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Aulas 41 e 42 – Isomeria espacial ou estereoisomeria – 2ª parte Prof. Thiago Bernini Aviso Legal: Os materiais e conteúdos disponibilizados pelo Poliedro são protegidos por direitos de propriedade intelectual (Lei nº 9.610/1998). É vedada a utilização para fins comerciais, bem como a cessão dos materiais a terceiros, a título gratuito ou não, sob pena de responsabilização civil e criminal nos termos da legislação aplicável. II. Moléculas com dois ou mais carbonos quirais diferentes Considere o exemplo a seguir: Observe que nesse composto existe dois carbonos quirais diferentes (os carbonos quirais apresentam ligantes diferentes). Quando uma molécula possuir vários carbonos quirais diferentes, podemos calcular o número de isômeros ópticos ativos pela regra de Van´t Hoff. • Número de isômeros opticamente ativos = 2n (em que n é o número de carbonos quirais diferentes). • O número de misturas racêmicas é sempre a metade do número de isômeros ópticos ativos, dessa forma, pode ser calculado pela seguinte fórmula: n n 12 2 − ou 2 Isômeros opticamente ativos: Como esse compostos é assimétrico, existe um isômero idêntico a ele porém contrário (equivalenta a sua imagem no espelho). dextrogiro (+9°) Levogiro (-9°) Par de enantiômeros Juntos formam uma mistura racêmica Existe ainda a possibilidade de inverter a configuração de dois ligantes de apenas um dos dois carbonos quirais, formando assim, mais dois enantiômeros, com desvio do plano da luz polarizada com ângulos diferentes dos dois primerios isômeros. dextrogiro (+27°) Levogiro (-27°) Par de enantiômeros Juntos formam uma mistura racêmica Podemos observar que moléculas com dois carbonos quirais diferentes, possuem no total quatro isômeros opticamente ativos (dois pares de enantiômeros), e são possíveis duas misturas racêmicas sendo uma formada pelo primeiro par de enantiômeros (+9° e -9°) e a outra formada pelo segundo par de enatiômeros (+27° e -27°). III. Moléculas com dois carbonos quirais iguais Observe o exemplo do ácido tartárico: Como os dois carbonos quirais são iguais (os dois carbonos quirais apresentam os mesmos ligantes), o ângulo de desvio provocado por esses carbonos será o mesmo. Par de enantiômeros dextrogiro (+12°) Levogiro (-12°) Juntos formam uma mistura racêmica O outro isômero espacial possível é inativo (não desvia o plano de luz polarizada) devido ao plano de simetria da molécula e é chamado de isômero meso. Atenção: Em moléculas com 2 carbonos quirais iguais, não podemos utilizar a fórmula de Van´t Hoff para determinar o número de isômeros opticamente ativos, pois um dos isômeros espaciais será inativo devido a uma compensação interna (um carbono quiral compensa o desvio do outro). Orientação de estudos Livro 2 – Capítulo 7 Leitura: páginas 144 a 145. Propostos: 31, 38, 39, 42, 44, 47, 49, 54 e 56. Complementares: 40, 47, 54 e 55. Aulas 43 a 45 – Reação de Substituição em alcanos e aromáticos Prof. Thiago Bernini Aviso Legal: Os materiais e conteúdos disponibilizados pelo Poliedro são protegidos por direitos de propriedade intelectual (Lei nº 9.610/1998). É vedada a utilização para fins comerciais, bem como a cessão dos materiais a terceiros, a título gratuito ou não, sob pena de responsabilização civil e criminal nos termos da legislação aplicável. Tipos de ruptura das ligações. Existem basicamente dois tipos de ruptura ou cisão de uma ligação covalente, a cisão homolítica e a cisão heterolítica. Cisão homolítica Ocorre quando uma ligação covalente quebra de forma homogênea, ou seja, cada átomo fica com um elétron da ligação. Observe o esquema geral: Esse tipo de cisão da origem a reagentes que chamamos de radicais livres, pois apresentam carga zero e uma valência livre (um elétron não compartilhado). Cisão heterolítica Ocorre quando uma ligação covalente quebra de forma heterogênea, ou seja, um dos átomos fica com o par de elétrons da ligação. Observe o esquema geral: Esse tipo de cisão da origem a dois reagentes distintos, o cátion (A+) chamado de eletrófilo e o ânion (B-) chamado de nucleófilo. 1. Substituição em alcanos Reação de halogenação em alcanos Sob condições adequadas (luz ultravioleta e calor) os halogênios (Cl2 ou Br2), conseguem reagir com alcanos em uma reação de substituição via radical livre. Esse tipo de reação é utilizado para a obtenção de haletos de alquila e consiste na substituição de um ou mais átomos de hidrogênio de um alcano por átomos de cloro ou bromo de acordo com o seguinte esquema geral, onde R – H representa um alcano e X – X um halogênio (Cl2 ou Br2): No exemplo a seguir, uma mistura de metano e cloro reagem em uma reação de substituição iniciada pela quebra homolítica da ligação Cl – Cl devido à presença de luz ultravioleta. Essa reação é dita monocloração do metano, visto que houve a substituição de apenas um hidrogênio por cloro Na halogenação de alcanos com três ou mais átomos de carbono na cadeia, o átomo de halogênio pode substituir qualquer um dos átomos de hidrogênio, formando uma mistura de produtos isômeros de posição. A velocidade relativa de substituição de hidrogênio obedece ao seguinte critério: 2. Reação de substituição em aromáticos Existem cinco tipos de reação que ocorrem por substituição aromática eletrofílica: halogenação, nitração, sulfonação, alquilação de Friedel-Crafts e acilação de Friedel-Crafts. Regra Geral: a) Halogenação Nesse tipo de reação, os reagentes utilizados são: Cl2, Br2 ou I2. b) Nitração Nesse tipo de reação, o benzeno reage com ácido nítrico (HNO3). O ácido sulfúrico (H2SO4) é utilizado como catalisador. R RX XX X Cl2 luz ultravioleta 2-cloropropano (55%) 1-cloropropano (45%) Cl2 luz ultravioleta terciário secundário primário > > Facilidade de saída do hidrogênio BA B A Cat. Cl2 AlCl3
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