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Taquiarritmias João Lucas Furtado – MEDICINA UNOESTE 2 Definição Alterações no ritmo cardíaco, caracterizado por FC acima de 100 bpm em adultos Introdução · Verificar se há pulso presente e definir se está hemodinamicamente estável ou instável Taquicardia com pulso instável · FC INCOMPATÍVEL COM A CLÍNICA · Pode causar: · Edema pulmonar · Isquemia cardíaca · Redução da perfusão · Produção de autoanticorpos que possuem múltiplas especificidades Mecanismos arritmogênicos · 2 principais mecanismos · · Alterações nos disparos · Reentrada · · Algumas taqui podem ser iniciadas por um mecanismo e perpetuadas por outro Conduta inicial · Suporte Avançado de Vida (ACLS) · Avaliação das vias aéreas · Assistência à ventilação · Monitorização do ritmo · Oximetria · Avaliação da PA · Acesso intravenoso · É necessário MOVer o paciente · Monitorização · Oxigênio · Veia · Monitorização SSVV · · PA · FC · FR · · ECG · Anamnese · OBJETIVA · · Cardiopatias · Doenças pulmonares · Comorbidades · Medicações · Álcool · Drogas · · Exame físico · Buscar sinais de instabilidade · Avaliar sinais de falha da bomba (Turgência jugular; B3/B4; Crepitações; Edema) · Checar pulso · Se não houver Protocolo PCR · Se houver Paciente estável ou não ? Define conduta Sinais e Sintomas de instabilidade hemodinâmica 5 D`s 1. Dispneia 2. Dor torácica 3. Diminuição do nível de consciência 4. Diminuição da PA 5. Descompensação da IC Conduta Inicial Taquiarritmia com instabilidade CARDIOVERSÃO ELÉTRICA · Dose de Adenosina · 1ª dose 6 mg em BOLUS + Flush de 20 mL de solução salina · Se necessário(NÃO REVERSÃO EM 1-2 MINUTOS) 2ª DOSE 12 mg ADENOSINA · ORIENTAR PACIENTE SOBRE ´´SENSAÇÃO DE MORTE IMINENTE´´ EFEITOS TRANSITÓRIOS · MNEMÔNICO · O – Oriente · S – Sedação · A – Ambuze · S – Sincronize · C – Cardioversão · O – Observe · Sedação · Fentanil Analgesia · Midazolam, Etomidato ou Propofol Sedativos · Instabilidade cardiovascular Evita-se o uso do propofol e do midazolam · Ambuze · Depressão respiratória Utilizar dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara com reservatório · Todo paciente submetido a CVE é recomendado jejum por pelo menos 6 h · Garantir via aérea avançada caso ventilação BVM não seja efetiva · Sincronize · Ativar função SYNC/SINC/Sincronizar do desfibrilador/cardioversor · Choque será disparado em cima do QRS (Pode demorar alguns segundos) · Cardioversão · Boa quantidade de gel condutor · Uma pá na região infraclavicular direita e outra na região próxima ao ápice cardíaco · ´´AFASTEM-SE´´ · Observe · 3 situações podem ocorrer · SUCESSO CVE RITMO SINUSAL REESTABELECIDO · ENERGIA APLICADA NA CVE NÃO RESULTOU EM REVERSÃO · Seleciona-se uma energia maior e realiza novo choque Ativar SYNC · APESAR DA CVE ADEQUADA RITMO TAQUI FV REALIZA-SE DESFIBRILAÇÃO Taquicardia Supraventriculares (TSV) · Taqui originadas do NAV para cima · TODA TAQUI COM QRS ESTRREITO SERÁ UMA TSV, MAS NEM TODA TSV TERÁ QRS ESTREITO Taquicardia Sinusal (TS) · NÃO INDICA USO DE β-bloqueadores em taquicardias compensatórias, pois elas são as responsáveis pela manutenção do débito cardíaco do paciente · O seu bloqueio pode deteriorar a condição clínica vigente Taquicardia Atrial (TA) Focal · PRESENÇA DE ONDA P NÃO SINUSAL · INDUZIDA POR FOCO ATRIAL ONDA P DE MORFOLOGIA ÚNICA · As principais arritmias associadas à Síndrome de WPW são TRAV e Fibrilação Atrial (FA), esta última sendo a mais perigosa · Manejo da TRAV, para revertê-la, pode-se utilizar fármacos que provoquem a lentificação da passagem do estímulo pelo nodo AV (adenosina, bloqueadores dos canais de cálcio, betabloqueadores, etc), o que interrompe o circuito. · Se for uma fibrilação atrial associada ao WPW, NÃO SE pode usar tais drogas Flutter Atrial (FLA) e Fibrilação Atrial (FA) · ½ DOS PACIENTES COM FLUTTER ATRIAL EVOLUEM PARA FA EM 5 ANOS · MANUSEIO E TRATAMENTO SEMELHANTES · FLA é uma arritmia muito mais organizada que a FA e utiliza a circunferência dos átrios como circuito de reentrada · Frequência atrial alta (250 a 330 bpm), morfologia das ondas P (ou ondas F) constantes e condução para o ventrículo com bloqueio 2:1 no NAV, o que gera uma FC em torno de 150 bpm · Mais frequentemente, é uma TSV regular (intervalos RRs semelhantes) e de QRS estreito · Forma + frequente da arritmia Ondas negativas em DII, DIII e aVF, com onda atrial + em V1 · Ondas atriais em forma de ´´dente de serra´´ são denominadas ondas F · As ondas F são tipicamente positivas nas derivações inferiores (DII, DIII e aVF) e negativas em V1. · Dentre as etiologias cardíacas, destacam-se: · Doença Cardíaca Hipertensiva · Doença Coronariana · Insuficiência Cardíaca · Causas extracardíacas + comuns com a FA · Obesidade · Síndrome metabólica · Fisiopatologia da FA Multifatorial · Mecanismos fisiológicos da FA e FLA · Tratamento: · FA/FLA duração < 48h e estável Controle da FC com BLOQUADORES DO CANAL DE CÁLCIO (BCC) ou β-bloqueadores · CVE para esses pacientes Baixo risco tromboembólico de uma FA/FLA de início muito recente · Após cardioversão, é necessário anticoagular o paciente por um período mínimo de 4 semanas (RNI 2,0 - 3,0) · Na FA/FLA de duração maior que 48h e estável Controle da FC com BCC ou β-bloqueadores e anticoagulação com heparinização + anticoagulação oral imediata · A CVE nesses pacientes é considerada de alto risco tromboembólico e só deve ser efetuada após 3 semanas de anticoagulação plena com RNI terapêutico (entre 2,0 e 3,0) ou após ser submetido ao Ecocardiograma Transesofágico, sem evidência de trombos intracavitários · Após cardioversão, é necessário anticoagular o paciente por um período mínimo de 4 semanas (RNI 2,0 - 3,0) Diagnóstico Diferencial entre as Taquicardias Supraventriculares (TSV) · 1º passo · Analisar o complexo QRS e observar se ele é estreito ou largo (> 3 quadradinhos) · Se estreito SUPRAVENTRICULAR · 2º passo · Intervalo R-R regular ou irregular · REGULAR 4 possibilidades · Taquicardia Sinusal (TS) · Taquicardia Atrial (TA) · Flutter Atrial (FLA) · Taquicardia Paroxística Supraventricular (TPSV) · As melhores derivações para se avaliar as taquicardias de origem supraventricular são DII e V1 · Se houver onda P precedendo QRS, teremos duas possibilidades: TS ou TA · Na ausência de onda P precedendo os complexos QRS estreitos e regulares; ou na presença de onda P retrógrada (P’), teremos um ECG sugestivo de TPSV · Última possibilidade diagnóstica seria o Flutter Atrial Ondas F (que consiste num “serrilhado” em DII, DIII e aVF), em substituição da onda P. · Sendo o QRS estreito e R-R irregular · 3 POSSIBILIDADES · Fibrilação Atrial (FA) · Flutter Atrial de condução varíavel · Taquicardia Atrial multifocal · A FA é o principal diagnóstico nestas situações de intervalos R-R irregulares, em que há ausência de ondas P e ondas F · No caso da TA multifocal, observaremos a presença de ondas P de morfologias distintas (no mínimo três ondas P diferentes na mesma derivação)
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