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NOVA SÍNTESE - S P 3.3 Em Busca da Perfeição! (1 semestre)

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Aluna: Maria Eduarda Martins Ferreira
Facilitadora: Ursula Galvão
NOVA SÍNTESE
S.P 3.3 – Em Busca da Perfeição!
PALAVRAS DESCONHECIDAS:
· Icterícia: Insuficiência da função hepática ou bloqueio da secreção de bile determina o extravasamento da bilirrubina do fígado para o sangue, resultando em coloração amarela da pele e da esclera dos olhos, condição denominada icterícia. Em casos de icterícia, a determinação da concentração de bilirrubina no sangue pode ser útil para o diagnóstico da doença hepática subjacente.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· Creatinina: a creatinina é resultante da degradação de creatina fosfato, uma reserva energética do músculo. A creatina fosfato decompõe-se em creatinina, que é excretada na urina. Como a quantidade excretada por dia em um indivíduo hígido é constante, por ser proporcional à massa muscular, a dosagem de creatinina na urina constitui um indicador sensível da função renal.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· No rim saudável, a creatinina proveniente da degradação da creatina é eliminada do sangue para a urina de forma eficiente. Quando a função renal está comprometida, os níveis de creatinina no sangue aumentam acima da faixa de normalidade de 0,8 a 1,4 mg/dL. Creatinina sanguínea elevada está associada com deficiência renal no diabetes e em outras condições nas quais a função renal está temporária ou permanentemente comprometida.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· A quantidade de creatinina excretada é proporcional ao conteúdo total de creatina-fosfato no organismo. Pode, portanto, ser utilizada para estimar a massa muscular. Quando a massa muscular diminui por alguma razão (p. ex., paralisia ou distrofia muscular), o conteúdo de creatinina na urina diminui. Além disso, um aumento na creatinina sanguínea é indicador sensível de prejuízo na função renal, pois normalmente a creatinina é rapidamente removida do sangue e excretada. Um adulto do sexo masculino excreta, geralmente, cerca de 1 a 2 g de creatinina por dia.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada). [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714867/. Acesso em: 15 mai. 2023.
OBJETIVOS
1. Caracterizar proteínas e aminoácidos, seus tipos e funções
· As proteínas, além de constituírem o componente celular mais abundante, são as biomoléculas mais diversificadas quanto a forma e função. As funções que desempenham são estruturais e dinâmicas. Fazem parte de todas as membranas e organelas celulares, do citoesqueleto e da matriz extracelular. Participam de quase todos os processos biológicos, já que incluem as enzimas, catalisadores das milhares de reações químicas que ocorrem nos organismos. Outra função dinâmica das proteínas é o transporte de moléculas (oxigênio, lipídios etc.) e íons pelo plasma e a transferência destes compostos através das membranas. Os mecanismos de defesa do organismo incluem diversas proteínas, como as imunoglobulinas e o interferon, que atuam no combate a infecções bacterianas e virais. Muitas proteínas participam do controle global do metabolismo, devido à sua ação hormonal, como é o caso da insulina e do glucagon. São também responsáveis por mecanismos contráteis, sendo de particular importância a actina e a miosina, que atuam na contração muscular. Até mesmo a atividade dos genes é controlada por proteínas: proteínas reguladoras ligam-se ao DNA em sítios específicos, localizados próximo às extremidades dos genes, sinalizando o início e o término corretos da transcrição.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· Apesar de apresentarem estruturas e funções tão variadas, as proteínas são sintetizadas a partir de apenas 20 aminoácidos diferentes. Aminoácidos são compostos que apresentam, na sua molécula, um grupo amino (− NH2) e um grupo carboxila (– COOH). Entre os aminoácidos que compõem as proteínas, a única exceção é a prolina, que contém um grupo imino (– NH –) no lugar do grupo amino, sendo a rigor um iminoácido.
· PROTEÍNAS:	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente (o termo “resíduo” indica a perda de elementos de água quando um aminoácido é unido a outro).
· As proteínas podem ser degradadas (hidrolisadas) em seus aminoácidos constituintes por vários métodos. Os primeiros estudos sobre as proteínas, naturalmente, concentraram-se nos aminoácidos livres que fazem parte das proteínas.
· Proteínas podem ser cadeias peptídicas muito longas de 100 a muitos milhares de resíduos de aminoácidos. Entretanto, alguns dos peptídeos que ocorrem naturalmente possuem apenas poucos resíduos de aminoácidos. Algumas proteínas são compostas por várias cadeias polipeptídicas associadas de modo não covalente, chamadas de subunidades.
· Proteínas simples produzem, por hidrólise, apenas aminoácidos. Proteínas conjugadas contêm, além dos aminoácidos, outros componentes, como um metal ou um grupo prostético.
· Duas moléculas de aminoácidos podem ser ligadas por ligação covalente por meio de uma ligação amida substituída, denominada ligação peptídica, produzindo, assim, um dipeptídeo. Essa ligação é formada pela remoção de elementos de água (desidratação) do grupo α-carboxila de um aminoácido e do grupo α-amino do outro.
· Três aminoácidos podem ser unidos por duas ligações peptídicas para formar um tripeptídio; do mesmo modo, quatro aminoácidos podem ser unidos para formar um tetrapeptídeo, cinco para formar um pentapeptídeo, e assim por diante. Quando o número de aminoácidos que se ligam dessa maneira é pequeno, a estrutura é chamada de oligopeptídeo. Quando o número de aminoácidos que se ligam for maior, o produto é chamado de polipeptídeo. 
· Em um peptídeo, o resíduo de aminoácido na extremidade com um grupo α-amino livre é chamado de resíduo aminoterminal (ou N-terminal); o resíduo na outra extremidade, que tem um grupo carboxila livre, é o resíduo carboxiterminal (C-terminal).
· Algumas proteínas contêm, além dos aminoácidos, componentes químicos permanentemente associados; elas são chamadas de proteínas conjugadas. A parte de uma proteína conjugada que não é aminoácido normalmente é chamada de grupo prostético. As proteínas conjugadas são classificadas com base na natureza química de seus grupos prostéticos; por exemplo, lipoproteínas contêm lipídeos, glicoproteínas contêm grupos de açúcares e metaloproteínas contêm um metal específico. Algumas proteínas contêm mais de um grupo prostético. Normalmente, o grupo prostético desempenha um papel importante na função biológica da proteína.
· As enzimas constituem um caso especial de função proteica. Elas ligam outrasmoléculas e as transformam quimicamente. As moléculas sobre as quais as enzimas exercem seus efeitos são chamadas de substratos da reação, em vez de ligante, e o sítio de ligação é chamado de sítio catalítico ou sítio ativo.
· Nos organismos multicelulares – principalmente aqueles nos quais o ferro, com sua capacidade de transportar oxigênio, deve ser transportado a grandes distâncias –, o ferro é frequentemente incorporado em um grupo prostético ligado à proteína chamada de heme.
· GLOBINAS: 
· As globinas formam uma ampla família de proteínas, todas com estruturas primária e terciária semelhantes. As globinas são comumente encontradas em todas as classes dos eucariotos e mesmo em algumas bactérias.
· A maioria atua no armazenamento ou no transporte de oxigênio, embora algumas tenham papel de sensores de oxigênio, óxido nítrico ou monóxido de carbono.
· Nos seres humanos e em outros mamíferos existem, pelo menos, quatro tipos diferente de globinas.
· A mioglobina monomérica facilita a difusão do oxigênio no tecido muscular. A mioglobina é particularmente abundante nos músculos de mamíferos marinhos, como as focas e as baleias, pois também exerce função de armazenamento de oxigênio em mergulhos prolongados.
· A hemoglobina na forma de tetrâmero é responsável pelo transporte de oxigênio na corrente sanguínea.
· A neuroglobina monomérica é expressa em neurônios e ajuda a proteger o cérebro da hipoxia (baixo nível de oxigênio) ou da isquemia (restrição do suprimento de sangue).
· A citoglobina, uma outra globina monomérica, é encontrada em alta concentração na parede dos vasos sanguíneos e sua função é regular os níveis de óxido nítrico.
· No centro da resposta imune humoral estão proteínas solúveis, chamadas de anticorpos ou imunoglobulinas, abreviadas como Ig. As imunoglobulinas ligam-se a bactérias, vírus ou moléculas grandes identificadas como estranhos e os levam para a destruição. Constituindo 20% do total das proteínas sanguíneas, as imunoglobulinas são produzidas pelos linfócitos B, ou células B, que completam seu desenvolvimento na medula óssea.
· MIOSINA:
· Tem seis subunidades: duas cadeias pesadas e quatro cadeias leves. As cadeias pesadas respondem pela maior parte da estrutura total.
· Cada cadeia pesada tem, nas extremidades aminoterminais, um domínio globular grande contendo o sítio onde o ATP é hidrolisado.
· As cadeias leves estão associadas com o domínio globular. Quando a miosina é tratada com a protease tripsina por um período curto, a maioria das fibras é hidrolisada, dividindo a proteína em componentes, chamados de meromiosinas leve e pesada. 
· Nas células musculares, as moléculas de miosina agregam-se e formam estruturas chamadas de filamentos grossos. Essas estruturas em forma de bastão são o centro da unidade contrátil. Dentro do filamento grosso, várias centenas de moléculas de miosina estão organizadas com suas “caudas” fibrosas associadas de modo a formar uma estrutura bipolar longa. O domínio globular projeta-se de cada uma das extremidades dessa estrutura, em arranjos regulares empilhados.
· ACTINA: 
· No músculo, as moléculas da actina monomérica, chamadas de actina G (actina globular), associam-se para formar um polímero longo, chamado de actina F (actina filamentosa).
· O filamento fino consiste em actina F juntamente com as proteínas troponina e tropomiosina. A parte filamentosa dos filamentos finos é montada pela adição sucessiva de moléculas monoméricas de actina a uma das extremidades.
· Nesse processo, cada monômero se liga ao ATP e o hidrolisa a ADP, de forma que cada molécula de actina no filamento está complexada com ADP. A hidrólise do ATP pela actina funciona somente na montagem dos filamentos; ela não contribui de maneira direta para a energia gasta na contração muscular. Cada monômero de actina no filamento fino pode se ligar firme e especificamente a uma cabeça de miosina. 
· AMINOÁCIDOS: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· Vinte aminoácidos diferentes são comumente encontrados nas proteínas.
· odos os 20 tipos de aminoácidos comuns são α-aminoácidos. Eles têm um grupo carboxila e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono α).
· Eles diferem uns dos outros quanto à cadeia lateral, ou grupos R, que varia em estrutura, tamanho e carga elétrica e afeta a solubilidade dos aminoácidos em água.
· Aos aminoácidos comuns das proteínas foram atribuídas abreviações de três letras e símbolos de uma letra. Essas abreviaturas são utilizadas para indicar a composição e a sequência de aminoácidos polimerizados em proteínas.
· Aminoácidos podem ser unidos de modo covalente por meio de ligações peptídicas para formar peptídeos e proteínas. As células geralmente contêm milhares de proteínas diferentes, cada uma com uma atividade biológica diferente.
· A polaridade dos grupos R varia amplamente, de apolar e hidrofóbico (não hidrossolúvel) a altamente polar e hidrofílico (hidrossolúvel). Alguns aminoácidos são mais difíceis de classificar ou não se encaixam perfeitamente em nenhum do grupo, principalmente glicina, histidina e cisteína. A inclusão em um determinado grupo é o resultado de avaliações ponderadas, em vez de absolutas.
· AMINOÁCIDOS APOLARES: 
· Têm grupos R com caráter de hidrocarboneto, que não interagem com a água; por isso, frequentemente localizam-se no interior da molécula proteica. Pertencem a este grupo: glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, metionina, prolina, fenilalanina e triptofano.
· Tendem a se agrupar no interior das proteínas, estabilizando a estrutura proteica por meio de interações hidrofóbicas.
· Fenilalanina, tirosina e triptofano, com cadeias laterais aromáticas, são relativamente apolares (hidrofóbicos). Todos podem contribuir para o efeito hidrofóbico.
· AMINOÁCIDOS POLARES:
· Têm, nas cadeias laterais, grupos com carga elétrica líquida ou grupos com cargas residuais, que os capacitam a interagir com a água. São geralmente encontrados na superfície da molécula proteica. Estes aminoácidos são subdivididos em três categorias, segundo a carga apresentada pelo grupo R em pH 7: aminoácidos básicos, se a carga for positiva; aminoácidos ácidos, se a carga for negativa; e aminoácidos polares sem carga, se a cadeia lateral não apresentar carga líquida.
· AMINOÁCIDOS POLARES SEM CARGA: 
· Os grupos R desses aminoácidos são mais solúveis em água, ou mais hidrofílicos do que aqueles dos aminoácidos apolares, uma vez que contêm grupos funcionais que formam ligações de hidrogênio com a água.
· Essa classe de aminoácidos inclui serina, treonina, cisteína, asparagina e glutamina. 
· Os grupos hidroxila da serina e da treonina e os grupos amida da asparagina e da glutamina contribuem para as suas polaridades. A cisteína é um caso isolado porque a sua polaridade, devida ao grupo sulfidrila, é relativamente pequena.
· Serina, treonina e tirosina, com um grupo hidroxila na cadeia lateral; asparagina e glutamina, com um grupo amida; e cisteína, com um grupo sulfidrila. 
· Em pH neutro, o grupo sulfidrila da cadeia lateral da cisteína (pKa = 8,37) está predominantemente protonado, sem carga; assim também se encontra o grupo fenólico da tirosina (pKa = 10,46).
· O valor do pKa de um grupo ionizável é determinado pela estrutura da molécula da qual faz parte, mas sofre influência de grupos adjacentes. Por isto, um mesmo grupo pode apresentar valores diferentes de pKa dependendo da região da proteína em que se encontra.
· AMINOÁCIDOS POLARES BÁSICOS (CARREGADOS POSITIVAMENTE):
· Os aminoácidos que possuem grupos R com uma carga positiva significativa em pH 7,0 são a lisina, com um segundo grupo amino primário na posição ε na sua cadeia alifática; a arginina, com um grupo guanidínio positivamente carregado; e a histidina, com um grupo aromático imidazol.
· Como o único aminoácidocomum que tem uma cadeia lateral ionizável com pKa próximo da neutralidade, o resíduo de histidina pode estar positivamente carregado (forma protonada) ou não carregado em pH 7,0. 
· Resíduos de His (histidina) facilitam muitas reações catalisadas por enzimas, funcionando como doadores/aceptores de prótons.
· AMINOÁCIDOS POLARES ÁCIDOS (CARREGADOS NEGATIVAMENTE):
· Os dois aminoácidos que apresentam grupos R com carga negativa líquida em pH 7,0 são o aspartato e o glutamato, cada um dos quais tem um segundo grupo carboxila.
· Os valores de pKa das carboxilas de suas cadeias laterais são 3,90 e 4,07, respectivamente, e em pH neutro, estão desprotonadas e com carga negativa.
2. Entender como ocorre a digestão, absorção e transporte de proteínas e aminoácidos
· DIGESTÃO: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 16 mai. 2023.
· Em seres humanos, a degradação das proteínas ingeridas até seus aminoácidos constituintes acontece no trato gastrintestinal. 
· A chegada de proteínas da dieta ao estômago estimula a mucosa gástrica a secretar o hormônio gastrina, que, por sua vez, estimula a secreção de ácido clorídrico pelas células parietais e de pepsinogênio pelas células principais das glândulas gástricas. 
· A acidez do suco gástrico (pH 1,0 a 2,5) lhe permite funcionar tanto como antisséptico, matando a maior parte das bactérias e de outras células estranhas ao organismo, quanto como agente desnaturante, desenovelando proteínas globulares e tornando suas ligações peptídicas internas mais suscetíveis à hidrólise enzimática. 
· O pepsinogênio, um precursor inativo ou zimogênio, é convertido na pepsina ativa por meio de uma clivagem autocatalisada (clivagem mediada pelo próprio pepsinogênio) que ocorre apenas em pH baixo.
· No estômago, a pepsina hidrolisa as proteínas ingeridas, atuando em ligações peptídicas no lado aminoterminal de resíduos de leucina ou dos aminoácidos aromáticos Phe, Trp e Tyr, clivando cadeias polipeptídicas longas em uma mistura de peptídeos menores. 
· À medida que o conteúdo ácido do estômago passa para o intestino delgado, o pH baixo desencadeia a secreção do hormônio secretina na corrente sanguínea. A secretina estimula o pâncreas a secretar bicarbonato no intestino delgado, para neutralizar o HCl gástrico, aumentando abruptamente o pH, que fica próximo a 7. (Todas as secreções pancreáticas chegam ao intestino delgado pelo ducto pancreático.)
· A digestão das proteínas prossegue agora no intestino delgado. A chegada de aminoácidos na parte superior do intestino delgado (duodeno) determina a liberação para o sangue do hormônio colecistocinina, que estimula a secreção de diversas enzimas pancreáticas com atividades ótimas em pH 7 a 8. O tripsinogênio, o quimotripsinogênio e as procarboxipeptidases A e B – os zimogênios da tripsina, da quimotripsina e das carboxipeptidases A e B – são sintetizados e secretados pelas células exócrinas do pâncreas. O tripsinogênio é convertido em sua forma ativa, a tripsina, pela enteropeptidase, uma enzima proteolítica secretada pelas células intestinais. A tripsina livre catalisa, então, a conversão de moléculas adicionais de tripsinogênio em tripsina. 
***(a) As células parietais e as células principais das glândulas gástricas secretam seus produtos em resposta ao hormônio gastrina. A pepsina inicia o processo de degradação das proteínas no estômago. (b) O citoplasma das células exócrinas do pâncreas é completamente preenchido pelo retículo endoplasmático rugoso, o sítio de síntese dos zimogênios de muitas enzimas digestivas. Os zimogênios são concentrados em partículas de transporte circundadas por membranas, denominadas grânulos de zimogênios. Quando uma célula exócrina é estimulada, sua membrana plasmática funde-se com a membrana do grânulo de zimogênio e o conteúdo do grânulo é liberado por exocitose no lúmen do ducto coletor. Os ductos coletores levam, por fim, ao ducto pancreático e daí ao intestino delgado. (c) No intestino delgado, os aminoácidos são absorvidos pela camada de células epiteliais (mucosa intestinal) das vilosidades e chegam aos capilares. Lembre-se de que os produtos da hidrólise dos lipídeos no intestino delgado, após sua absorção pela mucosa intestinal, entram no sistema linfático***
· A tripsina também ativa o quimotripsinogênio, as procarboxipeptidases e a proelastase.
Qual a razão para esse mecanismo elaborado de ativação de enzimas digestivas dentro do trato gastrintestinal? A síntese dessas enzimas como precursores inativos protege as células exócrinas de um ataque proteolítico destrutivo. O pâncreas se protege ainda contra a autodigestão pela produção de um inibidor específico, uma proteína chamada de inibidor pancreático da tripsina. 
· Dado o papel central da tripsina nas vias de ativação proteolítica, a inibição da tripsina previne efetivamente a produção prematura de enzimas proteolíticas ativas dentro das células pancreáticas.
· A tripsina e a quimotripsina continuam a hidrólise dos peptídeos produzidos pela pepsina no estômago. Esse estágio da digestão proteica é realizado com grande eficiência, pois a pepsina, a tripsina e a quimotripsina apresentam especificidades distintas quanto aos aminoácidos sobre os quais atuam. 
· A degradação de pequenos peptídeos no intestino delgado é, então, completada por outras peptidases intestinais. Estas incluem as carboxipeptidases A e B (duas enzimas que contêm zinco), as quais removem resíduos sucessivos da extremidade carboxila dos peptídeos e uma aminopeptidase, que hidrolisa resíduos sucessivos da porção aminoterminal de peptídeos pequenos. A mistura resultante de aminoácidos livres é transportada para dentro das células epiteliais que revestem o intestino delgado, através das quais os aminoácidos entram nos capilares sanguíneos nas vilosidades e são transportados até o fígado.
· Nos seres humanos, a maior parte das proteínas globulares obtidas a partir de fontes animais é hidrolisada quase completamente até aminoácidos no trato gastrintestinal, porém algumas proteínas fibrosas, como a queratina, são digeridas apenas parcialmente. Além disso, o conteúdo proteico de alguns alimentos obtidos a partir de fontes vegetais está protegido contra a degradação por envoltórios não digeríveis de celulose.
· ABSORÇÃO E TRANSPORTE: os produtos da digestão e da absorção proteicas no trato gastrointestinal são quase inteiramente aminoácidos; só, raramente, polipeptídios ou moléculas proteicas inteiras são absorvidos pelo trato digestivo para o sangue. Imediatamente após refeição, a concentração de aminoácidos no sangue de indivíduos se eleva. A digestão e a absorção proteicas normalmente se estendem ao longo de 2 a 3 horas, o que permite que apenas pequenas quantidades de aminoácidos sejam absorvidas de cada vez. Depois de sua entrada no sangue, o excesso de aminoácidos é absorvido dentro de 5 a 10 minutos pelas células de todo o organismo, especialmente pelo fígado. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017 
· Transporte Ativo de Aminoácidos Para o Interior das Células: as moléculas de todos os aminoácidos são grandes demais para se difundirem com facilidade através dos poros das membranas celulares. Consequentemente, quantidade significativa de aminoácidos só pode se mover, para dentro ou para fora da membrana, por meio de transporte facilitado ou de transporte ativo, utilizando mecanismos transportadores. 
· Limiar Renal para os Aminoácidos: Nos rins, os diferentes aminoácidos podem ser ativamente reabsorvidos através do epitélio tubular proximal, que os remove do filtrado glomerular, devolvendo-os ao sangue, se eles forem filtrados para os túbulos renais, através das membranas glomerulares. Todavia, existe um limiar superior paraa intensidade com que cada tipo de aminoácido pode ser transportado. Por essa razão, quando a concentração de um tipo particular de aminoácido fica muito elevada no plasma e no filtrado glomerular, o excesso que não pode ser ativamente reabsorvido é perdido pela urina. 
3. Compreender os processos da síntese e armazenamento dos aminoácidos e proteínas	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· Nos seres vivos capazes de sintetizar todos os vinte aminoácidos — plantas e microrganismos — a amônia resultante da fixação de nitrogênio é utilizada, inicialmente, para formar glutamato e glutamina. Este é o processo fundamental de incorporação direta de nitrogênio, originado de NH4+, como grupamentos de aminoácidos. Para a produção dos demais aminoácidos, o nitrogênio é obtido de glutamato e glutamina.
· O processo de síntese proteica requer que estejam presentes na célula, simultaneamente, os vinte aminoácidos. No organismo humano, esta condição é crítica porque nenhuma célula dispõe de reservas de aminoácidos e não são todos os aminoácidos que podem ser sintetizados. De fato, dos vinte aminoácidos encontrados nas proteínas, nove não podem ser sintetizados pelo ser humano e devem, portanto, ser obrigatoriamente obtidos pela dieta, chamando-se, por isto, aminoácidos essenciais. 
· Ainda mais, dois outros aminoácidos — cisteína e tirosina — são sintetizados unicamente a partir de aminoácidos essenciais — metionina e fenilalanina — e, quando ausentes da dieta, fazem aumentar a necessidade dos aminoácidos precursores. Restam, portanto, apenas nove aminoácidos que podem ser prontamente formados a partir de compostos intermediários do metabolismo de carboidratos. Estes nove aminoácidos e os dois que são sintetizados a partir de aminoácidos essenciais são chamados aminoácidos não essenciais. 
· Para a descrição de sua síntese, os aminoácidos não essenciais foram agrupados segundo o composto precursor de seu esqueleto de carbono, numerados ao lado:
· GRUPO1. Glutamato, Glutamina, Prolina e Arginina: O α-cetoácido deste grupo de aminoácidos provém de α-cetoglutarato.
· Glutamato: Formado por incorporação de NH4+ em α-cetoglutarato catalisada pela glutamato desidrogenase, utilizando NADPH.
· Glutamina: Sintetizada a partir de glutamato e NH4+, pela glutamina sintetase. Note-se que, neste caso, a incorporação de NH4+ é feita como um grupo amida e, portanto, este nitrogênio não pode participar de transaminações. Todavia, por outros tipos de reações, o nitrogênio amídico pode ser utilizado nas sínteses de asparagina (ver Grupo 2) e de purinas e pirimidinas.
· Prolina: Todos os seus átomos de carbono e o de nitrogênio são provenientes de glutamato. Este aminoácido é convertido a um semialdeído, por uma redução complexa, dependente de ATP. A eliminação de H2O produz um composto cíclico que, novamente por redução, origina prolina. 
· Arginina: Sintetizada a partir de citrulina, pela ação consecutiva da argininossuccinato sintetase e da argininossuccinato liase, enzimas do ciclo da ureia. No fígado, o principal local do metabolismo de arginina em animais ureotélicos, a arginina gerada por essas reações pode ser hidrolisada pela arginase. Todavia, a produção líquida de arginina é possível a partir de glutamato e prolina, que podem ser convertidos a ornitina e, esta, a arginina pelas reações do ciclo da ureia. O conhecimento a respeito do metabolismo da arginina, dada a sua complexidade, permanece incompleto.
· GRUPO 2. Aspartato e Asparagina: 
· Aspartato: O esqueleto de carbono provém de oxaloacetato e o grupo amino de glutamato, por transaminação catalisada pela aspartato transaminase.
· Asparagina: Originada de aspartato e glutamina, que fornece o grupo amida, por ação da asparagina sintetase
· GRUPO 3. Alanina: Formada por transaminação entre piruvato e glutamato, promovida pela alanina transaminase.
· GRUPO 4. Serina, Glicina e Cisteína:
· Serina: Origina-se de 3-fosfoglicerato, um intermediário da via glicolítica, por meio de: redução, transaminação e hidrólise do grupo fosfato
· Glicina: Sua síntese ocorre, fundamentalmente, por ação da serina hidroximetil transferase. Esta reação, por ser reversível, também é acionada na degradação de serina.
· Cisteína: Derivada de serina, por substituição do oxigênio da hidroxila da serina por enxofre, originado de metionina, um aminoácido essencial. Esta reação faz parte da via de degradação de metionina.
· GRUPO 5. Tirosina: 
· Origina-se de hidroxilação de fenilalanina, catalisada pela fenilalanina hidroxilase. Esta é a única reação conhecida para a fenilalanina, em indivíduos normais, além de sua participação na síntese proteica. Quando a dieta inclui tirosina, as necessidades de fenilalanina diminuem consideravelmente. Por esta razão, na análise das quantidades recomendadas de aminoácidos na dieta, costumam ser consideradas as necessidades conjuntas de fenilalanina e tirosina. O mesmo princípio é aplicado a metionina e cisteína, cujas necessidades são também somadas.
· Todos os aminoácidos são derivados de intermediários da glicólise, do ciclo do ácido cítrico ou da via das pentoses-fosfato. O nitrogênio entra nessas vias por meio do glutamato ou da glutamina. Algumas vias são simples, outras não. Dez dos aminoácidos estão a apenas um ou a poucos passos dos metabólitos comuns dos quais são derivados. As vias biossintéticas para outros aminoácidos, como os aminoácidos aromáticos, são mais complexas.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 16 mai. 2023.
· Plantas e bactérias sintetizam todos os 20 aminoácidos comuns. Os mamíferos podem sintetizar cerca de metade deles, os demais devem estar presentes na dieta (aminoácidos essenciais).
· Entre os aminoácidos não essenciais, o glutamato é formado por aminação redutora do α-cetoglutarato e serve como precursor de glutamina, prolina e arginina. Alanina e aspartato (e assim também a asparagina) são formados a partir do piruvato e do oxalacetato, respectivamente, por transaminação. 
· A cadeia carbonada da serina é derivada do 3-fosfoglicerato. A serina é precursora da glicina; o átomo de carbono β da serina é transferido para o tetrahidrofolato. Em microrganismos, a cisteína é produzida a partir de serina e de sulfeto, produzido pela redução de sulfato obtido do ambiente. Os mamíferos produzem cisteína a partir de metionina e serina, por uma série de reações que requer S-adenosilmetionina e cistationina.
· Entre os aminoácidos essenciais, os aminoácidos aromáticos (fenilalanina, tirosina e triptofano) são produzidos por uma via em que o corismato representa um ponto-chave de ramificação. O fosforribosilpirofosfato é o precursor do triptofano e da histidina. A via da histidina está interconectada com a via de síntese de purinas. A tirosina também pode ser produzida por hidroxilação da fenilalanina (e, por isso, é considerada um aminoácido condicionalmente essencial). As vias para os demais aminoácidos essenciais são complexas. 
· Armazenamento de Aminoácidos como Proteínas nas Células: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017
· Quase imediatamente após seu ingresso nas células, os aminoácidos se combinam uns com os outros por ligações peptídicas, sob direção do RNA mensageiro celular e do sistema ribossômico, para formar as proteínas celulares. Assim, a concentração de aminoácidos livres no interior da célula, em geral, permanece baixa. Consequentemente, o armazenamento de grande quantidade de aminoácidos livres não ocorre nas células; em vez disso,eles são, principalmente, estocados sob a forma de proteínas verdadeiras. Mas muitas dessas proteínas intracelulares podem ser rapidamente decompostas novamente, em aminoácidos, sob a influência das enzimas digestivas lisossômicas intracelulares; esses aminoácidos podem, então, ser transportados de volta para fora da célula, para o sangue. 
· Alguns tecidos corporais participam no armazenamento dos aminoácidos, em maior grau do que outros. Por exemplo, o fígado, que é o órgão volumoso e que tem sistemas especiais de processamento dos aminoácidos, pode estocar grande quantidade de proteínas, rapidamente intercambiáveis; isso é de igual modo verdade, em menor grau, para os rins e a mucosa intestinal. 
· SÍNTESE PROTEICA: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 16 mai. 2023.
· A síntese de biomoléculas poliméricas pode ser considerada como consistindo nos estágios de início (ou iniciação), alongamento e término (ou terminação). Em geral, esses processos fundamentais são acompanhados de mais dois estágios: a ativação de precursores, anterior à síntese, e o processamento pós-sintético do polímero completo. A síntese proteica segue o mesmo padrão. A ativação dos aminoácidos antes de sua incorporação nos polipeptídios e o processamento pós-traducional do polipeptídeo completo desempenham papéis particularmente importantes em garantir tanto a fidelidade da síntese quanto a função adequada do produto proteico.
· Etapa 1. Ativação de Aminoácidos: Para a síntese de um polipep-tídeo de sequência definida, duas necessidades químicas precisam ser satisfeitas: (1) o grupamento carboxila de cada aminoácido deve ser ativado para facilitar a formação da ligação peptídica, e (2) um elo deve ser estabelecido entre cada novo aminoácido e a informação contida no mRNA que o codifica. Ambas as exigências são atingidas quando o aminoácido se liga a um tRNA no primeiro estágio da sínte-se proteica. A ligação do aminoácido certo ao tRNA certo é fundamental nesse processo. Essa reação ocorre no citosol, e não no ribossomo. Cada um dos 20 aminoácidos é ligado covalentemente a um tRNA específico às custas da energia do ATP, utilizando enzimas ativadoras dependentes de Mg21, conhecidas como aminoacil-tRNA-sintetases. Quando ligados aos seus aminoácidos (aminoacilados), os tRNA são considerados “carregados”.
· Etapa 2. Iniciação: O mRNA contendo o código para a síntese do polipeptídeo se liga à subunidade menor do ribossomo e ao aminoacil-tRNA iniciador. A subunidade ribossômica maior se liga, então, para formar um complexo de iniciação. O aminoacil-tRNA iniciador estabelece um pareamento de bases com o códon AUG do mRNA, que sinaliza o começo do polipeptídeo. Esse processo, que requer GTP, é promovido por proteínas citosólicas, denominadas fatores de iniciação. 
· Etapa 3. Alongamento: O polipeptídeo nascente é alongado pela adição de unidades sucessivas de aminoácidos, as quais são ligadas covalentemente após serem levadas até o ribossomo e posicionadas corretamente pelo respectivo tRNA, que, por sua vez, realiza um pareamento de bases com o códon correspondente no mRNA. O alongamento requer proteínas citosólicas, conhecidas como fatores de alongamento. A ligação de cada aminoacil-tRNA que entra e o movimento do ribossomo ao longo do mRNA são facilitados pela hidrolise de GTP à medida que cada resíduo de aminoácido é adicionado ao polipeptídeo nascente.
· Etapa 4. Terminação e reciclagem do ribossomo: O término da cadeia polipeptídica é sinalizado por um códon de terminação no mRNA. O novo polipeptídeo é liberado do ribossomo, auxiliado por proteínas denominadas fatores de liberação, e o ribossomo é reciclado para um novo ciclo de síntese.
· Etapa 5. Enovelamento e processamento pós-traducional: Para chegar até a sua forma biologicamente ativa, o novo polipeptídio deve se enovelar na sua conformação tridimensional apropriada. Antes ou depois de se enovelar, o novo polipeptídio pode sofrer processamento enzimático, incluindo remoção de um ou mais aminoácidos (geralmente da extremidade aminoterminal); adição de grupamentos acetila, fosforila, metila, carboxila ou outros grupos a determinados resíduos de aminoácidos; clivagem proteolítica e/ou ligação de oligossacarídeos ou grupos prostéticos.
· Endereçamento e Degradação de Proteínas: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 16 mai. 2023.
· As proteínas destinadas à secreção, à integração na membrana plasmática ou à inclusão nos lisossomos geralmente compartilham as primeiras etapas de uma via que inicia no retículo endoplasmático (RE). As proteínas destinadas às mitocôndrias, aos cloroplastos ou ao núcleo utilizam três mecanismos separados. As proteínas destinadas ao citosol simplesmente permanecem no local onde são sintetizadas. 
· O elemento mais importante em muitas dessas vias de endereçamento é uma sequência curta de aminoácidos, denominada sequência-sinal, ou peptídeo sinalizador, cuja função foi postulada, pela primeira vez, por Günter Blobel e colaboradores, em 1970. A sequência-sinal direciona a proteína para o local apropriado na célula, e, em muitas proteínas, ela é removida durante o transporte ou depois que a proteína chegou ao seu destino final.
· Nas proteínas que devem ser transportadas para mitocôndrias, cloroplastos ou RE, a sequência-sinal está localizada na porção aminoterminal do polipeptídeo recém-sintetizado. 
· A degradação seletiva das proteínas que não são mais necessárias para a célula também se baseia, em grande parte, em um conjunto de sinais moleculares incrustados na estrutura de cada proteína.
· As modificações pós-traducionais de muitas proteínas eucarióticas começam no RE:
· A maioria das proteínas lisossômicas, das proteínas de membrana e das proteínas secretadas têm uma sequência-sinal aminoterminal que as marca para o transporte para dentro do lúmen do RE; centenas dessas sequências-sinal já foram determinadas.
· A extremidade carboxiterminal de uma sequência-sinal é definida por um sítio de clivagem, no qual uma protease atua removendo a sequência depois que a proteína tenha sido importada para o RE.
· As sequências-sinal têm um comprimento que varia entre 13 a 36 resíduos de aminoácidos, mas todas têm as seguintes características: (1) cerca de 10 a 15 resíduos de aminoácidos hidrofóbicos; (2) um ou mais resíduos carregados positivamente, geralmente próximos à extremidade amino e que precede a sequência hidrofóbica; e (3) uma sequência curta na extremidade carboxílica (próxima do sítio de clivagem) que é relativamente polar, possuindo geralmente resíduos de aminoácidos com cadeias laterais curtas (principalmente Ala) nas posições mais próximas ao sítio de clivagem.
· As proteínas contendo essas sequências-sinal são sintetizadas em ribossomos aderidos ao RE. A sequência sinal ajuda a si mesma a se direcionar do ribossomo para o RE.
· A via de endereçamento começa com a iniciação da síntese proteica nos ribossomos livres (etapa 1). A sequência--sinal aparece logo no início do processo de síntese (etapa 2), pois está na extremidade amino-terminal, a qual, como foi visto, é sintetizada primeiro. À medida que essa sequência peptídica vai emergindo do ribossomo (etapa 3), a sequência-sinal e o próprio ribossomo se ligam à partícula de reconhecimento de sinal (SRP, do inglês, signal recognition particle); 
· A SRP, então, liga-se ao GTP e suspende o alongamento do polipeptídeo quando este tiver alcançado um tamanho aproximado de 70 aminoácidos e a sequência-sinal tiver emergido completamente do ribossomo. 
· Na etapa 4, a SRP com GTP ligado direciona o ribossomo (ainda ligadoao mRNA) e o peptídeo nascente ao receptor de SRP com GTP ligado no lado citosólico do RE; o peptídeo nascente é entregue ao complexo de translocação de peptídeos no RE, o qual interage diretamente com o ribossomo. 
· Na etapa 5, ocorre a dissociação da SRP do ribossomo, acompanhada da hidrólise de GTP, tanto na SRP como no receptor de SRP. 
· Agora, o alongamento do polipeptídeo é retomado (etapa 6), com o complexo de translocação direcionado por ATP levando o polipeptídeo nascente para dentro do lúmen do RE até que toda a proteína completa tenha sido sintetizada. Na etapa 7, a sequência-sinal é removida por uma peptidase-sinal presente no lúmen do RE. 
· O ribossomo se dissocia (etapa 8) e é reciclado (etapa 9).
· GLICOSILAÇÃO: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 16 mai. 2023.
· No lúmen do RE, as proteínas recém-sintetizadas sofrem mais modificações. Após a remoção das sequências-sinal, os polipeptídeos são enovelados, as ligações dissulfeto são formadas, e muitas proteínas são glicosiladas para formar glicoproteínas.
· Em muitas glicoproteínas, a ligação a seus oligossacarídeos ocorre através de resíduos de Asn. Esses oligossacarídeos N-ligados são variados, mas as vias pelas quais eles são formados têm a primeira etapa em comum. Um oligossacarídeo central de 14 resíduos é formado passo a passo e depois transferido de uma molécula de dolicol-fosfato doadora para determinados resíduos de Asn na proteína. 
· A transferase fica na face luminal do RE e, portanto, não é capaz de catalisar a glicosilação de proteínas citosólicas. Após a transferência, o oligossacarídeo central sofre clivagens e ajustes, que variam nas diferentes proteínas, mas todos os oligossacarídeos N-ligados mantêm como cerne um pentassacarídeo derivado do oligossacarídeo original de 14 resíduos. 
· Algumas proteínas são O-glicosiladas no RE, mas a maioria das O-glicosilações ocorre no complexo de Golgi ou no citosol (no caso das proteínas que não entram no RE).
 
· (1) O oligossacarídeo central é formado pela adição sucessiva de unidades de monossacarídeos. 
· (2) As primeiras etapas ocorrem na face citosólica do RE. 
· (3) A translocação move o oligossacarídeo ainda incompleto através da membrana (mecanismo não mostrado)
· (4) a formação do oligossacarídeo completo ocorre dentro do lúmen do RE. Os precursores que fornecem mais resíduos de manose e de glicose ao oligossacarídeo em formação no lúmen são derivados do dolicol-fosfato. 
· (5) Na primeira etapa da síntese da porção de oligossacarídeo N-ligado de uma glicoproteína.
· (6) o oligossacarídeo central é transferido do dolicol-fosfato para um resíduo de Asn da proteína dentro do lúmen do RE. 
· (7) O oligossacarídeo central é novamente modificado no RE e no complexo de Golgi, por meio de vias que variam para diferentes proteínas. Os cinco resíduos de açúcar mostrados por uma marcação em bege (após a etapa 7) são mantidos na estrutura final de todos os oligossacarídeos N-ligados. 
· (8) O dolicol-pirofosfato liberado é novamente translocado, de forma que o pirofosfato fica no lado citosólico do RE, e, então, (9) um fosfato é removido hidroliticamente para regenerar o dolicol-fosfato.
· As proteínas adequadamente modificadas podem, então, ser transportadas para vários destinos na célula. As proteínas vão do RE para o complexo de Golgi dentro de vesículas de transporte. No complexo de Golgi, os oligossacarídeos são O-ligados a algumas proteínas, e os oligossacarídeos N-ligados são modificados. O complexo de Golgi também seleciona proteínas, enviando-as para seus destinos finais.
· Os processos precisam distinguir e separar as proteínas secretadas das que são direcionadas para a membrana plasmática ou para os lisossomos com base em características estruturais que não sejam as sequências-sinal, pois estas foram removidas no lúmen do RE.
· Esse processo de seleção é mais bem compreendido no caso das hidrolases, cujo destino é serem transportadas aos lisossomos. Quando chega uma hidrolase (que é uma glicoproteína) no complexo de Golgi, uma característica que ainda não se conhece (às vezes chamada de fragmento-sinal) da estrutura tridimensional da hidrolase é reconhecida por uma fosfotransferase, a qual fosforila certos resíduos de manose do oligossacarídeo. 
· A presença de um ou mais resíduos de manose-6-fosfato no oligossacarídeo N-ligado é o sinal estrutural que direciona uma proteína para os lisossomos. 
· Uma proteína receptora na membrana do complexo de Golgi reconhece o sinal de manose-6-fosfato e liga-se à hidrolase assim marcada. As vesículas contendo esses complexos de receptor-hidrolase brotam da porção trans do complexo de Golgi e vão até vesículas de seleção. Nessas vesículas de seleção, o complexo receptor-hidrolase se dissocia por meio de um processo que é facilitado pelo pH mais baixo da vesícula e pela remoção, catalisada por uma fosfatase, dos grupos fosfato dos resíduos de mano-se-6-fosfato. O receptor é, então, reciclado para o complexo de Golgi, e as vesículas contendo as hidrolases brotam das vesículas de seleção e se dirigem aos lisossomos.
4. Pesquisar como ocorre as vias de obtenção de energia a partir de proteínas e aminoácidos
· Uma vez que as células tenham estocado proteínas até os seus limites, qualquer aminoácido adicional nos líquidos corporais, é degradado e utilizado como energia ou armazenado, em sua maior parte, como gordura ou, secundariamente, como glicogênio. 
· DESAMINAÇÃO: 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017 
· A desaminação significa a remoção dos grupos amino dos aminoácidos. Ela ocorre principalmente por transaminação, o que significa a transferência do grupo amino para alguma substância aceptora, o que é o reverso com relação à síntese de aminoácidos. 
· Os aminoácidos entram na corrente sanguínea e chegam até o fígado onde serão metabolizados. No fígado a primeira parte do metabolismo de todos os aminoácidos é a remoção do grupo amino. Esta remoção é catalisada pelas enzimas aminotransferases (transaminases) utilizando a coenzima. O grupo amino é então transferido do aminoácido para o α-cetoglutarato, formando um α-cetoácido e glutamato. O glutamato é então oxidado pelo NAD+ ou pelo NADP+ numa reação catalisada pela enzima glutamato-desidrogenase, formando uma imina. A hidrólise posterior da imina regenera o α-cetoglutarato e libera amônio (NH4 +). O destino final do NH4 + vai depender da espécie do organismo vivo. Microrganismos e peixes liberam amônia para o ambiente, já que dispõem de muita água para diluir a amônia, reduzindo a sua toxicidade. Já a maioria dos vertebrados converte o NH4 + em uréia no ciclo da uréia, sendo esta liberada na urina. Isto é feito porque a amônia seria tóxica se presente em largas quantidades em nosso organismo. 
· CICLO DA URÉIA: 
· A amônia liberada durante a desaminação dos aminoácidos, é removida do sangue, quase que inteiramente, por sua conversão em ureia; duas moléculas de amônia e uma molécula de dióxido de carbono se combinam. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017 
 2NH3 + CO2 -- H2N – CO – NH2 + H2O
· Essencialmente, toda ureia formada no corpo humano é sintetizada no fígado. Na ausência do fígado, ou em graves doenças hepáticas, a amônia se acumula no sangue. Isso é extremamente tóxico, especialmente para o cérebro, muitas vezes conduzido ao estado de coma hepático. 
· Quando o nitrogênio não é reciclado na síntese de aminoácidos ou de ácidos nucléicos, ele é depositado nas mitocôndrias das células do fígado na forma de amônio, onde será convertido em uréia pelo ciclo da uréia.Qualquer NH4 + que penetre nas células hepáticas é imediatamente ligado ao bicarbonato pela enzima carbamoil-fosfato-sintetase, que com o gasto de uma molécula de ATP converte o NH4 + em carbamoil-fosfato. Esta é uma reação muito semelhante à ativação do bicarbonato pelo ATP nas reações da carboxilação. Seu mecanismo envolve o ataque nucleofílico do ATP pelo bicarbonato, formando um bicarbonato ativado e ADP. Em seguida a amônia age como nucleófilo, atacando a carbonila do bicarbonato ativado, numa substituição acílica nucleofílica, sendo o fosfato o grupo abandonador e formando carbamato. Por fim o carbamato é ativado numa nova substituição nucleofílica com o ATP, formando carbamoil-fosfato e ADP. O carbamoil-fosfato funciona como um doador de carbamato, entrando assim no ciclo da uréia. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 16 mai. 2023.
· 1ª ETAPA: o carbamoil-fosfato doa seu grupo carbamoil para a ornitina, formando a citrulina e liberando fosfato. Esta reação ocorre por um mecanismo de substituição acílica nucleofílica, onde o oxigênio carboxílico da ornitina age como nucleófilo atacando a carbonila do carbamoil-fosfato, e o fosfato é o grupo abandonador. Essa reação é catalisada pela enzima ornitina-transcarbamoilase, e a citrulina produzida migra da mitocôndria para o citosol.
· 2ª ETAPA: ocorre uma condensação entre o grupo amino do aspartato e o carbamoil da citrulina, formando argininosuccinato. Esta reação é catalisada pela enzima arginino-succinato-sintetase. O aspartato é proveniente do oxaloacetato do ciclo do ácido cítrico. O oxaloacetato sofre transaminação com o glutamato com o auxílio da PLP, formando aspartato e α-cetoglutarato. A citrulina é então ativada atacando o fósforo-α do ATP formando citrulil-AMP e pirofosfato. O grupo amino do aspartato ataca então o carbono da imina da citrulil-AMP, sendo o AMP o grupo abandonador e formando arginino-succinato. 
· 3ª ETAPA: a enzima arginino-succinase quebra a molécula de arginino-succinato, formando arginina e fumarato. O fumarato retorna ao ciclo do ácido cítrico na mitocôndria.
· 4ª ETAPA: a arginina é clivada (hidrolisada) pela enzima arginase, produzindo uréia e ornitina. A ornitina retorna para a mitocôndria para reiniciar o ciclo, enquanto a uréia é excretada. Todos os α-cetoácidos serão metabolizados por vias já estudadas, alguns entram na via glicolítica, outros sofrem β-oxidação, e outros entram diretamente no ciclo do ácido cítrico. 
· Após a sua formação, a uréia se difunde dos hepatócitos para os fluidos corporais, sendo excretada pelos rins. 
 
· OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS DESAMINADOS: 
· uma vez que os aminoácidos foram desaminados, os cetoácidos resultantes podem, na maioria dos casos, ser oxidados para liberar energia para propósitos metabólicos. Isso, normalmente, envolve dois processos sucessivos: 
1. O cetoácido é transformado em substância química apropriada, para poder entrar no ciclo do ácido cítrico.
2. Essa substância é degradada pelo ciclo e utilizada para produção de energia, do mesmo modo como a acetilcoenzima A (acetil-CoA), derivada dos carboidratos e do metabolismo lipídico é utilizada. 
· Em geral, a quantidade de trifosfato de adenosina (ATP) formado por grama de proteína que é oxidada, é ligeiramente menor do que a formada por grama de glicose oxidada. 
· GLICONEOGÊNESE e CETOGÊNESE: 
· Alguns aminoácidos desaminados são semelhantes aos substratos utilizados normalmente pelas células, em especial os hepatócitos, para sintetizar glicose ou ácidos graxos. Por exemplo, a alanina desaminada é o ácido pirúvico. Este pode ser convertido em glicose ou em glicogênio. Alternativamente, ele pode ser convertido em acetil-CoA, que pode então, ser polimerizada em ácidos graxos. 
· De igual modo, duas moléculas de acetil-CoA podem se condensar para formar o ácido acetoacético, que é um dos corpos cetônicos. 
· A conversão de aminoácidos em glicose ou glicogênio é denominada gliconeogênese, e a conversão de aminoácidos em cetoácidos ou em ácidos graxos é conhecida como cetogênese. Dos 20 aminoácidos desaminados, 18 possuem estruturas químicas que lhes permitem ser convertidos em glicose e 19 deles podem ser convertidos em ácidos graxos. 
5. Estudar o que ocorre no organismo quando as proteínas estão em excesso, e como ocorre sua transformação em gordura. 
· Quando aumenta o conteúdo proteico da dieta oferecida a um indivíduo em equilíbrio nitrogenado, após um período de adaptação, aumenta também a excreção de nitrogênio: a ingestão aumentada é compensada por uma maior eliminação de nitrogênio, permanecendo a condição de equilíbrio, embora com valores absolutos maiores. O conteúdo proteico de um indivíduo adulto não pode ser aumentado com a dieta, tendo em vista que não há reserva de proteína. O excesso de proteína ingerida é armazenado como gordura.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 17 mai. 2023.
· Quando o consumo de proteínas está em excesso, o organismo pode ter várias respostas, dependendo de vários fatores, como a quantidade de excesso e as necessidades individuais. Geralmente, o organismo possui mecanismos para lidar com um excesso de proteínas, que incluem a degradação dos aminoácidos excedentes e a excreção dos seus produtos finais, como ureia. 
· Quando as proteínas estão em excesso no organismo, algumas respostas bioquímicas e fisiológicas ocorrem para lidar com essa situação. Uma das principais respostas é o aumento da degradação proteica. O organismo possui mecanismos regulatórios para degradar e remover as proteínas em excesso. Esse processo ocorre principalmente no fígado, onde as proteínas são quebradas em aminoácidos através de reações enzimáticas e, em seguida, esses aminoácidos podem ser utilizados para diferentes fins metabólicos.
· Os aminoácidos resultantes da degradação proteica em excesso podem ser utilizados como fonte de energia, uma vez que eles podem ser convertidos em compostos que participam das vias metabólicas para produção de ATP. Além disso, os aminoácidos também podem ser convertidos em intermediários metabólicos para síntese de outros compostos, como carboidratos ou lipídios, quando necessário.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 16 mai. 2023.
· o consumo excessivo de proteínas por um longo período de tempo pode sobrecarregar os órgãos responsáveis pelo processamento e eliminação dos aminoácidos, como o fígado e os rins. Isso pode levar a possíveis consequências negativas para a saúde, como sobrecarga renal, desequilíbrio metabólico e aumento do risco de doenças renais e cardiovasculares.
· A conversão de aminoácidos em gordura ocorre quando há um excesso de aminoácidos e energia disponíveis, além de uma ingestão calórica total excedente. No entanto, o papel principal das proteínas no organismo é a síntese e manutenção dos tecidos e a realização de funções essenciais, não a produção de gordura.
6. Analisar como as proteínas e aminoácidos influenciam no ganho de massa muscular.
· A ingestão de suplementos nutricionais (aminoácidos, carnitina etc.), ao contrário do que se imagina, não contribui significativamente para aprimorar o desempenho físico. Os fatores decisivos são patrimônio genético, treinamento e adequação psicológica. Mesmo para a musculação (a prática de exercícios de força para hipertrofia da massa muscular), uma dieta balanceadacontendo 10 a 15% de proteínas de alta qualidade, as de origem animal, fornece a quantidade necessária de aminoácidos.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2782-2. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2782-2/. Acesso em: 17 mai. 2023.
· A formação espontânea (não enzimática) de creatinina a partir de fosfocreatina ou creatina consome um percentual da creatina total do corpo por dia, a qual deve ser reposta pela biossíntese ou pela dieta. O tecido muscular tem um sistema específico para absorver a creatina (exportada pelo fígado ou pelo rim) do sangue, contra um considerável gradiente de concentração. A absorção eficiente de creatina da dieta requer exercício contínuo; sem exercício, a suplementação de creatina é de pouco valor. A combinação de exercício e suplementação de creatina aumenta a massa muscular e melhora o desempenho em trabalhos de alta intensidade e curta duração.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 17 mai. 2023.
· creatina-fosfato (também chamada de fosfocreatina) é o derivado fosforilado da creatina encontrada no músculo. É um composto de alta energia, que fornece uma reserva pequena, mas rapidamente mobilizável de fosfatos de alta energia, os quais podem ser transferidos reversivelmente ao difosfato de adenosina (ADP), a fim de manter os níveis intracelulares de ATP durante os primeiros minutos de contração muscular intensa. (Nota: a quantidade de fosfocreatina corporal é proporcional à quantidade de massa muscular)	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. (Ilustrada). [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714867/. Acesso em: 17 mai. 2023.
· As proteínas e aminoácidos desempenham um papel fundamental no ganho de massa muscular. Quando o indivíduo se envolve em exercícios de resistência ou treinamento de força, ocorrem pequenas lesões nos músculos, conhecidas como microlesões musculares. Para reparar e reconstruir essas microlesões, o organismo precisa de aminoácidos, que são os blocos de construção das proteínas.
· O músculo esquelético armazena glicogênio como substrato energético para uso durante a contração muscular e sintetiza proteína muscular a partir dos aminoácidos plasmáticos. O músculo responde por cerca de 50% da massa corporal e, consequentemente, representa uma considerável reserva de proteína, que pode ser empregada para suprir aminoácidos para a gliconeogênese em caso de inanição.
7. Definir icterícia, suas possíveis causas e consequências. 
· Insuficiência da função hepática ou bloqueio da secreção de bile determina o extravasamento da bilirrubina do fígado para o sangue, resultando em coloração amarela da pele e da esclera dos olhos, condição denominada icterícia. Em casos de icterícia, a determinação da concentração de bilirrubina no sangue pode ser útil para o diagnóstico da doença hepática subjacente.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715345/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· A hiperbilirrubinemia, condição em que o nível sanguíneo de bilirrubina excede 1 mg por dL (17 μmol/L), pode resultar da produção de mais bilirrubina do que o fígado normal pode excretar, ou devido à falha de o fígado danificado excretar quantidades normais de bilirrubina. Na ausência de dano hepático, a obstrução dos ductos excretores do fígado impede a excreção de bilirrubina, e também causa hiperbilirrubinemia. Em todas essas situações, quando a concentração sanguínea de bilirrubina alcança 2 a 2,5 mg/dL, ela se difunde para os tecidos, tornando-os amarelo, uma condição denominada icterícia.	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: RODWELL, Victor W. Bioquímica ilustrada de Harper. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558040033. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040033/. Acesso em: 15 mai. 2023.
· As formas de hiperbilirrubinemia incluem a hiperbilirrubinemia de retenção, devido à produção excessiva de bilirrubina, e a hiperbilirrubinemia de regurgitação, devido ao refluxo na corrente sanguínea em consequência de obstrução biliar.
· icterícia colúrica (colúria refere-se à presença de pigmentos biliares na urina) só ocorre na hiperbilirrubinemia de regurgitação, e a icterícia acolúrica só é observada na presença de quantidades excessivas de bilirrubina não conjugada.
· “Icterícia Fisiológica” Neonatal: 
· A hiperbilirrubinemia não conjugada do recém-nascido, “icterícia fisiológica”, resulta da hemólise acelerada e de um sistema hepático imaturo para a captação, a conjugação e a secreção de bilirrubina. Nessa condição transitória, a atividade da bilirrubina-glicuronosiltransferase e, provavelmente, também a síntese de UDP-glicuronato estão reduzidas. Quando a concentração plasmática da bilirrubina não conjugada excede aquela que pode estar firmemente ligada à albumina (20-25 mg/dL), a bilirrubina pode penetrar na barreira hematencefálica. Se deixada sem tratamento, a encefalopatia tóxica hiperbilirrubínica, ou querníctero, resultante pode causar deficiência intelectual.
· A exposição de recém-nascidos com icterícia à luz azul (fototerapia) promove a excreção hepática da bilirrubina não conjugada por meio da conversão de alguns derivados que são excretados na bile; o fenobarbital, um promotor do metabolismo de bilirrubina, pode ser administrado.
PENDÊNCIA
· Diferença entre os sais biliares primários e secundários e entender como ocorre a sua transformação e quem é absorvido. 	Comment by Maria Eduarda Martins Ferreira: RODWELL, Victor W. Bioquímica ilustrada de Harper. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558040033. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040033/. Acesso em: 18 mai. 2023.
· Sais Biliares Primários: também conhecidos como sais biliares conjugados, são sintetizados no fígado a partir do colesterol. Os principais sais biliares primários são o ácido cólico e o ácido quenodesoxicólico. Esses sais biliares primários são produzidos em grandes quantidades pelo fígado e secretados na bile para auxiliar na emulsificação e absorção de gorduras no intestino delgado. Os ácidos biliares primários (Figura 26-7) entram na bile sob a forma de conjugados de glicina ou taurina. A conjugação ocorre nos peroxissomos hepáticos. Em humanos, a razão entre os conjugados de glicina e taurina é normalmente de 3:1. Na bile alcalina (pH de 7,6-8,4), presume-se que os ácidos biliares e seus conjugados estejam na forma de sais – daí o termo “sais biliares”.
· Quando a bile é secretada no intestino delgado, os sais biliares primários entram em ação, emulsionando as gotículas de gordura e formando micelas mistas, compostas por sais biliares, ácidos graxos e mono e diglicerídeos. Essas micelas mistas aumentam a área de superfície disponível para a ação das enzimas digestivas lipolíticas, como a lipase pancreática, facilitando a quebra das gorduras em ácidos graxos e monoglicerídeos para posterior absorção.
· No intestino, os sais biliares primários são parcialmente reabsorvidos e retornam ao fígado por meio da circulação entero-hepática, onde são recapturados pelos hepatócitos e reutilizados para a produção de bile.
· Sais Biliares Secundários: são produtos da biotransformação dos sais biliares primários pela microbiota intestinal. Bactérias no intestino delgado e cólon realizam reações de desidroxilação e desidrogenação nossais biliares primários, transformando-os em sais biliares secundários. Os principais sais biliares secundários são o ácido desoxicólico e o ácido litocólico.
· Os sais biliares secundários possuem propriedades detergentes semelhantes aos sais biliares primários, auxiliando na digestão e absorção de gorduras. Eles também podem ser parcialmente reabsorvidos no intestino e retornar ao fígado para serem recapturados e reciclados.
· Embora os sais biliares secundários sejam produzidos pela microbiota intestinal, eles desempenham um papel menos significativo na digestão e absorção de gorduras em comparação com os sais biliares primários. A presença de sais biliares secundários em maior quantidade pode estar associada a distúrbios digestivos, como diarreia e má absorção de gorduras.

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