Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 PREPARATÓRIO: FUNSAÚDE – FARMÁCIA CONTEÚDO: CONCEITO, OBJETIVO E ESTRUTURA DA FARMÁCIA HOSPITALAR PROFESSOR(A): YURI BARRETO MATERIAL TEÓRICO CONCEITO DE FARMÁCIA HOSPITALAR Existem muitos conceitos de farmácia hospitalar podendo ser citado como sendo um dos mais completos: “Unidade clínica de assistência técnica, administrativa e contábil, dirigida por profissional farmacêutico que visa atender toda a comunidade hospitalar no âmbito dos produtos farmacêuticos, integrada técnica e hierarquicamente as atividades hospitalares”. É importante frisar que a função clínica da farmácia, voltada para o paciente, é de suma importância pois é neste campo que o profissional farmacêutico terá condições de exercer na plenitude as suas atividades e a sua importância crescerá dentro do hospital. Esta definição mostra que além da questão técnica a farmácia hospitalar é um setor importante do ponto de vista administrativo e contábil para o hospital. Por isto exige-se do farmacêutico hospitalar conhecimento técnico e gerencial. Gabrielle Realce Gabrielle Realce #OCURSOQUEMAISAPROVA 2 OBJETIVOS DA FARMÁCIA HOSPITALAR Os objetivos da farmácia hospitalar podem ser divididos em: primários e secundários. Esta classificação foi feita assim por que é bastante importante que o iniciante nesta área entenda que é preciso fazer primeiro o básico para depois vir o sofisticado. Um bom exemplo disto é querer fazer controle de antimicrobianos sem possuir padronização de medicamentos e a Comissão ou Serviços de Controle de infecções hospitalares não atua. Os objetivos primários de uma farmácia hospitalar são: Padronização, Planejamento de Estoques, Aquisição, Armazenamento, Dispensação por dose individualizada ou unitária, Controle de Estoques e informação sobre medicamentos. Em uma situação imaginária onde a maioria dos hospitais brasileira exerce estas atividades básicas de forma satisfatória seria observado um grande avanço da farmácia hospitalar e conseqüentemente melhoria da qualidade assistencial. Os objetivos secundários são farmacotécnica incluindo a manipulação de produtos não estéreis e estéreis, controle das infecções hospitalares, educação e treinamento e farmácia clínica. FUNÇÕES DA FARMACIA HOSPITALAR A Organização Pan-americana de Saúde — OPAS e o Ministério da Saúde do Brasil definem como funções fundamentais da farmácia hospitalar: • seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao hospital realizada pela comissão de farmácia e terapêutica ou correspondente e associada a outras comissões quando necessário; • aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados estabelecendo níveis adequados para aquisição por meio de um gerenciamento apropriado dos estoques. O armazenamento de medicamentos deve seguir as normas técnicas para preservar a qualidade dos medicamentos: • manipulação, produção de medicamentos e germicidas, seja pela indisponibilidade de produtos no Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce 3 mercado, para atender prescrições especiais ou por motivos de viabilidade econômica O FARMACÊUTICO E A INFECÇÃO HOSPITALAR O Serviço de Farmácia Hospitalar, chefiado pelo farmacêutico, na prevenção da infecção hospitalar tem como principal objetivo promover o uso racional de medicamentos e desenvolve as seguintes funções: seleção de medicamentos, germicidas e correlatos; aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados; manipulação/produção de medicamentos e germicidas; sistematização da distribuição de medicamentos; estabelecimento de um sistema de informações sobre os medicamentos. Em conjunto com o controle de infecção hospitalar, desenvolve ações relacionadas ao controle de antimicrobianos e racionalização do uso de germicidas, auxiliando na elaboração de uma padronização efetiva. Os resultados obtidos com a implantação desta padronização são de grande importância para o paciente, corpo clínico e hospital. Para o paciente, porque lhe será administrado um antimicrobiano com indicação precisa, com eficácia comprovada e menor custo. Quanto ao corpo clínico os benefícios se traduzem na qualidade do fármaco prescrito, na facilidade do manuseio de um número mais restrito de produtos, possibilitando melhor estudo e conhecimento de suas ações e efeitos colaterais. Para o hospital, a relação padronizada evitará a aquisição de medicamentos similares, reduzindo custos e riscos de perda por expiração do prazo de validade. Comissão de Farmácia e Terapêutica e Seleção de Medicamentos A Comissão de Farmácia e Terapêutica é constituída por uma equipe multiprofissional, em que farmacêuticos, médicos, enfermeiros, além de profissionais da área de administração, devem ter como principal objetivo principal à elaboração do formulário farmacêutico hospitalar, determinando a política de seleção de princípios ativos, produção, manipulação, distribuição, uso e administração, incluindo drogas sob investigação. Esta equipe deve elaborar atividades educativas para divulgação de informações relacionadas ao uso de medicamentos aos profissionais de saúde. As intercorrências relacionadas às Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce #OCURSOQUEMAISAPROVA 4 prescrições inadequadas devem ser abordadas por comunicação direta com o profissional envolvido ou até mesmo sua chefia. Isto é feito particularmente, na antibioticoprofilaxia inadequada de procedimentos cirúrgicos. Diante da diversidade de medicamentos comercializados e de constantes lançamentos de novos produtos, é necessário adotar critérios para escolha dos fármacos que deverão fazer parte do arsenal hospitalar e também garantir avaliação periódica para assegurar que disponha sempre das melhores opções terapêuticas. Padronizar medicamentos antiinfecciosos significa definir uma lista de antimicrobianos que melhor atendam as características da ecologia microbiana da instituição. A avaliação rigorosa na seleção dos fornecedores deve ser realizada periodicamente, devendo- se utilizar um protocolo padrão e exigências básicas, porém específicas a cada tipo de fornecedor. Armazenagem Os medicamentos devem manter íntegras as atividades de seus princípios ativos durante um espaço de tempo previamente estabelecido. Vários fatores podem prejudicar esta integridade, entre eles: temperatura, luz, umidade, presença de microrganismos e empilhamento de caixas. Além destes, outros fatores como a presença de oxigênio, gás carbônico, pH, concentração, osmolaridade, tipo de recipiente, que são fatores intrínsecos ao produto, também interferem em sua estabilidade e concentração. As condições de armazenamento devem facilitar a utilização dos produtos em ordem crescente da data de vencimento. Distribuição O sistema de distribuição ou dispensação de medicamentos deve ter como principais objetivos diminuir os erros (como por exemplo de transcrição incorreta), racionalizar a distribuição e administração de medicamentos (evitando incompatibilidade), aumentar o controle sobre seu uso, racionalizar custos e aumentar a segurança e eficiência da medicação prescrita. Contaminação de medicamentos Existem dificuldades para a identificação de um surto devido à contaminação de um medicamento, Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce 5 em decorrência de suas características epidemiológicas e principalmente da inexistência de protocolos específicos que permitam a caracterização e o estudo microbiológico dos casos suspeitos e suas possíveis fontes de contaminação. Estes produtos podem contaminar-se na sua produção, dentro da farmácia ou após a dispensação. Contaminação na farmácia: Geralmente envolve a contaminaçãode soluções usadas na formulação de um produto ou um equipamento, freqüentemente bomba de infusão ou seringa, usado na formulação ou preparação de um fluído estéril. A recomendação dos testes de esterilização realizados durante o processo de manipulação permite a identificação e a correção destas falhas. Contaminação no local de uso: Atualmente este é o principal risco de contaminação dos produtos farmacêuticos. Ocorre principalmente com medicações utilizadas em doses múltiplas, especialmente produtos tópicos como soluções oftálmicas, anti-sépticos ou então soluções parenterais que são preparadas em postos de enfermagem a partir de produtos de múltipla dose mal manipulados ou conservados inadequadamente após sua abertura. Decorre disto a importância de centralizar estas práticas na farmácia, ou quando isto não for possível, que estas atividades sejam desenvolvidas sob a orientação deste departamento. Controle de qualidade O programa de qualidade tem início pelo reconhecimento dos problemas e conseqüentemente com o estabelecimento das prioridades. É fundamental para se atingir o controle do processo uma padronização simplificada, para um fácil entendimento, visando condutas adequadas. Isto envolve dois padrões básicos: de materiais, como medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas; e de processos, como as operações realizadas ou orientadas pela farmácia hospitalar. Gabrielle Realce #OCURSOQUEMAISAPROVA 6 Deve haver uma documentação sistemática de todos os elementos, para que permita um acompanhamento e determinação de indicadores para melhor análise, com intuito de levantar tendências, auferir problemas, elaborar medidas para sua solução e acompanhar a efetividade das ações corretivas implantadas. A farmacovigilância é um conjunto de atividades destinadas a identificar, notificar e analisar sistematicamente as reações adversas aos medicamentos, definidas como qualquer resposta ao fármaco com efeito nocivo e indesejável, que ocorre com as doses habituais utilizadas para profilaxia, diagnóstico ou tratamento. A chance de uma reação potencialmente fatal é de aproximadamente 3% para cada paciente no hospital e cerca de 0,4% para cada curso de tratamento. O tratamento das reações farmacogênicas adversas consome 14,3% dos dias de internação. As drogas mais freqüentemente envolvidas são as de ação cardíaca e os antimicrobianos, de particular importância para o SCIH temos a superinfecção causada normalmente por desequilíbrio da microbiota do paciente, relacionada à pressão seletiva exercida pelo antibiótico. A farmacoepidemiologia é uma disciplina relativamente nova na qual a metodologia epidemiológica é aplicada no estudo do uso e resultados (benéficos ou adversos) de drogas na população humana. Pode ser utilizada para avaliar as informações obtidas pela farmacovigilância e pela avaliação do uso de medicamentos. Apresenta grande similaridade com a abordagem das infecções hospitalares, pois os medicamentos são também uma causa de morbidade, mortalidade e prolongamento da internação, com importantes repercussões econômicas. Controle de contaminação de fármacos A contaminação de fármacos pode algumas vezes ocorrer como resultado de técnicas incorretas na fabricação ou manipulação dessas substâncias, e um sistema de monitoração deve ser desenvolvido pelo programa de qualidade. Apenas uma minoria de medicamentos sofre contaminação durante sua produção e manipulação na farmácia, ocorrendo a maioria destes eventos após sua distribuição. Classificação das áreas hospitalares Com o objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e de necessidades de limpeza as áreas hospitalares conforme o risco potencial de contaminação em: Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce 7 A. Áreas críticas - São aquelas onde existe o risco aumentado de transmissão de infecções, por serem locais onde se realizam grande volume de procedimentos de risco ou se encontram pacientes com seu sistema imunológico deprimido, como UTI, salas de cirurgia, pronto socorro, cozinha, lactário e lavanderia; B. Áreas semicríticas – são as ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas, excluindo as incorporadas às áreas críticas, como enfermarias, quartos de pacientes internados, ambulatórios; C. Áreas não críticas - São todas aquelas áreas hospitalares não ocupadas por pacientes e onde não se realizam procedimentos de risco. Exemplos: áreas administrativas de uma forma geral. Tipos de limpeza hospitalar A. Limpeza concorrente - É aquela realizada de uma forma geral, diariamente e sempre que necessário, e inclui a limpeza de pisos, instalações sanitárias, superfícies horizontais de equipamentos e mobiliários, esvaziamento e troca de recipientes de lixo, de roupas e arrumação em geral; B. Limpeza terminal - Trata-se da limpeza abrangendo pisos, paredes, equipamentos, mobiliários, inclusive camas, macas e colchões, janelas, vidros, portas, peitoris, varandas, grades do ar condicionado, luminárias, teto, etc, em todas as suas superfícies externas e internas. Como exemplos, a limpeza terminal da unidade de um paciente internado deverá ser realizada após sua alta, transferência ou óbito. ADMINISTRAÇÃO APLICADA À FARMÁCIA HOSPITALAR O hospital é uma organização de natureza social que tem por finalidade produzir e oferecer serviços de saúde à população. Para uma organização se estabelecer e alcançar seu objetivo é essencial uma administração eficaz. Os hospitais evoluíram desde pequenos grupos estruturados informalmente até as grandes e complexas organizações dos dias atuais. As modificações observadas buscaram sempre a adequação dos esforços humanos, procurando atingir os objetivos definidos inicialmente. Para tanto o hospital deve ser Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce #OCURSOQUEMAISAPROVA 8 administrado segundo critérios absolutamente adequados, essencialmente baseados nos pressupostos que caracterizam a moderna administração empresarial. A farmácia como órgão inserido e integrado ao hospital deve seguir as mesmas diretrizes. A palavra administração é de origem latina e significa "função que se desenvolve sob o comando do outro, um serviço que se presta ao outro". Portanto, a administração é um processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os recursos organizacionais (materiais, humanos e financeiros) para alcançar os objetivos estabelecidos. A gerência é a arte de pensar, de decidir e de agir; é a arte de fazer acontecer, de obter resultados. Resultados que podem ser definidos, previstos, analisados e avaliados, mas que têm de ser alcançados através das pessoas e numa interação humana constante. Basicamente as funções do administrador são: planejamento, organização, direção e controle. Quando consideradas como um todo forma o processo administrativo. Estas funções estão presentes em todas as áreas funcionais e compõem o conjunto básico de atividades a serem desempenhadas por qualquer administrador. PLANEJAMENTO O planejamento é uma função fundamental do administrador, pois abrange a escolha das alternativas de ação e determina, também, como as outras funções serão executadas para alcançar as metas estabelecidas. Planejar é a arte de elaborar o plano de um processo de mudança. É a forma de viabilizar uma idéia. Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos ordenados de modo a possibilitar interagir com a realidade, programar as estratégias e ações necessárias, e tudo o mais que seja delasdecorrente, no sentido de tornar possível alcançar os objetivos e metas desejados e nele preestabelecidos. Atualmente, o método de planejamento mais empregado na área de saúde é o planejamento estratégico situacional. O método de planejamento estratégico situacional trabalha com a complexidade da realidade e admite que não há um conhecimento único e que a explicação da realidade depende da Gabrielle Realce Gabrielle Realce 9 inserção de cada ator que participa do problema, sendo, assim, parcial e múltiplo. O outro diferencial que apresenta em relação ao método tradicional é a abordagem de outras dimensões além da econômica, como poder, capacidade administrativa e conhecimento. ORGANIZAÇÃO Com a finalidade de atingir objetivos, executar planos e possibilitar às pessoas trabalharem eficientemente, as atividades precisam ser agrupadas de forma lógica e concessões de autoridade serem feitas de modo que haja desenvolvimento do trabalho. Assim, quando surgirem dificuldades ou conflitos esses poderão ser entendidos e resolvidos. Portanto, a organização visa a arrumar e alocar o trabalho, de maneira a alcançar, eficientemente, os objetivos. DIREÇÃO A direção envolve a necessidade de conseguir que os membros da organização atuem de forma a ajudar a atingir os objetivos estabelecidos. Liderança é o processo de dirigir e influenciar nas atividades relativas às tarefas do grupo. A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana e é essencial em todas as funções da administração. Porém, a liderança é mais relevante na função de direção, aquela que toca mais de perto as pessoas. Liderança não deve ser confundida com direção. Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. Um bom dirigente deve ser um bom líder e, nem sempre, um bom líder é um bom dirigente. Os líderes devem estar presentes não apenas no institucional, mas em todos os níveis da organização e nos grupos informais de trabalho. A liderança pode ser estudada sob a ótica de três grupos de teorias: teorias de traços de personalidade, teorias sobre estilos de liderança e teorias situacionais de estilos de liderança. #OCURSOQUEMAISAPROVA 10 SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS Vários segmentos têm-se preocupado com o estabelecimento de atividades que proporcionem o uso racional de medicamentos no âmbito hospitalar. Os benefícios da racionalização se expressam em sofrimentos evitados, na redução do tempo de ação da doença e no período de hospitalização, com repercussões econômicas para as instituições e a sociedade. A Organização Mundial de Saúde estimula os Estados-membros para que estabeleçam e apliquem uma política direcionada aos medicamentos, desde suas especificações técnicas até as condições propícias para seu uso racional. Nos hospitais, a política de uso racional de medicamentos deve ser implementada pela comissão de farmácia e terapêutica -CFT, portanto é essencial a elaboração de uma padronização de medicamentos. A padronização de medicamentos em um hospital deve ser o resultado concreto do processo de seleção de medicamentos desenvolvido na instituição e reflete seus critérios terapêuticos. O processo de seleção de medicamentos deve cumprir o objetivo de assegurar uma terapêutica racional e de baixo custo. Para garantir o uso racional de medicamentos é necessário elaborar a lista de medicamentos padronizados e desenvolver, com muita intensidade e continuidade, um processo de educação farmacológica dos profissionais de saúde do hospital, induzindo uma reflexão crítica sobre a escolha e a utilização dos fármacos. A difusão e o cumprimento da padronização de medicamentos são atividades que devem ser incentivadas pelos serviços de farmácia. Os custos dos serviços de saúde em vários países estão aumentando em taxas alarmantes. A freqüente introdução de novos medicamentos e o uso da alta tecnologia na medicina são fatores que contribuem para a elevação dos custos de assistência à saúde. O grande desafio para o setor saúde na próxima década será conseguir fazer a melhor utilização dos limitados recursos para garantir uma alta qualidade a baixo custo.Para tal será necessário o uso de informações econômicas em todas as decisões relacionadas à assistência de saúde, principalmente sobre medicamentos. Gabrielle Realce Gabrielle Realce 11 O uso racional dos medicamentos otimiza o equilíbrio entre eficácia, segurança e custo da assistência hospitalar. Uso racional de medicamentos é obter melhor efeito, com o menor número de fármacos, durante o período mais curto e com o menor custo possível. No Brasil a questão dos medicamentos envolve os seguintes aspectos: - elevado número de medicamentos, cerca de 25 mil apresentações comerciais e 8.000 marcas de medicamentos, para aproximadamente 2.000 princípios ativos; - há medicamentos sem comprovação de eficácia clínica e com inaceitável relação risco/benefício; - o elevado número de medicamentos, muito além do preconizado pela Organização Mundial de Saúde -OMS -, é conseqüência de inadequada política de registro e comercialização de produtos farmacêuticos; - a indústria farmacêutica exerce uma grande pressão com a propaganda de medicamentos, propiciando o uso irracional. Essa realidade onera pacientes e instituições de saúde, pois de acordo com Lunde, citado por Laporte, 1989: "não se demonstrou nunca que um número infinito de fármacos resulta em maiores benefícios para a saúde pública do que um número mais limitado de produtos. Pelo contrário, a existência de um número elevado de medicamentos pode dar lugar à confusão em todos os níveis da cadeia do medicamento e constituir um desperdício de recursos humanos e de dinheiro. Este conceito deve ser a pedra angular de qualquer política de medicamentos que opte pela saúde. O panorama atual da política de medicamentos, em nosso país, determina a necessidade de utilização de normas e critérios para a sua seleção. O PROCESSO DE SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS Seleção de medicamentos é um processo dinâmico, contínuo, multidisciplinar e participativo. Assegura ao hospital acesso aos medicamentos mais necessários, adotando critérios de eficácia, Gabrielle Realce #OCURSOQUEMAISAPROVA 12 segurança, qualidade e custo. Promove a utilização racional dos medicamentos. A seleção de medicamentos tem como objetivos principais: - implantar políticas de utilização de medicamentos com base em correta avaliação, seleção e emprego terapêutico no hospital; - promover a atualização e a reciclagem de temas relacionados à terapêutica hospitalar; - reduzir custos, visando a obter a disponibilidade dos medicamentos essenciais à cobertura dos tratamentos necessários aos pacientes. A seleção de medicamentos é um processo complexo. É importante que seja realizado considerando a contribuição das seguintes ciências: farmacoeconomia, farmacoepidemiologia, farmacologia e terapêutica clínica, farmacovigilância, biofarmacotécnica e farmacocinética. Este enfoque multidisciplinar colabora para que os diversos elementos que interferem na utilização dos medicamentos sejam contemplados na escolha do arsenal terapêutico. VANTAGENS DA SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS A seleção de medicamentos traz vantagens administrativas e relacionadas ao processo assistencial reduzindo custos e melhorando a qualidade da farmacoterapia desenvolvida na instituição. As vantagens da seleção de medicamentos são: - aumentar a qualidade da farmacoterapia e facilitar a vigilância farmacológica; - garantir a segurança na prescrição e administraçãodo medicamento, reduzindo a incidência de reações adversas; - disciplinar o receituário e uniformizar a terapêutica, quando possível, para estabelecer protocolos criteriosos; - reduzir o custo da terapêutica, sem prejuízos para a segurança e a efetividade do tratamento; - reduzir o número de fórmulas e formas farmacêuticas; - reduzir os estoques qualitativo e quantitativo; - reduzir o custo da aquisição de medicamentos; Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce 13 - reduzir o custo de manutenção do estoque; - facilitar a comunicação entre farmácia, equipe médica, pessoal de enfermagem e seções administrativas; - simplificar rotinas de aquisição, armazenamento, dispensação e controle. ETAPAS DA SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS Na implantação de um processo de seleção de medicamentos é recomendável seguir as seguintes etapas: - conscientização da equipe de saúde através de reuniões, boletins informativos e outras estratégias educativas; - designação da comissão de seleção de medicamentos pelo diretor clínico; - levantamento do perfil nosológico; - análise do nível assistencial e da infra-estrutura de tratamento existente no hospital; - análise do padrão de utilização de medicamentos; - definição dos critérios de seleção a serem adotados; - seleção dos medicamentos, definindo a estratégia de desenvolvimento do formulário e os métodos a serem empregados; - edição e divulgação do formulário farmacêutico; - atualização periódica do formulário farmacêutico. Recomenda-se que o formulário seja revisado no mínimo a cada dois anos. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS A seleção de medicamentos depende de vários fatores, destacando-se o perfil das patologias prevalentes, a infra-estrutura para o tratamento, o treinamento e a experiência da equipe disponível. Os seguintes critérios devem ser empregados no processo de seleção de medicamentos: Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce #OCURSOQUEMAISAPROVA 14 - selecionar medicamentos com níveis elevados de evidência de eficácia clínica. As informações sobre segurança e eficácia devem ser obtidas através de ensaios clínicos com delineamentos adequados à pesquisa com seres humanos. As metanálises também são fontes de informação importantes. - eleger entre os medicamentos da mesma indicação e eficácia, aquele de menor toxicidade relativa e maior comodidade posológica. - padronizar, resguardando a qualidade, medicamentos cujo custo do tratamento/dia e o custo da duração idônea do tratamento sejam menores; - escolher, sempre que possível, entre os medicamentos de mesma ação farmacológica, um representante de cada categoria química ou com característica farmacocinética diferente, ou que possua característica farmacológica que represente vantagem no uso terapêutico; - priorizar formas farmacêuticas que proporcionem maior possibilidade de fracionamento e adequação à faixa etária; - padronizar, preferentemente, medicamentos encontrados no comércio local e formas farmacêuticas acondicionadas em dose unitária; - realizar a seleção de antimicrobianos em conjunto com a Comissão/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, verificando a ecologia hospitalar quanto a microrganismos prevalentes, padrões de sensibilidade e selecionando aqueles antimicrobianos que permitam suprir as necessidades terapêuticas; - reservar novos antimicrobianos para o tratamento de infecções por microrganismos resistentes a antimicrobianos padrões ou para infecções em que o novo produto seja superior aos anteriores, fundamentado em ensaios clínicos comparativos; - padronizar medicamentos pelo nome do princípio ativo adotando a denominação comum brasileira - DCB. 15 COMISSÃO DE PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS A comissão de padronização de medicamentos -CPM e a CFT são as comissões hospitalares responsáveis pela seleção de medicamentos. As duas comissões têm o mesmo objetivo, mas as atividades que desenvolvem são diferentes. O ideal é que as CPM se transformem em CFT. A CPM é a junta deliberativa designada pela diretoria clínica com a finalidade de regulamentar a padronização de medicamentos utilizados no receituário hospitalar. Padronização de medicamentos é a relação básica de medicamentos selecionados para constituir os estoques das farmácias hospitalares, objetivando o atendimento médico hospitalar de acordo com suas necessidades e peculiaridades locais. As atribuições da CPM são: - selecionar os medicamentos para uso no hospital; - redigir a padronização de medicamentos e mantê-la atualizada; - divulgar informações sobre medicamentos. COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA A responsabilidade pelo desenvolvimento e supervisão de todas as políticas e práticas de utilização de medicamentos no hospital com intuito de assegurar resultados clínicos ótimos e um risco potencial mínimo é da CFT. A CFT assessora a diretoria clínica nos assuntos relacionados a medicamentos e terapêutica e serve como elo de ligação entre a farmácia e a equipe de saúde. Ações educativas, assessoria técnica e divulgação sobre medicamentos são realizadas pela CFT no hospital. Esta é a comissão hospitalar mais importante para a farmácia. A CFT dever executar as seguintes atividades no hospital: - estabelecer normas e procedimentos relacionados à seleção, à distribuição, à produção, à utilização e à administração de fármacos e agentes diagnósticos; - padronizar e avaliar o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos no hospital; Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce Gabrielle Realce #OCURSOQUEMAISAPROVA 16 - redigir o guia farmacoterápico ou formulário farmacêutico; - avaliar periodicamente o arsenal terapêutico disponível, promovendo inclusões ou exclusões segundo critérios de eficácia, eficiência clínica e custo; - normatizar procedimentos farmacoclínicos que se relacionam com a terapêutica medicamentosa; - sugerir medidas que possibilitem a disponibilidade de recursos materiais e humanos, assegurando a viabilidade da política de medicamentos dentro da instituição; - disciplinar a ação dos representantes da indústria farmacêutica dentro do hospital; - estudar medicamentos sob o ponto de vista clínico, biofarmacêutico e químico, emitindo parecer técnico sob sua eficácia terapêutica como critério fundamental de escolha; - divulgar informações relacionadas a estudos clínicos relativos aos medicamentos incluídos e excluídos do formulário farmacêutico; - elaborar programas de notificação e acompanhamento de reações adversas. Estrutura Organizacional Hospitalar A Farmácia Hospitalar e dos demais serviços de saúde é caracterizada como uma unidade clínica e administrativa devendo ser contemplada no organograma, com gestão autônoma e independente, preservando os interesses da instituição. Parâmetros Mínimos para Ambientes A Farmácia Hospitalar e dos demais serviços de saúde deve ser localizada em área que facilite a provisão de serviços a pacientes e às unidades hospitalares, devendo contar com recursos de comunicação e transporte eficientes. Para o funcionamento de uma unidade de Farmácia Hospitalar devem existir, no mínimo, os seguintes ambientes: ▪ Área para administração; ▪ Área para armazenamento; ▪ Área de dispensação; ▪ Área para atendimento farmacêutico. Gabrielle Realce Gabrielle Realce 17 Havendo outros tipos de atividades (manipulação magistral e oficinal, manipulação de desinfetantes, fracionamento, produção de kits, manipulação de antineoplásicos, nutrição parenteral e de outras misturas intravenosas; manipulação de radiofármacos, controle de qualidade, serviço de informação e outras) deverão existir ambientes específicos para cada uma destas atividades, atendendo a legislação pertinente. Recomenda-se que a gerênciada farmácia conte com ambiente privativo, suporte administrativo e que haja recursos para as atividades de informação sobre medicamentos e produtos para saúde e de farmacovigilância. Em hospitais onde exista dispensação ambulatorial de medicamentos é recomendável que haja uma área específica para esta finalidade, com a instalação, também, de um consultório farmacêutico. Cabe destacar que as salas de manipulação de nutrição parenteral, medicamentos estéreis, medicamentos citotóxicos e radiofármacos, devem ser de uso exclusivo para o preparo desses medicamentos, sendo vedado a manipulação de outras substâncias, conforme legislação específica. #OCURSOQUEMAISAPROVA 18 19 PARÂMETROS MÍNIMOS PARA EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS Como apoio às atividades operacionais da Farmácia, de acordo com os serviços prestados, deverá ser observado o disposto na legislação sanitária, ambiental e normas de qualidade vigentes. Todos os equipamentos deverão constar do PMOC – Plano de Manutenção Operação e Controle, disposto na portaria MS 3.523/98, sendo efetuada a manutenção corretiva e preventiva conforme planejamento. Os equipamentos de proteção coletiva e individual (EPC e EPI) deverão seguir o estabelecido nas normas trabalhistas, em especial no Programa de Prevenção e Risco de Acidentes - PPRA e Programa Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. O registro da entrega e do uso de EPI deverá ser mantido bem como a sua utilização estimulada. #OCURSOQUEMAISAPROVA 20 Equipamentos e utensílios deverão seguir as normas do INMETRO, ficando evidenciada as suas aferição, calibração e certificações, quando aplicável. Parâmetros Mínimos para Recursos Humanos A unidade de Farmácia Hospitalar e de serviços de saúde deve contar com farmacêuticos e auxiliares em número adequado às atividades realizadas, de forma a proporcionar o desenvolvimento de processos seguros e sem sobrecarga ocupacional, respeitando o limite de carga-horária semanal legalmente estabelecida e a legislação vigente, em especial a Lei 13.021/2014, no tocante a presença de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento. O número de farmacêuticos e de auxiliares dependerá das atividades desenvolvidas, da complexidade do cuidado, do número de leitos, do grau de informatização e mecanização da unidade, devendo minimamente atender as recomendações citadas na tabela abaixo, com dedicação exclusiva à atividade vinculada. Segundo o Artigo 6º da Lei 13.021/2014, as Farmácias de qualquer natureza necessitam ter farmacêutico em todo o horário de funcionamento a fim de obter autorização e licenciamento para o seu pleno funcionamento. O Artigo 8º e seu parágrafo único, da Lei supracitada, ressalta ainda que as farmácias privativas de hospitais e estabelecimentos de saúde similares, destinam-se a atender exclusivamente seus usuários, estando igualmente sujeitas às mesmas exigências legais previstas para as farmácias não privativas, no que concerne à direção e desempenho técnico dos farmacêuticos, bem como ao registro no Conselho Regional de Farmácia. Ressaltamos que a composição do quadro de funcionários das Farmácias Hospitalares e dos demais Serviços de Saúde deverão se basear nos Parâmetros Mínimos para Recursos Humanos considerando o porte, as atividades desempenhadas e a complexidade de cada estabelecimento. As instituições de saúde devem firmar compromisso com seus usuários, de modo a viabilizar recursos humanos suficientes para atingir as metas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde, conforme as seguintes prioridades: ▪ Segurança do Paciente; ▪ Qualidade da assistência; ▪ Efetividade da terapia medicamentosa; ▪ Uso racional de medicamentos e produtos para saúde; ▪ Controle de Infecção e cumprimento da Legislação Sanitária vigente; Gabrielle Realce 21 REFERÊNCIAS 1. -BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Disponível em: http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/ legislacao/item/rdc-67-de-8-de-outubro-de-2007 2. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013. Institui Ações para a Segurança do Paciente em Serviços de Saúde e dá Outras Providências. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ saudelegis/gm/2013/prt2095_24_09_2013.html 3. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RESOLUÇÃO -RDC Nº 220, DE 21 DE SETEMBRO DE 2004. Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica. Disponível em: http://www20. anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/ resolucao-rdc-n-220-de-21-de-setembro-de- 2004 4. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/ res0050_21_02_2002.html 5. BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. RESOLUÇÃO Nº 354 20 DE SETEMBRO DE 2000 Ementa: Dispõe sobre Assistência Farmacêutica em atendimento pré-hospitalar às urgências/emergências. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/354.pdf. 6. BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. RESOLUÇÃO Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013 Ementa: Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/ file/resolucoes/585.pdf. #OCURSOQUEMAISAPROVA 22 7. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004. Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/ res0338_06_05_2004.html 8. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012. Aprova as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/ res0466_12_12_2012.html 9. BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 10. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria MS/SNVS nº 272, de 8 abril de 1998. Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral. Disponível em: http://www20. anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/ portaria-ms-snvs-n-272- de-8-abril-de-1998 11. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA nº 1.377, de 9 de julho de 2013. Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente. Disponível em: http://bvsms.saude. gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1377_09_07_2013.html 12. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 2.095, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013. Aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/ prt2095_24_09_2013.html 13. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 3.916, DE 30 DE OUTUBRO DE 1998. Política Nacional de Medicamentos. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html 14. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 3.523, DE 28 DE AGOSTO DE 1998. Aprova o Regulamento Técnico contendo medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do estadode limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/ prt3523_28_08_1998.html 23 15. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 4.283, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010. Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ gm/2010/prt4283_30_12_2010.html 16. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Disponível em: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013. html 17. BRASIL. Presidência da República. LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13021.htm 18. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Monitorização da segurança de medicamentos: diretrizes para criação e funcionamento de um Centro de Farmacovigilância. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 19. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Boas práticas de farmacovigilância para as Américas. Rede PAHRF Documento Técnico Nº 5. Washington, D.C.: OPAS, © 2011. 20. SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA – SOBRAFO/AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Guia para notificação de reações adversas em oncologia. -- 2. ed. -- São Paulo: Conectfarma. Publicações Científicas, 2011. 21. WORLD ALLIANCE FOR PATIENT SAFETY. WHO draft guidelines for adverse event reporting and learning systems. From information to action. Geneva: World Health Organization; 2005.
Compartilhar