 
que a TV passou para uma nova e glamorosa fase – a da cor. A primeira transmissão 
em cores no país ocorreu no Rio Grande do Sul, realizada pela TV Difusora durante a 
inauguração de uma das festas mais tradicionais do estado – a Festa da UVA, em 
Caxias do Sul. E a primeira novela exibida em cores foi o Bem-Amado, de Dias 
Gomes, em 1972 produzida pela Rede Globo. 
Nessa mesma década, outro avanço e que segue nesse padrão até a 
atualidade foi a programação nacional, ou seja, uma programação exibida em rede 
pela emissora sede, com suas afiliadas espalhadas pelo país (PATERNOSTRO, 1999, 
p. 32.) 
Televisão é... um sistema importante na educação, entretenimento, informação, 
interação. A TV comunica pelos seus programas dramáticos, musicais, shows, 
jornalismo global e local, comédia, especiais, eventos, esportes, circuito fechado, 
internet... Tudo isso é televisão! (BONASIO, 2020, p. 22). 
A telenovela brasileira aproxima o Brasil diante de todas as culturas valorizadas 
na telinha. Histórias que exploram temáticas sociais, históricas, culturais e polêmicas 
muitas vezes. Lembra Escrava Isaura, Pecado Capital, Roque Santeiro, Guerra dos 
Sexos, Vale Tudo ou Avenida Brasil? O belo do nosso país também teve destaque 
com a novela Pantanal, marcando uma nova proposta de linguagem na dramaturgia 
a partir de um conceito contemplativo de uma região do Brasil, sendo apresentada 
aos brasileiros. Talvez você não lembre em função da idade, mas certamente seus 
pais ou avós acompanharam essas narrativas que faziam o país parar em frente à 
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tela, no horário nobre da TV. 
Vamos falar agora sobre a informação na televisão? O jornalismo é outro 
grande destaque na TV brasileira e alguns programas são o principal produto do 
horário nobre. A informação é valiosa e fundamental para a sociedade. A imagem 
contribui para ampliar esse valor. Imagem é documento histórico e ao longo dos anos 
percebemos o espaço que ganhou com o propósito de conhecermos e entendermos 
o mundo. 
Como você já estudou, a televisão no Brasil foi trazida dos Estados Unidos e 
teve sua inspiração na programação daquele país. Assim, junto com o conhecimento 
do que se fazia no rádio foi sendo criada a programação da TV aqui no país, com 
espaço para a informação – jornalismo com a possibilidade da ilustração pelas 
imagens. 
No dia seguinte ao da inauguração da TV no Brasil, a TV Tupi transmitiu o 
primeiro telejornal do país. Foi o “Imagens do Dia” apresentado por Maurício Gama 
que simplesmente lia as notícias em frente à câmera, algumas com imagens brutas 
(sem edição e som) dos acontecimentos daquele dia. Sempre em um tom muito 
formal. O telejornal durava o tempo que fosse necessário para a transmissão dos fatos 
e imagens. Pouco mais de um ano após sua estreia foi substituído pelo Telenotícias 
Panair, pontual, mas ficou pouco tempo no ar. 
Mas, Paternostro (1999, p. 35) indica que o primeiro TJ de sucesso foi o 
Repórter Esso, que estreou em 1953, também na TV Tupi e ficou no ar por quase 20 
anos. Foi um marco na história do telejornalismo brasileiro e um dos programas de 
maior sucesso na história da televisão. 
O repórter Esso era apresentado por locutores de rádio já conhecidos: Kalil 
Filho e Gontijo Teodoro. A empresa Esso comprava espaços para anúncios e por isso, 
o programa levava o nome da empresa. 
 
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 Figura– Gontijo Teodoro – Apresentador Do Repórter Esso 
Fonte: <Https://Www.Youtube.Com/Watch?V=Cr4qdjgt5esicar>. Acesso Em: 29 Set. 2020. 
 
No início da história do jornalismo na TV, as imagens eram lentas e a linguagem 
solene. Percebeu ao assistir o Repórter Esso? A tecnologia empregada na época era 
pesada – nem se aproxima ao que é hoje. A própria linguagem do telejornalismo 
passou por diversas evoluções, além da tecnológica, pois hoje a linguagem verbal é 
muito mais coloquial, buscando aproximação com o espectador. O texto é construído 
para ser falado, em uma espécie de conversa com o espectador. 
A chegada do videoteipe foi o divisor de águas na conquista da agilidade, 
qualidade e credibilidade da notícia vista na TV, pela possibilidade do registro dos 
fatos e da futura exibição quantas vezes fossem necessárias ainda. Vamos falar mais 
sobre o videoteipe mais adiante, ainda nesta unidade. 
Na área do jornalismo, importante sabermos também que o Jornal Nacional – 
no ar até hoje, estreou em 1969 com muitas inovações, seguindo o modelo de 
jornalismo americano com a figura do âncora e dos repórteres na rua. Mas, a grande 
inovação foi a exibição das notícias em rede nacional. 
A programação da Globo era gerada no RJ e transmitida para diversas 
emissoras a partir de um sistema da Embratel, que associava a emissão por micro-
ondas e por satélite. No jornalismo brasileiro, o JN, por anos, foi a grande referência 
para a busca da informação pelos brasileiros. Sempre foi também referência para um 
padrão, copiado por todas as demais emissoras brasileiras, que ao longo dos anos 
também foram trazendo seus noticiosos a um alto padrão de qualidade. Paternostro 
(1999, p. 36) destaca que o JN foi “o primeiro a apresentar reportagens em cores; o 
primeiro a mostrar imagens – via satélite, de acontecimentos internacionais no mesmo 
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http://www.youtube.com/watch?v=cR4qDJGt5Esicar
http://www.youtube.com/watch?v=cR4qDJGt5Esicar
http://www.youtube.com/watch?v=cR4qDJGt5Esicar
 
 
 
 
 
instante em que eles ocorriam”. 
Deixando de lado qualquer questão ideológica e partidária, o JN ocupa lugar 
de destaque na vida do brasileiro que busca informação. Bonner (2009) destaca o 
objetivo do telejornal no livroJornal Nacional Modo de Fazer, escrito quando o TJ 
completou 40 anos no ar “O Jornal Nacional tem por objetivo mostrar o que aconteceu 
naquele dia, com isenção, pluralidade, clareza e correção. (BONNER, 2009, p. 17). 
Novas tecnologias foram surgindo, novas linguagens para se comunicar com o 
espectador e muitos desafios superados e outros tantos que surgem a todo instante. 
Ao longo dos 70 anos da TV, foram feitos muitos registros que servem de documento 
histórico mundial e o telejornalismo esteve sempre presente, cumprindo sua missão. 
É a televisão novamente mostrando sua capacidade e sua função de ser uma janela 
para o mundo. Quantas vezes, ao longo de sua vida, foi justamente a televisão o canal 
para que você soubesse o que estava acontecendo no Brasil e no mundo? É fato a 
força da televisão quanto à informação. 
Falamos de entretenimento e informação. Podemos dizer que essa dupla é 
quem comanda a programação em uma emissora de televisão. Mas, tudo isso só é 
possível de ser produzido porque existe a publicidade. 
Os anunciantes foram fundamentais em todas as etapas da história da 
televisão. Nos primeiros anos, sem o videoteipe até os comerciais eram feitos ao vivo 
e como já vimos, os programas levavam muitas vezes o nome do seu patrocinador. A 
publicidade também evoluiu e os anúncios passaram a ter tempo controlado e a 
ficarem cada vez mais qualificados. Muitos, também estão na memória do espectador. 
Afinal, também é possível se emocionar e se divertir assistindo a esse show à parte 
da televisão brasileira que é o break comercial, onde são empregados todos os 
elementos da linguagem audiovisual. 
Qualquer comercial é criado com objetivos específicos, mas 
independentemente buscam informar, persuadir e motivar o espectador a alguma 
ação. Normalmente, essa ação é a compra de um produto ou serviço. Mas, os 
comerciais vendem ideias também que podem mudar o comportamento da sociedade. 
Normalmente, o comercial tem tempo de duração curto, 30 segundos em seu 
padrão mais empregado. Mas pode ter variações como de 60 segundos. Conforme 
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Elin e Lapides (2006), existem três tipos de comerciais de TV: 
• voltado para as vendas: seu objetivo é estimular a preferência o desejo 
do espectador em relação ao produto /serviço; 
• voltado para a construção da imagem: seu objetivo é o de despertar no 
consumidor associações positivas em relação a empresa, serviço ou produto; 
• voltado para utilidade pública: seu objetivo não é comercial e sim 
informar ou persuadir o espectador sobre algo que seja do próprio interesse do 
público. 
 
Assim como a fotografia, o cinema e o rádio, a TV surgiu do esforço de muitos 
homens que sonharam e com o domínio da ciência realizaram. A TV também traz a 
essência do teatro e do circo. Tecnologia e magia. Mas, para fazer essa magia toda 
acontecer são necessárias muitas pessoas criativas, com boa vontade e 
conhecimento para diariamente produzir novos conteúdos que informam e entretém o 
espectador. 
Destacamos a reflexão de Bonasio (2002, p. 14) “Televisão é mistura de arte e 
ciência, e todos os profissionais de televisão tem um componente de criatividade a ser 
aplicado por intermédio dos equipamentos ou de suas áreas”. A televisão, se valendo 
da linguagem audiovisual para comunicar suas ideias, se mantém viva na 
contemporaneidade, se reinventando sempre que necessário para seguir adiante, 
buscando novas possibilidades com bons conteúdos e tecnologia. 
A televisão se revelou como uma janela para o mundo com as imagens em 
movimento e um repertório recheado de entretenimento e informação. 
 
O VÍDEO 
Quando começamos a falar sobre vídeo é importante definirmos sua 
conceituação, pois há diferenças sobre o uso dessa palavra que é usada de forma 
genérica para identificar objeto ou atividades. Vamos esclarecer, segundo Santoro 
(1989, p. 17): 
• Videoteipe: criado no início da década de 1960 é a possibilidade de gravar 
sons e imagens que ficam armazenados em fita magnética (teipe) que poderá ser 
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reproduzida no aparelho. 
• Videocassete: quando a fita magnética é acoplada a uma caixa (cassete) 
de plástico; 
• Videocassete acoplado a uma câmera: equipamento de vídeo usado pelos 
profissionais da televisão. 
• Vídeo: também empregada para relacionar a atividade de fazer a gravação 
de imagens e sons – fazer um vídeo que poderá ser exibido em aparelhos, circuitos e 
atualmente em diferentes plataformas. 
 
Essa tecnologia permitiu um novo ritmo e fluxo nas produções de televisão, 
mas também possibilitou a criação de inúmeras produções experimentais, indivíduos 
comuns e seus grupos a criarem conteúdo experimental onde davam voz a diversas 
ideias que não teriam espaço na mídia hegemônica dos grandes conglomerados. 
Nesse sentido, (Dubois 2004, p. 50) nos faz refletir de que o vídeo seria um 
movimento, um estado, uma forma de pensamento. Pela facilidade de acesso cada 
vez maior há equipamentos de captura de imagens e a popularização de fazer 
“vídeos”, a experimentação. E isso, permitiu também a segmentação na produção, e 
não mais a produção em massa, pois era possível produzir conforme o desejo de 
diferentes grupos. O vídeo passou a ser visto como uma possibilidade revolucionária. 
O vídeo passou a ser entendido como um novo meio de comunicação, capaz 
de permitir a confecção de programas para grupos, não considerando mais o público 
como uma massa indiferenciada, mas como uma soma de grupos de interesse, criou-
se assim uma situação ideal, onde cada meio de comunicação, de acordo com suas 
características, teria uma função (SANTORO, 1989, p. 25). 
A chegada da TV a Cabo reforçou ainda mais a potencialidade e importância 
do vídeo no sentido de possibilidade de produção e distribuição de conteúdo. Com 
diversos canais, e a segmentação de conteúdo, o desenvolvimento da linguagem 
audiovisual. Conforme o estilo de cada programa e seus objetivos, pode ser ainda 
mais explorada, ampliado as possibilidades para melhorar a comunicação com 
diferentes públicos. 
 
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