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JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO E
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E
SOCIEDADES CONTROLADORAS,
CONTROLADAS E COLIGADAS
UNIDADE 2
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES
CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste segundo tópico, analisaremos a avaliação de investimentos simples, que são
avaliados contabilmente pelo método de custo. Analisaremos também os
investimentos permanentes, avaliados contabilmente pelo método de equivalência
patrimonial.
Conheceremos as principais diferenças entre sociedades coligadas, controladas e
controladoras, além da �gura do ágio e deságio em sua fundamentação pela
aquisição de investimentos.
Veremos alguns dos principais investimentos signi�cativos conforme enunciado
pela Lei 11.638/2007, além de analisarmos a obrigatoriedade ou não da
equivalência patrimonial.
2 MÉTODO DE CUSTO
Unidade 2 - Tópico 2
 
De modo geral, são avaliados pelo custo os in vestimentos, sob a forma de ações
ou quotas, efetuados em empresas não consideradas coligadas ou con troladas,
bem como os investimentos que não tenham in�uência signi�cativa.
S
O conceito de controlada, coligada, equiparada à coligada além do tema
in�uência signi�cativa serão vistos mais adiante.
De acordo com Ribeiro (2005), as contas representativas dos investimentos
sujeitos à avaliação pelo Método do Custo de Aquisição são posicionadas no
Balanço Patrimonial da seguinte forma:
ATIVO CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
Aplicações de Liquidez Imediata
           
INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A CURTO PRAZO
Aplicações Temporárias em Ouro
Ações ou Quotas de Outras Empresas
Outros Títulos e Valores Mobiliários
(-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado  
ATIVO NÃO CIRCULANTE
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A LONGO PRAZO
Aplicações Temporárias em Ouro
Ações ou Quotas de Outras Empresas
Depósitos e Aplicações com Incentivos Fiscais
Outros Títulos e Valores Mobiliários
(-) Provisão para Ajuste ao Valor de MercadoUnidade 2 - Tópico 2
 
 
INVESTIMENTOS
AVALIADOS PELO CUSTO DE AQUISIÇÃO
Participações em Outras Empresas
Participações em Fundos de Investimentos com Incentivos Fiscais
(-) Provisão para Perdas Permanentes
           
OUTROS INVESTIMENTOS
Aplicações Permanentes em Ouro
(-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
Imóveis de Renda
(-) Depreciação Acumulada
Obras de Arte
Os investimentos avaliados pelo custo de aquisição são aqueles investimentos
simples que podem ser liquidados (transformados em dinheiro) mais facilmente.
Segundo Ribeiro (2005, p. 61), “ [...] no método de custo não importa a geração
efetiva dos lucros ou reservas, mas as datas e os atos formais de sua distribuição.
Assim, deixam-se de reconhecer na empresa investidora os lucros e reservas
gerados e não distribuídos”.
2.1 PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS
As participações em outras empresas são avaliadas pelo método de custo no
seguinte caso: quando a participação no capital votante da investida for inferior a
20% desde que não tenha in�uência signi�cativa.
A in�uência signi�cativa é conceituada de acordo com o Comitê de
Pronunciamentos Contábeis em seu Pronunciamento Técnico CPC 18 da seguinte
forma:
In�uência Signi�cativa: é o poder de participar nas decisões �nanceiras e
operacionais da investida, sem controlar de forma individual ou conjunta essas
políticas.
Veja o que a Lei nº 11.638/2007 de�ne sobre o termo in�uência signi�cativa:
Unidade 2 - Tópico 2
 
 Art. 243 [...]
§ 4º Considera-se que há in�uência signi�cativa quando a investidora detém ou
exerce o poder de participar nas decisões das políticas �nanceira ou operacional
da investida, sem controlá-la.
§ 5º É presumida in�uência signi�cativa quando a investidora for titular de 20%
(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.
Portanto, uma vez que não haja uma participação de 20% ou mais na
investida e que não haja in�uência signi�cativa, o investimento será avaliado
pelo método de custo. 
A CVM, na Instrução nº 469, de 02/05/08 e nota explicativa, se pronunciou sobre o
assunto:
A in�uência signi�cativa introduzida pela nova redação do art. 248 da Lei nº 6.404,
de 1976, é entendida pelas normas internacionais de contabilidade como o poder
de participar nas decisões das políticas �nanceira e operacional da investida, sem,
contudo, exercer o controle sobre tais políticas. São assim, evidências de in�uência
signi�cativa:
1) Participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a existência de
administradores comuns.
2) Poder de eleger ou destituir um ou mais de seus administradores.
3) Volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento de assistência
técnica ou informações técnicas essenciais para as atividades da investidora.
4) Signi�cativa dependência tecnológica e/ou econômico-�nanceira.
5) Recebimento permanente de informações contábeis detalhadas, bem como de
planos de investimento.
6) Uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos.
Unidade 2 - Tópico 2
 
Mesmo que não haja participação em percentual na investida, desde que
haja evidências de in�uência signi�cativa, o investimento já não será avaliado
pelo método de custo, mas, sim, pelo método de equivalência patrimonial.
2.2 NOTAS EXPLICATIVAS
A Lei nº 6.404/76, em seu art. 176, § 5º, inciso IV, alínea b, menciona a
obrigatoriedade do uso de notas explicativas para investimentos em outras
sociedades quando signi�cativos. Dessa forma, somente os investimentos
avaliados pelo método de custo não teriam, diretamente, necessidade de
evidenciação em notas explicativas.
Entretanto, a própria Lei nº 6.404/76, sugere que sempre que uma informação
puder contribuir à melhoria da compreensão das demonstrações contábeis da em -
presa, deverá ser adicionada em forma de notas.
Dessa maneira, conforme Ribeiro (2005), com objetivo de detalhar as con tas de
investimentos (em outras sociedades, pelo mé todo de custo, e em outros
investimentos), assim como as reversões de investimentos temporários para
permanentes, recomenda-se o uso das notas explicativas.
2.3 DIVIDENDOS OU LUCROS RECEBIDOS
Os dividendos recebidos nos investimentos avaliados pelo método de custo têm
um tratamento diferenciado de acordo com o tempo de aplicação. Se o
investimento der algum retorno antes de seis meses de aquisição das ações ou
quotas, esse retorno deve ser creditado da própria conta investimento. Porém, se
o investimento der algum retorno após seis meses de aquisição das ações ou
quotas, esse retorno deve ser creditado em outras receitas operacionais.
Veja o exemplo a seguir:
Em 01/02/2011, a empresa Sulform S/A aplicou $ 1.000 na empresa Magma S/A.
Sabe-se que o investimento é avaliado pelo método de custo. Em 31/12/2011, a
empresa Magma S/A anunciou a distribuição de dividendos aos seus investidores
para ser pago somente em 31/03/2012, ou seja, somente três meses depois.
Portanto, a empresa Sulform S/A terá o direito de receber a quantia de $ 100.
Pergunta-se: de que forma a empresa Sulform S/A irá contabilizar esse ganho? Em
que data?
Somente em 31/03/2012 a empresa Sulform S/A fará o seguinte lançamento:Unidade 2 - Tópico 2
 
           
Débito: Caixa                                                                         $ 100
Credito: Outras Receitas Operacionais                               $ 100
Note que nos investimentos avaliados pelo método de custo o
reconhecimento da variação desses ocorre somente na data do efetivo
recebimento do ganho. Perceba também que desde a data da aquisição do
investimento (01/02/2011) até o reconhecimento do ganho (31/12/2012) já se
passaram mais de seis meses.
Agora, suponha a seguinte situação: Em 01/02/2011, a empresa Sulform S/A
aplicou $ 1.000 na empresa Magma S/A. Sabe-se que o investimento é avaliado
pelo método de custo. Em 31/03/2011, a empresa Magma S/A anunciou a
distribuição de dividendos aos seus investidores para serem pagos somente em
30/06/2011, ou seja, somente três mesesdepois.
Portanto, a empresa Sulform S/A terá o direito de receber a quantia de $ 100.
Pergunta-se: de que forma a empresa Sulform S/A irá contabilizar esse ganho? Em
que data?
Somente em 30/06/2011 a empresa Sulform S/A fará o seguinte lançamento:
Débito: Caixa                                                                             $ 100
Credito: Investimento em Magma S/A                                    $ 100
Perceba que deste a data da aquisição do investimento (01/02/2011) até o
reconhecimento do ganho (30/06/2011), passaram-se menos de seis meses.
Por esse motivo, a empresa Sulform S/A não reconhecerá em sua
Demonstração do Resultado do Exercício o ganho de $ 100, apenas dá
entrada no caixa e baixará a própria conta investimento.
Unidade 2 - Tópico 2
 
Nesse caso, uma vez que o reconhecimento do ganho se deu antes de seis meses,
a empresa Sulform S/A passará a ter registrado em sua contabilidade um
investimento na empresa Magma S/A de apenas $ 900.
3 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
O Método da Equivalência Patrimonial pode ser de�nido como método de
atualização do investimento em controladas e coligadas e deve ser feito
mensalmente, de acordo com o percentual de participação da investida na
investidora sobre o patrimônio líquido da própria investida.
De acordo com o CPC 18 é o método de contabilização por meio do qual o
investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado
pelo reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas alterações dos
ativos líquidos da investida. O resultado do período do investidor deve incluir a
parte que lhe cabe nos resultados gerados pela investida.
Conforme Iudícibus et al. (2010), o conceito básico do método de equivalência
patrimonial é fundamentado no fato de que o resultado e quaisquer outras
variações patrimoniais da investida sejam reconhecidos na investidora no
momento de sua geração na investida, independente dessa variação ser ou não
distribuída.
Veja a seguir o exemplo de método de equivalência patrimonial com base no
modelo de Ribeiro (2005):
Suponha-se que no Balanço Patrimonial da Empresa A, levantado em 31/12/2009,
conste no Ativo Não Circulante um investimento no valor de $ 240.000, no capital
da Com panhia B. Vamos assumir que a participação de A no capital de B
corresponda a 40%.
Suponha-se, agora, que em 31/12/2010, no Balanço Patrimonial de B, constem as
seguintes contas e valores:
Patrimônio Líquido
Capital                                                                                      600.000
Reserva de lucros                                                                    300.000
Total                                                                                           900.000
Portanto, ao apurar os seus resultados em 31/12/2010, a investidora (Empresa A)
deverá atualizar o valor do seu investimento na investida (Empresa B), em
decorrência da variação ocorrida no Patrimônio Líquido dessa, para que o valor do
Unidade 2 - Tópico 2
 
investimento constante do Ativo Não Circulante de A continue a equivaler a 40%
do Patrimônio Líquido de B.
O cálculo para �ns de atualização do investimento é simples: como a participação
de A em B corresponde a 40% do capital de B, pode-se concluir então:
40% de $ 900.000 = $ 360.000
Esse valor encontrado, pela aplicação do percentual de participação no valor do
Patrimônio Líquido de B, que foi igual a $ 360.000, corresponde ao valor atualizado
do investimento de A em B, que deverá �gurar no Balanço Patrimonial de A.
Para apurar o valor da variação:
Valor do Investimento Atualizado (40% do PL atual de B)    360.000
(-)         Valor Original do Investimento                                     (240.000)
=          Valor da Correção                                                             120.000
 
Contabilização:
D - Investimentos na Coligada B                                             120.000
C - Receitas de Participações Societárias                               120.000
Essa contabilização de $ 120.000 corresponde à atualização do investimento de A
em B de acordo com o método de equivalência patrimonial.
Note que a conta Investimentos foi debitada em $ 120.000, onde
consequentemente aumentará seu saldo no Balanço da investidora em
31/12/2010, resultando num valor total de $ 360.000 que equivale a 40% do
Patrimônio Líquido de B.
Já o crédito também no valor de $ 120.000 corresponde a uma receita de
participação societária a ser reconhecida na demonstração de resultado do
exercício como sendo outras receitas operacionais.
Se por acaso ocorrer prejuízo, ou seja, redução no valor do Patrimônio Líquido da
investida, o registro contábil da atualização do Investimen to seria esse:
D - Despesas em Participações Societárias a Investimentos
C - Redução do Investimento que se processa pela aplicação do Método da
Equivalência etc.
Unidade 2 - Tópico 2
 
Tanto o resultado positivo como o negativo de equivalência patrimonial que
afetam o resultado da empresa não devem in�uenciar no cálculo do IRPJ e
da CSLL, uma vez que no caso de receita deverá ser excluído e, no caso de
despesa, deverá ser adicionado para o cálculo desses impostos. Também
não afetarão o cálculo do PIS e COFINS. E na tributação das empresas
optantes do Simples Nacional.
Esse resultado de equivalência patrimonial não será tributado na investidora pelo
fato de já ser tributado originalmente na investida.          
De acordo com Ribeiro (2005), o procedimento normal das empresas, ao apurar o
resultado do exercício, é efetuar os cálculos e a contabilização das destinações do
Lucro Líquido do Exercício. Essas destinações, nas sociedades, por ações e nas
cooperativas �carão, respectivamente, sujeitas à aprovação dos acionistas e
associados em assembleia a ser realizada após a apuração do resultado e
elaboração das demonstra ções contábeis.
Basicamente, as destinações do resultado do exercício são as seguintes:
•  constituição de reservas (prede�nidas ou não em estatuto);
•  compensação de prejuízos acumulados, apurados em exercícios anteriores;
•  aumento de capital;
•  distribuição aos investidores.
Conforme a NBC T1, a constituição de reservas é, às vezes, já de�nida em estatuto
ou por lei para dar à entidade e seus credores uma margem maior de proteção
contra os efeitos de prejuízos que possam vir a acontecer. Outras reservas podem
ser constituídas em atendimento a leis que concedam isenções ou reduções nos
impostos a pagar quando são feitas transferências para tais reservas. A existência
e o valor de tais reservas legais, estatutárias e �scais representam informações
que podem ser importantes para a tomada de decisão dos usuários. As
transferências para tais reservas são apropriações de lucros acumulados, portanto
não constituem despesas, uma vez que seus saldos são compostos por lucros já
tributados.
Das destinações apresentadas anteriormente somente a distribuição de lucros
será con�gurada fora do patrimônio líquido da empresa, geralmente no passivo
circulante. Portanto, as demais destinações apenas serão reconhecidas em outras
contas, mas dentro do patrimônio líquido.Unidade 2 - Tópico 2
 
De acordo com Ribeiro (2005), é preciso, ao efetuar os cálculos para o �m de
aplicar a avaliação dos investimentos pelo método de equivalência patrimonial,
veri�car se a investida efetuou a contabilização de lucros a distribuir, cujo valor
deve ser adicionado ao PL da investida para �ns de cálculo, uma vez que estes já
estariam evidenciados no passivo circulante.
Quando então, nesses casos em que a investida já reconhece parte do resultado
do exercício como uma obrigação a ser paga aos investidores, a investidora poderá
optar em contabilizar a parte referente aos lucros a receber a débito da própria
conta que registra o Investimento, ou a débito da conta Lucros a Receber, do Ativo
Circulante, uma vez que já se conhece o valor distribuído.
           
A contabilização dessaopção poderia ser evidenciada por meio do exemplo
anterior, em que a investidora reconheceu por meio de equivalência patrimonial
um resultado positivo de $ 120.000, supondo que, desses $ 120.000 de lucro, $
40.000 seriam distribuídos como forma de dividendos. Então, a investidora poderia
reconhecer essa variação do investimento por duas formas:
1 – Reconhecer integralmente o valor do investimento:
D – Investimentos na Coligada B                                           120.000
C – Receitas de Participações Societárias                               120.000
           
Onde que, no momento da cobrança desses dividendos a receber faria o seguinte
lançamento:
D – Caixa/Bancos                                                                   40.000
C – Investimentos na Coligada B                                            40.000
2 – Reconhecer parcialmente o valor do investimento e já reconhecer o valor dos
dividendos a receber:
D – Investimentos na Coligada B                                             80.000
D – Dividendos a Receber                                                         40.000
C – Receitas de Participações Societárias                               120.000
Em que, no momento da cobrança desses dividendos a receber faria o seguinte
lançamento:
D – Caixa/Bancos                                                                    40.000Unidade 2 - Tópico 2
 
C – Dividendos a Receber                                                        40.000
Toda a vez que se paga ao investidor o resultado obtido pelo investimento,
tal investimento se descapitaliza. Note nos exemplos que o reconhecimento
de dividendos a receber ou seu pagamento reduzem o valor do
investimento.
3.1 ASPECTOS LEGAIS
Os principais documentos que tratam da avaliação de investimentos pelo Método
da Equivalência Patrimonial são:
• art. 248 da Lei n° 11.638/2007;
•  art. 384 a 391 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99); e art. 1º a 20 da
INSTRUÇÃO CVM nº 247, de 27 de março de 1996;
•  Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Controlada e Coligada.
3.2 MÉTODO DO CUSTO X MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA
Tanto o método de custo como o método de equivalência são utilizados para
registrar investimentos no capital de outras empresas. Conforme enunciado na Lei
11.638/2007, no método de equivalência os investimentos serão registrados da
seguinte forma:
Art. 248 No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas
sobre cuja administração tenha in�uência signi�cativa, ou de que participe com
20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum
serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as
seguintes normas:
I – o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado
com base em balanço patrimonial ou balancete de veri�cação levantado, com
observância das normas desta lei, na mesma data, ou até sessenta dias, no
máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido
não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com
a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela
controladas; Unidade 2 - Tópico 2
 
II – o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor
de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de
participação no capital da coligada ou controlada;
III – a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o
custo de aquisição corrigido monetariamente, somente será registrada como
resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos; se no caso de
companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste
artigo, serão computados como parte do curso de aquisição os saldos de créditos
da companhia contra as coligadas e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar
e fornecer o balanço ou balancete de veri�cação previsto no número I.
Porém, conforme enunciado na Lei nº 11.638/2007, os demais valores do ativo
serão registrados da seguinte forma:
Art. 183 No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes
critérios:
[...]
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização.
Assim, Ribeiro (2005, p. 95) comenta que:
A grande vantagem da aplicação do Método da Equivalência Patrimonial, princi -
palmente para aqueles que aplicam recursos �nanceiros no mercado de capitais, por
intermédio das Bolsas de Valores ou diretamente na subscrição de capital de outras
empresas, está no reconhecimento dos resultados auferidos pelas investidas, no mo -
mento em que eles são apurados, passando a integrar os resultados da investidora,
independentemente de ocorrer ou não a distribuição de dividendos pelas investidas. 
Dessa forma, nos investimentos avaliados pelo método de custo os resultados
obtidos pela variação destes somente serão reconhecidos pela investidora em sua
Demonstração do Resultado do Exercício por ocasião da distribuição e/ou do
recebimento dos dividendos.  
Unidade 2 - Tópico 2
 
Por sua vez, nos investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial,
os resultados obtidos pela variação destes investimentos serão reconhecidos pela
investidora em sua Demonstração do Resultado do Exercício por ocasião da
variação ocorrida no Patrimônio Líquido das empresas investidas, mantendo
constantemente o valor dos investimentos equivalentes ao percentual de
participação no capital das empresas controladas, coligadas e de suas
equiparadas.
3.3 QUEM DEVE APLICAR A EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Indiferente da forma de tributação, lucro presumido, lucro real ou simples
nacional, e de sua natureza societária, Limitada ou Sociedade por Ações, todas as
empresas devem aplicar o método de equivalência patrimonial, desde que
possuírem in�uência signi�cativa ou possuírem investimentos em coligadas ou
controladas.
As empresas que possuírem, na data do balanço, investimentos
permanentes em coligadas, suas equiparadas e em controladas, ou com
in�uência signi�cativa, localizadas no país e no exterior devem aplicar o
método de equivalência patrimonial.
Ribeiro (2005) comenta que, para saber quais Investimentos estarão sujeitos à
avaliação pelo MEP, é preciso inicialmente conhecer o que são empresas coligadas,
quais empresas são equiparadas às coligadas, o que são em presas controladas, o
que signi�ca in�uência signi�cativa, além de outros conceitos.
As sociedades que estejam sob controle comum também são obrigadas a atualizar
seus investimentos pelo método de equivalência patrimonial. De acordo com Perez
e Oliveira (2010), o controle comum está diretamente relacionado à essência
econômica da entidade contábil e, como tal, deve ser entendida. A dimensão
econômica da entidade é delimitada como o conjunto de entes, ainda que
juridicamente distintos, que estejam em um mesmo grupo ou que seu controle
seja exercido por um mesmo ente ou conjunto de entes. Veja o exemplo a seguir:
1) A companhia XYZ controla as companhias A, B e C.
 
2) A companhia A é uma companhia aberta e participa com 5% (indiferente a
participação aqui) do capital votante das companhias B e C.
Unidade 2 - Tópico 2
 
3) Assim, a companhia A avaliará os investimentos em B e C pelo método da
equivalência patrimonial, já que todas estão sob o controle comum de XYZ.
3.3.1 Coligadas
São coligadas as sociedades quando uma participa, com 20% ou mais, do capital
votante da outra, sem controlá-la ou quando haja in�uência signi�cativa.
Lembrando que o conceito de in�uência signi�cativa foi explanadono item 2.1
desta unidade.
O CPC 18 de�ne o termo coligada como sendo uma entidade, incluindo aquela não
constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, sobre a qual o
investidor tem in�uência signi�cativa e que não se con�gura como controlada ou
participação em empreendimento sob controle conjunto (joint venture).
Pode acontecer que em determinado período, a participação na investida �que em
menos do que 20%. Esse fato geralmente ocorre pelos seguintes motivos:
1 –   aumento do valor do patrimônio líquido da investida decorrente da chamada
de capital sem que a investidora subscreva o aumento;
2 –   redução do valor contábil do investimento.
Nesses casos, conforme Ribeiro (2005), as empresas deverão observar a Instrução
CVM, que deter mina expressamente que elas continuarão avaliando aqueles
investimentos pelo método da equivalência, quando a sua redução não for de
caráter permanente. Caso a redução seja de caráter permanente não haveria mais
a necessidade de avaliar o investimento por equivalência patrimonial.
3.3.2 Equiparadas às coligadas
São equiparadas às coligadas quando uma participa indiretamente com 20% ou
mais do capital votante da outra, sem controlá-la, por exemplo:
A empresa A possui uma participação de 80% da empresa B. Por sua vez, a
empresa B possui uma participação de 30% na empresa C sem controlá-la.
Logo, pode-se concluir que:
•  A é controladora de B, uma vez que possui 80% dessa (participação direta);
•  C é coligada de B, uma vez que B possui uma participação de 30% na empresa C
sem controlá-la. (Participação direta);
•  C é equiparada a coligada de A, uma vez que A possui uma participação de 80%
em B e B possui uma participação de 30% na empresa C sem controlá-la; logo, AUnidade 2 - Tópico 2
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participa indiretamente de C em 24% (80% x 30%) (Participação indireta).
Note que o resultado de participação indireta foi de 24%. Se o resultado fosse
abaixo de 20% seria um investimento simples, avaliado pelo método de custo.
A participação no capital votante pode ser direta ou indiretamente através
de participações em outras empresas.
3.3.3 Controladas
De acordo com o CPC 18, considera-se controlada a entidade, incluindo aquela não
constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a
controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos
de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
Pode-se dizer também que são controladas: as subsidiárias integrais, as �liais,
agências, sucursais, dependências ou escritórios de representação no exterior,
sempre que os respectivos ativos e passivos não estejam incluídos na
contabilidade da investidora, por força de normatização especí�ca.
3.3.4 Variações no patrimônio líquido da investida
Sempre quando o investimento for avaliado pelo método de equivalência
patrimonial é preciso analisar as variações ocorridas no patrimônio líquido total da
investida, mesmo que a participação seja pelo capital votante.
As variações no patrimônio líquido podem ocorrer por diversos motivos, para mais
ou para menos. Dentre os principais, destacam-se:
a) redução decorrente de:
•  prejuízos apurados pela empresa;
•  ajustes de exercícios anteriores;
•  retirada de sócios, acionistas ou associados;
•  distribuição de lucros ou sobras;
•  ajustes de avaliação patrimonial.
Unidade 2 - Tópico 2
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b) aumento decorrente de:
•  lucros apurados pela empresa;
•  ajustes de exercícios anteriores;
•  entrada de sócios, acionistas ou associados;
•  reavaliações;
•  ajustes de avaliação patrimonial.
As variações do patrimônio líquido na investida re�etem contabilmente na
investidora em seu ativo no grupo investimentos e na demonstração do resultado
do exercício em outras receitas ou despesas operacionais.
Quando as variações no patrimônio líquido da investida decorrem de ajustes de
avaliação patrimonial ou reavaliações, tais variações deverão ser registradas no
grupo investimentos também, porém, numa conta especí�ca denominada ágio ou
deságio, que será reconhecida logo abaixo da conta investimentos. Veja o modelo
a seguir:
ATIVO
ATIVO NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
AVALIADOS PELO MEP
Investimento em empresa X
Ágio por reavaliação em empresa X
Ágio por ajuste de avaliação patrimonial em empresa X
(-) Deságio por ajuste de avaliação patrimonial em empresa X
3.4 AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTOS COM ÁGIO OU DESÁGIO
Quando na aquisição de investimentos o valor pago difere do valor apurado por
equivalência patrimonial, então se entende que há a �gura do ágio ou deságio.
O valor pago pode ser considerado o custo de aquisição e, por sua vez, a
equivalência patrimonial, como já visto nesta unidade, pode ser considerada como
sendo o percentual de participação da investida na investidora sobre o patrimônio
líquido da própria investida.
Unidade 2 - Tópico 2
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Para �ns contábeis, a Instrução nº 247/1996 da CVM, em seu art. 13, descreve o
seguinte:
Art. 13 Para efeito de contabilização, o custo de aquisição de investimento em
coligada e controlada deverá ser desdobrado e os valores resultantes desse
desdobramento contabilizados em subcontas separadas:
I – equivalência patrimonial baseada em demonstrações contábeis elaboradas nos
termos do art. 10; e
II – ágio ou deságio na aquisição ou na subscrição, representado pela diferença
para mais ou para menos, respectivamente, entre o custo de aquisição do
investimento e a equivalência.
Assim, o valor da equivalência patrimonial deve recair numa conta especí�ca
denominada Investimento, no grupo Investimentos, Ativo Não Circulante. Já as
contas de ágio ou deságio devem ser contabilizadas em contas especí�cas,
denominadas Ágio ou Deságio, mas também no grupo Investimentos, Ativo Não
Circulante. Veja o exemplo a seguir, como base no modelo de Ribeiro (2005):
A investidora Alfa adquiriu 60% das ações representativas do capital da investida
Beta, a �m de controlá-la. Vamos assumir que a venda tenha sido �xada em função
do Valor Patrimonial Contábil das ações, acrescido de ágio calculado pela diferença
entre o valor de mercado e o valor líquido contábil dos bens do Ativo Imobilizado
da investida.
           
O Patrimônio Líquido da investida, na data da transação estava assim evidenciado:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital                                                                              200.000
Reservas de lucros                                                            20.000
Total                                                                                  220.000
Porém, a diferença entre o valor de mercado e o valor líquido contábil dos bens do
ativo imobilizado foi igual a $ 60.000.
Portanto, o valor patrimonial apurado contábil das ações:
Patrimônio Líquido da investida                                    220.000
(+) Diferença entre o valor de mercado
e o valor líquido contábil do Imobilizado                        60.000Unidade 2 - Tópico 2
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Patrimônio Líquido ajustado                                          280.000
Calculando a equivalência patrimonial: 60% de $ 280.000 = $ 168.000
Portanto, as ações representativas de 60% do capital da investida Beta foram
vendidas para a investidora Alfa por $ 168.000.
           
Perceba que o valor do patrimônio líquido da investida Beta aumentou em $
60.000 decorrente a valorização de seus bens no ativo imobilizado que estavam
subavaliados.
Entretanto, essa valorização não ocorreu de fato nos registros contábeis, ou seja,
foi apenas um levantamento gerencial, sem lançar débitos e créditos, porém, a
investida Beta sabe que seus bens do imobilizado estariam valendo $ 60.000 a
mais e, por isso, seu patrimônio líquido numa negociação poderia ser acrescido
desse valor.
Atualmente, de acordo com a Lei 11.638/2007, por se tratar de uma
reorganização societária, nada impediria que a empresa Beta reconhecesse
de fato essa valorizaçãoem sua contabilidade �nanceira, registrando os
débitos e créditos necessários.
Pois bem, uma vez que a investidora Alfa adquiriu 60% das ações representativas
da empresa Beta, serão necessários os seguintes lançamentos para o registro
contábil na investidora Alfa:
Crédito    Bancos Conta Movimento                              168.000 (valor total pago)
Débito     Participação na Controlada Beta                132.000 *
Débito     Ágio por Diferença de Valor de Mercado  36.000
* (valor registrado por equivalência patrimonial, ou seja, $ 220.000 x 60%).
Veja como o investimento será apresentado no Balanço Patrimonial da Investidora:
ATIVO NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
AVALIADOS PELA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Unidade 2 - Tópico 2
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Participação na empresa Beta                                     132.000
(+) Ágio por Diferença de Valor de Mercado              36.000
Total                                                                             168.000
Porém, suponha-se que a investidora tenha pagado, pelo mesmo investimento, a
importância de $ 100.000 ao invés de $ 168.000, então os lançamentos contábeis
seriam assim registrados:
Crédito    Bancos Conta Movimento                              100.000 (valor total pago)
Débito     Participação na Controlada Beta                   132.000 *
Crédito    Deságio por Diferença de Valor de Mercado 32.000
Veja como o Investimento seria então apresentado no Balanço Patrimonial da
Investidora:
ATIVO NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
AVALIADOS PELA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Participação na empresa Beta                                     132.000
(-) Deságio por Diferença de Valor de Mercado          32.000
Total                                                                                 100.000
Em relação a esse exemplo é preciso destacar que:
•  as contas que registram o ágio são de natureza devedora;
•  as contas que registram o deságio são de natureza credora, ou seja, são contas
reti�cadoras do ativo;
•  indiferente se a empresa tenha pago com ágio ou deságio, o valor do
investimento será registrado pela equivalência patrimonial, portanto, indiferente
do valor pago.
Quanto à �gura do ágio e deságio, Ribeiro (2005, p. 116) pontua que
[...] cabe salientar que no momento em que a investidora aplicar recursos no capital de
outras empresas (aquisição, quando adquire ações de empresa já existente, ou
subscrição, quando constitui nova empresa ou subscreve aumento de capital em
empresa já existente), poderá ou não ocorrer ágio ou deságio. Um exemplo de
aplicação sem ágio ou deságio ocorre quando a investidora constitui sozinha ou comUnidade 2 - Tópico 2
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outras empresas o capital de uma coligada e/ou controlada. Nesse caso, no momento
da constituição do capital subscrito pela investidora, não haverá variação entre o valor
investido e o valor do Patrimônio Líquido da investida.
Nos demais casos, que não sejam constituição de empresas, mas, sim, aquisições
de coligadas e/ou controladas, será necessário calcular a equivalência patrimonial
para o possível registro do ágio ou deságio.
3.4.1 Fundamento econômico do ágio e do deságio
A Instrução 247/1996 da CVM, em seu art. 14, descreve o seguinte:
Art. 14 O ágio ou deságio computado na ocasião da aquisição ou subscrição do
investimento deverá ser contabilizado com indicação do fundamento econômico
que o determinou.
Os dois fundamentos econômicos que fundamentam o ágio ou deságio são esses:
a) Diferença entre o valor contábil e o valor de mercado de ativos da investida.
Esse fundamento refere-se à diferença a maior ou a menor entre o valor de
mercado e o valor líquido contábil dos bens do Ativo Circulante ou Não Circulante.
b) Diferença entre o valor pago e o valor de mercado dos ativos da investida. Esse
fundamento refere-se à expectativa de ganhos futuros sobre a investida, ou seja,
os possíveis lucros projetados.
Ribeiro (2005) destaca que a conta de Investimento deve ser detalhada em notas
explicativas quanto aos seus três componentes (se existirem):
•  valor patrimonial da participação da controladora no valor contábil do
patrimônio líquido da controlada adquirida, ou seja, o valor do investimento por
equivalência patrimonial;
•  valor da mais-valia dos ativos líquidos adquiridos atribuída à controladora, ou
seja, o fundamento “a”;
•  e ágio por rentabilidade futura (goodwill) atribuído à controladora, ou seja, o
fundamento “b”.
O ágio só é classi�cado no subgrupo de intangíveis no balanço consolidado,
conforme NBC T19.8 – Ativo Intangível, nunca no balanço individual, onde
Unidade 2 - Tópico 2
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permanece no subgrupo de Investimentos.
3.4.2 Amortização do ágio e deságio
A amortização do ágio e deságio acontecerá de acordo com o fundamento
econômico que os originaram. A Instrução 247/1996 da CVM, em seu art. 14,
descreve o seguinte quanto ao fundamento “a”:
§ 1º O ágio ou deságio decorrente da diferença entre o valor de mercado de parte
ou de todos os bens do ativo da coligada e controlada e o respectivo valor contábil,
deverá ser amortizado na proporção em que o ativo for sendo realizado na
coligada e controlada, por depreciação, amortização, exaustão ou baixa em
decorrência de alienação ou perecimento desses bens ou do investimento.
           
Portanto, nesse caso, se os bens que originam o ágio ou deságio tiverem uma vida
útil de 120 meses, tanto o ágio como o deságio será amortizado também em 120
meses. Porém, se caso tais bens fossem vendidos, a baixa do ágio ou deságio se
daria totalmente pela data da venda dos referidos bens.
Já quanto ao fundamento “b”, a Instrução nº 247/1996 da CVM, em seu art. 14,
descreve o seguinte:
§ 2º O ágio ou o deságio decorrente da diferença entre o valor pago na aquisição
do investimento e o valor de mercado dos ativos e passivos da coligada ou
controlada, deverá ser amortizado da seguinte forma.
a) o ágio ou o deságio decorrente de expectativa de resultado futuro no prazo,
extensão e proporção dos resultados projetados, ou pela baixa por alienação ou
perecimento do investimento, devendo os resultados projetados serem objeto de
veri�cação anual, a �m de que sejam revisados os critérios utilizados para
amortização ou registrada a baixa integral do ágio.
           
Portanto, o ágio ou o deságio decorrente de expectativa de resultado futuro deve
ser amortizado conforme esse resultado for acontecendo. Por exemplo, se a
investidora projetar um resultado futuro de 8 anos, o ágio ou deságio deverá ser
amortizado em até 96 meses.
b) o ágio decorrente da aquisição do direito de exploração, concessão ou
permissão delegadas pelo Poder Público no prazo estimado ou contratado de
utilização, de vigência ou de perda de substância econômica, ou pela baixa por
alienação ou perecimento do investimento.
Unidade 2 - Tópico 2
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§ 3º O prazo máximo para amortização do ágio previsto na letra “a” do parágrafo
anterior não poderá exceder a dez anos;
§ 4º Quando houver deságio não justi�cado pelos fundamentos econômicos
previstos nos parágrafos 1º e 2º, a sua amortização somente poderá ser
contabilizada em caso de baixa por alienação ou perecimento do investimento.
Portanto, no caso do deságio não justi�cado, este �cará registrado na investidora
até que a mesma se desfaça do investimento na investida.
§ 5º O ágio não justi�cado pelos fundamentos econômicos, previstos nos
parágrafos 1º e 2º, deve ser reconhecido imediatamente como perda, no resultado
do exercício, esclarecendo-se em nota explicativa as razões da sua existência.
Já o ágio não justi�cado deve ser reconhecido como perda, ao contrário que
acontece com o deságio não justi�cado, uma vez que esse �caria registrado no
ativo.
Ribeiro (2005, p. 119) destaca que
E importante salientar, também, que a conta que registra o Ágio é de natureza deve -
dora, gerando, portanto, no momento da amortização, uma despesa para a
investidora, despesa essa integrante do grupo das “Outras Despesas Operacionais”,
subgrupo “Des pesascom Participações Societárias”, podendo ser intitulada de
“Amortização de ágios”. Porém, observe que a conta que registra o Deságio é de
natureza credora, logo, sua amortização gerará para a investidora uma receita que
também deve ser contabilizada conta do grupo das “Outras Receitas Operacionais”,
subgrupo “Receitas de Participações Societárias”, podendo ser intitulada de
“Amortização de Deságios”. 
Essas contas explicam o porquê do registro do ágio não justi�cado como perda e
do deságio não justi�cado como ativo. O ágio representa uma perda, uma
despesa, o deságio, representa um ganho, uma receita. Assim, contabilmente, é
necessário o mínimo de conservadorismo, ou seja, é preciso antecipar as perdas,
mas não os lucros.
3.5 LUCRO OU PREJUÍZO NÃO REALIZADO
Geralmente entre investidoras e investidas ocorrem transações de compra e venda
de ativos, tais como: mercadorias, investimentos, bens do ativo imobilizado etc.
Nessas operações é comum a geração de lucro ou prejuízo, que podem ser
considerados como lucros ou prejuízos não realizados.
A Instrução nº 247/1996 da CVM, em seu art. 9, descreve o seguinte:
Unidade 2 - Tópico 2
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Art. 9º O valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial, será
obtido mediante o seguinte cálculo:
I – Aplicando-se a porcentagem de participação no capital social sobre o valor do
patrimônio líquido da coligada e da controlada; e
II – Subtraindo-se, do montante de lucros não realizados.
§ 1º Para os efeitos do inciso II deste artigo, serão considerados lucros não
realizados aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras
coligadas e controladas, quando:
a) o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e
correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza
no balanço patrimonial da investidora; ou
b) o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e
correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza
no balanço patrimonial de outras coligadas e controladas.
S
A de�nição de lucros ou prejuízos não realizados será também analisada na
Unidade 3. No tópico em que envolvemos a Consolidação das
Demonstrações Contábeis �ca mais fácil de compreender a �gura dos lucros
não realizados quanto se trata de consolidação.
Considere o seguinte exemplo: a investida Albatroz vendeu mercadorias por $ 100
a sua investidora Almeida. Sabe-se que a mercadoria custou para a investida o
valor de $ 70, portanto, gerando um lucro na operação de $ 30. Esse lucro de $ 30
pode ser considerado um lucro não realizado, uma vez que foi uma transação inter
companhias e que deve ser excluído do processo de equivalência patrimonial.
Considere ainda que:
Resultado da investida no exercício (resultado na DRE) $ 200
Participação da investidora no capital social da investida 40%
Unidade 2 - Tópico 2
 
Equivalência patrimonial antes do ajuste em decorrência de lucros
não
 realizados
$ 80
Menos: lucro não realizado de operações intercompanhias ($ 30)
Resultado da equivalência patrimonial registrado como receita $ 50
Perceba que 100% dos lucros não realizados foram expurgados do cálculo de
equivalência patrimonial, mesmo que a participação da investidora na investida
seja de apenas 30%. Esse procedimento se faz necessário uma vez que 100% do
lucro de $ 30 foi intercompanhias.
Porém, caso a investidora venha a revender tais mercadorias a terceiros, então
não haveria mais lucros não realizados, mas, sim, apenas lucros realizados, uma
vez que tais mercadorias já não estariam sob propriedade da investidora.
Para um melhor entendimento de tal conceito, Perez e Oliveira (2010, p. 50)
comentam “[...] que as diversas empresas que constituem um grupo econômico
devem ser vistas como se fossem uma ‘única entidade’, sendo impor tante,
portanto, considerar somente os resultados efetivamente realizados nas
operações comerciais com terceiros, ou seja, com as empresas que não pertençam
ao grupo”.
Perez e Oliveira (2010, p. 57) apresentam o seguinte exemplo de lucros não
realizados:
A controlada B vendeu à investidora A, durante o exercício de 2011, o total de $
3.000 de matérias-primas, as quais custaram $ 1.700. Consequentemente, a
controlada B registrou:
$
Vendas no exercício 3.000
Unidade 2 - Tópico 2
 
(-) Custo das vendas, incluindo os
tributos
(1.700)
Lucro - Margem de 43,3% das
vendas
1.300
A investidora A, por ocasião do encerramento do exercício, constatou que do total
das compras de $ 3.000, permaneciam em estoques, como matérias-primas,
produtos em elaboração ou incorporadas aos produtos acabados, o saldo de $
400. Com base nessas informações, o lucro �nal da controlada B deve ser ajustado
em $ 173,20, correspondente ao lucro não realizado, obtido da seguinte maneira:
Saldo das matérias-primas
adquiridas da controlada
$ 400
Margem de rentabilidade da
controlada
43,3%
$ 173 20
Caro/a acadêmico/a! Para aprofundar os seus conteúdos, sugerimos a
Leitura Complementar do texto a seguir de parte do Artigo de Ariovaldo dos
Santos (2007), originalmente publicado no sexto Congresso USP de
Controladoria e Contabilidade 2006. A partir dele, você compreenderá um
pouco mais sobre o surgimento dos juros sobre capital próprio no Brasil.
LEITURA COMPLEMENTAR
QUEM ESTÁ PAGANDO JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO NO BRASIL?
1994 foi um ano em que mais um plano econômico foi colocado em prática.
Tratava-se do Plano Real que, ao contrário dos outros planos implantados a partirUnidade 2 - Tópico 2
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dos anos oitenta, não vinha com congelamentos de preços, tablitas, con�scos de
contas correntes e poupanças, controle de preços etc. Sua implantação foi
realizada em duas fases distintas. A primeira delas ocorreu com a criação da
Unidade Real de Valor – URV a partir de março. Nessa fase, todos os valores da
economia e dos contratos que estavam em vigor naquele instante foram
transformados nesse novo índice da economia. Convém lembrar que a URV não
era uma nova moeda, mas, sim, uma espécie de índice que foi utilizado como
conversor da moeda.
A segunda fase do Plano Real veio com a transformação da moeda e isso ocorreu
em julho de 1994. Independentemente das análises, contrárias ou favoráveis, que
se possa fazer dos resultados deste plano, uma coisa é indiscutível: nossos níveis
de in�ação tiveram reduções bastante signi�cativas e muito mais duradouras do
que os atingidos em planos anteriores. Em junho de 1994, a taxa de in�ação
mensal chegava à casa dos 50%, enquanto no segundo semestre desse ano a
média mensal foi de 2,9%. Outro dado que não pode ser esquecido é que essa
variação de preços do segundo semestre de 1994 estava contaminada por parte
das variações de preços de maio e junho, re�etidas somente nos meses
subsequentes. Isso signi�ca que o país voltava a experimentar taxas de in�ação
que havia vivido no �nal dos anos 1960 e início dos anos 1970. No primeiro
semestre de 1995, esse índice médio mensal foi de 1,7%. Óbvio que um índice de
1,7% de in�ação mensal pode ser considerado extremamente alto, mas para um
país que tinha vivido os últimos 25 anos com taxas médias sempre muito mais
elevadas do que essa, os resultados podiam ser considerados como muito bons.
A lógica central do Plano Real fundamentou-se no ataque ao que se convencionou
chamar de in�ação inercial e proibiu as atualizações monetárias automáticas de
todos os tipos de contratos, inclusive os de aluguéis e de trabalho. Após mais de
uma década de sua implantação, o Plano Real demonstrou ser bastante e�caz no
combate à in�ação. Porém, deve-se ressalvar que, mesmo com todos os méritos
que o Plano Real possa ter demonstrado, uma coisa é certa, a in�ação foi bastante
reduzida, mas não eliminada.
Em 31 de agosto de 1995, o Ministro da Fazenda encaminhou a Exposição de
Motivos no 325/MF relativa a Projeto de Lei que, posteriormente, foi transformada
na Lei nº 9.249/95. O item 2 da referida Exposição de Motivos a�rma:
A reformaobjetiva simpli�car a apuração do imposto, reduzindo as vias de
planejamento �scal, uniformizar o tratamento tributário dos diversos tipos de renda,
integrando a tributação das pessoas jurídicas, ampliar o campo de incidência do
tributo, com vistas a alcançar os rendimentos auferidos no exterior por contribuintes
estabelecidos no País e, �nalmente, articular a tributação das empresas com o Plano de
Estabilização Econômica.
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Mesmo não tendo eliminado completamente o processo in�acionário, em
dezembro de 1995, com o objetivo de suprimir de vez a cultura da memória
in�acionária, foi editada a Lei 9.249, com vigência a partir de janeiro de 1996, que
em seus arts. 4º e 5º determina:
 
Art. 4º Fica revogada a correção monetária das demonstrações �nanceiras de que
tratam a Lei nº 7.799, de 10 de julho de 1989, e o art. 1º da Lei nº 8.200, de 28 de
junho de 1991.
Parágrafo único. Fica vedada a utilização de qualquer sistema de correção
monetária de demonstrações �nanceiras, inclusive para �ns societários.
Como se percebe do texto legal, a proibição de utilização de sistemas que possam
considerar os efeitos da in�ação não é restrita a aspectos �scais, mas inclui
também os aspectos societários. Isso signi�ca que a perda do poder de compra da
moeda não só não deve ser considerada no cálculo dos impostos (imposto de
renda da pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro), como também para
efeito dos dividendos. Dessa forma, a legislação impediu qualquer possibilidade de
as empresas buscarem, através de suas assembleias de acionistas, mecanismos
legais para cálculo e pagamento de dividendos a partir de resultados que
considerem os efeitos da perda de poder aquisitivo da moeda.
Outra grande novidade, do ponto de vista �scal, incluída nessa Lei nº 9.249/95, foi
a criação da possibilidade de as empresas passarem a remunerar, através do
pagamento de juros, como despesas dedutíveis para o cálculo do imposto de
renda e da contribuição social, o capital dos acionistas. A faculdade desse
pagamento está prevista no art. 9º que prevê:
A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros
pagos ou creditados individualmente a titular, sócios ou acionistas, a título de
remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido
e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP.
Na fundamentação para a introdução dessa nova forma de remunerar o acionista,
o Ministro da Fazenda, no item 10 de sua Exposição de Motivos, justi�cou:
“Com vistas a equiparar a tributação dos diversos tipos de rendimentos do capital,
o Projeto introduz a possibilidade de remuneração do capital próprio investido na
atividade produtiva, permitindo a dedução dos juros pagos ao acionista, até o
limite da variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP”. (BRASIL, Lei nº 9.430).
Deve-se ressalvar que, apesar de sua difusão no Brasil ter acontecido a partir da
Lei nº 9.249/95, a �gura dos juros sobre o Capital no Brasil já havia sido incluída na
Lei nº 6.404/76. Referida Lei, em seu art. 179, prevê o seguinte:Unidade 2 - Tópico 2
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RESUMO DO TÓPICO
As contas serão classi�cadas do seguinte modo:
I – [...]
V – no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para
a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos
ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das
operações sociais.
Como se pode perceber desse texto legal, a permissão para a contabilização de
remuneração atribuída aos acionistas a título de juros estava restrita aos valores
pagos no período que antecedesse ao início das operações. Tal possibilidade
acabava por abranger apenas investimentos que tivessem prazos de maturação
mais longos e isso, praticamente, restringia a utilização desses “juros” às empresas
concessionárias de serviços públicos, mais especi�camente aquelas que
desenvolviam suas operações nas aéreas de energia elétrica, saneamento básico e
telecomunicações.
Em trabalho publicado sobre a história dos juros sobre o capital próprio, quando
da apresentação de suas conclusões, Martins a�rma:
A �gura dos juros sobre o Capital Próprio veio para tentar reduzir uma iniquidade
�scal muito séria criada com a extinção da correção monetária dos balanços. Não
se trata de uma benesse ou de uma liberalidade gratuita por parte do Governo,
mas de uma tentativa (razoavelmente bem sucedida, reconheça-se) de redução
dessa iniquidade comentada. (MARTINS, 2004, p. 6).
FONTE: Adaptado de: SANTOS, Ariovaldo dos. Quem está pagando juros sobre capital próprio no Brasil? Disponível em: <htt
p://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/30anos/ariovaldo_pg33a44.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2011.
Neste tópico, analisamos a avaliação de investimentos simples os quais são
avaliados contabilmente pelo método de custo. Analisaremos também os
investimentos permanentes, avaliados contabilmente pelo método de equivalência
patrimonial.
Conhecemos as principais diferenças entre sociedades coligadas, controladas e
controladoras, além da �gura do ágio e deságio em sua fundamentação pela
aquisição de investimentos.
Unidade 2 - Tópico 2
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http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/30anos/ariovaldo_pg33a44.pdf
http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/30anos/ariovaldo_pg33a44.pdf
AUTOATIVIDADES
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
Vimos a relação da in�uência signi�cativa conforme enunciado pela Lei nº
11.638/2007, além da obrigatoriedade ou não da equivalência patrimonial.
Unidade 2 - Tópico 2
1   A Companhia Investidora ABC adquire ações da investida DEF. O investimento é
signi�cativo e realizado em empresa controlada. Sabe-se que o Patrimônio Líquido
da investida é de R$ 800.000,00 e que a Investidora ABC adquire 60% de suas
ações, pagando à vista R$ 500.000,00. O lança mento correto do fato acima na
investidora será:
D – Investimento em
Controladas
C – Caixa 
500.000,00
D – Investimentos em
Controladas
C – Caixa 
 480.000,00
C – Caixa 
 
500.000,00
D – Investimentos em
Controladas 
480.000,00
D – Ágio em
Investimentos 
 20.000,00
C – Investimentos em
Controladas 
 500.000,00
D – Caixa 
 
 480.000,00
C – Deságio em
Investimentos 
 20.000,00
2 A controladora Cia. Andressa possui 60% do Capital votante de uma empresa
con trolada. O investimento está registrado na contabilidade da investidora por R$
3.000,00. Se o patrimônio líquido da investida estiver representado por:
Unidade 2 - Tópico 2
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A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
Capital Social
Reservas
Prejuízos acumulados
R$ 3.000,00         R$ 2.000,00        R$
(1.000,00)
Total R$ 4.000,00
O lançamento contábil da Equivalência na investidora será: 
D – investimentos em Coligadas e
Controladas
C – Ganhos de Investimentos 
 600,00
D – Resultado Negativo na
Equivalência Patrimonial
C – Investimento em Coligadas e
Controladas   600,00
D – Investimento em Coligadas e
Controladas
C – Perdas de Investimentos      
  600,00
D – Investimentos em
Coligadas e Controladas
C – Resultado Positivo na Equivalência
Patrimonial  600,00
3 Na Cia. Clélia, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, o Balancete de
Veri�cação em 31/12/X1, antes da avaliação dos investimen tos signi�cativos e
in�uentes, apresentava, entre outros, os seguintes saldos:
Investimentos Signi�cativos em Controladas:                               R$
Companhia Isa                                                                               180.000,00
Companhia Cláudia                                                                         120.000,00
Unidade 2 - Tópico 2
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A) 
B) 
C) 
D) 
Os Patrimônios Líquidos das empresas controladas, cujos exercícios sociais
tambémcoincidem com o ano-calendário, totalizavam, nos Ba lanços Patrimoniais
levantados em 31/12/X1, respectivamente R$ 350.000,00 e R$ 200.000,00, ambos
positivos. Informações adicionais:
•  as empresas controladas não distribuíram dividendos no ano-base de X1;
•  os saldos indicados no Balancete de Veri�cação citado são idênticos ao do
Balanço Patrimonial de 31/12/X0;
•  Participações da investidora no Capital Votante das Controladas em 31/12/X0 e
31/12/X1:
•  Companhia Isa                   60%
•  Companhia Cláudia           70%
A contabilização correta, a ser efetuada em 31/12/X1, pela investidora é:
D – Resultado Positivo
na Equivalência
Patrimonial         
 50.000,00
C – Participação na
Cia. Isa                           
                         
30.000,00
C – Participação na
Cia. Cláudia                   
                       
 20.000,00;
C – Resultado Negativo
em Participações
Societárias       
 250.000,00
D – Participação na
Cia. Isa                           
                       
 170.000,00
D – Participação na
Cia. Cláudia                   
                       
 80.000,00;
C – Resultado Positivo em
Participações Societárias     
     50.000,00
D – Participação na Cia. Isa 
                                                 
 30.000,00
D –
Participação
na Cia.
Cláudia
C – Resultado Negativo em
Participações Societárias     
   50.000,00
D – Participação na Cia. Isa 
                                                 
  20.000,00
D –
Participação
na Cia.
Cláudia  
Unidade 2 - Tópico 2
 
Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
Utilize as informações a seguir para responder às questões de nº 7 a 10:
No início do exercício, a Cia. Investidora adquiriu 30% do Capital Votante da Cia.
Investida, que era representado unicamente pela Conta Capital, no valor de R$ 300
mil, sabendo-se que:
•  a aquisição foi realizada por R$ 90 mil;
•  que a Cia. Investida é coligada da Investidora e este investimento é considerado 
signi�cativo;
•  que o Lucro Líquido do período da Investida foi de R$ 100 mil.
4 Pode-se indicar por quanto estará avaliado o investimento no Balanço
Patrimonial da Cia. Investidora, no �nal do período (em R$ mil):
150
120
90
60
5 Na Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. Investidora, aparecerá, como
Resultado de Equivalência Patrimonial, uma receita (em R$) de (considerados os
dados da questão anterior):
Unidade 2 - Tópico 2
 
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
30 mil
60 mil
100 mil 
200 mil
6 Se após os lançamentos contábeis de ajustes do Investimento na Cia. Investidora,
a Cia. Investida distribuir R$ 50 mil de dividendos, a Investidora fará o seguinte
lançamento contábil:
D – CaixaC – Dividendos               15.000,00
D – Caixa C – Receita                       15.000,00
D – CaixaC – Investimento                15.000,00
D – Caixa C – Lucro                         15.000,00
7   Se a investidora tivesse pago R$ 100 mil pelas ações da Investida, o lançamento
contábil seria (supondo-se pagamento à vista em dinheiro):
Unidade 2 - Tópico 2
 
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
D – CaixaC – Investimentos 100.000,00
C –
Ágio 100.000,00
D – Caixa  
10.000,00
D – Investimentos  
90.000,00
D – Ágio  
90.000,00
C –
Caixa 100.000,00
D – Investimentos  
10.000,00
D – Ágio          
10.000,00
C – Caixa          
100.000,00
D –
Investimentos 90.000,00
8  De acordo com a Instrução CVM nº 247/96, qual seria o resultado da
equivalência patrimonial a ser registrada, contabilmente, por uma controladora
que dispusesse dos seguintes dados?
Património Líquido da Controlada R$ 1.600,00
% Participação 70%
Lucros Realizados R$ 200,00
Lucros não realizados entre a Controlada e a Controladora R$ 300,00
Valor Contábil do Investimento R$ 720,00
Unidade 2 - Tópico 2
 
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
R$ 190,00
R$ 253,00
R$ 100,00
R$ 400,00
9  Preencha a tabela a seguir com: Controlada, Coligada, Equiparada a Coligada ou
Investimento simples avaliado pelo método de custo.
% da
investidora na
Preponderância
nas
deliberações
Tipo de
relacionamento?
Investida
B
5% Sim
Investida
C
22% Não
Investida
D
9% Não
Investida
E
15% Sim
Unidade 2 - Tópico 2
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Responder
Responder
Investida
F
21%
indiretamente
Não
10  O que se pode a�rmar da empresa A em relação à empresa C?
IMAGEM 10 PNG
11 A entidade ABC adquire, em fevereiro de 2003, investimento representativo de
25% do capital votante da entidade XYZ, considerado signi�cativo. Em agosto de
2003, por força de acordo de acionistas, passa a exercer o controle sobre aUnidade 2 - Tópico 2
 
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
administração dessa entidade. A entidade ABC deve adotar o método de
equivalência patrimonial para avaliação desse investimento a partir de:
fevereiro de 2003.
agosto de 2003.
dezembro de 2003.
janeiro de 2004.
12 A �gura contábil do ágio pode ocorrer por origens e circunstâncias diversas,
entre elas há expectativa:
de rentabilidade futura da Participação Societária adquirida.
das despesas futuras da Participação Societária adquirida.
de o valor do Imobilizado Líquido da empresa investida tender a
zero.
de prejuízos futuros da Participação Societária adquirida.
Unidade 2 - Tópico 2
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13 Preencha a tabela abaixo: Equivalência ou Custo
Valor do
Investimento
Capital
Votante da
investida
Preponderância
nas deliberações
Método de
avaliação?
Empresa
B
3.000 13.000 Não
Empresa
C
1.500 13.000 Não
Empresa
D
1.500 5.000 Não
Empresa
E
500 5.000 Sim
Empresa
F
3.000 10.000 Sim
Unidade 2 - Tópico 2
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Responder
1. Ativo Não Circulante da investidora em 31/12/X1:
2. Patrimônio Líquido da Controlada C em 31/12/X1:
3. Patrimônio Líquido da Controlada C em 31/12/X2:
14 Com base nos dados e informações a seguir, proceda ao cálculo e à
contabilização para atualizar o valor do investimento pelo Método de Equivalência
Patrimonial na investidora em 31/12/X2:
    Investimentos Avaliados pela Equivalência Patrimonial
    Participação na Controlada C                                                         70.000
    Capital                                                                                             100.000
    Capital                                                                                            100.000
    Lucros acumulados                                                                          50.000
    Total                                                                                                150.000
Informações complementares:
•  A participação da investidora na controlada equivale a 70% do capital da
investida.
•  Expurgar do PL da investida Lucro não realizado no valor de $ 10.000, decorrente
de Lucro auferido pela investida em vendas para a investidora.
Unidade 2 - Tópico 2
 
Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
15 A Cia. Signi�cativo avaliará seu investimento em sua controlada, a Cia. Alfa, pelo
método de Equivalência Patrimonial.     A participação no capital votante da Cia.
Alfa é de 20%.
Momento X1
Cia. Signi�cativo
ATIVO
Investimentos
Part. na Cia. Cia. Alfa                        100.000
Cia. Alfa 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital                                 400.000
Reserva Capital                        100.000
Total                                 500.000
Momento X2A Cia. Alfa obteve um Lucro Líquido de $ 150.000.
Momento X3:A Cia. Cia. Alfa distribuiu $ 50.000 em dividendos.
Momento X4:A Cia. Cia. Alfa reavalia seu Ativo em $ 200.000 e consequentemente
aumenta o seu Patrimônio Líquido com Reservas de Reavaliação em $ 200.000.
O valor da conta "Investimento/Participação na Cia. Alfa”, da Cia. Signi�cativo, no
momento X4, será de:
$ 210.000
$ 200.000
 $170.000
$160.000
Unidade 2 - Tópico 2
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Responder
Responder
A) 
B) 
16 A Nossa Firma de Comércio S/A comprou, à vista, por R$ 18.000,00, ações
equivalentesa 40% do capital votante da Cia. Sideral de Indústria. Essa empresa
tem um Patrimônio Líquido formado de:
    Capital Social                                 R$ 40.000,00
    Reservas de Capital                      R$ 12.000,00
    Reservas de Lucros                       R$  8.000,00
O investimento é signi�cativo e deverá ser avaliado pelo Método da Equivalência
Patrimonial para �ns de balanço. Por ocasião da operação de compra acima
descrita, a empresa investidora deverá efetuar o seguinte lançamento contábil:
17 Pelo Método da Equivalência Patrimonial os Investimentos têm seus valores
atualizados, para mais ou para me nos, em decorrência de:
variação ocorrida no Custo de aquisição em relação ao valor de
mercado.
 variações para mais ou para menos no Patrimônio Líquido das
investidas.
Unidade 2 - Tópico 2
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C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
variações para menos no valor patrimonial da ação da investidora.
somente pelos lucros apurados nas investidoras.
18 Analise o seguinte lançamento no grupo “Despesas Operacionais”:
D – Despesas de Participações SocietáriasC – Participação na Coligada B. 
Esse lançamento registra:
o lucro auferido pela investida.
a diminuição do Ativo Circulante da Investidora.
o Prejuízo apurado pela investida em decorrência de aumento de
Capital.
a redução ocorrida no PL da investida em decorrência de prejuízos
por ela apurados.
19 No exercício seguinte, ocasião em que a investidora receber em cheque os
dividendos, devidamente contabilizados como acréscimo da conta que registra
investimento no �nal do exercício anterior, o correto será debitar a conta Caixa ou
Bancos conta Movimento e creditar a conta:
Unidade 2 - Tópico 2
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A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
Que registra o respectivo investimento.
Dividendos a Receber.
Receitas de Participações Societárias.
Ganhos em contas do Ativo Permanente.
20 A Controlada B apurou lucro líquido, no �nal de X1, no valor de $ 500, e
contabilizou $ 200 como dividendos a pagar para sua Controladora A,
permanecendo o res tante no PL.
Em relação a esse lucro de $ 500, a investidora:
obrigatoriamente debitará $ 200 na conta Dividendos a Receber e $
300 na conta que registra o investimento.
poderá optar em debitar $ 500 na conta que registra o investimento
ou $   200 em Dividendos a Receber e $ 300 na conta que registra o
investimento.
creditar $ 200 em Dividendos a Pagar e $ 300 no PL.
creditar $ 200 em Dividendos a Receber e debitar $ 300 em Receita
de Participação.
Unidade 2 - Tópico 2
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Responder
A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
21 A Investidora A, proprietária de 4% das ações representativas do capital da So -
ciedade Z, avaliou tal investimento pelo MEP, observando rigorosamente as dis -
posições contidas na Instrução CVM nº 247/1996. O procedimento da investidora
está:
correto, uma vez que o investimento é signi�cativo.
correto, uma vez que controla a Sociedade Z.
errado, uma vez que o percentual de 4% na participação do Capital
de outra empresa não caracteriza a existência de coligada nem de
controlada.
correto, tendo em vista que assim determina a Lei nº 11.638/2007.
22 Para �ns de obter o valor atualizado do investimento pelo MEP, os lucros não
realizados decorrentes de negócios entre a investida e a investidora serão:
adicionados ao valor encontrado após a aplicação do percentual de
partição sobre o valor do PL da investida.
subtraído do valor encontrado após a aplicação do percentual de
participação sobre o valor do PL da investida.
Unidade 2 - Tópico 2
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C) 
D) 
Responder
Tópico 1  Unidade 3
Conteúdo escrito por:
 incluído no total do PL para �ns de cálculo.
será subtraído do total do PL para �ns de cálculo.
Todos os direitos reservados © Prof. Fabio Darci Kowalski
 
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CON61_contabilidade_avancada/unidade3.html

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