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16.2.2 Exemplo 2 Este exemplo é também semelhante àquele encontrado em FUSCO (1981, p. 311), com a diferença da alteração do concreto, de C15 para C20, e da largura do pilar, de 25 cm para 20 cm (Figura 45). São conhecidos: UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 47 N k = 1.110 kN M1d,A,x = – M1d,B,x = 3.260 kN.cm seção transversal 20 x 70 (Ac = 1.400 cm2) comprimento equivalente ou de flambagem: ex = ey = 460 cm coeficientes de ponderação: γc = γf = 1,4 ; γs = 1,15 h = 20 cm x h = 70 cm y Nd x y e1,x - 3260 kN.cm 3.260 kN.cm M1d,A,x + - M1d,B,x Figura 45 – Dimensões da seção transversal, arranjo estrutural do pilar na planta de fôrma e momentos fletores de primeira ordem na direção x. RESOLUÇÃO a) Esforços solicitantes A força normal de cálculo é: Nd = n . f . Nk = 1,0 . 1,4 . 1110 = 1.554 kN, com n da Tabela 4. Além da força normal de compressão ocorrem também momentos fletores nas extremidades (topo e base) do pilar (M1d,A,x = – M1d,B,x = 3.260 kN.cm), que solicitam o pilar na direção x, em função de existir uma viga não contínua sobre o pilar na direção x (Figura 46). Este momento fletor, ou seja, todas as ações aplicadas no pilar, devem ser majoradas por n , igual a 1,0 neste caso. b) Índice de esbeltez 22,7 70 3,46 460 h 3,46 x ex x 79,6 20 3,46 460 h 3,46 y ey y c) Momento fletor mínimo M1d,mín = Nd (1,5 + 0,03 h), com h em cm. O momento fletor mínimo, em cada direção, é: Dir. x: M1d,mín,x = 1554 (1,5 + 0,03 . 70) = 5.594,4 kN.cm ; e1x,mín = 1554 5594,4 3,60 cm Dir. y: M1d,mín,y = 1554 (1,5 + 0,03 . 20) = 3.263,4 kN.cm ; e1y,mín = 1554 3263,4 2,10 cm UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 48 460 460 3260 kN.cm + - 3260 kN.cm - - 3260 kN.cm 3260 kN.cm + - 2,10 cm - 2,10 cm - 2,10 cm - + - + 2,10 cm Figura 46 – Momentos fletores de cálculo de 1a ordem e excentricidades no topo e na base do pilar, na direção x. d) Esbeltez limite b 1 1 h e 25 12,5 , com 35 ≤ λ1 ≤ 90 Dir. x: A excentricidade de 1a ordem na direção x (e1x) é 2,10 cm. Os momentos fletores de 1a ordem na direção x (M1d,A,x = – M1d,B,x = 3.260 kN.cm) são menores que o momento fletor mínimo nesta direção (M1d,mín,x = 5.594,4 kN.cm), o que leva a b = 1,0. Assim: 25,4 1,0 70 2,10 25 12,5 1,x 35 1,x = 35 Dir. y: Na direção y não ocorrem momentos e excentricidades de 1a ordem, portanto e1y = 0 e b = 1,0. Assim: 25,0 1,0 20 0 25 12,5 1,y 35 1,y = 35 Desse modo: x = 22,7 < 1,x não são considerados os efeitos locais de 2ª ordem na direção x; y = 79,6 > 1,y são considerados os efeitos locais de 2ª ordem na direção y. e) Momento de 2a ordem O momento de 2a ordem será avaliado pelos métodos do pilar-padrão com curvatura aproximada e do pilar-padrão com rigidez aproximada. e1) Método do pilar-padrão com curvatura aproximada 1d,mín 1d,A 2 e d,tot b 1d,A d M M r 1 10 M .M N , e M1d,A M1d,mín UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 49 A força normal adimensional e a curvatura (na direção y, sujeita a momentos fletores de 2a ordem) são os mesmos do exemplo anterior: = 0,78 e 1/r = 1,953 . 10-4 cm-1. A excentricidade máxima de 2a ordem na direção y é: r 1 10 e 2 e 2y 1,953 .10 4,13 10 460 4 2 cm Fazendo M1d,A M1d,mín em cada direção, tem-se o momento fletor total máximo: Dir. x: Md,tot,x = 3.260,0 kN.cm M1d,mín,x = 5.594,4 kN.cm Md,tot,x = 5.594,4 kN.cm Dir. y: Md,tot,y = 1,0 . 3263,4 + 4 2 1,953 .10 10 460 1554 9.685,4 M1d,mín,y = 3.263,4 kN.cm ok! Md,tot,y = 9.685,4 kN.cm Os momentos fletores atuantes no pilar estão indicados na Figura 47. As situações de projeto e de cálculo estão mostradas na Figura 48 (seções de extremidade) e Figura 49 (seção intermediária C). 3.260 M1d,A,x OU 6.422 M1d,mín,y 5.594,4 3.263,4 M1d,mín,x Dir. x Dir. y M 2 d,máx,y + Figura 47 – Momentos fletores atuantes no pilar, nas direções x e y. S.P. Nd y 1 s.c. 3,60 e N x d e 1x 1x,mín a 2,10 e = 2,10 2 s.c. a 1y,mín Nd Figura 48 – Situação de projeto e situações de cálculo nas seções de extremidade (topo e base do pilar). UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 50 A excentricidade inicial na seção intermediária C é calculada com a Eq. 53, que corresponde à Eq. 49, em função da excentricidade inicial (e1x), nas extremidades submetidas aos momentos fletores de 1a ordem (M1d,A e M1d,B): 1A 1A 1B 1C 0,4 e 0,6 e 0,4 e e 0,4 e 0,4 . 2,10 0,84 cm 0,6 e 0,4 e 0,6 . 2,10 0,4 . ( 2,10) 0,60 cm e 1x,A 1x,A 1x,B 1x,C e1x,C = 0,84 cm Nd e e = 6,23 e = 2,10 e = 4,13 Nd 3,60 1 s.c. a 2 s.c. a 1y,mín 1x,mín y 2y S.P. Nd y x e 1x,C 0,84 Figura 49 – Situações de projeto e de cálculo da seção intermediária. Na análise das situações de cálculo fica claro que a 2a s.c. da seção intermediária C é que resultará na maior armadura longitudinal do pilar, porque tem o maior valor de excentricidade, na direção de menor rigidez do pilar. A título de exemplo são verificadas as duas situações da seção intermediária. Com = 0,78 e utilizando-se os ábacos de VENTURINI (1987) para Flexão Reta: Dir. x: = x c cd d,tot,x h . A . f M = 0,04 1,4 2,0 70 .1400 5594,4 ou 0,04 70 3,60 0,78 h e x x x x h d' = 70 4,0 = 0,06 0,05 Ábaco A-24: ω = 0,08 Dir. y: = y c cd d,tot,y h . A . f M = 1,4 2,0 20 .1400 9685,4 0,24 ou 0,24 20 6,23 0,78 h e y y y y h d' = 20 4,0 = 0,20 Ábaco A-4: ω = 0,79 As = yd c cd f A f = 36,34 1,15 50 1,4 2,0 0,79 .1400 cm2 e2) Método do pilar-padrão com rigidez aproximada O momento fletor total na direção y, sujeita a momentos de 2a ordem, é: 19200 M (3840 h N h Nd 19200 b M1d,A)Md, tot 3840 b h Nd M1d,A 0 2 d 2 d, tot d,tot 2 2 19200 Md,tot (3840 . 20 .1554 79,6 . 20 .1554 19200 .1,0 .3263,4)M 3840 .1,0 . 20 .1554 . 3263,4 0 UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 51 19200 M 140237933 Md,tot 3894776524 80 0 2 d,tot M 7304,1Md,tot 20285294 0 2 d,tot A raiz positiva da equação de 2o grau é: Md,tot = 9.450,6 kN.cm M1d,mín,y = 3.263,4 kN.cm ok! Com = 0,78 e utilizando os ábacos de VENTURINI (1987) para Flexão Reta: = cdc y d,tot,y f . A. h M = 1,4 2,0 1400 . 20 9450,6 = 0,24 y y h ' d = 20 0, 4 = 0,20 Ábaco A-4 (ω = 0,79) As = yd cd c f f A = 36,34 1,15 50 1,4 2,0 0,79 .1400 cm2 16.2.3 Exemplo 3 São conhecidos (Figura 50): Nk = 500 kN M1d,A,y = M1d,B,y = 7.000 kN.cm (e1y,A = e1y,B = 10,0 cm) seção 20 x 40 (Ac = 800 cm2) ex = ey = 280 cm γc = γf = 1,4 ; γs = 1,15 e h = 40 cm h = 20 cm y x 1,y d N x y + 7000 kN.cm M1d,A,y 7.000 kN.cm M1d,B,y 7.000 kN.cm + Figura 50 – Dimensões da seção transversal e momentos fletores de 1a ordem na direção y. RESOLUÇÃO a) Esforços solicitantes A força normal de cálculo é: Nd = n . f . Nk = 1,0 . 1,4 . 500 = 700 kN, (n na Tabela 4). Além da força normal de compressão ocorrem também momentos fletores nas seções de topo e base do pilar (M1d,A,y = M1d,B,y = 7.000 kN.cm), que solicitam o pilar na direção y (Figura 50). b) Índice de esbeltez 48,4 20 3,46 280 h 3,46 x ex x UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 52 24,2 40 3,46 280 h 3,46 y ey y c) Momento fletor mínimo M1d,mín = Nd (1,5 + 0,03 h), com h em cm. Assim, o momento mínimo, em cada direção é: Dir. x: M1d,mín,x = 700 (1,5 + 0,03 . 20) = 1.470,0 kN.cm ; e1x,mín = 700 1470,0 2,10 cm Dir. y: M1d,mín,y = 700 (1,5 + 0,03 . 40) = 1.890,0 kN.cm ; e1y,mín = 700 0,0 189 2,70 cm d) Esbeltez limite b 1 1 h e 25 12,5 , com 90351 Dir. x: Nesta direção não ocorrem momentos e excentricidades de 1a ordem, portanto e1x = 0 e b = 1,0. Assim: 25,0 1,0 20 0 25 12,5 1,x 35 1,x = 35 Dir. y: A excentricidade de 1a ordem nesta direção (e1y) é 10,0 cm, e os momentos fletores de 1a ordem são M1d,A,y = M1d,B,y = 7.000 kN.cm, maiores que o momento fletor mínimo nesta direção (M1d,mín,y = 1.890,0 kN.cm), o que leva ao cálculo de b e de 1,y : 1,0 7000 7000 0,6 0,4 M M 0,6 0,4 A B b 28,1 1,0 40 10,0 25 12,5 1,y 35 1,y = 35 Desse modo: x = 48,4 > 1,x são consideradosos efeitos locais de 2ª ordem na direção x; y = 24,2 < 1,y não são considerados os efeitos locais de 2ª ordem na direção y. e) Momento de 2a ordem pelo método do pilar-padrão com curvatura aproximada 1d,mín 1d,A 2 e d,tot b 1d,A d M M r 1 10 M .M N , e M1d,A M1d,mín Força normal adimensional: 0,61 1,4 2,0 800 700 A . f N c cd d Dir. x: Curvatura na direção x sujeita a momentos fletores de 2a ordem: UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 53 -1 -1 0,00025 cm 20 0,005 0,0002252 cm 20 0,61 0,5 0,005 h 0,50 0,005 r 1 A excentricidade máxima de 2a ordem na direção x é: r 1 10 e 2 e 2x 0,0002252 1,77 10 2802 cm Md,tot,x = 1,0 . 1470,0 + 0,0002252 10 280 700 2 2.705,9 kN.cm M1d,mín,x = 1.470,0 kN.cm ok! Md,tot,x = 2.705,9 kN.cm Dir. y: Nesta direção o pilar deve ser dimensionado para o máximo momento fletor que ocorre nas extremidades do topo e da base, sem se acrescentar o momento mínimo. Md,tot,y = 7.000,0 kN.cm M1d,mín,y = 1.890,0 kN.cm ok! Os momentos fletores atuantes no pilar estão indicados na Figura 51. A situação de projeto e as situações de cálculo estão mostradas na Figura 52 e Figura 53. 7.000 M1d,A,y OU 1.235,9 M1d,mín,y 1.470,0 1.890,0 M1d,mín,x Dir. x Dir. y M 2 d,máx,x + Figura 51 – Momentos fletores atuantes no pilar, nas direções x e y. e = 10,00 S.P. Nd y x e = 10,00 x Nd y 2 s.c. 1y y a 2,10 e 1x,mín 1 s.c. a Nd Figura 52 – Situação de projeto e situações de cálculo da seção de extremidade (base e topo do pilar). A direção crítica do pilar é a direção x, correspondente à largura do pilar de seção retangular. Geralmente é a direção que proporciona a armadura final do pilar, no entanto, neste caso, na direção y (relativa ao comprimento do pilar) ocorre uma excentricidade com valor significativo (ey = 10,00 cm), e UNESP, Bauru/SP – Pilares de Concreto Armado 54 que pode resultar na armadura final. O cálculo das armaduras para a 1a e 2a s.c. é que vai indicar a armadura maior, a ser aplicada no pilar. A excentricidade inicial na seção intermediária C é calculada com a Eq. 53, que corresponde à Eq. 49, em função da excentricidade inicial (e1y), nas extremidades submetidas aos momentos fletores de 1a ordem (M1d,A e M1d,B): 1A 1A 1B 1C 0,4 e 0,6 e 0,4 e e 0,4 e 0,4 .10,00 4,00 cm 0,6 e 0,4 e 0,6 .10,00 0,4 .10,00 10,00 cm e 1y,A 1y,A 1y,B 1y,C e1y,C = 10,00 cm y e = 10,00 e = 10,00 1y,C S.P. x Nd y Nd Nd 1 s.c. 2,10 a 1x,mín e 1,77 2x e e 3,87 x 2 s.c. a Figura 53 – Situações de projeto e de cálculo da seção intermediária. Com = 0,61 e utilizando os ábacos de VENTURINI (1987) para flexão reta: Dir. x: = x c cd d,tot,x h . A . f M = 0,12 1,4 2,0 20 . 800 2705,9 ou 0,12 20 3,87 0,61 h e x x x x h d' = 20 4,0 = 0,20 Ábaco A-29: ω = 0,20 Dir. y: = y c cd d,tot,y h . A . f M = 1,4 2,0 40 . 800 7000,0 0,15 ou 0,15 40 10,00 0,61 h e y y y y h d' = 40 4,0 = 0,10 Ábaco A-27: ω = 0,28 A armadura final resulta da maior taxa de armadura (ω = 0,28), relativa à 2a s.c., com excentricidade na direção do comprimento do pilar. As = yd c cd f A f = 7,36 1,15 50 1,4 2,0 0,28 . 800 cm2__
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