Buscar

12th - LITERARTE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTRUÇÕES:
1. Identifique a prova colocando o seu nome, a sua série, a sua turma e a data da aplicação da avaliação em questão;
2. A avaliação é individual, autoexplicativa e dispensa a consulta de qualquer pessoa durante a aplicação. A infração acarretará anulação.
3. O aluno deverá usar caneta definitiva de tinta azul ou preta e não será aceito o uso de corretivo nos itens do gabarito;
4. O aluno que, no decorrer da prova, usar celular ou qualquer aparelho eletrônico e/ou consultar anotações terá sua avaliação anulada;
5. Apenas a marcação do gabarito, que se encontra no final da verificação, será considerada para a correção.
ESCOLA AMERICANA DO RECIFE – LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – COM PATRÍCIA BARROS
2ª VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM DE LITERATURA – 2ª UNIDADE
Questão 01
Cântico VI
Tu tens um medo de
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento).
A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto existencial. Em Cântico VI, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à condição humana,
A) sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar.
B) o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo.
C) o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas.
D) a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente.
E) um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas.
Questão 02
Ai, palavras, ai, palavras
que estranha potência a vossa!
Todo o sentido da vida
principia a vossa porta:
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! Com letras se elabora...
E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil, como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...
MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985 (fragmento).
O fragmento destacado foi transcrito do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Centralizada no episódio histórico da Inconfidência Mineira, a obra, no entanto, elabora uma reflexão mais ampla sobre a seguinte relação entre o homem e a linguagem:
A) A força e a resistência humanas superam os danos provocados pelo poder corrosivo das palavras.
B) As relações humanas, em suas múltiplas esferas, têm seu equilíbrio vinculado ao significado das palavras.
C) O significado dos nomes não expressa de forma justa e completa a grandeza da luta do homem pela vida.
D) Renovando o significado das palavras, o tempo permite às gerações perpetuar seus valores e suas crenças.
E) Como produto da criatividade humana, a linguagem tem seu alcance limitado pelas intenções e gestos.
Questão 03
Soneto de fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
 Vinicius de Moraes
 
Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta
A) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.
B) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.
C) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
D) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.
E) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.
Questão 04
Soneto de devoção
Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica em meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Vinicius de Moraes 
Sobre o poema de Vinicius de Moraes é correto afirmar:
A) predominância de elementos místicos e religiosos, características da primeira fase da poesia de Vinicius de Moraes.
B) presença do erotismo, recriado a partir de uma forma clássica e de uma linguagem crua e direta.
C) emprego de uma linguagem direta e quase didática para manifestar solidariedade às classes oprimidas e também à mulher.
D) apresenta elementos que revelam grande preocupação com a condição humana e o desejo de superar, através da transcendência mística, as sensações de culpa do pecado do amor carnal.
E) realização completa da vida escolhida para viver ao lado da sua mãe.
Questão 05
O farrista
Quando o almirante Cabral
Pôs as patas no Brasil
O anjo da guarda dos índios
Estava passeando em Paris.
Quando ele voltou de viagem
O holandês já está aqui.
O anjo respira alegre:
“Não faz mal, isto é boa gente,
Vou arejar outra vez.”
O anjo transpôs a barra,
Diz adeus a Pernambuco,
Faz barulho, vuco-vuco,
Tal e qual o zepelim
Mas deu um vento no anjo,
Ele perdeu a memória.
E não voltou nunca mais.
MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992
A Obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, no poema, por um eu lírico que
A) configura um ideal de nacionalidade pela integração regional.
B) remonta ao colonialismo assente sob um viés iconoclasta.
C) repercute as manifestações do sincretismo religioso.
D) descreve a gênese da formação do povo brasileiro.
E) promove inovações no repertório linguístico.
Questão 06
Quinze de Novembro
Deodoro todo nos trinques
Bate na porta de Dão Pedro Segundo.
Seu imperadô, dê o fora
que nós queremos tomar conta desta bugiganga.
Mande vir os músicos.
O imperador booejando responde:
Pois não meus filhos não se vexem
me deixem calçar as Chinelas
podem entrar a vontade:
só peço que não me bulam nas obras completas de Victor Hugo.
MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
A poesia de Murilo Mendes dialoga com o ideário poético dos primeiros modernistas. No poema, essa atitude manifesta-se na
A) releitura irônica de um fato histórico.
B) visão ufanista de um episódio nacional.
C) denúncia implícita de atitudes autoritárias.
D) isenção ideológica do discurso do eu lírico.
E) representação saudosista do regime monárquico.
Questão 07
O acendedor de lampiões
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: –
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
Jorge de Lima
A terceira estrofe do poema, do poeta modernista Jorge de Lima, evidencia:
A) o olhar cético do eu lírico.
B) a perspectiva otimista do eu lírico.
C) o pessimismo agônico do eu lírico.
D) a perspectiva crítica do eu lírico.
E) a fé cristã do eu lírico.
Questão 08
Mulher proletária
Mulher proletária — única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superproduçãode máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
In: Poesia completa. 2.ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980. v.1
 
Jorge de Lima é um poeta representativo da segunda geração modernista. Analise as proposições abaixo acerca dos recursos expressivos que constroem a imagem da “mulher proletária”.
A) As metáforas “fábrica” e “máquina humana” são, claros pela construção da ideia “fabrica filhos”.
B) Os dois últimos versos na primeira estrofe constituem uma ideia sobre o capacitismo.
C) O trocadilho entre “prole” e “proletária” assinala a função social da mulher no contexto do poema.
D) A gradação na segunda estrofe aponta para a submissão da mulher e para a salvação do homem operário.
E) Os últimos versos do poema sugerem que o trabalho da mulher pode levar sua família à ascensão social.
Questão 09
Passado muito tempo, resolvi tentar falar, porque estava sozinha me embrenhando na mesma vereda que Donana costumava entrar. Ainda recordo da palavra que escolhi: arado. Me deleitava vendo meu pai conduzindo o arado velho da fazenda carregado pelo boi, rasgando a terra para depois lançar grãos de arroz em torrões marrons e vermelhos revolvidos. Gostava do som redondo fácil e ruidoso que tinha ao ser enunciado. “Vou trabalhar no arado.” “Vou arar a terra.” “Seria bom ter um arado novo, esse arado tá troncho e velho.” O som que deixou minha boca era uma aberração, uma desordem, como se no lugar do pedaço perdido da língua tivesse um ovo quente. Era um arado torto, deformado, que penetrava a terra de tal forma a deixá-la infértil, destruída, dilacerada.
VIEIRA JR.. I. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.
Com a perda de parte da língua na infância, a narradora tenta voltar a falar. Essa tentativa revela uma experiência que
A) reflete o olhar do pai sobre as etapas do plantio.
B) metaforiza a linguagem como ferramenta de lavoura.
C) explicita, na busca pela palavra, o medo da solidão.
D) confirma a frustração da narradora com relação à terra.
E) sugere, na ausência da linguagem, a estagnação do tempo.
Questão 10
Havia um cheiro de batata queimada, mas tinha também o cheiro do metal, o cheiro do sangue que ensopava minha roupa e a de Belonísia. Quando Donana levantou a cortina que separava o cômodo em que dormia da cozinha, eu já havia retirado a faca do chão e embrulhado de qualquer jeito no tecido empapado, mas não havia conseguido empurrar de volta a mala de couro para debaixo da cama.
Vi o olhar assombrado de minha avó, que desabou sua mão grossa na minha cabeça e na de Belonísia. Ouvi Donana perguntar o que estávamos fazendo ali, porque sua mala estava fora do lugar e que sangue era aquele. “Falem”, disse, nos ameaçando arrancar a língua, que estava, mal ela sabia, em uma das nossas mãos.
VIEIRA JÚNIOR, Itamar. Torto Arado. São Paulo: Todavia, 2019.
Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. No trecho literário, a forte carga sensorial contribui para
A) as diversas interpretações sugeridas na narrativa.
B) acrescentar uma experiência de integração sinestésica.
C) imprimir a reação da personagem Donana frente ao acontecimento.
D) acrescentar um tom intimista à narrativa.
E) determinar o direcionamento do leitor para o desfecho da obra.

Outros materiais