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NOVA SÍNTESE - S P 3. 1 Tempos difíceis (1 semestre)

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Aluna: Maria Eduarda Martins Ferreira 
Facilitadora: Úrsula Galvão
NOVA SÍNTESE
S.P 3.1 – Tempos Difíceis 
OBJETIVOS
· IMC, suas variações e outros índices usados como parâmetro para determinar obesidade
· A quantidade de gordura corporal é difícil de ser medida diretamente. Em geral é determinada por meio de uma medida indireta – o índice de massa corporal (IMC), que demonstrou estar correlacionado com a quantidade de cordura corporal na maior parte dos indivíduos. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada). [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714867/. Acesso em: 28 abr. 2023.
· O IMC (definido como peso em kg/ [altura em metros]²) fornece uma medida do peso relativo, ajustado à altura. Os valores de IMC seguem uma classificação: 
· Saudável: IMC entre 18,5 e 24,9
· Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
· Obesidade: IMC igual ou superior a 30
· Obesidade Mórbida: IMC acima de 40
· A utilização do IMC para avaliar o peso adequado tem limitações: não diferencia gordura e massa muscular (músculos pesam mais que gordura), não leva em conta o sexo (mulheres tem mais gordura) e a etnia, além de ser impreciso para menores de 18 anos.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 28 abr. 2023.
· Outros índices têm sido propostos: circunferência abdominal, proporção entre cintura e quadril, proporção entre cintura e altura, entre outros. 
· A distribuição anatômica da gordura corporal apresenta grande influência nos riscos associados à saúde. Uma razão cintura/ quadril > 0,8 para mulheres e > 1,0 para homens é denominada obesidade androide, em “forma de maça”, ou na região da cintura e está associada a uma maior deposição de gordura no tronco. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada). [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714867/. Acesso em: 28 abr. 2023.
· Em contrapartida, uma menor razão cintura/quadril reflete preponderância de gordura distribuída ao redor do quadril ou da região das coxas e é denominada obesidade ginecoide, em “forma de pera”, ou na região do quadril. É definida por uma razão cintura/ quadril < 0,8 para mulheres e < 1,0 para homens. O formato de pera, mais comumente encontrado em mulheres, apresenta um risco bem menor de doença metabólica e alguns estudos indicam que possa até mesmo ser protetor para a saúde. 
 
· Os tipos localizados de gordura descritos são bioquimicamente diferentes. Especialmente em mulheres, as células adiposas subcutâneas da região gluteofemoral são maiores, mais eficientes para armazenar gordura (triacilglicerol [TAG]) e tendem a mobilizar ácidos graxos (AG) mais lentamente que os adipócitos subcutâneos abdominais. Adipócitos viscerais são mais ativos metabolicamente. Ambos os depósitos, subcutâneo abdominal e visceral, apresentam altas taxas de lipólise em indivíduos obesos e contribuem para aumentar a disponibilidade de ácidos graxos livres (AGL). Essas diferenças metabólicas podem contribuir para o maior risco observado em indivíduos com maior adiposidade abdominal. 
· AGL prejudicam a sinalização pela insulina e são pró-inflamatórios. 
 
· Indivíduos com maior quantidade de gordura abdominal apresentam maior risco à saúde que indivíduos com gordura na região do quadril. A gordura visceral está localizada dentro da cavidade abdominal, empacotada entre os órgãos internos; a gordura subcutânea é encontrada logo abaixo da pele. 
· Caracterizar Sedentarismo (causas e consequências) 
· Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporta (ACSM), uma definição apropriada para sedentarismo seria o baixo gasto energético do organismo pela prática de atividades físicas leves inferior a 150 minutos por semana. Hábitos pouso saudáveis podem contribuir para o surgimento do quadro. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: https://www.uninassau.edu.br/noticias/sedentarismo-causas-e-consequencias#:~:text=Entre%20as%20consequ%C3%AAncias%20de%20um,alguma%20rela%C3%A7%C3%A3o%20com%20a%20doen%C3%A7a.
· O sedentarismo é uma das doenças que atingem gravemente a população mundial no séc. XXI. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 23% da população adulta é considerada não praticante de atividades físicas. Já nos adolescentes, os números são ainda piores, chegando a 81% de indivíduos sedentários.
· O sedentarismo é fortemente influenciado pelo estilo de vida consequente do desenvolvimento tecnológico. Atualmente, as facilidades da nossa rotina são vilões para a perpetuação do sedentarismo. Além das formas de trabalho, aplicativos de entrega, elevadores e outros avanços do tipo dificultam a adoção de hábitos saudáveis. Culturalmente, o brasileiro já tem uma rotina bastante sedentária, com baixo nível de atividade física e alimentação inadequada, colaborando ainda mais com o sedentarismo. 
· O índice de obesidade também está ligado ao problema, principalmente quando, com a falta de exercícios, tem-se uma dieta coberta de açúcares e gorduras trans e saturadas. Entre as consequências de um estilo de vida sedentário, podem estar a atrofia muscular e a perda de força física, o aumento de peso e o surgimento de doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão. Estima-se que 14% das mortes no Brasil tenham alguma relação com a doença.
· Estudos epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%), câncer de cólon (41%), câncer de mama (31%), diabetes do tipo II (50%) e osteoporose (59%). 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: Gualano, Bruno e Tinucci, Taís. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte [online]. 2011, v. 25, n. spe [Acessado 30 Abril 2023], pp. 37-43. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1807-55092011000500005>. Epub 14 Maio 2012. ISSN 1981-4690. https://doi.org/10.1590/S1807-55092011000500005.
· As evidências também indicam que a inatividade física é independentemente associada à mortalidade, obesidade, maior incidência de queda e debilidade física em idosos, dislipidemia, depressão, demência, ansiedade e alterações do humor.
· Sobre as atividades necessárias para não estar no sedentarismo, o ACSM as classifica em: leves, como caminhar lentamente, escrever, cozinhar; moderadas, que pode ser a caminhada em ritmo acelerado; e intensas, como correr e fazer musculação, cuja recomendação é de pelo menos três sessões semanais. A prática deve ser regular, ao ponto de formar hábitos, pois é a falta deles que acaba definindo uma condição 
· sedentária.
· A obesidade constitui um fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, certos tipos de câncer, distúrbios musculoesqueléticos etc. Como resulta, quase sempre, de superalimentação, o tratamento mais adequado é a redução da ingestão calórica. Para emagrecimento e manutenção de um estado saudável, esta redução deve incidir sobre os componentes não essenciais da dieta: carboidratos e lipídios. A ingestão proteica deve ser preservada, pois, além de indispensável, raramente é responsável pelo excedente alimentar. A prática regular de exercícios, e não a atividade esporádica, propicia a perda de peso, por induzir um aumento da taxa metabólica basal e da degradação de lipídios, além, naturalmente, de aumentar o gasto energético.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite oLocal da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· Conceituar Metabolismo Energético (anabolismo e catabolismo)
· Metabolismo é o termo empregado para descrever a interconversão dos compostos químicos presentes no organismo, as vias percorridas pelas moléculas individualmente, suas inter-relações e os mecanismos que regulam o fluxo de metabólitos através dessas vias.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: RODWELL, Victor W. Bioquímica ilustrada de Harper. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558040033. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040033/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· O metabolismo é mais bem compreendido pelo exame de suas vias componentes. Cada via é composta por sequências multienzimáticas, e cada enzima, por sua vez, pode apresentar importantes características catalíticas ou regulatórias	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada). [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714867/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· Nas células, reações catalíticas raramente ocorrem isoladamente. Ao contrário, elas estão organizadas em sequências com múltiplos passos, chamadas vias, como, por exemplo, a glicólise. Em uma via, o produto de uma reação serve como substrato para a reação subsequente. As vias, em sua maior parte, podem ser classificadas como catabólicas (de degradação) ou anabólicas (de síntese).
· Vias Catabólicas: quebram moléculas complexas, como proteínas, polissacarídeos ou lipídeos, produzindo uma pequena variedade de moléculas mais simples, como dióxido de carbono, amônia e água.
· Participam da quebra de moléculas maiores, comumente envolvendo reações oxidativas. Elas são exotérmicas, produtoras de equivalentes redutores e trifosfato de adenosina (ATP), principalmente via cadeia respiratória. 
· As reações catabólicas têm o propósito de capturar a energia química, obtida da degradação de moléculas combustíveis, ricas em energia, formando ATP. 
· Vias Anabólicas: formam produtos finais complexos a partir de precursores simples, como a síntese de um polissacarídeo, o glicogênio, a partir de glicose. 
· Estão envolvidas na síntese de compostos maiores e mais complexos a partir de precursores menores – por exemplo, a síntese de proteínas a partir de aminoácidos e a síntese de reservas de triacilgliceróis e glicogênio. As vias anabólicas são endotérmicas.
· As reações anabólicas são endergônicas, isto é, necessitam de energia, via de regra, fornecida pela hidrólise do ATP, produzindo difosfato de adenosina (ADP) e fosfato inorgânico (Pi).
· O metabolismo é a soma de todas as mudanças químicas que ocorrem em uma célula, um tecido ou no organismo.
· Definir e classificar os tipos de carboidratos 
· Os carboidratos (ou hidratos de carbono) são poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou substâncias que, hidrolisadas, originam estes compostos. Apresentam, em geral, a fórmula empírica (CH2O)n, da qual deriva a sua nomenclatura, que, todavia, é inadequada: muitos carboidratos não apresentam esta fórmula geral (como a glicosamina, que contém um grupo amino) e existem compostos com esta fórmula que não são carboidratos (ácido lático, por exemplo). Carboidratos com sabor doce, como sacarose, glicose e frutose, comuns na alimentação humana, são chamados açúcares. Os carboidratos são classificados segundo o número de unidades componentes em monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· Monossacarídeos: Os monossacarídeos, ou açúcares simples, são constituídos por uma única unidade poli-hidroxicetona ou poli-hidroxialdeído. O monossacarídeo mais abundante na natureza é o açúcar de 6 carbonos d-glicose, algumas vezes chamado de dextrose. Monossacarídeos de quatro ou mais carbonos tendem a formar estruturas cíclicas.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· Os mais simples dos carboidratos, os monossacarídeos, são aldeídos ou cetonas com dois ou mais grupos hidroxila; glicose e frutose, monossacarídeos de seis carbonos, têm cinco grupos hidroxila. Muitos dos átomos de carbono aos quais os grupos hidroxila estão ligados são centros quirais, o que origina os muitos estereoisômeros de açúcares encontrados na natureza. 
· Oligossacarídeos: consistem em cadeias curtas de unidades de monossacarídeos, ou resíduos, unidas por ligações características, chamadas de ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os dissacarídeos, com duas unidades de monossacarídeos. A sacarose (açúcar de cana), por exemplo, é um dissacarídeo constituído pelos açúcares de seis carbonos d-glicose e d-frutose. Todos os monossacarídeos e dissacarídeos comuns têm nomes terminados com o sufixo “-ose”. Nas células, a maioria dos oligossacarídeos constituídos por três ou mais unidades não ocorrem como moléculas livres, mas são ligados a moléculas que não são açúcares (lipídeos ou proteínas), formando glicoconjugados. 
· Polissacarídeos: são polímeros de açúcar que contêm mais de 20 unidades de monossacarídeos; alguns têm centenas ou milhares de unidades. Alguns polissacarídeos, como a celulose, têm cadeias lineares; outros, como o glicogênio, são ramificados. Ambos, celulose e glicogênio, são formados por unidades repetidas de d-glicose, mas diferem no tipo de ligação glicosídica e, em consequência, têm propriedades e funções biológicas notavelmente diferentes.
· Correlacionar as pirâmides alimentares (antiga e nova) com uma dieta balanceada 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO https://www.asbran.org.br/noticias/polemicas-quanto-a-nova-piramide#:~:text=Na%20pr%C3%A1tica%2C%20a%20nova%20pir%C3%A2mide,extremidade%2C%20desceram%20para%20a%20base.
· Com a finalidade de orientar pessoas a respeito de uma alimentação saudável que a Pirâmide Alimentar foi criada, em 1992, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A Pirâmide Alimentar tradicional tem sua base constituída por carboidratos como pães, macarrão, arroz. Seguida no andar de cima por frutas, legumes e verduras. Depois, já no consumo restrito, encontram-se os laticínios (leite, iogurte e queijos) e ao seu lado, o grupo das carnes, frango, peixes, ovos e feijão. No topo da pirâmide, e significando consumo moderado, estão as gorduras e os açúcares. 
· Uma série de motivos levou o Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard elaborar uma nova Pirâmide. Nela, a base é constituída por exercícios físicos e o controle de peso. Depois os carboidratos integrais (pães e arroz integrais) juntamente com óleos vegetais. Logo acima, estão as verduras, os legumes e as frutas. Depois, estão as castanhas, o amendoim e as leguminosas (feijão, ervilha e grão de bico). Em seguida, estão peixes, frango e ovos. No topo da pirâmide encontram-se os laticínios ou suplementos de cálcio, e por último, arroz branco, pães brancos, batata, macarrão e doces, além da carne vermelha e a manteiga.
· Na prática, a nova pirâmide sugerida por Harvard inverte a do USDA. O que estava na base em 1992 (massas, pães, arroz branco e batatas) passou ao topo, e algumas gorduras (óleos), que estavam na extremidade, desceram para a base.
· São dois os principais motivos da inversão, segundo os estudiosos: os óleos vegetais, inclusive o de oliva (azeite), nozes de diversostipos, sementes e grãos integrais são ricos em "gorduras boas" (monoinsaturadas e poli-insaturadas), que exercem efeito protetor contra certas doenças. Devem, por isso, ser consumidos no lugar das gorduras saturadas (presentes em maior quantidade em alimentos de origem animal e relacionadas ao aumento do nível do colesterol "ruim" no sangue) e das chamadas gorduras "trans" ou hidrogenadas. "É perfeitamente aceitável consumir mais do que 30% das calorias diárias por meio das gorduras, contanto que a maior parte delas seja insaturada [monoinsaturada e poli-insaturada]", afirma Willett no livro.
· O segundo motivo é o fato de que os carboidratos simples, encontrados em alimentos refinados, são rapidamente digeridos e absorvidos pelo organismo, o que aumenta os níveis de açúcar e de insulina no sangue, favorecendo também a elevação do nível de triglicérides e a queda da taxa do colesterol "bom", o HDL, além de ter como resultado o reaparecimento da fome em menos tempo.
· A longo prazo, esse quadro favoreceria o desenvolvimento de diabetes e de doenças cardiovasculares, além de promover ganho de peso em quem tiver essa tendência. O ideal, segundo recomenda a pirâmide criada pelos médicos de Harvard, é manter os alimentos integrais ou feitos a partir de grãos integrais (arroz, pães, massas) na base, ou seja, consumi-los com maior frequência, já que eles são digeridos mais lentamente, mantendo o organismo saciado por mais tempo. Os refinados devem ser banidos para o topo (comer esparsamente), juntamente com os doces. 
· Como o desequilíbrio energético pode influenciar no ganho e perda de massa corporal	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: Atividade Física e Controle de Peso Corporal (Equilíbrio Energético) - Dênis Marcelo Modeneze (livro unicamp) https://www.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/alimen_saudavel_cap10.pdf
· Equilíbrio Energético nada mais é do que a relação entre o que se consome de energia, traduzido pela quantidade de calorias dos alimentos que compõem a dieta, e o gasto de energia que está associado ao equivalente energético do trabalho biológico realizado. A energia dos alimentos ingeridos ou a energia gasta pelo trabalho biológico pode ser medida em quilocalorias kcal. A quantidade de “calorias” que não for queimada, produzindo trabalho biológico, é armazenada na forma de gordura. Então, é importante que se mantenha um nível de atividade física correspondente ao consumo energético, ou vice-versa, para que haja uma manutenção do peso corporal.
· Ingestão em excesso = Ganho de gordura. Acumular gordura é a maneira que o corpo tem de lidar com as calorias extras consumidas acima do nível necessário. Do ponto de vista energético a quantidade de calorias é constante seja qual for a fonte do alimento. Não existem fórmulas milagrosas para o emagrecimento ou para o ganho de peso corporal. Embora exista uma influência genética forte na constituição da composição corporal, o peso corporal recomendável acaba resultando da combinação de uma dieta saudável e de um estilo de vida fisicamente ativo.
· A primeira lei da termodinâmica, a chamada lei de conservação de energia, indica que a energia não se cria, nem se destrói, porém pode trocar de forma. No caso do organismo humano, a energia necessária para atender à demanda solicitada pelo trabalho biológico é sintetizada dos alimentos que são consumidos. A relação consumo-gasto de energia apresenta três possíveis situações:
· Equilíbrio energético POSITIVO: quando o consumo excede o gasto energético; ex.: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de apenas 2500 kcal, o que equivale a um saldo positivo de 300 kcal/dia, que resultam em proporcional aumento no peso corporal.
· Equilíbrio energético NEGATIVO: quando o gasto excede o consumo energético; ex.: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2500 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 3000 kcal, o que equivale a um saldo negativo de 500 kcal/dia, que resultam em proporcional diminuição no peso corporal.
· Equilíbrio ISOENERGÉTICO: quando o gasto e o consumo de energia estão iguais; ex.: O indivíduo apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 2800 kcal, o que equivale a uma relação energética equilibrada. Logo, não deverá haver modificações no peso corporal.
· Desequilibrar a equação de equilíbrio energético é o passo mais importante para perder peso. O consumo de energia deve ser reduzido abaixo do gasto de energia, ou o gasto de energia deve ser elevado acima do consumo. Nessas duas situações ocorrerá perda de peso corporal. Acredita-se que uma das principais razões pelas quais o controle de peso frequentemente fracassa é porque a maioria das pessoas tem grande dificuldade em conter seu apetite e em movimentar o corpo.
· Vias de obtenção de energia a partir do carboidrato
· Glicólise: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· A quebra da glicose (formada por seis átomos de carbono) em duas moléculas de piruvato, cada uma com três carbonos, ocorre em 10 etapas, sendo que as primeiras 5 constituem a fase preparatória ou de investimento. Nessas reações, a glicose é inicialmente fosforilada no grupo hidroxila ligado ao C-6 (etapa 1). A d-glicose-6--fosfato assim formada é convertida em d-frutose-6-fosfato (etapa 2), a qual é novamente fosforilada, desta vez no C-1, para formar d-frutose-1,6-bisfosfato (etapa 3). Nas duas reações de fosforilação, o ATP é o doador de grupos fosforila. Como todos os açúcares ou derivados formados na glicólise são isômeros d, omitiremos a designação d, exceto quando o objetivo for enfatizar sua estereoquímica. 
· Duas moléculas de ATP são consumidas antes da clivagem da glicose em duas partes de três carbonos; haverá depois um bom retorno para esse investimento. Resumidamente, na fase preparatória da glicólise, a energia do ATP é consumida, aumentando o conteúdo de energia livre dos intermediários, e as cadeias de carbono de todas as hexoses metabolizadas são convertidas em um produto comum, o gliceraldeído-3-fosfato.
· Nas reações seguintes da glicólise, três tipos de transformações químicas são particularmente notáveis: (1) a degradação do esqueleto carbonado da glicose para produzir piruvato; (2) a fosforilação de ADP a ATP pelos compostos com alto potencial de transferência de grupos fosforila, formados durante a glicólise; e (3) a transferência de um íon hidreto para o NAD1, formando NADH.
· O primeiro destino do piruvato acontece quando o piruvato é oxidado, com a perda de seu grupo carboxila na forma de CO2, para gerar o grupo acetila da acetil-coenzima A; o grupo acetila é, então, completamente oxidado a CO2 no ciclo do ácido cítrico.
· O segundo destino do piruvato é a sua redução a lactato por meio da fermentação láctica. Quando o músculo esquelético em contração vigorosa trabalha em condições de baixa pressão de oxigênio (hipoxia), o NADH não pode ser reoxidado a NAD1; contudo, o NAD1 é necessário como aceptor de elétrons para a oxidação do gliceraldeído-3-fos-fato. Sob essas condições, o piruvato é reduzido a lactato, recebendo os elétrons do NADH, regenerando, dessa forma, o NAD1 necessário para continuar a glicólise. 
· O terceiro destino do piruvato leva à produção de etanol. Em alguns tecidos vegetais e em certos invertebrados, protistas e microrganismos, como as leveduras da fabricação da cerveja e do pão, o piruvato é convertido, em hipoxia ou em condições anaeróbicas, em etanol e CO2, um processo chamado de fermentação etanólica (alcoólica). 
· Gliconeogênese: 
· Mais da metade de todaa glicose estocada como glicogênio nos músculos e no fígado. No entanto, o suprimento de glicose a partir desses estoques não é sempre suficiente; entre as refeições e durante períodos de jejum mais longos, ou após exercício vigoroso, o glicogênio esgota-se. Para esses períodos, os organismos precisam de um método para sintetizar glicose a partir de precursores que não são carboidratos. Isso é realizado por uma via chamada de gliconeogênese (“nova formação de açúcar”), que converte em glicose o piruvato e compostos relacionados, com três e quatro carbonos. 
· Em mamíferos, a gliconeogênese ocorre principalmente no fígado, e em menor extensão no córtex renal e nas células epiteliais que revestem internamente o intestino delgado.
· A glicose assim produzida passa para o sangue e supre outros tecidos. Após exercícios vigorosos, o lactato produzido pela glicólise anaeróbica no músculo esquelético retorna para o fígado e é convertido em glicose, que volta para os músculos e é convertida em glicogênio – circuito chamado de ciclo de Cori. 
· A gliconeogênese é um processo ubíquo e de múltiplas etapas em que a glicose é produzida a partir de lactato, piruvato ou oxalacetato, ou qualquer composto, incluindo os intermediários do ciclo do ácido cítrico, que possa ser convertido a um desses intermediários. Sete etapas da gliconeogênese são catalisadas pelas mesmas enzimas usadas na glicólise; essas são as reações reversíveis. 
· Três etapas irreversíveis na glicólise são contornadas por reações catalisadas pelas enzimas gliconeogênicas: (1) a conversão de piruvato em PEP via oxalacetato, catalisada pela piruvato-carboxilase e pela PEP-carboxicinase; (2) a desfosforilação da frutose-1,6-bisfosfato pela FBPase-1; e (3) a desfosforilação da glicose-6-fosfato pela glicose-6-fosfatase. 
· A formação de uma molécula de glicose a partir de piruvato requer 4 ATP, 2 GTP e 2 NADH, o que é dispendioso. Em mamíferos, a gliconeogênese no fígado, nos rins e no intestino delgado gera glicose para uso pelo encéfalo, pelos músculos e pelos eritrócitos.
· A glicólise e a gliconeogênese são reguladas mutuamente para prevenir o gasto que ocorreria caso as duas vias operassem ao mesmo tempo.
· Oxidação da Glicose pela via das Pentoses-fosfato: 
· Nessa via de oxidação, NADP1 é o aceptor de elétrons, gerando NADPH. As células que se dividem rapidamente, como aquelas da medula óssea, da pele e da mucosa intestinal, assim como aquelas de tumores, utilizam a pentose ri-bose-5-fosfato para produzir RNA, DNA e coenzimas como ATP, NADH, FADH2 e coenzima A.
· A parte oxidativa da via das pentoses-fosfato (via do fosfogliconato ou via das hexoses-monofosfato) realiza a oxidação e a descarboxilação da glicose-6-fosfato no C-1, reduzindo o NADP1 em NADPH e produzindo pen-toses-fosfato.
· O NADPH fornece a força redutora para reações biossintéticas, e a ribose-5-fosfato é um precursor para a síntese de nucleotídeos e ácidos nucleicos. Tecidos em crescimento rápido e tecidos realizando biossíntese ativa de ácidos graxos, colesterol ou hormônios esteroides enviam mais glicose-6-fosfato para a via das pentoses--fosfato do que os tecidos com menor demanda por pen-toses-fosfato e poder redutor.
· A primeira fase da via das pentoses-fosfato consiste em duas oxidações, que convertem glicose-6-fosfato em ribulose-5-fosfato e reduzem NADP1 a NADPH. A segunda fase compreende etapas não oxidativas que convertem pentoses-fosfato em glicose-6-fosfato, que inicia o ciclo novamente.
· Glicogenólise:	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· A degradação do glicogênio, a glicogenólise, consiste na remoção sucessiva de resíduos de glicose, a partir das suas extremidades não redutoras, por ação da glicogênio fosforilase, uma enzima que tem piridoxal fosfato, um derivado da vitamina B6, como grupo prostético. Esta enzima catalisa a fosforólise da ligação α-1,4, liberando um resíduo de glicose como glicose 1-fosfato. A reação é semelhante à hidrólise, com a diferença de usar fosfato inorgânico (HPO42– a pH 7,4, representado por Pi) no lugar da água. 
· Como o glicogênio é degradado por fosforólise, o produto formado é a glicose fosforilada: para originar glicose livre, o fosfato tem de ser removido. No fígado, a glicose 6-fosfato é hidrolisada por ação da glicose 6-fosfatase, produzindo glicose. A glicose, ao contrário da glicose fosforilada, pode atravessar a membrana plasmática por meio de permeases específicas. 
· Ciclo do Ácido Cítrico: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· O ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs, ciclo do ácido tricarboxílico) é uma via catabólica central e praticamente universal por meio da qual os compostos derivados da degradação de carboidratos, gorduras e proteínas são oxidados a CO2, com a maior parte da energia da oxidação temporariamente armazenada nos transportadores de elétrons FADH2 e NADH. Durante o metabolismo aeróbico, esses elétrons são transferidos ao O2, e a energia do fluxo de elétrons é capturada na forma de ATP. 
· A acetil-CoA entra no ciclo do ácido cítrico (na mitocôndria de eucariotos, no citosol de bactérias) quando a citrato-sintase catalisa sua condensação com o oxalacetato para a formação de citrato.
· Em sete reações sequenciais, incluindo duas descarboxilações, o ciclo do ácido cítrico converte citrato em oxalacetato e libera dois CO2. A via é cíclica, de modo que os intermediários não são exauridos; para cada oxalacetato consumido na via, um é produzido.
· Para cada acetil-CoA oxidada pelo ciclo do ácido cítrico, o ganho de energia consiste em três moléculas de NADH, uma de FADH2 (ATP ou GTP).
· Além da acetil-CoA, qualquer composto que origine um intermediário do ciclo do ácido cítrico com quatro ou cinco carbonos – por exemplo, os produtos da degradação de muitos aminoácidos – pode ser oxidado pelo ciclo.
· O ciclo do ácido cítrico é anfibólico, servindo ao catabolismo e ao anabolismo; os intermediários do ciclo podem ser desviados e utilizados como material de partida para a síntese de diversos produtos.
· Quando os intermediários são desviados do ciclo do ácido cítrico para outras vias, eles são repostos por algumas reações anapleróticas, que produzem intermediários de quatro carbonos por meio da carboxilação de compostos de três carbonos; essas reações são catalisadas por piruvato-carboxilase, PEP-carboxicinase, PEP-carboxilase e enzima málica.
· As enzimas que catalisam carboxilações utilizam comumente a biotina para ativar o CO2 e transportá-lo a aceptores, como piruvato ou fosfoenolpiruvato.
· Cadeia Respiratória Mitocondrial: 
· A teoria quimiosmótica fornece o arcabouço intelectual para o entendimento de muitas transduções biológicas de energia, incluindo a fosforilação oxidativa e a fotofosforilação. A energia do fluxo de elétrons é conservada pelo bombeamento concomitante de prótons através da membrana, produzindo um gradiente eletroquímico, a força próton-motriz.
· Em mitocôndrias, íons hidreto removidos de substratos (como α-cetoglutarato e malato) por desidrogenases ligadas ao NAD doam elétrons para a cadeia respiratória (transportadora de elétrons), que transfere os elétrons para o O2 molecular, reduzindo-o a H2O.
· Equivalentes redutores do NADH são passados por uma série de centros de Fe-S até a ubiquinona, que transfere os elétrons ao citocromo b, o primeiro carreador do complexo III. Nesse complexo, os elétrons seguem duas vias separadas por meio de dois citocromos tipo b e do citocromo C1 para um centro de Fe-S. O centro de Fe-S passa elétrons, um de cada vez, para o citocromo C e dái parao complexo IV, a citocromo-oxidase. Essa enzima, que, além de conter cobre, também contém citocromos a e a3, acumula elétrons e então os passa ao O2, reduzindo-o a H2O. 
· O fluxo de elétrons pelos complexos I, III e IV resulta no bombeamento de prótons através da membrana mitocondrial interna, tornando a matriz alcalina em relação ao espaço intermembrana. Esse gradiente de prótons fornece a energia (na forma de força próton-motriz) para a síntese de ATP a partir de ADP e Pi pela ATP-sintase (complexo F0F1) na membrana interna. 
· A ATP-sintase realiza a “catálise rotacional”, em que o fluxo de prótons por Fo faz cada um dos três sítios de ligação de nucleotídeos em F1 oscilar entre as conformações (ADP+Pi)-ligado, ATP-ligado e vazio.
· A formação de ATP na enzima requer pouca energia; o papel da força próton-motriz é deslocar o ATP de seu sítio de ligação na sintase.
· A razão entre ATP sintetizado por ½ O2 reduzido a H2O (razão P/O) é de cerca de 2,5 quando os elétrons entram na cadeia respiratória no complexo 1 e 1,5 quando os elétrons entram na ubiquinona. Essa razão pode variar um pouco em diferentes organismos, dependendo do número de subunidades c no complexo Fo. 
· A energia conservada em um gradiente de prótons pode propiciar o transporte de solutos contra o gradiente através da membrana. 
· A membrana mitocondrial interna é impermeável a NADH e NAD+, mas equivalentes de NADH são movidos do citosol para a matriz por duas lançadeiras. Equivalentes de NADH deslocados para dentro pela lançadeira do malato-aspartato entram na cadeia respiratória no complexo I e produzem uma razão P/O de 2,5; aqueles movimentados para dentro pela lançadeira do glicerol-3--fosfato entram via ubiquinona e geram uma razão P/O de 1,5.
· REGULAÇÃO: 
· A fosforilação oxidativa é regulada pelas demandas energéticas celulares. A [ADP]/([ADP][Pi]) são medidas do estado energético de uma célula.
· Em células hipóxicas (desprovidas de oxigênio), um inibidor proteico bloqueia a hidrólise de ATP pela atividade reversa da ATP-sintase, impedindo uma queda drástica na ATP.
· As respostas adaptativas à hipoxia, mediadas por HIF-1, reduzem a transferência de elétrons para a cadeia respiratória e modificam o complexo IV para que ele atue de maneira mais eficiente sob condições de baixo oxigênio.
· As concentrações de ATP e ADP estabelecem a velocidade de transporte de elétrons pela cadeia respiratória por uma série de controles interconectados sobre a respiração, a glicólise e o ciclo do ácido cítrico.
· Como ocorre a digestão, absorção, transporte e armazenamento dos carboidratos 
· Digestão:
· Os principais sítios de digestão dos carboidratos da dieta são a boca e o lúmen intestinal. Essa digestão é rápida e é catalisada por enzimas denominadas glicosídeo-hidrolases (glicosidases) que hidrolisam as ligações glicosídicas. Há poucos monossacarídeos em dietas de origem mista, animal e vegetal. Portanto, são necessárias enzimas para a degradação da maioria dos carboidratos da dieta, principalmente as endoglicosidases, que hidrolisam polissacarídeos e oligossacarídeos, e as dissacaridases, que hidrolisam trissacarídeos e dissacarídeos em seus componentes redutores.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada). [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714867/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· A digestão dos carboidratos ocorre por hidrólise, com liberação de oligossacarídeos e, em seguida, de dissacarídeos e monossacarídeos livres. O aumento da glicemia após a ingestão de uma dose-teste de um carboidrato, em comparação com aquele que ocorre após uma quantidade equivalente de glicose (na forma de glicose ou de um alimento de referência rico em amido) é conhecido como índice glicêmico. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: RODWELL, Victor W. Bioquímica ilustrada de Harper. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558040033. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040033/. Acesso em: 30 abr. 2023.
· A glicose e a galactose apresentam um índice glicêmico de 1 (ou 100%), assim como a lactose, a maltose, a isomaltose e a trealose, que dão origem a esses dois primeiros monossacarídeos após a sua hidrólise. A frutose e os álcoois de açúcar são absorvidos menos rapidamente e apresentam índice glicêmico mais baixo, assim como a sacarose.
· A hidrólise do amido é catalisada pelas amilases salivar e pancreática, que catalisam a hidrólise aleatória das ligações glicosídicas α (1 → 4), liberando dextrinas e, em seguida, uma mistura de glicose, maltose e maltotriose, bem como pequenas dextrinas ramificadas (a partir dos pontos de ramificação da amilopectina. 
· Os produtos finais da digestão de carboidratos são os monossacarídeos glicose, galactose e frutose, os quais são absorvidos pelas células (enterócitos) do intestino delgado.
· Absorção e Transporte: 
· O jejuno superior absorve a maior parte dos monossacarídeos produzidos na digestão. Entretanto, diferentes glicídios são absorvidos por meio de diferentes mecanismos. Por exemplo, galactose e glicose são transportadas nos enterócitos por meio de transporte ativo secundário, que requer uma absorção simultânea (simporte) de íons sódio (Na+). A proteína de transporte é o cotransportador de glicose dependente de sódio 1 (SGLT-1). 
· O transporte de glicídio é impulsionado pelo gradiente Na+ criado pela Na+ – potássio (K+) ATPase, que move Na+ para fora e K+ para dentro do enterócito. 
· A absorção de frutose utiliza um transportador de monossacarídeo independente de energia e de Na+ (GLUT-5). Todos os três monossacarídeos são transportados do enterócito para a circulação porta por outro transportador, o GLUT-2. 
· Todo o processo de digestão e absorção dos carboidratos é tão eficiente em indivíduos saudáveis que, normalmente, todo o carboidrato digerível da dieta já terá sido absorvido quando o material ingerido tiver alcançado o baixo jejuno.
· Armazenamento:
· Os efeitos da insulina no metabolismo da glicose promovem seu armazenamento e são mais proeminentes em três tecidos: fígado, músculo e tecido adiposo. No fígado e no músculo, a insulina aumenta a síntese de glicogênio. No músculo e no tecido adiposo, a insulina eleva a captação de glicose por aumentar o número de transportadores de glicose (GLUT-4) na membrana da célula. Assim, a administração intravenosa de insulina provoca diminuição imediata na glicemia. No fígado, a insulina diminui a produção de glicose por inibir a glicogenólise e a gliconeogênese.
· Como ocorre a transformação de glicose em gordura e quais são as vias 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: RODWELL, Victor W. Bioquímica ilustrada de Harper. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558040033. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040033/. Acesso em: 01 mai. 2023.
· O excesso de carboidratos é armazenado na forma de gordura em muitos animais para prevenção em períodos de deficiência calórica, como jejum prolongado, hibernação, etc., bem como para fornecer a energia necessária entre as refeições, incluindo os seres humanos, que se alimentam em intervalos espaçados. 
· A LIPOGÊNESE converte a glicose e os intermediários excedentes, como piruvato, lactato e acetil-CoA, em gordura, auxiliando na fase anabólica desse ciclo alimentar. O estado nutricional do organismo constitui o principal fator que regula a taxa de lipogênese. Por isso, a taxa apresenta-se elevada no animal bem-alimentado cuja dieta contém alta proporção de carboidratos. A taxa é reduzida nos estados de restrição de aporte calórico, em dietas ricas em gordura, ou em caso de deficiência de insulina, como ocorre no diabetes melito. As últimas condições estão associadas a concentrações elevadas de ácidos graxos livres no plasma, e foi demonstrada uma relação inversa entre a lipogênese hepática e a concentração sérica de ácidos graxos livres. Ocorreaumento da lipogênese quando há ingestão de sacarose, em vez de glicose, pois a frutose escapa do ponto de controle da fosfofrutocinase na glicólise e segue para a via lipogênica.
· A principal via para a síntese de novo de ácidos graxos (lipogênese) ocorre no citosol. Esse sistema é encontrado em muitos tecidos, incluindo fígado, rins, encéfalo, pulmões, glândulas mamárias e tecido adiposo. Os cofatores necessários incluem fosfato de dinucleotídeo de nicotinamida e adenina (NADPH), trifosfato de adenosina (ATP), Mn2+, biotina e HCO3– (como fonte de CO2). A acetil-CoA é o substrato imediato, e o palmitato livre é o produto final.
· Estabelecer o que são micro e macronutrientes. 
· MACRONUTRIENTES:	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada). [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714867/. Acesso em: 29 abr. 2023.
· Toda a energia é fornecida por três classes de nutrientes: gorduras, carboidratos e proteínas. Como o consumo dessas moléculas ricas em energia é maior (em g) do que a dos outros nutrientes alimentares, elas são chamadas de macronutrientes. 
· A energia gerada pelo metabolismo dos macronutrientes é utilizada para três processos dependentes de energia que ocorrem no organismo: taxa metabólica de repouso (TMR), atividade física e efeito térmico do alimento. O número de kcal gasto durante esses processos, em um período de 24 horas, é o gasto energético total (GET). 
· A variação aceitável para a distribuição de macronutrientes (VADM) é definida como a variação de ingestão de um determinado macronutriente associada a risco reduzido de doença crônica, enquanto fornece quantidades adequadas de nutrientes essenciais. A VADM para adultos é de 45 a 65% do total de calorias provenientes de carboidratos, 20 a 35% de gordura e 10 a 35% de proteínas. 
· GORDURAS DA DIETA: 
· Saturadas: o consumo de gorduras saturadas está positivamente associado a níveis plasmáticos altos de colesterol total LDL-C e aumento no risco de DAC (doença arterial coronariana). As principais fontes de ácidos graxos saturados são laticínios, carne e alguns óleos vegetais, como de coco e palmeira. Especialistas aconselham limitar a ingestão de gorduras saturadas para < 10% da ingestão calórica total e substituí-las por gorduras insaturadas (e grãos integrais). Gorduras saturadas são TAGs (triacilglicerol) compostos principalmente por ácidos graxos cujas cadeias hidrocarbonadas não apresentam ligação dupla. 
· Monoinsaturadas: são TAGs contendo principalmente ácidos graxos cujas cadeias apresentam uma ligação dupla. Os ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) geralmente são obtidos de óleos vegetais, e, quando substituem gorduras saturadas, diminuem níveis plasmáticos de colesterol total e de LDL-C, mantendo ou aumentando o HDL-C. 
· Poli-insaturadas: são TAGs contendo principalmente ácidos graxos com mais de uma ligação dupla. Os efeitos dos PUFAs nas doenças cardiovasculares são influenciados pela localização da ligação dupla dentro da molécula. 
· Ácidos Graxos Trans: são classificados quimicamente como insaturados, mas no organismo se comportam mais como ácidos graxos saturados, pois elevam níveis plasmáticos de LDL-C e baixam os níveis de HDL-C, aumentando, dessa forma, o risco de DAC. Os ácidos graxos trans são o principal componente de muitos produtos comerciais, como biscoitos e a maioria dos alimentos fritos. 
· Colesterol da dieta: o colesterol é encontrado somente em produtos animais. O efeito do colesterol da dieta no colesterol plasmático é menos importante do que a quantidade e os tipos de ácidos graxos consumidos. 
 
· CARBOIDRATOS DA DIETA: 
· Monossacarídeos: glicose e frutose são os principais monossacarídeos encontrados nos alimentos. A glicose é abundante em frutas, milho, xarope de milho e mel. Frutose é encontrada juntamente com glicose livre em mel e frutas. 
· Dissacarídeos: os mais abundantes são sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose). A sacarose, o açúcar comum, é abundante em melaços e xaropes. A lactose é o principal açúcar encontrado no leite. A maltose é um produto da digestão enzimática de polissacarídeos e dissacarídeos. 
· Polissacarídeos: são carboidratos complexos (mais frequentemente, polímeros de glicose) que não apresentam sabor doce. O amido é um exemplo de carboidrato complexo, encontrado em abundância nas plantas. Fontes comuns incluem trigo e outros grãos, batata, ervilha e feijão secos (legumes) e vegetais. 
· Fibras: é definida como uma mistura de carboidratos não digeríveis, de carboidratos não amidos e de lignina presente nas plantas. A fibra solúvel é a parte comestível de plantas que é resistente à digestão e à absorção no intestino delgado humano, mas é completa ou parcialmente fermentada a ácidos graxos de cadeia curta no intestino grosso. A fibra insolúvel passa pelo trato digestório praticamente inalterada. Ela fornece pouca energia, mas agrega conteúdo volumoso à dieta, pode absorver água na quantidade 10 a 15 vezes o seu próprio peso, extraindo fluido no lúmen do intestino e aumentando a motilidade intestinal e promovendo movimentos intestinais (laxação). As fibras solúveis retardam o esvaziamento gástrico e podem levar a uma sensação de saciedade. Esse retardo no esvaziamento também resulta na redução dos picos de glicose no sangue após a alimentação. O consumo de fibra solúvel também reduz níveis de LDL-C por aumentar a excreção de ácido biliar fecal e por modular a reabsorção de ácidos biliares. 
· PROTEÍNAS DA DIETA: 
· De Fonte Animal: as proteínas de fonte animal (carnes de gado e de frango, leite, peixe) têm alta qualidade, pois contêm todos os AAE (aminoácidos essenciais) em proporções similares àquelas necessárias para a síntese de proteínas dos tecidos humanos e são mais facilmente digeridos. 
· De Origem Vegetal: têm uma qualidade menor do que as de origem animal. Entretanto, proteínas de diferentes plantas podem ser combinadas de tal forma que o resultado é equivalente, em valores nutricionais, à proteína animal. Por exemplo, o trigo (deficiente em lisisna, mas rico em metionina) pode ser combinado com o feijão (pobre em metionina, mas rico em lisina) para obtenção de um valor biológico mais alto. 
 
· MICRONUTRIENTES: 
· VITAMINAS: são compostos orgânicos não relacionados quimicamente, que não podem ser sintetizados por humanos em quantidades adequadas e, portanto, devem ser supridos pela dieta.Por serem necessárias em quantidades menores que os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos), as vitaminas são denominadas micronutrientes.
Nove vitaminas (ácido fólico, cobalamina, ácido ascórbico, piridoxina, tiamina, niacina, riboflavina, biotina e ácido pantotênico) são classificadas como hidrossolúveis. Como são facilmente excretadas na urina, a toxicidade é rara. No entanto, as deficiências podem ocorrer rapidamente. Quatro vitaminas (A, D, K e E) são classificadas como lipossolúveis. Elas são liberadas, absorvidas e transportadas com a gordura da dieta. Elas não são facilmente excretadas, e quantidades significativas são armazenadas no fígado e no tecido adiposo. O consumo excessivo de vitaminas A e D, acima das recomendações dietéticas de referência, pode levar ao acúmulo de quantidades tóxicas desses compostos. As vitaminas são necessárias para executar funções celulares específicas.
 
· Ácido Fólico (Vit. B9): o ácido fólico ou folato, que desempenha um papel-chave no metabolismo dos grupos de um carbono, é essencial para a biossíntese de vários compostos. A deficiência de ácido fólico é provavelmente a deficiência vitamínica mais comum principalmente entre mulheres gravidas e entre indivíduos com alcoolismo. Os vegetais folhosos e verde-escuros são uma boa fonte de ácido fólico. 
· O tetra-hidrofolato (THF), a forma reduzida do folato que funciona como coenzima, recebe fragmentos de um carbono de doadores como serina, glicinae histidina e transfere-os para intermediários na síntese de aminoácidos, nucleotídeos púricos e monofosfato de timidina (TMP), um nucleotídeo pirimídico que é incorporado no DNA. 
· A anemia microcítica (VCM abaixo do normal), causada pela falta de ferro, é a forma mais comum de anemia nutricional. A segunda categoria principal de anemia nutricional, macrocítica (VCM acima do normal), resulta de uma deficiência em ácido fólico ou vitamina B12. (VCM = volume corpuscular médio ou tamanho dos eritrócitos). 
· Níveis séricos inadequados de folato podem ser causados pelo aumento da demanda (ex: gestação e lactação), má absorção causada por patologia do intestino delgado, alcoolismo ou tratamento com fármacos inibidores da di-hidrofolato-redutase. 
· Uma dieta sem folato pode causar deficiência em poucas semanas. Um resultado importante da deficiência de ácido fólico é a anemia megaloblástica, causada pela síntese diminuída de nucleotídeos púricos e TMP (monofosfato de timidina), o que leva a uma incapacidade das células (incluindo precursores de eritrócitos) de produzir DNA e, portanto, incapacidade de se dividir. 
· Cobalamina (Vit. B12): Em humanos, essa vitamina é necessária para duas reações enzimáticas essenciais: a remetilação da homocisteína (Hcy) em metionina e a isomerização da metilmalonil-coenzima A (CoA), que é produzida durante a degradação de alguns aminoácidos (isoleucina, valina, treonina e metionina) e ácidos graxos com número ímpar de átomos de carbono. 
· A vitamina B12 é sintetizada somente por microrganismos; não está presente nos vegetais. Os animais obtêm a vitamina pré-formada a partir de sua microbiota intestinal ou comendo alimentos derivados de outros animais. Cobalamina está presente em quantidades apreciáveis em fígado, carne vermelha, peixe, ovos, produtos lácteos e cereais fortificados. 
· Uma má absorção grave de vitamina B12 leva á anemia perniciosa. Esta doença é mais comumente o resultado de uma destruição autoimune das células parietais gástricas responsáveis pela síntese do FI (Fator Intrínseco) – a falta do FI impede a absorção de vitamina B12. Indivíduos com deficiência de cobalamina geralmente são anêmicos e apresentam sintomas neuropsiquiátricos à medida que a doença se desenvolve. 
· Ácido Ascórbico (Vit. C): A forma ativa da vitamina C é o ácido ascórbico. Sua função principal é como agente redutor. A vitamina C é uma coenzima em reações de hidroxilação, onde seu papel é manter o ferro (Fe) das hidroxilases na forma reduzida, como íon ferroso (Fe+2). 
· A vitamina C é necessária para a manutenção do tecido conjuntivo normal, bem como para a cicatrização de feridas. Essa vitamina também facilita a absorção pelo intestino de ferro não heme da dieta, pela redução da forma de íon férrico (Fe+3) para Fe+2. 
· A deficiência de ácido ascórbico resulta em escorbuto, uma doença caracterizada por gengivas doloridas e esponjosas, dentes soltos, vasos sanguíneos frágeis, hemorragia, articulações inchadas, alterações ósseas e fadiga. Também pode ser observada uma anemia microcítica causada pela diminuição da absorção de ferro. 
· Piridoxina (Vit. B6): Vitamina B6 é um termo coletivo para piridoxina, piridoxal e piridoxamina,
todos derivados da piridina. Diferem apenas quanto à natureza do grupo funcional ligado ao anel.
· Todos os três compostos podem servir como precursores da coenzima biologicamente ativa, o piridoxal-fosfato (PLP). O PLP funciona como uma coenzima para um grande número de enzimas, particularmente aquelas que catalisam reações envolvendo aminoácidos. 
· Deficiências de piridoxina na dieta são raras, mas têm sido observadas em recém-nascidos alimentados com leite em pó com baixos níveis de B6, em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais e em indivíduos em alcoolismo. 
· Tiamina (Vit. B1): o pirosfato de tiamina (TPP) é a forma ativa da vitamina, formada pela transferência de um grupo pirofosfato do ATP para a tiamina. 
· Na deficiência da tiamina, as atividades da descarboxilação oxidativa de piruvato e de alfa-cetoglutarato estão diminuídas, resultando na diminuição da produção de ATP e, dessa forma, em prejuízo na função celular. 
· Niacina (Vit. B3): é um derivado substituído da piridina. As formas de coenzima biologicamente ativas são o nicotinamida-adenina-dinucleotí-deo (NAD+) e seu derivado fosforilado, nicotinamida-adenina-dinucleotídeo fosfato (NADP+). 
· NAD+ e NADP +, respectivamente, servem como coenzimas em reações de oxidação--redução, em que a coenzima sofre redução do anel piridina ao aceitar dois elétrons a partir de um íon hidreto. 
· A niacina é encontrada em grãos enriquecidos e não refinados, em cereais, no leite e em carnes magras (especialmente no fígado). 
· A deficiência de niacina causa pelagra, uma doença envolvendo a pele, o trato gastrointestinal e o SNC. Se não for tratada, ocorre a morte. 
· Riboflavina (Vit. B2): é uma vitamina hidrossolúvel essencial para a utilização da energia dos alimentos; ela atua na geração de energia via ATP. A deficiência de riboflavina não está associada a qualquer doença humana importante, embora acompanhe deficiência de outras vitaminas. 
· Biotina (Vit. B7): é uma vitamina hidrossolúvel essencial que funciona como uma coenzima no metabolismo de purinas e dos carboidratos. Atua na formação da pele, unhas e cabelo, na utilização dos hidratos de carbono e na síntese de ácidos graxos. A deficiência de biotina não ocorre naturalmente porque a vitamina está amplamente distribuída nos alimentos. Além disso, uma grande porcentagem de biotina necessária para os humanos é suprida por bactérias intestinais.
· Vitamina A: é uma vitamina lipossolúvel que é obtida principalmente de fontes animais, na forma de retinol (vit. A pré-formada), um retinoide. Os retinoides, uma família de moléculas estruturalmente relacionadas, são essenciais para a visão, a reprodução, o crescimento e a manutenção de tecidos epiteliais. Eles também são importantes na função imunológica. A cegueira noturna (nictalopia) é um dos primeiros sinais de deficiência de vitamina A. 
· Vitamina D: constitui um grupo de esteroides que apresentam funções similares às dos hormônios. O Calcitriol é sua molécula ativa, e as ações mais proeminentes dessa molécula são para regular os níveis séricos de cálcio e fósforo. 
· O percursor endógeno da vitamina, o 7-desidrocolesterol, é convertido em colecalciferol na derme e epiderme de seres humanos expostos à luz solar e transportado para o fígado ligado à proteína de ligação à vitamina D. 
· A função geral do calcitriol é manter níveis séricos adequados de Ca2+. Ele realiza essa função por aumentar a absorção de Ca2+ pelo intestino; minimizar a perda de Ca2+ pelo rim, aumentando a reabsorção; e estimular a reabsorção (desmineralização) do osso quando o Ca2+ no sangue está baixo. 
· A vitamina D ocorre naturalmente em peixes gordurosos, fígado e gema de ovo. O leite, a menos que seja fortificado artificialmente, não é boa fonte dessa vitamina. 
· A deficiência de vitamina D causa a efetiva desmineralização dos ossos, resultando em raquitismo nas crianças e em osteomalácia nos adultos. 
· Vitamina K: O principal papel da vitamina K é a modificação pós-traducional de uma série de proteínas (a maioria envolvida com a coagulação sanguínea), na qual serve como coenzima na carboxilação de certos resíduos de ácido glutâmico nessas proteínas. A vitamina K existe em diversas formas ativas, como, por exemplo, filoquinona (ou vitamina K1) nas plantas e como menaquinona (ou vitamina K2) nas bactérias intestinais. 
· A vitamina K é encontrada no repolho, na couve-flor, no espinafre, na gema do ovo e no fígado. 
· Uma verdadeira deficiência de vitamina K é incomum, porque quantidades adequadas geralmente são obtidas da dieta e produzidas por bactérias intestinais. 
· Vitamina E: funciona como um antioxidante na prevenção de oxidações não enzimáticas. 
· Óleos vegetais são fontes ricas em vitamina E, ao passo que fígado e ovos contêm quantidades moderadas dessa vitamina. As necessidades de vitamina E aumentamà medida que a ingestão de ácidos graxos poli-insaturados aumenta para limitar a peroxidação de ácidos graxos. 
· Os recém-nascidos têm baixas reservas de vitamina E, porém, o leite materno contém a vitamina. Quando a deficiência de vitamina E é observada em adultos, normalmente está associada a defeitos na absorção ou no transporte de lipídeos. 
· MINERAIS: São substâncias inorgânicas (elementos) necessários em pequenas quantidades para o corpo. Eles possuem funções em diversos processos, incluindo formação dos ossos e dos dentes, equilíbrio de fluidos, condução nervosa, contração muscular, sinalização e catálise. (OBS.: vários minerais são essenciais como cofatores de enzimas). Assim como as vitaminas, os minerais são micronutrientes necessários em quantidades da ordem de mg ou micrograma. 
· Cálcio: O Ca2+ é o mineral mais abundante no corpo, com aproximadamente 98% sendo encontrado nos ossos. O restante está envolvido em diferentes processos, tais como sinalização, contração muscular e coagulação sanguínea. Na dieta, são boas fontes de cálcio os laticínios, diversos vegetas verdes e suco de laranja concentrado. 
· A hipercalcemia (níveis elevados de Ca2+ plasmático) pode ser resultado da produção aumentada do hormônio da paratireoide (PTH, ou paratormônio), podendo causar constipação e cálculos renais. A hipocalcemia (baixos níveis de Ca2+ plasmático) pode resultar de uma deficiência do PTH ou da vitamina D. Isso pode levar à desmineralização óssea (ressorção).
· Fósforo: O fosfato inorgânico livre (Pi) é o ânion intracelular mais abundante. Entretanto, 85% do fósforo do corpo está na forma de hidroxiapatita inorgânica, com a maior parte do restante encontrado em compostos orgânicos intracelulares, tais como fosfolipídios, ácidos nucleicos, ATP e fosfocreatina. O fósforo está amplamente distribuído nos alimentos (o leite é uma boa fonte), e a deficiência dietética é rara.
· Magnésio: cerca de 60% do Mg2+ no organismo está presente nos ossos, porém representa apenas 1% da massa óssea. Esse mineral é requerido por uma série de reações enzimáticas, incluindo a fosforilação por cinases e a formação da ligação fosfodiéster por DNA e RNA-polimerases. A hipomagnesemia pode resultar da diminuição da absorção ou do aumento da excreção de Mg2+. 
· Sódio, Cloreto e Potássio: esses macrominerais são considerados em conjunto porque desempenham funções importantes em vários processos fisiológicos. Por exemplo, eles mantêm o equilíbrio de água, o equilíbrio osmótico, o balanço acidobásico (pH) e os gradientes elétricos através das membranas celulares (potencial de membrana), que são essenciais para o funcionamento de neurônios e miócitos. 
· Na+ e Cl- são eletrólitos principalmente extracelulares. Eles são prontamente absorvidos de alimentos contendo sal (NaCl). O consumo de Na+ está relacionado com a pressão arterial (PA), seu consumo exagerado pode levar à hipertensão.
· Ao contrário do Na+, o K+ é principalmente um eletrólito intracelular. O potássio é pouco ingerido em dietas ocidentais porque suas fontes principais, frutas e vegetais, são pouco consumidas. O aumento de K+ na dieta diminui a PA pelo aumento da excreção de Na+. 
· Cobre: é um componente-chave de várias enzimas que desempenham funções críticas no organismo. Carnes, mariscos, nozes e grãos integrais são boas fontes dietéticas de Cu. Se uma deficiência se desenvolver, pode ser observada anemia devido ao efeito no metabolismo do Fe. 
· Ferro: o corpo adulto geralmente contém 3 a 4g de Fe. Ele é um componente de muitas proteínas. O ferro faz parte do grupo heme, em proteínas como a hemoglobina (cerca de 70% de todo o Fe), a mioglobina e os citocromos. O Fe iônico livre é tóxico porque pode causar a produção do radical hidroxila, uma espécie relativa do oxigênio. Carnes, aves, alguns frutos do mar, cereais prontos para consumo, lentilhas e melaço são boas fontes dietéticas de Fe. A deficiência de Fe pode resultar em anemia microcítica e hipocrômica, que resulta da diminuição na síntese de hemoglobina, com consequente diminuição do tamanho dos eritrócitos. O tratamento é a administração de Fe. 
· Manganês: o Mn é importante para a função de várias enzimas. Grãos integrais, legumes (ex.: feijão e ervilha), nozes e chá (verde) são boas fontes desse mineral. A deficiência de Mn em humanos é rara, assim como a sua toxidade por alimentos. 
· Zinco: o Zn desempenha importantes funções estruturais e catalíticas no organismo. Centenas de enzimas requerem o Zn para suas atividades, como a anidrase carbônica que é importante para o sistema de tamponamento do bicarbonato. As fontes dietéticas de zinco incluem carnes, peixes, ovos e laticínios. Uma deficiência grave é observada com um defeito no transportador intestinal para o Zn, que resulta em um distúrbio de má absorção. Problemas de visão também podem ocorrer porque o Zn é necessário no metabolismo da vitamina A. 
· Iodo: é utilizado na síntese dos hormônios tireoidianos, tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4), necessários para o desenvolvimento, o crescimento e o metabolismo. Em condições normais, cerca de 90% dos hormônios da tireoide são secretados na forma de T4. Nos tecidos-alvo (ex.: fígado e o encéfalo em desenvolvimento) o T4 é convertido em T3 (sua forma mais ativa). 
· O baixo consumo de Iodo pode resultar em bócio (aumento da tireoide em resposta à estimulação excessiva por TSH). Uma deficiência mais grave resulta em hipotireoidismo, que é caracterizado por fadiga, ganho de peso, diminuição da termogênese e da taxa metabólica. As principais fontes de Iodo são laticínios, frutos do mar, carnes e sal iodado. 
· Selênio: O Se está presente em cerca de 25 proteínas humanas (selenoproteínas) como um constituinte da selenocisteína, que é derivado da serina. Carnes, laticínios e grãos são fontes importantes de Selênio na dieta. A doença de Keshan, identificada pela primeira vez na China, é uma miocardiopatia causada pelo consumo de alimentos produzidos em solo deficiente em Se. A toxicidade (selenose) causada pelo consumo excessivo de suplementos provoca unhas e cabelos frágeis.
· Molibdênio: o Mo serve como um cofator para um número pequeno de oxidases de mamíferos. Os legumes são fontes importantes de Molibdênio na dieta. Não são conhecidas síndromes causadas por deficiência dietética. O Mo possui baixa toxicidade em humanos.

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