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Apostila PMPA - SOLDADO - POS EDITAL - 2023 - ATUALIZADA

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POLÍCIA MILITAR DO PARÁ
PM-PA 
Soldado
a solução para o seu concurso!
Editora
EDITAL Nº 1 – CFP/PMPA/2023, DE 19 DE 
SETEMBRO DE 2023
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como 
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ................................................................................................. 9
2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. ........................................................................................................................... 12
3. Domínio da ortografia oficial. .................................................................................................................................................... 19
4. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conecto-
res e de outros elementos de sequenciação textual. ................................................................................................................ 20
5. Emprego de tempos e modos verbais. ...................................................................................................................................... 21
6. Domínio da estrutura morfossintática do período.Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Re-
lações de subordinação entre orações e entre termos da oração. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do 
texto. .......................................................................................................................................................................................... 23
7. Emprego das classes de palavras. .............................................................................................................................................. 26
8. Emprego dos sinais de pontuação. ............................................................................................................................................ 35
9. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................................ 37
10. Regência verbal e nominal. ........................................................................................................................................................ 38
11. Emprego do sinal indicativo de crase. ........................................................................................................................................ 40
12. Colocação dos pronomes átonos. .............................................................................................................................................. 41
13. Reescrita de frases e parágrafos do texto. Substituição de palavras ou de trechos de texto. Reescrita de textos de diferentes 
gêneros e níveis de formalidade. ............................................................................................................................................... 42
14. Significação das palavras. ........................................................................................................................................................... 43
Informática
1. Conceitos de Internet e intranet. Noções básicas de ferramentas, aplicativos de navegação ................................................... 55
2. Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de informática. ............. 58
3. Conceitos e modos de utilização de aplicativos para a edição de textos, planilhas e apresentações com a suíte de escritório 
LibreOffice. ................................................................................................................................................................................. 61
4. Conceitos e modos de utilização de sistema operacional Windows 10. .................................................................................... 73
5. correio eletrônico. ..................................................................................................................................................................... 81
6. Noções básicas de segurança e proteção: vírus, worms e derivados. ....................................................................................... 84
Raciocínio Lógico
1. Conceitosbásicos de raciocínio lógico: proposições; valores lógicos das proposições; sentenças abertas; número de linhas da 
tabela-verdade; conectivos; proposições simples; proposições compostas. ............................................................................. 91
2. Tautologia e contradição. ........................................................................................................................................................... 94
3. Operações com conjuntos. ........................................................................................................................................................ 94
4. Cálculos com porcentagens ....................................................................................................................................................... 96
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Noções de Direito Constitucional
1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Princípios fundamentais ................................................................... 101
2. Aplicabilidade das normas constitucionais ............................................................................................................................... 102
3. Direitos e garantias fundamentais: Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, direitos políticos 
e partidos políticos..................................................................................................................................................................... 103
4. Organização do Estado: Organização político-administrativa; União, estados federados, municípios, Distrito Federal e territó-
rios ............................................................................................................................................................................................. 112
5. Administração pública: Disposições gerais, servidores públicos e militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios 119
6. Defesa do estado e das instituições democráticas: Estado de defesa, estado de sítio e segurança pública .............................. 124
Noções de Direito Administrativo
1. Conceito, fontes e princípios do Direito Administrativo ............................................................................................................ 131
2. Estado, governo e administração pública .................................................................................................................................. 134
3. Administração pública: Administração direta e indireta ............................................................................................................ 138
4. Agentes públicos: Conceito, função e classificação; Cargo público, emprego público e função pública ................................... 138
5. Responsabilidade civil, criminal e administrativa ...................................................................................................................... 174
6. Poderes administrativos: poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia, uso e abuso do 
poder ......................................................................................................................................................................................... 179
7. Ato administrativo: conceito, atributos, elementos, vícios, classificação, extinção, saneamento, exteriorização, validade e 
eficácia, vinculação e discricionariedade ................................................................................................................................... 186
Noções de Direito Penal
1. Aplicação da lei penal: Princípios da legalidade e da anterioridade; ......................................................................................... 201
2. A lei penal no tempo e no espaço; Tempo e lugar do crime; Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal; Lei penal 
excepcional, especial e temporária ............................................................................................................................................ 201
3. Fato típico: Elementos do fato típico; Crime consumado e tentado; Desistência voluntária, arrependimento eficaz e arrepen-
dimento posterior; Ilicitude e causas de exclusão; Pena da tentativa ....................................................................................... 205
4. Concurso de crimes .................................................................................................................................................................... 212
5. Excesso punível .......................................................................................................................................................................... 213
6. Culpabilidade: Elementos e causas de exclusão; Imputabilidade penal .................................................................................... 213
7. Concurso de pessoas.................................................................................................................................................................. 214
8. Crimes em espécie: Crimes contra a pessoa .............................................................................................................................. 216
9. Crimes contra o patrimônio ....................................................................................................................................................... 226
10. Crimes contra a dignidade sexual .............................................................................................................................................. 230
11. Crimes contra a paz pública ....................................................................................................................................................... 236
12. Crimes contra a fé pública ......................................................................................................................................................... 236
13. Crimes contra a Administração Pública...................................................................................................................................... 240
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Noções de Direito Processual Penal
1. Processo penal brasileiro: Processo penal constitucional .......................................................................................................... 251
2. Sistemas e princípios fundamentais .......................................................................................................................................... 253
3. Aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às pessoas: Disposições preliminares do Código de Processo 
Penal .......................................................................................................................................................................................... 254
4. fase pré-processual: inquérito policial ....................................................................................................................................... 259
5. Prova .......................................................................................................................................................................................... 263
6. Termo circunstanciado de ocorrência (TCO) ............................................................................................................................. 271
7. Prisão em flagrante ................................................................................................................................................................... 273
Noções de Direito Penal Militar
1. Aplicação da lei penal militar; Crimes militares em tempo de paz ............................................................................................ 279
2. Crime .........................................................................................................................................................................................282
3. Imputabilidade penal ................................................................................................................................................................. 284
4. Concurso de agentes .................................................................................................................................................................. 284
5. Penas: Penas principais; Penas acessórias; Aplicação da pena; Efeitos da condenação ............................................................ 285
6. Medidas de segurança ............................................................................................................................................................... 288
7. Ação penal; Extinção da punibilidade ........................................................................................................................................ 290
8. Crimes propriamente militares; Crimes impropriamente militares; Crimes militares por extensão ........................................ 291
Noções de Direito Processual Penal Militar
1. Processo Penal Militar e sua aplicação ...................................................................................................................................... 295
2. Polícia judiciária militar .............................................................................................................................................................. 296
3. Inquérito policial militar............................................................................................................................................................. 296
4. Ação penal militar e seu exercício .............................................................................................................................................. 299
5. Prisão em flagrante; Prisão preventiva ..................................................................................................................................... 300
6. Menagem ................................................................................................................................................................................... 301
7. Liberdade provisória; Aplicação provisória de medidas de segurança ...................................................................................... 302
8. Processos especiais: Deserção de praça e de praça especial; Insubmissão ............................................................................... 303
9. Composição do Conselho Permanente de Justiça e Conselho Especial de Justiça ..................................................................... 305
Legislação Penal Extravagante
1. Lei nº 8.072/1990 (Lei de Crimes Hediondos) ........................................................................................................................... 309
2. Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas) ............................................................................................................................................ 310
3. Lei nº 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade) ..................................................................................................................... 323
4. Lei nº 7.716/1989 (Lei dos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) .................................................................... 327
5. Lei nº 8.069/1990 (Da prática e apuração de ato infracional e dos crimes em espécie) ........................................................... 328
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
6. Lei nº 9.503/1997 (Crimes de Trânsito) ..................................................................................................................................... 334
7. Lei nº 9.455/1997 (Lei de Tortura) ............................................................................................................................................ 340
8. Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) ..................................................................................................................... 340
9. Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) ........................................................................................................................... 346
10. Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) .................................................................................................................................. 353
Legislação Institucional
1. Lei Estadual nº 5.251/1985 (Estatuto dos Policiais Militares do Estado do Pará) e suas alterações. ......................................... 365
2. Lei Estadual nº 8.230/2015 (Dispõe sobre a promoção dos Praças da Polícia Militar do Pará) e alterações. ............................ 380
3. Lei Complementar Estadual nº 142/2021 (Institui o Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado do Pará) e suas alte-
rações. ........................................................................................................................................................................................ 386
4. Lei Complementar Estadual nº 53/2006 (Dispõe sobre a organização básica e fixa o efetivo da Polícia Militar do Pará) e suas 
alterações. ................................................................................................................................................................................. 405
5. Lei Estadual nº 9.954/2023 (Dispõe sobre os valores dos soldos dos círculos de Praças e de Praças Especiais dos quadros de 
ativos e inativos da Polícia Militar do Pará) e suas alterações. .................................................................................................. 423
6. Lei Estadual nº 9.500/2022 e suas alterações. ........................................................................................................................... 423
7. Lei Estadual nº 6.626/2004 (Dispõe sobre o ingresso na Polícia Militar do Pará) e suas alterações. ........................................ 424
8. Lei Estadual nº 6.833/06 (Código de Ética e Disciplina da Polícia Militar do Pará). ................................................................... 435
Noções de Direitos Humanos
1. Teoria geral dos direitos humanos: Conceitos, terminologia, estrutura normativa, fundamentação ....................................... 463
2. Afirmação histórica dos direitos humanos................................................................................................................................. 467
3. Direitos humanos e responsabilidade do Estado ...................................................................................................................... 468
4. Direitos humanos na Constituição Federal ................................................................................................................................ 471
5. Política Nacional de Direitos Humanos ...................................................................................................................................... 472
6. Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos ................................................................................ 472
PM PA - GRUPO DE ESTUDO - MATERIAL e QUESTÃO - 2023 - CESPE - 4 Mil Vagas 
 
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DIEGO MATERIAL – TEMOS MATERIAL PREPARATORIO PM PA SOLDADO – 2023 
 
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9
a solução para o seu concurso!
Editora
LÍNGUA PORTUGUESA
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNE-
ROS VARIADOS. 
 
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem,pois 
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo 
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é 
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que 
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, 
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, 
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada 
em nossos conhecimentos prévios. 
Compreensão de Textos 
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do 
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. 
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso 
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. 
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem 
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a 
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, 
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito 
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado 
evento. 
Interpretação de Textos 
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os 
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias 
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar 
é decodificar o sentido de um texto por indução. 
A interpretação de textos compreende a habilidade de se 
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de 
texto, seja ele escrito, oral ou visual. 
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado 
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado 
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, 
podendo ser diferente entre leitores. 
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de 
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em 
um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Esco-
lar Especial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a 
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com 
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou 
menos severas.”
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 
1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos 
severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes 
ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser 
incluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Comentário da questão:
Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas 
com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. = 
afirmativa correta.
Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à 
“deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação, 
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o 
texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. = 
afirmativa correta.
Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. = 
afirmativa correta.
Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão, 
visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o 
texto. 
LÍNGUA PORTUGUESA
1010
a solução para o seu concurso!
Editora
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia 
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga 
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, 
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo 
significativo, que é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um 
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o 
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre 
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito 
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências 
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com 
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos 
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício 
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto: 
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma 
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos 
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas 
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, 
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a 
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros 
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da 
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o 
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele 
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo 
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo 
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
As informações que se relacionam com o tema chamamos de 
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, 
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto 
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à 
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. 
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi 
capaz de identificar o tema do texto!
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-i-
deias-secundarias/
IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM 
TEXTOS VARIADOS
Ironia
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que 
está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou 
com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). 
A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um 
novo sentido, gerando um efeito de humor.
Exemplo:
Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a 
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
Ironia de situação
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o 
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja 
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a 
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longoda 
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
LÍNGUA PORTUGUESA
11
a solução para o seu concurso!
Editora
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que 
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a 
morte.
Ironia dramática (ou satírica)
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos 
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que 
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar 
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado 
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé-
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con-
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo 
da narrativa.
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o 
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história 
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao 
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a 
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. 
Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor.
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor-
rer algo fora do esperado numa situação.
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; 
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente 
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em 
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.
Exemplo:
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
NERO EM QUE SE INSCREVE 
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que 
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao 
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha 
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia 
principal. Compreender relações semânticas é uma competência 
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo 
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma 
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já 
citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder 
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas 
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer 
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. 
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se 
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos 
específicos, aprimora a escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, 
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes 
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de 
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, 
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, 
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para 
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. 
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você 
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que 
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. 
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, 
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do 
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O 
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou 
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma 
LÍNGUA PORTUGUESA
1212
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novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No 
romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
dárias.
 
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente 
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única 
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações 
encaminham-se diretamente para um desfecho.
 
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a 
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O 
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um 
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais 
curto.
 
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que 
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para 
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não 
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos 
como horas ou mesmo minutos.
 
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, 
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de 
imagens. 
 
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a 
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto 
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
vencer o leitor a concordar com ele.
 
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um 
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. 
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas 
de destaque sobre algum assunto de interesse. 
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as 
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando 
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo 
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
berdade para quem recebe a informação.
 
DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
Fato
O fato é algo que aconteceuou está acontecendo. A existência 
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é 
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro. 
Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Interpretação
É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos 
quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
sas, previmos suas consequências. 
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível. 
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
ças sejam detectáveis.
Exemplos de interpretação:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão 
do que com a filha.
Opinião 
A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um 
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação 
que fazemos do fato. 
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação 
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião 
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações 
anteriores:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão 
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. 
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões 
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
mos expressando nosso julgamento. 
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, 
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando 
analisamos um texto dissertativo.
Exemplo:
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando 
com o sofrimento da filha.
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS.
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais 
são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem 
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão 
da estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua 
classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros 
são variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos 
dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir 
dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica. 
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. 
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Como se classificam os tipos e os gêneros textuais
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças 
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, 
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio 
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos 
tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto 
com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais 
são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. 
Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto 
as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe 
abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se 
inserem em cada tipo textual:
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam 
pela apresentação das ações de personagens em um tempo e 
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem 
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas 
e fábulas.
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem 
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de 
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, 
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de 
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir 
ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, 
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, 
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos 
expositivos. 
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo 
de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é, 
caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é 
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos 
argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e 
abaixo-assinado.
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de 
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor 
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de 
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem 
a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais 
de instruções, entre outros.
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir 
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, 
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele 
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de 
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual narra-
tivo
Romance
É um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem 
definidosl. Pode ter partes em que o tipo narrativo dá lugar ao des-
critivo em função da caracterização de personagens e lugares. As 
ações são mais extensas e complexas. Pode contar as façanhas de 
um herói em uma história de amor vivida por ele e uma mulher, 
muitas vezes, “proibida” para ele. Entretanto, existem romances 
com diferentes temáticas: romances históricos (tratam de fatos li-
gados a períodos históricos), romances psicológicos (envolvem as 
reflexões e conflitos internos de um personagem), romances sociais 
(retratam comportamentos de uma parcela da sociedade com vis-
tas a realização de uma crítica social). Para exemplo, destacamos 
os seguintes romancistas brasileiros: Machado de Assis, Guimarães 
Rosa, Eça de Queiroz, entre outros.
Conto
É um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, 
que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmen-
te, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-
-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. 
Ele é um gênero da esfera literária e se caracteriza por ser uma 
narrativa densa e concisa, a qual se desenvolve em torno de uma 
única ação. Geralmente, o leitor é colocado no interior de uma ação 
já em desenvolvimento. Não há muita especificação sobre o antes 
e nem sobre o depois desse recorte que é narrado no conto. Há a 
construção de uma tensão ao longo de todo o conto.
Diversos contos são desenvolvidos na tipologia textual narrati-
va: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; 
contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto 
mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); con-
tos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto 
sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de misté-
rio, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. 
Fábula
É um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As 
personagens principais não são humanos e a finalidade é transmitir 
alguma lição de moral.
Novela
É um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevi-
dade do romance e a brevidade do conto. Esse gênero é constituído 
por uma grande quantidade de personagens organizadas em dife-
rentes núcleos, os quais nem sempre convivem ao longo do enredo. 
Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, 
de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.Crônica
É uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com 
linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de 
crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou arti-
go de jornal, revistas e programas da TV. Há na literatura brasileira 
vários cronistas renomados, dentre eles citamos para seu conhe-
cimento: Luís Fernando Veríssimo, Rubem Braga, Fernando Sabido 
entre outros.
Diário 
É escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não 
há um destinatário específico, geralmente, é para a própria pessoa 
que está escrevendo, é um relato dos acontecimentos do dia. O 
objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças e em alguns 
momentos desabafar. Veja um exemplo:
“Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando 
o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu 
estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)
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1414
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Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é 
de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam le-
vantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até 
quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a 
sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfre-
gando-se em minhas pernas.”
Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”.
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual descri-
tivo
Currículo
É um gênero predominantemente do tipo textual descritivo. 
Nele são descritas as qualificações e as atividades profissionais de 
uma determinada pessoa.
Laudo
É um gênero predominantemente do tipo textual descritivo. 
Sua função é descrever o resultado de análises, exames e perícias, 
tanto em questões médicas como em questões técnicas.
Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos 
descritivos são: folhetos turísticos; cardápios de restaurantes; clas-
sificados; etc.
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual expo-
sitivo
Resumos e Resenhas
O autor faz uma descrição breve sobre a obra (pode ser cine-
matográfica, musical, teatral ou literária) a fim de divulgar este tra-
balho de forma resumida. 
Na verdade resumo e/ou resenha é uma análise sobre a obra, 
com uma linguagem mais ou menos formal, geralmente os rese-
nhistas são pessoas da área devido o vocabulário específico, são 
estudiosos do assunto, e podem influenciar a venda do produto de-
vido a suas críticas ou elogios.
Verbete de dicionário
Gênero predominantemente expositivo. O objetivo é expor 
conceitos e significados de palavras de uma língua.
Relatório Científico
Gênero predominantemente expositivo. Descreve etapas de 
pesquisa, bem como caracteriza procedimentos realizados.
Conferência
Predominantemente expositivo. Pode ser argumentativo tam-
bém. Expõe conhecimentos e pontos de vistas sobre determinado 
assunto. Gênero executado, muitas vezes, na modalidade oral.
Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos 
expositivos são: enciclopédias; resumos escolares; etc.
Gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos
Artigo de Opinião
É comum1 encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, 
nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte 
dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmen-
te apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através 
do artigo de opinião.
Nos tipos textuais argumentativos, o autor geralmente tem 
a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa 
apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opini-
ões.
O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais 
do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.
Discurso Político
O discurso político2 é um texto argumentativo, fortemente per-
suasivo, em nome do bem comum, alicerçado por pontos de vista 
do emissor ou de enunciadores que representa, e por informações 
compartilhadas que traduzem valores sociais, políticos, religiosos 
e outros. Frequentemente, apresenta-se como uma fala coletiva 
que procura sobrepor-se em nome de interesses da comunidade 
e constituir norma de futuro. Está inserido numa dinâmica social 
que constantemente o altera e ajusta a novas circunstâncias. Em 
períodos eleitorais, a sua maleabilidade permite sempre uma res-
posta que oscila entre a satisfação individual e os grandes objetivos 
sociais da resolução das necessidades elementares dos outros.
Hannah Arendt (em The Human Condition) afirma que o dis-
curso político tem por finalidade a persuasão do outro, quer para 
que a sua opinião se imponha, quer para que os outros o admirem. 
Para isso, necessita da argumentação, que envolve o raciocínio, e 
da eloquência da oratória, que procura seduzir recorrendo a afetos 
e sentimentos. 
O discurso político é, provavelmente, tão antigo quanto a vida 
do ser humano em sociedade. Na Grécia antiga, o político era o 
cidadão da “pólis” (cidade, vida em sociedade), que, responsável 
pelos negócios públicos, decidia tudo em diálogo na “agora” (praça 
onde se realizavam as assembleias dos cidadãos), mediante pala-
vras persuasivas. Daí o aparecimento do discurso político, baseado 
na retórica e na oratória, orientado para convencer o povo.
O discurso político implica um espaço de visibilidade para o ci-
dadão, que procura impor as suas ideias, os seus valores e projetos, 
recorrendo à força persuasiva da palavra, instaurando um processo 
de sedução, através de recursos estéticos como certas construções, 
metáforas, imagens e jogos linguísticos. Valendo-se da persuasão e 
da eloquência, fundamenta-se em decisões sobre o futuro, prome-
tendo o que pode ser feito.
Requerimento
Predominantemente dissertativo-argumentativo. O requeri-
mento tem a função de solicitar determinada coisa ou procedimen-
to. Ele é dissertativo-argumentativo pela presença de argumenta-
ção com vistas ao convencimento
Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos 
argumentativos são: abaixo-assinados; manifestos; sermões; etc.
1 http://www.odiarioonline.com.br/noticia/43077/VENDEDOR-BRASILEIRO-ESTA-MENOS-
-SIMPATICO
2 https://www.infopedia.pt/$discurso-politico
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Gêneros textuais predominantemente do tipo textual injun-
tivo 
Bulas de remédio
 A bula de remédio traz também o tipo textual descritivo. Nela 
aparecem as descrições sobre a composição do remédio bem como 
instruções quanto ao seu uso.
Manual de instruções
O manual de instruções tem como objetivo instruir sobre os 
procedimentos de uso ou montagem de um determinado equipa-
mento.
Exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos injunti-
vos são: receitas culinárias, instruções em geral.
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual prescri-
tivo
Exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos prescri-
tivos são: leis; cláusulas contratuais; edital de concursos públicos; 
receitas médicas, etc.
Outros Exemplos
Carta 
Esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é 
destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem intimidade. E 
formal quando destinada a alguém mais culto ou que não se tenha 
intimidade. 
Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes es-
tilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As 
cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo 
da carta e para finalizar a despedida.
Propaganda 
Este gênero aparece também na forma oral, diferente da maio-
ria dos outros gêneros. Suas principais características são a lingua-
gem argumentativa e expositiva, pois a intenção da propaganda é 
fazer com que o destinatário se interesse pelo produto da propa-
ganda. O texto pode conter algum tipo de descrição e sempre é 
claro e objetivo.
Notícia 
Este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua 
linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto é infor-
mar algo que aconteceu.
A notícia é um dosprincipais tipos de textos jornalísticos exis-
tentes e tem como intenção nos informar acerca de determinada 
ocorrência. Bastante recorrente nos meios de comunicação em ge-
ral, seja na televisão, em sites pela internet ou impresso em jornais 
ou revistas.
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, clara, 
objetiva e precisa, pautando-se no relato de fatos que interessam 
ao público em geral. A linguagem é clara, precisa e objetiva, uma 
vez que se trata de uma informação.
Editorial
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente apa-
rece no início das colunas. Diferente dos outros textos que com-
põem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são textos 
opinativos.
Embora sejam textos de caráter subjetivo, podem apresentar 
certa objetividade. Isso porque são os editoriais que apresentam 
os assuntos que serão abordados em cada seção do jornal, ou seja, 
Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classifi-
cados, entre outros.
Os textos são organizados pelos editorialistas, que expressam 
as opiniões da equipe e, por isso, não recebem a assinatura do au-
tor. No geral, eles apresentam a opinião do meio de comunicação 
(revista, jornal, rádio, etc.).
Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os edi-
toriais intitulados como “Carta ao Leitor” ou “Carta do Editor”.
Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se apoiar 
em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E quando falamos 
em discurso, logo nos atemos à questão da linguagem que, mesmo 
em se tratando de impressões pessoais, o predomínio do padrão 
formal, fazendo com que prevaleça o emprego da 3ª pessoa do sin-
gular, ocupa lugar de destaque. 
Reportagem
Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado nos 
meios de comunicação de massa. A reportagem informa, de modo 
mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela situa-se no ques-
tionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, so-
mando as diferentes versões de um mesmo acontecimento.
A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas geralmen-
te costuma estabelecer conexões com o fato central, anunciado no 
que chamamos de lead. A partir daí, desenvolve-se a narrativa do 
fato principal, ampliada e composta por meio de citações, trechos 
de entrevistas, depoimentos, dados estatísticos, pequenos resu-
mos, dentre outros recursos. É sempre iniciada por um título, como 
todo texto jornalístico.
O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias 
versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e contri-
buindo para formar sua opinião.
A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, dinâmi-
ca e clara, ajustada ao padrão linguístico divulgado nos meios de 
comunicação de massa, que se caracteriza como uma linguagem 
acessível a todos os públicos, mas pode variar de formal para mais 
informal dependendo do público a que se destina. Embora seja im-
pessoal, às vezes é possível perceber a opinião do repórter sobre os 
fatos ou sua interpretação.3
Gêneros Textuais e Gêneros Literários
Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se refe-
rem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros literários se re-
ferem apenas aos textos literários.
Os gêneros literários são divisões feitas segundo características 
formais comuns em obras literárias, agrupando-as conforme crité-
rios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.
- Gênero lírico;
- Gênero épico ou narrativo;
- Gênero dramático.
3 CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação. 
São Paulo, Atual Editora, 2000
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1616
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Gênero Lírico
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no po-
ema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emo-
ções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente 
os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da 
função emotiva da linguagem.
Elegia
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a mor-
te é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa 
tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema 
melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William 
Shakespeare.
Epitalâmia
Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites ro-
mânticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é 
a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
Ode (ou hino)
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à 
pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a 
alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acom-
panhamento musical.
Idílio (ou écloga) 
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à 
natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema 
bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas 
e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais 
a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com 
diálogos (muito rara).
Sátira
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém 
ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, pode 
abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assun-
tos políticos, ou pessoas de relevância social.
Acalanto
Canção de ninar.
Acróstico
Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for-
mam uma palavra ou frase. Ex.:
Amigos são
Muitas vezes os
Irmãos que escolhemos.
Zelosos, eles nos
Ajudam e
Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e 
Eterna
https://www.todamateria.com.br/acrostico/
Balada
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas 
de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se 
destinam à dança.
Canção (ou Cantiga, Trova)
Poema oral com acompanhamento musical.
Gazal (ou Gazel)
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio.
Soneto
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quarte-
tos e dois tercetos.
Vilancete
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escár-
nio e de maldizer); satíricas, portanto. 
Gênero Épico ou Narrativo
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos 
eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, 
o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do 
gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de 
prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, 
a crônica, a fábula. 
Épico (ou Epopeia)
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de 
um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, 
gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta-
ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exem-
plos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero.
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, 
expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de 
certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e 
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, 
cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em for-
malidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de 
caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Lo-
cke.
Gênero Dramático
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse 
tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “aconte-
ce” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os 
papéis das personagens nas cenas.
Tragédia
É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar 
compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma re-
presentação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em 
linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando 
dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Farsa
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de 
processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos,a ca-
ricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o 
engano.
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Comédia
É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento 
comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas popu-
lares.
Tragicomédia
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômi-
cos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.
Poesia de cordel
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo 
linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da 
realidade vivida por este povo.
Discurso Religioso4
A Análise Crítica do Discurso (ADC) tem como fulcro a aborda-
gem das relações (internas e recíprocas) entre linguagem e socie-
dade. Os textos produzidos socialmente em eventos autênticos são 
resultantes da estruturação social da linguagem que os consome 
e os faz circular. Por outro lado, esses mesmos textos são também 
potencialmente transformadores dessa estruturação social da lin-
guagem, assim como os eventos sociais são tanto resultado quanto 
substrato dessas estruturas sociais.
O discurso religioso é “aquele em que há uma relação espon-
tânea com o sagrado” sendo, portanto, “mais informal”; enquanto 
o teológico é o tipo de “discurso em que a mediação entre a alma 
religiosa e o sagrado se faz por uma sistematização dogmática das 
verdades religiosas, e onde o teólogo (...) aparece como aquele que 
faz a relação entre os dois mundos: o mundo hebraico e o mundo 
cristão”, sendo, assim, “mais formal”. Porém, podemos falar em DR 
de maneira globalizante.
Assim, temos:
- Desnivelamento, assimetria na relação entre o locutor e o ou-
vinte – o locutor está no plano espiritual (Deus), e o ouvinte está no 
plano temporal (os adoradores). As duas ordens de mundo são to-
talmente diferentes para os sujeitos, e essa ordem é afetada por um 
valor hierárquico, por uma desigualdade, por um desnivelamento. 
Deus, o locutor, é imortal, eterno, onipotente, onipresente, onis-
ciente, em resumo, o todo-poderoso. Os seres humanos, os ouvin-
tes, são mortais, efêmeros e finitos.
- Modos de representação. A voz no discurso religioso (DR) se 
fala em seus representantes (Padre, pastor, profeta), essa é uma 
forma de relação simbólica. Essa apropriação ocorre sem explicitar 
os mecanismos de incorporação da voz, aspecto que caracteriza a 
mistificação.
- O ideal do DR é que o ‘representante’, o que se apropria do 
discurso de Deus’, não o modifique. Ele deve seguir regras restritas 
reguladas pelo texto sagrado, pela Igreja, pelas liturgias. Deve-se 
manter distância entre ‘o dito de Deus’ e ‘o dizer do homem’.
- A interpretação da palavra de Deus é regulada. “Os sentidos 
não podem ser quaisquer sentidos: o discurso religioso tende forte-
mente para a monossemia”.
- Dualismos, as formas da ilusão da reversibilidade: plano hu-
mano e plano divino; ordem temporal e ordem espiritual; sujeitos e 
Sujeito; homem e Deus. A ilusão ocorre na passagem de um plano 
4 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/downloa-
d/4694/3461#:~:text=O%20discurso%20religioso%20%C3%A9%20aquele,discur-
so%20(Orlandi%2C%201996).&text=locutor%20est%C3%A1%20no%20plano%20
espiritual,plano%20temporal%20(os%20adoradores).
para outro e pode ter duas direções: de cima para baixo, ou seja, 
de Deus para os homens, momento em que Ele compartilha suas 
propriedades (ministração de sacramentos, bênçãos); de baixo para 
cima, quando o homem se alça a Deus, principalmente, através da 
visão, da profecia. Estas são formas de ‘ultrapassagem’.
- Escopo do discurso religioso. A fé separa os fiéis dos não-fiéis, 
“os convictos dos não-convictos. Logo, é o parâmetro pelo qual de-
limita a comunidade e constitui o escopo do discurso religioso em 
suas duas formações características: para os que creem, o discurso 
religioso é uma promessa, para os que não creem é uma ameaça.
Os discursos religiosos, como já vimos, se mostram com estru-
turas rígidas quanto aos papéis dos interlocutores (a divindade e os 
seres humanos). Os dogmas sagrados, por exemplos, fé e Deus, são 
intocáveis. “Deus define-se (...) a si mesmo como sujeito por exce-
lência, aquele que é por si e para si (Sou aquele que É) e aquele que 
interpela seu sujeito (...) eis quem tu és: é Pedro.”
Outros traços do DR se configuram com o uso do imperativo e 
do vocativo – características inerentes de discursos de doutrinação; 
uso de metáforas – explicitadas por paráfrases que indicam a leitura 
apropriada para as metáforas utilizadas; uso de citações no original 
(grego, hebraico, latim) – traduzidas para a língua em uso através de 
perífrases extensas e explicativas em que se busca aproveitar o má-
ximo o efeito de sentido advindo da língua original; o uso de perfor-
mativos – uso de verbos em que o ‘dizer’ representa o ‘fazer’; o uso 
de sintagmas cristalizados – usadas em orações e funções fáticas.
Ainda em relação às unidades textuais, podemos acrescentar o 
uso de determinadas formas simbólicas do DR como as parábolas, a 
utilização de certos temas, como a efemeridade da vida humana, a 
vida eterna, o galardão, entre outros. Acrescenta-se também como 
marca a intertextualidade.
Discurso Jurídico5
O discurso legal caracteriza-se como um discurso hierárquico 
e dominante, baseado numa estrutura de exclusão e discriminação 
de várias minorias sociais, como os pobres, os negros, os homos-
sexuais, as mulheres, etc. A especificidade da linguagem jurídica, 
e as restrições educacionais quanto a quem pode militar na Área 
(advogados, promotores, juízes, etc.), são apenas algumas das es-
tratégias utilizadas pelo sistema jurídico para manter o discurso le-
gal inacessível à maioria das pessoas, e desta forma protege-lo de 
análises e críticas.
Como em todo discurso dominante, as posições de poder cria-
das para os participantes de textos legais são particularmente assi-
métricas, como é o caso num julgamento (e.g. entre o juiz e o réu; 
entre o juiz e as testemunhas; etc.). Os juízes, por exemplo, detêm 
um poder especial devido ao seu status social e ao seu acesso privi-
legiado ao discurso legal (são eles que produzem a forma final dos 
textos legais). Portanto, é a visão de mundo do juiz que prevalece 
nas sentenças, em detrimento de outras posições alternativas.
Além de relações de poder, os textos legais também expressam 
relações de gênero. A lei e a cultura masculina estão intimamen-
te ligadas; o sistema jurídico é quase que inteiramente dominado 
por homens (só recentemente as mulheres passaram a fazer parte 
de instituições jurídicas) e, de forma geral, ele expressa uma visão 
masculina do mundo. As mulheres que são parte em processos le-
gais (e.g. reclamantes, rés, testemunhas, etc.) estão expostas a um 
duplo grau de discriminação e exclusão: primeiro, como leigas, elas 
5 https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/download/23353/21030/0
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ocupam uma posição desfavorecida se comparadas com militantes 
legais (advogados, juízes, promotores, etc.); segundo, elas são estig-
matizadas também por serem mulheres, e têm seu comportamento 
social e sexual avaliado e controlado pelo discurso jurídico.
Discurso Técnico6
Para o desempenho de tal papel, eles contam com suas carac-
terísticas intrínsecas, as quais são responsáveis pelo “rótulo” que 
cada tipo textual carrega.
Tais características se evidenciam formal e funcionalmente e 
são percebidas, de maneira mais ou menos clara pelo leitor/ouvin-
te. Afinal, todos os tipos de texto têm um público fiel, ao qual se 
destinam.
Os autores que têm o texto técnico como objeto de estudo con-
cordam que ele apresenta as seguintes características:
• Linguagem monossêmica;
• Vocabulário específico ou léxico especializado;
• Objetividade;
• Emprego de voz passiva;
• Preferência pelo emprego do tempo verbal presente.
 As características apontadas acima coadunam-se com o obje-
tivo principal de qualquerprodução de cunho técnico: transmissão 
de conhecimentos de forma clara e imparcial. Embora a objetivida-
de e a neutralidade sejam fiéis parceiras do texto técnico, não se 
pode afirmar que esse tipo textual seja isento das marcas de seu 
autor, enquanto produtor de ideias e veiculador de informações. 
Quando há a troca da 3ª pessoa do singular pela 1ª pessoa do plu-
ral, por exemplo, o autor tem a intenção de conquistar o seu in-
terlocutor, tornando-o um parceiro “na assunção das informações 
dadas, numa forma de estratégia argumentativa.”
Todo tipo textual possui a argumentatividade, porém essa apa-
rece de modo mais intenso e explícito em alguns textos e de modo 
menos intenso e explícito em outros. Para complementar a afirma-
ção dessas autoras, cita-se Benveniste para o qual, o sujeito está 
sempre presente no texto, não havendo, portanto, texto neutro ou 
imparcial.
Percebe-se, então, que o texto técnico possui características 
que o diferenciam dos demais tipos de textos. No entanto, não se 
deve afirmar que ele seja desprovido de marcas autorais. Tanto é 
verdade, que alguns autores de textos técnicos não dispensam o 
uso de certos advérbios e conjunções, por exemplo, expedientes 
que têm a função de modalizar o discurso.
A modalização, nesse tipo de texto, pode aparecer de forma 
implícita e/ou explícita. Sob essa última forma, verificam-se o apa-
recimento de construções específicas, tais como as nominalizações, 
a voz passiva, o emprego de determinadas conjunções e preposi-
ções.
Discurso Acadêmico/Científico7
O texto como objeto abstrato se configura no campo da lin-
guística como teoria geral. Já discurso é uma realidade de intera-
ção-enunciação objeto de análises discursivas. Enquanto os textos, 
como objetos concretos, são aqueles que se apresentam completos 
6 https://revistas.ufg.br/lep/article/download/32601/17331/
7 http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/4823/
MARIA%20DE%20F%c3%81TIMA%20RIBEIRO%20DOS%20SANTOS_.pdf?se-
quence=1&isAllowed=y
constituídos de um ato de enunciação que visa à interação entre 
produtor e interlocutor. Partindo dessas concepções, percebe- se 
que texto e discurso se complementam, pois, para o autor, “a sepa-
ração do textual e do discursivo é essencialmente metodológica”, 
o que leva à distinção entre os dois a anular-se. Neste caso, texto e 
discurso são unidades complementares.
A partir da compreensão de discurso, passa-se a refletir sobre 
o que vem ser discurso científico. Para Guimarães é aquele em que 
“o autor pretende fazer o leitor saber.” Ou seja, a intenção do autor 
é fazer o leitor ou pesquisador saber como os resultados daquela 
pesquisa foram alcançados, dando-lhe oportunidade de repetir os 
procedimentos metodológicos em outras pesquisas similares.
Para Carioca, “o discurso científico é a forma de apresentação 
da linguagem que circula na comunidade científica em todo o mun-
do. Sua formulação depende de uma pesquisa minuciosa e efetiva 
sobre um objeto, que é metodologicamente analisado à luz de uma 
teoria.” Outra posição é que o discurso científico não se dá apenas 
pela comprovação ou refutação do que foi escrito, dá-se também 
pela aceitabilidade dos pares que compõem a comunidade espe-
cífica.
Desse modo, pode-se dizer que a estrutura global da comunica-
ção científica está respaldada em parâmetros normativos referen-
tes à produção de gêneros e à produção da linguagem, ou seja, o 
discurso acadêmico se estabeleceu dentro de convenções instituí-
das pela comunidade científica, que, ao longo do tempo, se expres-
sa por características, como impessoalidade, objetividade, clareza, 
precisão, modéstia, simplicidade, fluência, dentre outros.
É importante apresentar a posição de Charaudeau sobre a 
problemática entre o discurso informativo (DI) e discurso científico 
(DC). Para o autor, o que eles têm em comum é a problemática da 
prova. “[...] o primeiro se atém essencialmente a uma prova pela 
designação e pela figuração (a ordem da constatação, do testemu-
nho, do relato de reconstituição dos fatos), o segundo inscreve a 
prova num programa de demonstração racional.”.
Percebe-se que o interesse principal do discurso informativo é 
transmitir uma verdade através dos fatos. Já o discurso científico se 
impõe pela prova da racionalidade que reside na força da argumen-
tatividade. E mais, este deve se comprometer com a logicidade das 
ideias para estas se tornem mais convincentes.
Como se viu, o discurso acadêmico é produzido dentro de uma 
esfera de comunicação relativamente definida chamada de comuni-
dade científica. Em geral, no ensino superior, vão se encontrar mo-
delos de discurso acadêmico que já se tornaram consagrados para 
essa comunidade. Na subseção que segue se mostrará especifica-
mente alguns deles.
O primeiro modelo, monografia de análise teórica, evidencia 
uma organização de ideias advindas de bibliografias selecionadas 
sobre um determinado assunto. Nesse tipo, pode-se fazer uma aná-
lise crítica ou comparativa de uma teoria ou modelo já consagrado 
pela comunidade científica. O modelo metodológico indicado pelos 
autores é: escolha do assunto/ delimitação do tema; bibliografia 
pertinente ao tema; levantamento de dados específicos da área sob 
estudo; fundamentação teórica; metodologia e modelos aplicáveis; 
análise e interpretação das informações; conclusões e resultados.
No segundo modelo, monografia de análise teórico-empírica, 
faz-se uma análise interpretativa de dados primários, com apoio de 
fontes secundárias, passando-se para o teste de hipóteses, mode-
los ou teorias. A partir dos dados primários e secundários, o autor 
/pesquisador mostrará um trabalho inovador. Quanto ao modelo 
metodológico, tem-se: realidade observável; pergunta problema e 
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objetivo proposto; bibliografia e dados secundários; teoria perti-
nente ao tema (conceitos, técnicas, constructos) e dados secundá-
rios; instrumentos de pesquisa (questionário); pesquisa empírica; 
análise; conclusões e resultados.
No terceiro modelo, monografia de estudo de caso, o autor/
pesquisador faz uma análise específica da relação existente entre 
um caso e hipóteses, modelos e teorias. O modelo metodológico 
adotado obedece aos seguintes passos: escolha do assunto/delimi-
tação do tema; bibliografia pertinente ao tema (área específica sob 
estudo); fundamentação teórica; levantamento de dados da organi-
zação sob estudo; caracterização da organização; análise e interpre-
tação das informações; conclusões e resultados.
Observa-se que esses modelos possuem suas particularidades, 
mas também aspectos que coincidem. Este é o caso da pesquisa 
bibliográfica, que é imprescindível em qualquer trabalho científico.
Discurso Literário8
O discurso literário pode não ser apenas ligado aos procedi-
mentos adotados pelo autor, mas também, e talvez mais direta-
mente do que se pensa, ligado ao contexto sociocultural no qual 
está inserido, evidenciando-se, nem sempre claramente, uma influ-
ência das instituições que o cercam na escolha de determinados 
procedimentos de linguagem.
A ideia de que o discurso literário constrói-se a partir de ele-
mentos intrínsecos ao texto literário tomou corpo com os estudos 
realizados no início do século XX. Foram os formalistas russos que 
demonstraram uma preocupação com a materialidade do texto lite-
rário, recusando, num primeiro momento, explicações de base ex-
traliterária. Neste sentido, o que importava para os integrantes do 
movimento era o procedimento, ou seja, o princípio da organização 
da obra como produto estético. Assim, a preocupação dos formalis-
tas era investigar e explicar o que faz de uma determinada obra uma 
obra literária, nas palavras de Jakobson: “a poesia é linguagem em 
sua função estética. Deste modo, o objeto do estudo literário não é 
a literatura, mas a literariedade, isto é, aquilo que torna determina-
da obra uma obra literária”. A questão da literariedade como pro-
cesso ou procedimento

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