Buscar

aula 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais
DIREITO DO TRABALHO 
SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS
Esta aula versará sobre algumas Súmulas do TST.
As súmulas são muito cobradas nos concursos.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi elaborada em 1943. As inúmeras con-
trovérsias do mundo moderno não foram apresentadas no corpo da CLT, porque essas 
discussões não existiam naquela época.
De lá para cá, surgiram centenas de leis atualizando o Direito do Trabalho, na medida 
do possível, mas ainda assim foram insuficientes. Surgiu um novo Código Civil (CC), um 
novo Código de Processo Civil (CPC), mas não houve uma nova CLT.
Por essa razão, muitas vezes, os julgadores se veem de mãos atadas na hora de julgar 
um conflito que não está previsto no ordenamento jurídico. São necessárias interpreta-
ções para o que está escrito, que nem sempre é muito claro.
O que se aprende no curso de Direito é que existe uma interpretação ampliativa. 
Quando se estuda a letra da lei, surgem inúmeras interpretações, da corrente majoritá-
ria à corrente minoritária e à corrente do “eu sozinho”. Em uma interpretação ampliativa 
do que está escrito, pode-se chegar a uma conclusão. Se for feita uma interpretação 
restritiva, a conclusão será outra. Uma interpretação histórica, teleológica, autêntica.
É possível que do mesmo dispositivo legal possam advir diversos entendimentos dis-
tintos, posições diferentes.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem a sua interpretação.
Exemplo:
Discute-se a tonalidade de um determinado azul: alguns juízes entenderão que é azul 
bebê, outros que é azul petróleo, outros que é azul mar.
Isso traz insegurança jurídica para a população, porque cada juiz julga de uma forma, 
não por maldade, mas porque cada um tem o seu entendimento. Isso dá ensejo para 
que as partes recorram: um tribunal acha que é azul petróleo, o outro que é azul mar, o 
outro que é azul bebê, até o momento desse processo chegar ao TST, que é a quem cabe 
uniformizar a jurisprudência. É o TST quem dá o posicionamento final, salvo acerca de 
matéria constitucional, pois isso cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Quando o TST decide que o azul é azul bebê e julga um processo dessa forma, julga 
um segundo processo dessa forma e julga o terceiro processo assim. Depois de julgar 50 
processos dessa forma, ele ainda verifica que existem milhares de processos no Brasil 
discutindo a tonalidade do azul.
O TST, de tanto julgar esses processos, edita uma SÚMULA para orientar todos eles e 
informar que, se for instado a se manifestar sobre a tonalidade do azul, decidirá sempre 
que o azul é azul bebê.
2www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais
DIREITO DO TRABALHO 
A SÚMULA não surge do nada, mas sim é fruto de uma interpretação do TST acerca 
de um determinado dispositivo legal.
Quando o legislador determina isso, ele quer dizer, por exemplo, que a garantia de 
emprego da gestante é a partir da confirmação da gravidez. O TST decide que não é a 
partir do exame, não é a partir da entrega do exame, não é a partir do momento em 
que a futura mãe sabe do resultado: é do momento da concepção. E edita uma Súmula: 
sempre que estiver em discussão o início da garantia de emprego para a gestante, o TST, 
com base em dispositivos legais, entende que é a partir da concepção.
A SÚMULA NÃO É O JUDICIÁRIO LEGISLANDO, pois não cabe ao Judiciário legislar. É 
o Judiciário interpretando uma legislação que, até então, era controversa nos tribunais. 
O TST, dessa forma, uniformiza a jurisprudência, solidifica o entendimento do TST 
mediante uma Súmula, mediante uma OJ.
Como a CLT é de 1943, existem muitas lacunas interpretativas que não se adaptam 
ao mundo moderno. Com isso, o TST, a todo momento, precisa mandar datilografar/digi-
tar as adequações de leis trabalhistas às demandas do presente.
Muitas e muitas leis foram criadas depois de 1943. Houve a Reforma Trabalhista, mas 
o TST ajuda na interpretação das normas editando súmulas, sendo perfeitamente factí-
vel o aluno se deparar com a cobrança de uma súmula durante a prova.
Nas provas, SEMPRE são cobradas SÚMULAS. Não existe uma prova que não tenha 
cobrado alguma súmula.
Não há como memorizar todas as súmulas, mas, nesta aula, serão focadas algumas 
mais importantes, algumas das mais cobradas.
Da mesma forma como o legislador nem sempre escreve com clareza o texto legal, os 
ministros do TST muitas vezes também não escrevem com clareza.
Nesta aula, serão estudadas as interpretações para algumas dessas súmulas.
SÚMULA 14
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o 
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo 
terceiro salário e das férias proporcionais.
Essa súmula ajuda na interpretação do art. 484 da CLT.
Quando uma questão envolve um artigo ou uma súmula, o aluno deve referir os dois?
Sim, até por uma questão de prudência. Muitas vezes, no gabarito, o examinador 
atribui ponto integral para quem cita o artigo ou a súmula. Normalmente, ele pontua 
quem refere um ou outro.
5m
3www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais
DIREITO DO TRABALHO 
SÚMULA 43
Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem com-
provação da necessidade do serviço.
A súmula é a interpretação de um dispositivo legal. O art. 469, como regra geral, trata 
de alteração do contrato de trabalho e VEDA a transferência do empregado para uma 
filial se isso acarretar em mudança do seu domicílio. Por exemplo, tirar o trabalhador de 
Salvador, na Bahia, para Recife, em Pernambuco, acarreta mudança de domicílio.
A princípio, ISSO NÃO PODE. Todavia, o próprio artigo prevê exceções nas quais se 
admitem a mudança do trabalhador da Bahia para Pernambuco: se for cargo de con-
fiança ou se houver previsão contratual. Mesmo nessas hipóteses, deve ficar demons-
trada a real necessidade de serviço.
A SÚMULA 43 salienta que, para transferir um empregado com mudança de domi-
cílio, não basta ele ter um cargo de confiança, não basta ele ter essa previsão no con-
trato. deve ser um cargo de confiança, e a empresa precisa comprovar a real necessidade 
de serviço.
SÚMULA 47
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, 
só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
Esta é a primeira de várias súmulas que serão estudadas e que versam sobre insalu-
bridade e periculosidade. A medicina do trabalho está repleta de súmulas.
Por exemplo, o trabalhador trabalha em um local insalubre, mas não durante 8 horas 
seguidas. A prestação de serviços desse trabalhador em local insalubre não é perma-
nente, mas também não é esporádica, eventual.
A rotina de trabalho desse trabalhador faz com que ele vá e volte várias vezes a esse 
local insalubre.
Esse trabalhador tem direito a receber o adicional de insalubridade?
Sim.
Para que o trabalhador receba o adicional de insalubridade, ele deve estar exposto ao 
local insalubre de forma permanente ou intermitente.
O mesmo raciocínio dessa súmula está presente na SÚMULA 364, que trata da periculosidade.
10m
4www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais
DIREITO DO TRABALHO 
SÚMULA 364
I –Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanente-
mente ou que, de forma intermitente, sujeita‐se a condições de risco. Indevido, ape-
nas, quando o contato dá‐se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou 
que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
II –Não éválida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adi-
cional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional 
ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e 
segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, 
da CF e 193, § 1º, da CLT). 
Com a Reforma Trabalhista, há previsão legal expressa nesse sentido. O art. 611-B 
da CLT elenca tudo o que não pode ser objeto de negociação para supressão ou redução 
de direitos.
Uma das alíneas desse artigo é justamente o adicional de periculosidade. A Súmula 
364, item II, está em sintonia com o que previu a Reforma Trabalhista no art. 611-B.
O art. 611-B tem um rol taxativo de tudo o que não pode ser negociado.
SÚMULA 80
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprova-
dos pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
SÚMULA 289
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do 
pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à 
diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equi-
pamento pelo empregado.
O trabalhador trabalha em um local insalubre. Compete ao empregador comprar EPI: 
máscara de proteção, luva, capacete, botas, tudo o que é necessário para proteger a 
saúde e a vida do trabalhador.
O simples fato de o empregador comprar por si só um equipamento individual NÃO 
O EXIME de pagar o adicional, porque, muitas vezes, o equipamento apenas atenua, mas 
não elimina o agente nocivo. 
O que faz o empregador parar de pagar é se restar comprovado que aquele equipa-
mento eliminou ou reduziu, para dentro dos limites de tolerância, o agente nocivo.
15m
20m
5www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais
DIREITO DO TRABALHO 
O empregador compra o equipamento e precisa vigiar se o empregado o está uti-
lizando. Se o empregado não utilizar o equipamento, a culpa também é do emprega-
dor, que deveria ter um técnico de segurança do trabalho para fiscalizar se todos os 
empregados estão, por exemplo, com cinto de segurança, se estão todos com máscara, 
se estão todos com capacete etc.
SÚMULA 447
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, 
no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao 
adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 
16 do MTE.
O fato de ser tripulante não significa o exercício de uma atividade perigosa.
O avião para transporte de passageiros é um dos meios de transporte mais segu-
ros do mundo.
Anualmente, no Brasil, morrem em decorrência de acidentes de trânsito mais de 50 
mil pessoas e, em uma queda de um avião da GOL ou da LATAM, a cada 3 anos, morrem 
300 pessoas.
A aviação não é uma atividade perigosa. A lei não regulamentou no art. 193 a aviação 
como atividade perigosa.
Por vezes, o avião faz escala em um determinado aeroporto para abastecimento, e 
o tripulante ou a comissária estão dentro do avião na hora em que ele é abastecido. O 
contato dessa tripulação com um produto inflamável é extremamente reduzido, cerca 
de 5 minutos por dia.
SÚMULA 448
I –Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o 
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da 
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. 
As atividades perigosas são elencadas no art. 193. Para as insalubres, não existe uma 
lista do que são tais atividades.
Quando é pedido o adicional de insalubridade, deve haver uma perícia para com-
provar se o local é realmente insalubre. O juiz nomeia um perito para analisar o local. O 
perito considera o local insalubre. O Ministério do Trabalho possui uma lista de todos os 
locais reconhecidos como insalubres, não bastando o parecer do perito.
25m
6www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais
DIREITO DO TRABALHO 
O adicional de insalubridade só é devido se o agente encontrado for reconhecido pelo 
Ministério do Trabalho. Se o agente encontrado não for reconhecido, o trabalhador não 
terá direito a esse adicional.
II –A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande cir-
culação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências 
e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, 
incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE n. 3.214/78 quanto à 
coleta e industrialização de lixo urbano.
A limpeza de banheiro público enseja o pagamento de adicional de insalubridade, a 
depender do banheiro. Se for banheiro de residência ou de escritório, não. O banheiro de 
uma estação rodoviária gera adicional de insalubridade, porque a utilização de produtos 
químicos faz mal à saúde.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Rafael Tonassi. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.

Outros materiais