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Questão 8: Identificar quais são os aspectos éticos acerca das cirurgias A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA CIRURGIA Apesar de os preceitos éticos de respeito às pessoas, beneficência, não maleficência e justiça terem sido fundamentais para a prática da medicina desde as eras mais antigas, a ética tem assumido uma posição cada vez mais visível e codificada nos cuidados à saúde nos últimos 50 anos. A prática da medicina ou da cirurgia é, no seu centro, uma empreitada moral. Apesar de serem cruciais a proficiência clínica e a habilidade cirúrgica, assim também o são as dimensões morais da prática de um cirurgião. A prática cirúrgica atual reconhece o envolvimento cada vez maior do paciente na tomada de decisão em relação aos cuidados de saúde e concorda que o direito de escolha seja compartilhado entre o cirurgião e o paciente. Durante a cirurgia, o paciente encontra-se em uma posição completamente vulnerável, e um nível elevado de confiança é exigido para que o paciente coloque a sua vida diretamente nas mãos do cirurgião. CUIDADOS NO FINAL DA VIDA A inclusão de cuidados paliativos nas instituições médicas inclui a responsabilidade de fornecer cuidados paliativos e hospitalares apropriados e de respeitar o direito de um paciente em recusar tratamento e a responsabilidade dos cirurgiões de evitarem intervenções fúteis. RESSUSCITAÇÃO NA SALA DE CIRURGIA As decisões informadas sobre a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) requer que os pacientes tenham um conhecimento preciso do seu diagnóstico, prognóstico, possibilidade de sucesso da RCP na sua situação, e dos riscos envolvidos. Eventualmente, os cirurgiões ficam relutantes em honrar a solicitação do paciente de não ser ressuscitado quando o paciente está considerando um procedimento cirúrgico. No entanto o paciente tem o direito de AUTONOMIA. O paciente com uma doença terminal pode desejar uma cirurgia como uma medida paliativa, para alívio da dor ou para um acesso vascular, e ainda assim não desejar a ressuscitação se ele experimentar uma parada cardiorrespiratória. SENSIBILIDADE CULTURAL Os cirurgiões devem ter uma apreciação perspicaz sobre o impacto da cultura no encontro clínico. O paciente que acredita que a dor provém de uma fonte espiritual e não pode ser tratada pela cirurgia apresenta pouca probabilidade de boa evolução, a menos que o cirurgião tenha os instrumentos para compreender e respeitar as crenças culturais, os valores e a maneira como o paciente lida com esses aspectos. A competência cultural envolve “a avaliação, a empatia, e a resposta às necessidades, valores e preferências do paciente”. TOMADA DE DECISÃO COMPARTILHADA A recusa de um paciente certamente levanta uma questão e pode ser um indicador apropriado para uma avaliação desta capacidade, mas não deve ser a única. A determinação da capacidade de tomar decisões deve ser uma parte essencial do processo de consentimento informado para qualquer decisão. PROFISSIONALISMO Os códigos e juramentos tradicionais fornecem um guia, mas são essenciais a reflexão, a autoavaliação e a deliberação sobre o que significa ser um bom cirurgião e como um bom cirurgião deve agir Referências: 1. SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier.
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