Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 1 | 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei 11.343/06 - Lei de Drogas 
Apostila única 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 2 | 
Apresentação 
Olá meus caros amigos concurseiros! 
Sejam muito bem-vindos ao FOCUS CONCURSOS e ao nosso CURSO DE 
LEGISLAÇÃO, nele iremos abordar os PRINCIPAIS E RELEVANTES TÓPICOS – 
AQUELES QUE CONSTUMAM CAIR MAIS EM PROVA - sobre a Lei 11.343/2006, a 
famosa Lei de Drogas, tópico presente no seu edital. 
Neste curso estaremos abordando todos os tópicos referentes a esta importante 
legislação, mesclando diversas formas de trabalhar a matéria, ora utilizando 
comentários objetivos a “lei seca” e em outros momentos, iremos nos aprofundar com 
claras e didáticas introduções e apontamentos a conceitos chaves ao entendimento; 
sempre pensando em gabaritar todas as questões na sua prova, indiferente qual for o 
seu objetivo. A linguagem utiliza será mais próxima da linguagem oral, falada, 
pois, nosso objetivo é ter total proximidade com você, meu caro concurseiro. 
Queremos que haja uma conversa entre nós, portanto, sempre iremos trabalhar 
para nos esquivarmos do “jurisdiquês”. 
No decorrer de nossa jornada iremos explorar ao máximo o conteúdo e, ao final de 
cada assunto, testar nossos conhecimentos com questões de fixação; que estão 
apenas aqui na apostila (não vamos trabalhar a resolução delas em sala de aula). 
Diante disso, chamamos de QUESTÕES GABARITADAS. Ao final da apostila, também 
disponibilizei uma bateria de questões para treinar. 
Para facilitar seu estudo, disponibilizamos também na LETRA DA LEI que você pode 
ter aquela leitura rápida e fixar o conteúdo. A grande maioria dos concurseiros 
conciliam família, trabalho e os estudos e, com uma rotina tão atribulada como esta, 
poder estudar em qualquer lugar faz todo a diferença. Quem estuda sabe, 5 ou 10 
minutos pode sim fazer a diferença. 
Neste sentido, recomendo a utilização do arquivo na LETRA DA LEI para 
complementar a leitura deste material. 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 3 | 
1 Roteiro do PDF FOCADO 
 
• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das 
videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em 
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com 
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.); 
• Questões de Sala 
• Questões para Treinar (são questões extras/bônus ao final da apostila, para 
o aluno treinar e fixar o conteúdo aprendido. Essas questões fazem parte 
apenas do material em PDF, logo não são exibidas e nem resolvidas em 
videoaulas). 
• Letra da Lei 
 
 
Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs 
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas! 
E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. 
VAMOS NESSA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 4 | 
Conteúdo Programático 
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 3 
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA ................................................................................................................ 5 
2 Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio .................................................................. 7 
3 TRATAMENTO DO DEPENDENTE .......................................................................................... 23 
4 FIXAÇÃO DA MULTA ............................................................................................................ 24 
5 PRESCRIÇÃO DAS PENAS ...................................................................................................... 25 
6 POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL ................................................................................ 26 
7 (IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 28 ......................................................................... 30 
8 TRÁFICO DE DROGAS ........................................................................................................... 30 
9 TRÁFICO PRIVILEGIADO ....................................................................................................... 39 
10 Questões de Sala ................................................................................................................. 54 
11 QUESTÕES PARA TREINAR ................................................................................................... 75 
12 LETRA DA LEI ..................................................................................................................... 121 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 5 | 
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA 
 
Antes de adentrarmos na Lei 11.343/2006, gostaria de fazer uma breve introdução a 
respeito da antiga Lei de Drogas, Lei n.º 6368/1976, a qual, na verdade, tratava sobre 
entorpecentes e apresentava terminologias tais como “tráfico de entorpecentes e 
drogas afins”. Com o advento da Lei 11.343/2006, passou-se a utilizar a terminologia 
“drogas”, e “tráfico de drogas”, que são mais adequadas para os dias atuais. 
 
A Lei de Drogas 11.343/2006 entrou em vigor após quarenta e cinco da publicação, e 
revogou expressamente a Lei n.º 6.368/1976. Assim, em se tratando de tráfico de 
drogas e de qualquer crime envolvendo drogas, aplica-se o princípio da especialidade 
e, se a droga tiver previsão na Portaria 344 da ANVISA, o enquadramento correto é na 
Lei 11.343/2006. 
 
O segundo detalhe, para fins de conhecimento, é que a previsão constitucional para 
a criação da Lei de Drogas pode ser extraída do Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, o qual 
considera crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia a prática da tortura, o 
tráfico ilícito de entorpecentes, o terrorismo, e os crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e, aquele que puderem evitar, se omitirem. 
 
Partindo dessa consideração, diz-se do Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, tratar-se de 
MANDADO CONSTITUCIONAL DE CRIMINALIZAÇÃO EXPRESSO, consistindo em 
uma imposição para o legislador infraconstitucional trazer a repressão à prática do 
tráfico ilícito de drogas. Neste sentido, o mandado condicional de criminalização, o 
Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, sua organização é uma medida convencional de 
criminalização, expressamente evidenciada na Constituição. Embora tenha passado a 
vigorar em 2006, existia antes disso a previsão do tráfico de entorpecentes com base 
Lei n.º 6368/1976, em cima do art. n.º 16, por meio da qual observava-se de igual 
modo a Constituição Federal. 
 
Outro artigo previsto constitucionalmente que chama a atenção é o de n.º 243 da 
CF/88, o qual apresenta uma situação onde pode se acarretar expropriação da 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 6 | 
propriedade do indivíduo que a utiliza para fins de cultivo, envolvendo várias 
substâncias consideradas drogas que possam causar dependência. Havendo essa 
hipótese, o proprietário pode vir a sofrer a expropriação, isto é, o confisco da sua 
propriedade. Entenda que não se trata de uma desapropriação, que, no caso, ocorre 
por indenização prévia e justa. 
 
A expropriação, em contrapartida, tem natureza confiscatória, isto é, nenhum tipo de 
indenização ao proprietário, passando a propriedade a União. Nesse sentido,o caso 
de expropriação é um exemplo de intervenção do Estado na propriedade privada, 
contudo, observando o expresso no art. n.º 243, CF/88 Lei de drogas. O cultivo de 
drogas ilícitas, além de tratar da Lei n.º 11.343/2006, envolve a situação de trabalho 
escravo, bastando uma prévia análise no expressamente previsto no art. n.º 243, 
CF/88. 
 
 
Mesmo que o produtor conduza o cultivo em apenas uma parte de sua terra, ele perde 
todo o bem quando confiscada a propriedade. 
 
1.1 Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD era anteriormente 
chamado de Sistema Nacional Antidrogas. O atual sistema prescreve medidas para 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico 
ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. 
 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 7 | 
 
Os conteúdos mais recorrentes nas provas de concursos, referente à Lei de Drogas, 
sem sombra de dúvidas, são, respectivamente: Art. n.º 33; Art. n.º 41 e Art. n.º 28. 
Se seu tempo de estudo for curto, ou se pretende fazer uma revisão para o dia da 
prova, centre fogo nesses artigos, em especial no art. n.º 33, que representa a maior 
incidência de questões nas provas. 
2 Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
 
A Lei 11.343/2006 estabeleceu um novo tratamento jurídico penal aos usuários de 
entorpecentes que sejam flagrados na conduta de adquirir, guardar, ter em depósito, 
transportar ou trazer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, punindo-os com penas não 
privativas de liberdade. 
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
Veja bem, o crime previsto no art. 28, sobre o porte de drogas para consumo próprio 
tem como consequência penal a advertência, a prestação de serviço à comunidade e 
o comparecimento à programa ou curso educativo, isto é, se trata de um crime que 
não traz pena privativa de liberdade. Essas penas podem ser aplicadas de forma 
isolada, forma cumulativa, ou, serem substituídas uma por outra a qualquer tempo, 
sempre ouvindo que o Ministério Público e o defensor do agente. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 8 | 
2.1 NÚCLEO DO TIPO 
 
O art. 28 da Lei de Drogas traz o crime de porte para consumo próprio. Segundo este 
artigo, quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
• advertência sobre os efeitos das drogas; 
• prestação de serviços à comunidade; 
• medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
O tipo do art. 28 da Lei de Drogas traz cinco condutas: adquirir, ou seja, o indivíduo 
faz a compra das drogas através de uma contraprestação ou até mesmo através de 
uma troca; na conduta adquirir esse crime será considerado instantâneo, isto é, no 
momento em que individuo fez a aquisição, configura-se o art. 28 da Lei de Drogas. 
Na conduta guardar vai demandar uma permanência, então esse crime vai se 
prolongar no tempo. Tiver em depósito também demanda crime permanente. Para 
praticar a conduta transportar, o indivíduo usará um veículo automotor, e durante esse 
transporte, está se prolongando no tempo. Na conduta trouxer consigo a droga vem 
com ele no corpo, ou seja, na calça, na cintura, na cueca ou até mesmo através de uma 
bolsa/mochila. Para consumo pessoal, identifica-se o dolo mais o especial fim de agir. 
O objeto material desse artigo é a droga com base na portaria 344 da ANVISA já 
citada em diversos tópicos deste material, portanto, de suma importância. 
 
A natureza jurídica deste artigo possui e se faz prevalecer três correntes. 
A primeira corrente falará que o art. 28 da Lei de Drogas é considerado crime, pois 
o porte para consumo próprio encontra previsão no art. 12, lei 6.368/1976, sendo 
punido com a pena privativa de liberdade de detenção de 06 meses podendo chegar 
a 02 anos. Com o advento da Lei 11.343/16, o porte para consumo próprio está 
previsto no art. 28 da Lei de Drogas que, por sua vez, não traz pena privativa de 
liberdade com base na nova alteração. Pelo fato de não ter trazido a pena privativa de 
liberdade, surgiram as três correntes. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 9 | 
A primeira afirmando que o art. 28 continua sendo crime, mas o que veio a ser gerado 
foi uma despenalização pelo fato da antiga Lei, no seu art. 12, trazer a pena privativa 
de liberdade e com base na lei nova, o art. 28 não traz a pena. É o que prevalece em 
âmbito doutrinário e jurisprudencial no STJ e STF. Na atualidade continua sendo crime, 
portanto, caso afirme na sua prova que o art. 28 da Lei de Drogas é crime, teremos 
à questão como correta. Há um caso que repercutiu sobre HC655359 e pelo fato de 
repercussão geral para ver se realmente o art. 28 continua sendo crime, já foram 03 
votos a favor para deixar de ser considerado crime, mas até então não há resolução 
ainda e nesse caso para a sua prova continua sendo crime o que acarretou foi uma 
despenalização. 
 
A segunda corrente afirma que o art. 28 da Lei de Drogas traz uma infração penal 
sui generis capitaneado pelo professor Luiz Flávio Gomes. Este emérito jurista afirma 
que é uma infração penal sui generis, mas pegará como base a Lei de Introdução ao 
Código Penal. 
 
Na Lei de Introdução ao Código Penal, encontramos como diretriz a punição do 
crime com pena privativa de liberdade, reclusão e detenção que pode ser aplicada de 
forma isolada e acumulada com a pena de multa. No caso da contravenção penal, tem 
como pena privativa de liberdade a prisão simples, que pode ser aplicado de forma 
isolada, acumulada e com a pena de multa. Este artigo não traz a pena de reclusão e 
detenção (com base na legislação), o Código Penal (aplicada para a prática de crime) 
e nem a pena de prisão simples (pena privativa de liberdade aplicada para a 
contravenção penal). Então, podemos compreender que o art. 28 da Lei de Drogas 
do porte ao consumo próprio é uma infração penal sui generis. 
 
Assim, com base nesse posicionamento, classificaria a doutrinária de forma majoritária 
que a infração penal é um gênero que comporta duas espécies. O Brasil, em termos 
de conceito de infração penal, adota o critério bipartido comportando duas espécies, 
crime e contração. No entanto, considerando esse novo posicionamento, a infração 
penal, em tese, adotaria um critério tripartido, de modo que o crime é punido com 
reclusão, detenção e multa, contravenção penal punida com prisão simples e multa e 
a infração penal sui generis; obviamente ela não é adotada, pois, o que prevalece é o 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 10 | 
que o art. 28 da Lei de Drogas continua sendo considerado crime, mas houve a 
despenalização. 
 
A terceira corrente falará que, com o advento da nova Lei de Drogas, no que diz 
respeito ao porte para consumo próprio, ocorreu uma descarcerização da conduta, 
pois embora continue sendo crime, o sujeito não será punido com pena privativa de 
liberdade. O indivíduo não será encarceradoquando cometer essa infração penal, pelo 
contrário, deverá ser submetido a outras medidas que suscitando uma 
descarcerização do crime. Atualmente, esse entendimento não é tido como 
majoritário, mas é possível que venha prevalecer futuramente, pois o STF decidirá 
sobre o assunto em tese de repercussão geral. 
 
Desta forma, considerando que as penas impostas ao crime não levam ao cárcere, 
entende-se que houve uma descarcerização, não uma infração penal e nem uma 
despenalização. O entendimento que prevalece em concursos públicos, é a 
primeira corrente a qual houve uma despenalização se associando em cima do art. 
28, pois embora não leve ao cárcere, o crime continua tendo pena. 
 
2.2 SUJEITO ATIVO E PASSIVO 
 
O sujeito ativo pode ser representado por qualquer pessoa, afinal trata-se de um 
crime comum, não se exigindo qualquer condição especial do indivíduo. Por outro 
lado, o polo passivo é ocupado pela coletividade, assim podemos considerar o crime 
como sendo vago, de vitimização difusa ou de vitimização coletiva. O conceito de 
crime vago é utilizado quando não é possível determinar uma pessoa física ou pessoa 
jurídica para ocupar o polo passivo da conduta. 
 
No que diz respeito ao uso pretérito da droga, o indivíduo não pode ser punido pelo 
fato de ter consumido a substância. O art. 28 da Lei de Drogas pune o porte da droga 
para consumo próprio, e não o uso da propriamente dito, há uma grande diferença 
entre a pessoa que está portando a droga para consumo e aquele que já consumiu a 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 11 | 
substância. 
 
O agente que porta a droga para consumo responderá pelo art. 28, visto que sua 
conduta está representada pelos verbos adquirir, trazer consigo, guardar e transportar. 
Quanto ao indivíduo que consumiu, não há materialidade suficiente para comprovar 
que ele estava com a droga, ainda que a polícia sinta o odor da substância. Portanto, 
uma vez que não pode se comprovar a materialidade do artigo e o uso pretérito é 
considerado fato atípico, nada pode ser feito com este indivíduo. 
 
Então, na condição de policial, ainda que exista o cheiro da droga ou que todos os 
elementos indiquem que o indivíduo usou alguma substância recentemente, se não 
for encontrada com o agente nenhuma substância ilícita, este deverá ser liberado, 
pois, mesmo que imoral, a conduta não se enquadra no art. 28 da Lei de Drogas. 
 
 
Considere a seguinte situação hipotética, “dois policiais 
receberam o chamado de uma ocorrência, chegando lá se 
depararam com a seguinte situação, uma pessoa, 
visivelmente drogada, estava deitada ao lado de uma seringa 
usada. Analisando o local, os policiais concluíram que o 
sujeito tinha utilizado a seringa para injetar heroína em seu 
corpo, mas não localizaram nenhuma outra substância com 
ele ou no local. Neste caso, os policiais poderiam 
responsabilizar o agente pelo crime do art. 28 da Lei de 
Drogas e conduzi-lo até a delegacia?” Não, pois considerando 
que o uso da droga foi pretérito e que os agentes policiais não 
localizam nenhuma outra substância com o indivíduo, sua 
conduta é atípica, devendo este ser liberado. 
 
 
2.3 ELEMENTO SUJETIVO 
 
O elemento subjetivo do crime é o dolo, no entanto, o tipo penal exige que na 
conduta também se faça presente o fim especial de agir, neste caso, representada 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 12 | 
pelo consumo próprio. Assim, o sujeito deverá adquirir, guardar, ter em depósito, 
transportar ou trouxer consigo a droga para consumo pessoal/próprio. 
 
Contudo, de acordo com o § 2º do art. 28 da Lei de Drogas, para determinar se a 
droga está ou não destinada ao consumo pessoal, o juiz deverá observar alguns 
fatores como, quantidade da substância apreendida, o local e às condições em que se 
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos 
antecedentes do agente. 
 
Assim, no que diz respeito a quantidade, existem dois sistemas, sendo o de 
quantidade legal e o da análise policial ou judicial. No primeiro sistema, quando o 
indivíduo é pego com uma certa quantidade de drogas, pode ser responsabilizado 
tanto pelo tráfico quanto pelo para consumo próprio. Entretanto, o sistema de 
quantidade legal não é adotado no Brasil. 
 
O problema é quando o sujeito é pego com pouca quantidade, pois, neste caso, deve-
se analisar se o indivíduo está com porte para consumo próprio ou se a quantidade 
sugere o tráfico. No entanto, só a quantidade não basta para configurar o crime, 
outros elementos devem ser considerados, imagine a seguinte situação: 
Mévio, iniciante no mundo do tráfico, é abordado pela polícia no final do 
seu expediente, quando restava apenas uma trouxinha de cocaína em seu 
bolso com a quantia de R$ 500,00 reais em notas de pequeno valor. 
Analisando somente a quantidade, Mévio deveria responder pelo art. 28 
da Lei de Drogas, contudo as demais circunstâncias apontam que, na 
realidade, Mévio deverá responder pelo crime de tráfico de drogas, previsto 
no art. 33 da Lei de Drogas. 
 
O sistema adotado pelo Brasil é o da análise policial ou judicial, de modo que a autoridade policial será a 
responsável por trazer elementos que comprovem se o indivíduo responderá pelo crime de porte para 
consumo próprio ou pelo crime de tráfico. 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 13 | 
 
2.4 OBJETO MATERIAL E JURÍDICO 
 
O objeto material é a droga em si. Já, de acordo com o entendimento majoritário, o 
bem jurídico tutelado pela Lei de Drogas é a saúde pública. Contudo, existe outra 
corrente que diverge desse posicionamento, ela afirma que o bem jurídico tutelado 
não seria a saúde pública, mas sim à saúde individual do agente. Além disso, muitos 
doutrinadores entendem que não deveria ter a natureza de crime, pois não fere o 
princípio da lesividade. 
 
Este princípio possui diversos desdobramentos, mas dois que devemos ressaltar é o 
princípio da lesividade e o princípio da alteridade, observe: 
→ Princípio da lesividade: o princípio da lesividade prega que, a conduta deverá 
efetivamente lesionar ou, ao menos, manifestar perigo ao bem jurídico 
protegido. 
→ Princípio da alteridade: em contrapartida, o princípio da alteridade, defende 
que ninguém será responsabilizado por uma conduta que não ultrapasse seu 
âmbito particular. Em outras palavras, a conduta deve atingir a esfera jurídica 
de terceiros. 
 
Sendo assim, esta corrente minoritária acredita que, o fato de estar consumindo a 
droga causa prejuízo apenas para a saúde individual e não para a saúde pública. 
Portanto, o entendimento que tem prevalecido é que, em um primeiro momento, a 
Lei de Drogas protege a saúde pública, mas, de forma mediata a saúde individual, que 
não deixa de integrar a sociedade, também é resguardada. 
 
2.4.1 NORMA PENAL EM BRANCO 
 
 
O art. 1º expõe o conceito de drogas para fins de aplicabilidade da Lei 11.343/2006, 
isto é, para que se possa determinar se o princípio ativo de determinada droga 
configure como algum crime aqui previsto, deve-se buscar as especificações 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 14 | 
referentes a drogas em Lei ou lista atualizada pelo Poder Executivo da União. Neste 
ponto, relacionam-se os art. n.º 1 ao art. n.º 66 e à Portaria 344 da Anvisa/1998. É 
essa Portaria que determina se o princípio ativo da droga configura ou não o crime 
de tráfico, por exemplo. 
 
Já o art. n.º 33, expõem 18 condutas envolvendo drogas que configuram crime, tais 
como: importar, exportar, remeter, trazer consigo, vender, expor à venda. No entanto, 
o artigo não especifica o que é “droga”, portanto,faz-se necessário recorrer à Portaria 
344 da Anvisa que o fará. Por meio dela é possível saber se há o princípio ativo que 
configura o crime relacionado a drogas previsto no art. 33. 
 
Agora, tendo como base o art. 33, sabemos que ele elucida sobre condutas, as quais 
acarretarão em pena, e neste momento falamos especificamente sobre a pena 
privativa de liberdade, que consiste em reclusão de cinco anos, podendo chegar à 
quinze, ou seja, pena mínima, cinco anos, e pena máxima de quinze. O caput do artigo 
introduz o preceito primário, isto é, a norma proibitiva. Já a disposição sobre a pena 
introduz o preceito secundário. Em se tratando do preceito secundário, faz-se 
completo, isto é, não requer complemento pois todas as disposições constam ali 
(reclusão de cinto até 15 anos e pena de multa). Essa pena foi pensada pelo Congresso 
Nacional com a produção da Lei 11.343/06. 
 
Agora, no caso do caput da lei que trata da norma proibitiva, também foi pensado 
pelo Congresso Nacional, porém, não de forma completa. A complementação que fala 
sobre o que caracteriza “droga” não foi trazida por meio de outra Lei de produção do 
Congresso Nacional, isto é, não foi feita através de uma lei em sentido estrito. O 
complemento que elucida quais substâncias caracterizam “droga” foi apresentada pela 
Portaria n.º 344 da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, chamada hoje de 
Anvisa e é, portanto, um ato do poder executivo. 
 
Pode-se dizer que a LEI DE DROGAS É UMA NORMA PENAL EM BRANCO 
HETEROGÊNEA, sendo uma lei que requer um complemento, este quem por sua vez, 
não é feito pelo próprio Congresso Nacional. Caso fosse, teríamos apenas um exemplo 
de uma norma penal em branco, homogênea. O Congresso Nacional é Poder 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 15 | 
Legislativo e o complemento não é feito pelo Congresso Nacional, isto é, não é feito 
pelo Poder Legislativo. O complemento é feito por ato do Poder Executivo, 
configurando-a como uma norma penal, em branco, heterogênea. 
 
Estas considerações são traçadas para que fique bem claro que esse conteúdo é muito 
recorrente em provas. Se cair na sua prova que a Lei das Drogas é uma norma penal 
em branco, você pode assinalar a questão como correra. Agora, se a questão 
especificar que tipo de norma penal em branco é, ela terá que especificar que se trata 
de uma norma penal em branco heterogênea, porque se disser que é uma norma 
penal em branco homogênea, a questão estará errada. 
 
A questão deve ficar bem clara: hoje, para saber se o indivíduo praticou o tráfico de 
drogas, por exemplo, faz-se necessário consultar a Portaria n.º 344 da Anvisa, a fim de 
se certificar de que o princípio ativo em questão é considerado uma droga. Para fins 
de esclarecimento, a maconha, por exemplo, tem o princípio ativo tetraidrocanabinol; 
o lança-perfume tem como princípio ativo o cloreto de etila. Essas informações e 
outras constam na portaria n.º 344. 
 
Caso a Anvisa venha retirar uma substância com um princípio ativo que hoje é 
considerada droga, a doutrina e o entendimento do STF preveem que, ocorrendo a 
retirada de um princípio ativo previsto na Portaria 344, será gerado o abolitio criminis, 
e o efeito será a retroatividade. Gostaria de exemplificar apresentando como o 
exemplo o que aconteceu com o princípio ativo ilícito cloreto de etila, lança perfume, 
nos anos 2000. Para você entender, quem fez a exclusão desse princípio ativo não foi 
o Congresso Nacional, ainda assim, como se trata de norma penal em branco 
heterogênea, a exclusão do princípio foi constitucional. 
No dia 07 de determinado mês do ano 2000 a Anvisa fez a exclusão do princípio 
ativo cloreto de elila da lista de substâncias ilícitas. Imagine que um indivíduo 
tenha praticado o crime de tráfico de substância no dia anterior ao dia da 
exclusão, dia 06 e, logo no dia seguinte, a Anvisa exclui a substância. Ocorrerá 
então de o indivíduo ser beneficiado por essa exclusão que gerou, 
consequentemente, retroatividade, de acordo com o entendimento do STF. 
Desse modo, aquele indivíduo que praticou o fato antes da exclusão do 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 16 | 
princípio ativo feita pela Anvisa foi beneficiado com retroatividade benéfica. 
 
Naquele tempo, a exclusão foi feita pelo presidente da Anvisa, sendo que, na 
verdade, a decisão deveria ter sido tomada pelo conselho. A exclusão acarretou 
retroatividade benéfica. Passados oito dias, no dia 15 do mesmo mês, o lança-
perfume foi reconsiderado princípio ativo previsto na Portaria 344 da Anvisa. 
Todavia, quando a substância foi reincluída na Portaria, a decisão não pôde 
retroagir e punir aqueles que tinham praticado o crime nesse interim, mas, no 
tempo em que beneficiou aqueles que praticaram crime previsto na antiga Lei 
6.368/76, que tinha previsão da Portaria 344 da Anvisa, foi lhes concedida a 
retroatividade benéfica. E do dia quinze em diante, após ser reinserida na 
Portaria como princípio ativo ilícito, passou a ser uma novatio legis in pejus, não 
podendo retroagir. 
 
Havendo qualquer alteração na portaria, o que prevalece, mesmo para o 
entendimento do STF, é: se for em benefício, a lei retroage; do contrário, é 
aplicada daquela data em diante. 
 
A Lei de drogas é uma norma penal em branco, ou seja, necessita de um complemento 
que traga a definição do que são drogas. Esse complemento é a portaria SVS/MS de 
n.º 344 de 12 de meio de 1998, que traz os princípios ativos das substâncias que 
poderão ser enquadradas como drogas e, consequentemente, a tipificação da 
conduta do agente nos crimes elencados nesta Lei. A previsão legal de que a Lei 
11.343/2006 é uma norma penal heterogênea em branco é o art. 1º, parágrafo único, 
c/c art. 66, conforme podemos observar. 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que 
seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se 
drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob 
controle especial, da Portaria SVS/ MS nº 344, de 12 de maio de 1998. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 17 | 
O art. 2º da Lei de Drogas trata da proibição da comercialização e plantio de drogas 
em todo território nacional. Mas apresenta uma situação excepcional que poderia 
gerar uma atipicidade. Vejamos o citado artigo em sua literalidade: 
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o 
plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais 
possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de 
autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção 
de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a 
respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. 
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos 
vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou 
científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, 
respeitadas as ressalvas supramencionadas. 
 
Consoante ao art. 2º da lei n.º 11.343/2006, as substâncias psicotrópicas derivadas 
das plantas de uso estritamente ritualístico-religioso são ressalvadas quando ocorrer 
o enquadramento do agente nos crimes previstos nessa lei, desde que sejam utilizadas 
para essa finalidade. 
 
 
Temos como exemplo de planta com substâncias psicotrópicas usada para o ritual 
religioso a Ayahuasca [(do quíchua aya, que significa ‘morto’, ‘defunto’, ‘espírito’ e 
waska, ‘cipó’, podendo ser traduzido como “cipó do morto”, ou “cipó do espírito”), 
também conhecida como hoasca, daime, iagê, santo-daime, vegetal e mariri] é umabebida psicotrópica produzida a partir da combinação da videira Banisteriopsis 
caapicom com várias plantas, em particular a Psychotria viridis e a Diplopterys 
cabrerana. Nesse caso, o chá de santo-daime, a partir dessa combinação de plantas 
para fins rituais religiosos, vai gerar a atipicidade tanto para quem está produzindo, 
como para quem está tomando. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 18 | 
Os rituais que utilizam substâncias psicotrópicas mais difundidos hoje no Brasil são o 
Santo Daime e a União Vegetal, mas deverá gerar atipicidade da conduta do agente, 
todas as substâncias que forem usadas com base no art. 2º supracitado e, também, 
na Convenção de Viena ratificada pelo Brasil com essa finalidade. 
 
Todavia, cabe ressaltar que, o indivíduo que consumir o chá terá que permanecer no 
recinto no qual ocorre o ritual, uma vez que não será amparado pela atipicidade se, 
por exemplo, sair para conduzir veículo automotor estando sob o efeito da substância. 
Ele poderá nesse caso ser responsabilizado criminalmente pelo artigo n.º 306 do CTB, 
que fala do crime de conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora 
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa. Ainda, se 
o agente conduzir uma embarcação ou aeronave logo após o consumo de drogas e 
gerar perigo em conformidade de outro ele pode responder pelo art. 39 da Lei de 
Drogas. 
 
Agora, portando a caneca para tomar o chá, a conduta dele é atípica, não é 
configurada, estando embasada no art. 2º, bem como na Convenção de Viena, que o 
Brasil ratificou e incorporou em nosso ordenamento jurídico. 
 
2.5 CONDUTA EQUIPARADA – PLANTIO PARA CONSUMO PESSOAL 
 
De acordo com o § 1° do art. 28, às mesmas medidas submete-se quem, para seu 
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de 
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física 
ou psíquica. 
 
A principal diferença entre a conduta prevista no caput e no § 1º do art. 28 é que, no 
crime de porte para consumo próprio, o objeto material é a droga em si. Já no crime 
de cultivo para consumo próprio, o objeto jurídico são as plantas destinadas para a 
preparação de drogas. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 19 | 
Ambas as condutas são classificadas como crimes de conteúdo variado, tipo misto 
alternativo ou de ação múltipla, pois a ação pode ser praticada através de diversas 
condutas, mas pouco importa quantos verbos o sujeito praticou, responderá por 
apenas um crime. 
 
Caso ele seja pego com uma semente que possui um princípio ativo para a produção 
de uma droga não há como enquadrar no art. 28, pois ele cita a droga produzida, 
entretanto o § 1° cita plantas e a semeação, caso o indivíduo for pego portando 
semente, ele responderá pelo art. 28 § 1° da lei de drogas, ficando provavelmente 
configurado para consumo próprio. 
 
Diferentemente, se ele é pego enviando a semente através do correio, nesta prática é 
considerado tráfico e em vez de responder pelo tráfico por equiparação, tendo em 
visto objetos materiais o que prevalece é que este indivíduo irá responder pelo tráfico 
do art. 33, prevalecendo a jurisprudência que se enquadraria no art. 28 § 1° e não no 
art. 28. 
 
Segundo o § 7° o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do 
infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente 
ambulatorial, para tratamento especializado. 
 
Há a competência para julgar o porte para consumo próprio na modalidade para 
equiparação a competência para julgar do Juizado Especial Criminal, conhecido como 
Jecrim. Afirmação que possui fundamentação no art. 48 §2° o qual fala que o 
indivíduo pode ser encaminhado para o Juizado Especial Criminal, regra geral vai ser 
estadual 
 
Tem alguma possibilidade de ser julgado pelo Juizado Especial Criminal Federal? A 
doutrina trará um exemplo que se ele estiver praticando porte para consumo próprio 
por exemplo em navios ou aviões poderia ser encaixada a competência da Justiça 
Federal. Caso o indivíduo seja pego portando para consumo próprio e praticou essa 
conduta dentro de um navio, sendo competência da Justiça Federal a qual julga os 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 20 | 
crimes que devem ser praticados a bordo de navios, aeronaves e entre outros. 
 
 Um exemplo a se pegar é o art. 48 § 2°, o indivíduo que está 
portando a droga não pode ser preso em flagrante, sendo 
composta de fases a prisão em flagrante este indivíduo pode 
ser capturado, a polícia chega e faz à revista pessoal e se 
identificar que está portando droga para consumo próprio o 
captura e faz a condução coercitiva. Quando chega na delegacia 
não terá a necessidade ser lavrado um auto de prisão em 
flagrante o (APF), basta lavrar em um termo circunstanciado de 
ocorrência, o ideal é ser encaminhado para o juizado, mas como 
não dá para ser feito e encaminhado para o juizado irá para 
uma delegacia e ao invés de se instaurar inquérito, é elaborado 
um termo circunstancial de ocorrência. 
 
O art. 28, a Lei de Drogas é uma infração de menor potencial ofensivo e o 
entendimento do STJ, cabe a suspensão condicional do processo e cabe também a 
transação penal por ser uma infração de menor potencial ofensiva. Caso o indivíduo 
chegue na delegacia e se recuse a assinar o termo circunstanciado dizendo a respeito 
da regra geral, se alguém estiver praticado um crime de menor potencial ofensivo e 
se recusar a assinar o termo circunstanciado, cabe a prisão em flagrante. Essa regra no 
art. 28, pelo fato de não ter trazido a pena privativa de liberdade, não cabe a prisão 
em flagrante e se ele se recusar, não pode ser preso em flagrante. Restando ao policial 
fazer a identificação dele e continuando o procedimento tranquilo, diferentemente 
acontece se o indivíduo o desacata, neste caso a prisão em flagrante pode ocorrer. 
 
No art. 29 afirma que na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II 
do § 6° do art. 28, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número 
de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 nem superior a 100, atribuindo 
depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta 
avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo, quando refere-se ao inciso II 
alude a multa. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 21 | 
2.6 CRITÉRIO LEGAL PARA DISTINGUIR TRÁFICO DE CONSUMO PESSOAL 
 
 
 
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e 
à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, 
às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
 
 
Para diferenciarmos tráfico de drogas e consumo próprio de drogas, a legislação 
trouxe os seguintes critérios: 
 
 
a) natureza da droga; 
b) quantidade da droga; 
c) local onde foi apreendida ou encontrada; 
d) circunstâncias em que se desenvolveu a ação; 
e) circunstâncias sociais e pessoais do agente; 
f) conduta pessoal e antecedentes do agente. 
 
 
2.7 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS INDEPENDETES 
Segundo o art. 28, aquele que adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou 
trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - Advertência sobre os efeitos das drogas; 
II -Prestação de serviços à comunidade; 
III -Medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo. 
 
O inciso I foi decidido pelo Fórum Nacional de Juizados Especiaise deve ser 
aplicado por um magistrado, acompanhado de uma pessoa capaz que tem a função 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Posse ou Porte De Drogas Para Consumo Próprio 
www.focusconcursos.com.br | 22 | 
de advertir o indivíduo sobre os efeitos que as drogas podem causar no ser humano. 
 
Em contrapartida, a prestação de serviços à comunidade, disposta no inciso II é 
caracterizada como uma pena restritiva de direitos, que deverá ser cumprida em 
programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, 
estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se 
ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários 
e dependentes de drogas, nos termos do § 5º do art. 28 da Lei de Drogas. Além 
disso, note que o tipo penal não estabelece a carga horária a ser cumprida, sendo 
assim utilizamos de forma subsidiaria o Código Penal, no que diz respeito à prestação 
de serviço à comunidade como pena restritiva de direito, trazendo a carga horária de 
1 hora por dia ou semanal. 
 
Por fim, no III inciso a medida educativa de comparecimento a um programa ou curso 
educativo pode ser cumprida em qualquer tipo programa, embora o ideal seja algo 
voltado para a reabilitação de pessoas viciadas. 
 
Além disso, é importante lembrar que nos incisos II e III se o indivíduo for primário, 
ou seja, se não tiver outra condenação transitada em julgado, as penas serão aplicas 
até o máximo de 05 meses. No entanto, no caso do sujeito ser reincidente o período 
será em dobro, aplicando-se as penas dos incisos II e III pelo prazo máximo de 10 
meses. 
 
O indivíduo que descumpre a pena que foi imposta, seja ela a do inciso I, II ou III, 
caberá ao juiz submetê-lo, sucessivamente a uma admoestação verbal ou multa (art. 
28, § 6º). É importante destacar o termo sucessivamente, pois a penalidade se 
aplicada em ordem, primeiro o sujeito será admoestado verbalmente (advertência, 
censura, reprimenda mais severa) e, posteriormente, caso o indivíduo continue 
descumprindo a medida, será aplicado a multa. 
 
Neste caso, a multa não é aplicada como pena, mas como uma espécie de 
consequência pelo fato de o indivíduo ter descumprido à medida que lhe foi imposta. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRATAMENTO DO DEPENDENTE 
www.focusconcursos.com.br | 23 | 
O não pagamento da multa não enseja a prisão do sujeito, afinal ela não é pena, assim 
o valor será executado através da Procuradoria da Fazenda. Por fim, é válido 
mencionar que, mesmo o descumprimento total da pena e das medidas impostas ao 
sujeito, não acarretará a conversão da pena restritiva de direitos em privativa de 
liberdade. 
 
 
2.7.1 DESCUMPRIMENTO DA PENA FIXADA 
 
A Lei de Drogas indica que para a garantia da pena aplicada poderão ser utilizadas a 
admoestação verbal e a fixação de multa. 
 
 
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos 
I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente 
a: 
 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
 
 
3 TRATAMENTO DO DEPENDENTE 
 
O juízo pode determinar ao Poder Público que coloque à disposição do usuário de 
drogas o tratamento em clínicas. 
 
Não é uma situação que possa ser imposta pelo juízo criminal, visto que não prevista 
como pena. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
FIXAÇÃO DA MULTA 
www.focusconcursos.com.br | 24 | 
 
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, 
estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. 
 
 
 
4 FIXAÇÃO DA MULTA 
 
Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do §6º do artigo 28, o juiz, 
atendendo à reprovação da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca 
inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segunda a 
capacidade econômica do agente, o valor de 1/30 até 3 (três) vezes o valor do maior salário 
mínimo. 
 
Os valores decorrentes da imposição de multa a que se refere o §6º do artigo 28 serão 
creditados à conta do FUNDO NACIONAL ANTIDROGAS. 
 
 
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, 
atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca 
inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a 
capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior 
salário mínimo. 
 
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6º do art. 
28 serão creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas. 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
PRESCRIÇÃO DAS PENAS 
www.focusconcursos.com.br | 25 | 
5 PRESCRIÇÃO DAS PENAS 
 
Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no 
tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 117 e seguintes do Código Penal 
(Art. 30). Caro aluno destaque o art. 30, pois ele cai muito em concurso, sendo os 
que mais caem o art. 33, 41 e 28. Este artigo 30 só será aplicado para o artigo 28 
caput e para o art. 28 § 1° só é aplicada para esses dois crimes, o menor prazo 
prescricional que temos hoje especificamente na lei de drogas é o porte para consumo 
próprio e por equiparação tendo em vista que a mudança do objeto material e das 
condutas, prazo prescricional desses crimes são dois anos. 
 
Não se observa o prazo que está previsto no Código Penal para prescrição e sim 
observa-se para prestação a própria Lei de Drogas no art. 30, prazo constitucional 
observa-se o art. 30 da Lei de Drogas, mas em termo de causas interruptivas consulta-
se o Código Penal no art. 117. 
 
 Uma questão que a sua prova pode trazer é “No caso do porte 
para consumo próprio o prazo da prescrição é observado no 
Código Penal?” esta é uma afirmativa errada, pois a regra geral 
tratando-se de prazo prescricional, segue disposto no Código 
Penal, mas se a questão trás especificamente observe quem está 
na lei. A lei afirma que para o consumo próprio por equiparação 
são dois anos, é esse prazo que você irá seguir o prazo 
prescricional, sendo as causas interruptivas previstas no Código 
Penal. 
 
Caso haja uma questão que afirme que o prazo prescricional do 
porte para consumo próprio é de dois anos e as causas 
interruptivas também estão previstas na Lei de Drogas, é uma 
afirmação errônea, pois as causas possuem objetivos de 
previsão no Código Penal. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL 
www.focusconcursos.com.br | 26 | 
6 POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL 
 
 
Segundo o art. 48 o procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste 
Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as 
disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal. Irá seguir o 
procedimento penal previsto na Lei de Drogas, pois é uma lei específica e naquilo que 
ela for omissa aplica-se subsidiariamente o Código de Processo Penal e a Lei de 
Execução Penal. 
 
§ 1° O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo 
se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será 
processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 
de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais. 
§ 2° Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão 
em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao 
juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as 
requisições dos exames e perícias necessários. 
 
O crime previsto no artigo 28 da lei de Drogas e o porte para consumo próprio é 
uma infraçãode menor potencial ofensivo, sendo a competência para julgar o crime 
a Jecrim, Juizado Especial Criminal. Se ele for praticado sozinho, vai para a 
competência do Jecrim a não ser se tiver o concurso entre o 33 até o 37 é o que diz 
a lei. Há situações em que podem ocorrer o concurso do 28 com o artigo 33 §3°, 
neste artigo a pena privativa de liberdade é uma pena de detenção de 06 meses que 
pode chegar até 01 ano. O crime do artigo 28 para o consumo próprio tem pena 
privativa de liberdade e quando acumulado com esse crime de tráfico de menor 
potencial ofensivo artigo 33 §3 a competência continuará sendo do Jecrim, pois o 
somatório da pena privativa de liberdade no máximo será de um ano. Para ser 
considerada uma infração de menor potencial ofensivo, a pena será igual ou inferior 
há 02 anos e nesse caso, acumulando esses dois crimes, será da competência do 
Jecrim. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL 
www.focusconcursos.com.br | 27 | 
 
 O artigo 28 praticado sozinho é a Competência do Juizado 
Especial Criminal, poderá sair da competência do Jecrim se vier a 
ser praticado em concurso com o artigo 33 até o 37. Por 
exemplo, o traficante comercializava a droga e estava portando 
para consumo próprio nada o impede de responder pelo tráfico 
em concurso com o crime de porte para consumo próprio, sendo 
que, a competência tanto do tráfico como do porte para consumo 
sairá da esfera de atribuição do Juizado Especial Criminal 
 
 
O artigo 28 §2° afirma que não se imporá a prisão em flagrante, insinuando que o 
indivíduo na condição de policial pode prender com base no artigo 301 do código 
Processo Penal, mas suponhamos que o indivíduo porta drogas para o consumo 
próprio, se pode prendê-lo em flagrante, pois esta prisão é dividida em fases, o que 
não será permitido com base na lei é a lavratura do auto de prisão em flagrante. 
Entretanto se pode fazer a prisão, capturando e conduzindo coercitivamente pela lei 
o levando para o juízo, não sendo possível o Jecrim irá para a delegacia. 
 
A lei orienta que, primeiro se encaminha ao juizado e não sendo possível há o 
encaminhamento para a Delegacia de Polícia, chegando à Delegacia de Polícia ao 
invés da autoridade policial lavrar o auto de prisão em flagrante, a autoridade lavra 
um termo circunstanciado. Então o que não é feito é a lavratura do APF (Auto de Prisão 
em Flagrante), mas se pode capturar e conduzir, só não poderá lavrar o auto de prisão 
em flagrante, ficando claro que, não há a lavratura de auto de prisão em flagrante. 
 
 
 
Caso caia uma questão a qual afirme que “não se impõe à prisão 
em flagrante” pode marcar como correta, pois você deve 
destrinchar o artigo e combinar com a leitura do texto. 
 
 
Um detalhe muito importante é que se praticado uma infração de menor potencial 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL 
www.focusconcursos.com.br | 28 | 
ofensivo, esquecendo a lei de drogas neste primeiro momento, o indivíduo praticou 
uma infração de menor potencial ofensivo e foi conduzido para a delegacia, chegando 
na delegacia não será instaurado um inquérito, pois é uma infração de menor 
potencial. Com base no artigo 69 da Lei 9099 ao invés da autoridade policial prender 
em flagrante, ou seja, lavrar o auto de prisão em flagrante ele lavrará um termo 
circunstanciado, ocasionando no indivíduo a se comprometer a comparecer ao 
juizado em hora marcada. Caso o cidadão se recuse a assinar o termo circunstanciado, 
através da Lei 9099 afirma que na recusa de assinar o termo circunstanciado a 
prisão em flagrante pode ser feita, ou seja, será lavrado a PF, pois se recusou a 
assinar o termo circunstanciado. Nesse caso, uma vez em que a autoridade policial 
lavrar o auto de prisão em flagrante já se pode arbitrar fiança. 
 
Tratando do art. 28 da Lei de drogas de porte para consumo próprio, o indivíduo 
que se recusar a assinar o termo circunstanciado não se porá a prisão em 
flagrante, pois esse crime do artigo 28 não possui pena privativa de liberdade, não 
há reclusão e nem detenção. Observe que as penas são advertências, prestações de 
serviços à comunidade, comparecimento à programa ou curso educativo e entre 
outros, não há detenção e reclusão, por isso não pode ser lavrado a PF mesmo na 
recusa em assinar um termo circunstanciado e o procedimento nesse caso, é que a 
autoridade policial faça a identificação desse indivíduo e siga com os demais trâmites. 
 
§ 3° Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2° deste 
artigo serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que 
se encontrar, vedada a detenção do agente. 
 
§ 4° Concluídos os procedimentos de que trata o § 2° deste artigo, o agente 
será submetido a exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade 
de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida liberado. 
 
§ 5° Para os fins do disposto no art. 76 da Lei no 9.099, de 1995, que dispõe 
sobre os Juizados Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a 
aplicação imediata de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na 
proposta. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art76
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL 
www.focusconcursos.com.br | 29 | 
 
O artigo 76 da Lei no 9.099 traz o instituto despenalizado da transação penal, 
afirmando que o indivíduo que praticou o porte para consumo próprio pode ser 
oferecido para uma transação penal, com base neste artigo. O artigo 49 trata de 
condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que 
as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de 
colaboradores e testemunhas previstos na Lei no 9.807, de 13 de julho de 1999. 
 
Este artigo fala referente aos crimes previstos nos arts. 33 até o 37 especificando, 
faltando apenas os constantes nos § 2° e 3°. Essa lei proporcionará proteção a 
testemunhas e vítimas de crimes, trazendo os institutos necessários para que o 
indivíduo venha a ser beneficiado, como é o caso de denúncia de uma organização 
criminosa. Essa pessoa merece a proteção do Estado, trocando o nome dela o Estado 
fornecerá o auxílio. 
 
6.1 JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
➔ A condenação pelo art. 28 da Lei 11.343/2006 (porte de droga para uso próprio) 
não configura reincidência. 
 
 
➔ O princípio da insignificância não se aplica aos delitos de tráfico de drogas e porte 
de substância entorpecente para consumo próprio, pois trata-se de crimes de perigo 
abstrato ou presumido. 
 
➔ A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio 
(artigo 28 da Lei n. 11.343/06) exige a elaboração de laudo de constatação da 
substância entorpecente que evidencie a natureza e a quantidade da substância 
apreendida. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9807.htm
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item17.submit();
javascript:document.frmDoc1Item17.submit();
javascript:document.frmDoc1Item17.submit();
javascript:document.frmDoc1Item17.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
(IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 28 
www.focusconcursos.com.br | 30 | 
7 (IN)CONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 28 
 
 
 
➔ STF, RE 430.105, julgado em 13/02/2007: não houve descriminalização da conduta 
de porte de substância entorpecente para consumo pessoal, mas mera 
“despenalização”. 
 
 
Atualização: Está suspenso o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635.659, 
com repercussão geral, no qual se discute a constitucionalidade da criminalização do 
porte de drogas para consumo próprio. 
 
8 TRÁFICO DE DROGAS 
O art. 33 trazespecificamente o crime de tráfico propriamente dito, porque, a lei de 
drogas não falou que no art. 33 é o crime de tráfico, é um entendimento trazido pela 
doutrina e pela jurisprudência. 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, 
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, 
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda 
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
Comentários: Importar significa trazer drogas de fora para o território 
nacional. Exportar é mandar droga do território nacional para o exterior, 
lembrando que na conduta importar e exportar vai ser tráfico com 
aumento de pena. Remeter é fazer remessas de um estado para o outro 
e isso pode ocorrer no tráfico interestadual, utilizar os Correios para fazer 
remessas. A conduta adquirir se consuma de forma instantânea e tem 
um julgado do STJ que entende que a consumação da conduta de 
adquirir em termos de tráfico, se consuma a partir do momento que é 
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 31 | 
feita a aquisição, mesmo se o indivíduo não recebe a droga. 
 
O bem jurídico tutelado ou objetividade jurídica no crime de tráfico é a saúde pública 
no art. 33. O Sujeito Ativo pode ser qualquer pessoa, em regra geral, é crime comum, 
exceto na conduta que prescrever, dessa forma, só quem pode prescrever é: o médico 
e o dentista, portanto, vai ser responsabilizado pelo tráfico doloso, porque se há uma 
prescrição culposa da droga, responde pelo art. 38 previsto na Lei 11.343 de 2006. 
 
Agora, no que diz respeito a ministrar e inocular, entende que não seja crime próprio, 
porque inocular qualquer pessoa pode aplicar a droga na outra. 
 
O STJ tem um julgado sobre o seguinte caso: o indivíduo está fazendo o exercício 
ilegal da medicina, além de estar exercendo ilegalmente a medicina, ele fez a 
prescrição de drogas, dessa forma, o STJ entende que nesse caso será respondido pelo 
art. 282 do Código Penal no exercício ilegal da medicina + o crime de tráfico ilícito de 
drogas, respondendo em concurso material. O Sujeito Passivo no crime de tráfico é 
a coletividade, sendo um crime vago. 
Vender substância geradora de dependência para criança ou adolescente: 
 
1a hipótese 2a hipótese 
Substância prevista na portaria 344 SVS/MS Substância não prevista na portaria 344 
SVS/MS 
Art. 33 da lei 11343/2066 Art. 243 do ECA (lei 8069/1990) 
Por exemplo: maconha Por exemplo: cola de sapateiro, thiner, etc... 
Vai incidir a majorante do art. 40, inc. VIII, da 
lei 11343/2006 
 
 
Então, vender droga para que essa adolescente é tráfico com aumento de pena, não 
é tráfico qualificado. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 32 | 
No que diz respeito à conduta, o crime de tráfico pode ser classificado como tipo 
misto alternativo, também pode ser chamado de crime de conteúdo variado ou então 
crime de ação múltipla. Se no mesmo contexto fático o indivíduo pratica mais uma 
conduta, ele responde por apenas um tipo penal. 
Exemplo: O indivíduo foi lá e fez a aquisição da droga (conduta adquirir) 
e colocou essas drogas no carro e realiza o transporte (conduta 
transportar), adiante, ao chegar no local de destino, ele guarda essa 
droga, no sentido de ocultar (conduta guardar), nesse caso, ele 
responderá por crime único, porque o tráfico é considerado, no que diz 
respeito as condutas, o crime de ação múltipla tipo misto alternativo é o 
crime de conteúdo variado. 
 
Na Lei de Drogas, o art. 33 traz 18 condutas, dessas, vão ter condutas que vão incidir 
causa de aumento de pena. As condutas importantes nessa lei, são a de importar e 
exportar, que pode ocasionar em responder por tráfico com o aumento de pena que 
pode ser majorada de 1/3 até 2/6, aplicando o art. 33, que será combinado com o art. 
40, inc. I, além disso, será analisado a súmula 607 do STJ: no caso do tráfico 
internacional, não precisa de ultrapassar fronteiras dos países, e nem precisa ter uma 
ligação com agente de outro outro país. Basta ficar evidenciado que a intenção era 
transportar a droga para o exterior ou trazer essa droga do exterior para o Brasil, já se 
configura e tanto o tráfico internacional na conduta importar como exportar, tendo 
como competência para julgar, a Justiça Federal. 
Exemplo: O indivíduo está no aeroporto com o talão de embarque 
destino à Dinamarca; e, ele vai levar a droga do Brasil para a Dinamarca, 
ou seja, ele quer realizar a exportação. Antes dele conseguir embarcar ele 
é preso no aeroporto, assim sendo, já está configurado o tráfico 
internacional, porque tinha destino certo. 
 
No art. 40, inc. I fala da transnacionalidade, que não precisa ter um país determinado 
para levar a droga, sendo quando ultrapassa a fronteira do Brasil. 
Exemplo: O indivíduo está com drogas no barco e ultrapassou a faixa do mar 
territorial e já ingressou em águas jurisdicionais de outro país, ocorreu a 
transnacionalidade e já configura especificamente esse tráfico com aumento de 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 33 | 
pena. 
 
8.1 Circunstâncias Indicativas do Tráfico 
O artigo 52 da Lei de Drogas apresenta as circunstâncias indicativas do tráfico: 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de 
polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo: 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a 
levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da 
substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se 
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a 
qualificação e os antecedentes do agente; 
 
Portanto, as circunstâncias são: 
A) Quantidade e natureza da substância; 
B) Local e as condições em que se desenvolva a ação criminosa; 
C) Circunstâncias da prisão; 
D) A conduta, a qualificação e os antecedentes do agente. 
 
O Elemento subjetivo do crime de tráfico é o dolo, ou seja, o crime de tráfico é um 
crime doloso sem a necessidade do especial fim de agir. (O único crime culposo 
previsto na lei de drogas é o art. 38). O crime de tráfico se consuma com a prática da 
conduta vai se consumar com a prática da conduta, tendo em vista de ser classificado 
como crime de mera conduta. No momento consumativa, deve-se observar se o crime 
é formal, se o crime é material ou se o crime é de mera conduta. O tráfico é o crime 
de mera conduta, ou seja, praticou a conduta independentemente de qualquer 
resultado crime estar consumado. 
 
Se o indivíduo pratica o tráfico de forma reiterada, é da essência do tráfico o indivíduo 
praticar o tráfico de forma reiterada na prática da conduta. O crime de tráfico não 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 34 | 
demanda habitualidade para se consumar, ou seja, ele é um crime que se consuma 
com a prática da conduta, no entanto, ele é um crime de habitualidade impróprio, 
porque, apesar de não precisar da habitualidade para se consumar, como regra, é 
praticado de forma reiterada, mas o indivíduo vai responder por apenas um crime. 
 
Consuma-se com a prática dos núcleos (não se exigindo efetivo ato de tráfico – Ex.: 
guardar para o tráfico). Vão ter determinadas condutas previstas no art. 33 que são 
condutas que prolonga-se no tempo, demandando crime permanente, isto é, se vier 
uma lei posterior e trouxer uma consequência criminal mais grave, o indivíduo vai 
respondercom base na lei mais grave, tendo em vista porque a conduta dele está se 
prolongando. 
 
8.2 Concurso de Crimes 
No tráfico cabe concurso de crimes do contrato, como, por exemplo, pode acontecer 
do indivíduo responder pelo furto. 
Exemplo: O indivíduo subtraiu drogas de um laboratório, de um 
depósito, de uma polícia federal e/ou de uma polícia civil, nesse caso 
quem responde pelo furto e pela conduta de subtrair. E, depois, se ele 
começar a vender ele responde pela venda e pelo crime de tráfico. 
Lembrando que, se já houve a pesquisa desse trajeto que ele fez da 
subtração da droga até o local de destino e não vendeu a droga, ele só 
responderá pelo furto, mas se fez a subtração e depois fez a venda, será 
enquadrado no furto em concurso com o tráfico. 
 
Tráfico em concurso com receptação: se por acaso o indivíduo trocar um próprio bem 
imóvel, por exemplo, para realizar a troca por alguma droga, ele somente responderá 
por porte. Mas, se para fazer o consumo da droga, o indivíduo furtou a geladeira de 
um vizinho, por exemplo, e está vendendo a mesma e, pela natureza da pessoa que 
subtraiu o traficante tem que perceber, porque ele pode responder por crime de 
receptação dolosa ou culposa mais o crime de tráfico. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 35 | 
Pode ter tráfico e organização criminosa, pode ser o tráfico lavagem de capitais, pode 
ter o tráfico mais sonegação tributária. O tráfico é crime equiparado a hediondo, de 
acordo com o art. 2° da Lei 8,072/1990. 
 
O Entendimento do STJ, com base na 11.343/2006, equiparados ou assemelhados a 
hediondo só tem dois: 
• art. 33 caput: o tráfico propriamente dito. 
• Art. 33, §1°: o tráfico por equiparação. 
 
 
8.3 NÚCLEO DO TIPO 
 
- Importar: é proporcionar o ingresso irregular da droga no território nacional; 
 
- Exportar: significa levar para fora do Brasil; 
 
- Remeter: enviar a algum lugar, porém dentro do território nacional; 
 
- Preparar: significa obter algo por meio da composição ou decomposição de 
elementos; 
 
- Produzir: significa dar origem a algo antes inexistente; 
 
- Fabricar: consiste na produção em grande escala, por meio de equipamentos e 
maquinário próprio; 
 
- Adquirir: é a obtenção da propriedade de alguma coisa, de maneira gratuita ou 
onerosa; 
 
- Vender: significa alienar mediante contraprestação; 
 
- Expor à venda: consiste em apresentar, colar à mostra para fins de alienação; 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 36 | 
- Oferecer: significa ofertar como presente, sem intenção de venda, geralmente de 
forma gratuita; 
 
- Ter em depósito: consiste em manter em reservatório ou armazém, conservando a 
coisa. 
 
- Transportar: consiste em levar a droga de um lugar para outro; 
 
- Trazer consigo: transportar junto ao corpo; 
 
- Guardar: tomar conta da droga, protegendo, tendo-a sob vigilância, geralmente por 
meio de ocultação; 
 
- Prescrever: significa receitar, indicar; 
 
- Ministrar: é introduzir no organismo de alguém substância entorpecente, por 
qualquer meio. 
 
- Entregar a consumo: norma de encerramento que visa abarca toda e qualquer 
conduta relacionada à traficância que não possa ser enquadrada nas modalidades 
anteriores, diferenciando-se do fornecimento por consistir em tradição da droga a 
terceiro praticada de maneira isolada, única, esporádica; 
 
- Fornecer: significa prover, entregar, abastecer, distinguindo-se da entrega a 
consumo por trazer ínsita a ideia de continuidade no tempo, ou seja, de uma tradição 
contínua durante certo período. 
 
 
 
8.4 ELEMENTO SUJETIVO 
 
O crime de tráfico de drogas é punido exclusivamente a título de dolo, ou seja, deve 
o agente ter consciência e vontade de praticar qualquer dos verbos nucleares. 
 
A tipificação do tráfico dispensa a presença de qualquer elemento subjetivo específico, 
diversamente do crime do artigo 28 da Lei de Drogas. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 37 | 
 
 
 
8.5 CRIMES EQUIPARADOS AO TRÁFICO DE DROGAS 
 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, 
tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, 
insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; 
 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de 
drogas; 
 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, 
guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito 
de drogas. 
 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis 
de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art10
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO DE DROGAS 
www.focusconcursos.com.br | 38 | 
8.6 PARTICIPAÇÃO NO USO INDEVIDO DE DROGAS 
 
 
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274) 
 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
 
➔ O STF reforçou a legalidade dos eventos chamados "marcha da maconha", que 
reúnem manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Por unanimidade, 
os ministros decidiram que esse tipo de manifestação não pode ser considerado 
crime previsto no artigo 33, parágrafo 2º, da lei de tóxicos, o que configuraria 
afronta aos direitos de reunião e de livre expressão do pensamento, previstos na 
CF/88. 
 
 
 
8.7 CESSÃO GRATUITA E EVENTUAL DE DROGAS PARA CONSUMO 
COMPARTILHADO 
 
 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, 
para juntos a consumirem: 
 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil 
e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. 
 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4274&processo=4274
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 39 | 
 
8.8 CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA 
 
 
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de 
um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o 
agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem 
integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012) 
 
 
9 TRÁFICO PRIVILEGIADO 
 
No artigo 33 § 4° afirma que nos delitos definidos no caput e no § 1° deste artigo, as 
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas 
restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não 
se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
Seus requisitos são: 
✓ Agente primário de bons antecedentes; 
✓ Não se dedique as atividades criminosas; 
✓ Não integre organização criminosa. 
É importante ressaltar que faltando um deles esqueça a possibilidade do privilégio. 
 
A frase “vedada a conversão em penas restritivas de direitos” está riscada, pois o 
Supremo Tribunal Federal decidiu que é inconstitucional essa proibição da conversão 
da penaprivativa de liberdade restritiva de direito. 
 
Esses requisitos são requisitos subjetivos, gera para o agente que preenche todos os 
requisitos o direito subjetivo de exigir o privilégio, não é uma faculdade do juiz 
fornecer essa diminuição de pena. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 40 | 
 
E sim um direito subjetivo da pessoa que venha preencher todos os requisitos do 
artigo 33 § 4° para adequar e ser beneficiado com essa causa de diminuição de pena. 
 
Lembre-se aluna(o) que o indivíduo que é portador da primariedade não basta ser 
primário, a lei deixa claro que se deve ser portador de bons antecedentes, pois pode 
se deparar com a figura do indivíduo que é primário, mas é portador de maus 
antecedentes. Nesse caso, não seria beneficiado com o tráfico privilegiado, o segundo 
requisito é não se dedicar a atividades criminosas. 
 
Se ele pratica o crime de tráfico em concurso com o crime de associação para o 
tráfico não será beneficiado com o tráfico privilegiado, questionando quem se dedica 
à atividade criminosa se o indivíduo praticou tráfico em concurso com outro crime ele 
não será beneficiado. O STJ decidiu que a variedades de substâncias de drogas que o 
indivíduo possui a traficar é um sinônimo que se dedica à atividade criminosa. Observe 
que então se o indivíduo possuir uma variedade de drogas na apreensão é definido 
como tráfico privilegiado pela quantidade e diversidade de drogas, não sendo 
definido para ele o tráfico privilegiado. 
 
No que diz respeito à “não integrar a organização criminosa”, é importante 
compreender, pois fica evidente que o indivíduo ocasionalmente não é considerado 
um integrante de uma organização criminosa, pois pode ser uma mula a qual o 
indivíduo pega a droga para repassar, tentando arrumar um dinheiro. Para saber se 
poderá ser integrado em uma organização criminosa deve-se observar se preencherá 
os requisitos da lei de organização criminosa no art. 1º § 2°, artigo este de assunto 
sobre a organização criminosa, pois ser uma mula não condiz com a afirmação de que 
é um integrante de uma organização criminosa. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 41 | 
 Um indivíduo praticou o tráfico privilegiado e preencheu 
todos os requisitos, mas o crime que cometeu era de tráfico 
internacional e preenche os requisitos do art. 33 § 4°. Pelo 
fato de ter praticado tráfico internacional e transnacional o 
que é uma causa de aumento de pena, com base no art. 40 
inciso 1° da lei de drogas, ele pode ser beneficiado com a 
diminuição de pena do art. 33 § 4°? Pode, pois o juiz quando 
for aplicar a pena vera as causas e diminuição de pena para 
fazer a compensação, nada impede o indivíduo que praticou 
tráfico internacional ser beneficiado com o tráfico 
privilegiado, tendo uma compensação na hora que o juiz fixar 
a pena. 
 
Um detalhe importante em termos de concursos que se deve tomar cuidado é que 
algumas questões irão citar apenas alguns requisitos, por exemplo, o indivíduo pode 
ser beneficiado com o tráfico privilegiado se for agente primário, portador de bons 
antecedentes e não se dedicar à atividade criminosa. Observe que o banco esqueceu 
de colocar a não integração a organização criminosa, analise o perfil da banca, pois 
algumas bancas não trazem todos, mas se não trazer uma palavra restritiva a questão 
não vai estar errada. Entretanto é de acordo com cada banca, a banca CESPE se trouxer 
uma questão incompleta, mas não trouxe nenhuma palavra restritiva pode marcar 
como certo. 
 
Se ela afirmar que “o indivíduo pode se beneficiar com o tráfico privilegiado pelo 
fato de ser a gente primário, portador de bons antecedentes e não se dedicar a 
atividade criminosa” está correta, pode trazer da seguinte forma “são requisitos 
necessários uma vez para preencher, vão gerar direito subjetivo para o a gente, 
neste caso irá citar todos” falando que são requisitos cumulativos de forma 
obrigatória. Entretanto, se a questão trazer uma palavra restritiva como por exemplo 
“para o indivíduo ser beneficiado com o privilégio basta ser um agente primário e 
portador de bons antecedentes”, nesse caso, é uma afirmação errônea. 
No julgamento do HC 118.533, Rel. Min. Cármen Lúcia, em 23/06/2016, o Plenário do 
STF decidiu que o tráfico privilegiado de drogas não possui natureza equiparada à dos 
crimes hediondos. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 42 | 
Considera-se privilegiado o tráfico quando o agente é primário, tem bons 
antecedentes, não se dedica às atividades criminosas e não integra organização 
criminosa. 
Em tal hipótese, descrita no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, a pena do réu será reduzida 
de 1/6 a 2/3. A decisão da Corte Suprema sobrepôs-se ao que havia decidido o 
Superior Tribunal de Justiça, que entendera ter natureza equiparada a hedionda o 
tráfico privilegiado (Súmula n. 512 — cancelada em 23/11/2016). 
Posteriormente, a Lei n. 13.964/2019 inseriu no art. 112, § 5º, da LEP, regra expressa 
no sentido de que o tráfico privilegiado não possui natureza hedionda ou equiparada. 
Em razão disso, quando o tráfico for considerado privilegiado, serão aplicadas as 
regras da legislação comum. 
 
9.1 JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
➔ O tráfico de drogas é crime de ação múltipla e a prática de um dos verbos contidos 
no art. 33, caput, é suficiente para a consumação da infração, sendo prescindível a 
realização de atos de venda do entorpecente. 
 
 
➔ Reconhecida a inconstitucionalidade da vedação prevista na parte final do §4º do 
art. 33 da Lei de Drogas, admite-se a substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos aos condenados pelo crime de tráfico de drogas, desde que 
preenchidos os requisitos do art. 44 do Código Penal. 
 
➔ A causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas só 
pode ser aplicada se todos os requisitos, cumulativamente, estiverem presentes. 
 
 
➔ É possível que a causa de diminuição estabelecida no art. 33, § 4º, da Lei n. 
11.343/06 seja fixada em patamar diverso do máximo de 2/3, em razão da qualidade 
e da quantidade de droga apreendida. 
 
 
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item16.submit();
javascript:document.frmDoc1Item16.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 43 | 
➔ A condenação simultânea nos crimes de tráfico e associação para o tráfico afasta a 
incidência da causa especial de diminuição prevista no art. 33, §4º, da Lei n. 11.343/06 
por estar evidenciada dedicação a atividades criminosas ou participação em 
organização criminosa. 
 
➔ O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 
11.343/2006) não é crime equiparado a hediondo. 
 
 
➔ Reconhecida a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990, é 
possível a fixação de regime prisional diferente do fechado para o início do 
cumprimento de pena imposta ao condenado por tráfico de drogas, devendo o 
magistrado observar as regras previstas nos arts. 33 e 59 do Código Penal.➔ É possível a concessão de liberdade provisória nos crimes de tráfico ilícito de 
entorpecentes. 
 
 
➔ É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da 
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o 
advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. 
(Súmula 501/STJ) 
 
 
➔ A natureza e a quantidade da droga não podem ser utilizadas simultaneamente 
para justificar o aumento da pena-base e afastar a redução prevista no §4º do art. 33 
da Lei 11.343/06, sob pena de caracterizar bis in idem . 
 
➔ O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz 
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item20.submit();
javascript:document.frmDoc1Item20.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item7.submit();
javascript:document.frmDoc1Item7.submit();
javascript:document.frmDoc1Item9.submit();
javascript:document.frmDoc1Item9.submit();
javascript:document.frmDoc1Item9.submit();
javascript:document.frmDoc1Item9.submit();
javascript:document.frmDoc1Item15.submit();
javascript:document.frmDoc1Item15.submit();
javascript:document.frmDoc1Item15.submit();
javascript:document.frmDoc1Item8.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 44 | 
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do 
adolescente. (Súmula n. 492/STJ) 
 
 ➔ O princípio da insignificância não se aplica aos delitos do art. 33, caput, e do art. 
28 da Lei de Drogas, pois tratam-se de crimes de perigo abstrato ou presumido. 
 
 
 
9.2 4. TRÁFICO DE MAQUINÁRIO PARA FABRICAÇÃO DE DROGAS 
 
 
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer 
título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, 
instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou 
transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 
(dois mil) dias-multa. 
 
 
 
9.2.1 4.1. NÚCLEO DO TIPO 
 
 
- Fabricar: consiste na produção em grande escala; 
 
- Adquirir: obter a propriedade de maneira gratuita ou onerosa; 
 
javascript:document.frmDoc1Item8.submit();
javascript:document.frmDoc1Item8.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 45 | 
- Utilizar: fazer uso de algo; 
 
- Transportar: levar de um lugar para outro, geralmente por meio não pessoal; 
 
- Oferecer: ofertar como presente, sem a intenção de venda, geralmente de forma 
gratuita; 
 
- Vender: alienar mediante contraprestação; 
 
- Distribuir: entregar a diferentes partes; 
 
- Entregar: passar algo à posse de outrem; 
 
- Possuir: ter algo em seu poder para usufruir; 
 
- Guardar: tomar conta, proteger, ter sob vigilância, geralmente por meio de 
ocultação; 
 
- Fornecer: prover, entregar, abastecer, com certa continuidade no tempo; 
 
 
As condutas devem recair sobre MAQUINÁRIO (conjunto de peças de determinada 
máquina), APARELHO (dispositivo inserido em uma máquina), INSTRUMENTO 
(objetivo mecânico para alcançar fim semelhante ao de uma máquina) ou QUALQUER 
OBJETO (qualquer peça que possa ser usada com a mesma finalidade 
DESTINADO À FABRICAÇÃO (produção em grande escala), PREPARAÇÃO 
(obtenção de algo por meio da composição de elementos), PRODUÇÃO (manufaturar 
ou fazer surgir em menor escala) ou TRANSFORMAÇÃO (alteração da composição 
original) DE DROGAS. 
 
 
 
9.2.2 4.2. TIPO PENAL SUBSIDIÁRIO 
 
Trata-se de tipo penal subsidiário em relação ao crime do artigo 33, caput, da Lei de 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 46 | 
Drogas. 
 
 
Exemplo: se a polícia não conseguir localizar nenhuma quantidade de droga em um 
laboratório clandestino durante a execução de um mandado de busca domiciliar, 
porém encontrar uma balança de precisão com vestígios de cocaína, o agente deverá 
ser autuado em flagrante delito pela prática do artigo 34, porquanto demonstrado 
que tal aparelho era utilizado na preparação de droga. 
 
9.3 5. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO 
 
 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e 
duzentos) dias-multa. 
 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a 
prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. 
 
 
 
9.3.1 5.1. NÚCLEO DO TIPO 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 47 | 
- Associar-se: quer dizer reunir-se, aliar-se ou congregar-se de maneira estável ou 
permanente para a consecução de um fim comum. 
 
 
A característica da associação é a estabilidade do vínculo que une os agentes, mesmo 
que nenhum dos crimes por eles planejados venha a se concretizar. 
 
 
 
9.3.2 5.2. CLASSIFICAÇÃO / CONCURSO DE CRIMES 
 
 
Como espécie de crime formal, sua consumação independe da prática dos delitos para os 
quais os agentes se associaram. 
 
No entanto, se tais delitos forem cometidos, os agentes deverão responder pelo crime de 
tráfico por eles praticado em concurso material com o delito de associação. 
 
 
 
9.3.3 5.3. JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
 
➔ Para a caracterização do crime de associação para o tráfico é imprescindível o dolo 
de se associar com estabilidade e permanência. 
 
➔ O delito de associação para o tráfico de drogas não possui natureza hedionda. 
 
javascript:document.frmDoc1Item10.submit();
javascript:document.frmDoc1Item10.submit();
javascript:document.frmDoc1Item11.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 48 | 
9.4 
9.5 6. FINANCIAR OU CUSTEAR O TRÁFICO 
 
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 
1º, e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 
(quatro mil) dias-multa. 
 
 
 
9.5.1 6.1. NÚCLEO DO TIPO 
 
 
- Financiar: significa sustentar os gastos, custear, bancar, prover o capital necessário 
para o desenvolvimento do tráfico de drogas; 
 
- Custear: consiste em prover despesas, gastos; 
 
 
 
9.5.2 6.2. JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
 
➔ O crime de financiar ou custear o tráfico ilícito de drogas (art. 36 da Lei n. 
11.343/2006) é delito autônomo aplicável ao agente que não tem participação direta 
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 49 | 
na execução do tráfico e que se limita a fornecer os recursos necessários para subsidiar 
as infrações a que se referem os art. 33, caput e § 1º, e art. 34 da Lei de Drogas. 
 
 
➔ O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a 
aquisição de drogas deve responder pelo crime previsto no art. 33, caput, com a 
incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, inciso VII, da Lei n. 
11.343/2006, afastando-se, por conseguinte, a conduta autônoma prevista no art. 36 
da referida legislação. 
 
 
9.5.3 
9.6 7. COLABORAÇÃO COMO INFORMANTEArt. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à 
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) 
dias-multa. 
 
 
9.6.1 7.1. NÚCLEO DO TIPO 
 
 
- Colaborar: significa cooperar, prestar auxílio. 
 
A tipificação está condicionada à colaboração como informante, o que significa dizer 
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item0.submit();
javascript:document.frmDoc1Item1.submit();
javascript:document.frmDoc1Item1.submit();
javascript:document.frmDoc1Item1.submit();
javascript:document.frmDoc1Item1.submit();
javascript:document.frmDoc1Item1.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 50 | 
que este auxílio do agente deve estar restrito ao fornecimento de informações que, 
de alguma forma, contribuam para a prática dos crimes previstos nos artigos 33, caput, 
e 34 da Lei de Drogas. 
 
 
9.6.2 
9.6.3 7.2. JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
 
➔ O crime de colaboração com o tráfico, art. 37 da Lei n. 11.343/2006, é um tipo penal 
subsidiário em relação aos delitos dos arts. 33 e 35 e tem como destinatário o agente 
que colabora como informante, de forma esporádica, eventual, sem vínculo efetivo, 
para o êxito da atividade de grupo, de associação ou de organização criminosa 
destinados à prática de qualquer dos delitos previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 
da Lei de Drogas. 
 
9.7 
9.8 8. CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois 
terços, se: 
 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do 
fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão 
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
javascript:document.frmDoc1Item2.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 51 | 
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos 
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, 
recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se 
realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de 
dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em 
transportes públicos; 
 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou 
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 
 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por 
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
 
 
9.8.1 8.1. JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
➔ Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela 
via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional. (Súmula n. 528/STJ) 
 
javascript:document.frmDoc1Item14.submit();
javascript:document.frmDoc1Item14.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 52 | 
➔ A incidência de mais de uma causa de aumento prevista no art. 40 da Lei n. 
11.343/06 não implica a automática majoração da pena acima do mínimo (2/3) na 
terceira fase, pois a sua exasperação exige fundamentação concreta. 
 
➔ Não acarreta bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 
40 aos crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de tráfico, porquanto são 
delitos autônomos, cujas penas devem ser calculadas e fixadas separadamente. 
 
➔ Não há bis in idem na aplicação da causa de aumento de pena pela 
transnacionalidade (art. 40, I, da Lei n. 11.343/06) com as condutas de importar e 
exportar previstas no caput do art. 33 da Lei de Drogas, porquanto o simples fato de 
o agente trazer consigo a droga já conduz à configuração da tipicidade formal do 
crime de tráfico. 
 
➔ Configura-se a transnacionalidade do tráfico de drogas com a comprovação de 
que a substância tinha como destino ou origem outro país, independentemente da 
efetiva transposição de fronteiras. 
 
➔ O rol previsto no inciso III do art. 40 da Lei n. 11.343/2006 não deve ser encarado 
como taxativo, pois o objetivo da lei é proteger espaços que promovam a 
aglomeração de pessoas, circunstância que facilita a ação criminosa. 
 
➔ A causa de aumento de pena prevista no inciso III do art. 40 da Lei de Drogas 
possui natureza objetiva e se aplica em função do lugar do cometimento do delito, 
sendo despicienda a comprovação efetiva do tráfico ou de que o crime visava a atingir 
os frequentadores desses locais. 
 
javascript:document.frmDoc1Item7.submit();
javascript:document.frmDoc1Item7.submit();
javascript:document.frmDoc1Item7.submit();
javascript:document.frmDoc1Item9.submit();
javascript:document.frmDoc1Item9.submit();
javascript:document.frmDoc1Item9.submit();
javascript:document.frmDoc1Item10.submit();
javascript:document.frmDoc1Item10.submit();
javascript:document.frmDoc1Item10.submit();
javascript:document.frmDoc1Item10.submit();
javascript:document.frmDoc1Item10.submit();
javascript:document.frmDoc1Item11.submit();
javascript:document.frmDoc1Item11.submit();
javascript:document.frmDoc1Item11.submit();
javascript:document.frmDoc1Item3.submit();
javascript:document.frmDoc1Item3.submit();
javascript:document.frmDoc1Item3.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
javascript:document.frmDoc1Item4.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 53 | 
➔ A incidência da majorante prevista no art. 40, inciso III, da Lei n 11.343/2006 pode 
ser excepcionalmente afastada na hipótese de não existir nenhuma indicação de que 
houve o aproveitamento da aglomeração de pessoas ou a exposição dos 
frequentadores do local para a disseminação de drogas, verificando-se, caso a caso, 
as condições de dia, local e horário da prática do delito. 
 
➔ Para a caracterização da causa de aumento de pena do art. 40, inciso III, da Lei n. 
11.343/2006, é necessária a efetiva oferta ou a comercialização da droga no interior 
de veículo público, não bastando, para a sua incidência, o fato de o agente ter se 
utilizado dele como meio de locomoção e de transporte da substância ilícita. 
 
➔ Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/06 é 
desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados , sendo suficiente a 
demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
javascript:document.frmDoc1Item5.submit();
javascript:document.frmDoc1Item5.submit();
javascript:document.frmDoc1Item5.submit();
javascript:document.frmDoc1Item5.submit();
javascript:document.frmDoc1Item5.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item6.submit();
javascript:document.frmDoc1Item12.submit();
javascript:document.frmDoc1Item12.submit();
javascript:document.frmDoc1Item12.submit();
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 54 | 
10 Questões de Sala 
 
 
QUESTÃO01 – 
1 (Cespe/Cebraspe) A respeito do tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes, 
de crime organizado, dos crimes de tortura e dos crimes hediondos, julgue o item que se 
segue. 
A resposta do dependente de drogas aos recursos extra-hospitalares é irrelevante em 
eventual indicação de internação. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
2 (Cespe/Cebraspe) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 11.343/2006. 
A posse de maquinário, aparelho ou instrumento de fabricação de drogas destinadas ao 
consumo pessoal é conduta penalmente típica, embora não equiparada a crime hediondo. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
3 (Cespe/Cebraspe) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 11.343/2006. 
No caso de condenação pelo crime de associação para o tráfico, o livramento condicional 
depende do cumprimento de dois terços da pena, sendo vedada sua concessão ao 
reincidente específico. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
4 (Cespe/Cebraspe) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 11.343/2006. 
A duplicação do prazo máximo das penas de prestação de serviços à comunidade e 
comparecimento a programa ou curso educativo ao condenado pelo crime de porte de 
drogas para consumo pessoal depende de reincidência específica. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 55 | 
 
5 (Cespe/Cebraspe) Com relação ao procedimento de apreensão, arrecadação e destinação 
de bens em procedimentos criminais, julgue o item a seguir, com base na Lei n.º 11.343/2006. 
Os bens que forem apreendidos em procedimento criminal relacionado à Lei n.º 11.343/2006 
devem ser vendidos por meio de hasta pública, preferencialmente eletrônica, assegurada a 
venda pelo maior lance, por preço que não seja inferior a 50% do valor da avaliação judicial 
com relação aos bens móveis e que não seja inferior a 30% do valor da avaliação judicial 
quanto aos bens imóveis. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
6 (Cespe/Cebraspe) Pedro foi preso em flagrante delito portando cinco quilos de maconha 
em sua mochila. Em seu interrogatório, negou a traficância, mas admitiu a posse da droga, 
afirmando que ela não lhe pertencia e que apenas a estava levando para guardá-la, em troca 
de recompensa financeira. Pedro, que não possuía antecedentes criminais, foi condenado por 
tráfico ilícito de entorpecentes. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
A grande quantidade de maconha apreendida com Pedro não poderá ensejar, 
simultaneamente, o aumento da sua pena-base e a negação do benefício de redução da pena 
estabelecido no § 4.º do art. 33 da Lei n.º 11.343/2006. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
7 (Cespe/Cebraspe) Considerando as disposições legais do Estatuto do Desarmamento e da 
Lei de Drogas, julgue o item que se segue. 
Considere que um visitante tenha tentado entrar no estabelecimento prisional portando, de 
forma dissimulada, pequena quantidade de cocaína a ser entregue para um detento, de forma 
gratuita. Nessa situação, a conduta do visitante corresponde ao tipo penal do tráfico de 
drogas, com pena aumentada de um sexto a dois terços, em razão das circunstâncias do 
delito. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 56 | 
8 (Cespe/Cebraspe) Considerando as disposições legais do Estatuto do Desarmamento e da 
Lei de Drogas, julgue o item que se segue. 
Considere que um indivíduo, sem autorização legal, tenha vendido grande quantidade de 
insumo destinado à preparação de drogas a um agente policial que estava disfarçado em 
atuação investigativa. Nessa situação, se estiverem presentes elementos probatórios de 
conduta criminal preexistente, será possível a prisão em flagrante do indivíduo, não se 
caracterizando a figura do crime impossível. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
9 Cespe/Cebraspe) Considerando as disposições legais do Estatuto do Desarmamento e da 
Lei de Drogas, julgue o item que se segue. 
Considere que, em uma fiscalização ao acaso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tenha 
apreendido um veículo no qual era transportada grande quantidade de cocaína de um estado 
para outro. Considere também que o motorista tenha sido preso em flagrante por tráfico de 
drogas, e o veículo, apreendido. Nessa situação hipotética, não poderá a PRF, responsável 
pela prisão, fazer uso do bem apreendido, porque a autorização judicial nesse sentido 
somente alcança os órgãos de polícia incumbidos da investigação propriamente dita. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
10 (Cespe/Cebraspe) Após ligação anônima, a polícia realizou busca em determinada casa, 
onde encontrou pessoas preparando pequenos pacotes de determinada substância — 
aparentemente entorpecente —, os quais foram apreendidos, além de armas de fogo de alto 
calibre. Durante a diligência, o delegado, informalmente, realizou entrevistas com as pessoas 
que estavam no domicílio. Durante essas entrevistas, um dos indivíduos confessou a prática 
do delito e, posteriormente, colaborou com a identificação dos demais membros da 
organização criminosa. A partir das informações do colaborador, foi realizada uma ação 
controlada. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
A substância apreendida deve ser submetida à perícia para a elaboração do laudo de 
constatação provisório da natureza e da quantidade da droga, análise que deve ser realizada 
por perito, o qual, por sua vez, ficará impedido de elaborar o laudo definitivo. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 57 | 
11 (Cespe/Cebraspe) Com relação aos crimes previstos em legislação especial, julgue o item 
a seguir. 
A importação de sementes de maconha em pequena quantidade é considerada conduta 
atípica. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
12 (Cespe/Cebraspe) A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso de 
direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de armas de fogo e dos 
crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
Entre as atividades de prevenção do uso indevido de drogas, está o fortalecimento da 
autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido dessas substâncias 
ilícitas. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
13 (Cespe/Cebraspe) Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena 
quantidade de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a seguir. 
Nesse caso, a pena é de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de cinco meses, se 
o usuário for primário, ou de dez meses, em caso de reincidência. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
14 (Cespe/Cebraspe) Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena 
quantidade de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a seguir. 
Aplica-se a esse indivíduo pena privativa de liberdade, desde que evidenciado o 
descumprimento reiterado das penas que substituem a prisão, ouvidos o Ministério Público 
e o defensor público. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
15 (Cespe/Cebraspe) A respeito de tóxicos e entorpecentes, julgue o item que se segue. 
A apreensão de drogas deve ser realizada de ofício pela autoridade policial; a de aparelhos 
celulares, entretanto, depende de autorização judicial, sob pena de nulidade das provas 
obtidas a partir destes, em decorrência do sigilo telefônico. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 58 | 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
16 (Cespe/Cebraspe) Considerando a legislação especial, julgue o item a seguir. 
Agente denunciado por tráfico de drogas que confesse o porte da substância para consumo 
próprio, caso venha a ser condenado pela conduta imputada, não terá a seu favor o benefício 
da atenuante da confissão. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
17 (Cespe/Cebraspe) Julgue o próximo item, com basena Lei de Introdução ao Código Penal 
(LICP) e na jurisprudência dos tribunais superiores. 
 
No entendimento dos tribunais superiores, a conduta de posse ou porte ilegal de droga para 
consumo pessoal e em desacordo com determinação legal e regulamentar não constitui 
infração penal, pois, nos termos da LICP, constitui infração penal apenas as condutas que 
sejam sancionadas com pena privativa de liberdade ou de multa. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
18 (Cespe/Cebraspe) Determinado cidadão norte-americano em férias em Brasília cometeu o 
crime de homicídio ao fugir da cena de crime de tráfico ilícito de entorpecentes, 
supostamente por ele praticado. Após o crime, ele fugiu para o hotel onde se encontrava 
hospedado desde que chegou ao Brasil. Cinco minutos após ter adentrado em seu quarto, a 
polícia invadiu o local e conseguiu prendê-lo. 
Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, a partir da situação hipotética 
precedente. 
O crime de tráfico ilícito de entorpecentes é considerado imprescritível, inafiançável e 
insuscetível de graça ou anistia. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 59 | 
19 (Cespe/Cebraspe) Com base na legislação especial, julgue o próximo item. 
O perito que subscrever o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga 
apreendida em prisão em flagrante ficará impedido de participar da elaboração do laudo 
definitivo. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
20 (Cespe/Cebraspe) Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida 
de uma assertiva a ser julgada. Julgue-o com base na legislação especial. 
Determinada pessoa foi presa em flagrante delito, porque estava, no território brasileiro, 
próximo à região de fronteira com determinado país da América do Sul, transportando uma 
grande quantidade de drogas. Nessa situação, a configuração do tráfico transnacional 
depende da comprovação da transposição da fronteira, hipótese em que a pena poderá 
aumentar. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
10.1 Gabarito 
 
 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E E C C E C C C E E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C C C E E C E E E E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 60 | 
 
10.2 Gabarito Comentado 
 
 
1 (Cespe/Cebraspe) A respeito do tráfico ilícito e uso indevido de substâncias 
entorpecentes, de crime organizado, dos crimes de tortura e dos crimes hediondos, 
julgue o item que se segue. 
 
A resposta do dependente de drogas aos recursos extra-hospitalares é irrelevante em 
eventual indicação de internação. 
 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
A questão está em dissonância com a inteligência Art. 23-A, § 6º da Lei de Drogas,já que a 
internação está condicionada aos recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. 
Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma 
rede de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, 
incluindo excepcionalmente formas de internação em unidades de saúde e hospitais gerais 
nos termos de normas dispostas pela União e articuladas com os serviços de assistência social 
e em etapas que permitam: 
(...) 
m qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se 
mostrarem insuficientes. 
GABARITO:ERRADO 
 
2 (Cespe/Cebraspe) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 11.343/2006. 
 
A posse de maquinário, aparelho ou instrumento de fabricação de drogas destinadas ao 
consumo pessoal é conduta penalmente típica, embora não equiparada a crime hediondo. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 61 | 
Para respondermos esta questão vejamos o entendimento do STJ ao julgar RHC 135.617-PR:” 
O agente não pode ser condenado pelo crime do art. 34 da Lei de Drogas quando a posse 
dos instrumentos é ato preparatório destinado ao consumo pessoal do entorpecente”. 
Lei de Drogas: 
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer 
título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, 
instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou 
transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 
(dois mil) dias-multa. 
GABARITO:ERRADO 
 
 
3 (Cespe/Cebraspe) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 11.343/2006. 
No caso de condenação pelo crime de associação para o tráfico, o livramento condicional 
depende do cumprimento de dois terços da pena, sendo vedada sua concessão ao 
reincidente específico. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
A Lei de drogas em seu art.35 define o crime de associação para o tráfico como sendo uma 
associação entre duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei". Além disso,a mesma 
lei prevê no parágrafo único do art.44 que o livramento condicional está condicionado ao 
cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente 
específico.Vejmaos: 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e 
duzentos) dias-multa. 
(...) 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 62 | 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e 
insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de 
suas penas em restritivas de direitos. 
fo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após 
o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. 
GABARITO:CERTO 
 
4 (Cespe/Cebraspe) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 11.343/2006. 
A duplicação do prazo máximo das penas de prestação de serviços à comunidade e 
comparecimento a programa ou curso educativo ao condenado pelo crime de porte de 
drogas para consumo pessoal depende de reincidência específica. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
No entendimento da Sexta Turma do STJ ao analisar REsp nº 1.771.304/E “ aumento de pena 
no crime de posse de drogas para consumo próprio deve ocorrer apenas quando 
a reincidência for específica”.Ademais,vejos o que nos fala a Lei de Drogas em seu art.28: 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo 
máximo de 5 (cinco) meses. 
(...) 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão 
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 
(...) 
GABARITO:CERTO 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 63 | 
5 (Cespe/Cebraspe) Com relação ao procedimento de apreensão, arrecadação e 
destinação de bens em procedimentos criminais, julgue o item a seguir, com base na 
Lei n.º 11.343/2006. 
Os bens que forem apreendidos em procedimento criminal relacionado à Lei n.º 11.343/2006 
devem ser vendidos por meio de hasta pública, preferencialmente eletrônica, assegurada a 
vendapelo maior lance, por preço que não seja inferior a 50% do valor da avaliação judicial 
com relação aos bens móveis e que não seja inferior a 30% do valor da avaliação judicial 
quanto aos bens imóveis. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Lei de drogas: 
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de 
transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza 
utilizados para a prática, habitual ou não, dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente 
comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo 
competente. 
(...) 
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio de hasta pública, 
preferencialmente por meio eletrônico, assegurada a venda pelo maior lance, por preço não 
inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor da avaliação judicial. 
GABARITO:ERRADO 
 
6 (Cespe/Cebraspe) Pedro foi preso em flagrante delito portando cinco quilos de 
maconha em sua mochila. Em seu interrogatório, negou a traficância, mas admitiu a 
posse da droga, afirmando que ela não lhe pertencia e que apenas a estava levando 
para guardá-la, em troca de recompensa financeira. Pedro, que não possuía 
antecedentes criminais, foi condenado por tráfico ilícito de entorpecentes. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
A grande quantidade de maconha apreendida com Pedro não poderá ensejar, 
simultaneamente, o aumento da sua pena-base e a negação do benefício de redução da pena 
estabelecido no § 4.º do art. 33 da Lei n.º 11.343/2006. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 64 | 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Isso mesmo.A aumento da sua pena-base e a negação do benefício de redução da pena 
estabelecido no § 4.º do art. 33 da Lei n.º 11.343/2006 não podem ocorrer 
,simultaneamente,nas fases da dosimetria da pena ,pois estaríamos diante bis in idem.Esse é 
o entendimento dos Tribunais Superiores.Vejamos: 
Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVOS EM RECURSOS ESPECIAIS. TRÁFICO DE DROGAS. 
REDUTOR AFASTADO COM BASE NA QUANTIDADE E NATUREZA DAS DROGAS. ELEMENTOS 
SOPESADOS NA FIXAÇÃO DA PENA-BASE. IMPOSSIBILIDADE. BIS IN IDEM. PRECEDENTES 
DESTA CORTE E DO STF. 1. Valorada a quantidade e a natureza da droga na primeira etapa 
da dosimetria, inviável a sua utilização na terceira etapa para negar ou mesmo modular o 
fator de diminuição da pena pelo privilégio do tráfico de entorpecentes, evitando indevido 
bis in idem (AgRg no HC n. 445.769/SP, Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, DJe 16/10/2018) 
GABARITO:CERTO 
 
7 (Cespe/Cebraspe) Considerando as disposições legais do Estatuto do Desarmamento 
e da Lei de Drogas, julgue o item que se segue. 
Considere que um visitante tenha tentado entrar no estabelecimento prisional portando, de 
forma dissimulada, pequena quantidade de cocaína a ser entregue para um detento, de forma 
gratuita. Nessa situação, a conduta do visitante corresponde ao tipo penal do tráfico de 
drogas, com pena aumentada de um sexto a dois terços, em razão das circunstâncias do 
delito. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Lei de Drogas: 
A Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à 
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil 
e quinhentos) dias-multa. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=9&examining_board_ids%5B%5D=2&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true&modality_ids%5B%5D=2&subject_ids%5B%5D=17457#question-belt-1860060-teacher-tab
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?discipline_ids%5B%5D=9&examining_board_ids%5B%5D=2&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true&modality_ids%5B%5D=2&subject_ids%5B%5D=17457#question-belt-1860060-teacher-tab
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 65 | 
GABARITO:CERTO 
 
8 (Cespe/Cebraspe) Considerando as disposições legais do Estatuto do Desarmamento 
e da Lei de Drogas, julgue o item que se segue. 
Considere que um indivíduo, sem autorização legal, tenha vendido grande quantidade de 
insumo destinado à preparação de drogas a um agente policial que estava disfarçado em 
atuação investigativa. Nessa situação, se estiverem presentes elementos probatórios de 
conduta criminal preexistente, será possível a prisão em flagrante do indivíduo, não se 
caracterizando a figura do crime impossível. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Lei de Drogas: 
A Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à 
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil 
e quinhentos) dias-multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
(...) 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal preexistente. 
GABARITO:CERTO 
 
9 Cespe/Cebraspe) Considerando as disposições legais do Estatuto do Desarmamento e 
da Lei de Drogas, julgue o item que se segue. 
Considere que, em uma fiscalização ao acaso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tenha 
apreendido um veículo no qual era transportada grande quantidade de cocaína de um estado 
para outro. Considere também que o motorista tenha sido preso em flagrante por tráfico de 
drogas, e o veículo, apreendido. Nessa situação hipotética, não poderá a PRF, responsável 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 66 | 
pela prisão, fazer uso do bem apreendido, porque a autorização judicial nesse sentido 
somente alcança os órgãos de polícia incumbidos da investigação propriamente dita. 
 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Há sim previsão na Lei de Drogas para que órgãos da segurançã pública que participaram 
das ações de investigação ou repressão ao crime que deu causa à medida façam uso do bem 
apreendido.Vejamos: 
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de 
transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza 
utilizados para a prática, habitual ou não, dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente 
comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo 
competente. 
(...) 
Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o 
art. 61, os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua 
responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido 
o Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos respectivos bens. 
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste artigo, os órgãos de segurança pública 
que participaram das ações de investigação ou repressão ao crime que deu causa à medida. 
GABARITO:ERRADO 
10 (Cespe/Cebraspe) Após ligação anônima, a polícia realizou busca em determinada 
casa, onde encontrou pessoas preparando pequenos pacotes de determinada 
substância — aparentemente entorpecente —, os quais foram apreendidos, além de 
armas de fogo de alto calibre. Durante a diligência, o delegado, informalmente, realizou 
entrevistas com aspessoas que estavam no domicílio. Durante essas entrevistas, um 
dos indivíduos confessou a prática do delito e, posteriormente, colaborou com a 
identificação dos demais membros da organização criminosa. A partir das informações 
do colaborador, foi realizada uma ação controlada. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
A substância apreendida deve ser submetida à perícia para a elaboração do laudo de 
constatação provisório da natureza e da quantidade da droga, análise que deve ser realizada 
por perito, o qual, por sua vez, ficará impedido de elaborar o laudo definitivo. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 67 | 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Lei de Drogas: 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, 
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada 
vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. 
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da 
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da 
droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido 
de participar da elaboração do laudo definitivo 
GABARITO:ERRADO 
11 (Cespe/Cebraspe) Com relação aos crimes previstos em legislação especial, julgue o 
item a seguir. 
A importação de sementes de maconha em pequena quantidade é considerada conduta 
atípica. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
No entendimento do Supremo Tribunal Federal ,as sementes de maconha não possuem 
substância psicoativa,além de ser importada em pequena quantidade ,importa em ausência 
de justa causa que autorize a persecução penal. 
Informativo: 915 do STF – Direito Penal 
Resumo: Como não possuem a substância psicoativa própria da droga, as sementes de 
maconha não podem ser consideradas matéria-prima ou insumo para a produção. É atípica 
a conduta de importar pequena quantidade de sementes de maconha para uso próprio. 
Fonte: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2018/09/24/915-importacao-de-
sementes-de-maconha-e-tipicidade/ 
GABARITO:CERTO 
 
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2018/09/24/915-importacao-de-sementes-de-maconha-e-tipicidade/
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2018/09/24/915-importacao-de-sementes-de-maconha-e-tipicidade/
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 68 | 
12 (Cespe/Cebraspe) A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso 
de direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de armas de 
fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
Entre as atividades de prevenção do uso indevido de drogas, está o fortalecimento da 
autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido dessas substâncias 
ilícitas. 
 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada 
anualmente, na quarta semana de junho. 
§ 1º No período de que trata o caput , serão intensificadas as ações de: 
(...) 
III - difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social e 
econômica de usuários de drogas; 
GABARITO:CERTO 
13 (Cespe/Cebraspe) Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena 
quantidade de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a 
seguir. 
 
Nesse caso, a pena é de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de cinco meses, se 
o usuário for primário, ou de dez meses, em caso de reincidência. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
 
Lei 11.343/2006: 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 69 | 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
(...) 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo 
máximo de 5 (cinco) meses. 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão 
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 
GABARITO:CERTO 
 
14 (Cespe/Cebraspe) Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena 
quantidade de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a 
seguir. 
 
Aplica-se a esse indivíduo pena privativa de liberdade, desde que evidenciado o 
descumprimento reiterado das penas que substituem a prisão, ouvidos o Ministério Público 
e o defensor público. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Não é cabível ao caso hipotético pena privativa de liberdade,mesmo nas situações em que 
haja descumprimento reiterado das penas.Vejamos o que dispõe a respeito a Lei de drogas: 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
(...) 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo 
máximo de 5 (cinco) meses. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 70 | 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão 
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos 
incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, 
sucessivamente a: 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
GABARITO:ERRADO 
 
 
15 (Cespe/Cebraspe) A respeito de tóxicos e entorpecentes, julgue o item que se segue. 
A apreensão de drogas deve ser realizada de ofício pela autoridade policial; a de aparelhos 
celulares, entretanto, depende de autorização judicial, sob pena de nulidade das provas 
obtidas a partir destes, em decorrência do sigilo telefônico. 
 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
A autoridade policial pode apreender aparelhos celulares,dispensada autorização judicial 
para tanto.O que não pode ocorrer é o acesso às conversas em respeito ao sigilo das 
comunicações.Neste caso,precisa-se de autorização judicial ,pois trata-se de de reserva de 
jurisdição. 
GABARITO:ERRADO 
 
16 (Cespe/Cebraspe) Considerando a legislação especial, julgue o item a seguir. 
Agente denunciado por tráfico de drogas que confesse o porte da substância para consumo 
próprio, caso venha a ser condenado pela conduta imputada, não terá a seu favor o benefício 
da atenuante da confissão. 
()Certo 
()Errado 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 71 | 
COMENTÁRIO: 
Observemos a inteligência da súmula 630 do STJ: 
 “A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera 
admissão da posse ou propriedade para uso próprio". 
Desse modo,a mera confissão não é suficiente para que seja aplicado,em favor do réu, o 
benefício da atenuante da confissão. 
GABARITO:CERTO 
17 (Cespe/Cebraspe) Julgue o próximo item, com base na Lei de Introdução ao 
Código Penal (LICP) e na jurisprudência dos tribunais superiores. 
 
No entendimento dos tribunais superiores, a conduta de posse ou porteilegal de droga para 
consumo pessoal e em desacordo com determinação legal e regulamentar não constitui 
infração penal, pois, nos termos da LICP, constitui infração penal apenas as condutas que 
sejam sancionadas com penaprivativa de liberdade ou de multa. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
No entendimento do Superior Tribunal Federal(STF), é possível “lei ordinária superveniente 
adotar outros critérios gerais de distinção ou que estabeleça para determinado crime pena 
diversa da privação da liberdade, a qual é uma das opções constitucionais passíveis de adoção 
pela lei incriminadora, como o fez o art. 28 da Lei de Drogas”. 
Lei de drogas: 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
(...) 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 72 | 
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos 
incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-
lo, sucessivamente a: 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
GABARITO:ERRADO 
 
18 (Cespe/Cebraspe) Determinado cidadão norte-americano em férias em Brasília 
cometeu o crime de homicídio ao fugir da cena de crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes, supostamente por ele praticado. Após o crime, ele fugiu para o hotel 
onde se encontrava hospedado desde que chegou ao Brasil. Cinco minutos após ter 
adentrado em seu quarto, a polícia invadiu o local e conseguiu prendê-lo. 
 
Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, a partir da situação hipotética 
precedente. 
O crime de tráfico ilícito de entorpecentes é considerado imprescritível, inafiançável e 
insuscetível de graça ou anistia. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
O crime de tráfico ilícito de entorpecentes é equiparado ao crime hediondo,conforme 
inteligência do art.2 da Lei 8.072/90,portanto é insuscetível de anistia, graça e indulto e 
fiança. Vejamos: 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
I - anistia, graça e indulto; 
II - fiança. 
No entanto, é prescritível ,pois não se amolda no rol do art.5º, incisos XLII da Constituição 
Federal.Vejamos: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 73 | 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de 
reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
GABARITO:ERRADO 
 
19 (Cespe/Cebraspe) Com base na legislação especial, julgue o próximo item. 
O perito que subscrever o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga 
apreendida em prisão em flagrante ficará impedido de participar da elaboração do laudo 
definitivo. 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Confome Lei das Drogas, o perito não ficará impedido de participar da elaboração do laudo 
definitivo.Vejmos: 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, 
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada 
vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. 
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da 
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da 
droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido 
de participar da elaboração do laudo definitivo. 
GABARITO:ERRADO 
 
20 (Cespe/Cebraspe) Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética 
seguida de uma assertiva a ser julgada. Julgue-o com base na legislação especial. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
www.focusconcursos.com.br | 74 | 
Determinada pessoa foi presa em flagrante delito, porque estava, no território brasileiro, 
próximo à região de fronteira com determinado país da América do Sul, transportando uma 
grande quantidade de drogas. Nessa situação, a configuração do tráfico transnacional 
depende da comprovação da transposição da fronteira, hipótese em que a pena poderá 
aumentar. 
 
()Certo 
()Errado 
COMENTÁRIO: 
Súmula 607 STJ: 
“A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da lei 11.343/06) se configura com 
a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de 
fronteiras” 
Desse modo,conclui-se pela dispensabilidade da comprovação da transposição da fronteira 
para a configuração do tráfico transnacional. 
GABARITO:ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 75 | 
11 QUESTÕES PARA TREINAR 
01. O agente que adquire e guarda, para consumo pessoal, drogas sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal. 
a) Será processado e julgado na forma da Lei n.º 9.099/95, que dispõe sobre os 
Juizados Especiais Criminais. 
b) Deverá ser imediatamente encaminhado à autoridade policial, que o submeterá a 
exame de corpo de delito e o dispensará. 
c) Será processado e julgado segundo as disposições comuns do Código de Processo 
Penal e da Lei de Execuções Penais. 
d) Não poderá se beneficiar da proposta de aplicação imediata de pena prevista no 
artigo 28 da Lei n.º 11.343/2006 pelo Ministério Público. 
 
02 Considerando o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
(SISNAD.), instituído pela Lei n.º 11.343/2006, julgue o item que se segue. 
O SISNAD tem como finalidade articular, integrar, organizar e coordenar as atividades 
relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas, assim como a repressão da produção não 
autorizada e do tráfico ilícito de drogas. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
03 Considerando o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
(SISNAD.), instituído pela Lei n.º 11.343/2006, julgue o item que se segue. 
O SISNAD prevê atividades de atenção e de reinserção social de usuários ou 
dependentes de drogas, estando previstas, entre outras dinâmicas, a necessidade do 
trabalho com a família e a elaboração de um projeto terapêutico individualizado. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
 
04 Considerando o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 76 | 
(SISNAD.), instituído pela Lei n.º 11.343/2006, julgue o item que se segue. 
No território nacional é terminantemente proibido o plantio, a cultura, a colheita e a 
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas 
drogas. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
05 Considerando o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
(SISNAD.), instituído pela Lei n.º 11.343/2006, julgue o item que se segue. 
De acordo com o SISNAD,quem adquirir, para consumo pessoal, drogas sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será 
submetido à privação de sua liberdade, com pena em prazo máximo de doze meses. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
06 Considerando o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
(SISNAD.), instituído pela Lei n.º 11.343/2006, julgue o item que se segue. 
Para o SISNAD, somente as substâncias ilícitas capazes de causar dependência são 
consideradas como drogas. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
07 No que se refere aos crimes previstos na legislação de trânsito e na 
legislação antidrogas, julgue o próximo item. 
Em observância ao princípio da individualização da pena, segundo o entendimento 
pacificado do STF, em se tratando do delito de tráfico ilícito de entorpecentes, a pena 
privativa de liberdade pode ser substituída por pena restritiva de direitos, preenchidos 
os requisitos previstos no Código Penal. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
08 Tendo como referência a legislação penal extravagante e a jurisprudência 
das súmulas dos tribunais superiores, julgue o item que se segue. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 77 | 
Aquele que oferece droga, mesmo que seja em caráter eventual e sem o objetivo de 
lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem, comete crime. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
09 Luciano, morador de Fortaleza – CE, réu primário e de bons antecedentes, 
foi flagrado na posse de 20 quilos de cocaína durante blitz de trânsito realizada 
pela polícia militar. Em razão disso, foi denunciado pelo Ministério Público do 
Estado do Ceará e, ao final do processo, condenado pelo crime de tráfico de 
drogas. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na Lei de 
Drogas (Lei n.º 11.343/2006). 
A natureza e a quantidade da substância entorpecente não devem ser consideradas 
como circunstâncias preponderantes entre os critérios para aplicação da pena 
estabelecidos no Código Penal. 
Gabarito: Errado 
 
10 No item que se segue, é apresentada uma situação hipotética, seguida de 
uma assertiva a ser julgada com base em disposições das Leis nos 9.605/1998, 
11.343/2006 e 13.445/2017. 
Durante uma vistoria, no estado do Paraná, em passageiros que viajavam de ônibus 
de Foz do Iguaçu – PR para Florianópolis – SC, policiais rodoviários federais 
encontraram seis quilos de maconha na mochila de Lucas, que foi preso em flagrante 
delito. Nessa situação, no cálculo da pena de Lucas, não se considerará a majorante 
do tráfico interestadual de drogas, pois a transposição da fronteira entre os estados 
ainda não tinha ocorrido. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
11 A Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece a liberdade, a 
justiça e a paz no mundo como os fundamentos para que os direitos sejam iguais. 
A esse respeito, julgue o item que se segue. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 78 | 
As penas definidas pelo Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) 
a serem aplicadas ao indivíduo que adquire, guarda ou transporta drogas para 
consumo pessoal sem autorização incluem advertência sobre os efeitos das drogas, 
prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida e medida educativa de 
comparecimento a programa ou curso educativo. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
12 Conforme as disposições da Lei n.º 11.343/2006 — Lei Antidrogas — e suas 
alterações, a internação de dependentes de drogas 
a) poderá ser requerida pelo assistente social se for involuntária e desde que na 
absoluta falta de familiar ou responsável legal. 
b) perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 
180 dias. 
c) poderá ser interrompida pelo médico a requerimento da família ou do 
representante legal, desde que já tenha ocorrido a desintoxicação. 
d) deverá ser realizada em comunidades terapêuticas ou estabelecimentos 
interdisciplinares de saúde. 
e) deverá ser autorizada por psicólogo devidamente registrado no conselho do estado 
onde se localize o estabelecimento no qual se dará a internação. 
 
13 Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua 
parceira eventual, substância entorpecente que traga consigo para uso pessoal, 
julgue o item que se segue. 
Carlo responderá pela prática do crime de oferecimento de substância entorpecente, 
sem prejuízo da responsabilização pela posse ilegal de droga para consumo pessoal. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
14 Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua 
parceira eventual, substância entorpecente que traga consigo para uso pessoal, 
julgue o item que se segue. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 79 | 
A conduta de Carlo configura crime de menor potencial ofensivo. 
Gabarito: Certo 
 
15 Tendo como referência as disposições da Lei de Drogas (Lei n.º 
11.343/2006) e a jurisprudência pertinente, julgue o item subsecutivo. 
Situação hipotética: Com o intuito de vender maconha em bairro nobre da cidade 
onde mora, Mário utilizou o transporte público para transportar 3 kg dessa droga. 
Antes de chegar ao destino, Mário foi abordado por policiais militares, que o 
prenderam em flagrante. 
Assertiva: Nessa situação, Mário responderá por tentativa de tráfico, já que não 
chegou a comercializar a droga. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
16 Tendo como referência as disposições da Lei de Drogas (Lei n.º 
11.343/2006) e a jurisprudência pertinente, julgue o item subsecutivo. 
Situação hipotética: José, ao comercializar cocaína em espaço público, foi preso em 
flagrante. Apesar de ele ser primário, o juiz sentenciante não aplicou a causa de 
diminuição de pena referente ao denominado tráfico privilegiado, sob o argumento 
de que o réu se dedicava a atividades criminosas, conforme evidenciado por inquéritos 
e ações penais em curso nos quais José figurava como indiciado ou réu. 
Assertiva: Nessa situação, de acordo com a jurisprudência do STJ, o juiz feriu o 
princípio constitucional da presunção de inocência. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
17 Tendo como referência as disposições da Lei de Drogas (Lei n.º 
11.343/2006) e a jurisprudência pertinente, julgue o item subsecutivo. 
Segundo o entendimento do STJ, em eventual condenação, o juiz sentenciante não 
poderá aplicar ao réu a causa de aumento de pena relativa ao tráfico de entorpecentes 
em transporte público, se o acusado tiver feito uso desse transporte apenas para 
conduzir, de forma oculta, droga para comercialização em outro ambiente, diverso do 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 80 | 
transporte público. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
18 Considerando o disposto na Lei n.º 11.343/2006 e o posicionamento 
jurisprudencial e doutrinário dominantes sobre a matéria regida por essa lei, 
assinale a opção correta. 
a) Em processo de tráfico internacional de drogas, basta a primariedade para a 
aplicação da redução da pena. 
b) Dado o instituto da delação premiada previsto nessa lei, ao acusado que colaborar 
voluntariamente com a investigação policial podem ser concedidos os benefícios da 
redução de pena, do perdão judicial ou da aplicação de regime penitenciário mais 
brando. 
c) É vedada à autoridade policial a destruição de plantações ilícitas de substâncias 
entorpecentes antes da realização de laudo pericial definitivo, por perito oficial, no 
local do plantio. 
d) Para a configuração da transnacionalidade do delito de tráfico ilícito de drogas, não 
se exige a efetiva transposição de fronteiras nem efetiva coautoria ou participação de 
agentes de estados diversos. 
e) O crime de associação para o tráfico se consuma com a mera união dos envolvidos, 
ainda que de forma individual e ocasional. 
 
19 Vantuir e Lúcio cometeram, em momentos distintos e sem associação, 
crimes previstos na Lei de Drogas(Lei n.º 11.343/2006). No momento da ação, 
Vantuir, em razão de dependência química e de estar sob influência de 
entorpecentes, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
Lúcio, ao agir, estava sob efeito de droga, proveniente de caso fortuito, sendo 
também incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
Nessas situações hipotéticas, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, 
a) Vantuir terá direito à redução de pena de um a dois terços e Lúcio será isento de 
pena. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 81 | 
b) somente Vantuir será isento de pena. 
c) Lúcio e Vantuir serão isentos de pena. 
d) somente Lúcio terá direito à redução de pena de um a dois terços. 
e) Lúcio e Vantuir terão direito à redução de pena de um a dois terços. 
 
20 No que se refere ao processamento do crime de tráfico de drogas, assinale 
a opção correta. 
a) Conforme as circunstâncias, a aplicação do princípio da insignificância é cabível. 
b) É incabível a progressão de regime prisional, devendo a pena ser iniciada e 
totalmente cumprida no regime fechado. 
c) A fixação da pena-base pelo juiz deve levar em conta, entre outras circunstâncias, a 
quantidade de droga apreendida. 
d) É necessária a demonstração da efetiva transposição de fronteiras entre estados da 
Federação para a incidência dessa causa de aumento da pena. 
e) É incabível a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. 
 
21 Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade 
de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela 
a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato. 
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à 
comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa. 
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de 
prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial. 
Gabarito: D 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 82 | 
 
22 Acerca do tráfico ilícito de entorpecentes, de ações de prevenção e 
repressão a delitos praticados por organizações criminosas, de abuso de 
autoridade e de delitos previstos na Lei de Tortura, julgue o item que se segue. 
Situação hipotética: Em um mesmo contexto fático, um cidadão foi preso em flagrante 
por manter em depósito grande variedade de drogas, entre elas, cocaína, maconha, 
haxixe e crack, todas para fins de mercancia. Foram apreendidos também maquinários 
para o preparo de drogas, entre eles, uma balança digital e uma serra portátil. 
Assertiva: Nessa situação, afastada a existência de contextos autônomos entre as 
condutas delitivas, o crime será único. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
23 Com referência aos parâmetros legais da dosimetria da pena para os crimes 
elencados na Lei n.o 11.343/2006 — Lei Antidrogas — e ao entendimento dos 
tribunais superiores sobre essa matéria, assinale a opção correta. 
a) A personalidade e a conduta social do agente não preponderam sobre outras 
circunstâncias judiciais da parte geral do CP quando da dosimetria da pena. 
b) A natureza e a quantidade da droga são circunstâncias judiciais previstas na parte 
geral do CP. 
c) A natureza e a quantidade da droga não preponderam sobre outras circunstâncias 
judiciais da parte geral do CP quando da dosimetria da pena. 
d) A natureza e a quantidade da droga apreendida não podem ser utilizadas, 
concomitantemente, na primeira e na terceira fase da dosimetria da pena, sob pena 
de bis in idem. 
e) As circunstâncias judiciais previstas na parte geral do CP podem ser utilizadas para 
aumentar a pena base, mas a natureza e a quantidade da droga não podem ser 
utilizadas na primeira fase da dosimetria da pena. 
 
 
24 Com base no entendimento do STJ, julgue o próximo item, a respeito de 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 83 | 
aplicação da pena. 
Condenação anterior por delito de porte de substância entorpecente para consumo 
próprio não faz incidir a circunstância agravante relativa à reincidência, ainda que não 
tenham decorrido cinco anos entre a condenação e a infração penal posterior. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
25 No item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma 
assertiva a ser julgada, a respeito de crime de tráfico ilícito de entorpecentes, 
crime contra a criança e adolescente e crimes licitatórios. 
Em viagem pela Europa, Ronaldo, primário, de bons antecedentes e não integrante de 
organização criminosa, adquiriu quinze cápsulas do entorpecente LSD com o objetivo 
de obter lucro capaz de custear as despesas com a viagem. De volta ao Brasil, Ronaldo 
foi preso em flagrante quando tentava vender a droga. Nessa situação, caso seja 
condenado pelo crime tráfico de entorpecentes, Ronaldo poderá obter a redução da 
pena de um sexto a dois terços. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
26 Em diligência com o objetivo de combater o tráfico internacional de 
entorpecentes, policiais federais localizaram uma plantação de maconha, onde 
encontraram equipamentos utilizados para embalar a droga. No local, foram 
apreendidos dinheiro e veículos e foram presas cinco pessoas que se 
encontravam na posse dos bens e cuidavam da plantação. 
Nessa situação hipotética, 
independentemente de autorização judicial, a autoridade policial deverá proceder de 
forma a garantir a imediata destruição da plantação — que poderá ser queimada —, 
devendo preservar apenas quantidade suficiente da droga para a realização de perícia. 
Gabarito: Certo 
 
27 Acerca de tráfico ilícito de entorpecentes, crimes contra o meio ambiente, 
crime de discriminação e preconceito e crime contra o consumidor, julgue o item. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 84 | 
Aquele que adquirir, transportar e guardar cocaína para consumo próprio ficará 
sujeito às mesmas penas imputadas àquele que adquirir, transportar e guardar cocaína 
para fornecer a parentes e amigos, ainda que gratuitamente. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
28 Julgue o item, a respeito das Leis nos 13.445/2017, 11.343/2006, 
8.069/1990 e suas alterações. 
Em caso de prisão por tráfico de drogas ilícitas, o juiz não poderá substituir a pena 
privativa de liberdade por restritiva de direito. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
29 
Texto 1A2AAA 
Em determinada comarca de um estado da Federação, em razão de uma denúncia 
anônima e após a realização de diligências, a polícia civil prendeu Maria, de dezoito 
anos de idade, que supostamente traficava maconha em uma praça nas proximidades 
da escola pública onde ela estudava. Levada à delegacia de polícia local, Maria foi 
autuada e indiciada. Depois de reunidos elementos informativos suficientes, o 
delegado elaborou um relatório com a descrição dos fatos, apontando os indícios de 
autoria. Com o encerramento das investigações, o inquérito policial foi encaminhado 
à autoridade competente. 
Considere, ainda, que as seguintes informações sejam adicionais à situação hipotética 
descrita no texto 1A2AAA. 
Maria foi submetida a prisão preventiva pela suposta prática de tráfico de maconha, 
cuja pena prevista é de cinco a quinze anos de reclusão. Em atenção a determinação 
legal, tal prisão foi comunicada ao órgão da Defensoria Pública que atua na seara 
criminal local e, após isso, um defensor público requereu a liberdade provisória de 
Maria à autoridade judicial. 
Nessa situação hipotética, a liberdade provisória 
a) é cabível, por se tratar de tráfico de droga ilícita. 
Lei nº 11.343, de 23 de agostode 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 85 | 
b) só poderá ser concedida mediante o pagamento de fiança. 
c) é incabível, pois constitui instituto que se restringe à prisão temporária e à prisão 
em flagrante, deixando de parte a prisão preventiva. 
d) é incabível, pois há indícios de autoria e da materialidade do fato delituoso. 
e) poderá ser concedida pela autoridade policial mediante o pagamento de fiança. 
 
30 Indivíduo não reincidente que semeie, para consumo pessoal, plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de produto capaz de causar 
dependência psíquica se sujeita à penalidade imediata de 
a) perda de bens e valores. 
b) medida educativa de internação em unidade de tratamento. 
c) advertência sobre os efeitos das drogas. 
d) admoestação verbal pelo juiz. 
e) prestação pecuniária 
 
31 Assinale a opção correta à luz da Lei n.º 11.343/2006 (Lei de Drogas), do 
CP e da jurisprudência do STF. 
a) O crime de associação para o tráfico, caracterizado pela associação de duas ou mais 
pessoas para a prática de alguns dos crimes previstos na Lei de Drogas, é delito 
equiparado a crime hediondo. 
b) O crime de porte de entorpecentes para consumo pessoal, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, está sujeito aos prazos 
prescricionais do CP. 
c) Na dosimetria da pena pela prática do crime de induzir, instigar ou auxiliar alguém 
ao uso indevido de droga, poderá ser aplicada causa de redução de pena se o agente 
for primário, tiver bons antecedentes e não se dedicar a atividades criminosas ou 
integrar organização criminosa. 
d) Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, será isento de pena o agente que, 
por ser dependente de drogas, for, ao tempo do fato, totalmente incapaz de entender 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 86 | 
o caráter ilícito da ação praticada. 
e) Os crimes previstos na Lei de Drogas são insuscetíveis de anistia, graça e indulto, 
sendo impossível, àqueles que os praticarem, a concessão de liberdade provisória. 
 
32 A respeito do processo e do julgamento previsto na Lei Antidrogas, assinale 
a opção correta. 
a) O magistrado, durante a persecução penal em juízo, poderá, independentemente 
da oitiva do MP, autorizar a infiltração de investigador em meio a traficantes, para o 
fim de esclarecer a verdade real, ou poderá, ainda, autorizar que não atue diante de 
eventual flagrante, com a finalidade de identificar e responsabilizar o maior número 
de integrantes de operações de tráfico e distribuição. 
b) O MP e a defesa poderão arrolar até oito testemunhas na denúncia e na defesa 
preliminar, respectivamente. 
c) O agente que praticar crime de porte de drogas para consumo pessoal será 
processado e julgado perante uma das Varas de Entorpecentes do DF, sob o rito 
processual previsto na Lei Antidrogas, tendo em vista que a lei especial prevalece 
sobre a lei geral. 
d) O autor do crime de porte de drogas para uso pessoal será processado e julgado 
perante o Juizado Especial Criminal, sob o rito da Lei n.º 9.099/1995. 
e) A lavratura do auto de prisão em flagrante e o estabelecimento da materialidade 
do delito exigem a elaboração do laudo definitivo em substância, cuja falta obriga o 
juiz a relaxar imediatamente a prisão, que será considerada ilegal. 
 
33 No item que se segue, é apresentada uma situação hipotética, seguida de 
uma assertiva a ser julgada. 
Em um aeroporto no Rio de Janeiro, enquanto estava na fila para check-in de um voo 
com destino a um país sul-americano, Fábio, maior e capaz, foi preso em flagrante 
delito por estar levando consigo três quilos de crack. Nessa situação, ainda que não 
esteja consumada a transposição de fronteiras, Fábio responderá por tráfico 
transnacional de drogas e a comprovação da destinação internacional da droga levará 
a um aumento da pena de um sexto a dois terços. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 87 | 
Certo( ) Errado ( ) 
 
34 Acerca da aplicação da lei penal no tempo, em especial, abolitio criminis, 
assinale a alternativa correta. 
a) A anistia ou cancelamento de infração disciplinar ou criminal de servidor público 
estadual configura hipótese de aplicação de abolitio criminis, estando, portanto, sob 
competência exclusiva da União para efeito de concessão do benefício, de acordo com 
o entendimento do STF. 
b) A Lei nº 11.343/2006, que trata de tráfico de drogas, ao revogar a Lei nº 6.368/1976, 
anterior, aponta para a existência de abolitio criminis ao deixar de prever que a 
associação eventual de menores de 21 (vinte e um) anos incorra em causa de aumento 
de pena. 
c) A chamada “despenalização” da conduta de porte de drogas, de acordo com o 
entendimento jurisprudencial do STF, constitui hipótese de abolitio criminis. 
d) Abolitio criminis tem efeito retroativo, atingindo, inclusive, os processos em fase de 
execução penal e afastando os efeitos civis de reparação do dano causado. 
e) A revogação do artigo do Código Penal que tratava do delito de atentado violento 
ao pudor configura abolitio criminis, uma vez que a modificação legal posterior não 
deteve o condão de unificar este tipo penal com o de estupro. 
 
35 No que importa à Lei de Drogas, é correto afirmar: 
a) Para o STJ (REsp 1290296), na hipótese de autofinanciamento para o tráfico ilícito 
de drogas, não há falar em concurso material entre os crimes de tráfico e de 
financiamento ao tráfico. Nesse caso, o art. 33 é mero post factum impunível. 
Dessarte, se o agente já expôs a perigo o bem jurídico tutelado pelo crime do art. 36, 
e depois resolve incrementar essa lesão precedente contra o mesmo bem jurídico, 
concorrendo para o tráfico por ele financiado, há de ser aplicado o princípio da 
consunção. Quem concorre para o tráfico por ele mesmo financiado não responde 
por dois crimes. 
b) Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, os 
maquinários, utensílios, as armas, instrumentos e objetos de qualquer natureza, 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 88 | 
utilizados para a prática dos crimes definidos na Lei de Drogas, após a sua regular 
apreensão, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público, poderão ficar 
sob custódia da autoridade de polícia judiciária, desde que comprovado o interesse 
público na utilização de qualquer desses bens. 
c) Para o STJ (HC 224.849), o tipo penal trazido no art. 37 da Lei de Drogas se reveste 
de verdadeiro caráter de subsidiariedade, só ficando preenchida a tipicidade quando 
não se comprovar a prática de crime mais grave. Considerar, pois, que o informante 
possa ser punido duplamente, pela associação e pela colaboração com a própria 
associação da qual faz parte, além de contrariar o princípio da subsidiariedade, revela 
indevido bis ln idem. 
d) Exclusivamente na primeira fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos 
na Lei 11.343/2006, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, além 
de outros, são permitidos os seguintes procedimentos Investigatórios: a infiltração 
policial e a entrega vigiada suja. 
 
36 Considerando o entendimento sumulado dos Tribunais Superiores, analise 
as assertivas abaixo e assinale a alternativa: 
I - A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, inciso I, da Lei n. 
11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda 
que não consumada a transposição de fronteiras. 
II - Para a incidência da majorante prevista no art. 40, inciso V, da Lei n. 11.343/2006, 
é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da Federação, sendo 
suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
III - É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado daincidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o 
advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. 
IV - A causa de aumento de pena prevista no art. 40, inciso III, da Lei n. 11.343/2006 
tem natureza objetiva, devendo haver portanto comprovação de mercancia a menos 
de duzentos metros da respectiva entidade de ensino. 
a) Todas as alternativas estão corretas. 
b) Apenas a alternativa I está correta. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 89 | 
c) Apenas a alternativa II está incorreta. 
d) Apenas a alternativa III está correta. 
e) Apenas a alternativa IV está incorreta. 
 
37 Considerando os crimes previstos na Lei Antidrogas (Lei n. 11.343/06), 
analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa: 
I – Dentre as penas previstas para quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar está a pena de prestação 
pecuniária. 
II - Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar poderá ser submetido à pena de prestação de serviços comunitários 
pelo prazo máximo de seis meses. 
III – Em caso de reincidência, a pena de prestação de serviços comunitários e de 
medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo, para quem 
adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar poderão ser aplicadas pelo prazo máximo de dez meses. 
IV - Prescrevem em dois anos a imposição e a execução das penas previstas para quem 
adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. 
a) Todas as alternativas estão corretas. 
b) Todas as alternativas estão incorretas. 
c) Apenas a alternativa II está incorreta. 
d) Apenas as alternativas III e IV estão incorretas. 
e) Apenas as alternativas I e II estão incorretas. 
Gabarito: E 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 90 | 
 
38 O art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006, que define o crime de tráfico, é um 
tipo de conteúdo variado porque contém vários verbos (núcleos), e por isso sua 
aplicação permite interpretação analógica. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
39 Para a configuração do crime de oferecimento de droga para consumo 
conjunto, tipificado no art. 33, § 3º, da Lei n. 11.343/2006, é necessária a prática 
da conduta mediante o dolo “específico”. 
Certo( ) Errado ( ) 
 
40 Considere as afirmações a seguir, relativas à Lei nº 11.343/2006. 
I. Ao infrator condenado pelo crime previsto no artigo 28, o juiz deve aplicar, 
isoladamente, as penas de advertência sobre os efeitos das drogas; prestação de 
serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
II. Ao usuário e ao dependente de drogas em cumprimento de pena privativa de 
liberdade ou submetido à medida de segurança, em razão da prática de infração 
penal, a lei assegura oferta de atenção de saúde definida pelo respectivo sistema 
penitenciário. 
III. Ao proferir sentença condenatória, é permitido ao juiz determinar que seja 
assegurada ao infrator atenção de saúde definida pelo respectivo sistema 
penitenciário com base em avaliação, realizada por profissional de saúde com 
competência específica na forma da lei e que ateste a necessidade de o infrator 
receber encaminhamento para tratamento. 
IV. É vedado ao juiz encaminhar para tratamento médico adequado o agente 
considerado isento de pena em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente 
de caso fortuito ou força maior, de droga, que ao tempo da ação ou da omissão, 
qualquer que tenha sido a infração penal praticada, era inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 91 | 
É correto o que se afirma em 
a) I e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) II, apenas. 
d) I e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Gabarito: B 
 
41 São princípios do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – 
SISNAD, EXCETO: 
a) Promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país. 
b) O respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à 
sua autonomia e à sua liberdade. 
c) O respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes. 
d) O reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso 
indevido de drogas, com a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito 
 
42 A proibição no território nacional das drogas e do plantio, da cultura, da 
colheita e da exploração de vegetais e substratos dos quais elas possam ser 
extraídas ou produzidas não é novidade em nosso direito. Isso já ocorria nas 
legislações anteriores. 
Sobre a Lei Federal Nº 11.343/2006 (Lei das Drogas), marque o item INCORRETO: 
a) Muitos dos vegetais que podem ser empregados para a produção de drogas 
igualmente podem servir de matéria-prima para a elaboração de remédios ou serem 
usados em experimentos científicos. 
b) Assim, mediante autorização legal ou regulamentar, e sempre com acirrado 
controle, podem ser plantadas, colhidas e exploradas. 
c) A citada Lei das Drogas ressalva a possibilidade do plantio, da colheita, da cultura e 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 92 | 
da exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas 
drogas quando houver autorização legal ou regulamentar. 
d) Porém não há nenhum tipo de ressalva ou permissão sobre Substâncias 
Psicotrópicas, a respeito de plantas de uso estritamente religioso. 
 
43 “Tício guardou, para consumo pessoal, maconha sem autorização.” Tício 
pode ser submetido às seguintes penas, EXCETO: 
a) Advertência sobre os efeitos das drogas. 
b) Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
c) Prisão domiciliar. 
d) Prestação de serviços à comunidade. 
 
44 Sobre os crimes previstos na Lei Antidrogas – Lei nº. 11.343/2006, assinale 
a alternativa correta: 
a) O crime de associação para o tráfico, caracterizado pela associação de duas ou mais 
pessoas para a prática de alguns dos crimes previstos na Lei Antidrogas, é delito 
equiparado a crime hediondo. 
b) Segundo o disposto na Lei Antidrogas e na jurisprudência, o crime de associação 
para o tráfico se consuma com a mera união dos envolvidos, ainda que de forma 
individual e ocasional. 
c) Aquele que colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação 
destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 
da Lei de Drogas, deverá responder como partícipe do crime de tráfico de drogas. 
d) O redutor de pena previsto no art. 46 da Lei nº. 11.343/2006 não possui âmbito de 
incidência restrito aos crimes previstos na lei antidrogas, podendo ser aplicado 
inclusive na hipótese de roubo, desde que comprovada a semi-imputabilidade do 
agente. 
 
45 Segundo o atual entendimento dos tribunais superiores quanto à aplicação 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 93 | 
dos ditames da Lei Antidrogas (Lei nº 11.343/2006), analise as afirmativas a 
seguir. 
I. É inconstitucional a proibição de substituição de pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos, no chamado tráfico privilegiado (art. 33, §4º da Lei nº 
11.343/2006). 
II. É inconstitucional a imposição de regime fechado ao crime de tráfico de drogas 
pelo simplesfundamento de se tratar de crime hediondo. 
III. Segundo a Súmula nº 512 do STJ, ainda vigente, o crime de tráfico privilegiado tem 
natureza hedionda. 
IV. A natureza e a quantidade da droga apreendida não preponderam sobre as 
circunstâncias judiciais genéricas trazidas no art. 59 do Código Penal. 
V. O STF reconheceu a repercussão geral da questão envolvendo a descriminalização 
da posse de drogas para consumo pessoal. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I, II e V. 
b) I, II e III. 
c) I, III e IV. 
d) II, IV e V. 
 
46 Segundo a Lei nº 11.343/2006, quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, será submetido às 
seguintes penas, exceto 
a) advertência sobre os efeitos das drogas. 
b) prisão domiciliar. 
c) prestação de serviços à comunidade. 
d) medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
e) dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 94 | 
atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de 
um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário-mínimo. 
 
47 A Lei n° 11.343/2006 colocou o Brasil em destaque no cenário internacional 
ao instituir o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), que, 
com sua regulamentação, levou à reestruturação de Conselho Nacional 
Antidrogas, garantindo a participação paritária entre governo e sociedade. Um 
dos objetivos do Sisnad é: 
a) gerir o Fundo Nacional Antidrogas e o Observatório Brasileiro de Informações sobre 
Drogas (OBID). 
b) promover o intercâmbio com organismos internacionais na sua área de 
competência. 
c) contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a 
assumir comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e 
outros comportamentos correlacionados. 
d) consolidar a proposta de atualização da Política Nacional sobre Drogas (PNAD) na 
esfera de sua competência, além de articular e coordenar as atividades de prevenção. 
e) estabelecer penas alternativas para quem transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar. 
 
48 Em relação a lei nº 11.343/ 2006 que institui o Sistema Nacional de Políticas 
Públicas sobre Drogas, SISNAD, NÃO é seu objetivo. 
a) Estabelecer medidas de autorização para produção de drogas. 
b) Reinserção social de usuários e dependentes de drogas. 
c) Contribuir para a inclusão social do cidadão. 
d) Promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país. 
 
49 Com base no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei n. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 95 | 
11.343/06), marque a alternativa CORRETA: 
a) O simples fato de induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga não 
constitui crime. 
b) Incorre na mesma pena do tráfico de drogas, ou seja, de cinco a quinze anos, quem 
oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem. 
c) É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, 
fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, 
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou 
adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, 
observadas as demais exigências legais. 
d) Não é punível quem prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas 
necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, porque esse crime somente é punível na 
modalidade dolosa. 
 
50 Considere a situação hipotética a seguir. 
No final da tarde de uma sexta-feira, por volta das 17 horas, três guardas municipais, 
em patrulhamento de rotina, deparam-se com duas pessoas, maiores de 18 anos, 
sentadas em um banco de uma praça. Uma delas fumava maconha (aproximadamente 
0,5 g) e a outra cheirava cocaína (aproximadamente 0,3 g), em circunstâncias 
indicativas da destinação ao consumo pessoal. 
Considerando a situação hipotética apresentada e a legislação penal e processual em 
vigor, caberá aos agentes públicos: 
a) dar voz de prisão em flagrante aos usuários, encaminhando-os para a Delegacia de 
Polícia Civil, a fim de instaurar inquérito policial. 
b) conduzir os usuários à autoridade policial competente, para a lavratura do termo 
circunstanciado de ocorrência. 
c) providenciar a apresentação dos usuários no Juizado Especial Criminal competente, 
para a realização da audiência preliminar. 
d) lavrar, no local, o termo circunstanciado de ocorrência, tomando o compromisso 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 96 | 
dos usuários a fim de comparecer à audiência preliminar no Juizado Especial Criminal 
competente. 
 
51 Sobre o disposto na Lei nº 11.343/06 (Drogas), assinale a alternativa 
correta: 
a) Haverá o delito de associação para o tráfico (artigo 35) quando ocorrer a associação 
de pelo menos 3 (três) pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer 
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e§ 1°, e 34, todos da Lei nº 11.343/06. 
b) O semeio, o cultivo e a colheita de droga ilícita caracteriza o tráfico de drogas (artigo 
33), ainda que seja para consumo pessoal. 
c) Por prever pena privativa de liberdade de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos de 
detenção, o porte de droga para uso próprio é considerado delito de menor potencial 
ofensivo. 
d) O tráfico de drogas é crime inafiançável e imprescritível. 
e) A Lei nº 11.343/06 é considerada norma penal em branco. 
 
52 O artigo 28 da Lei N.º 11.343/06 pune a conduta de quem adquire, guarda, 
tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. No que 
se refere às penas previstas, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O infrator será submetido à pena de advertência sobre os efeitos das drogas. 
b) O infrator será submetido à pena de prestação de serviços à comunidade. 
c) O infrator será submetido à medida educativa de comparecimento a programa ou 
curso educativo. 
d) O infrator será submetido à pena de detenção de 6 (seis) a 2 (dois) anos. 
e) Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva 
ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou 
produto capaz de causar dependência física ou psíquica. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 97 | 
53 Sobre a Lei 11.343/2006 (Lei Antidrogas), assinale a alternativa correta. 
a) Não será relevante a natureza da droga para aferir se o comportamento é de portar 
droga para consumo próprio ou de tráfico (artigos 28 e 33 dessa lei). 
b) O crime de tráfico de drogas constante do artigo 33 dessa lei não é um tipo penal 
misto alternativo. 
c) Os crimes dos artigos 28 e 33 dessa lei podem ser considerados normas penais em 
branco homogêneas. 
d) É inconstitucional a substituição de pena restritiva de direito em crime de tráfico de 
drogas (artigo 33 dessa lei). 
e) A quantidade de drogas terá repercussão na dosimetria da pena por crime de tráfico 
de drogas, conforme artigo 33 dessa lei. 
 
54 Analise o caso a seguir. 
Cumprindo mandados judiciais, o Delegado Alcimor efetuou a prisão de Alceu, 
conhecido como "Nariz" e considerado o líder de uma associação criminosa voltada à 
prática de tráfico de drogas na região sul do país, e a apreensão de seu primo Daniel, 
de dezessete anos, em quarto de hotel em quese hospedavam. Ambos, aliás, velhos 
conhecidos da polícia pela prática de infrações pretéritas. No local, a equipe tática 
encontrou drogas, dinheiro e celulares. Com autorização judicial, o Delegado Alcimor 
acessou o conteúdo de conversas, via WhatsApp, alcançando mais nomes e os pontos 
da prática comercial ilícita. No total, seis pessoas foram presas. 
Com respaldo no caso e considerando o entendimento do Superior Tribunal de Justiça 
quanto ao crime do artigo 35 da Lei n° 11.343/2006, assinale a alternativa correta. 
a) Por vedação expressa na Lei de Drogas, para o presente crime não se admite a 
incidência de penas alternativas à prisão, não obstante preenchidos os requisitos 
legais. 
b) A associação para fins de tráfico de drogas é considerada crime hediondo. 
c) A prática criminosa pretendida não precisa ser reiterada, mas a associação não pode 
ser eventual. 
d) O envolvimento de um menor é indiferente para fins de tipificação delitiva e não 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 98 | 
influencia no tocante à dosimetria da pena do crime de associação criminosa. 
e) Para a configuração do crime; exige-se efetivamente a prática do tráfico de drogas. 
 
55 O crime de posse de drogas para uso pessoal (art. 28 da Lei nº 11.343/2006) 
está submetido à pena de 
a) reclusão em regime fechado. 
b) advertência sobre os efeitos das drogas. 
c) liberdade assistida. 
d) perda de bens e valores. 
e) detenção em regime aberto. 
 
56 Em relação ao chamado tráfico privilegiado, previsto no artigo 33, § 4o, da 
Lei n° 11.343/2006, considerando-se também o entendimento dos Tribunais 
Superiores, é correto afirmar que 
a) não admite a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. 
b) não admite suspensão condicional do processo. 
c) admite transação penal. 
d) não admite fiança. 
e) exige cumprimento da pena em regime inicial fechado. 
 
57 Com relação ao sistema nacional de políticas públicas sobre drogas e, 
ainda, com base na Lei nº 11.343/2006, considere: 
I. A lei descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, 
transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas em autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar. Dessa forma, o usuário de 
drogas é isento de pena, submetendo-se, apenas, a tratamento para recuperação. 
II. Constitui causa de aumento de pena no crime de tráfico de drogas o emprego de 
arma de fogo. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 99 | 
III. Equipara-se ao usuário de drogas, aquele que, eventualmente e sem objetivo de 
obter lucro, oferece droga a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem 
ou, ainda, quem induz, instiga ou auxilia alguém ao uso indevido. 
IV. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial 
e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e 
na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá 
pena reduzida de um terço a dois terços. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I e II. 
Gabarito: D 
 
58 Sobre o crime de associação para fins de tráfico de drogas, 
a) é necessária a estabilidade do vínculo entre 3 ou mais pessoas. 
b) deverá se verificar, necessariamente, a finalidade de praticar uma série 
indeterminada de crimes. 
c) nas mesmas penas deste crime incorre quem se associa para a prática reiterada do 
financiamento de tráfico de drogas. 
d) incidirá na hipótese de concurso formal de crimes, a prática da associação em 
conjunto com a do tráfico de drogas. 
e) deverão os agentes, para sua configuração, praticar as infrações para as quais se 
associaram. 
 
59 A importação de semente cannabis sativa linneu, vulgarmente conhecida 
como maconha, segundo o STJ, configura delito de 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 100 | 
a) tráfico de drogas, por ser matéria-prima para a produção de substância 
entorpecente. 
b) contrabando, por tratar-se de matéria proibida para importação. 
c) importação de produto sem registro em órgão de vigilância sanitária competente. 
d) porte de substância para uso pessoal, sem previsão de pena privativa de liberdade. 
e) ter em depósito substância nociva à saúde pública. 
 
60 Segundo a Lei de Drogas, 
a) a natureza e a quantidade da droga apreendida impedem o reconhecimento da 
causa de diminuição que caracteriza o tráfico privilegiado. 
b) a natureza e a quantidade da droga são valoradas na primeira fase de aplicação da 
pena (pena-base). 
c) a tipicidade do crime de associação para o tráfico se completa com a prática dolosa 
da venda de drogas por duas ou mais pessoas. 
d) o tráfico internacional configura tipo autônomo, enquanto o tráfico interestadual é 
causa de aumento de pena. 
e) o crime de oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, submete-se às mesmas penas da posse 
de drogas para uso pessoal. 
61 Segundo a jurisprudência dominante do STF, é correto: 
a) a hediondez do tráfico de drogas em todas as suas modalidades impede a aplicação 
do indulto. 
b) o delito previsto no artigo 33 da Lei de Drogas, por ser crime de ação múltipla, faz 
com que o agente que, no mesmo contexto fático e sucessivamente, pratique mais de 
uma ação típica, responda por crime único em função do princípio da alternatividade. 
c) o porte de munição de arma de fogo de uso restrito constitui crime de perigo 
concreto, necessitando da presença da arma de fogo para sua tipificação. 
d) a circunstância judicial da personalidade do agente, por ser própria do direito penal 
do autor, não foi recepcionada pela Constituição de 1988. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 101 | 
e) não configura constrangimento ilegal o cumprimento de pena em regime mais 
gravoso do que o fixado na sentença em virtude da falta de vagas, pois se aplica o 
princípio da reserva do possível. 
 
62 Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, é correto afirmar que 
a) não se tipifica o delito de associação para o tráfico se ausentes os requisitos de 
estabilidade e permanência, configurando- se apenas a causa de aumento da pena do 
concurso de pessoas. 
b) constitui causa de aumento da pena a promoção do tráfico de drogas nas 
imediações de estabelecimento de ensino e, consoante expressa previsão legal, a 
circunstância independe de comprovação de se destinar aos respectivos estudantes. 
c) o condenado por tráfico privilegiado poderá ser promovido de regime prisional 
após o cumprimento de um sexto da pena, segundo entendimento do Supremo 
Tribunal Federal. 
d) cabível a aplicação retroativa da figura do tráfico privilegiado, desde que o redutor 
incida sobre a pena prevista na lei anterior, pois vedada a combinação de leis. 
e) a pena de multa pode ser aumentada até o limite do triplo se, em virtude da 
condição econômica do acusado, o juiz considerá-la ineficaz, ainda que aplicada no 
máximo. 
 
63 Mévio, primário, foi condenado pela prática do delito de associação ao 
tráfico, tipificado no artigo 35, caput, da Lei nº 11.343/2006, a expiar a pena 
privativa de liberdade de 04 anos e 02 meses de reclusão, em regime inicial 
semiaberto. De acordo com a Lei de Drogas e a atual jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça, Mévio deverá cumprir para obter a progressão de regime e 
o livramento condicional, respectivamente: 
a) 1/6 e 1/3 da pena. 
b) 3/5 e 1/2 da pena. 
c) 1/6 e 2/3 da pena. 
d) 3/5 e 2/3 da pena. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 102 | 
e) 2/5 e 1/3 da pena. 
Gabarito: C 
 
64 Sobre o regime da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006),é correto afirmar: 
a) A natureza e a quantidade da droga não podem ser utilizadas simultaneamente 
para justificar o aumento da pena-base e afastar a redução prevista no § 4º do art. 33 
da Lei nº 11.343/2006, sob pena de caracterizar bis in idem. 
b) A natureza da pena do crime de posse de drogas para uso pessoal dispensa a 
realização de laudo de constatação da substância para aferir a tipicidade da conduta. 
c) A despeito do recente entendimento do Supremo Tribunal Federal com relação ao 
tráfico privilegiado, os crimes de tráfico de drogas (art. 33, caput) e de associação para 
o tráfico (art. 35) continuam equiparados aos hediondos. 
d) A tipo de tráfico de drogas (art. 33, caput) só se consuma com a efetiva venda da 
substância entorpecente. 
e) A proximidade de presídio, escola e hospital configura circunstância agravante a ser 
considerada na segunda fase de aplicação da pena. 
 
65 No que concerne à lei de drogas, correto afirmar: 
a) cabível a redução da pena de um sexto a dois terços para o agente que tem em 
depósito, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de 
drogas, desde que primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades 
criminosas nem integre organização criminosa. 
b) o juiz, na fixação das penas, em igualdade de condições com todas as circunstâncias 
previstas no Código Penal para estabelecimento das sanções básicas, considerará a 
natureza e a quantidade da substância ou do produto. 
c) a pena de multa pode ser aumentada até o limite do triplo se, em virtude da situação 
econômica do acusado, considerá-la o juiz ineficaz, ainda que aplicada no máximo. 
d) para a caracterização da majorante do tráfico entre Estados da Federação ou entre 
este e o Distrito Federal, necessária a efetiva transposição das respectivas fronteiras, 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 103 | 
não bastando a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico 
interestadual. 
e) é de dois anos o prazo de prescrição no crime de posse de droga para consumo 
pessoal, não se aplicando, contudo, as causas de interrupção previstas no Código 
Penal. 
 
66 Quanto aos aspectos processuais da Lei de Drogas, correto afirmar que 
a) o agente surpreendido na posse de droga para consumo pessoal será processado 
e julgado perante o Juizado Especial Criminal, permitida a transação penal, ainda que 
haja concurso com o delito de tráfico de entorpecentes, a ser apurado no juízo 
comum. 
b) o inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver 
preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto, podendo haver duplicação de tais prazos 
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de 
polícia judiciária. 
c) o juiz, oferecida a denúncia, ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa 
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, decidindo a seguir em 05 (cinco) dias, 
apresentada ou não a resposta. 
d) suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por 
perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea, para efeito da lavratura do auto de 
prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, ficando impedido, 
porém, o perito que o subscrever de participar do laudo definitivo. 
e) o Ministério Público, recebidos os autos do inquérito policial, poderá, no prazo de 
10 (dez) dias, requerer o arquivamento, requisitar diligências que entender necessárias 
ou oferecer denúncia arrolando até 08 (oito) testemunhas. 
 
67 A Lei n o 11.343/2006 – Lei de Drogas, estabelece em seu art. 59 – Nos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá 
apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, 
assim reconhecido na sentença condenatória. 
Este dispositivo legal 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 104 | 
a) foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. 
b) estabeleceu modalidade de prisão preventiva visando a garantia da ordem pública 
e assegurar a aplicação da lei penal. 
c) é incompatível com a regra do Código de Processo Penal que determina que o juiz, 
ao proferir a sentença condenatória, decidirá, fundamentadamente, sobre a 
manutenção ou a imposição de prisão preventiva. 
d) somente poderá ser aplicado no caso de sentença penal condenatória que impuser 
o regime inicial de cumprimento da pena fechado. 
e) é modalidade de execução provisória da pena privativa de liberdade aplicada ao 
réu. 
 
68 João foi denunciado pela prática de tráfico ilícito de entorpecente. Diante 
disso, 
a) caso João venha a ser condenado à pena de 6 anos de reclusão, deverá 
necessariamente iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, de acordo com 
entendimento jurisprudencial dos Tribunais Superiores. 
b) caso tenha havido prisão em flagrante, o perito que tiver subscrito o laudo de 
constatação da natureza e quantidade de droga, para efeito da lavratura do auto de 
prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, não ficará impedido 
de participação da elaboração do laudo definitivo. 
c) caso seja reconhecido que João não integra organização criminosa, ainda que 
reincidente, a pena privativa de liberdade que lhe vier a ser imposta deverá ser 
convertida em pena restritiva de direitos. 
d) recebida a denúncia, João será citado para audiência de instrução e julgamento, 
que se iniciará com a inquirição das testemunhas, segundo expressa previsão legal. 
e) caso João tenha sido preso em flagrante delito, não lhe poderia ter sido concedido 
liberdade provisória. 
 
69 Ocorrendo a prática de ato infracional, análogo ao delito do artigo 28 da 
Lei de Drogas, e concluindo o juiz pela aplicação de medida socioeducativa 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 105 | 
a) não poderá aplicar a restritiva de liberdade. 
b) não poderá aplicá-las, exceto a de advertência. 
c) poderá aplicar a de restrição da liberdade somente em caso de descumprimento de 
medida anteriormente aplicada. 
d) poderá aplicar qualquer uma, exceto a de internação. 
e) poderá aplicar qualquer uma das previstas no artigo 112 do Estatuto da Criança e 
do Adolescente. 
 
70 De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais 
superiores sobre as disposições previstas na Lei nº 11.343/2006, 
a) somente deverá incidir a causa de aumento do art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006 se 
a venda de drogas nas imediações de um presídio tenha como comprador um dos 
detentos ou alguém que estava frequentando o presídio. 
b) o grau de pureza da droga é relevante para fins de dosimetria da pena. De acordo 
com a Lei nº 11.343/2006, tal circunstância, juntamente com a natureza e a quantidade 
da droga apreendida, prepondera para o cálculo da dosimetria da pena. 
c) a participação do menor não pode ser considerada para configurar o crime de 
associação para o tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como 
causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº 11.343/2006. 
d) a conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também 
disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente 
configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada (e não tentada), 
ainda que a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, 
tenha efetivado a apreensão do material entorpecente antes que o investigado 
efetivamente o recebesse. 
e) para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei no 11.343/2006, faz-se 
necessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação. 
 
71 A Lei de Drogas (Lei no 11.343/2006) estabelece que a pena prevista no 
artigo 33 será aumentada de umsexto a dois terços se caracterizado o tráfico 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 106 | 
entre Estados da Federação. De acordo com o entendimento sumulado do 
Superior Tribunal de Justiça, 
a) é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente a 
demonstração inequívoca da intenção do agente de realizar o tráfico interestadual. 
b) a quantidade de droga apreendida, bem como a forma do seu acondicionamento, 
é essencial para a caracterização do tráfico interestadual. 
c) o aumento da pena, no tráfico interestadual, exige a associação de quatro ou mais 
pessoas estruturalmente ordenadas. 
d) por abranger pluralidade de entes federativos, a ação penal será da competência 
da Justiça Federal. 
e) o aumento de dois terços da pena somente poderá ser aplicado quando o tráfico 
interestadual ocorrer entre Estados não fronteiriços. 
 
72 Está em conformidade com a Lei nº 11.343/2006, que instituiu o Sistema 
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas − SISNAD, e com o entendimento 
do Superior Tribunal de Justiça acerca do assunto: 
a) É incabível a aplicação retroativa da Lei nº 11.343/2006, ainda que o resultado da 
incidência das suas disposições seja mais favorável ao réu do que o advindo da 
aplicação da Lei nº 6.368/1976, sendo possível, também, a combinação das referidas 
leis. 
b) Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei nº 11.343/2006, é 
desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre Estados da Federação, sendo 
suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
c) Em razão de alteração legislativa recente, quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar não terá praticado qualquer 
delito. 
d) É dispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, 
fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, 
reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou 
adquirir, para fins medicinais, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 107 | 
observadas as demais exigências legais. 
e) Compete ao juiz estadual do local da apreensão da droga remetida do exterior pela 
via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional. 
 
73 Considerando o que dispõe a Lei nº 11.343/2006 que, dentre outras 
funções, instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, 
a) não é considerado crime de tráfico de drogas a conduta daquele que oferece droga, 
eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos 
a consumirem. 
b) não é considerado crime a conduta do agente que consente que outrem utilize 
local ou bem de que tenha a propriedade, de forma gratuita, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas, 
tratando-se de mera infração civil-administrativa. 
c) não é crime a condução de embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, 
ainda que exponha a dano potencial a incolumidade de outrem, tratando-se de mera 
infração civil-administrativa. 
d) não é crime a conduta de quem induz, instiga ou auxilia alguém ao uso indevido 
de droga, tratando-se de mera contravenção penal. 
e) é isento de pena o agente que, em razão da dependência, era, ao tempo da ação 
ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
74 Analise as afirmativas abaixo de acordo com a Lei no 11.343, de 23 de 
agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre 
Drogas, com as suas alterações posteriores. 
1. Compete à União elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria 
com Estados, Distrito Federal, Municípios e a sociedade. 
2. Compete à União, em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e a 
sociedade, formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 108 | 
3. Compete exclusivamente à União financiar a execução das políticas sobre drogas, 
observadas as obrigações dos integrantes do Sisnad. 
4. Compete à União, com Estados, Distrito Federal e Municípios, coordenar o Sisnad. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
a) É correta apenas a afirmativa 1. 
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. 
c) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. 
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. 
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. 
 
75 Assinale a alternativa correta, com base na Lei no 11.343, de 23 de agosto 
de 2006: 
a) O Plano Nacional de Políticas sobre Drogas terá duração de 15 anos a contar de 
sua aprovação. 
b) A Semana Nacional de Políticas sobre Drogas será comemorada anualmente, na 
segunda semana de janeiro. 
c) Os dados estatísticos nacionais de repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão 
sistema de informações do Poder Judiciário. 
d) Constitui objetivo do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros, 
promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços públicos. 
e) Os Estados e Municípios poderão autorizar o plantio, a cultura e a colheita e a 
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas 
drogas, exclusivamente para fins medicinais ou científicos. 
 
76 A respeito do procedimento penal previsto na Lei no 11.343, de 23 de 
agosto de 2006, relacionado com a repressão à produção não autorizada e ao 
tráfico ilícito de drogas, assinale a alternativa correta. 
a) Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 109 | 
prévia, por escrito, no prazo de 10 dias. 
b) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará comunicação 
imediata ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada 
vista ao representante do Ministério Público, em 72 horas. 
c) A destruição das drogas será executada pelo escrivão de polícia no prazo de 90 dias 
na presença do Delegado de Polícia e da autoridade sanitária. 
d) O inquérito policial será concluído no prazo de 60 dias, se o indiciado estiver preso, 
e de 120 dias, quando solto. 
e) Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a 
inquirição das testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao defensor do 
acusado e ao representante do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 20 
minutos para cada um. 
 
77 Luiz, primário e de bons antecedentes, sem qualquer envolvimento 
pretérito com crime, não mais aguentando ver seu filho chorar e pedir a compra 
de um videogame que todos os colegas da escola tinham, aceita transportar, 
mediante recebimento de valores, por solicitação de seu cunhado, 30g de 
maconha para determinado endereço de município vizinho ao que residia, no 
mesmo Estado da Federação. Durante o transporte, antes mesmo de ultrapassar 
o limite do município em que residia, vem a ser preso em flagrante. Durante a 
instrução, todos os fatos acima narrados são confirmados, inclusive a intenção 
de transportar as drogas para outro município. 
Considerando apenas as informações expostas, no momento da sentença: 
a) poderá Luiz ser absolvido em razão da excludente da culpabilidade da 
inexigibilidade de conduta diversa; 
b) poderá ser aplicada a causa de diminuição do tráfico privilegiado, inclusive sendo 
possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; 
c) não poderáser aplicada a causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado, já 
que incompatível com a causa de aumento do tráfico intermunicipal, que deve ser 
reconhecida; 
d) não poderá ser reconhecida a causa de aumento do tráfico intermunicipal prevista 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 110 | 
na Lei nº 11.343/06, pois não houve efetiva transposição da fronteira, mas poderá ser 
reconhecida a causa de diminuição do tráfico privilegiado; 
e) poderão ser reconhecidas a causa de aumento do tráfico intermunicipal, ainda que 
não tenha sido ultrapassada a fronteira do município, e a causa de diminuição do 
tráfico privilegiado. 
 
78 A Lei nº 11.343/06 define uma série de crimes relacionados ao tráfico de 
drogas, além de prever um procedimento próprio para julgamento dessas 
infrações penais. 
Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir. 
I. Em razão da necessidade de sigilo e, eventualmente, urgência da medida, poderá 
ocorrer infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, ainda que sem 
autorização judicial, desde que informado previamente ao Ministério Público. 
II. Antes mesmo do recebimento da denúncia, o denunciado deverá ser notificado 
para apresentação de defesa, sendo que eventuais exceções apresentadas deverão ser 
processadas em apartado. 
III. Observadas as formalidades legais, admite-se a postergação da atuação policial 
sobre os portadores de drogas com a finalidade de identificar e responsabilizar maior 
número de integrantes de operações de tráfico. 
Com base nas previsões da Lei nº 11.343/06, está correto o que se afirma em: 
a) somente II; 
b) somente I e II; 
c) somente I e III; 
d) somente II e III; 
e) I, II e III. 
 
79 Leandro, primário e de bons antecedentes, foi preso em flagrante porque 
tinha em sua casa, para fins de venda, 100g de maconha e 150g de cocaína na 
forma de crack, conforme laudo de exame de material entorpecente acostado ao 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 111 | 
procedimento. 
Após receber o procedimento principal, já com decisão de conversão do flagrante em 
preventiva, o Promotor de Justiça deverá denunciar Leandro por 
a) crime único de tráfico de drogas, podendo a natureza do material entorpecente e 
a quantidade de drogas serem avaliadas no momento de o juiz fixar pena base em 
caso de condenação. 
b) crime único de tráfico de drogas, não podendo a natureza do material entorpecente 
ser considerada quando da aplicação da pena base, mas tão só as circunstâncias 
judiciais do Art. 59 do CP e a quantidade de drogas. 
c) dois crimes de tráfico de drogas, reconhecendo o concurso formal de crimes, 
podendo ser aplicado o redutor do tráfico privilegiado em razão da primariedade do 
agente. 
d) dois crimes de tráfico de drogas, reconhecendo o concurso material de crimes, não 
podendo a quantidade de drogas ser considerada no momento da aplicação da pena 
base, mas tão só as circunstâncias judiciais do Art. 59 do CP; 
e) dois crimes de tráfico de drogas em concurso formal, podendo a quantidade e a 
natureza do material entorpecente serem valorizados no momento de aplicar a pena 
base. 
 
80 Diego, 20 anos, reincidente, foi denunciado pela suposta prática do crime 
de tráfico de drogas, tendo em vista que trazia consigo 300g de Cannabis Sativa 
L., popularmente conhecida como maconha. No curso da instrução, por ocasião 
de seu interrogatório, Diego confirmou que estava portando as drogas 
mencionadas na denúncia, mas assegurou que o material seria destinado ao seu 
próprio consumo e não para comercialização. 
Considerando apenas as informações narradas, de acordo com a jurisprudência dos 
Tribunais Superiores, no momento da análise de aspectos relacionados à dosimetria 
da pena em alegações finais, o promotor de justiça deverá destacar que a: 
a) atenuante da confissão espontânea deverá ser reconhecida, podendo ser 
compensada com a agravante da reincidência, mas não caberá reconhecimento da 
atenuante da menoridade relativa; 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 112 | 
b) atenuante da menoridade relativa e a atenuante da confissão espontânea devem 
ser reconhecidas, não podendo, porém, a pena intermediária ser fixada abaixo do 
mínimo legal; 
c) quantidade de drogas poderá ser considerada na fixação da pena base, devendo 
ser reconhecida a atenuante da menoridade relativa, mas não a da confissão 
espontânea; 
d) atenuante da menoridade relativa e a atenuante da confissão espontânea devem 
ser reconhecidas, podendo a pena intermediária ser fixada abaixo do mínimo legal; 
e) causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado poderá ser reconhecida, 
possibilitando a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
 
81 Em inovação legislativa, a Lei nº 11.343/06, em seu art. 33, §4º, trouxe a 
figura do tráfico privilegiado, em especial para mitigar a severa punição do 
tráfico de drogas para o chamado “traficante de primeira viagem”. 
Sobre as previsões da Lei nº 11.343/06 sobre o tema e de acordo com a jurisprudência 
dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que: 
a) a condenação por tráfico, ainda que privilegiado e com pena inferior a 4 anos, não 
permite a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; 
b) o benefício do tráfico privilegiado poderá ser aplicado ainda que o agente seja, 
também, condenado pelo crime de associação para o tráfico; 
c) a quantidade de drogas poderá ser considerada no momento da aplicação da pena 
base, mas não a natureza do material apreendido; 
d) o regime inicial de cumprimento de pena, diante do tráfico privilegiado, deverá ser 
necessariamente o fechado; 
e) o tráfico privilegiado poderá ser reconhecido mesmo diante da figura do tráfico 
majorado. 
 
82 Frederico, primário, mas com maus antecedentes, acorda com grande 
traficante de Comunidade do Rio de Janeiro, que tinha conhecido naquele dia, 
de transportar, uma única vez, 500g de maconha, 30g de cocaína e 20g de crack 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 113 | 
para Comunidade localizada em Minas Gerais. Enquanto estava no interior de 
uma van com a mala contendo todo aquele material entorpecente, ainda no 
estado do Rio de Janeiro, vem a ser abordado por policiais militares, que 
identificam a droga. 
Em sede policial, observadas as formalidades legais, Frederico confessa o transporte 
do material, diz que é a primeira vez que adotava aquele tipo de comportamento, que 
conhecera o traficante no Rio de Janeiro através de um amigo no dia dos fatos e 
esclarece que o material deveria ser entregue para João em Minas Gerais. 
Com base nas informações narradas, de acordo com a jurisprudência majoritária dos 
Tribunais Superiores, é correto afirmar que: 
a) possível o oferecimento de denúncia pelo crime de associação para o tráfico, ainda 
que a conduta de Frederico e do traficante em comunhão de ações e desígnios fosse 
eventual; 
b) possível o reconhecimento do tráfico privilegiado e, consequentemente, a 
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; 
c) possível o reconhecimento do tráfico privilegiado, mas não a substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direitos por vedação legal; 
d) aplicável a causa de aumento de pena do tráfico interestadual mesmo sem 
transposição das fronteiras entre os estados; 
e) não é possível o aumento da pena base em razão da quantidade e natureza das 
drogas apreendidas. 
 
83 Plínio foi flagrado enquanto transportava 10 (dez) “sacolés” de maconha. 
Na ocasião, admitiu para os policiais que a droga destinava-se a seu consumo 
pessoal e também de sua esposa, que não estava com ele na oportunidade, sendo 
que ele adotaria essa conduta de transportar o material para usar comsua esposa 
recorrentemente. Os policiais, nas suas declarações, disseram que alguns 
usuários próximos a Plínio conseguiram se evadir antes da abordagem. Diante 
das declarações, o Ministério Público ofereceu denúncia imputando a Plínio a 
prática do crime de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06). Finda 
a instrução, com a juntada do laudo definitivo confirmando que o material era 
entorpecente, sendo apresentadas em juízo as mesmas versões colhidas na fase 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 114 | 
policial e restando certo que Plínio era primário e de bons antecedentes, os autos 
foram conclusos para a sentença. Preocupado com sua situação jurídica, e as 
consequências no caso de condenação, Plínio procura a Defensoria Pública. 
Considerando as informações expostas, deverá a defesa técnica esclarecer, com base 
na jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, que: 
a) a condenação por tráfico com incidência da causa de diminuição da pena prevista 
no Art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06, retira a hediondez do crime, mas não se mostra 
possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, ainda 
que a pena seja inferior a 4 (quatro) anos; 
b) a condenação pelo crime de tráfico de drogas, ainda que não reconhecida a causa 
de diminuição do Art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06, admitirá a aplicação de regime 
diverso do fechado de acordo com a sanção aplicada, mesmo que a pena não permita 
a substituição por restritiva de direitos; 
c) o descumprimento injustificado da medida imposta, no caso de condenação pelo 
crime de porte de droga para consumo próprio (Art. 28 da Lei nº 11.343/06), torna 
possível a aplicação de pena privativa de liberdade apenas pelo prazo máximo de 5 
(cinco) meses; 
d) a progressão de regime, no caso de condenação por um dos crimes previstos nos 
Arts. 33, caput e §1º, e 34 a 37 da Lei nº 11.343/06, dar-se-á após o cumprimento de 
dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico; 
e) o denunciado que induz, instiga ou auxilia alguém ao uso indevido de drogas 
incorre na mesma pena do caput do Art. 33 da Lei nº 11.343/06. 
 
84 No que se refere aos crimes previstos na Lei n. 11.343/2006, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) O Supremo Tribunal Federal entende que o crime de tráfico "privilegiado" é 
hediondo. 
b) O porte de drogas ilícitas para uso próprio, segundo a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal, foi descriminalizado. 
c) Em relação ao porte de Cannabis sativa (maconha) para uso próprio, o Supremo 
Tribunal Federal decidiu que tal figura é atípica, configurando autolesão impunível. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 115 | 
d) O sujeito que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de 
seu relacionamento, para juntos a consumirem, pratica infração penal de médio 
potencial ofensivo, o que impede a proposta de transação penal prevista no artigo 76 
da Lei n. 9.099/95, mas não a suspensão condicional do processo, nos termos do artigo 
89 do referido diploma legal. 
e) É cabível, em tese, a concessão de indulto natalino no caso do tráfico "privilegiado". 
 
85 Nos termos da Lei nº 11.343/06, que institui o Sistema Nacional de Políticas 
Públicas sobre Drogas, analise as seguintes penas. 
I. Advertência sobre os efeitos das drogas. 
II. Prestação de serviços à comunidade. 
III. Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
Quais dessas penas são aplicadas ao crime de consumo de drogas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas I e II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
 
86 Analise as assertivas a seguir, de acordo com o disposto na Lei nº 
11.343/2006, Lei de Drogas, e em cotejo com o entendimento dos Tribunais 
Superiores: 
I. Para a incidência da majorante de pena, prevista no artigo 40, inciso V da referida 
Lei, ao crime de tráfico de drogas interestadual, de acordo com entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, basta que esteja demonstrado, de forma inequívoca, que 
o traficante tinha intenção de extrapolar as fronteiras de um Estado, mesmo que assim 
não consiga. 
II. A partir de entendimento recente do Supremo Tribunal Federal, pode-se dizer que 
nem todo o crime de tráfico de drogas pode ser considerado crime equiparado a 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 116 | 
hediondo. 
III. Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem, pratica crime de menor potencial ofensivo. 
IV. Aquele que pratica conduta de tráfico de drogas, descrita no caput do artigo 33 da 
referida Lei, pode ter sua pena reduzida nos mesmos patamares propostos no Código 
Penal para a minorante da tentativa, desde que seja primário, de bons antecedentes, 
não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III e IV. 
d) Apenas I, II e III. 
e) I, II, III e IV. 
 
87 Analise o seguinte caso: Após uma festa noturna na região serrana, o 
Guarda Municipal Guiomar Fagundes flagrou alguns adolescentes com 50 
gramas de maconha, conduzindo-os imediatamente à delegacia da Polícia Civil 
e, em depoimento, eles alegaram que a droga era para consumo próprio. De 
acordo com a Lei Federal nº 11.343/06, para determinar se a droga se destinava 
a consumo pessoal, o juiz analisará a natureza e a quantidade da substância 
apreendida, a conduta e os antecedentes dos infratores, entre outros fatores. 
Sendo que quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer 
consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I. Advertência sobre os efeitos das drogas. 
II. Prestação de serviços à comunidade. 
III. Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
IV. Detenção de seis meses a um ano. 
Quais estão corretas? 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 117 | 
a) Apenas I e IV. 
b) Apenas II e III. 
c) Apenas I, II e III. 
d) Apenas II, III e IV. 
e) I, II, III e IV. 
 
88 A Lei nº 11.343/2006 é a atual Lei sobre drogas. Tendo por base os ditames 
do citado diploma, assinale a alternativa correta. 
a) Referido diploma legal institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre 
Drogas. 
b) O porte e o cultivo para consumo próprio não configuram crime. 
c) O sujeito ativo do delito previsto no Artigo 33, caput, da lei em comento pode ser 
qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. No entanto, a coautoria e a participação 
não são possíveis nas condutas descritas no tipo penal. 
d) Denomina como objeto material dos crimes nela previstos a seguinte expressão: 
“substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica”. 
e) No momento em que o agente realiza a conduta típica, se dá a consumação do 
tráfico de drogas. Todas as condutas previstas no artigo 33 da lei em estudo 
constituem crimes permanentes. 
 
89 As atividades de prevenção do uso indevido de drogas, atenção e 
reinserção social de usuários e dependentes são regulamentadas pelo Sistema 
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad. 
Sobre o Sisnad, analise as seguintes afirmativas a seguir e assinale com V as 
verdadeiras e com F as falsas. 
( ) O reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na 
qualidade de vida do indivíduo e na sua relação com a comunidade à qual pertence 
constitui diretriz das atividades de prevenção. 
( ) Contribuir para a inclusão social do indivíduo, visando a torná-lo menos vulnerável 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 118 | 
a assumir comportamentos de risco para o uso indevidode drogas, constitui objetivo 
do Sisnad. 
( ) O investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre 
outras como forma de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida constitui 
princípio das atividades de prevenção. 
( ) A observância das orientações e normas emanadas do CRESS constitui princípio 
estabelecido pelo Sisnad. 
Assinale a sequência correta. 
a) V F V V 
b) V V V F 
c) F F V V 
d) F V F F 
90 Reconhecendo sua repercussão geral, em matéria penal, afirma o Supremo 
Tribunal, EXCETO: 
a) Que é inadmissível a decretação da extinção da punibilidade pela pena em 
perspectiva. 
b) Que é típica a conduta de quem diante da autoridade policial se atribui falsa 
identidade, não se achando a conduta autorizada pelo direito constitucional ao 
silêncio. 
c) Que a natureza e quantidade da droga, na fixação da pena do crime de tráfico, 
apenas deve ser considerada numa das fases de fixação, não cabendo ao juiz escolher 
em qual delas. 
d) Que os crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no âmbito doméstico 
e familiar são de ação penal pública incondicionada. 
II - A Lei estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico 
ilícito de drogas e define crimes. 
III - A Lei estabelece medidas de incentivo de consumo aos usuários já dependentes 
de drogas ou substâncias que causem dependência física. 
a) Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 119 | 
b) Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
c) Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
d) Apenas a assertiva I está correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
QUESTÕES PARA TREINAR 
www.focusconcursos.com.br | 120 | 
11.1 Gabarito 
 
01 A 19 C 37 E 55 B 73 E 
02 CERTO 20 C 38 ERRADO 56 B 74 A 
03 CERTO 21 D 39 CERTO 57 D 75 D 
04 ERRADO 22 CERTO 40 B 58 C 76 A 
05 Errado 23 D 41 A 59 A 77 B 
06 Errado 24 CERTO 42 D 60 B 78 D 
07 CERTO 25 CERTO 43 C 61 B 79 A 
08 CERTO 26 CERTO 44 D 62 C 80 C 
09 ERRADO 27 ERRADO 45 A 63 C 81 E 
10 ERRADO 28 ERRADO 46 B 64 A 82 D 
11 ERRADO 29 A 47 C 65 A 83 B 
12 A 30 C 48 A 66 B 84 E 
13 CERTO 31 D 49 C 67 C 85 B 
14 CERTO 32 D 50 B 68 B 86 D 
15 ERRADO 33 CERTO 51 E 69 A 87 C 
16 Errado 34 B 52 D 70 D 88 A 
17 CERTO 35 C 53 E 71 A 89 B 
18 D 36 E 54 C 72 B 90 C 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 121 | 
12 LETRA DA LEI 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas 
sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção 
social de usuários e dependentes de drogas; 
estabelece normas para repressão à produção não 
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define 
crimes e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 
Título I - Disposições Preliminares 
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de 
Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve 
medidas para prevenção do uso indevido, atenção 
e reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas; estabelece normas para repressão à 
produção não autorizada e ao tráfico ilícito de 
drogas e define crimes. 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se 
como drogas as substâncias ou os produtos 
capazes de causar dependência, assim 
especificados em lei ou relacionados em listas 
atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo 
da União. 
 
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território 
nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, 
a colheita e a exploração de vegetais e substratos 
dos quais possam ser extraídas ou produzidas 
drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal 
ou regulamentar, bem como o que estabelece a 
Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre 
Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de 
plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. 
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, 
a cultura e a colheita dos vegetais referidos no 
caput deste artigo, exclusivamente para fins 
medicinais ou científicos, em local e prazo 
predeterminados, mediante fiscalização, 
respeitadas as ressalvas supramencionadas. 
 
Título II - Do Sistema Nacional de Políticas Públicas 
sobre Drogas 
Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, 
integrar, organizar e coordenar as atividades 
relacionadas com: 
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a 
reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas; 
II - a repressão da produção não autorizada e do 
tráfico ilícito de drogas. 
§ 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de 
princípios, regras, critérios e recursos materiais e 
humanos que envolvem as políticas, planos, 
programas, ações e projetos sobre drogas, 
incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de 
Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema 
Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de 
Assistência Social - SUAS. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Capítulo I - Dos Princípios e dos Objetivos do 
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas 
Art. 4º São princípios do Sisnad: 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 122 | 
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa 
humana, especialmente quanto à sua autonomia e 
à sua liberdade; 
II - o respeito à diversidade e às especificidades 
populacionais existentes; 
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de 
cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os 
como fatores de proteção para o uso indevido de 
drogas e outros comportamentos correlacionados; 
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla 
participação social, para o estabelecimento dos 
fundamentos e estratégias do Sisnad; 
V - a promoção da responsabilidade compartilhada 
entre Estado e Sociedade, reconhecendo a 
importância da participação social nas atividades do 
Sisnad; 
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos 
fatores correlacionados com o uso indevido de 
drogas, com a sua produção não autorizada e o seu 
tráfico ilícito; 
VII - a integração das estratégias nacionais e 
internacionais de prevenção do uso indevido, 
atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas e de repressão à sua 
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito; 
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério 
Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário 
visando à cooperação mútua nas atividades do 
Sisnad; 
IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que 
reconheça a interdependência e a natureza 
complementar das atividades de prevenção do uso 
indevido, atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas, repressão da produção 
não autorizada e do tráfico ilícito de drogas; 
X - a observância do equilíbrio entre as atividades 
de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção 
social de usuários e dependentes de drogas e de 
repressão à sua produção não autorizada e ao seu 
tráfico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o 
bem-estar social; 
XI - a observância às orientações e normas 
emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - 
Conad. 
 
Art. 5º O Sisnad tem os seguintes objetivos: 
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, 
visando a torná-lo menos vulnerável a assumir 
comportamentos de risco para o uso indevido de 
drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentos 
correlacionados; 
II - promover a construção e a socialização do 
conhecimento sobre drogas no país; 
III - promover a integração entre as políticas de 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção 
social de usuários e dependentes de drogas e derepressão à sua produção não autorizada e ao 
tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos 
órgãos do Poder Executivo da União, Distrito 
Federal, Estados e Municípios; 
IV - assegurar as condições para a coordenação, a 
integração e a articulação das atividades de que 
trata o art. 3º desta Lei. 
 
Capítulo II - Do Sistema Nacional de Políticas 
Públicas sobre Drogas 
Seção I - Da Composição do Sistema Nacional de 
Políticas Públicas sobre Drogas 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019 
Art. 6º (Vetado) 
 
Art. 7º A organização do Sisnad assegura a 
orientação central e a execução descentralizada das 
atividades realizadas em seu âmbito, nas esferas 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 123 | 
federal, distrital, estadual e municipal e se constitui 
matéria definida no regulamento desta Lei. 
 
Art. 7º-A. (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 8º (Vetado) 
 
Seção II - Das Competências 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 8º-A. Compete à União: - Incluído pela Lei nº 
13.840, de 2019. 
I - formular e coordenar a execução da Política 
Nacional sobre Drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre 
Drogas, em parceria com Estados, Distrito Federal, 
Municípios e a sociedade; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - coordenar o Sisnad; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IV - estabelecer diretrizes sobre a organização e 
funcionamento do Sisnad e suas normas de 
referência; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
V - elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, 
prioridades, indicadores e definir formas de 
financiamento e gestão das políticas sobre drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VI – (Vetado); 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VII – (Vetado); 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VIII - promover a integração das políticas sobre 
drogas com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IX - financiar, com Estados, Distrito Federal e 
Municípios, a execução das políticas sobre drogas, 
observadas as obrigações dos integrantes do 
Sisnad; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
X - estabelecer formas de colaboração com Estados, 
Distrito Federal e Municípios para a execução das 
políticas sobre drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
XI - garantir publicidade de dados e informações 
sobre repasses de recursos para financiamento das 
políticas sobre drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
XII - sistematizar e divulgar os dados estatísticos 
nacionais de prevenção, tratamento, acolhimento, 
reinserção social e econômica e repressão ao tráfico 
ilícito de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
XIII - adotar medidas de enfretamento aos crimes 
transfronteiriços; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
XIV - estabelecer uma política nacional de controle 
de fronteiras, visando a coibir o ingresso de drogas 
no País. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 8º-B. (VETADO). 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 124 | 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 8º-C. (VETADO). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Capítulo II-A - Da Formulação das Políticas sobre 
Drogas 
Seção I - Do Plano Nacional de Políticas sobre 
Drogas 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de 
Políticas sobre Drogas, dentre outros: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - promover a interdisciplinaridade e integração 
dos programas, ações, atividades e projetos dos 
órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de 
saúde, educação, trabalho, assistência social, 
previdência social, habitação, cultura, desporto e 
lazer, visando à prevenção do uso de drogas, 
atenção e reinserção social dos usuários ou 
dependentes de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - viabilizar a ampla participação social na 
formulação, implementação e avaliação das 
políticas sobre drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - priorizar programas, ações, atividades e projetos 
articulados com os estabelecimentos de ensino, 
com a sociedade e com a família para a prevenção 
do uso de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IV - ampliar as alternativas de inserção social e 
econômica do usuário ou dependente de drogas, 
promovendo programas que priorizem a melhoria 
de sua escolarização e a qualificação profissional; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
V - promover o acesso do usuário ou dependente 
de drogas a todos os serviços públicos; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade 
dos programas, ações e projetos das políticas sobre 
drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VII - fomentar a criação de serviço de atendimento 
telefônico com orientações e informações para 
apoio aos usuários ou dependentes de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VIII - articular programas, ações e projetos de 
incentivo ao emprego, renda e capacitação para o 
trabalho, com objetivo de promover a inserção 
profissional da pessoa que haja cumprido o plano 
individual de atendimento nas fases de tratamento 
ou acolhimento; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IX - promover formas coletivas de organização para 
o trabalho, redes de economia solidária e o 
cooperativismo, como forma de promover 
autonomia ao usuário ou dependente de drogas 
egresso de tratamento ou acolhimento, 
observando-se as especificidades regionais; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
X - propor a formulação de políticas públicas que 
conduzam à efetivação das diretrizes e princípios 
previstos no art. 22; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
XI - articular as instâncias de saúde, assistência 
social e de justiça no enfrentamento ao abuso de 
drogas; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 125 | 
XII - promover estudos e avaliação dos resultados 
das políticas sobre drogas. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 
(cinco) anos a contar de sua aprovação. 
§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla 
divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de 
Políticas sobre Drogas. 
 
Seção II - Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019 
Art. 8º-E. Os conselhos de políticas sobre drogas, 
constituídos por Estados, Distrito Federal e 
Municípios, terão os seguintes objetivos: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - colaborar com os órgãos governamentais no 
planejamento e na execução das políticas sobre 
drogas, visando à efetividade das políticas sobre 
drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - propor a celebração de instrumentos de 
cooperação, visando à elaboração de programas, 
ações, atividades e projetos voltados à prevenção, 
tratamento, acolhimento, reinserção social e 
econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IV - promover a realização de estudos, com o 
objetivo de subsidiar o planejamento das políticas 
sobre drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
V - propor políticas públicas que permitam a 
integração e a participação do usuário ou 
dependente de drogas no processo social, 
econômico, político e cultural no respectivo ente 
federado; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VI - desenvolver outras atividades relacionadas às 
políticas sobre drogas em consonância com o 
Sisnad e com os respectivos planos. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Seção III - Dos Membros dos Conselhos de Políticas 
sobre Drogas 
Incluídopela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 8º-F. (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Capítulo III 
(Vetado) 
Art. 9º (VETADO) 
Art. 10. (VETADO) 
Art. 11. (VETADO) 
Art. 12. (VETADO) 
Art. 13. (VETADO) 
Art. 14. (VETADO) 
 
Capítulo IV - Do Acompanhamento e da Avaliação 
das Políticas sobre Drogas 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019 
Art. 15. (Vetado) 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 126 | 
Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da 
atenção à saúde e da assistência social que atendam 
usuários ou dependentes de drogas devem 
comunicar ao órgão competente do respectivo 
sistema municipal de saúde os casos atendidos e os 
óbitos ocorridos, preservando a identidade das 
pessoas, conforme orientações emanadas da União. 
 
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de 
repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão 
sistema de informações do Poder Executivo. 
 
Título III - Das Atividades de Prevenção do Uso 
Indevido, Atenção e Reinserção Social de Usuários e 
Dependentes de Drogas 
 
Capítulo I - Da Prevenção 
Seção I - Das Diretrizes 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso 
indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas 
direcionadas para a redução dos fatores de 
vulnerabilidade e risco e para a promoção e o 
fortalecimento dos fatores de proteção. 
 
Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido 
de drogas devem observar os seguintes princípios e 
diretrizes: 
I - o reconhecimento do uso indevido de drogas 
como fator de interferência na qualidade de vida do 
indivíduo e na sua relação com a comunidade à qual 
pertence; 
II - a adoção de conceitos objetivos e de 
fundamentação científica como forma de orientar 
as ações dos serviços públicos comunitários e 
privados e de evitar preconceitos e estigmatização 
das pessoas e dos serviços que as atendam; 
III - o fortalecimento da autonomia e da 
responsabilidade individual em relação ao uso 
indevido de drogas; 
IV - o compartilhamento de responsabilidades e a 
colaboração mútua com as instituições do setor 
privado e com os diversos segmentos sociais, 
incluindo usuários e dependentes de drogas e 
respectivos familiares, por meio do estabelecimento 
de parcerias; 
V - a adoção de estratégias preventivas 
diferenciadas e adequadas às especificidades 
socioculturais das diversas populações, bem como 
das diferentes drogas utilizadas; 
VI - o reconhecimento do “não-uso”, do 
“retardamento do uso” e da redução de riscos como 
resultados desejáveis das atividades de natureza 
preventiva, quando da definição dos objetivos a 
serem alcançados; 
VII - o tratamento especial dirigido às parcelas mais 
vulneráveis da população, levando em consideração 
as suas necessidades específicas; 
VIII - a articulação entre os serviços e organizações 
que atuam em atividades de prevenção do uso 
indevido de drogas e a rede de atenção a usuários 
e dependentes de drogas e respectivos familiares; 
IX - o investimento em alternativas esportivas, 
culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como 
forma de inclusão social e de melhoria da qualidade 
de vida; 
X - o estabelecimento de políticas de formação 
continuada na área da prevenção do uso indevido 
de drogas para profissionais de educação nos 3 
(três) níveis de ensino; 
XI - a implantação de projetos pedagógicos de 
prevenção do uso indevido de drogas, nas 
instituições de ensino público e privado, alinhados 
às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 127 | 
conhecimentos relacionados a drogas; 
XII - a observância das orientações e normas 
emanadas do Conad; 
XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de 
controle social de políticas setoriais específicas. 
Parágrafo único. As atividades de prevenção do 
uso indevido de drogas dirigidas à criança e ao 
adolescente deverão estar em consonância com as 
diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dos 
Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda. 
 
Seção II - Da Semana Nacional de Políticas Sobre 
Drogas 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de 
Políticas sobre Drogas, comemorada anualmente, 
na quarta semana de junho. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º No período de que trata o caput, serão 
intensificadas as ações de: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - difusão de informações sobre os problemas 
decorrentes do uso de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - promoção de eventos para o debate público 
sobre as políticas sobre drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - difusão de boas práticas de prevenção, 
tratamento, acolhimento e reinserção social e 
econômica de usuários de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IV - divulgação de iniciativas, ações e campanhas de 
prevenção do uso indevido de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
V - mobilização da comunidade para a participação 
nas ações de prevenção e enfrentamento às drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VI - mobilização dos sistemas de ensino previstos 
na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, na 
realização de atividades de prevenção ao uso de 
drogas. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Capítulo II - Das Atividades de Prevenção, 
Tratamento, Acolhimento e de Reinserção Social e 
Econômica de Usuários ou Dependentes de Drogas 
Seção I - Disposições Gerais 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019 
Art. 20. Constituem atividades de atenção ao 
usuário e dependente de drogas e respectivos 
familiares, para efeito desta Lei, aquelas que visem 
à melhoria da qualidade de vida e à redução dos 
riscos e dos danos associados ao uso de drogas. 
 
Art. 21. Constituem atividades de reinserção social 
do usuário ou do dependente de drogas e 
respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas 
direcionadas para sua integração ou reintegração 
em redes sociais. 
 
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção 
social do usuário e do dependente de drogas e 
respectivos familiares devem observar os seguintes 
princípios e diretrizes: 
I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, 
independentemente de quaisquer condições, 
observados os direitos fundamentais da pessoa 
humana, os princípios e diretrizes do Sistema Único 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 128 | 
de Saúde e da Política Nacional de Assistência 
Social; 
II - a adoção de estratégias diferenciadas de 
atenção e reinserção social do usuário e do 
dependente de drogas e respectivos familiares que 
considerem as suas peculiaridades socioculturais; 
III - definição de projeto terapêutico 
individualizado, orientado para a inclusão social e 
para a redução de riscos e de danos sociais e à 
saúde; 
IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e 
aos respectivos familiares, sempre que possível, de 
forma multidisciplinar e por equipes 
multiprofissionais; 
V - observância das orientações e normas 
emanadas do Conad; 
VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de 
controle social de políticas setoriais específicas. 
VII - estímulo à capacitação técnica e profissional; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
VIII - efetivação de políticas de reinserção social 
voltadas à educação continuada e ao trabalho; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IX - observância do plano individual de 
atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
X - orientação adequada ao usuário ou dependente 
de drogas quanto às consequências lesivas do uso 
de drogas, ainda que ocasional. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Seção II - Da Educação na Reinserção Social e 
EconômicaIncluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 22-A. As pessoas atendidas por órgãos 
integrantes do Sisnad terão atendimento nos 
programas de educação profissional e tecnológica, 
educação de jovens e adultos e alfabetização. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Seção III - Do Trabalho na Reinserção Social e 
Econômica 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 22-B. (Vetado). 
 
Seção IV - Do Tratamento do Usuário ou 
Dependente de Drogas 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios 
desenvolverão programas de atenção ao usuário e 
ao dependente de drogas, respeitadas as diretrizes 
do Ministério da Saúde e os princípios explicitados 
no art. 22 desta Lei, obrigatória a previsão 
orçamentária adequada. 
 
Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente 
de drogas deverá ser ordenado em uma rede de 
atenção à saúde, com prioridade para as 
modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo 
excepcionalmente formas de internação em 
unidades de saúde e hospitais gerais nos termos de 
normas dispostas pela União e articuladas com os 
serviços de assistência social e em etapas que 
permitam: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - articular a atenção com ações preventivas que 
atinjam toda a população; 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 129 | 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, 
baseados em evidências científicas, oferecendo 
atendimento individualizado ao usuário ou 
dependente de drogas com abordagem preventiva 
e, sempre que indicado, ambulatorial; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - preparar para a reinserção social e econômica, 
respeitando as habilidades e projetos individuais 
por meio de programas que articulem educação, 
capacitação para o trabalho, esporte, cultura e 
acompanhamento individualizado; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e 
Sisnad, de forma articulada. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º Caberá à União dispor sobre os protocolos 
técnicos de tratamento, em âmbito nacional. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 2º A internação de dependentes de drogas 
somente será realizada em unidades de saúde ou 
hospitais gerais, dotados de equipes 
multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente 
autorizada por médico devidamente registrado no 
Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado 
onde se localize o estabelecimento no qual se dará 
a internação. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 3º São considerados 2 (dois) tipos de internação: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - internação voluntária: aquela que se dá com o 
consentimento do dependente de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o 
consentimento do dependente, a pedido de familiar 
ou do responsável legal ou, na absoluta falta deste, 
de servidor público da área de saúde, da assistência 
social ou dos órgãos públicos integrantes do 
Sisnad, com exceção de servidores da área de 
segurança pública, que constate a existência de 
motivos que justifiquem a medida. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 4º A internação voluntária: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - deverá ser precedida de declaração escrita da 
pessoa solicitante de que optou por este regime de 
tratamento; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - seu término dar-se-á por determinação do 
médico responsável ou por solicitação escrita da 
pessoa que deseja interromper o tratamento. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 5º A internação involuntária: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - deve ser realizada após a formalização da decisão 
por médico responsável; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo 
de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese 
comprovada da impossibilidade de utilização de 
outras alternativas terapêuticas previstas na rede de 
atenção à saúde; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - perdurará apenas pelo tempo necessário à 
desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) 
dias, tendo seu término determinado pelo médico 
responsável; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IV - a família ou o representante legal poderá, a 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 130 | 
qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção 
do tratamento. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 6º A internação, em qualquer de suas 
modalidades, só será indicada quando os recursos 
extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 7º Todas as internações e altas de que trata esta 
Lei deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 
(setenta e duas) horas, ao Ministério Público, à 
Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, 
por meio de sistema informatizado único, na forma 
do regulamento desta Lei. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 8º É garantido o sigilo das informações disponíveis 
no sistema referido no § 7º e o acesso será 
permitido apenas às pessoas autorizadas a 
conhecê-las, sob pena de responsabilidade. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 9º É vedada a realização de qualquer modalidade 
de internação nas comunidades terapêuticas 
acolhedoras. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 10. O planejamento e a execução do projeto 
terapêutico individual deverão observar, no que 
couber, o previsto na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 
2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das 
pessoas portadoras de transtornos mentais e 
redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Seção V - Do Plano Individual de Atendimento 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 23-B. O atendimento ao usuário ou 
dependente de drogas na rede de atenção à saúde 
dependerá de: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - avaliação prévia por equipe técnica 
multidisciplinar e multissetorial; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - elaboração de um Plano Individual de 
Atendimento - PIA. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará 
a elaboração e execução do projeto terapêutico 
individual a ser adotado, levantando no mínimo: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - o tipo de droga e o padrão de seu uso; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - o risco à saúde física e mental do usuário ou 
dependente de drogas ou das pessoas com as quais 
convive. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 2º (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 3º O PIA deverá contemplar a participação dos 
familiares ou responsáveis, os quais têm o dever de 
contribuir com o processo, sendo esses, no caso de 
crianças e adolescentes, passíveis de 
responsabilização civil, administrativa e criminal, 
nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 
- Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 4º O PIA será inicialmente elaborado sob a 
responsabilidade da equipe técnica do primeiro 
projeto terapêutico que atender o usuário ou 
dependente de drogas e será atualizado ao longo 
das diversas fases do atendimento. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 131 | 
§ 5º Constarão do plano individual, no mínimo: - 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - os resultados da avaliação multidisciplinar; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - os objetivos declarados pelo atendido; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - a previsão de suas atividades de integração 
social ou capacitação profissional; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de2019. 
IV - atividades de integração e apoio à família; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
V - formas de participação da família para efetivo 
cumprimento do plano individual; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VI - designação do projeto terapêutico mais 
adequado para o cumprimento do previsto no 
plano; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VII - as medidas específicas de atenção à saúde do 
atendido. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 6º O PIA será elaborado no prazo de até 30 (trinta) 
dias da data do ingresso no atendimento. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 7º As informações produzidas na avaliação e as 
registradas no plano individual de atendimento são 
consideradas sigilosas. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão conceder benefícios às 
instituições privadas que desenvolverem programas 
de reinserção no mercado de trabalho, do usuário e 
do dependente de drogas encaminhados por órgão 
oficial. 
 
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins 
lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à 
saúde e da assistência social, que atendam usuários 
ou dependentes de drogas poderão receber 
recursos do Funad, condicionados à sua 
disponibilidade orçamentária e financeira. 
 
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, 
em razão da prática de infração penal, estiverem 
cumprindo pena privativa de liberdade ou 
submetidos a medida de segurança, têm garantidos 
os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo 
respectivo sistema penitenciário. 
 
Seção VI - Do Acolhimento em Comunidade 
Terapêutica Acolhedora 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
Art. 26-A. O acolhimento do usuário ou 
dependente de drogas na comunidade terapêutica 
acolhedora caracteriza-se por: 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou 
dependente de drogas que visam à abstinência 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - adesão e permanência voluntária, formalizadas 
por escrito, entendida como uma etapa transitória 
para a reinserção social e econômica do usuário ou 
dependente de drogas; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
III - ambiente residencial, propício à formação de 
vínculos, com a convivência entre os pares, 
atividades práticas de valor educativo e a promoção 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 132 | 
do desenvolvimento pessoal, vocacionada para 
acolhimento ao usuário ou dependente de drogas 
em vulnerabilidade social; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
IV - avaliação médica prévia; 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
V - elaboração de plano individual de atendimento 
na forma do art. 23-B desta Lei; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
VI - vedação de isolamento físico do usuário ou 
dependente de drogas. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º Não são elegíveis para o acolhimento as 
pessoas com comprometimentos biológicos e 
psicológicos de natureza grave que mereçam 
atenção médico-hospitalar contínua ou de 
emergência, caso em que deverão ser 
encaminhadas à rede de saúde. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 2º (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 3º (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 4º (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 5º (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Capítulo III - Dos Crimes e Das Penas 
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão 
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem 
como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o 
Ministério Público e o defensor. 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar será 
submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para 
seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe 
plantas destinadas à preparação de pequena 
quantidade de substância ou produto capaz de 
causar dependência física ou psíquica. 
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a 
consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à 
quantidade da substância apreendida, ao local e às 
condições em que se desenvolveu a ação, às 
circunstâncias sociais e pessoais, bem como à 
conduta e aos antecedentes do agente. 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput 
deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 
5 (cinco) meses. 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos 
incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas 
pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será 
cumprida em programas comunitários, entidades 
educacionais ou assistenciais, hospitais, 
estabelecimentos congêneres, públicos ou privados 
sem fins lucrativos, que se ocupem, 
preferencialmente, da prevenção do consumo ou da 
recuperação de usuários e dependentes de drogas. 
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas 
educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e 
III, a que injustificadamente se recuse o agente, 
poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 133 | 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que 
coloque à disposição do infrator, gratuitamente, 
estabelecimento de saúde, preferencialmente 
ambulatorial, para tratamento especializado. 
 
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se 
refere o inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, atendendo 
à reprovabilidade da conduta, fixará o número de 
dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 
(quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo 
depois a cada um, segundo a capacidade 
econômica do agente, o valor de um trinta avos até 
3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. 
Parágrafo único. Os valores decorrentes da 
imposição da multa a que se refere o § 6º do art. 28 
serão creditados à conta do Fundo Nacional 
Antidrogas. 
 
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e 
a execução das penas, observado, no tocante à 
interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e 
seguintes do Código Penal. 
 
Título IV - Da Repressão à Produção não Autorizada 
e ao Tráfico Ilícito de Drogas 
 
Capítulo I - Disposições Gerais 
Art. 31. É indispensável a licença prévia da 
autoridade competente para produzir, extrair, 
fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em 
depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, 
transportar, expor, oferecer, vender, comprar, 
trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas 
ou matéria-prima destinada à sua preparação, 
observadas as demais exigências legais. 
 
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente 
destruídas pelo delegado de polícia na forma do 
art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para 
exame pericial, de tudo lavrando auto de 
levantamento das condições encontradas, com a 
delimitação do local, asseguradas as medidas 
necessárias para a preservação da prova. 
Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 1º (Revogado). 
Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 2º (Revogado). 
Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para 
destruir a plantação, observar-se-á, além das 
cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, 
o disposto no Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 
1998, no que couber, dispensada a autorização 
prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do 
Meio Ambiente - Sisnama. 
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas 
serão expropriadas, conforme o disposto no art. 
243 da Constituição Federal, de acordo com a 
legislaçãoem vigor. 
 
Capítulo II - Dos Crimes 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, 
produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, 
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer 
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a 
consumo ou fornecer drogas, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e 
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 134 | 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, 
adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, 
tem em depósito, transporta, traz consigo ou 
guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto 
químico destinado à preparação de drogas; 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em 
matéria-prima para a preparação de drogas; 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de 
que tem a propriedade, posse, administração, 
guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele 
se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, 
insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando 
presentes elementos probatórios razoáveis de 
conduta criminal preexistente. 
Incluído pela Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 
2019. 
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso 
indevido de droga: 
Vide ADI nº 4.274 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa 
de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo 
de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para 
juntos a consumirem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e 
pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 28. 
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste 
artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto 
a dois terços, vedada a conversão em penas 
restritivas de direitos , desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organização 
criminosa. 
Vide Resolução nº 5, de 2012 
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, 
oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer 
título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que 
gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento 
ou qualquer objeto destinado à fabricação, 
preparação, produção ou transformação de drogas, 
sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e 
pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois 
mil) dias-multa. 
 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o 
fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer 
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 
desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e 
pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e 
duzentos) dias-multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput 
deste artigo incorre quem se associa para a prática 
reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. 
 
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer 
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 
desta Lei: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e 
pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 135 | 
(quatro mil) dias-multa. 
 
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, 
organização ou associação destinados à prática de 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 
§ 1º , e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e 
pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) 
dias-multa. 
 
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, 
drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-
lo em doses excessivas ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-
multa. 
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação 
ao Conselho Federal da categoria profissional a que 
pertença o agente. 
 
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o 
consumo de drogas, expondo a dano potencial a 
incolumidade de outrem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, 
além da apreensão do veículo, cassação da 
habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo 
mesmo prazo da pena privativa de liberdade 
aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 
(quatrocentos) dias-multa. 
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, 
aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 
4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 
600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no 
caput deste artigo for de transporte coletivo de 
passageiros. 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta 
Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
I - a natureza, a procedência da substância ou do 
produto apreendido e as circunstâncias do fato 
evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de 
função pública ou no desempenho de missão de 
educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências 
ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades 
estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, 
ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de 
recintos onde se realizem espetáculos ou diversões 
de qualquer natureza, de serviços de tratamento de 
dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes 
públicos; 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave 
ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer 
processo de intimidação difusa ou coletiva; 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da 
Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou 
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de 
entendimento e determinação; 
VII - o agente financiar ou custear a prática do 
crime. 
 
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar 
voluntariamente com a investigação policial e o 
processo criminal na identificação dos demais co-
autores ou partícipes do crime e na recuperação 
total ou parcial do produto do crime, no caso de 
condenação, terá pena reduzida de um terço a dois 
terços. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 136 | 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, 
com preponderância sobre o previsto no art. 59 do 
Código Penal, a natureza e a quantidade da 
substância ou do produto, a personalidade e a 
conduta social do agente. 
 
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os 
arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que 
dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de 
dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as 
condições econômicas dos acusados, valor não 
inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) 
vezes o maior salário-mínimo. 
Parágrafo único. As multas, que em caso de 
concurso de crimes serão impostas sempre 
cumulativamente, podem ser aumentadas até o 
décuplo se, em virtude da situação econômica do 
acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que 
aplicadas no máximo. 
 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33,caput e § 
1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e 
insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e 
liberdade provisória, vedada a conversão de suas 
penas em restritivas de direitos. 
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput 
deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após 
o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua 
concessão ao reincidente específico. 
 
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da 
dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da 
ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a 
infração penal praticada, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento. 
Parágrafo único. Quando absolver o agente, 
reconhecendo, por força pericial, que este 
apresentava, à época do fato previsto neste artigo, 
as condições referidas no caput deste artigo, 
poderá determinar o juiz, na sentença, o seu 
encaminhamento para tratamento médico 
adequado. 
 
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço 
a dois terços se, por força das circunstâncias 
previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, 
ao tempo da ação ou da omissão, a plena 
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou 
de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base 
em avaliação que ateste a necessidade de 
encaminhamento do agente para tratamento, 
realizada por profissional de saúde com 
competência específica na forma da lei, determinará 
que a tal se proceda, observado o disposto no art. 
26 desta Lei. 
 
Capítulo III - Do Procedimento Penal 
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por 
crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto 
neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as 
disposições do Código de Processo Penal e da Lei 
de Execução Penal. 
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas 
no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com 
os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será 
processado e julgado na forma dos arts. 60 e 
seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 
1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais 
Criminais. 
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 
desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 137 | 
devendo o autor do fato ser imediatamente 
encaminhado ao juízo competente ou, na falta 
deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, 
lavrando-se termo circunstanciado e 
providenciando-se as requisições dos exames e 
perícias necessários. 
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as 
providências previstas no § 2º deste artigo serão 
tomadas de imediato pela autoridade policial, no 
local em que se encontrar, vedada a detenção do 
agente. 
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 
2º deste artigo, o agente será submetido a exame 
de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade 
de polícia judiciária entender conveniente, e em 
seguida liberado. 
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 
9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados 
Especiais Criminais, o Ministério Público poderá 
propor a aplicação imediata de pena prevista no 
art. 28 desta Lei, a ser especificada na proposta. 
 
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos 
arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, 
sempre que as circunstâncias o recomendem, 
empregará os instrumentos protetivos de 
colaboradores e testemunhas previstos na Lei nº 
9.807, de 13 de julho de 1999. 
 
Seção I - Da Investigação 
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a 
autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, 
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe 
cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao 
órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) 
horas. 
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em 
flagrante e estabelecimento da materialidade do 
delito, é suficiente o laudo de constatação da 
natureza e quantidade da droga, firmado por perito 
oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere 
o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar 
da elaboração do laudo definitivo. 
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, 
o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a 
regularidade formal do laudo de constatação e 
determinará a destruição das drogas apreendidas, 
guardando-se amostra necessária à realização do 
laudo definitivo. 
Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo 
delegado de polícia competente no prazo de 15 
(quinze) dias na presença do Ministério Público e da 
autoridade sanitária. 
Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de 
efetivada a destruição das drogas referida no § 3º, 
sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado 
de polícia, certificando-se neste a destruição total 
delas. 
Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
 
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem 
a ocorrência de prisão em flagrante será feita por 
incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias 
contados da data da apreensão, guardando-se 
amostra necessária à realização do laudo definitivo. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo 
de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 
90 (noventa) dias, quando solto. 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 138 | 
artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o 
Ministério Público, mediante pedido justificado da 
autoridade de polícia judiciária. 
 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 
desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, 
remetendo os autos do inquérito ao juízo: 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, 
justificando as razões que a levaram à classificação 
do delito, indicando a quantidade e natureza da 
substância ou do produto apreendido, o local e as 
condições em que se desenvolveu a ação criminosa, 
as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação 
e os antecedentes do agente; ou 
II - requererá sua devolução para a realização de 
diligências necessárias. 
Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem 
prejuízo de diligências complementares: 
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, 
cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo 
competente até 3 (três) dias antes da audiência de 
instrução e julgamento; 
II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, 
direitos e valores de que seja titular o agente, ou 
que figurem em seu nome, cujo resultado deverá 
ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) 
dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal 
relativa aos crimes previstos nesta Lei, são 
permitidos, além dos previstos em lei, mediante 
autorização judicial e ouvido o Ministério Público, 
os seguintes procedimentos investigatórios: 
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de 
investigação, constituída pelos órgãos 
especializados pertinentes; 
II - a não-atuação policial sobre os portadores de 
drogas, seus precursores químicos ou outros 
produtos utilizados em sua produção, que se 
encontrem no território brasileiro, com a finalidade 
de identificar e responsabilizar maior número de 
integrantes de operações de tráfico e distribuição, 
sem prejuízo da ação penal cabível. 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste 
artigo, a autorização será concedida desde que 
sejam conhecidos o itinerário provável e a 
identificação dos agentes do delito ou de 
colaboradores. 
 
Seção II - Da Instrução Criminal 
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito 
policial, de Comissão Parlamentarde Inquérito ou 
peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério 
Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma 
das seguintes providências: 
I - requerer o arquivamento; 
II - requisitar as diligências que entender 
necessárias; 
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) 
testemunhas e requerer as demais provas que 
entender pertinentes. 
 
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a 
notificação do acusado para oferecer defesa prévia, 
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar 
e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e 
invocar todas as razões de defesa, oferecer 
documentos e justificações, especificar as provas 
que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), 
arrolar testemunhas. 
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, 
nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 
3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 139 | 
Processo Penal. 
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o 
juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) 
dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de 
nomeação. 
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 
(cinco) dias. 
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo 
máximo de 10 (dez) dias, determinará a 
apresentação do preso, realização de diligências, 
exames e perícias. 
 
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e 
hora para a audiência de instrução e julgamento, 
ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação 
do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e 
requisitará os laudos periciais. 
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como 
infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 
a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá 
decretar o afastamento cautelar do denunciado de 
suas atividades, se for funcionário público, 
comunicando ao órgão respectivo. 
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo 
será realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes 
ao recebimento da denúncia, salvo se determinada 
a realização de avaliação para atestar dependência 
de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) 
dias. 
 
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, 
após o interrogatório do acusado e a inquirição das 
testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, 
ao representante do Ministério Público e ao 
defensor do acusado, para sustentação oral, pelo 
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, 
prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz. 
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, 
o juiz indagará das partes se restou algum fato para 
ser esclarecido, formulando as perguntas 
correspondentes se o entender pertinente e 
relevante. 
 
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz 
sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, 
ordenando que os autos para isso lhe sejam 
conclusos. 
 
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 
1º , e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem 
recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons 
antecedentes, assim reconhecido na sentença 
condenatória. 
 
Capítulo IV - Da Apreensão, Arrecadação e 
Destinação de Bens do Acusado 
Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público 
ou do assistente de acusação, ou mediante 
representação da autoridade de polícia judiciária, 
poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação 
penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias 
nos casos em que haja suspeita de que os bens, 
direitos ou valores sejam produto do crime ou 
constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, 
procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes 
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - 
Código de Processo Penal. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º (Revogado). 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 2º (Revogado). 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 
3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 140 | 
Processo Penal, o juiz poderá determinar a prática 
de atos necessários à conservação dos bens, 
direitos ou valores. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, 
direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, 
ouvido o Ministério Público, quando a sua execução 
imediata puder comprometer as investigações. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 5º Decretadas quaisquer das medidas previstas 
no caput deste artigo, o juiz facultará ao acusado 
que, no prazo de 5 (cinco) dias, apresente provas, 
ou requeira a produção delas, acerca da origem 
lícita do bem ou do valor objeto da decisão, exceto 
no caso de veículo apreendido em transporte de 
droga ilícita. (Incluído pela Lei nº 14.322, de 
2022) 
§ 6º Provada a origem lícita do bem ou do valor, o 
juiz decidirá por sua liberação, exceto no caso de 
veículo apreendido em transporte de droga ilícita, 
cuja destinação observará o disposto nos arts. 61 e 
62 desta Lei, ressalvado o direito de terceiro de boa-
fé. (Incluído pela Lei nº 14.322, de 2022) 
Art. 60-A. Quando as medidas assecuratórias de 
que trata o art. 60 recaírem sobre moeda 
estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques 
emitidos como ordem de pagamento, será 
determinada, imediatamente, a conversão em 
moeda nacional. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie 
será encaminhada a instituição financeira ou 
equiparada para alienação na forma prevista pelo 
Conselho Monetário Nacional. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 2º Em caso de impossibilidade da alienação a que 
se refere o § 1º, a moeda estrangeira será 
custodiada pela instituição financeira até decisão 
sobre o seu destino. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda 
estrangeira, caso seja verificada a inexistência de 
valor de mercado, a moeda poderá ser doada à 
representação diplomática do seu país de origem 
ou destruída. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes 
da data de entrada em vigor da Medida Provisória 
nº 885, de 17 de junho de 2019, e que estejam 
custodiados nas dependências do Banco Central do 
Brasil serão transferidos, no prazo de trezentos e 
sessenta dias, à Caixa Econômica Federal para que 
se proceda à alienação ou custódia, de acordo com 
o previsto nesta Lei. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
 
Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, 
aeronaves e quaisquer outros meios de transporte 
e dos maquinários, utensílios, instrumentos e 
objetos de qualquer natureza utilizados para a 
prática, habitual ou não, dos crimes definidos nesta 
Lei será imediatamente comunicada pela 
autoridade de polícia judiciária responsável pela 
investigação ao juízo competente. (Redação 
dada pela Lei nº 14.322, de 2022). 
§ 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da 
comunicação de que trata o caput, determinará a 
alienação dos bens apreendidos, excetuadas as 
armas, que serão recolhidas na forma da legislação 
específica. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 2º A alienação será realizada em autos apartados, 
dos quais constará a exposição sucinta do nexo de 
instrumentalidade entre o delito e os bens 
apreendidos, a descrição e especificação dos 
objetos, as informações sobre quem os tiver sob 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 141 | 
custódia e o local em que se encontrem. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 3º O juiz determinará a avaliação dos bens 
apreendidos, que será realizada por oficial de 
justiça, no prazo de 5 (cinco) dias a contar daautuação, ou, caso sejam necessários 
conhecimentos especializados, por avaliador 
nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10 
(dez) dias. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor 
do Funad, o Ministério Público e o interessado para 
se manifestarem no prazo de 5 (cinco) dias e, 
dirimidas eventuais divergências, homologará o 
valor atribuído aos bens. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 5º (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 6º (Revogado). 
Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 7º (Revogado). 
Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 8º (Revogado). 
Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 9º O Ministério Público deve fiscalizar o 
cumprimento da regra estipulada no § 1º deste 
artigo. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 10. Aplica-se a todos os tipos de bens confiscados 
a regra estabelecida no § 1º deste artigo. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos 
por meio de hasta pública, preferencialmente por 
meio eletrônico, assegurada a venda pelo maior 
lance, por preço não inferior a 50% (cinquenta por 
cento) do valor da avaliação judicial. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
 
§ 12. O juiz ordenará às secretarias de fazenda e aos 
órgãos de registro e controle que efetuem as 
averbações necessárias, tão logo tenha 
conhecimento da apreensão. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 13. Na alienação de veículos, embarcações ou 
aeronaves, a autoridade de trânsito ou o órgão 
congênere competente para o registro, bem como 
as secretarias de fazenda, devem proceder à 
regularização dos bens no prazo de 30 (trinta) dias, 
ficando o arrematante isento do pagamento de 
multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuízo 
de execução fiscal em relação ao antigo 
proprietário. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 14. Eventuais multas, encargos ou tributos 
pendentes de pagamento não podem ser cobrados 
do arrematante ou do órgão público alienante 
como condição para regularização dos bens. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 15. Na hipótese de que trata o § 13 deste artigo, a 
autoridade de trânsito ou o órgão congênere 
competente para o registro poderá emitir novos 
identificadores dos bens. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
 
Art. 62. Comprovado o interesse público na 
utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 
61, os órgãos de polícia judiciária, militar e 
rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua 
responsabilidade e com o objetivo de sua 
conservação, mediante autorização judicial, ouvido 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 142 | 
o Ministério Público e garantida a prévia avaliação 
dos respectivos bens. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º Revogado pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 
2019. 
§ 1º-A. O juízo deve cientificar o órgão gestor do 
Funad para que, em 10 (dez) dias, avalie a existência 
do interesse público mencionado no caput deste 
artigo e indique o órgão que deve receber o bem. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 1º-B. Têm prioridade, para os fins do § 1º-A deste 
artigo, os órgãos de segurança pública que 
participaram das ações de investigação ou 
repressão ao crime que deu causa à medida. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 2º A autorização judicial de uso de bens deverá 
conter a descrição do bem e a respectiva avaliação 
e indicar o órgão responsável por sua utilização. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 3º O órgão responsável pela utilização do bem 
deverá enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer 
momento quando por este solicitado, informações 
sobre seu estado de conservação. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 4º Quando a autorização judicial recair sobre 
veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz 
ordenará à autoridade ou ao órgão de registro e 
controle a expedição de certificado provisório de 
registro e licenciamento em favor do órgão ao qual 
tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre 
do pagamento de multas, encargos e tributos 
anteriores à decisão de utilização do bem até o 
trânsito em julgado da decisão que decretar o seu 
perdimento em favor da União. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 5º Na hipótese de levantamento, se houver 
indicação de que os bens utilizados na forma deste 
artigo sofreram depreciação superior àquela 
esperada em razão do transcurso do tempo e do 
uso, poderá o interessado requerer nova avaliação 
judicial. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o 
ente federado ou a entidade que utilizou o bem 
indenizará o detentor ou proprietário dos bens. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 7º (Revogado). 
§ 8º (Revogado). 
§ 9º (Revogado). 
§ 10. (Revogado). 
§ 11. (Revogado). 
§ 12. Na alienação de veículos, embarcações ou 
aeronaves, a autoridade de trânsito ou o órgão de 
registro equivalente procederá à regularização dos 
bens no prazo de trinta dias, de modo que o 
arrematante ficará livre do pagamento de multas, 
encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de 
execução fiscal em relação ao antigo proprietário. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 13. Na hipótese de que trata o § 12, a autoridade 
de trânsito ou o órgão de registro equivalente 
poderá emitir novos identificadores dos bens. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
 
Art. 62-A. O depósito, em dinheiro, de valores 
referentes ao produto da alienação ou relacionados 
a numerários apreendidos ou que tenham sido 
convertidos, serão efetuados na Caixa Econômica 
Federal, por meio de documento de arrecadação 
destinado a essa finalidade. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 143 | 
§ 1º Os depósitos a que se refere o caput serão 
repassados pela Caixa Econômica Federal para a 
Conta Única do Tesouro Nacional, 
independentemente de qualquer formalidade, no 
prazo de vinte e quatro horas, contado do 
momento da realização do depósito. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 2º Na hipótese de absolvição do acusado em 
decisão judicial, o valor do depósito será devolvido 
ao acusado pela Caixa Econômica Federal no prazo 
de até três dias úteis, acrescido de juros, na forma 
estabelecida pelo § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 
26 de dezembro de 1995. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 3º Na hipótese de decretação do seu perdimento 
em favor da União, o valor do depósito será 
transformado em pagamento definitivo, 
respeitados os direitos de eventuais lesados e de 
terceiros de boa-fé. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 4º Os valores devolvidos pela Caixa Econômica 
Federal, por decisão judicial, serão efetuados como 
anulação de receita do Fundo Nacional Antidrogas 
no exercício em que ocorrer a devolução. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 5º A Caixa Econômica Federal manterá o controle 
dos valores depositados ou devolvidos. 
Incluído pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
 
Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá sobre: 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor 
apreendido ou objeto de medidas assecuratórias; e 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
II - o levantamento dos valores depositados em 
conta remunerada e a liberação dos bens utilizados 
nos termos do art. 62. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em 
decorrência dos crimes tipificados nesta Lei ou 
objeto de medidas assecuratórias, após decretado 
seu perdimento em favor da União, serão revertidos 
diretamente ao Funad. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019.§ 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad 
relação dos bens, direitos e valores declarados 
perdidos, indicando o local em que se encontram e 
a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para 
os fins de sua destinação nos termos da legislação 
vigente. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 3º Revogado pela Incluído pela Lei nº 13.886, de 
2019. 
§ 4º Transitada em julgado a sentença condenatória, 
o juiz do processo, de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, remeterá à Senad relação dos 
bens, direitos e valores declarados perdidos em 
favor da União, indicando, quanto aos bens, o local 
em que se encontram e a entidade ou o órgão em 
cujo poder estejam, para os fins de sua destinação 
nos termos da legislação vigente. 
§ 5º (Vetado). 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
§ 6º Na hipótese do inciso II do caput, decorridos 
360 (trezentos e sessenta) dias do trânsito em 
julgado e do conhecimento da sentença pelo 
interessado, os bens apreendidos, os que tenham 
sido objeto de medidas assecuratórias ou os valores 
depositados que não forem reclamados serão 
revertidos ao Funad. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 144 | 
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será 
conhecido sem o comparecimento pessoal do 
acusado, podendo o juiz determinar a prática de 
atos necessários à conservação de bens, direitos ou 
valores. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou 
parcial dos bens, direitos e objeto de medidas 
assecuratórias quando comprovada a licitude de 
sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, 
direitos e valores necessários e suficientes à 
reparação dos danos e ao pagamento de 
prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes 
da infração penal. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 63-C. Compete à Senad, do Ministério da 
Justiça e Segurança Pública, proceder à destinação 
dos bens apreendidos e não leiloados em caráter 
cautelar, cujo perdimento seja decretado em favor 
da União, por meio das seguintes modalidades: 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
I – alienação, mediante: 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
a) licitação; 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
b) doação com encargo a entidades ou órgãos 
públicos, bem como a comunidades terapêuticas 
acolhedoras que contribuam para o alcance das 
finalidades do Funad; ou 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
c) venda direta, observado o disposto no inciso II do 
caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 
1993; 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
II – incorporação ao patrimônio de órgão da 
administração pública, observadas as finalidades do 
Funad; 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
III – destruição; ou 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
IV – inutilização. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 1º A alienação por meio de licitação deve ser 
realizada na modalidade leilão, para bens móveis e 
imóveis, independentemente do valor de avaliação, 
isolado ou global, de bem ou de lotes, assegurada 
a venda pelo maior lance, por preço não inferior a 
50% (cinquenta por cento) do valor da avaliação. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 2º O edital do leilão a que se refere o § 1º deste 
artigo será amplamente divulgado em jornais de 
grande circulação e em sítios eletrônicos oficiais, 
principalmente no Município em que será realizado, 
dispensada a publicação em diário oficial. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 3º Nas alienações realizadas por meio de sistema 
eletrônico da administração pública, a publicidade 
dada pelo sistema substituirá a publicação em 
diário oficial e em jornais de grande circulação. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 4º Na alienação de imóveis, o arrematante fica 
livre do pagamento de encargos e tributos 
anteriores, sem prejuízo de execução fiscal em 
relação ao antigo proprietário. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 5º Na alienação de veículos, embarcações ou 
aeronaves deverão ser observadas as disposições 
dos §§ 13 e 15 do art. 61 desta Lei. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 145 | 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 6º Aplica-se às alienações de que trata este artigo 
a proibição relativa à cobrança de multas, encargos 
ou tributos prevista no § 14 do art. 61 desta Lei. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 7º A Senad, do Ministério da Justiça e Segurança 
Pública, pode celebrar convênios ou instrumentos 
congêneres com órgãos e entidades da União, dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem 
como com comunidades terapêuticas acolhedoras, 
a fim de dar imediato cumprimento ao estabelecido 
neste artigo. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 8º Observados os procedimentos licitatórios 
previstos em lei, fica autorizada a contratação da 
iniciativa privada para a execução das ações de 
avaliação, de administração e de alienação dos bens 
a que se refere esta Lei. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
 
Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiça e 
Segurança Pública regulamentar os procedimentos 
relativos à administração, à preservação e à 
destinação dos recursos provenientes de delitos e 
atos ilícitos e estabelecer os valores abaixo dos 
quais se deve proceder à sua destruição ou 
inutilização. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
 
Art. 63-E. O produto da alienação dos bens 
apreendidos ou confiscados será revertido 
integralmente ao Funad, nos termos do parágrafo 
único do art. 243 da Constituição Federal, vedada a 
sub-rogação sobre o valor da arrematação para 
saldar eventuais multas, encargos ou tributos 
pendentes de pagamento. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo 
não prejudica o ajuizamento de execução fiscal em 
relação aos antigos devedores. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
 
Art. 63-F. Na hipótese de condenação por infrações 
às quais esta Lei comine pena máxima superior a 6 
(seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a 
perda, como produto ou proveito do crime, dos 
bens correspondentes à diferença entre o valor do 
patrimônio do condenado e aquele compatível com 
o seu rendimento lícito. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 1º A decretação da perda prevista no caput deste 
artigo fica condicionada à existência de elementos 
probatórios que indiquem conduta criminosa 
habitual, reiterada ou profissional do condenado ou 
sua vinculação a organização criminosa. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019 
§ 2º Para efeito da perda prevista no caput deste 
artigo, entende-se por patrimônio do condenado 
todos os bens: 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
I – de sua titularidade, ou sobre os quais tenha 
domínio e benefício direto ou indireto, na data da 
infração penal, ou recebidos posteriormente; e 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
II – transferidos a terceiros a título gratuito ou 
mediante contraprestação irrisória, a partir do início 
da atividade criminal. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
§ 3º O condenado poderá demonstrar a inexistência 
da incompatibilidade ou a procedência lícita do 
patrimônio. 
Incluído pela Lei nº 13.886, de 2019. 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 146 | 
 
Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá 
firmar convênio com os Estados, com o Distrito 
Federal e com organismos orientados para a 
prevenção do uso indevido de drogas, a atenção e 
a reinserção social de usuários ou dependentes e a 
atuação na repressão à produção não autorizada e 
ao tráfico ilícito de drogas, com vistas na liberação 
de equipamentos e de recursos por ela arrecadados, 
para a implantação e execução de programas 
relacionados à questão das drogas. 
 
Título V - Da CooperaçãoInternacional 
Art. 65. De conformidade com os princípios da não-
intervenção em assuntos internos, da igualdade 
jurídica e do respeito à integridade territorial dos 
Estados e às leis e aos regulamentos nacionais em 
vigor, e observado o espírito das Convenções das 
Nações Unidas e outros instrumentos jurídicos 
internacionais relacionados à questão das drogas, 
de que o Brasil é parte, o governo brasileiro 
prestará, quando solicitado, cooperação a outros 
países e organismos internacionais e, quando 
necessário, deles solicitará a colaboração, nas áreas 
de: 
I - intercâmbio de informações sobre legislações, 
experiências, projetos e programas voltados para 
atividades de prevenção do uso indevido, de 
atenção e de reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas; 
II - intercâmbio de inteligência policial sobre 
produção e tráfico de drogas e delitos conexos, em 
especial o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e 
o desvio de precursores químicos; 
III - intercâmbio de informações policiais e judiciais 
sobre produtores e traficantes de drogas e seus 
precursores químicos. 
 
Título V-A -Do Financiamento das Políticas sobre 
Drogas 
Art. 65-A. (VETADO) 
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Título VI - Disposições Finais e Transitórias 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único 
do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a 
terminologia da lista mencionada no preceito, 
denominam-se drogas substâncias entorpecentes, 
psicotrópicas, precursoras e outras sob controle 
especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio 
de 1998. 
 
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei nº 
7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de 
Estados e do Distrito Federal, dependerá de sua 
adesão e respeito às diretrizes básicas contidas nos 
convênios firmados e do fornecimento de dados 
necessários à atualização do sistema previsto no 
art. 17 desta Lei, pelas respectivas polícias 
judiciárias. 
 
Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam 
recursos públicos para execução das políticas sobre 
drogas deverão garantir o acesso às suas 
instalações, à documentação e a todos os 
elementos necessários à efetiva fiscalização pelos 
órgãos competentes. 
Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros, 
destinados às pessoas físicas e jurídicas que 
colaborem na prevenção do uso indevido de 
drogas, atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes e na repressão da produção não 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 147 | 
autorizada e do tráfico ilícito de drogas. 
 
Art. 69. No caso de falência ou liquidação 
extrajudicial de empresas ou estabelecimentos 
hospitalares, de pesquisa, de ensino, ou 
congêneres, assim como nos serviços de saúde que 
produzirem, venderem, adquirirem, consumirem, 
prescreverem ou fornecerem drogas ou de 
qualquer outro em que existam essas substâncias 
ou produtos, incumbe ao juízo perante o qual 
tramite o feito: 
I - determinar, imediatamente à ciência da falência 
ou liquidação, sejam lacradas suas instalações; 
II - ordenar à autoridade sanitária competente a 
urgente adoção das medidas necessárias ao 
recebimento e guarda, em depósito, das drogas 
arrecadadas; 
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público, para 
acompanhar o feito. 
§ 1º Da licitação para alienação de substâncias ou 
produtos não proscritos referidos no inciso II do 
caput deste artigo, só podem participar pessoas 
jurídicas regularmente habilitadas na área de saúde 
ou de pesquisa científica que comprovem a 
destinação lícita a ser dada ao produto a ser 
arrematado. 
§ 2º Ressalvada a hipótese de que trata o § 3º deste 
artigo, o produto não arrematado será, ato contínuo 
à hasta pública, destruído pela autoridade sanitária, 
na presença dos Conselhos Estaduais sobre Drogas 
e do Ministério Público. 
§ 3º Figurando entre o praceado e não arrematadas 
especialidades farmacêuticas em condições de 
emprego terapêutico, ficarão elas depositadas sob 
a guarda do Ministério da Saúde, que as destinará à 
rede pública de saúde. 
 
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes 
previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado 
ilícito transnacional, são da competência da Justiça 
Federal. 
Parágrafo único. Os crimes praticados nos 
Municípios que não sejam sede de vara federal 
serão processados e julgados na vara federal da 
circunscrição respectiva. 
Art. 71. (VETADO) 
Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado 
o inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante 
representação da autoridade de polícia judiciária, 
ou a requerimento do Ministério Público, 
determinará a destruição das amostras guardadas 
para contraprova, certificando nos autos. 
Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019. 
 
Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com 
os Estados e o com o Distrito Federal, visando à 
prevenção e repressão do tráfico ilícito e do uso 
indevido de drogas, e com os Municípios, com o 
objetivo de prevenir o uso indevido delas e de 
possibilitar a atenção e reinserção social de usuários 
e dependentes de drogas. 
Redação dada pela Lei nº 12.219, de 2010) 
 
Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) 
dias após a sua publicação. 
 
Art. 75. Revogam-se a Lei nº 6.368, de 21 de 
outubro de 1976, e a Lei nº 10.409, de 11 de janeiro 
de 2002. 
 
 
 
 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 
LETRA DA LEI 
www.focusconcursos.com.br | 148 |

Mais conteúdos dessa disciplina