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Questão 10: Conhecer a bactéria Neisseria meningitidis,sua virulência, patogenicidade e epidemiologia.
Neisseria meningitidis, também conhecido como meningococo
Possui uma estrutura típica de envelope celular das bactérias Gram-negativas. 
· envelope é composto de membrana citoplasmática, camada de peptideoglicano e membrana externa. A membrana externa é constituída de LPS e de uma bicamada fosfolipídica, na qual as proteínas estão inseridas.
· Possui 12 sorogrupos de cepas: A, B, C, E, H, I, K, L, X, Y, Z e W.
· CHAMADOS DE MENINGOCOCO
· COCOS DIPLOCOCOS
· GRAM NEGATIVOS ( COLORAÇÃO AVERMELHADA)
· ENCAPSULADOS FATOR DE VIRULENCIA
· EXCLUSIVO DO SER HUMANO FRAGIL E Ñ SOBREVIVE MUITO TEMPO FORA DO CORPO
· CÁPSULA: 12 SOROGRUPOS (A,B,C, H , I, K,L,X,Y,Z,29E e W135)
· BRASIL: PREDOMINANTE B e C
FATORES DE VIRULÊNCIA:
· PILI: ADESÃO ADESÃO A MUCOSA QUE PERMITE A COLONZAÇÃO
· CAPSULA RESISTENCIA 
· OMP`s PTN´S QUE PROMOVEM A SOBREVIVENCIA INTRACELULAR EM NEUTROFILOS, IMPEDINDO A FORMAÇÃO DO FAGOLISOSSOMO
· PROTEASE IgA1: Clivagem de IgA nas mucosas
· B-lactamases: resistência a penicilinas clássicas (ATB)
· MENINGOCOCO CONSEGUE MUTAR O MATERIAL GENÉTICO: HÁ ALTERAÇÃO DOS SOROGRUPOS
· VACINA CONFERE IMUNIDADE A UM SOROGRUPO ESPECÍDFICO
· CAPSULA IMPEDE A AÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO
· SNC RESPOSTA IMUNOLOGICA POBRE, DEVIDO A BHE
· A cápsula do meningococo possui propriedades antifagocítica e antibactericida e assim constitui importante fator de virulência, contribuindo para a sobrevivência do meningococo durante a invasão na corrente sanguínea e no LCE.
PATOGENICIDADE
A colonização da superfície das mucosas das vias respiratórias superiores pelo meningococo trata-se do primeiro passo para estabelecer-se o estado de portador , que pode variar de dias a meses.
A transmissão ocorre entre humanos através de gotículas respiratórias e secreções.
A colonização do meningococo no trato respiratório superior pode ser dar de forma assintomática ,ou pode ocasionar uma reação inflamatória local, invasão das superfícies das mucosas, invasão da corrente sanguínea, podendo provocar uma sepse fulminante ou uma infecção focal como meningite.
A adesão às superfícies da mucosa é essencial para a sobrevivência do meningococo. Uma vez que trata-se de uma bactéria EXCLUSIVAMENTE DO SER HUMANO, NÃO SOBREVIVENDO MUITO TEMPO FORA DESTE.
Meningite bacteriana: PI e infeccioso purulento das meninges e do espaço subaracnóide
EPIDEMIOLOGIA
A meningite bacteriana é um problema de saúde pública mundial, com incidência anual de 4-6 casos/100 mil adultos, sendo N. meningitidis e S. pneumoniae responsáveis por 80% dos casos.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa de incidência é 1,4 caso/100 mil habitante/ano, e letalidade de 22,2%.
O meningococo é o principal responsável por epidemias no Brasil e possui vários sorogrupos, sendo o sorogrupo C o mais prevalente.
A meningite meningocócica pode ocorrer de forma isolada ou associada à meningococcemia, caracterizada pela disseminação hematogênica do agente, resultando em vasculite sistêmica e fenômenos hemorrágicos fulminantes, sendo a forma mais grave da doença meningocócica.
Os grupos de maior risco são:
· crianças menores de 5 anos, principalmente as menores de 1 ano
· idosos acima de 60 anos 
· imunodeprimidos. 
A mortalidade da doença tem se mantido em 18-20% dos casos, chegando a 50% nos casos de meningococcemia.
A Organização Mundial de Saúde calcula que cerca de 170.000 mortes/ano
As taxas de incidência anual variam entre 1 a 100 casos/100.000 habitantes em distintas regiões do planeta.
No Brasil Década de 70 2 epidemias Sorogrupos A e C
Hoje, o sorogupo C é responsável por 75% dos casos sorogrupados no Brasil.
Referências:
VERONESI
MENINGITES – MS
TRABULSI – CAP MENINGOCOCOS
271-276 (pdf)

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