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CM – Cardiologia Insuficiência Cardíaca Cecilia Antonieta 1 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Síndrome clínica secundária à incapacidade do coração bombear efetivamente ou às custas de aumento pressórico. Sintomas e/ou sinais (atuais ou prévios) de IC causados por anormalidades cardíacas funcionais e/ou estruturais + ↑peptídeos natriuréticos; ou evidência objetiva de congestão pulmonar e/ou sistêmica. SINTOMAS E/OU SINAIS FE < 50%, dilatação anormal de câmaras E/E’ de > 15, hipertrofia ventricular mod/imp ou valvular mod/imp (estenose ou insficiência). ALTOS NÍVEIS DE PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS Valor ambulatorial BNP ≥ 35 ou NT-prOBNP > 100. Hospitalar/descompensado BNP > 100 ou NT-proBNP > 300. EVIDÊNCIA OBJETIVA DE CONGESTÃO PULMONAR E/OU SISTÊMICA imagem (ecocardiograma ou radiografia de tórax) ou estudo hemodinâmico pulmonar, no repouso ou estresse. ETIOLOGIAS BRASIL § Cardiopatia isquêmica (DAC), § HIpertensão portal, § Valvulopatias, § Cardiotoxicidade (uso de quimioterápicos), § Doença de Chagas, § Cardiopatia congênita, § Miocardite, § Miocardiopatia Dilatada Idiopática, § Outras – periparto, cardiomiopatias, doenças de depósito, alcóolica (toxicidade direta). FATORES DE RISCO ASSOCIADOS § Doenças infiltrativas (amiloidose, sarcoidose); § Doenças pulmonares que cursam com hipertensão pulmonar (cor pulmonale) – DPOC, TEP crônico;* § Taquiarritmias (taquicardiomiopatias); § Infecções virais; § Outras (via final comum de várias doenças). *presença de sobrecarga de câmaras direitas – formação de onda P pulmonale (apiculada > 2,5 mm) e SVD. FISIOPATOLOGIA Disfunção miocárdica – resposta neurohumoral (ativação SN simpático e SRAA) – melhora temporária – remodela- mento – Frank Starling (IC + ciclo de deterioração progressi- va da função cardíaca) – remodelamento cardíaco. CLASSIFICAÇÕES DÉBITO CARDÍACO BAIXO DÉBITO coração disfuncionante. § Miocardiopatia isquêmica, § Miocardiopatia hipertensiva, § Doença de Chagas, § Valvopatia, § Doenças infiltrativas (amiloidose), § Toxinas (álcool, cocaína), § Cardiotoxicidade (antraciclinas), § Miocardites, § HIV. ALTO DÉBITO alta demanda metabólica (estímulo simpático) do organismo. *paciente com sianisd e congestao, FEVEPreservada sem melhora ao trat de primeira linha. § Tireotoxicose, § Fístula arteriovenosa, § Anemia, § Beribéri (vitamina B1), § Obesidade, § Sepse. FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA (ICFEP) FEVE ≥ 50% LIGEIRAMENTE REDUZIDA FEVE 41-49%. REDUZIDA (ICFER) FEVE ≤ 40%. MELHORADA FE basal ≤ 40%, com aumento > 10% da FEVE após tratamento, OU uma nova FEVE > 40%. LOCALIZAÇÃO DIREITA congestão sistêmica – turgência jugular, hepa- tomegalia, refluxo hepato-jugular, ascite, edema de MMII, edema de alça intestinal. ESQUERDA congestão pulmonar – crepitações, dispne- ia, ortopnéia, bendopnéia (dispneia ao inclinar para frente), DPN. BILATERAL congestiva – IC esquerda → direita. CRONICIDADE DOS SINTOMAS Amiloidose associação com doença renal, olhos de guaxinim, macroglossia, ECG baixa voltagem difusa, ECO aumento biatrial e miocárdio cintilante. CM – Cardiologia Insuficiência Cardíaca Cecilia Antonieta 2 CRÔNICA diagnóstico prévio – doença progressiva e persisitente. Manejo ambulatorial para evitar progressão da doença e sintomatologia. AGUDA alterações rápidas ou graduais dos sinais e sintomas. ABERTURA DE QUADRO CLÍNICO pós IAM, miocardite. EXACERBAÇÃO de um quadro crônico (IC crônica descompensada). EVOLUTIVA (AHA, 2022) ESTÁGIO A pacientes com fatores de risco para desen- volverem IC, sem doença estrutural. ESTÁGIO B pré-IC – lesão estrutural cardíaca sem sintomas de IC. ESTÁGIO C lesão estrutural cardíaca com IC sintomática (NYHA) – autal ou prévio. ESTÁGIO D lesão estrutural cardíaca e sintomas de IC refratários ao tratamento – IC avançada (INTERMACS). FUNCIONAL (NYHA) CLASSE I sem limitação a atividades cotidianas – disp- neia com esforços acima do usual. CLASSE II limitação leve a atividades cotidianas – dispneia com esforços usuais. CLASSE III limitação moderada – dispneia com esforços pequenos. CLASSE IV limitação importante – dispneia em repouso. DIAGNÓSTICO Suspeita – anamnese, exame físico, ECG + radiografia de tórax, laboratório. BNP > 35-50 pg/ml ou NT-próBNP > 125 pg/ml. EcoTT avaliação estrutural, FEVE e função diastólica. CRITÉRIOS E FRAMINGHAM 2 critérios maiores ou 1 maior + 2 menores. MAIORES turgência jugular à 40˚, refluxo hepatojugu- lar, EAP, crepitações pulmonares, DPN, B3, cardiomega- lia ao RX, perda de peso > 4,5 kg em 5 dias em resposta ao tratamento, PVC aumentada (> 16 mmHg). MENORES edema de tornozelo, tosse noturna, dispneia aos esforços, hepatomegalia, derrame pleural, redução da capacidade funcional em 1x da máxima registrada anteriormente, taquicardia (FC > 120 bpm). QUADRO CLÍNICO Clássico – dispneia aos esforços. AUSCULTA CARDÍACA nova bulha (B3 ou B4). B3 – RITMO DE GALOPE sobrecarga de volume, esva- ziamento atrial passivo, ICFER. Disf sistole B4 B “quátrio” sobrecarga de pressão, esvaziamento atrial ativo (contração), ICFEP. Disf diastole *pacientes com FA não podem ter B4. EXAMES LABORATORIAIS Função renal, eletrólitos, glicemia, perfil lipídico, bioquímica hepática e tireoidiana (TSH). PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS excelente VPM (~95%). Estratificação prognóstica. Sem medidas seriadas. BNP NT-PRÓ-BNP prioridade de entresto (sacubitril – inibidor da niprilisina). Aplicabilidade no OS – investigação de dispneia (dúvida diagnóstica). Falsos negativo obsesos. Falso positivos DRC, hipetireoidismo, SCA, anemia, idade, hipertensão pulmonar. Sem relação clara entre valor e sintomas. EMERGÊNCIA IC Improvável Possível Mto provável BNP < 100 100-400 > 400 NT-pró-BNP < 50 anos < 300 300-450 > 450 50-75 anos < 300 300-900 > 900 > 75 anos < 300 300-1800 > 1800 AMBULATÓRIO – IC IMPROVÁVEL BNP < 35-50 pg/ml. NT-PRO-BNP < 125 pg/ml. EXAMES DE IMAGEM RADIOGRAFIA DE TÓRAX exclusão de diagnóstios diferenciais. ABCD2 edema Alveolar. linhas B de Kerley. Cardiomegalia. Dilatação de vasos nos lobos superiores (inversão da trama vascular). Derrame pleural. CM – Cardiologia Insuficiência Cardíaca Cecilia Antonieta 3 ELETROCARDIOGRAMA DE 12 DERIVAÇÕES SOBRECAR- GA (AE, VE e VD), baixa voltagem, arritmias, zona elétrica inativa. ECOCARDIOGRAMA dimensões das câmaras cardíacas, função valvar, fração de ejeção, derrame pericárdico, hi- pertrofia ventricular esquerda, alterações segmentares, PSAP elevada (> 35). RNM CARDÍACA FEVE (padrão ouro). Realce tardio. Útil na avaliação da etiologia – doenças infiltrativas (amiloidoses, sarcoidose), miocardite, isquemias. ICFEP FEVE ≥ 50%. SUBDIAGNÓSTICO critérios de Frahmingan – sensibilidade 21-27%. Interesse atual – iSGLT2, tratamento para amiloidose (diagnóstico diferencial). Mulher idosa + sobepso + FA, HAS evoluindo com dispneia progressiva. DIAGNÓSTICO – ESCORE H2FPEF H2 Heavy (peso) IMC > 30 kg/m2 2 Hipertensão ≥ 2 anti-hipertensivos 1 F Fibrilação atrial Paroxística ou persistente 3 P Hipertensão pulmonar Ecocardiograma estimando uma pressão sistólica da artéria pulmonar 1 E Elder (idosos) Idade > 60 anos 1 F Filling pressure (pressão de enchimento) Ecocardiograma E/e’ > 9’ 1 TRATAMENTO AMBULATORIAL NÃO FARMACOLÓGICO § Restrição de sódio (< 7 g/dia); § Restrição hídrica (se hiponatremia); § Perda ponderal; § Cessar tabagismo e álcool; § Reabilitaçao cardiovascular; § Vacinação (influenza, PNM e covid-19). Tratar outras comorbidades – DPOC, DRC, DM, HAS. ICFER OBJETIVO evitar o remodelamento cardíaco, reduzir mortalidade, sintomas e hospitalizações. Sempre na dose máxima tolerada – maior benefício. AUMENTO DE SOBREVIDA IECA/BRA enalapril, ramipril, captopril, perindopril; losartana, valsartana, candesartana, olmesartana – ↓mortalidade, ↓remodelamento cardíaco, ↓internaçõese melhora de sintomas. EFEITOS ADVERSOS piora de função renal (30% Cr ba- sal), hipercalemia, hipotensão, tosse seca, angioedema. CONTRAINDICAÇÕES estenose artérias renais bilate- ral, Cr > 3 ou K 5,5, gestação. Não devem ser associados. *losartana – uricosúrico. INRA sacubitril-valsartana – redução da mortalidade, sintomas e internações. Inibe neprilissina. Pept natriuréticos INDICAÇÕES NYHA ≥ II + TMO (usando iECA ou BRA) ou terapia inicial (quarteto). Washout de 36h pós-iECA (risco de hipotensão e angioedema). CONTRAINDICAÇÕES gestação, histórico de angioede- ma, insuficiência hepática grave (CHILD C) – iECA/BRA. BETABLOQ carvedilol, succinato de metoprolol e biso- prolol – redução de mortalidade, morte súbita, remode- lamento cardíaco, internações e melhora de sintomas. ALVO FC < 60 bpm. EFEITOS ADVERSOS piora dos sintomas de IC inicialmente, bradicardia. CONTRAINDICAÇÕES asma, BAV 2º e 3º graus, DAOP descompensada. ANT. ALDOSTERONA epironolactona – redução de mor- talidade e internações e aumento de sobrevida. CONTRAINDICAÇÕES creatinina > 2,5, hipercalemia. EFEITOS ADVERSOS ginecomastia, hipercalemia. ISGLT2 empaglifozina, dapaglifozina – redução de mor- talidade e internações. INDICAÇÕES ICFER, diabético ou não. ATENÇÃO ITU, cetoaidose euglicêmica. CONTRAINDICAÇÕES hipotensão, TFGe < 15, piora rápida da função renal. HIDRALAZINA + NITRATO melhora a qualidade de vida, reduz internações e mortalidade total em pacientes afroamericanos (melhor efeito). Vasodilatadores. Eplerenone iCFEr sintomática (NYHA II, III ou IV) e FE ≤ 35% em uso otimizado de antiagonista dos SRAA e BB. IAM com FE ≤ 40% e aprensetam IC sintomática ou DM. CM – Cardiologia Insuficiência Cardíaca Cecilia Antonieta 4 INDICAÇÕES pacientes que não toleram/têm contrain- dicação para iECA ou BRA. NYHA ≥ II + TMO, apesar de iECA/BRA. EFEITOS ADVERSOS cefaleia, náusea e vômitos, tontu- ra, artralgia e lúpus induzido por drogas. DIMINUEM SINTOMAS DIURÉTICO DE ALÇA furosemida. INDICAÇÕES edema e congestão/utilizar na menor dose necessária. EFEITOS ADVERSOS hipotensão arterial, hipoK/Mg/ Ca/Na, piora da função renal. IVABRADINA atua nos canais IF do nó sinoatrial (reduz FC) – redução de internações e mortalidade (desfecho composto), não reduz mortalidade. INDICAÇÕES NYHA ≥ II + TMO, com ritmo sinusal e FC > 70 bpm. Se FA – suspender. EFEITOS ADVERSOS bradicardia e FA. DIGITÁLICOSOXINA digoxina – atua na bomba de NA-K- ATPase – ionotropismo positivo. Redução do tonus simpático – bradicardia. INDICAÇÕES NYHA ≥ II + terapia otimizada IC + FA. Faixa terapêutica estreita. CONTRAINDICAÇÕES bloqueio sinusal, BAVs, injútia renal. EFEITOS ADVERSOS intoxicação digitálica, alterações visuais (xantopsia). DE ACORDO COM ESTÁGIO ESTÁGIO A tratar fatores de risco (HAS, DM). Se DM – iSGLT2. ESTÁGIO B iECA/BRA II ou hidralazina + nitrato mais betabloqueador e iSGLT2. ESTÁGIO C SINTOMÁTICOS associa espironolactona e diurético (se necessário). PERSISTENTES hidralazina + nitrato se PA↑ ou DRC. Ivabradina (se FC > 70 bpm). IECA → INRA. TRC, CDI, digoxina. ESTÁGIO D suporte circulatório, transplante. TRANSPLANTE indicações e contra-indicação específicas. § IC avançada e refratárias, § Pacientes dependentes de ionotrópico em BIC, § Essencial estar fora de intercorrência aguda, § Sem limitação importante de outros órgãos, § Sem hipertensão pulmonar fixa (CATE direto). MELHORADA Mantém tratamento na dose de estabilização. ICFEP Controle de comorbidades e modificações de hábitos de vida. Congestão – diurético em baixa dose. Controle de PA e FC – não há benefício de classe. Digitálicos são contraindicados se ritmo sinusal. iSGLT2 (empa/dapaglifozina) – redução do desfecho composto (mortalidade CV e internação por IC), recomendação IIa (diretriz AHA, 2022). INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA IC AGUDA NOVA sem diagnóstico prévio ou sintomas de IC, menos congestão, mal distribuído, sintomas agudos, mais raro (15-20%). CAUSAS SCA, EAP, TEP, insuficiências valvares agudas, miocardite, Takotsubo. CRÔNICA AGUDIZA histórico de IC, maior congestão sis- têmica, sintomas mais subagudos, mais comum (70-80%). IC conhecida + gatilhos descompensadores: § Infecção, § Má aderência medicamentosa, § Aumento da ingestão de sódio e água, § Doença valvar aguda, § Arritmia cardíaca, § Embolia pulmonar, § SCA, § Progressão de doença, § DM descompensado, § Anemia, § Tireoidopatias, § Cirurgias. PERFIL HEMODINÂMICO Perfusão Congestão ICFER + NYHA ≥ II a despeito de terapia quádrupla otimizada FE ≤ 35% Cardiopatia isquêmica/TV/MS abortadas CDI. Sinusal + BRE com QRS > 150ms TRC (terapia de ressincronização cardíaca). Ferropenia (ferritina < 100 ou 100-300 com IST < 20%) ferro EV. CM – Cardiologia Insuficiência Cardíaca Cecilia Antonieta 5 Seco Úmido Quente Perfil A Perfil B Frio Perfil L Perfil C C mais grave. CONGESTÃO VOLÊMICA congestão pulmonar – ortop- neia/dispnéia paroxística noturna – dilatação venosa jugular/RHJ – hepatomegalia – ascite, edema bilateral periférico. RX infiltrado alveolar, linhas B de Kerley, cardiomegalia, cefalização de trama vascular, derrame pleural. USG linhas B (≥ 3 por campo). TC DE TÓRAX vidro fosco central bilateral, derrame pleural. BAIXO DÉBITO extremidades frias e pegajosas – oligúri- a/anúria, confusão mental, tonrtura, PA pinçada (PAS- PAD < 10 mmHG). TRATAMENTO PERFIL A Verificar diagnósticos diferenciais, ajustar medicações, correção do desencadeante, tratamento ambulatorial. PERFIL B Diurético, vasodilatadores (EV ou VO), VNI, internação. VASODILATAÇÃO EV nitroprussiato de sódio ou nitroglicerina. VO captopril, hidralazina (arterial), nitratos. DIURÉTICO furosemida EV – 0.5-1.0 mg/kg/dose. Redução de pré-carga. Uso crônico 1-2,5x dose usual VO. Nunca usou 20-40 mg EV. Considerar tiazídico e/ou espironolactona se usuário crônico. VNI FR > 25, Sat 90%, desconforto respiratório, EAP. Reduz mortalidade e IOT (CPAP). MORFINA melhora a sensaçao de desconforto, mas pode aumentar mortalidade. PERFIL L Hidratação cautelosa (ex. 250 ml) + suspender diurético ± ionotrópico. PERFIL C Ionotrópico ± vasopressor ± vasodilatadores ± diuréticos. Avaliar PAS. PAS < 70 vasopressor. Ionotrópico com cautela. PAS 70-90 ionotrópico. Considerar diurético. PAS > 90 diurético. Vasodilatador com cautela, considerar ionotrópico. Provas – paciente congesto e normotenso, sem indícios de má perfussão – pensar em perfil B. Ionotrópicos Dobutamina receptores β1 e β2 adrenérgico – efeito cronotrópico e ionotrópico. Milrinone inbidor da fosfodiesterase III. Evitar em cardiopatas. Levosimedan sensibilizador dos canais de cálcio. Vassopressor Noradrenalina receptor α-adrenérgico. **BB reduzir dose em 50% usual. Perfil C se bradicardia, ionotrópico, choque cardiogênico, vasopressores – supende BB. Não introduzir BB em descompensação. CRITÉRIOS DE ALTA § Resolução do motivo de exacerbação; § Euvolemia; § Estabilidade clínica há 48h e tolerância das medicações (modificadoras da mortalidade) VO há 24h; § Controle – FC, PA, função renal e eletrólitos; § Retorno ambulatorial em 7-14 dias.
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