Prévia do material em texto
<p>SISTEMA DE ENSINO</p><p>LEGISLAÇÃO</p><p>PENAL ESPECIAL</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>Livro Eletrônico</p><p>2 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Sumário</p><p>Apresentação .....................................................................................................................................................................4</p><p>Lei n. 11.343/2006 – Lei de Drogas .......................................................................................................................5</p><p>1. Considerações Iniciais sobre a Lei n. 11.343/2006 ..................................................................................5</p><p>1.1. Mandado de Criminalização – Art. 5º, XLIII, da CF/1988 ...................................................................5</p><p>1.2. Expressão “Droga” e a Norma Penal em Branco Heterogênea .....................................................5</p><p>1.3. Exceções à Proibição de Drogas no Território Nacional ...................................................................6</p><p>2. Porte de Drogas para Consumo Pessoal (Art. 28) ...................................................................................7</p><p>3. Título IV da Lei n. 11.343/2006: da Repressão à Produção não Autorizada e ao</p><p>Tráfico Ilícito de Drogas .............................................................................................................................................14</p><p>3.1. Destruição das plantações ilícitas e expropriação de glebas em que se localizem</p><p>culturas ilegais de plantas psicotrópicas (art. 32) ....................................................................................14</p><p>4. Crime de Tráfico de Drogas (Art. 33 da Lei n. 11.343/2006) ............................................................15</p><p>4.1. Crime Equiparado a Hediondo (Arts. 33, Caput e § 1º, Arts. 34, 36 e 37 da Lei de</p><p>Drogas) ................................................................................................................................................................................16</p><p>4.2. Características do Crime de Tráfico de Drogas Previsto no Art. 33 da Lei n.</p><p>11.343/2006 ......................................................................................................................................................................18</p><p>4.3. Figuras Equiparadas ao Tráfico de Droga (Art. 33, § 1º da Lei n. 11.343/2006)...............21</p><p>4.4. Art. 34, § 4º: causa de diminuição de pena para os crimes de tráfico (art. 33) e</p><p>para os crimes equiparados ao tráfico (art. 33, § 1º) – “Tráfico Privilegiado” ......................... 24</p><p>5. Art. 33, § 2º: Induzir, Instigar ou Auxiliar Alguém ao Uso Indevido de Droga ...................... 28</p><p>6. Art. 33, § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de</p><p>seu relacionamento, para juntos a consumirem ......................................................................................... 29</p><p>7. Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar</p><p>a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,</p><p>aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação,</p><p>produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com</p><p>determinação legal ou regulamentar .................................................................................................................31</p><p>8. Art. 35. Associação para o tráfico: associarem-se duas ou mais pessoas para o fim</p><p>de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput</p><p>e § 1º, e 34 desta Lei ....................................................................................................................................................33</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>3 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>9. Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts.</p><p>33, caput e § 1º, e 34 desta Lei ..............................................................................................................................35</p><p>9.1. Realização das condutas descritas no art. 36 juntamente com a participação</p><p>direta no crime de tráfico de drogas ..................................................................................................................35</p><p>10. Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação</p><p>destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34</p><p>desta Lei .............................................................................................................................................................................37</p><p>11. Causas de Aumento de Pena para os Crimes Previstos entre os Arts. 33 a 37 .................38</p><p>12. Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite</p><p>o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal</p><p>ou regulamentar ............................................................................................................................................................42</p><p>13. Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a</p><p>dano potencial a incolumidade de outrem .....................................................................................................43</p><p>13.1. Qualificadora do Crime Previsto no Art. 39: se Destinar a Transporte Coletivo de</p><p>Passageiros .....................................................................................................................................................................43</p><p>14. Colaboração Premiada (Art. 41).....................................................................................................................44</p><p>15. Circunstâncias Judiciais para a Aplicação da Pena (Art. 42) .......................................................44</p><p>16. Fixação da Pena de Multa nos Crimes Previstos nos Arts. 33 a 39 da Lei n.</p><p>11.343/2006 .....................................................................................................................................................................45</p><p>17. Vedações Previstas no Art. 44 da Lei n. 11.343/2006 ......................................................................46</p><p>18. Ininputabilidade e Semi-Imputabilidade Causadas pelo Consumo de Drogas ..................47</p><p>18.1. Inimputabilidade (Art. 45) .............................................................................................................................47</p><p>18.2. Semi-imputabilidade (Art. 46) ....................................................................................................................48</p><p>19. Quanto ao Procedimento Penal Aplicado à Lei de Drogas ............................................................48</p><p>19.1. Fase Investigativa (Art. 50 a 53) ...............................................................................................................48</p><p>19.2. Instrução Criminal ..............................................................................................................................................51</p><p>Resumo ...............................................................................................................................................................................53</p><p>Mapas Mentais ...............................................................................................................................................................55</p><p>Questões de Concurso ...............................................................................................................................................60</p><p>haver incidência do delito previsto no art. 33, § 2º, que criminaliza a conduta de “Induzir, instigar ou</p><p>auxiliar alguém ao uso indevido de droga”</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>24 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Exemplo: um policial disfarçado se dirige a uma pessoa, que ele sabe ser traficante, e diz que</p><p>quer comprar drogas. Se o traficante não possui droga alguma e vai buscar em algum lugar</p><p>para entregar ao policial, o flagrante é preparado, pois ele não estava, naquele momento,</p><p>vendendo a substância, não havendo, assim, conduta criminal preexistente ao flagrante. Em</p><p>outras palavras, este sujeito não teria iniciado a prática do crime, se não tivesse sido provo-</p><p>cado pelo policial.</p><p>A Súmula 145 do STF estabelece que “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela</p><p>polícia torna impossível a sua consumação”.</p><p>Assim, o agente não poderá consumar o delito, na presença de policial disfarçado que o in-</p><p>duz a realizar os atos preparatórios a fim de realizar a prisão flagrante. Neste caso, estaremos</p><p>diante de um crime impossível.</p><p>Bom, toda esta observação foi feita para que você entenda que o art. 33, § 1º, IV não con-</p><p>figura hipótese de flagrante preparado, não havendo de se falar em ilicitude. Vamos, mais uma</p><p>vez, para a leitura de seu dispositivo:</p><p>§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: IV – vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo</p><p>ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a</p><p>determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos pro-</p><p>batórios razoáveis de conduta criminal preexistente.</p><p>Perceba que, na hipótese descrita neste inciso, não podemos falar em crime impossível, já</p><p>que o policial disfarçado não induziu o agente a iniciar a prática delituosa. Em outras palavras,</p><p>o sujeito ativo já estava praticando a conduta, sem a interferência, provocação ou estímulo do</p><p>policial (“conduta preexistente”). Assim, o flagrante será lícito, e a ausência de consumação,</p><p>em razão deste flagrante, não torna o crime impossível.</p><p>No exemplo mencionado acima, o flagrante será lícito, (e ocorrerá o crime previsto no art.</p><p>33, § 1º, IV) quando o policial disfarçado se dirige a uma pessoa, que ele sabe ser traficante, e</p><p>solicita a venda de alguma droga, e esta pessoa, prontamente, retira a substância entorpecente</p><p>do seu bolso. Perceba que este sujeito já estava praticando a conduta criminosa anteriormente</p><p>(já “trazia consigo” a droga), logo, não houve induzimento ou provocação do policial.</p><p>4.4. Art. 34, § 4º: CAusA de diMinuição de penA pArA os CriMes de</p><p>tráFiCo (Art. 33) e pArA os CriMes equipArAdos Ao tráFiCo (Art. 33, § 1º)</p><p>– “tráFiCo priViLegiAdo”</p><p>O art. 33. § 4º prevê hipótese de diminuição de pena (minorante) para o crime de tráfico de</p><p>drogas e os demais crimes equiparados ao tráfico, ao estabelecer que:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>25 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Art. 33, § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas</p><p>de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique</p><p>às atividades criminosas nem integre organização criminosa.</p><p>Esta causa de diminuição de pena é comumente conhecida (em sede doutrinária e jurispru-</p><p>dencial) como “tráfico privilegiado” (embora, tecnicamente, esta expressão esteja equivocada,</p><p>já que o art. 33, § 4º não é uma modalidade privilegiada do crime de tráfico e sim, uma mino-</p><p>rante, devendo ser aplicada, pelo magistrado, na terceira fase de dosimetria da pena).</p><p>Antes de analisarmos os requisitos para a incidência desta minorante, é muito impor-</p><p>tante que você saiba, desde já, que o tráfico privilegiado não configura crime equiparado ao</p><p>hediondo!!!</p><p>A partir da leitura do parágrafo citado, podemos perceber que a pena dos crimes previstos</p><p>no art. 33, caput e 33 § 1º poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente</p><p>preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:</p><p>a) Primariedade: se o agente for reincidente, não poderá ser beneficiado pela causa de</p><p>diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º. A jurisprudência entende que esta possibilidade</p><p>de diminuição de pena será afastada independentemente de a reincidência ser específica do</p><p>crime de tráfico, ou não!</p><p>b) Bons antecedentes: entende-se por “bons antecedentes” a inexistência de antecedentes</p><p>criminais. Logo, se o agente tiver algum antecedente criminal, não poderemos falar em “tráfico</p><p>privilegiado”, ou seja, ele não poderá ser beneficiado com a causa de diminuição de pena do</p><p>art. 33, § 4º da Lei de Drogas. Em relação ao tema, o STJ entende que a existência de inquéritos</p><p>policiais, ou de ações penais em andamento, não caracterizam, por si só, a existência de ante-</p><p>cedentes criminais, logo, estes fundamentos não poderão ser utilizados para o agravamento</p><p>da pena base. Vejamos o teor da Súmula 444, que trata sobre o tema:</p><p>Súmula 444 do STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso</p><p>para agravar a pena-base.</p><p>c) Não se dedicar às atividades criminosas: esta causa de diminuição de pena não poderá</p><p>ser aplicada à agente que pratique atividades criminosas com habitualidade. Se, no curso da</p><p>instrução, ficar demonstrado que o indivíduo exerce atividades criminosas (além do tráfico de</p><p>drogas ao qual está respondendo), não poderemos falar na incidência do “tráfico privilegiado”.</p><p>Perceba que, neste caso específico, não é necessário que haja a condenação penal em outros</p><p>crimes! Neste sentido, a Jurisprudência em Teses n. 131 do STJ, prevê que:</p><p>É inviável a aplicação da causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33</p><p>da Lei n. 11.343/2006 quando há condenação simultânea do agente nos crimes de trá-</p><p>fico de drogas e de associação para o tráfico, por evidenciar a sua dedicação a atividades</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>26 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>criminosas ou a sua participação em organização criminosa. (STJ – Jurisprudência em</p><p>Teses 131´. Item 23).</p><p>d) Não integra organização criminosa: para ser beneficiado com a causa de diminuição de</p><p>pena, é necessário, ainda, que este agente não integre organização criminosa.</p><p>O STF tem decidido, reiteradamente, que o simples fato de a pessoa estar transportando</p><p>drogas como “mulas do tráfico” não a enquadra, necessariamente, como integrante da organi-</p><p>zação criminosa.5</p><p>2. A atuação da agente no transporte de droga, em atividade denominada “mula”, por si</p><p>só, não constitui pressuposto de sua dedicação à prática delitiva ou de seu envolvimento</p><p>com organização criminosa. Impõe-se, para assim concluir, o exame das circunstâncias</p><p>da conduta, em observância ao princípio constitucional da individualização da pena (art.</p><p>5º, XLVI, da CF). (STF – HC 131.795/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, Julgado em 02/05/2016.</p><p>Dje 16/05/2016)</p><p>O STJ</p><p>possui entendimento no mesmo sentido, como podemos observar na Jurisprudência</p><p>em Teses n. 131:</p><p>A condição de “mula” do tráfico, por si só, não afasta a possibilidade de aplicação da</p><p>minorante do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, uma vez que a figura de transporta-</p><p>dor da droga não induz, automaticamente, à conclusão de que o agente integre, de forma</p><p>estável e permanente, organização criminosa. (STJ – Jurisprudência em Teses 131, n. 24)</p><p>Fique atento(a)! Não estamos afirmando que o agente que tenha exercido a função de</p><p>mula não será participante da organização criminosa! O que estamos dizendo é que, o fato de</p><p>este agente realizar, apenas, o transporte da droga não constitui fator suficiente para a com-</p><p>provação de sua participação na organização. Logo, será necessário analisar o caso concreto.</p><p>O STF, por exemplo, entendeu recentemente pela existência de participação do réu na or-</p><p>ganização criminosa em razão da conduta de transportar 500 kg de maconha, não sendo apli-</p><p>cado, neste caso, a causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º da Lei n. 11.343/2006. Nesta</p><p>decisão, a Corte afirmou</p><p>5 Perceba que, se este agente exerce o serviço de transporte de drogas de forma reiterada, não poderá ser beneficiado</p><p>com a causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º, não por ser considerado integrante de organização criminosa e sim</p><p>por não preencher o terceiro requisito exigido para a incidência do tráfico privilegiado, qual seja: “não se dedicar a ativi-</p><p>dades criminosas”.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>27 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>(...) não ser crível que o paciente — surpreendido com 500 kg de maconha — não esteja</p><p>integrado, de alguma forma, a organização criminosa, circunstância que justificaria o</p><p>afastamento da incidência da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei de</p><p>Drogas. (STF – Informativo 844)</p><p>A configuração do tráfico privilegiado exige o preenchimento cumulativo dos seguintes requi-</p><p>sitos: a) primariedade; b) bons antecedentes; c) não se dedicar a atividade criminosa; d) não</p><p>integrar organização criminosa. Se o agente preencher estes requisitos, a sua pena (pelo crime</p><p>de tráfico ou equiparado ao tráfico) será diminuída de um sexto a dois terços.</p><p>4.4.1. Substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos no</p><p>caso de tráfico privilegiado</p><p>Para que a pena privativa de liberdade seja substituída pela restritiva de direitos, faz-se ne-</p><p>cessário, entre outros requisitos, que a penalidade efetivamente cominada, pelo julgador, não</p><p>seja superior a 4 (quatro) anos, conforme estabelece o art. 44, I do Código Penal. Portanto, esta</p><p>substituição não será possível para o crime de tráfico de drogas já que estes possuem pena</p><p>mínima de 5 (cinco) anos.</p><p>Ocorre que, estando presentes os requisitos previstos no art. 33, § 4º da Lei de Drogas, a</p><p>pena pelo crime de tráfico, poderá ser diminuída de um sexto a dois terços, podendo, a depen-</p><p>der do caso, ser inferior a 4 (quatro) anos, o que permitiria, em tese, a substituição da pena</p><p>privativa de liberdade pela restritiva de direitos. Diante desta possibilidade, a redação original</p><p>da Lei n. 11.343/2006 proibia expressamente, a ocorrência desta conversão.</p><p>O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Habeas Corpus n. 97.256/RS declarou in-</p><p>constitucional essa vedação. Em que pese seja uma decisão de caráter incidental, o Senado</p><p>Federal aprovou a Resolução n. 05/12, suspendendo a execução da expressão “vedada a con-</p><p>versão em penas restritivas de direitos”, constante do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006.</p><p>Atualmente, será possível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direi-</p><p>tos, no caso de tráfico privilegiado (art. 33, § 4º da Lei de Drogas), desde que haja o preenchi-</p><p>mento das condições previstas no art. 44 do Código Penal.</p><p>4.4.2. Impossibilidade de combinação da Lei n. 11.343/2006 com a Lei n.</p><p>6.368/1976</p><p>Como vimos, a Lei n. 11.343/2006 recrudesceu o tratamento penal dispensado ao trafi-</p><p>cante, quando comparada com a legislação anterior (Lei n. 6.368/1976). Por outro lado, esta</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>28 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>legislação anterior não previa a possibilidade de diminuição de pena (comumente chamada de</p><p>“tráfico privilegiado”) à agente primário, com bons antecedentes, que não se dedica à atividade</p><p>criminosa e nem participa de Organização Criminosa. Neste ponto, portanto, a legislação atual</p><p>é mais benéfica do que a anterior.</p><p>Desta forma, com a entrada em vigor da atual lei de drogas, passou a ser questionado, se</p><p>aquele que praticou o tráfico, sob a égide da lei anterior, poderia ser beneficiado com a causa</p><p>de diminuição de pena da lei atual (art. 33, § 4º), cumulada com a pena da Lei n. 6.368/76, ou</p><p>seja, se poderia haver uma combinação das leis, de forma a beneficiar o réu.</p><p>O STJ entendeu pela impossibilidade desta combinação, ao dispor, na Súmula 501, que:</p><p>Súmula 501 do STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o</p><p>resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do</p><p>que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.</p><p>Assim, de acordo com o STJ, caso o réu tenha cometido o crime de tráfico antes da vigên-</p><p>cia da Lei n. 11.343/2006, mas, por outro lado, preenche os requisitos para a concessão da</p><p>causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º da lei atual, não poderá haver aplicação</p><p>concomitante das duas legislações. Neste caso, será aplicada a lei mais benéfica de forma</p><p>geral, com base na análise do caso concreto. Em outras palavras, não é possível que a Lei atual</p><p>possua uma retroatividade parcial.</p><p>5. Art. 33, § 2º: induzir, instigAr ou AuXiLiAr ALguéM Ao uso indeVido</p><p>de drogA</p><p>O art. 33, § 2º prevê, como crime autônomo, as condutas de “induzir, instigar ou auxiliar</p><p>alguém ao uso indevido de droga”.</p><p>Antes de iniciarmos este assunto, lembre-se que este tipo penal não é um crime equipara-</p><p>do a hediondo!</p><p>Para que o crime previsto no art. 33, § 2º da Lei n. 11.343/2006 seja praticado, é necessá-</p><p>rio que suas condutas (induzir, instigar ou auxiliar) sejam direcionadas a pessoa determinada.</p><p>Assim, não há incidência deste crime quando o agente faz alusão ao uso de drogas de forma</p><p>genérica, para pessoas indeterminadas, esta hipótese, constitui delito de “apologia ao crime”,</p><p>disposto no art. 287 do Código Penal.</p><p>É importante destacar que o STF entendeu pela legitimidade das manifestações públicas a</p><p>favor da legalização do porte de maconha para consumo pessoal (as chamadas “marchas da</p><p>maconha”), com base nos direitos constitucionais de reunião, liberdade de manifestação e de</p><p>expressão.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>29 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribu-</p><p>nal Federal</p><p>em julgar procedente a ação direta para dar ao § 2º do artigo 33 da Lei n.</p><p>11.343/2006 interpretação conforme a Constituição, para dele excluir qualquer signifi-</p><p>cado que enseje a proibição de manifestações e debates públicos acerca da descriminali-</p><p>zação ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser humano</p><p>ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas (STF –</p><p>ADI n. 4.274. Rel. Min Ayres Brito. Julgado em 23/11/2011).</p><p>Vamos, agora, fazer uma análise das características do crime previsto no art. 33, § 2º da</p><p>Lei de Drogas.</p><p>Sujeito Ativo: trata-se de crime comum, que não exige uma qualidade especial do agente,</p><p>podendo, assim, ser cometido por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito Passivo: é a coletividade.</p><p>Objeto Jurídico: o art. 33, § 2º da Lei n. 11.343/2006 busca tutelar o bem jurídico “saúde</p><p>pública”. Importante pontuarmos que estamos diante de um crime de perigo abstrato. Deste</p><p>modo, haverá consumação ainda que a saúde pública (bem jurídico tutelado pela norma) não</p><p>tenha sido efetivamente lesionada ou exposta a perigo de lesão.</p><p>Objeto Material (pessoa ou coisa sob a qual recai a conduta criminosa): a conduta delituo-</p><p>sa recai sobre a droga, aqui entendida como uma das substâncias listadas na Portaria 344 da</p><p>ANVISA, tratando-se, como vimos, de uma norma penal em branco heterogênea.</p><p>Elemento Subjetivo: dolo.</p><p>Consumação: para que haja a consumação faz-se necessário que a pessoa consuma a</p><p>droga. Por se tratar de um crime plurissubsistente, será possível a tentativa quando, por exem-</p><p>plo, o agente realiza as condutas de induzir, auxiliar ou instigar, mas a pessoa não faz uso da</p><p>substância.</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>Pena – este crime está sujeito à pena de “detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de</p><p>100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa”.</p><p>Como a pena máxima ultrapassa 2 (dois) anos, não estamos diante de um crime de menor</p><p>potencial ofensivo, logo, não será cabível a transação penal (art. 76 da Lei n. 9.099/1995). Por</p><p>outro lado, se estiverem presentes os demais requisitos, será possível a aplicação da suspen-</p><p>são condicional do processo, já que a pena mínima não ultrapassa 1 (um) ano.</p><p>6. Art. 33, § 3º oFereCer drogA, eVentuALMente e seM objetiVo de LuCro,</p><p>A pessoA de seu reLACionAMento, pArA juntos A ConsuMireM</p><p>O porte de droga para consumo pessoal constitui crime previsto no art. 28 da Lei n.</p><p>11.343/2006. Por outro lado, se o agente oferecer a droga, gratuitamente, e de forma eventual,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>30 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>a uma pessoa de seu relacionamento, praticará o crime previsto no art. 33, § 3º da mesma lei,</p><p>com pena de “Detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a</p><p>1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28”.</p><p>Como podemos perceber a partir da leitura do tipo penal, a configuração deste crime exige</p><p>a presença de quatro requisitos:</p><p>a) A oferta da droga deve ser eventual: se a oferta for habitual, haverá incidência do crime</p><p>de tráfico de drogas (art. 33, caput). A noção de eventualidade ou habitualidade será</p><p>analisada à luz do caso concreto.</p><p>b) ferta gratuita: se o agente oferecer a substância objetivando lucro ou qualquer contra-</p><p>prestação, incidirá no crime de tráfico de drogas (art. 33, caput).</p><p>c) pessoa a quem a droga é ofertada deve ser do relacionamento do agente: esta outra</p><p>pessoa a quem a droga é ofertada não responde pelo crime do art. 33, § 3º, mas poderá</p><p>responder, a depender do caso, pelo crime de porte de droga para consumo pessoal</p><p>(art.28).</p><p>d) droga deve ser destinada a consumo conjunto: o uso compartilhado da droga constitui</p><p>o dolo específico deste tipo penal. Ou seja, o agente realiza a conduta, de oferecer a</p><p>substância, com a finalidade de compartilhá-la (consumi-la em conjunto). Porém, não</p><p>se faz necessário que este consumo efetivamente ocorra. Em síntese, o objetivo de</p><p>consumo conjunto configura elemento subjetivo específico (dolo especial ou especial</p><p>finalidade no agir), e não pressuposto para a consumação.</p><p>Vamos, agora, fazer uma análise das características do crime previsto no art. 33, § 3º da</p><p>Lei de Drogas.</p><p>Sujeito Ativo: trata-se de crime comum, que não exige uma qualidade especial do agente,</p><p>podendo, assim, ser cometido por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito Passivo: coletividade.</p><p>Objeto Jurídico: o art. 33, § 2º da Lei n. 11.343/2006 busca tutelar o bem jurídico “saú-</p><p>de pública”.</p><p>Objeto Material: (pessoa ou coisa sob a qual recai a conduta criminosa): a conduta deli-</p><p>tuosa recai sobre a droga, aqui entendida como uma das substâncias listadas na Portaria 344</p><p>da ANVISA.</p><p>Elemento Subjetivo: o crime previsto no art. 33, § 3º só poderá ser praticado de forma do-</p><p>losa. Exige-se, ainda, a presença da especial finalidade no agir (dolo específico). Deste modo, o</p><p>agente ofertará a droga a fim de consumi-la em conjunto com a pessoa que recebeu a oferta.</p><p>O dolo específico é, então, o consumo compartilhado da substância.</p><p>Consumação: embora o dolo específico (a finalidade do agente) deva estar presente, a</p><p>consumação do crime ocorrerá independentemente da consecução desta finalidade. Ou seja,</p><p>a consumação ocorre no momento da oferta, ainda que o consumo compartilhado não ocorra.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>31 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>Pena – este crime está sujeito à pena de “Detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pa-</p><p>gamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas</p><p>previstas no art. 28”.</p><p>Ao contrário do que ocorre com o crime de porte de droga para consumo pessoal (art.</p><p>28), a multa, no crime previsto no art. 33, § 3º, tem natureza de penalidade, e não de medida</p><p>coercitiva.</p><p>Estamos diante de um crime de menor potencial ofensivo, já que a pena máxima não ultra-</p><p>passa 2 (dois) anos, logo, será cabível a transação penal (art. 76 da Lei n. 9.099/1995). Do mes-</p><p>mo modo, se estiverem presentes os demais requisitos, também será possível a aplicação da</p><p>suspensão condicional do processo, uma vez que a pena mínima não ultrapassa 1 (um) ano.</p><p>7. Art. 34. FAbriCAr, Adquirir, utiLizAr, trAnsportAr, oFereCer, Vender,</p><p>distribuir, entregAr A quALquer títuLo, possuir, guArdAr ou ForneCer,</p><p>AindA que grAtuitAMente, MAquinário, ApAreLHo, instruMento ou quALquer</p><p>objeto destinAdo à FAbriCAção, prepArAção, produção ou trAnsForMAção</p><p>de drogAs, seM AutorizAção ou eM desACordo CoM deterMinAção LegAL ou</p><p>reguLAMentAr</p><p>Antes de mais nada, é importante lembrarmos que este crime, previsto no art. 34 da Lei n.</p><p>11.343/2006, equipara-se ao crime hediondo.</p><p>A doutrina aponta que este tipo penal é formado por condutas que constituem atos prepa-</p><p>ratórios para o crime de tráfico de drogas. Lembrando que, em regra, os atos preparatórios não</p><p>são puníveis. Neste caso, porém, estes atos constituem crime autônomo.</p><p>Se, por exemplo, o policial encontrar maquinário, instrumento e ou qualquer outro arsenal des-</p><p>tinado à produção de drogas. mas, não encontrar a droga em si, o sujeito ativo responderá pelo</p><p>crime previsto no art. 34 da Lei n. 11.343/2006, submetido à pena de “reclusão, de 3 (três) a 10</p><p>(dez) anos, e pagamento de</p><p>1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa”.</p><p>Contudo, se, no mesmo contexto fático, forem encontrados, além dos maquinários e arte-</p><p>fatos, a própria droga, o delito previsto no art. 34, por se tratar de crime-meio, será absorvido</p><p>pelo crime de tráfico (art. 33), ocorrendo, assim, a consunção. Neste sentido, vamos analisar o</p><p>entendimento do STJ:</p><p>DIREITO PENAL. ABSORÇÃO DO CRIME DE POSSE DE MAQUINÁRIO PELO CRIME DE TRÁ-</p><p>FICO DE DROGAS. Responderá apenas pelo crime de tráfico de drogas – e não pelo men-</p><p>cionado crime em concurso com o de posse de objetos e maquinário para a fabricação</p><p>de drogas, previsto no art. 34 da Lei n. 11.343/2006 – o agente que, além de preparar</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>32 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>para venda certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência, mantiver, no mesmo</p><p>local, uma balança de precisão e um alicate de unha utilizados na preparação das subs-</p><p>tâncias. De fato, o tráfico de maquinário visa proteger a saúde pública, ameaçada com a</p><p>possibilidade de a droga ser produzida, ou seja, tipifica-se conduta que pode ser conside-</p><p>rada como mero ato preparatório. Portanto, a prática do crime previsto no art. 33, caput,</p><p>da Lei de Drogas absorve o delito capitulado no art. 34 da mesma lei, desde que não</p><p>fique caracterizada a existência de contextos autônomos e coexistentes aptos a vulne-</p><p>rar o bem jurídico tutelado de forma distinta. Na situação em análise, não há autonomia</p><p>necessária a embasar a condenação em ambos os tipos penais simultaneamente, sob</p><p>pena de bis in idem. STJ – REsp 1.196.334-PR, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado</p><p>em 19/9/2013. (Informativo 531)</p><p>Trata-se de um tipo penal misto alternativo, logo, a realização de mais de uma das suas</p><p>condutas, dentro de um mesmo contexto fático e em relação ao mesmo objeto material, con-</p><p>figurará apenas um crime.</p><p>Sujeito Ativo: trata-se de crime comum, logo, poderá ser cometido por qualquer pessoa,</p><p>não se exigindo uma qualidade especial do agente.</p><p>Sujeito Passivo: coletividade.</p><p>Objeto Jurídico: o bem jurídico tutelado por este tipo penal é a saúde pública.</p><p>Objeto Material (pessoa ou coisa sob a qual recai a conduta criminosa): este tipo penal</p><p>recairá sobre o maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação,</p><p>preparação, produção ou transformação de drogas.</p><p>Elemento Subjetivo: este crime só poderá ser praticado de forma dolosa, devendo, assim,</p><p>estar presentes o binômio “consciência e vontade”. Exige-se, ainda, a presença do dolo especí-</p><p>fico (especial finalidade no agir), já que as condutas são praticadas objetivando a fabricação,</p><p>preparação, produção ou transformação de drogas.</p><p>Consumação: trata-se de crime formal, logo sua consumação ocorrerá com a realização de</p><p>qualquer das condutas descritas em seu tipo, não se exigindo, assim, a produção do resultado</p><p>naturalístico. Assim, não é necessária a ocorrência de efetiva fabricação, preparação, produ-</p><p>ção ou transformação de drogas.</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000</p><p>(dois mil) dias-multa.</p><p>Como a pena máxima ultrapassa os 2 (dois) anos, não estamos diante de uma infração</p><p>penal de menor potencial ofensivo. Portanto, não será cabível a transação penal (art. 76 da Lei</p><p>n. 9.099/1995).</p><p>Como a pena mínima ultrapassa 1 (ano), também não será possível a suspensão condicio-</p><p>nal do processo (art. 89 da Lei n. 9.099/1995).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>33 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>8. Art. 35. AssoCiAção pArA o tráFiCo: AssoCiAreM-se duAs ou MAis pes-</p><p>soAs pArA o FiM de prAtiCAr, reiterAdAMente ou não, quALquer dos CriMes</p><p>preVistos nos Arts. 33, CAput e § 1º, e 34 destA Lei</p><p>Antes de iniciarmos nossos comentários sobre o art. 35 da Lei n. 11.343/2006, é impor-</p><p>tante destacarmos, novamente, que não estamos diante de um crime equiparado a hediondo!!</p><p>O art. 44 da Lei n. 11.342/2005 prevê um tratamento recrudescido para o crime de asso-</p><p>ciação para o tráfico, a exemplo da inafiançabilidade, impossibilidade de concessão de sursis,</p><p>graça, indulto ou anistia e exigência de cumprimento de 2/3 (dois terços) da pena como requi-</p><p>sito objetivo para o livramento condicional.</p><p>Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insus-</p><p>cetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas</p><p>em restritivas de direitos.</p><p>Porém, estas disposições mais gravosas, não torna, este crime, equiparado a hediondo!</p><p>Neste sentido, o STJ, na Jurisprudência em Teses n. 131 estabelece que:</p><p>A despeito de não ser considerado hediondo, o crime de associação para o tráfico, no que</p><p>se refere à concessão do livramento condicional, deve, em razão do princípio da especia-</p><p>lidade, observar a regra estabelecida pelo art. 44, parágrafo único, da Lei n. 11.343/2006:</p><p>cumprimento de 2/3 (dois terços) da pena e vedação do benefício ao reincidente especí-</p><p>fico (STJ – Jurisprudência em Teses n. 131. Item 53).</p><p>Outro ponto que merece ser comentado desde já, diz respeito à diferença entre o crime em</p><p>comento (associação para o tráfico), associação criminosa (art. 288, CP 35) e de organização</p><p>criminosa (art. 1º, § 1º, Lei n. 12.850/2013 36).</p><p>O artigo 35 da Lei de Drogas prevê o crime de associação para o tráfico, que exige dois</p><p>requisitos para sua ocorrência:</p><p>a) Associação de duas ou mais pessoas: trata-se de um crime plurissubjetivo (ou de con-</p><p>curso necessário), que exige a participação de duas ou mais pessoas para a sua con-</p><p>sumação.6</p><p>b) Finalidade de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts.</p><p>33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: este requisito constitui a finalidade dos agentes, ou seja,</p><p>o dolo específico (ou elemento subjetivo específico).</p><p>6 Desde já podemos perceber a diferença entre este delito e os de associação criminosa (art. 288, CP 35) e organização cri-</p><p>minosa (art. 1º, § 1º, Lei n. 12.850/2013 36): O crime de associação criminosa exige a participação mínima de três pessoas,</p><p>o de organização criminosa exige a presença de quatro agentes, já o crime de associação para o tráfico se consuma com</p><p>apenas dois associados</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>34 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Portanto, o crime de associação para o tráfico exige a presença de duas ou mais pessoas</p><p>que se reúnam com a finalidade específica de praticar crimes relacionados às drogas, previs-</p><p>tos no art. 33, caput e § 1º e art. 34.</p><p>Perceba que estamos diante de um crime autônomo, logo, a finalidade da associação po-</p><p>derá, ou não ocorrer. Caso os agentes consigam realizar seus objetivos (praticando os delitos</p><p>previstos no art. 33, caput e § 1º e art. 34), estaremos diante de concurso material de infrações</p><p>penais, não sendo possível haver absorção de um</p><p>crime pelo outro.</p><p>Em razão disso, o STJ entende que, na hipótese de concurso material entre os crimes de</p><p>associação para o tráfico e de tráfico de drogas, a aplicação simultânea das majorantes pre-</p><p>vistas no art. 40 da Lei de Drogas, não configura bis in idem, já que estamos falando de dois</p><p>delitos autônomos.</p><p>Não acarreta bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 40 da</p><p>Lei n. 11. 343/2006 aos crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de tráfico,</p><p>porquanto são delitos autônomos, cujas penas devem ser calculadas e fixadas separada-</p><p>mente (STJ – Jurisprudência em Teses n. 131. Item 36).</p><p>O STJ estabelece que: “Para a configuração do crime de associação para o tráfico de dro-</p><p>gas, previsto no art. 35 da Lei n. 11.343/2006, é irrelevante apreensão de drogas na posse</p><p>direta do agente”. (STJ – Jurisprudência em Teses 131)</p><p>Esta associação de duas ou mais pessoas deverá ser caracterizada pela estabilidade e per-</p><p>manência!! Assim, a reunião ocasional de dois ou mais agentes, para a prática de infrações</p><p>penais relacionadas às drogas, caracterizará mero concurso de pessoas, não havendo de se</p><p>falar, neste caso, em incidência do art. 35 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>1. Para a configuração do delito de associação para o tráfico de drogas, é necessário</p><p>o dolo de se associar com estabilidade e permanência, sendo que a reunião de duas</p><p>ou mais pessoas sem o vínculo subjetivo não se subsume ao tipo do art. 35 da Lei n.</p><p>11.343/2006. Trata-se, portanto, de delito de concurso necessário. (STJ – AgRg no HC</p><p>541.979/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 13/04/2020, DJe</p><p>17/04/2020 – Grifo nosso).</p><p>Note bem: a associação deverá ser estável e permanente. Contudo, os crimes objetivados</p><p>por esta associação não necessitam ser praticados de forma reiterada. Ou seja, é possível que</p><p>duas ou mais pessoas se associem (com estabilidade e permanência) para a prática eventual</p><p>dos crimes previstos no art. 33, caput e § 1º e art. 34 da Lei de Drogas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>35 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Sujeito Ativo: trata-se de crime comum (que poderá ser praticado por qualquer pessoa) e</p><p>plurissubjetivo (ou de concurso necessário), exigindo a presença de dois ou mais agentes.</p><p>Sujeito Passivo: coletividade.</p><p>Objeto Jurídico: o bem jurídico tutelado por este tipo penal é a saúde pública.</p><p>Elemento Subjetivo: este crime só poderá ser praticado de forma dolosa. Exige-se, ain-</p><p>da, a presença do dolo específico (especial finalidade no agir), já que a conduta é realizada</p><p>objetivando a prática, de forma reiterada ou não, dos crimes previstos no art. 33, caput, e</p><p>§ 1º, e 34.</p><p>Consumação: ocorrerá a consumação do crime quando houver a associação (com estabi-</p><p>lidade e permanência) de, pelo menos, duas pessoas, com a finalidade de praticar os crimes</p><p>previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 da Lei n. 11.343/2006. Lembrando que o dolo especí-</p><p>fico destes agentes poderá, ou não, ocorrer. Caso ocorra, haverá concurso material de crimes!</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>9. Art. 36. FinAnCiAr ou CusteAr A prátiCA de quALquer dos CriMes pre-</p><p>Vistos nos Arts. 33, CAput e § 1º, e 34 destA Lei</p><p>Trata-se de crime equiparado a hediondo!</p><p>Por ser um tipo penal misto alternativo, a realização de mais de uma das condutas previs-</p><p>tas em seu texto, dentro de um mesmo contexto fático e em relação ao mesmo objeto material,</p><p>acarretará um único crime.</p><p>9.1. reALizAção dAs CondutAs desCritAs no Art. 36 juntAMente CoM A</p><p>pArtiCipAção diretA no CriMe de tráFiCo de drogAs</p><p>Primeiramente, é importante mencionarmos que o art. 40 da Lei n. 11.343/2006 traz al-</p><p>gumas hipóteses de aumento de pena aos crimes dispostos entre seus arts. 33 a 37. Dentre</p><p>estas causas, destacamos a de “financiar ou custear a prática do crime”.</p><p>Perceba que, no tipo penal do art. 36, o agente realiza as condutas de “custear e financiar”</p><p>crimes relacionados às drogas, sem participar, diretamente, d delitos. Neste sentido, o STJ</p><p>estabelece que:</p><p>O legislador, ao prever como delito autônomo a atividade de financiar ou custear o trá-</p><p>fico (art. 36 da Lei n. 11.343/2006), objetivou – em exceção à teoria monista – punir</p><p>o agente que não tem participação direta na execução no tráfico, limitando-se a for-</p><p>necer dinheiro ou bens para subsidiar a mercancia, sem importar, exportar, remeter,</p><p>preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,</p><p>transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou for-</p><p>necer drogas ilicitamente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>36 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>De acordo com o STJ, não haverá incidência do art. 36 nas hipóteses em que este agente</p><p>“custeia ou financia” e, também, participa diretamente do crime de tráfico. Neste caso, ele res-</p><p>ponderá pelo crime do art. 33 acrescido à causa de aumento de pena previsto no art. 40, VII da</p><p>Lei n. 11.343/2006 (aplicável ao agente que “financiar ou custear a prática do crime”).</p><p>O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição</p><p>de drogas deve responder pelo crime previsto no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 com</p><p>a incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, VII, da Lei n. 11.343/2006,</p><p>afastando-se, por conseguinte, a conduta autônoma prevista no art. 36 da referida legis-</p><p>lação (STJ – Jurisprudência em Teses n. 131.).</p><p>O mesmo ocorre em relação ao “autofinanciamento”. Assim, o agente que financia o tráfico</p><p>realizado por ele mesmo, não responderá pelo crime do art. 36, e sim pelo crime de tráfico com</p><p>incidência da causa de aumento de pena do art. 40, VII da Lei n. 11.343/2006, como podemos</p><p>observar no seguinte julgado:</p><p>Na hipótese de autofinanciamento para o tráfico ilícito de drogas, não há concurso mate-</p><p>rial entre os crimes de tráfico (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006) e de financiamento</p><p>ao tráfico (art. 36), devendo, nessa situação, ser o agente condenado às penas do crime</p><p>de tráfico com incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, VII (STJ –</p><p>Resp 1.290. 296 – PR. Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 17/12/2013).</p><p>Não haverá incidência do art. 36 quando este for praticado juntamente com o tipo penal do art.</p><p>33. Nestes casos, o agente responderá pelo crime de tráfico acrescido à causa de aumento de</p><p>pena do art. 40, VII da Lei n. 11.343/2006.</p><p>Feitas estas primeiras observações, vamos para análise das demais características deste</p><p>dispositivo.</p><p>Sujeito Ativo: trata-se de crime comum, que não exige uma qualidade especial do agente,</p><p>podendo, assim, ser cometido por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito Passivo: coletividade.</p><p>Objeto Jurídico: o bem jurídico tutelado por este tipo penal é a saúde pública.</p><p>Objeto Material: o crime previsto no art. 36 recairá sobre a droga.</p><p>Elemento Subjetivo: este tipo penal só poderá ser praticado de forma dolosa, devendo,</p><p>assim, estar presentes o binômio “consciência e vontade” de financiar ou custear a prática dos</p><p>crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 da Lei de Drogas. Porém, não se exige a pre-</p><p>sença de dolo específico (especial finalidade no agir). Perceba que o a redação do art. 36 não</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome</p><p>do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>37 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>faz menção ao objetivo de obter lucros, logo, não podemos falar que este seria um elemento</p><p>subjetivo específico.</p><p>Consumação: a maior parte da doutrina entende que o tipo penal do art. 36 é habitual (ou</p><p>seja, exige a realização de práticas reiteradas de custeio e financiamento). Assim, quando as</p><p>condutas de “financiar e custear” são praticadas de forma isolada, não haveria incidência do</p><p>art. 36, e sim a participação em crime de tráfico, acrescido da causa de aumento de pena pre-</p><p>vista no art. 40, inciso VII.</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>Pena – a pena prevista para o crime é de “reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamen-</p><p>to de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa”. Portanto, não estamos diante</p><p>de uma infração penal de menor potencial ofensivo, motivo pelo qual não é cabível a transação</p><p>penal. Como a pena mínima ultrapassa 1 (um) ano, também não será cabível a suspensão</p><p>condicional do processo.</p><p>10. Art. 37. CoLAborAr, CoMo inForMAnte, CoM grupo, orgAnizAção ou</p><p>AssoCiAção destinAdos à prátiCA de quALquer dos CriMes preVistos nos</p><p>Arts. 33, CAput e § 1º, e 34 destA Lei</p><p>Na conduta descrita no art. 37, o agente não é membro da associação para tráfico ou orga-</p><p>nização criminosa. Neste sentido, o STJ entendeu que</p><p>A norma incriminadora do art. 37 da Lei n. 11.343/2006 tem como destinatário o agente</p><p>que colabora como informante com grupo (concurso eventual de pessoas), organização</p><p>criminosa (art. 2º da Lei 12.694/2012) ou associação (art. 35 da Lei n. 11.343/2006,</p><p>desde que não tenha ele qualquer envolvimento ou relação com as atividades daquele</p><p>grupo, organização criminosa ou associação para os quais atua como informante). Se</p><p>a prova indica que o agente mantém vínculo ou envolvimento com esses grupos, conhe-</p><p>cendo e participando de sua rotina, bem como cumprindo sua tarefa na empreitada</p><p>comum, a conduta não se subsume ao tipo do art. 37 da Lei de Tóxicos, mas sim pode</p><p>configurar outras figuras penais, como o tráfico ou a associação, nas modalidades auto-</p><p>ria e participação, ainda que a função interna do agente seja a de sentinela, fogueteiro</p><p>ou informante. (STJ – HC 224.849/RJ, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma,</p><p>julgado em 11/06/2013, DJe 19/06/2013).</p><p>Importante destacar, também, que não se exige habitualidade para a consumação</p><p>deste delito.</p><p>Antes do advento da Lei n. 11.343/2006, a pessoa que praticava a conduta de “fogueteiro”</p><p>(que solta fogos para avisar os traficantes acerca da presença da polícia no local) respondia</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>38 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>pelo crime de tráfico ilícito de drogas. Atualmente, o STF entende que este agente estará sub-</p><p>metido ao tratamento penal conferido pelo art. 37 da atual legislação, uma vez que atua na</p><p>condição de informante.</p><p>Obviamente, esta incidência dependerá da análise do caso concreto, uma vez que, se este</p><p>sujeito fizer parte da associação criminosa, enquanto membro permanente e estável, será pos-</p><p>sível a incidência do art. 35 da Lei.</p><p>1. A conduta do “fogueteiro do tráfico”, antes tipificada no art. 12, § 2º, da Lei n. 6.368/1976,</p><p>encontra correspondente no art. 37 da Lei que a revogou, a Lei n. 11.343/2006, não</p><p>cabendo falar em abolitio criminis (STF – HC 106.155/RJ. Rel Min Marco Aurélio. Julgado</p><p>em 04/10/2011).</p><p>Sujeito Ativo: trata-se de crime comum, que poderá ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito Passivo: coletividade.</p><p>Objeto Jurídico (bem jurídico tutelado pela norma): saúde pública.</p><p>Elemento Subjetivo: este crime só poderá ser praticado de forma dolosa. Porém, não se</p><p>exige a presença de uma finalidade pretendida pelo agente. Ou seja, não há exigência de dolo</p><p>específico (também chamado de elemento subjetivo específico).</p><p>Consumação: o crime se consuma com a realização da conduta de “colaborar como infor-</p><p>mante”. Não é necessário que esta colaboração seja habitual. Também não é necessário que o</p><p>grupo, organização ou associação pratique, efetivamente, as condutas relacionadas ao tráfico.</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (sete-</p><p>centos) dias-multa. Portanto, não estamos diante de uma infração penal de menor potencial</p><p>ofensivo (já que sua pena máxima é superior a 2 anos), motivo pelo qual não é cabível a transa-</p><p>ção penal. Como a pena mínima ultrapassa 1 (um) ano, também não será cabível a suspensão</p><p>condicional do processo.</p><p>11. CAusAs de AuMento de penA pArA os CriMes preVistos entre os Arts.</p><p>33 A 37</p><p>O art. 40 da Lei n. 11.343/2006 prevê causas de aumento de pena aplicáveis aos crimes</p><p>previstos nos art. 33 a 37.</p><p>Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se:</p><p>I – a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato</p><p>evidenciarem a transnacionalidade do delito;</p><p>II – o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de</p><p>educação, poder familiar, guarda ou vigilância;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>39 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>III – a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais,</p><p>de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, espor-</p><p>tivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou</p><p>diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinser-</p><p>ção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;</p><p>IV – o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qual-</p><p>quer processo de intimidação difusa ou coletiva;</p><p>V – caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;</p><p>VI – sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer</p><p>motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;</p><p>VII – o agente financiar ou custear a prática do crime.</p><p>1. Art. 40, I – A natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as cir-</p><p>cunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;</p><p>Em razão da transnacionalidade, estes crimes serão de competência da Justiça Federal</p><p>do local de apreensão da droga, conforme prevê o art. 70 da Lei de Drogas juntamente com a</p><p>Súmula 528 do STJ, que assim dispõe:</p><p>Súmula 528, STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do</p><p>exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.</p><p>A Súmula 607 do STJ no informa que, esta causa de aumento de pena incidirá com a</p><p>mera pretensão de ingressar, ou sair, com a droga do país, ainda que esta pretensão não se</p><p>concretize.</p><p>Súmula 607 do STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas</p><p>(artigo 40, inciso I,</p><p>da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas,</p><p>ainda que não consumada a transposição de fronteiras.</p><p>2. Art. 40, II – O agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desem-</p><p>penho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;</p><p>3. Art. 40, III – A infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabe-</p><p>lecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,</p><p>culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos</p><p>onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento</p><p>de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em</p><p>transportes públicos;</p><p>Esta causa de aumento de pena, para os crimes previstos entre os arts. 33 a 37 da Lei de</p><p>Drogas, será aplicada em razão da localidade em que o delito é praticado (dependências ou</p><p>mediações de prisões, hospitais, instituições de ensino etc.)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>40 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>O STJ entende que esta causa de aumento de pena possui natureza objetiva, e esta-</p><p>belece que:</p><p>A causa de aumento de pena prevista no inciso III do art. 40 da Lei de Drogas possui natu-</p><p>reza objetiva e se aplica em função do lugar do cometimento do delito, sendo despicienda</p><p>a comprovação efetiva do tráfico nos locais e nas imediações mencionados no inciso ou</p><p>que o crime visava a atingir seus frequentadores.” (STJ – Jurisprudência em Teses 131,</p><p>n. 40).</p><p>Em relação ao transporte público, a jurisprudência do STJ entende que a majorante só será</p><p>aplicável se o agente tiver realizado oferta ou comercialização da droga no veículo.</p><p>Para a caracterização da causa de aumento de pena do art. 40, III, da Lei n. 11.343/2006,</p><p>é necessária a efetiva oferta ou a comercialização da droga no interior de veículo público,</p><p>não bastando, para a sua incidência, o fato de o agente ter se utilizado dele como meio de</p><p>locomoção e de transporte da substância ilícita. (STJ – Jurisprudência em Teses, n. 131).</p><p>4. Art. 40, IV – O crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de</p><p>arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;</p><p>Perceba que esta majorante exige que a violência, grave ameaça ou emprego de arma de</p><p>fogo produzam intimidação difusa ou coletiva. Portanto, não haverá incidência do art. 40, IV</p><p>quando, por exemplo, o agente é encontrado com drogas e armas escondidas, uma vez que,</p><p>nestes casos, não podemos falar em intimidação difusa ou coletiva. Nesta hipótese, ele res-</p><p>ponderá pelo crime do Estatuto do Desarmamento, e pelo tráfico de drogas, sem a causa de</p><p>aumento de pena.</p><p>Discute-se, ainda, a possibilidade de haver concurso de crimes entre os arts. 33 a 37 da</p><p>Lei de Drogas (aplicados com a causa de aumento de pena do art. 40, IV) e os crimes de porte</p><p>ilegal de arma de fogo de uso permitido ou proibido (previstos nos arts 14 e 16, § 2º da Lei n.</p><p>10.826/2003).</p><p>A jurisprudência tem entendido ser possível o concurso de crimes nestas hipóteses, desde</p><p>que a arma seja empregada para produzir intimidação difusa ou coletiva. De acordo com este</p><p>entendimento, tais casos não configuram bis in idem, já que a Lei de Drogas e o Estatuto do</p><p>Desarmamento tutelam bens jurídicos diferentes (a primeira tutela a saúde pública e o outro a</p><p>segurança pública).</p><p>Assim, responderá pelos crimes previstos no art. 33, caput da lei de drogas, (com a causa</p><p>de aumento de pena do art. 40, IV), juntamente com o crime do art. 16 da Lei n. 10.826, o agen-</p><p>te que, por exemplo, praticar tráfico de drogas utilizando arma de fogo de uso proibido para</p><p>produzir intimidação coletiva.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>41 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>5. Art. 40, V – Caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Dis-</p><p>trito Federal;</p><p>Embora este inciso faça menção apenas ao crime de tráfico (art. 33), não esqueça que as</p><p>causas de aumento de pena aqui estudadas incidem sobre os crimes previstos nos arts. 33 a</p><p>37 da Lei de Drogas.</p><p>Assim como ocorre com o art. 40, I (que discorre sobre a finalidade transnacional das con-</p><p>dutas criminosas), o STJ, na Súmula 587, entende que a causa de aumento de pena do art. 40,</p><p>V se aplica quando for comprovado que a droga era destinada a outra unidade da federação,</p><p>ainda que a transposição não tenha sido efetivamente concretizada.</p><p>Súmula 587 do STJ: Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei n.</p><p>11.343/2006, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da Fede-</p><p>ração, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico inte-</p><p>restadual.</p><p>O STJ também entende ser possível a aplicação cumulativa das causas de aumento de</p><p>pena previstas no art. 40, I e V, relativas, respectivamente, à transnacionalidade e interestadua-</p><p>lidade da droga, ao dispor que</p><p>É cabível a aplicação cumulativa das causas de aumento relativas à transnacionalidade</p><p>e à interestadualidade do delito, previstas nos incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas,</p><p>quando evidenciado que a droga proveniente do exterior se destina a mais de um estado</p><p>da Federação, sendo o intuito dos agentes distribuir o entorpecente estrangeiro por mais</p><p>de uma localidade do país (STJ – Jurisprudência em Teses n. 131).</p><p>Por fim, perceba que não há causa de aumento de pena os crimes de tráfico de drogas</p><p>quando este for praticado de forma intermunicipal, pouco importando a distância percorrida</p><p>entre os municípios ou a quantidade de droga transportada.</p><p>6. Art. 40, VI – Sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a</p><p>quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e</p><p>determinação</p><p>Nesta majorante, a conduta criminosa do agente (nos crimes previstos no art. 33 a 37 da</p><p>Lei de Drogas) envolve:</p><p>a) criança ou adolescente (assim definidos no art. 2º do ECA), ou</p><p>b) pessoa que tiver a capacidade de entendimento e autodeterminação diminuída</p><p>c) ou suprimida por qualquer motivo: Neste caso, não é necessário demonstrar que a pes-</p><p>soa é portadora de doença ou incapacidade mental, basta provar a diminuição ou supressão</p><p>de sua capacidade de entendimento e autodeterminação. Esta prova, por sua vez, não será</p><p>realizada apenas por meio de perícia e deverá ser analisada em cada caso concreto.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>42 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>A majorante do art. 40, VI será aplicada quando estas pessoas atuarem no crime, (junta-</p><p>mente com o criminoso), ou quando forem destinatárias da conduta criminosa (ex.: vender</p><p>drogas a crianças ou adolescentes).</p><p>O menor de idade poderá ser membro de associação criminosa para tráfico. Nesta hipóte-</p><p>se, será configurado o crime do art. 35, havendo, ainda, incidência</p><p>da majorante prevista no art.</p><p>40, VI, como prevê entendimento do STJ:</p><p>A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação</p><p>para o tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento</p><p>do art. 40, VI, da Lei n. 11.343/2006. (STJ – HC 250.455-RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 6ª</p><p>Turma, julgado em 17/12/2015, DJe 5/2/2016 – Info 576)</p><p>7. Art. 40, VII – O agente financiar ou custear a prática do crime.</p><p>Como vimos, esta causa de aumento de pena não é aplicável ao crime previsto no art. 36</p><p>da Lei de Drogas, já que as condutas de “financiar ou custear a prática dos crimes previstos</p><p>nos arts. 33, caput e § 1º, e 34”, constituem a essência do tipo penal, logo, a aplicação da ma-</p><p>jorante, neste caso, configuraria bis in idem.</p><p>12. Art. 38. presCreVer ou MinistrAr, CuLposAMente, drogAs, seM que</p><p>deLAs neCessite o pACiente, ou FAzê-Lo eM doses eXCessiVAs ou eM desA-</p><p>Cordo CoM deterMinAção LegAL ou reguLAMentAr</p><p>Estas condutas só poderão ser realizadas por profissionais de saúde devidamente habilita-</p><p>dos e em exercício de sua atividade profissional. Consiste, assim, em um crime próprio, já que</p><p>exige uma qualidade especial do agente.</p><p>Este crime só poderá ser praticado de forma culposa (por imprudência, negligência ou</p><p>imperícia daquele que realizou as condutas). Se o agente prescrever ou ministrar as drogas de</p><p>forma dolosa, incorrerá no crime de tráfico, previsto no art. 30, caput, da Lei n. 11.343/2006.</p><p>Como efeito da condenação, “O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da</p><p>categoria profissional a que pertença o agente” (art. 38, parágrafo único).</p><p>Não é um crime equiparável ao hediondo! E não se aplica, a este, as vedações do art. 44</p><p>da Lei n. 11.343/2006. Portanto, trata-se de crime afiançável, suscetível de sursis, graça, in-</p><p>dulto, anistia e liberdade provisória, sendo possível a conversão de suas penas em restritivas</p><p>de direitos.</p><p>A ação Penal será Pública Incondicionada, assim como os demais delitos previstos na Lei</p><p>de Drogas.</p><p>A pena, por sua vez, será de “detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de</p><p>50 (cinquenta) a 200 (duzentos) dias-multa”. Trata-se de um crime de menor potencial ofensivo</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>43 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>(uma vez que sua pena máxima não ultrapassa 2 anos). Logo, é cabível a transação penal. É</p><p>possível, também, a aplicação da suspensão condicional do processo (já que a pena mínima</p><p>não é superior a 1 ano).</p><p>O crime previsto no art. 38 é próprio e só poderá ser realizado de forma culposa. Não é equi-</p><p>parável a hediondo.</p><p>13. Art. 39. Conduzir eMbArCAção ou AeronAVe Após o ConsuMo de dro-</p><p>gAs, eXpondo A dAno potenCiAL A inCoLuMidAde de outreM</p><p>Perceba que este artigo faz menção à condução de embarcações ou aeronaves após o</p><p>consumo de drogas. Logo, em respeito ao princípio da legalidade estrita, não haverá incidência</p><p>da Lei n. 11.343/2006 caso o sujeito conduza veículo automotor, após a ingestão de drogas.</p><p>Neste caso, será aplicável o art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro.</p><p>A caracterização do crime não exige que o agente esteja com estado de consciência al-</p><p>terado ou embriaguez, bastando, apenas, que ele tenha consumido drogas antes de conduzir</p><p>embarcação ou aeronave.</p><p>Elemento Subjetivo: Este crime só poderá ser praticado de forma dolosa, consistente na</p><p>vontade consciente de conduzir a embarcação ou aeronave após o consumo de drogas. Não</p><p>se exige a presença de uma especial finalidade no agir (dolo específico).</p><p>Consumação: O crime se consuma quando o agente conduz a embarcação ou aeronave,</p><p>após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>Pena – Detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassa-</p><p>ção da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de</p><p>liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.</p><p>13.1. quALiFiCAdorA do CriMe preVisto no Art. 39: se destinAr A</p><p>trAnsporte CoLetiVo de pAssAgeiros</p><p>O parágrafo único do art. 39 estabelece que:</p><p>As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6</p><p>(seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput</p><p>deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.</p><p>Portanto, o crime previsto no art. 39 será qualificado se a embarcação ou aeronave se des-</p><p>tinar a transporte coletivo de passageiros.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>44 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>14. CoLAborAção preMiAdA (Art. 41)</p><p>O art. 41 da Lei de Drogas prevê a colaboração premiada ao dispor que:</p><p>Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o pro-</p><p>cesso criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total</p><p>ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois ter-</p><p>ços.</p><p>Momento: a colaboração poderá ocorrer na fase de investigação ou durante o processo,</p><p>devendo ser voluntária.</p><p>Benefício: redução da pena de um a dois terços.</p><p>Resultados: para a obtenção do benefício, é necessário que esta colaboração seja efeti-</p><p>va, gerando:</p><p>a) Identificação dos demais coautores ou partícipes ou</p><p>b) Recuperação total ou parcial do produto do crime.</p><p>Caso seja efetiva, a diminuição da pena será obrigatória. Assim, o condenado terá sua pena</p><p>reduzida de um terço a dois terços.</p><p>Lembre-se de que a colaboração premiada não constitui meio de prova e sim meio de ob-</p><p>tenção de prova!</p><p>Se os envolvidos nos delitos da Lei n. 11.343/2011 formarem uma organização crimino-</p><p>sa, as disposições previstas na Lei n. 12.850/2013, no que se refere à colaboração premiada,</p><p>poderão ser aplicadas. Em relação aos benefícios, por exemplo, além da diminuição da pena</p><p>(em até dois terços), o colaborador poderá ser beneficiado, também, pela substituição da pena</p><p>privativa de liberdade pela restritiva de direitos e, até mesmo, pelo perdão judicial.</p><p>15. CirCunstânCiAs judiCiAis pArA A ApLiCAção dA penA (Art. 42)</p><p>O art. 42 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que:</p><p>Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do</p><p>Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta</p><p>social do agente.</p><p>Este artigo 42 trata sobre as circunstâncias judiciais, a serem analisadas na primeira fase</p><p>de dosimetria da pena. Há sete circunstâncias previstas no art. 59 do Código Penal. Além des-</p><p>tas, o art. 42 da Lei de Drogas prevê mais duas, a serem analisadas pelo juiz: a natureza e a</p><p>quantidade da substância ou do produto.</p><p>Portanto, no que se refere à Lei de Drogas, o magistrado deverá analisar 9 circunstâncias</p><p>judiciais, na primeira fase de dosimetria da pena:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>45 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006</p><p>- Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>1) Antecedentes;</p><p>2) Conduta social;</p><p>3) Personalidade;</p><p>4) Circunstâncias do crime;</p><p>5) Motivos do crime;</p><p>6) Consequências do crime;</p><p>7) Comportamento da vítima;</p><p>8) Quantidade da droga (art. 42 da Lei n. 11.343/2006);</p><p>9) Natureza da droga (art. 42 da Lei n. 11.343/2006).</p><p>Entretanto, estas circunstâncias judiciais não são valoradas de maneira igual. Isto porque,</p><p>de acordo com o art. 42 da Lei n. 11.343/2006, o juiz deverá considerar 4 delas como prepon-</p><p>derantes, sobre as demais:</p><p>a) a natureza da substância ou produto;</p><p>b) a quantidade da substância ou produto;</p><p>c) a personalidade do agente;</p><p>d) a conduta social do agente.</p><p>Não devemos confundir “natureza e quantidade” (critérios de fixação da pena) com a aná-</p><p>lise da pureza da substância. Neste sentido, o STJ entende que “Para fins de fixação da pena,</p><p>não há necessidade de se aferir o grau de pureza da substância apreendida uma vez que o art.</p><p>42 da Lei de Drogas estabelece como critérios “a natureza e a quantidade da substância”. (Ju-</p><p>risprudência em Teses 131, n. 44).</p><p>16. FiXAção dA penA de MuLtA nos CriMes preVistos nos Arts. 33 A 39</p><p>dA Lei n. 11.343/2006</p><p>De antemão, é importante lembrar que a multa, no crime de porte de droga para uso pesso-</p><p>al (art. 28), não tem natureza de penalidade, sendo medida coercitiva, de natureza excepcional,</p><p>a ser aplicada em caso de novo descumprimento da pena, mesmo após a admoestação ver-</p><p>bal do juiz.</p><p>Já as penas previstas nos art. 33 a 39, possuem caráter de penalidade e sua aplicação se</p><p>submete às regras contidas no art. 43 da Lei n. 11.434/2006:</p><p>Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que</p><p>dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as</p><p>condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco)</p><p>vezes o maior salário-mínimo.</p><p>Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre cumulati-</p><p>vamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado,</p><p>considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>46 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Assim, na fixação da multa o juiz deverá seguir duas etapas. Na primeira ele irá fixar a quan-</p><p>tidade de dias-multa. Na segunda etapa, ele irá mensurar o valor de cada dia-multa, (tendo, por</p><p>base, as condições econômicas dos acusados), este valor deverá variar entre um trinta avos a</p><p>cinco salários-mínimos.</p><p>Havendo concurso de crimes as multas serão impostas cumulativamente.</p><p>O julgador pode elevar a pena de multa ao décuplo, em virtude da situação econômica</p><p>do acusado.</p><p>17. VedAções preVistAs no Art. 44 dA Lei n. 11.343/2006</p><p>O art. 44 da Lei n. 11.343/2006 prevê um tratamento mais recrudescido aos crimes pre-</p><p>vistos no art. 33, caput e § 1º, e arts. 34 a 37. Como podemos observar com a leitura de</p><p>sua redação:</p><p>Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insus-</p><p>cetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas</p><p>em restritivas de direitos.</p><p>Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após</p><p>o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.</p><p>Como vimos, os crimes enumerados no art. 44, caput, são equiparados a hediondos, à</p><p>exceção do crime do art. 35 (associação para o tráfico). Porém, em razão do princípio da espe-</p><p>cialidade, o crime de associação para o tráfico está submetido às mesmas vedações estabele-</p><p>cidas no art. 44 da Lei de Drogas.</p><p>A vedação à concessão da liberdade provisória foi declarada inconstitucional pelo STF, por</p><p>ser incompatível com o princípio da presunção de inocência.</p><p>Tenho para mim que essa vedação apriorística de concessão de liberdade provisória (Lei</p><p>n. 11.343/2006, art. 44) é incompatível com o princípio constitucional da presunção de</p><p>inocência, do devido processo legal, entre outros. É que a Lei de Drogas, ao afastar a con-</p><p>cessão da liberdade provisória de forma apriorística e genérica, retira do juiz competente</p><p>a oportunidade de, no caso concreto, analisar os pressupostos da necessidade do cár-</p><p>cere cautelar, em inequívoca antecipação de pena, indo de encontro a diversos disposi-</p><p>tivos constitucionais (STF – HC 104339, Relator(a): Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno,</p><p>julgado em 10/05/2012, DJe-239 05-12-2012).</p><p>A vedação da conversão das penas em restritivas de direitos também foi declarada incons-</p><p>titucional pelo STF.</p><p>Assim, após as declarações de inconstitucionalidade julgadas pelo STF, podemos dizer</p><p>que, atualmente, o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 prevê as seguintes vedações aos crimes pre-</p><p>vistos no art. 33, caput e § 1º, e arts. 34 a 37:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>47 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>1) Inafiançáveis: esta inafiançabilidade, porém, não impede a concessão da liberdade pro-</p><p>visória sem fiança.</p><p>2) Insuscetíveis de Sursis: é importante lembrar que a proibição à obtenção do sursis não</p><p>se encontra na Lei de Crimes Hediondos.</p><p>3) Insuscetíveis de Graça.</p><p>4) Insuscetíveis de Indulto.</p><p>5) Insuscetíveis de Anistia.</p><p>6) Livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua con-</p><p>cessão ao reincidente específico: em relação, especificamente, à Lei de Drogas, enten-</p><p>de-se por “reincidente específico” a pessoa anteriormente condenada por crimes previs-</p><p>tos em sua própria lei.</p><p>18. ininputAbiLidAde e seMi-iMputAbiLidAde CAusAdAs peLo ConsuMo de</p><p>drogAs</p><p>18.1. iniMputAbiLidAde (Art. 45)</p><p>O art. 45 da Lei n. 11.343/2006 prevê que:</p><p>Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de</p><p>caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha</p><p>sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de de-</p><p>terminar-se de acordo com esse entendimento.</p><p>Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava,</p><p>à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determi-</p><p>nar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.</p><p>O art. 45 da Lei n. 11.343/2006 prevê a possibilidade de o dependente de drogas, ou pes-</p><p>soa sob efeito da droga em razão de caso fortuito ou força maior, seja considerado inimputá-</p><p>vel, desde que, ao tempo da ação ou da omissão, seja “inteiramente incapaz de compreender</p><p>o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”, como também</p><p>estabelece o art. 26 do CP.</p><p>Importante observar que, nos casos descritos no art. 45, o agente estará submetido à isen-</p><p>ção de pena por “qualquer que tenha sido a infração praticada”.</p><p>A aplicação do art. 45 da Lei n. 11.343/2006, deverá ser precedida da deflagração do inci-</p><p>dente de insanidade mental (arts. 149 e ss. do CPP). A inimputabilidade será analisada à luz do</p><p>caso concreto. Caso seja constata, se entenderá que o agente praticou um injusto penal (fato</p><p>típico e ilícito, mas não culpável). O juiz, então, proferirá uma</p><p>sentença absolutória (isentando</p><p>da pena), e aplicará, posteriormente, uma medida de segurança. Ou poderá, após a sentença</p><p>absolutória, encaminhar o réu para tratamento médico adequado (conforme prevê o parágrafo</p><p>único do art. 45).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>48 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>18.2. seMi-iMputAbiLidAde (Art. 46)</p><p>Enquanto o art. 45 da lei de drogas prevê a isenção de pena (sentença absolutória) ao</p><p>inimputável, o art. 46, da mesma lei, estabelece uma hipótese de redução de pena ao semi-im-</p><p>putável, em consonância com o art. 26, parágrafo único do CP.</p><p>Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias</p><p>previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capa-</p><p>cidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.</p><p>Se o sujeito “não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de enten-</p><p>der o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”, será con-</p><p>siderado semi-imputável. Neste caso, não haverá absolvição. O agente será condenado e terá</p><p>sua pena reduzida de um a dois terços.</p><p>19. quAnto Ao proCediMento penAL ApLiCAdo à Lei de drogAs</p><p>Em regra, os crimes previstos na Lei de Drogas são submetidos ao procedimento especial</p><p>previsto em seu próprio dispositivo. Contudo, há alguns delitos que se enquadram em infração</p><p>penal de menor potencial ofensivo, se sujeitando à competência e ao rito da Lei n. 9.099/1995.</p><p>Deste modo, são de competência dos juizados especiais, os seguintes crimes:</p><p>a) Art. 28. Porte de drogas para consumo pessoal (art. 28).</p><p>b) Art. 33, § 3º “Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu</p><p>relacionamento, para juntos a consumirem”.</p><p>c) Art. 38. “Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o</p><p>paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou re-</p><p>gulamentar”.</p><p>19.1. FAse inVestigAtiVA (Art. 50 A 53)</p><p>O art. 50 traz o procedimento para a formalização do flagrante, devendo haver aplicação</p><p>subsidiária do CPP.</p><p>Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comu-</p><p>nicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão</p><p>do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.</p><p>§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do</p><p>delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito</p><p>oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.</p><p>§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de par-</p><p>ticipar da elaboração do laudo definitivo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>49 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a</p><p>regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas,</p><p>guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15</p><p>(quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.</p><p>§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3º,</p><p>sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição</p><p>total delas.</p><p>O agente policial irá apresentar a pessoa presa em flagrante para o delegado de polícia,</p><p>que deverá ouvir o agente condutor, colher as assinaturas e entregar a cópia do termo e recibo</p><p>de entrega do preso. Após ouvir o condutor, a autoridade policial irá ouvir as testemunhas (se</p><p>houver) e, depois, realizará o interrogatório do preso.</p><p>Ao final, a autoridade policial irá lavrar o auto de prisão em flagrante, exceto nas hipó-</p><p>teses em que esta não for admitida (como no caso do crime de porte de droga para consu-</p><p>mo pessoal, previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006) ou quando o próprio delegado pode</p><p>arbitrar a fiança. se entender que a condução foi lícita e que o agente estava em situação</p><p>de flagrância (nas hipóteses em que o crime cometido pelo agente tiver pena máxima de</p><p>até 4 anos).</p><p>O art. 50 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que “Ocorrendo prisão em flagrante, a autorida-</p><p>de de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe</p><p>cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e</p><p>quatro) horas.”</p><p>Para que possamos falar em materialidade delitiva dos crimes previstos na Lei n.</p><p>11.343/2006, é necessário a realização de um exame pericial na substância, para que seja</p><p>possível provar que esta encontra-se prevista no rol taxativo da Portaria n. 344 da ANVISA. Este</p><p>exame pericial é chamado de Laudo de Constatação.</p><p>No momento da prisão em flagrante, será realizado um laudo de constatação preliminar,</p><p>para que seja comprovado que a substância apreendida é droga. Neste sentido, o art. 51, §</p><p>1º da Lei de Drogas estabelece que, “Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e</p><p>estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e</p><p>quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea”.</p><p>O STJ estabelece que “O laudo de constatação preliminar de substância entorpecente cons-</p><p>titui condição de procedibilidade para apuração do crime de tráfico de drogas” (Jurisprudência</p><p>em Teses 131, n. 14).</p><p>O perito que realizar este exame preliminar, não estará impedido de realizar, posteriormen-</p><p>te, o laudo de constatação definitivo, conforme prevê o art. 50, § 2º da norma. O STJ entende,</p><p>ainda, que “A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera irregularidade</p><p>que não tem o condão de anular o referido exame” (Jurisprudência em Teses 131, n. 4).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>50 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>O art. 50, § 3º prevê que “Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10</p><p>(dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição</p><p>das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.”</p><p>Caso não haja prisão em flagrante a destruição da droga apreendida será feita por inci-</p><p>neração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se</p><p>amostra necessária à realização do laudo definitivo (art. 50-A).</p><p>Em resumo, estes são os procedimentos trazidos pela Lei de 11.343/2006 para a destrui-</p><p>ção de drogas ou plantações ilícitas:</p><p>a) Destruição de plantações ilícitas (art. 32): realizada pela autoridade policial, indepen-</p><p>dentemente de autorização judicial. Não haverá a presença do membro do MP ou</p><p>Gabarito .............................................................................................................................................................................. 74</p><p>Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................75</p><p>Referências .....................................................................................................................................................................105</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>4 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>ApresentAção</p><p>Olá, futuro(a) concursado(a)!</p><p>Nós e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-</p><p>cios, respondendo questões de concurso e criando questões inéditas para que você consiga</p><p>fixar todo o conteúdo estudado!</p><p>As referências bibliográficas estarão presentes ao final da aula. Assim, você terá um supor-</p><p>te caso queira um aprofundamento sobre os temas.</p><p>Traremos, também, jurisprudência atualizada, pois, sabemos que não basta saber a legis-</p><p>lação ou as considerações doutrinárias sobre Legislação Penal Especial, sendo imprescindível</p><p>o estudo das compreensões dos tribunais.</p><p>Aqui, nesta aula sobre a Lei n. 11.343/2006, comumente conhecida como lei de Drogas,</p><p>iremos tratar sobre sua estrutura organizacional, disposições penais e posicionamentos dou-</p><p>trinários e jurisprudenciais sobre o tema.</p><p>Esperamos que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: ma-</p><p>terial obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estamos esperando as dúvidas no Fó-</p><p>rum do aluno!</p><p>Vamos começar?</p><p>Flávia Araújo</p><p>Advogada, professora,</p><p>Mestra em Políticas Sociais e Cidadania (Ucsal).</p><p>Fábio Roque Araújo (@professorfabioroque)</p><p>Juiz Federal, professor e autor de obras jurídicas;</p><p>Doutor e Mestre em Direito Público pela UFBA.</p><p>Canal no YouTube: Fábio Roque Araújo</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>5 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>LEI N. 11.343/2006 – LEI DE DROGAS</p><p>1. ConsiderAções iniCiAis sobre A Lei n. 11.343/2006</p><p>1.1. MAndAdo de CriMinALizAção – Art. 5º, XLiii, dA CF/1988</p><p>Vamos iniciar os nossos estudos sobre a Lei n. 11.343/2006 lembrando da previsão cons-</p><p>titucional que estabelece um recrudescimento penal para crimes ligados ao tráfico ilícito de</p><p>entorpecentes e drogas a fins.</p><p>O art. 5º, XLIII da CF/1988 estabelece que:</p><p>a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o trá-</p><p>fico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por</p><p>eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem</p><p>Lembre-se de que a Constituição não criminalizou condutas (deixando esta matéria a car-</p><p>go do legislador infraconstitucional). Porém, não podemos esquecer que a Carta Magna prevê</p><p>alguns mandados de criminalização. Nestes mandados, o constituinte orienta o legislador or-</p><p>dinário para que este tipifique determinadas condutas. Como exemplo, podemos citar o art. 5º,</p><p>XLII, XLIII e XLIV da Constituição Federal.</p><p>Desta forma, a Lei n. 11.343/2006 tem, como uma de suas finalidades, o papel de cumprir</p><p>o mandado de criminalização disposto no art. 5º, XLIII da Constituição Federal.</p><p>Porém, é muito importante observarmos que esta lei não se restringe à criminalização do</p><p>tráfico ilícito de drogas, uma vez que, o caput do seu art. 1º prevê, também, o objetivo de insti-</p><p>tuir “o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad; prescreve medidas para</p><p>prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas”.</p><p>Analisaremos, nesta aula, que o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo</p><p>e a tortura não são crimes hediondos, mas recebem o mesmo tratamento penal conferido pela</p><p>Lei n. 8.072/1990, sendo, pois, crimes equiparados a hediondos e, portanto, inafiançáveis e</p><p>insuscetíveis de graça ou anistia.</p><p>Na aula de hoje, centraremos o nosso estudo na parte criminal desta norma, objeto princi-</p><p>pal das questões de concurso sobre o tema.</p><p>Mas é fundamental que você dedique atenção à leitura da Lei, a maior parte das questões</p><p>têm, como base, a literalidade do texto normativo!</p><p>1.2. eXpressão “drogA” e A norMA penAL eM brAnCo HeterogêneA</p><p>A legislação atual se limitou a dizer que drogas são “substâncias capazes de causar de-</p><p>pendência”, deixando a cargo de outra norma o papel de especificar, de forma detalhada, quais</p><p>seriam estas substâncias. Portanto, os crimes cominados pela Lei n. 11.343/2006 configuram</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>6 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>normas penais em branco, que necessitam de uma complementação dos seus preceitos primá-</p><p>rios, no caso, a definição do que seriam drogas ilícitas para o ordenamento jurídico brasileiro.</p><p>Neste sentido, a definição de droga está a cargo da ANVISA (Agência Nacional de Vigilân-</p><p>cia Sanitária), Autarquia Federal, que, na Portaria n. 344 de 1998, estabelece um rol de subs-</p><p>tâncias que causam dependência, sejam estas de uso permitido (de forma controlada), ou de</p><p>uso proibido.</p><p>É importante destacarmos, que, em respeito ao princípio da taxatividade, só serão conside-</p><p>radas “drogas” as substâncias especificadas na Portaria n. 344 da ANVISA, como bem observa</p><p>o Informativo 582 do STJ</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIA COMO DROGA PARA FINS DA LEI N. 11.343/2006. Portanto, a</p><p>definição do que sejam “drogas”, capazes de caracterizar os delitos previstos na Lei n. 11.343/2006,</p><p>advém da Portaria n. 344/1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Nesse</p><p>contexto, por ser constituída de um conceito técnico-jurídico, só será considerada droga o que a lei</p><p>(em sentido amplo) assim o reconhecer. Desse modo, mesmo que determinada substância cause</p><p>dependência física ou psíquica, se ela não estiver prevista no rol das substâncias legalmente proibi-</p><p>das, ela não será tratada como droga para fins de incidência da Lei n. 11.343/2006.1</p><p>Perceba, ainda, que a parte penal da Lei n. 11.343/2006 configura norma penal em branco</p><p>heterogênea, já que a especificação de quais são as drogas proibidas, e criminalizadas pelo</p><p>direito brasileiro, não está prevista em outra lei e sim em uma portaria da ANVISA.2</p><p>1.3. eXCeções à proibição de drogAs no território nACionAL</p><p>O art. 2º da Lei n. 11.343/2006 estabelece a proibição de drogas, não autorizadas por lei</p><p>ou regulamento, bem como do “plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e subs-</p><p>tratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas”, como podemos observar com a</p><p>leitura de seu texto:</p><p>Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a</p><p>colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas</p><p>drogas, ressalvada a hipótese de autorização</p><p>da</p><p>autoridade sanitária no momento da destruição.</p><p>b) Destruição de drogas apreendidas com prisão em flagrante (art. 50): a cópia do auto de</p><p>prisão em flagrante será encaminhada ao juiz e ao MP no prazo de 24 horas. Recebida</p><p>esta cópia o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de</p><p>constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amos-</p><p>tra necessária à realização do laudo definitivo. A destruição das drogas será executada</p><p>pelo delegado de polícia, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária,</p><p>no prazo de 15 (quinze) dias.</p><p>c) Destruição das drogas apreendidas, sem prisão em flagrante (art. 50-A): o juiz irá cer-</p><p>tificar a regularidade do laudo de constatação preliminar e determinar a destruição das</p><p>drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia, na presença do mem-</p><p>bro do Ministério Público e da autoridade sanitária, no prazo máximo de 30 (trinta) dias</p><p>contado da data da apreensão.</p><p>d) Destruição das amostras utilizadas no exame de constatação definitivo (art.72): após</p><p>o encerramento do processo penal ou arquivamento do inquérito policial, o juiz deter-</p><p>minará a destruição das amostras, (de ofício, mediante representação da autoridade</p><p>policial ou requerimento do MP).</p><p>De acordo com o STJ, “O laudo pericial definitivo atestando a ilicitude da droga afasta even-</p><p>tuais irregularidades do laudo preliminar realizado na fase de investigação” (Jurisprudência em</p><p>Teses 131, n. 3).</p><p>19.1.1. Prazo de conclusão do inquérito policial e Procedimentos Investigatórios</p><p>Quanto aos prazos da fase pré-processual, o art. 51 estabelece que:</p><p>Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso,</p><p>e de 90 (noventa) dias, quando solto.</p><p>Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Mi-</p><p>nistério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>51 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Portanto, a Lei n. 11.343/2006 prevê os seguintes prazos para conclusão do inquéri-</p><p>to policial:</p><p>• 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso,</p><p>• 90 (noventa) dias, se o indiciado estiver solto.</p><p>Estes prazos podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido</p><p>justificado da autoridade de polícia judiciária.</p><p>O art. 53 estabelece que, em qualquer fase da persecução penal (não apenas na fase pré-</p><p>-processual) serão permitidos os procedimentos investigativos de infiltração por agente de</p><p>polícia e ação controlada (também chamada de flagrante prorrogado). Estes procedimentos</p><p>dependerão de autorização judicial, após oitiva do membro do Ministério Público.</p><p>a) Infiltração de agente policial: a Lei n. 12.850/2013, detalhou o procedimento da infiltra-</p><p>ção de agentes. Lembramos que o juiz não poderá autorizar, esta infiltração, de ofício,</p><p>dependendo assim, de representação da autoridade policial ou requerimento do MP. A</p><p>decisão judicial deverá ser circunstanciada, motivada, sigilosa e estabelecer os limites</p><p>da medida. A infiltração ocorrerá por um prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de</p><p>eventuais renovações (por meio de novas decisões judiciais), quando for demonstrada</p><p>sua real necessidade.</p><p>b) Ação controlada (ou flagrante prorrogado, diferido, postergado): também dependerá</p><p>de autorização judicial após oitiva do MP, e só será concedida desde que sejam co-</p><p>nhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colabora-</p><p>dores. Este procedimento investigativo se caracteriza pela “não-atuação policial sobre</p><p>os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em</p><p>sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar</p><p>e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição,</p><p>sem prejuízo da ação penal cabível”.</p><p>19.2. instrução CriMinAL</p><p>O art. 54 da Lei n. 11.343/2011 dispõe que recebidos em juízo os autos da investigação, o</p><p>MP, no prazo de 10 dias, poderá adotar as seguintes providências: a) requerer o arquivamento;</p><p>b) requisitar as diligências que entender necessárias; c) oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco)</p><p>testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes.</p><p>Caso seja oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer</p><p>defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, podendo se valer de especificar as provas</p><p>que pretende produzir e arrolar até 5 (cinco) testemunhas. Trata-se, na verdade, de uma defe-</p><p>sa preliminar, consistindo em uma resposta do réu antes da decisão judicial de recebimento</p><p>da denúncia.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>52 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Se o réu não oferecer a defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias, o juiz nomeará defensor</p><p>dativo, para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.</p><p>Após a apresentação da defesa preliminar (por defensor constituído ou dativo), o magis-</p><p>trado irá decidir, no prazo de 5 (cinco dias) se rejeita ou recebe a denúncia. As hipóteses que</p><p>fundamentam a rejeição estão previstas no art. 395 do CPP.</p><p>Se o agente for funcionário público e estiver sendo acusado de cometimento dos crimes</p><p>previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37, o juiz, poderá decretar o afastamento cautelar de</p><p>suas atividades, na decisão de recebimento da denúncia.</p><p>Se entender pelo recebimento da denúncia, o juiz “designará dia e hora para a audiência</p><p>de instrução e julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério</p><p>Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais”. Esta audiência, por sua</p><p>vez, será realizada “dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se</p><p>determinada a realização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se realiza-</p><p>rá em 90 (noventa) dias” (art. 56, § 2º).</p><p>A audiência será una. Nela ocorrerá a produção de todos os atos de instrução. O art. 57 da</p><p>Lei de Drogas prevê que, neste momento, a produção de provas obedecerá a seguinte ordem:</p><p>a) Interrogatório do acusado; b) Oitiva de testemunhas arroladas pela acusação; c) Oitiva de</p><p>testemunhas arroladas pela defesa.</p><p>O informativo 816 do STF entendeu que, o Interrogatório no processo penal militar de a ser</p><p>o último ato da instrução. Ocorre que, nos debates para esta decisão, os ministros da Corte</p><p>afirmaram que este entendimento também deverá ser aplicado nas demais legislações espe-</p><p>ciais, inclusive na Lei de Drogas, em que pese a legislação não regular neste sentido.7</p><p>Encerrados os debates, o juiz poderá proferir a sentença imediatamente ou no prazo de 10</p><p>(dez) dias. Lembrando que, neste caso, o prazo é impróprio.</p><p>O art. 59 estabelece que “Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta</p><p>Lei, o réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antece-</p><p>dentes, assim reconhecido na sentença condenatória”. O STF, entretanto, entende que esta</p><p>exigência de recolhimento à prisão para interposição de recurso constitui afronta ao princípio</p><p>do duplo</p><p>grau de jurisdição.</p><p>Finalizamos aqui, a nossa aula sobre a Lei n. 11.343/2006. Esperamos ter contribuído para</p><p>a sua aprovação!</p><p>Lembre-se que a leitura da Lei é fundamental para nossos estudos”, a maior parte das</p><p>questões têm, como base, a literalidade do texto normativo.</p><p>7 STF. Plenário. HC 127900/AM, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 3/3/2016 (Info 816).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>53 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>RESUMO</p><p>Antes de partir para as questões, vamos fazer um breve resumo sobre os conteúdos</p><p>estudados.</p><p>• O conceito de “drogas” está especificado na Portaria 344 da ANVISA (trata-se de norma</p><p>penal em branco heterogênea).</p><p>• O crime de porte de droga para consumo pessoal não estará sujeito à pena privativa de</p><p>liberdade e nem a prisão em flagrante.</p><p>• A multa, no crime de porte de droga para consumo pessoal não terá natureza punitiva,</p><p>consistindo em medida coercitiva em caso de descumprimento da decisão judicial.</p><p>• Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, do crime de porte de</p><p>droga para consumo pessoal.</p><p>• O princípio da insignificância não se aplica aos delitos de tráfico de drogas e porte de</p><p>droga para consumo pessoal, por serem crimes de perigo abstrato.</p><p>• São equiparados a hediondos os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º e arts. 34,</p><p>36 e 37 da Lei de Drogas.</p><p>• O tráfico de drogas é crime de ação múltipla e a prática de um dos verbos contidos no</p><p>art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 é suficiente para a consumação do delito.</p><p>• O crime de associação para o tráfico (art. 35) não é equiparado a hediondo, mas está</p><p>sujeito às vedações do art. 44 da Lei de Drogas.</p><p>• A associação para o tráfico exige a presença de duas ou mais pessoas que se reúnam</p><p>com a finalidade específica de praticar crimes relacionados às drogas, previstos no art.</p><p>33, caput e § 1º e art. 34. Esta associação deverá ter estabilidade e permanência.</p><p>• O “tráfico privilegiado” constitui causa de diminuição de pena de um sexto a dois terços,</p><p>para os crimes de tráfico de drogas (art. 33, caput) e os a ele equiparados (art. 33, § 1º),</p><p>desde que o agente preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) seja primá-</p><p>rio, b) de bons antecedentes, c) não se dedique às atividades criminosas d) não integre</p><p>organização criminosa.</p><p>• O tráfico privilegiado não configura crime hediondo.</p><p>• O princípio da insignificância não se aplica aos delitos de tráfico de drogas e porte de</p><p>substância entorpecente para consumo próprio, pois trata-se de crimes de perigo abs-</p><p>trato ou presumido.</p><p>• A natureza e a quantidade da droga NÃO podem ser utilizadas simultaneamente para</p><p>justificar o aumento da pena-base e afastar a redução prevista no § 4º do art. 33 da Lei</p><p>n. 11.343/2006, sob pena de caracterizar bis in idem.</p><p>• A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entor-</p><p>pecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera</p><p>admissão da posse ou propriedade para uso próprio (Súmula 630 do STJ).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>54 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>• A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) se con-</p><p>figura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a</p><p>transposição de fronteiras. (Súmula 607 STJ)</p><p>• A Pureza da droga é irrelevante na dosimetria da pena.</p><p>• O prazo de conclusão do inquérito policial será de 30 dias de o acusado estiver preso, e</p><p>90 dias se estiver solto. Estes prazos poderão ser prorrogados por determinação judicial.</p><p>• Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via</p><p>postal processar e julgar o crime de tráfico internacional (Súmula 528 do STJ)</p><p>• É inconstitucional a vedação à liberdade provisória prevista no art. 44 para os crimes</p><p>previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37</p><p>• O art. 38 constitui o único crime culposo previsto na Lei de Drogas.</p><p>• O crime do art. 38 “Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas neces-</p><p>site o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação</p><p>legal ou regulamentar” é próprio, só podendo ser cometido por profissional de saúde</p><p>devidamente habilitado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>55 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>MAPAS MENTAIS</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>56 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>57 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>58 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>59 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>60 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>QUESTÕES DE CONCURSO</p><p>001. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/PERITO CRIMINAL/2017) A Lei de Tóxicos, n.</p><p>11.343/2006, estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito</p><p>de drogas, entre outras providências. Referente ao crime de adquirir, guardar, ter em depósito,</p><p>transportar ou trazer</p><p>consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacor-</p><p>do com determinação legal ou regulamentar, a pessoa será submetida às seguintes penas:</p><p>I – advertência sobre os efeitos das drogas.</p><p>II – prestação de serviços à comunidade.</p><p>III – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Estão corretas todas as afirmativas</p><p>b) Estão corretas apenas as afirmativas I e II</p><p>c) Estão corretas apenas as afirmativas II e III</p><p>d) Estão corretas apenas as afirmativas I e III</p><p>e) Nenhuma das afirmativas está correta</p><p>002. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/PERITO CRIMINAL/2017) De acordo com a Lei de</p><p>Tóxicos, n. 11.343/2006, analise as seguintes afirmativas a respeito das atividades de atenção</p><p>e de reinserção social de usuários ou dependentes de drogas.</p><p>I – Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e respectivos</p><p>familiares, para efeitos da lei n. 11.343/2006, aquelas direcionadas para sua integração</p><p>ou reintegração em redes sociais.</p><p>II – Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas e</p><p>respectivos familiares, para efeitos da lei n. 11.343/2006, aquelas que visem à melhoria</p><p>da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso de drogas.</p><p>III – As instituições da sociedade civil, com ou sem fins lucrativos, com atuação nas áreas</p><p>da atenção à saúde e da assistência social, que atendam usuários ou dependentes de</p><p>drogas poderão receber recursos do Funad, condicionados à sua disponibilidade orça-</p><p>mentária e financeira.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Estão corretas todas as afirmativas</p><p>b) Estão corretas apenas as afirmativas I e II</p><p>c) Estão corretas apenas as afirmativas II e III</p><p>d) Estão corretas apenas as afirmativas I e III</p><p>e) Nenhuma das afirmativas está correta</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>61 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>003. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/PERITO CRIMINAL/2017) A Lei de Tóxicos, n.</p><p>11.343/2006, estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito</p><p>de drogas, entre outras providências. Referente a essa lei, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comu-</p><p>nicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao</p><p>órgão do Ministério Público, em 48 horas</p><p>b) Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade</p><p>do delito, é necessário laudo de constatação firmado por perito oficial, no qual é suficiente a</p><p>indicação da natureza da droga</p><p>c) O perito que subscrever o laudo de constatação da prisão em flagrante ficará impedido de</p><p>participar da elaboração do laudo definitivo</p><p>d) No caso de prisão em flagrante, a destruição das drogas será executada pelo delegado</p><p>de polícia competente no prazo de 15 dias na presença do Ministério Público e da autorida-</p><p>de sanitária</p><p>e) A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por</p><p>incineração, no prazo máximo de 60 dias contado da data da apreensão</p><p>004. (IBFC/PC – SE/AGENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA/2014) Segundo a Lei de Drogas (Lei</p><p>n. 11.343/2006), as penas são aumentadas de um sexto a dois terços se a infração tiver sido</p><p>cometida em alguns locais específicos. A respeito do tema, analise as assertivas abaixo:</p><p>I – Nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospi-</p><p>talares.</p><p>II – Nas dependências ou imediações de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais,</p><p>recreativas, esportivas ou beneficentes.</p><p>III – Nas dependências ou imediações de recintos onde se realizem espetáculos ou diver-</p><p>sões de qualquer natureza.</p><p>IV – Nas dependências ou imediações de locais de serviços de tratamento de dependentes</p><p>de drogas ou de reinserção social.</p><p>V – No interior de transporte público com a única finalidade de levar a droga ao destino de</p><p>forma oculta, sem o intuito de disseminá-la entre os passageiros.</p><p>São causas de aumento de pena as hipóteses citadas nos itens:</p><p>a) I, II, III e IV, apenas.</p><p>b) I, II, III e V, apenas.</p><p>c) I, II, IV e V, apenas.</p><p>d) I, III, IV e V, apenas.</p><p>005. (IBFC/PC – RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2013) Nos crimes previstos na Lei Antidrogas</p><p>(Lei n. 11.343/2006), a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante Delito dependerá:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>62 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>a) Da elaboração de auto de exibição e apreensão da substância entorpecente, que se constitui</p><p>em prova da materialidade delitiva.</p><p>b) Do laudo de constatação de substância entorpecente, requisitado pelo delegado de polícia</p><p>e elaborado, em regra, por perito oficial.</p><p>c) Do exame toxicológico definitivo, único apto a comparar se a substância apreendida real-</p><p>mente é entorpecente.</p><p>d) De prévia análise visual da substância apreendida, realizada pelo oficial de cartório, que pos-</p><p>sui fé pública para a prática do ato.</p><p>e) Da formalização de auto de avaliação de substância entorpecente, elaborado por perito ofi-</p><p>cial ou policial nomeado pelo delegado de polícia.</p><p>006. (NC – UFPR/PC – PR/DELEGADO DE POLÍCIA/2021) Sobre os tipos penais previstos na</p><p>Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a) A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio não depen-</p><p>de da elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evidencie a nature-</p><p>za e a quantidade da substância apreendida.</p><p>b) Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas é indispensável que</p><p>haja a apreensão de drogas na posse direta do agente.</p><p>c) A conduta de posse de droga para consumo próprio foi descriminalizada pela referida lei,</p><p>tendo havido, portanto, abolitio criminis.</p><p>d) O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada não é crime equiparado a hediondo.</p><p>e) Prescrevem em 4 anos a imposição e a execução das penas referentes à conduta de posse</p><p>de droga para consumo próprio.</p><p>007. (FGV/PC – RN/DELEGADO/2021) Após receber informação de que uma grande quanti-</p><p>dade de droga estaria chegando a certa comunidade, a polícia civil planejou uma operação ob-</p><p>jetivando a apreensão do material entorpecente e a prisão de vários traficantes. Joaquim, poli-</p><p>cial civil lotado na delegacia em que a operação era planejada, no momento de sua execução,</p><p>ciente de que o líder do tráfico do local era um antigo colega de infância, acende, escondido,</p><p>fogos de artifício que ficavam na comunidade para acionamento em diligências policiais. Em</p><p>razão do aviso, a diligência tem resultado negativo, ninguém sendo preso e não sendo apre-</p><p>endida qualquer droga. O comportamento de Joaquim foi descoberto, devendo ele responder</p><p>pelo(s) seguinte(s) crime(s) previsto(s)na Lei n. 11.343/2006:</p><p>a) associação para o tráfico, apenas;</p><p>b) tráfico de drogas, apenas;</p><p>c) colaboração ou informante do tráfico, apenas;</p><p>d) associação para o tráfico e colaboração ou informante do tráfico, em concurso material;</p><p>e) tráfico de drogas e associação para o tráfico, em concurso material.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,</p><p>sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>63 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>008. (CESPE/PJC – MT/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) Com referência aos parâmetros le-</p><p>gais da dosimetria da pena para os crimes elencados na Lei n.°11.343/2006 — Lei Antidrogas</p><p>— e ao entendimento dos tribunais superiores sobre essa matéria, assinale a opção correta.</p><p>a) A personalidade e a conduta social do agente não preponderam sobre outras circunstâncias</p><p>judiciais da parte geral do CP quando da dosimetria da pena.</p><p>b) A natureza e a quantidade da droga são circunstâncias judiciais previstas na parte geral do CP.</p><p>c) A natureza e a quantidade da droga não preponderam sobre outras circunstâncias judiciais</p><p>da parte geral do CP quando da dosimetria da pena.</p><p>d) A natureza e a quantidade da droga apreendida não podem ser utilizadas, concomitante-</p><p>mente, na primeira e na terceira fase da dosimetria da pena, sob pena de bis in idem.</p><p>e) As circunstâncias judiciais previstas na parte geral do CP podem ser utilizadas para aumen-</p><p>tar a pena base, mas a natureza e a quantidade da droga não podem ser utilizadas na primeira</p><p>fase da dosimetria da pena.</p><p>009. (FAPEMS/PC – MT/DELEGADO/2017) Cumprindo mandados judiciais, o Delegado Al-</p><p>cimor efetuou a prisão de Alceu, conhecido como “Nariz” e considerado o líder de uma asso-</p><p>ciação criminosa voltada à prática de tráfico de drogas na região sul do país, e a apreensão</p><p>de seu primo Daniel, de dezessete anos, em quarto de hotel em que se hospedavam. Ambos,</p><p>aliás, velhos conhecidos da polícia pela prática de infrações pretéritas. No local, a equipe tática</p><p>encontrou drogas, dinheiro e celulares. Com autorização judicial, o Delegado Alcimor acessou</p><p>o conteúdo de conversas, via WhatsApp, alcançando mais nomes e os pontos da prática co-</p><p>mercial ilícita. No total, seis pessoas foram presas.</p><p>Com respaldo no caso e considerando o entendimento do Superior Tribunal de Justiça quanto</p><p>ao crime do artigo 35 da Lei n. 11.343/2006, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Por vedação expressa na Lei de Drogas, para o presente crime não se admite a incidência de</p><p>penas alternativas à prisão, não obstante preenchidos os requisitos legais.</p><p>b) A associação para fins de tráfico de drogas é considerada crime hediondo.</p><p>c) A prática criminosa pretendida não precisa ser reiterada, mas a associação não pode</p><p>ser eventual.</p><p>d) O envolvimento de um menor é indiferente para fins de tipificação delitiva e não influencia</p><p>no tocante à dosimetria da pena do crime de associação criminosa.</p><p>e) Para a configuração do crime; exige-se efetivamente a prática do tráfico de drogas.</p><p>010. (FCC/PC – AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) Sobre o crime de associação para fins de</p><p>tráfico de drogas,</p><p>a) é necessária a estabilidade do vínculo entre 3 ou mais pessoas.</p><p>b) deverá se verificar, necessariamente, a finalidade de praticar uma série indeterminada</p><p>de crimes.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>64 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>c) nas mesmas penas deste crime incorre quem se associa para a prática reiterada do finan-</p><p>ciamento de tráfico de drogas.</p><p>d) incidirá na hipótese de concurso formal de crimes, a prática da associação em conjunto com</p><p>a do tráfico de drogas.</p><p>e) deverão os agentes, para sua configuração, praticar as infrações para as quais se associaram.</p><p>011. (CESPE/PC – RJ/DELEGADO/2022) Considerando o disposto na Lei n.º 11.343/2006</p><p>(Lei de Drogas), assinale a opção correta.</p><p>a) Tratando-se da conduta prevista no art. 28 dessa lei, não se imporá prisão em flagrante,</p><p>devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente, que lavrará o</p><p>termo circunstanciado e providenciará as requisições dos exames e perícias necessárias; se</p><p>ausente o juiz, as providências deverão ser tomadas de imediato pela autoridade policial, no</p><p>local em que se encontrar, vedada a detenção do agente.</p><p>b) A audiência de instrução e julgamento será realizada dentro dos sessenta dias seguintes ao</p><p>recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar depen-</p><p>dência de drogas, quando a referida audiência se realizará em noventa dias.</p><p>c) Prescrevem em dois anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à</p><p>interrupção do prazo, o disposto no art. 107 e seguintes do Código Penal e, quando houver</p><p>concurso material com outro delito específico previsto nessa lei, deverão ser observados os</p><p>ditames do art. 109 do Código Penal.</p><p>d) Nos crimes previstos nessa lei, o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com</p><p>a investigação policial e com o processo criminal na identificação dos demais coautores ou</p><p>partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, terá, no caso de</p><p>condenação, pena reduzida de um sexto a dois terços.</p><p>e) No que se refere ao crime previsto no art. 33, caput dessa lei, recebidos em juízo os autos</p><p>do inquérito policial, dar-se-á vista ao Ministério Público para que este, no prazo de cinco dias,</p><p>ofereça denúncia e arrole até cinco testemunhas, requerendo as demais provas que entender</p><p>pertinentes.</p><p>012. (UEG/PC – GO/DELEGADO/2018) O juiz, na fixação das penas previstas na Lei n.</p><p>11.343/2006, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a</p><p>natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e</p><p>a) os motivos do agente.</p><p>b) a culpabilidade do agente.</p><p>c) os antecedentes do agente.</p><p>d) a conduta social do agente.</p><p>e) a condição financeira do agente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>65 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>013. (UEG/PC – GO/DELEGADO/2018) Dispõe a Lei n. 11.343/2006, em seu art. 28, que quem</p><p>adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, dro-</p><p>gas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, será subme-</p><p>tido às seguintes penas: I – advertência sobre os efeitos das drogas; II – prestação de serviços</p><p>à comunidade; III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>Referida lei dispõe ainda que as penas previstas nos incisos II e III do caput do referido artigo</p><p>serão aplicadas pelo prazo máximo de</p><p>a) quatro meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de oito meses.</p><p>b) cinco meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de dez meses.</p><p>c) três meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de seis meses.</p><p>d) dois meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de quatro meses.</p><p>e) um mês e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de dois meses.</p><p>014. (FUMARC/PC – MG/DELEGADO/2018) Considerando exclusivamente o disposto na Lei</p><p>n. 11.343/2006 acerca do procedimento de destruição de drogas apreendidas no curso de in-</p><p>vestigações, é CORRETO afirmar:</p><p>a) Nos termos da Lei n. 11.343/2006, a destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de</p><p>prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da</p><p>data da determinação judicial.</p><p>b) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei n. 11.343/2006 estabelece</p><p>que a</p><p>destruição das drogas apreendidas será executada pelo delegado de polícia competente, no</p><p>prazo de 15 (quinze) dias, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária, levando</p><p>em consideração a necessária determinação judicial para a destruição.</p><p>c) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei n. 11.343/2006 estabelece que a</p><p>destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 15</p><p>(quinze) dias, sem necessidade de presença do Ministério Público e da autoridade sanitária,</p><p>guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>d) A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por</p><p>incineração, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da apreensão, guardando-</p><p>-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>015. (FCC/PC – AP/DELEGADO/2017) Com relação ao sistema nacional de políticas públi-</p><p>cas sobre drogas e, ainda, com base na Lei n. 11.343/2006, considere:</p><p>I – A lei descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transpor-</p><p>ta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas em autorização ou em desacordo</p><p>com determinação legal ou regulamentar. Dessa forma, o usuário de drogas é isento de</p><p>pena, submetendo-se, apenas, a tratamento para recuperação.</p><p>II – Constitui causa de aumento de pena no crime de tráfico de drogas o emprego de arma</p><p>de fogo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>66 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>III – Equipara-se ao usuário de drogas, aquele que, eventualmente e sem objetivo de obter</p><p>lucro, oferece droga a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem ou,</p><p>ainda, quem induz, instiga ou auxilia alguém ao uso indevido.</p><p>IV – O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o</p><p>processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na</p><p>recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena</p><p>reduzida de um terço a dois terços.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I, III e IV.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e III.</p><p>d) II e IV.</p><p>e) I e II.</p><p>016. (CESPE/PC – GO/DELEGADO/2017) Considerando o disposto na Lei n.º 11.343/2006 e</p><p>o posicionamento jurisprudencial e doutrinário dominantes sobre a matéria regida por essa lei,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>a) Em processo de tráfico internacional de drogas, basta a primariedade para a aplicação da</p><p>redução da pena.</p><p>b) Dado o instituto da delação premiada previsto nessa lei, ao acusado que colaborar volunta-</p><p>riamente com a investigação policial podem ser concedidos os benefícios da redução de pena,</p><p>do perdão judicial ou da aplicação de regime penitenciário mais brando.</p><p>c) É vedada à autoridade policial a destruição de plantações ilícitas de substâncias entorpe-</p><p>centes antes da realização de laudo pericial definitivo, por perito oficial, no local do plantio.</p><p>d) Para a configuração da transnacionalidade do delito de tráfico ilícito de drogas, não se exige</p><p>a efetiva transposição de fronteiras nem efetiva coautoria ou participação de agentes de esta-</p><p>dos diversos.</p><p>e) O crime de associação para o tráfico se consuma com a mera união dos envolvidos, ainda</p><p>que de forma individual e ocasional.</p><p>017. (FUNCAB/PC – PA/2016) Sobre a Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006) e as normas que a</p><p>complementam, assinale a resposta correta.</p><p>a) O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado em dois anos.</p><p>b) A destruição de plantações ilícitas não pode se dar de forma imediata pelo Delegado de</p><p>Polícia, exigindo-se autorização judicial para tal.</p><p>c) Não pode o poder público autorizar o uso de plantas psicotrópicas para exclusiva finalidade</p><p>ritualística-religiosa.</p><p>d) Não há a previsão de condutas culposas na Lei n. 11.343, de 2006.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>67 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>e) O analgésico morfina foi retirado das listas anexas à Portaria n. 344/ANVISA, de 1998, de</p><p>modo que não mais pode ser considerado uma droga para fins de aplicação da Lei n. 11.343.</p><p>018. (CESPE/PC – PE/DELEGADO/2016) Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver por-</p><p>tando certa quantidade de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de</p><p>polícia, ela</p><p>a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato.</p><p>b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunida-</p><p>de e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa.</p><p>c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de servi-</p><p>ço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial.</p><p>019. (FUNIVERSA/PC – DF/DELEGADO/2015) A respeito do tráfico ilícito de drogas e do</p><p>uso indevido de substância entorpecente, assinale a alternativa correta à luz da lei que rege</p><p>a matéria.</p><p>a) A lavratura do auto de prisão em flagrante do autor de crime de tráfico e o estabelecimento</p><p>da materialidade do delito prescindem de laudo de constatação da natureza e da quantida-</p><p>de da droga.</p><p>b) É cabível a prisão em flagrante do usuário de substância entorpecente, havendo, ou não,</p><p>concurso de crime com o delito de tráfico ilícito de entorpecentes.</p><p>c) É vedado à autoridade policial, ao encerrar inquérito relativo a crime de tráfico, indicar a</p><p>quantidade e a natureza da substância ou do produto apreendido.</p><p>d) O inquérito policial relativo ao crime de tráfico de substância entorpecente será concluído no</p><p>prazo de trinta dias se o indiciado estiver preso e, no de noventa dias, se estiver solto.</p><p>e) A destruição das drogas apreendidas somente poderá ser executada pelo juiz de direito ou</p><p>pela pessoa indicada pelo respectivo tribunal, vedando-se tal conduta ao delegado de polícia.</p><p>020. (FUNCAB/PC – RO/DELEGADO/2014) Em relação à Lei n. 11.343/2006 (Lei Antidrogas),</p><p>no crime de tráfico de drogas, são causas que aumentam a pena do referido delito de um sexto</p><p>a dois terços, EXCETO:</p><p>a) o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão</p><p>de educação, poder familiar, guarda ou vigilância.</p><p>b) quando caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal.</p><p>c) o agente oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relaciona-</p><p>mento, para juntos a consumirem.</p><p>d) o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qual-</p><p>quer processo de intimidação difusa ou coletiva.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>68 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>e) a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do</p><p>fato evidenciarem a transnacionalidade do delito.</p><p>021. (ACAFE/PC – SP/DELEGADO/2014)</p><p>De acordo com a Constituição Federal de 1988, a</p><p>Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006) e a Lei dos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990) no Brasil</p><p>é correto afirmar:</p><p>a) O tráfico ilícito de entorpecentes está entre as condutas mais criminalizadas pelo sistema</p><p>penal brasileiro, conforme estatísticas oficiais da clientela prisional realizadas pelo Ministério</p><p>da Justiça em 2013.</p><p>b) O tráfico ilícito de entorpecentes é crime hediondo punido com pena de reclusão de 5 (cinco)</p><p>a 15 (quinze) anos.</p><p>c) O tráfico ilícito de entorpecentes é crime insuscetível de anistia, graça e indulto, mas susce-</p><p>tível de fiança.</p><p>d) O porte de drogas para consumo pessoal é tipificado no artigo 28 da lei de drogas mas não</p><p>é mais punido com pena de prisão nem submetido à prisão em flagrante, mas à medida de</p><p>internação compulsória.</p><p>e) Divide-se a doutrina sobre a natureza jurídica da atual redação do artigo 28 da lei de drogas:</p><p>a) o porte de drogas para consumo próprio foi descriminalizado, não sendo mais considerado</p><p>crime; b) foi despenalizado; c) foi descarcerizado e d) é inconstitucional. A posição adotada</p><p>pelo Supremo Tribunal Federal é a da letra “a”.</p><p>022. (ACAFE/PC – SC/DELEGADO/2014/ADAPTADA) Com relação à repressão à produção</p><p>não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, assinale a alternativa correta.</p><p>a) As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que recolhe-</p><p>rá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das con-</p><p>dições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a</p><p>preservação da prova.</p><p>b) Em caso de ser utilizada a queimada para destruir plantação ilícita, observar-se-á, além das</p><p>cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, a indispensável e prévia autorização do</p><p>órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama.</p><p>c) Os veículos, embarcações, aeronaves, e quaisquer outros meios de transporte, os maquiná-</p><p>rios, as armas de fogo, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para</p><p>a prática dos crimes definidos na Lei n. 11.343/2006, que instituiu o Sisnad, após a sua regular</p><p>apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia judiciária.</p><p>d) A destruição de drogas apreendidas será executada imediatamente pelo delegado de polícia</p><p>competente, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.</p><p>023. (UEPA/PC – PA/DELEGADO/2013) A atual Lei de Drogas brasileira (Lei n. 11.343, de</p><p>2006) permite que se faça a seguinte afirmação:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>69 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>a) policial militar que surpreende jovem fumando um cigarro de maconha pode prendê-lo em</p><p>flagrante e conduzi-lo a uma delegacia para instauração de inquérito.</p><p>b) indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar</p><p>seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo, todavia, por uma forma</p><p>mais branda do delito.</p><p>c) na situação de flagrante preparado, em que o policial se faz passar por comprador, a pri-</p><p>são em flagrante é ilegal, porque nenhuma ação ilícita teria sido praticada pelo traficante</p><p>no contexto.</p><p>d) a associação estável de pessoas, com vistas ao tráfico de drogas, constitui crime à parte,</p><p>porém não pode ser imputada simultaneamente com o tráfico, para evitar o bis in idem (dupla</p><p>punição pelo mesmo fato)</p><p>e) indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de com-</p><p>pletar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, deve res-</p><p>ponder pelo crime de financiamento do tráfico.</p><p>024. (FGV/PC – MA/DELEGADO/2012) Com relação ao prazo para a conclusão do inquérito</p><p>policial instaurado para apurar a prática do crime de tráfico de entorpecentes, de acordo com</p><p>a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Será de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 30, na hipótese de o indiciado</p><p>estar solto.</p><p>b) Não poderá ultrapassar 30 dias, se o indiciado estiver preso.</p><p>c) Será de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto, podendo o</p><p>juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária,</p><p>triplicar tal prazo.</p><p>d) Excepcionalmente, quando requerido de forma fundamentada pela autoridade de polícia</p><p>judiciária, ouvido o Ministério Público, poderá ser de 180 dias, se o indiciado estiver solto.</p><p>e) Será de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 dias, quando estiver solto, podendo o</p><p>juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária,</p><p>duplicar tal prazo.</p><p>025. (FGV/PC – AP/DELEGADO/2010) Relativamente à Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006),</p><p>analise as afirmativas a seguir:</p><p>I – Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos na Lei de Dro-</p><p>gas, é permitida a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, median-</p><p>te autorização do Ministério Público.</p><p>II – O crime de tráfico de drogas (art. 33, da Lei n. 11.343/2006) é inafiançável, insuscetível</p><p>de graça, indulto, anistia, liberdade provisória e livramento condicional.</p><p>III – Uma vez encerrado o prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias penden-</p><p>tes de realização, a autoridade de polícia judiciária relatará sumariamente as circuns-</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>70 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>tâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando</p><p>a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condi-</p><p>ções em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta,</p><p>a qualificação e os antecedentes do agente.</p><p>Assinale:</p><p>a) se somente a afirmativa I estiver correta.</p><p>b) se somente a afirmativa II estiver correta.</p><p>c) se somente a afirmativa III estiver correta.</p><p>d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>e) se todas as afirmativas não estiverem corretas.</p><p>026. (FGV/PC – AP/DELEGADO/2010) O oferecimento da substância entorpecente Cannabis</p><p>sativa L. (popularmente conhecida como maconha) a outrem sem objetivo de lucro e para con-</p><p>sumo conjunto constitui o seguinte crime:</p><p>a) posse de drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamen-</p><p>tar para consumo pessoal (art. 28, da Lei n. 11.343/2006), punido com penas de advertência,</p><p>prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou</p><p>curso educativo.</p><p>b) conduta equiparada ao crime de tráfico de drogas (art. 33, § 3º, da Lei n. 11.343/2006)</p><p>punido com pena de detenção seis meses a um ano, pagamento de 700 (setecentos) a 1.500</p><p>(mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas de advertência, prestação de serviços à</p><p>comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>c) cultivo de plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou pro-</p><p>duto capaz de causar dependência física ou psíquica para uso pessoal (art. 28, § 1º, da Lei n.</p><p>11.343/2006) punido com penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medi-</p><p>da educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>d) tráfico de drogas (art. 33, da Lei n. 11.343/2006), punido com pena de reclusão</p><p>de cinco a</p><p>quinze anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.</p><p>e) posse de drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamen-</p><p>tar para consumo pessoal (art. 28, da Lei n. 11.343/2006), punido com penas de detenção de</p><p>seis meses a dois anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.</p><p>027. (FUNCAB/PC – RO/DELEGADO/2009) A respeito da disciplina normativa prevista na Lei</p><p>n. 11.343/2006, também conhecida como Lei Antidrogas, é correto afirmar que:</p><p>a) nos crimes tratados por essa lei, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta)</p><p>dias se o indiciado estiver preso, e de 60 (sessenta) dias, quando solto.</p><p>b) a conduta daquele que traz consigo droga sem autorização ou em desacordo com determi-</p><p>nação legal ou regulamentar para uso próprio, submete-se ao procedimento estabelecido na</p><p>Lei n. 9.099/95.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>71 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>c) no crime de tráfico ilícito de entorpecentes, a denúncia poderá ser oferecida sem o laudo</p><p>prévio, desde que, no momento da sentença, já exista laudo definitivo confirmando a natureza</p><p>da substância.</p><p>d) na defesa prévia, somente poderão ser arroladas testemunhas e requeridas diligências.</p><p>e) a infiltração de agentes de polícia é expressamente vedada na investigação dos crimes pre-</p><p>vistos nessa lei.</p><p>028. (INSTITUTO AOCP/INVESTIGADOR/2019) Considerando o disposto na Lei n.</p><p>11.343/2006 (Lei Antidrogas), assinale a alternativa correta.</p><p>a) Constitui crime punido com pena de reclusão a conduta de oferecer droga, eventualmente e</p><p>sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem.</p><p>b) A Lei n. 11.343/2006 não criminaliza a conduta de conduzir embarcação ou aeronave após</p><p>o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.</p><p>c) Quem adquirir, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com de-</p><p>terminação legal ou regulamentar poderá ser submetido à pena de prestação de serviços à</p><p>comunidade.</p><p>d) Prescreve em 1 ano a imposição e a execução da pena para quem adquirir, para consumo</p><p>pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.</p><p>e) O tráfico transnacional de drogas não configura uma causa de aumento de pena.</p><p>029. (VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS – SP/GUARDA MUNICIPAL/2019) A Lei Fede-</p><p>ral n. 11.343/2006 estabelece que, se um indivíduo trouxer consigo, comprovadamente, para</p><p>consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou re-</p><p>gulamentar,</p><p>a) não ficará sujeito a qualquer tipo de pena.</p><p>b) ficará sujeito, entre outras penas, à prestação de serviços à comunidade.</p><p>c) poderá ser punido com a pena de prisão.</p><p>d) poderá ser obrigado a comparecer a programa ou curso educativo pelo período de 12 meses.</p><p>e) ficará sujeito, entre outras, à pena de detenção.</p><p>030. (FEPESE/SJC – SC/AGENTE PENITENCIÁRIO/2019) A respeito do procedimento penal</p><p>previsto na Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, relacionado com a repressão à produção</p><p>não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia,</p><p>por escrito, no prazo de 10 dias.</p><p>b) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará comunicação imediata</p><p>ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao represen-</p><p>tante do Ministério Público, em 72 horas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>72 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>c) A destruição das drogas será executada pelo escrivão de polícia no prazo de 90 dias na pre-</p><p>sença do Delegado de Polícia e da autoridade sanitária.</p><p>d) O inquérito policial será concluído no prazo de 60 dias, se o indiciado estiver preso, e de 120</p><p>dias, quando solto.</p><p>e) Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das</p><p>testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao defensor do acusado e ao representan-</p><p>te do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 20 minutos para cada um.</p><p>031. (IDECAN/PC – CE/INSPETOR/2021) A Lei n. 11.343/2006 – Lei de Drogas – revogou</p><p>a antiga Lei de Entorpecentes – 6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas</p><p>inovações: a retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente previsto</p><p>no artigo 28 da Lei n. 11.343/2006. O Superior Tribunal de Justiça possui um grande acervo</p><p>jurisprudencial sobre o tema. Assinale a afirmativa que está em DESACORDO com a jurispru-</p><p>dência do STJ.</p><p>a) A inobservância do art. 55 da Lei n. 11.343/2006, que determina o recebimento da denúncia</p><p>após a apresentação da defesa prévia, constitui nulidade relativa quando forem demonstrados</p><p>os prejuízos suportados pela defesa.</p><p>b) É prescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infra-</p><p>ção disciplinar e a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabele-</p><p>cimento prisional.</p><p>c) A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera irregularidade que não</p><p>tem o condão de anular o referido exame.</p><p>d) As contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência,</p><p>mostrando-se, portanto, desproporcional que condenações anteriores pelo delito do art. 28 da</p><p>Lei n. 11.343/2006 configurem reincidência, uma vez que não são puníveis com pena privativa</p><p>de liberdade.</p><p>e) É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência</p><p>das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da</p><p>Lei 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.</p><p>032. (INSTITUTO AOCP/PC – PA/ESCRIVÃO/2021) No que concerne à Lei de Drogas (Lei n.</p><p>11.343/2006), assinale a alternativa correta.</p><p>a) Prescrevem em dois anos a imposição e a execução das penas no tocante ao crime de porte</p><p>de drogas para consumo pessoal.</p><p>b) A pena de prestação de serviços à comunidade, no caso de porte de drogas para consumo</p><p>pessoal, será aplicada pelo prazo máximo de seis meses.</p><p>c) Em caso de reincidência no crime de porte de drogas para consumo pessoal, a pena de pres-</p><p>tação de serviços à comunidade poderá ser aplicada pelo prazo máximo de um ano.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>73 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>d) A internação involuntária, nos casos de tratamento do usuário de drogas, perdurará apenas</p><p>pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de cento e vinte dias, tendo seu</p><p>término determinado pelo médico responsável.</p><p>e) O inquérito policial será concluído no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver preso, e de</p><p>sessenta dias, quando solto.</p><p>033. (FCC/IAPEN – AP/AGENTE PENITENCIÁRIO/2018) O crime de posse de drogas para</p><p>uso pessoal (art. 28 da Lei n. 11.343/2006) está submetido à pena de</p><p>a) reclusão em regime fechado.</p><p>b) advertência</p><p>sobre os efeitos das drogas.</p><p>c) liberdade assistida.</p><p>d) perda de bens e valores.</p><p>e) detenção em regime aberto.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>74 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>GABARITO</p><p>1. b</p><p>2. e</p><p>3. d</p><p>4. a</p><p>5. b</p><p>6. d</p><p>7. c</p><p>8. d</p><p>9. c</p><p>10. c</p><p>11. a</p><p>12. d</p><p>13. b</p><p>14. b</p><p>15. d</p><p>16. d</p><p>17. a</p><p>18. d</p><p>19. d</p><p>20. c</p><p>21. a</p><p>22. a</p><p>23. b</p><p>24. c</p><p>25. c</p><p>26. b</p><p>27. b</p><p>28. c</p><p>29. b</p><p>30. a</p><p>31. b</p><p>32. a</p><p>33. b</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>75 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>GABARITO COMENTADO</p><p>001. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/PERITO CRIMINAL/2017) A Lei de Tóxicos, n.</p><p>11.343/2006, estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito</p><p>de drogas, entre outras providências. Referente ao crime de adquirir, guardar, ter em depósito,</p><p>transportar ou trazer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacor-</p><p>do com determinação legal ou regulamentar, a pessoa será submetida às seguintes penas:</p><p>I – advertência sobre os efeitos das drogas.</p><p>II – prestação de serviços à comunidade.</p><p>III – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Estão corretas todas as afirmativas</p><p>b) Estão corretas apenas as afirmativas I e II</p><p>c) Estão corretas apenas as afirmativas II e III</p><p>d) Estão corretas apenas as afirmativas I e III</p><p>e) Nenhuma das afirmativas está correta</p><p>A conduta descrita na questão refere-se ao crime previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>I – Certo. A pena de advertência está prevista no art. 28, I da Lei n. 11.343/2006.</p><p>II – Certo. A pena de prestação de serviços à comunidade está prevista no art. 28, II da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>III – Errado. Com isso, pela atual legislação, o usuário de drogas não poderá ser submetido à</p><p>pena privativa de liberdade! Mas note bem! Não podemos dizer que houve uma descriminaliza-</p><p>ção desta conduta. O que houve, na verdade, foi uma descarcerização deste crime.</p><p>Estão corretas as afirmativas I e II.</p><p>Letra b.</p><p>002. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/PERITO CRIMINAL/2017) De acordo com a Lei de</p><p>Tóxicos, n. 11.343/2006, analise as seguintes afirmativas a respeito das atividades de atenção</p><p>e de reinserção social de usuários ou dependentes de drogas.</p><p>I – Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e respectivos</p><p>familiares, para efeitos da lei n. 11.343/2006, aquelas direcionadas para sua integração</p><p>ou reintegração em redes sociais.</p><p>II – Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas</p><p>e respectivos familiares, para efeitos da lei n. 11.343/2006, aquelas que visem à</p><p>melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao</p><p>uso de drogas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>76 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>III – As instituições da sociedade civil, com ou sem fins lucrativos, com atuação nas áreas</p><p>da atenção à saúde e da assistência social, que atendam usuários ou dependentes de</p><p>drogas poderão receber recursos do Funad, condicionados à sua disponibilidade orça-</p><p>mentária e financeira.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Estão corretas todas as afirmativas</p><p>b) Estão corretas apenas as afirmativas I e II</p><p>c) Estão corretas apenas as afirmativas II e III</p><p>d) Estão corretas apenas as afirmativas I e III</p><p>e) Nenhuma das afirmativas está correta</p><p>I – Errado. A afirmativa confunde o art. 20 com o 21 da Lei n. 11.343/2006. O art. 20 trata das</p><p>atividades de atenção ao usuário e dependente. Já o art. 21 trata das atividades de reinserção.</p><p>Perceba que a “reintegração em redes sociais” não constitui atividade de “atenção” e sim de</p><p>reinserção social”. Desta forma, o art. 20 estabelece que “Constituem atividades de atenção</p><p>ao usuário e dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas que</p><p>visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso</p><p>de drogas.” Já o art. 21 prevê que “Constituem atividades de reinserção social do usuário ou</p><p>do dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas</p><p>para sua integração ou reintegração em redes sociais.”</p><p>II – Errado. A afirmativa também confunde o art. 20 com o 21 da Lei n. 11.343/2006. As ativida-</p><p>des que “visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos associados</p><p>ao uso de drogas”, constituem atividades de “atenção” ao usuário, dependente e familiares</p><p>(art. 20), e não de reintegração.</p><p>III – Errado. O art. 25 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que “As instituições da sociedade civil,</p><p>sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social, que</p><p>atendam usuários ou dependentes de drogas poderão receber recursos do Funad, condiciona-</p><p>dos à sua disponibilidade orçamentária e financeira.” (grifamos).</p><p>Nenhuma afirmativa está correta.</p><p>Letra e.</p><p>003. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA – PR/PERITO CRIMINAL/2017) A Lei de Tóxicos, n.</p><p>11.343/2006, estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito</p><p>de drogas, entre outras providências. Referente a essa lei, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comu-</p><p>nicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao</p><p>órgão do Ministério Público, em 48 horas</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>77 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>b) Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade</p><p>do delito, é necessário laudo de constatação firmado por perito oficial, no qual é suficiente a</p><p>indicação da natureza da droga</p><p>c) O perito que subscrever o laudo de constatação da prisão em flagrante ficará impedido de</p><p>participar da elaboração do laudo definitivo</p><p>d) No caso de prisão em flagrante, a destruição das drogas será executada pelo delegado</p><p>de polícia competente no prazo de 15 dias na presença do Ministério Público e da autorida-</p><p>de sanitária</p><p>e) A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por</p><p>incineração, no prazo máximo de 60 dias contado da data da apreensão</p><p>a) Errada. O art. 50 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação</p><p>ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Minis-</p><p>tério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. (grifamos).</p><p>b) Errada. O art. 50, § 1º da Lei n. 11.343/2006 prevê que</p><p>Para efeito da lavratura do auto de prisão</p><p>em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,</p><p>é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou,</p><p>na falta deste, por pessoa idônea. (grifamos).</p><p>c) Errada. O art. 50, § 2º da Lei n. 11.343/2006 prevê que</p><p>O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de participar</p><p>da elaboração do laudo definitivo. (grifamos).</p><p>d) Certa. No caso de prisão em flagrante, o art. 50, § 4º da Lei n. 11.343/2006 prevê que</p><p>A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quin-</p><p>ze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.</p><p>e) Errada. O art. 50-A da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incine-</p><p>ração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra</p><p>necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>Letra d.</p><p>004. (IBFC/PC – SE/AGENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA/2014) Segundo a Lei de Drogas (Lei</p><p>n. 11.343/2006), as penas são aumentadas de um sexto a dois terços se a infração tiver sido</p><p>cometida em alguns locais específicos. A respeito do tema, analise as assertivas abaixo:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>78 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>I – Nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospi-</p><p>talares.</p><p>II – Nas dependências ou imediações de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais,</p><p>recreativas, esportivas ou beneficentes.</p><p>III – Nas dependências ou imediações de recintos onde se realizem espetáculos ou diver-</p><p>sões de qualquer natureza.</p><p>IV – Nas dependências ou imediações de locais de serviços de tratamento de dependentes</p><p>de drogas ou de reinserção social.</p><p>V – No interior de transporte público com a única finalidade de levar a droga ao destino de</p><p>forma oculta, sem o intuito de disseminá-la entre os passageiros.</p><p>São causas de aumento de pena as hipóteses citadas nos itens:</p><p>a) I, II, III e IV, apenas.</p><p>b) I, II, III e V, apenas.</p><p>c) I, II, IV e V, apenas.</p><p>d) I, III, IV e V, apenas.</p><p>I – Certo. Trata-se da previsão do art. 40, III da Lei n. 11.343/2006, que possui a seguinte redação:</p><p>Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços,</p><p>se: III – infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisio-</p><p>nais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,</p><p>esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos</p><p>ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de rein-</p><p>serção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos.</p><p>II – Certo. Trata-se da previsão do art. 40, III da Lei n. 11.343/2006, que possui a seguin-</p><p>te redação:</p><p>Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços,</p><p>se: III – infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisio-</p><p>nais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,</p><p>esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos</p><p>ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de rein-</p><p>serção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos.</p><p>III – Certo. Trata-se da previsão do art. 40, III da Lei n. 11.343/2006, que possui a seguin-</p><p>te redação:</p><p>Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços,</p><p>se: III – infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisio-</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>79 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>nais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,</p><p>esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos</p><p>ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de rein-</p><p>serção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos.</p><p>IV – Certo. Trata-se da previsão do art. 40, III da Lei n. 11.343/2006, que possui a seguin-</p><p>te redação:</p><p>Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços,</p><p>se: III – infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisio-</p><p>nais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,</p><p>esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos</p><p>ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de rein-</p><p>serção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos.</p><p>V – Errado. O art. 40, III da Lei n. 11.343/2006 prevê que as penas previstas nos arts. 33 a 37</p><p>desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se a infração tiver sido cometida em</p><p>transportes públicos, não especificando a finalidade.</p><p>Letra a.</p><p>005. (IBFC/PC – RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2013) Nos crimes previstos na Lei Antidrogas</p><p>(Lei n. 11.343/2006), a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante Delito dependerá:</p><p>a) Da elaboração de auto de exibição e apreensão da substância entorpecente, que se constitui</p><p>em prova da materialidade delitiva.</p><p>b) Do laudo de constatação de substância entorpecente, requisitado pelo delegado de polícia</p><p>e elaborado, em regra, por perito oficial.</p><p>c) Do exame toxicológico definitivo, único apto a comparar se a substância apreendida real-</p><p>mente é entorpecente.</p><p>d) De prévia análise visual da substância apreendida, realizada pelo oficial de cartório, que pos-</p><p>sui fé pública para a prática do ato.</p><p>e) Da formalização de auto de avaliação de substância entorpecente, elaborado por perito ofi-</p><p>cial ou policial nomeado pelo delegado de polícia.</p><p>a) Errada. O art. 50, § 1º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,</p><p>é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou,</p><p>na falta deste, por pessoa idônea.</p><p>b) Certa. Trata-se da regra prevista no art. 50, § 1º da Lei n. 11.343/2006.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>80 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>c) Errada. A lavratura do auto de Prisão em flagrante não depende do laudo definitivo. O art. 50,</p><p>§ 3º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regu-</p><p>laridade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guar-</p><p>dando-se amostra necessária à realização do</p><p>laudo definitivo.</p><p>d) Errada. A lavratura do Auto de Prisão em Flagrante dependerá do laudo de constatação da</p><p>natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea,</p><p>como estabelece o art. 50, § 1º da Lei n. 11.343/2006.</p><p>e) Errada. O art. 50, § 1º estabelece que</p><p>Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,</p><p>é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou,</p><p>na falta deste, por pessoa idônea.</p><p>Letra b.</p><p>006. (NC – UFPR/PC – PR/DELEGADO DE POLÍCIA/2021) Sobre os tipos penais previstos na</p><p>Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a) A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio não depen-</p><p>de da elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evidencie a nature-</p><p>za e a quantidade da substância apreendida.</p><p>b) Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas é indispensável que</p><p>haja a apreensão de drogas na posse direta do agente.</p><p>c) A conduta de posse de droga para consumo próprio foi descriminalizada pela referida lei,</p><p>tendo havido, portanto, abolitio criminis.</p><p>d) O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada não é crime equiparado a hediondo.</p><p>e) Prescrevem em 4 anos a imposição e a execução das penas referentes à conduta de posse</p><p>de droga para consumo próprio.</p><p>a) Errada. O STJ estabelece que</p><p>A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (art. 28</p><p>da Lei n. 11.343/2006) exige a elaboração de laudo de constatação da substância entor-</p><p>pecente que evidencie a natureza e a quantidade da substância apreendida (Jurisprudên-</p><p>cia em Teses 131).</p><p>b) Errada. De acordo com o STJ</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>81 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art.</p><p>35 da Lei n. 11.343/2006, é irrelevante apreensão de drogas na posse direta do agente.</p><p>(Jurisprudência em Teses 131).</p><p>c) Errada. A conduta de posse de droga para consumo pessoal constitui crime, tipificado no</p><p>art. 28 da Lei n. 11.343/2006, o que ocorreu foi a descarcerização deste delito, que não poderá</p><p>mais ser submetido à pena privativa de liberdade.</p><p>d) Certa.</p><p>O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006)</p><p>não é crime equiparado a hediondo. (STJ – Jurisprudência em Teses 131, n. 21).</p><p>e) Errada. O crime de posse de droga para consumo pessoal prescreve em 2 (dois) anos, como</p><p>prevê o art. 30 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>Letra d.</p><p>007. (FGV/PC – RN/DELEGADO/2021) Após receber informação de que uma grande quanti-</p><p>dade de droga estaria chegando a certa comunidade, a polícia civil planejou uma operação ob-</p><p>jetivando a apreensão do material entorpecente e a prisão de vários traficantes. Joaquim, poli-</p><p>cial civil lotado na delegacia em que a operação era planejada, no momento de sua execução,</p><p>ciente de que o líder do tráfico do local era um antigo colega de infância, acende, escondido,</p><p>fogos de artifício que ficavam na comunidade para acionamento em diligências policiais. Em</p><p>razão do aviso, a diligência tem resultado negativo, ninguém sendo preso e não sendo apre-</p><p>endida qualquer droga. O comportamento de Joaquim foi descoberto, devendo ele responder</p><p>pelo(s) seguinte(s) crime(s) previsto(s)na Lei n. 11.343/2006:</p><p>a) associação para o tráfico, apenas;</p><p>b) tráfico de drogas, apenas;</p><p>c) colaboração ou informante do tráfico, apenas;</p><p>d) associação para o tráfico e colaboração ou informante do tráfico, em concurso material;</p><p>e) tráfico de drogas e associação para o tráfico, em concurso material.</p><p>a) Errada. Para que haja o do art. 35 da Lei n. 11.343/2006, é necessário que 2 ou mais mem-</p><p>bros estejam associados de forma estável e permanente. Neste caso, Joaquim não é membro</p><p>de associação, uma vez que praticou a conduta de forma eventual.</p><p>b) Errada. Joaquim não cometeu nenhuma das condutas previstas no art. 33, caput, da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>c) Certa. Joaquim cometeu a conduta prevista no art. 37 da Lei de Drogas, consistente em:</p><p>Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qual-</p><p>quer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>82 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>d) Errada. Joaquim não praticou o crime de associação para o tráfico já que sua condu-</p><p>ta foi eventual, não havendo estabilidade e permanência para incidência do art. 35 da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>e) Errada. Joaquim não cometeu nenhuma das condutas previstas no art. 33, caput, da Lei n.</p><p>11.343/2006 e nem faz parte de associação para tráfico (art. 35).</p><p>Letra c.</p><p>008. (CESPE/PJC – MT/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) Com referência aos parâmetros le-</p><p>gais da dosimetria da pena para os crimes elencados na Lei n.°11.343/2006 — Lei Antidrogas</p><p>— e ao entendimento dos tribunais superiores sobre essa matéria, assinale a opção correta.</p><p>a) A personalidade e a conduta social do agente não preponderam sobre outras circunstâncias</p><p>judiciais da parte geral do CP quando da dosimetria da pena.</p><p>b) A natureza e a quantidade da droga são circunstâncias judiciais previstas na parte geral do CP.</p><p>c) A natureza e a quantidade da droga não preponderam sobre outras circunstâncias judiciais</p><p>da parte geral do CP quando da dosimetria da pena.</p><p>d) A natureza e a quantidade da droga apreendida não podem ser utilizadas, concomitante-</p><p>mente, na primeira e na terceira fase da dosimetria da pena, sob pena de bis in idem.</p><p>e) As circunstâncias judiciais previstas na parte geral do CP podem ser utilizadas para aumen-</p><p>tar a pena base, mas a natureza e a quantidade da droga não podem ser utilizadas na primeira</p><p>fase da dosimetria da pena.</p><p>a) Errada. O art. 42 da Lei de Drogas estabelece que</p><p>O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código</p><p>Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social</p><p>do agente.</p><p>b) Errada. A quantidade e a natureza da droga não são circunstâncias judiciais previstas no art.</p><p>59 do CP e sim no art. 42 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>c) Errada. O art. 42 da Lei de Drogas estabelece que</p><p>O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código</p><p>Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social</p><p>do agente.</p><p>d) Certa. Trata-se de entendimento consolidado dos tribunais superiores.</p><p>O Supremo Tribunal Federal firmou a compreensão de que as circunstâncias relativas à</p><p>natureza e à quantidade de drogas apreendidas só podem ser usadas, na dosimetria da</p><p>reprimenda, ou na primeira ou na terceira fase, sempre de forma não cumulativa (AgRg no</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>83 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006</p><p>legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a</p><p>Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de</p><p>plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.</p><p>1 STJ – REsp 1.444.537-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 12/4/2016, DJe 25/4/2016. 6ª T. (Info 582)</p><p>2 Quando a complementação ocorre por meio de outra lei, falamos em norma penal em branco homogênea que, por sua vez,</p><p>poderá ser homovitelina (quando outro art. ou disposição da mesma lei que contém a norma penal em branco a comple-</p><p>menta) ou heterovitelina (quando a complementação ocorre por meio de outra lei, distinta da norma penal incompleta). No</p><p>caso da Lei de drogas, a complementação não ocorre por meio de lei e sim por meio de uma Portaria, razão pela qual fala-</p><p>mos em norma penal em branco heterogênea.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>7 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no</p><p>caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predetermi-</p><p>nados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.</p><p>Este mesmo artigo, e o seu parágrafo único, preveem duas exceções à regra proibitiva rela-</p><p>cionada a drogas, vamos a elas:</p><p>a) Plantas de uso estritamente ritualístico-religioso: neste caso, as plantas deverão cres-</p><p>cer no país, não podendo ser importadas e nem destinadas à importação. Busca-se,</p><p>assim, garantir o Direito constitucional da liberdade religiosa.</p><p>b) Autorização legal para fins medicinais ou científicos: o parágrafo único do art. 2º ex-</p><p>cepciona a proibição de drogas em território nacional nos casos em que a União (por</p><p>meio de lei específica ou por ato normativo infralegal) autorizar, o plantio, a cultura e a</p><p>colheita de vegetais dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas. Esta auto-</p><p>rização ocorrerá apenas para fins medicinais ou científicos, devendo ser realizada de</p><p>forma excepcional, em local e prazo predeterminados, sob pena de configurar crime,</p><p>previsto na Lei n. 11.343/2006, cabendo, até mesmo, o confisco da propriedade nos</p><p>termos do art. 243 da Constituição Federal.</p><p>2. porte de drogAs pArA ConsuMo pessoAL (Art. 28)</p><p>Como vimos, a Lei n. 11.343/2006 se destacou por promover uma mudança no tratamento</p><p>jurídico dispensado aos usuários de drogas.</p><p>Uma destas importantes alterações, está inserida no Título III da norma, que se preocupa</p><p>em regulamentar “as atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de</p><p>usuários e dependentes de drogas”.</p><p>Assim, o título III da Lei n. 11.343/2006 (que vai do art. 18 ao art. 30) é voltado para o</p><p>tratamento estatal a ser conferido ao usuário e dependente de drogas, se notabilizando por</p><p>ultrapassar a seara punitivista.</p><p>Este título é dividido em três capítulos:</p><p>a) da prevenção: art. 18 a 19-A;</p><p>b) das atividades de prevenção, tratamento, acolhimento e de reinserção social e econômi-</p><p>ca de usuários ou dependentes de drogas (art. 20 ao 26-A);</p><p>c) dos crimes e das penas: art. 27 ao 30.</p><p>Em relação ao crime de porte de droga para consumo pessoal, o art. 28 possui a seguin-</p><p>te redação:</p><p>Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo</p><p>pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será</p><p>submetido às seguintes penas:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>8 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>I – advertência sobre os efeitos das drogas;</p><p>II – prestação de serviços à comunidade;</p><p>III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe</p><p>plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar</p><p>dependência física ou psíquica.</p><p>§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à</p><p>quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às</p><p>circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.</p><p>§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo</p><p>de 5 (cinco) meses.</p><p>§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão apli-</p><p>cadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.</p><p>§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades</p><p>educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem</p><p>fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de</p><p>usuários e dependentes de drogas.</p><p>§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II</p><p>e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:</p><p>I – admoestação verbal;</p><p>II – multa.</p><p>§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, esta-</p><p>belecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.</p><p>Vamos fazer algumas observações sobre este artigo...</p><p>1) Condutas: as condutas tipificadas no art. 28 consistem em “adquirir, guardar, tiver em</p><p>depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou</p><p>em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.</p><p>A finalidade de “consumo pessoal” é o principal elemento diferenciador entre o crime co-</p><p>metido pelo usuário e os demais crimes previstos na Lei n. 11.343/2006, a exemplo do tráfico</p><p>de drogas.</p><p>Podemos perceber, também, que este crime poderá ser praticado por meio de uma ou vá-</p><p>rias ações (condutas) previstas no art. 28. Trata-se de um tipo penal misto alternativo. Deste</p><p>modo, incorre em apenas um crime aquele que realiza mais de uma conduta, em relação ao</p><p>mesmo objeto material e dentro de um mesmo contexto fático.</p><p>Assim se, por exemplo, o sujeito ativo adquirir a droga e depois transportá-la para outro local</p><p>com a finalidade de consumo pessoal, terá praticado duas condutas descritas no art. 28 (adqui-</p><p>rir e transportar) mas responderá por apenas um crime, já que estamos diante de um tipo penal</p><p>misto alternativo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>9 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>No crime previsto no art. 28 o agente realiza as condutas descritas no tipo penal com a fina-</p><p>lidade de consumo pessoal da droga. Porém, caso este sujeito ofereça a droga (ainda que</p><p>gratuitamente) para consumi-la em conjunto com outras pessoas, não incorrerá no crime de</p><p>“porte para uso pessoal” e sim naquele previsto no art. 33, § 3º da Lei n. 11.343/2006.</p><p>2) Não houve abolitio criminis: o porte de drogas para consumo pessoal não foi descrimi-</p><p>nalizado com a entrada em vigor da Lei n. 11.343/2006.</p><p>- Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>HC 559.298/ES, Rel. Ministro Rogério Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 04/08/2020,</p><p>DJe 30/04/2021).</p><p>e) Errada. A natureza e a quantidade da droga são utilizadas na primeira fase da dosimetria da</p><p>pena como circunstância preponderante, conforme prevê o art. 42 da Lei de Drogas.</p><p>Letra d.</p><p>009. (FAPEMS/PC – MT/DELEGADO/2017) Cumprindo mandados judiciais, o Delegado Al-</p><p>cimor efetuou a prisão de Alceu, conhecido como “Nariz” e considerado o líder de uma asso-</p><p>ciação criminosa voltada à prática de tráfico de drogas na região sul do país, e a apreensão</p><p>de seu primo Daniel, de dezessete anos, em quarto de hotel em que se hospedavam. Ambos,</p><p>aliás, velhos conhecidos da polícia pela prática de infrações pretéritas. No local, a equipe tática</p><p>encontrou drogas, dinheiro e celulares. Com autorização judicial, o Delegado Alcimor acessou</p><p>o conteúdo de conversas, via WhatsApp, alcançando mais nomes e os pontos da prática co-</p><p>mercial ilícita. No total, seis pessoas foram presas.</p><p>Com respaldo no caso e considerando o entendimento do Superior Tribunal de Justiça quanto</p><p>ao crime do artigo 35 da Lei n. 11.343/2006, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Por vedação expressa na Lei de Drogas, para o presente crime não se admite a incidência de</p><p>penas alternativas à prisão, não obstante preenchidos os requisitos legais.</p><p>b) A associação para fins de tráfico de drogas é considerada crime hediondo.</p><p>c) A prática criminosa pretendida não precisa ser reiterada, mas a associação não pode</p><p>ser eventual.</p><p>d) O envolvimento de um menor é indiferente para fins de tipificação delitiva e não influencia</p><p>no tocante à dosimetria da pena do crime de associação criminosa.</p><p>e) Para a configuração do crime; exige-se efetivamente a prática do tráfico de drogas.</p><p>a) Errada. O STF entendeu pela inconstitucionalidade do art. 44 da Lei de Drogas no que con-</p><p>cerne à proibição de conversão da pena privativa de liberdade para a restritiva de direitos, nos</p><p>casos permitidos em lei.</p><p>b) Errada. A associação para tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/2006) não se equipara</p><p>a crime hediondo.</p><p>c) Certa. Segundo entendimento dos tribunais superiores, só haverá incidência do art. 35 da Lei</p><p>de Drogas se a associação tiver caráter estável e permanente.</p><p>d) Errada. De acordo com o STJ</p><p>A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação</p><p>para o tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento</p><p>do art. 40, VI, da Lei n. 11.343/2006. (HC 250.455-RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em</p><p>17/12/2015, DJe 5/2/2016 – Informativo 576).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>84 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>e) Errada. Trata-se de crime autônomo, que se consuma independentemente da concretização</p><p>da finalidade pretendida pelo agente (dolo específico).</p><p>Letra c.</p><p>010. (FCC/PC – AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) Sobre o crime de associação para fins de</p><p>tráfico de drogas,</p><p>a) é necessária a estabilidade do vínculo entre 3 ou mais pessoas.</p><p>b) deverá se verificar, necessariamente, a finalidade de praticar uma série indeterminada</p><p>de crimes.</p><p>c) nas mesmas penas deste crime incorre quem se associa para a prática reiterada do finan-</p><p>ciamento de tráfico de drogas.</p><p>d) incidirá na hipótese de concurso formal de crimes, a prática da associação em conjunto com</p><p>a do tráfico de drogas.</p><p>e) deverão os agentes, para sua configuração, praticar as infrações para as quais se associaram.</p><p>a) Errada. O crime de associação para o tráfico exige a presença de 2 ou mais pessoas (art. 35</p><p>da Lei de Drogas).</p><p>b) Errada. A Associação para o tráfico terá a finalidade de praticar qualquer dos crimes previs-</p><p>tos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 da Lei de Drogas.</p><p>c) Certa. Art. 35, parágrafo único da Lei n. 11.343/2006 prevê que “nas mesmas penas do caput</p><p>deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta</p><p>lei”. O art. 36, por sua vez, criminaliza as condutas de “financiar ou custear a prática de qual-</p><p>quer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei”.</p><p>d) Errada. De acordo com o STJ, a prática da associação em conjunto com a do tráfico de dro-</p><p>gas constitui concurso material de crimes.</p><p>e) Errada. A consumação ocorre com a associação de duas ou mais pessoas com a finalidade</p><p>de praticar qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 da Lei de Drogas. Não</p><p>se faz necessário que esta finalidade se concretize. Porém, caso os agentes realizem as infra-</p><p>ções penais pretendidas, haverá concurso material de crimes.</p><p>Letra c.</p><p>011. (CESPE/PC – RJ/DELEGADO/2022) Considerando o disposto na Lei n.º 11.343/2006</p><p>(Lei de Drogas), assinale a opção correta.</p><p>a) Tratando-se da conduta prevista no art. 28 dessa lei, não se imporá prisão em flagrante,</p><p>devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente, que lavrará o</p><p>termo circunstanciado e providenciará as requisições dos exames e perícias necessárias; se</p><p>ausente o juiz, as providências deverão ser tomadas de imediato pela autoridade policial, no</p><p>local em que se encontrar, vedada a detenção do agente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>85 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>b) A audiência de instrução e julgamento será realizada dentro dos sessenta dias seguintes ao</p><p>recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar depen-</p><p>dência de drogas, quando a referida audiência se realizará em noventa dias.</p><p>c) Prescrevem em dois anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à</p><p>interrupção do prazo, o disposto no art. 107 e seguintes do Código Penal e, quando houver</p><p>concurso material com outro delito específico previsto nessa lei, deverão ser observados os</p><p>ditames do art. 109 do Código Penal.</p><p>d) Nos crimes previstos nessa lei, o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com</p><p>a investigação policial e com o processo criminal na identificação dos demais coautores ou</p><p>partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, terá, no caso de</p><p>condenação, pena reduzida de um sexto a dois terços.</p><p>e) No que se refere ao crime previsto no art. 33, caput dessa lei, recebidos em juízo os autos</p><p>do inquérito policial, dar-se-á vista ao Ministério Público para que este, no prazo de cinco dias,</p><p>ofereça denúncia e arrole até cinco testemunhas, requerendo as demais provas que entender</p><p>pertinentes.</p><p>a) Certa. não será possível a prisão em flagrante pelo crime de porte de drogas para consumo</p><p>pessoal! Neste caso, o agente de polícia irá conduzir o possuidor da droga à Delegacia para</p><p>prestar esclarecimentos e informações. A droga, deverá ser apreendida e destruída, após a re-</p><p>alização do exame de constatação. Porém, a autoridade policial não promoverá a lavratura do</p><p>auto de prisão em flagrante.</p><p>b) Errada. Em relação à audiência de instrução e julgamento, o art. 56, § 2º da Lei n. 11.343/2006</p><p>estabelece que</p><p>A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes</p><p>ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar dependên-</p><p>cia de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias. (grifamos)</p><p>c) Errada. O art. 30 da Lei</p><p>n. 11.343/2006 estabelece que “Prescrevem em 2 anos a imposição</p><p>e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts.</p><p>107 e seguintes do Código Penal.” Não há referência à aplicação do art. 109 nas hipóteses de</p><p>concurso material.</p><p>d) Errada. O art. 41 da Lei n. 11.343/2006 dispõe que</p><p>O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo</p><p>criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou</p><p>parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.</p><p>(grifamos).</p><p>e) Errada. O art. 54 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>86 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças</p><p>de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das</p><p>seguintes providências:</p><p>III – oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender</p><p>pertinentes.</p><p>Letra a.</p><p>012. (UEG/PC – GO/DELEGADO/2018) O juiz, na fixação das penas previstas na Lei n.</p><p>11.343/2006, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a</p><p>natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e</p><p>a) os motivos do agente.</p><p>b) a culpabilidade do agente.</p><p>c) os antecedentes do agente.</p><p>d) a conduta social do agente.</p><p>e) a condição financeira do agente.</p><p>O art. 42 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código</p><p>Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social</p><p>do agente. (grifamos).</p><p>Letra d.</p><p>013. (UEG/PC – GO/DELEGADO/2018) Dispõe a Lei n. 11.343/2006, em seu art. 28, que quem</p><p>adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, dro-</p><p>gas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, será subme-</p><p>tido às seguintes penas: I – advertência sobre os efeitos das drogas; II – prestação de serviços</p><p>à comunidade; III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>Referida lei dispõe ainda que as penas previstas nos incisos II e III do caput do referido artigo</p><p>serão aplicadas pelo prazo máximo de</p><p>a) quatro meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de oito meses.</p><p>b) cinco meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de dez meses.</p><p>c) três meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de seis meses.</p><p>d) dois meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de quatro meses.</p><p>e) um mês e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de dois meses.</p><p>O art. 28, § 3º e 4º da Lei n. 11.343/2006 estabelecem que:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>87 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo</p><p>de 5 (cinco) meses.</p><p>§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão apli-</p><p>cadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.</p><p>Letra b.</p><p>014. (FUMARC/PC – MG/DELEGADO/2018) Considerando exclusivamente o disposto na Lei</p><p>n. 11.343/2006 acerca do procedimento de destruição de drogas apreendidas no curso de in-</p><p>vestigações, é CORRETO afirmar:</p><p>a) Nos termos da Lei n. 11.343/2006, a destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de</p><p>prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da</p><p>data da determinação judicial.</p><p>b) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei n. 11.343/2006 estabelece que a</p><p>destruição das drogas apreendidas será executada pelo delegado de polícia competente, no</p><p>prazo de 15 (quinze) dias, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária, levando</p><p>em consideração a necessária determinação judicial para a destruição.</p><p>c) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei n. 11.343/2006 estabelece que a</p><p>destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 15</p><p>(quinze) dias, sem necessidade de presença do Ministério Público e da autoridade sanitária,</p><p>guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>d) A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por</p><p>incineração, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da apreensão, guardando-</p><p>-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.</p><p>a) Errada. O art. 50-A da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incine-</p><p>ração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra</p><p>necessária à realização do laudo definitivo. (grifamos).</p><p>b) Certa. Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a destruição das drogas apreendi-</p><p>das será feita nos termos do art. 50, § 4º da Lei n. 11.343/2006, que assim dispõe:</p><p>A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quin-</p><p>ze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.</p><p>c) Errada. Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a destruição das drogas apreendi-</p><p>das será feita nos termos do art. 50, § 4º da Lei n. 11.343/2006, que assim dispõe:</p><p>A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quin-</p><p>ze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (grifamos).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>88 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>d) Errada. O art. 50-A da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incine-</p><p>ração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra</p><p>necessária à realização do laudo definitivo. (grifamos).</p><p>Letra b.</p><p>015. (FCC/PC – AP/DELEGADO/2017) Com relação ao sistema nacional de políticas públi-</p><p>cas sobre drogas e, ainda, com base na Lei n. 11.343/2006, considere:</p><p>I – A lei descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transpor-</p><p>ta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas em autorização ou em desacordo</p><p>com determinação legal ou regulamentar. Dessa forma, o usuário de drogas é isento de</p><p>pena, submetendo-se, apenas, a tratamento para recuperação.</p><p>II – Constitui causa de aumento de pena no crime de tráfico de drogas o emprego de arma</p><p>de fogo.</p><p>III – Equipara-se ao usuário de drogas, aquele que, eventualmente e sem objetivo de obter</p><p>lucro, oferece droga a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem ou,</p><p>ainda, quem induz, instiga ou auxilia alguém ao uso indevido.</p><p>IV – O indiciado ou acusado</p><p>que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o</p><p>processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na</p><p>recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena</p><p>reduzida de um terço a dois terços.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I, III e IV.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e III.</p><p>d) II e IV.</p><p>e) I e II.</p><p>I – Errado. A posse de droga para uso pessoal não será punida com a pena privativa de liber-</p><p>dade, porém, esta conduta continua sendo crime (previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006).</p><p>II – Certo. O emprego de arma de fogo constitui causa de aumento de pena prevista no art. 40,</p><p>IV da Lei n. 11.343/2006.</p><p>III – Errado. As duas condutas descritas constituem tipos penais autônomos, previstos, respec-</p><p>tivamente, no art. 33, §§ 2º e 3º da Lei n. 11.343/2006.</p><p>IV – Certo. Trata-se da previsão do art. 41 da Lei n. 11.343/2006, que assim dispõe: “O indiciado</p><p>ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>89 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial</p><p>do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços”.</p><p>As afirmativas II e IV estão corretas.</p><p>Letra d.</p><p>016. (CESPE/PC – GO/DELEGADO/2017) Considerando o disposto na Lei n.º 11.343/2006 e</p><p>o posicionamento jurisprudencial e doutrinário dominantes sobre a matéria regida por essa lei,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>a) Em processo de tráfico internacional de drogas, basta a primariedade para a aplicação da</p><p>redução da pena.</p><p>b) Dado o instituto da delação premiada previsto nessa lei, ao acusado que colaborar volunta-</p><p>riamente com a investigação policial podem ser concedidos os benefícios da redução de pena,</p><p>do perdão judicial ou da aplicação de regime penitenciário mais brando.</p><p>c) É vedada à autoridade policial a destruição de plantações ilícitas de substâncias entorpe-</p><p>centes antes da realização de laudo pericial definitivo, por perito oficial, no local do plantio.</p><p>d) Para a configuração da transnacionalidade do delito de tráfico ilícito de drogas, não se exige</p><p>a efetiva transposição de fronteiras nem efetiva coautoria ou participação de agentes de esta-</p><p>dos diversos.</p><p>e) O crime de associação para o tráfico se consuma com a mera união dos envolvidos, ainda</p><p>que de forma individual e ocasional.</p><p>a) Errada. Não basta apenas a primariedade para aplicação da redução da pena no crime de</p><p>Tráfico Internacional de Drogas. Neste sentido, o art. 33, § 4º estabelece que</p><p>os delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a</p><p>dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades</p><p>criminosas nem integre organização criminosa.</p><p>b) Errada. A Lei n. 11.343/2006 prevê apenas a redução da pena, no caso de colaboração pre-</p><p>miada. Neste sentido, o art. 41 estabelece que</p><p>O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo</p><p>criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou</p><p>parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.</p><p>(grifamos).</p><p>c) Errada. O art. 40 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-</p><p>A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento</p><p>das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para</p><p>a preservação da prova.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>90 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>d) Certa. Trata-se de entendimento do STJ, que, na Súmula 587, afirma que</p><p>Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/2006, é desneces-</p><p>sária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da Federação, sendo suficiente a</p><p>demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual.</p><p>e) Errada. De acordo com entendimento do STJ Para a configuração do delito de associação</p><p>para o tráfico de drogas, é necessário o dolo, com estabilidade e permanência. (STJ – AgRg</p><p>no HC 541.979/SP, Rel. Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em 13/04/2020, DJe</p><p>17/04/2020)</p><p>Letra d.</p><p>017. (FUNCAB/PC – PA/2016) Sobre a Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006) e as normas que a</p><p>complementam, assinale a resposta correta.</p><p>a) O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado em dois anos.</p><p>b) A destruição de plantações ilícitas não pode se dar de forma imediata pelo Delegado de</p><p>Polícia, exigindo-se autorização judicial para tal.</p><p>c) Não pode o poder público autorizar o uso de plantas psicotrópicas para exclusiva finalidade</p><p>ritualística-religiosa.</p><p>d) Não há a previsão de condutas culposas na Lei n. 11.343, de 2006.</p><p>e) O analgésico morfina foi retirado das listas anexas à Portaria n. 344/ANVISA, de 1998, de</p><p>modo que não mais pode ser considerado uma droga para fins de aplicação da Lei n. 11.343.</p><p>a) Certa. O art. 30 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrup-</p><p>ção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. (grifamos).</p><p>b) Errada. O art. 32 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-</p><p>A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento</p><p>das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para</p><p>a preservação da prova. (grifamos).</p><p>c) Errada. O art. 2º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e</p><p>a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressal-</p><p>vada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de</p><p>Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso</p><p>estritamente ritualístico-religioso. (grifamos).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>91 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>d) Errada. O art. 38 prevê uma modalidade de crime culposo, ao tipificar a conduta de</p><p>Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em</p><p>doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:</p><p>e) Errada. A Morfina foi recolocado na Portaria n. 344/ANVISA (Anexo I, Lista A-1, n. 63), sendo</p><p>considerada droga, para fins de aplicação da Lei n. 11.343/2006.</p><p>Letra a.</p><p>018. (CESPE/PC – PE/DELEGADO/2016) Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver por-</p><p>tando certa quantidade de droga</p><p>para consumo pessoal e for abordada por um agente de</p><p>polícia, ela</p><p>a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato.</p><p>b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunida-</p><p>de e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa.</p><p>c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de servi-</p><p>ço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial.</p><p>a) Errada. A Lei n. 11.343/2006 não estabelece pena privativa de liberdade para o crime previs-</p><p>to no art. 28. No caso de reincidência, a pena de “prestação de serviços à comunidade” e de</p><p>“medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo” serão aplicadas pelo</p><p>prazo máximo de 10 (dez) meses, como prevê o art. 28, § 4º.</p><p>b) Errada. O art. 28, § 6º estabelece que</p><p>Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III,</p><p>a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I – admo-</p><p>estação verbal; II – Multa.</p><p>c) Errada. A pena de “medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo”</p><p>prescreve em 02 anos, nos termos do art. 30 da Lei n. 11.343/2006, que assim dispõe: “Pres-</p><p>crevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à inter-</p><p>rupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.”</p><p>d) Certa. Trata-se da previsão do art. 28, incisos I a III da Lei n. 11.343/2006.</p><p>e) Errada. Não será cabível a prisão em flagrante para os usuários de drogas, neste caso,</p><p>a autoridade policial irá lavrar o termo circunstanciado, como prevê o art. 48, § 2º da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>Letra d.</p><p>019. (FUNIVERSA/PC – DF/DELEGADO/2015) A respeito do tráfico ilícito de drogas e do uso</p><p>indevido de substância entorpecente, assinale a alternativa correta à luz da lei que rege a matéria.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>92 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>a) A lavratura do auto de prisão em flagrante do autor de crime de tráfico e o estabelecimento</p><p>da materialidade do delito prescindem de laudo de constatação da natureza e da quantida-</p><p>de da droga.</p><p>b) É cabível a prisão em flagrante do usuário de substância entorpecente, havendo, ou não,</p><p>concurso de crime com o delito de tráfico ilícito de entorpecentes.</p><p>c) É vedado à autoridade policial, ao encerrar inquérito relativo a crime de tráfico, indicar a</p><p>quantidade e a natureza da substância ou do produto apreendido.</p><p>d) O inquérito policial relativo ao crime de tráfico de substância entorpecente será concluído no</p><p>prazo de trinta dias se o indiciado estiver preso e, no de noventa dias, se estiver solto.</p><p>e) A destruição das drogas apreendidas somente poderá ser executada pelo juiz de direito ou</p><p>pela pessoa indicada pelo respectivo tribunal, vedando-se tal conduta ao delegado de polícia.</p><p>a) Errada. O art. 50, § 1º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,</p><p>é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou,</p><p>na falta deste, por pessoa idônea. (grifamos).</p><p>b) Errada. O crime previsto no art. 28 não admite prisão em flagrante ou pena privativa de liber-</p><p>dade. O art. 48, § 2º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo</p><p>o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o</p><p>compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requi-</p><p>sições dos exames e perícias necessários.</p><p>c) Errada. O art. 52, I da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, reme-</p><p>tendo os autos do inquérito ao juízo: I – relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justifican-</p><p>do as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substân-</p><p>cia ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as</p><p>circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; (grifamos).</p><p>d) Certa. Trata-se da previsão do art. 51 da Lei n. 11.343/2006, que assim dispõe:</p><p>O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90</p><p>(noventa) dias, quando solto.</p><p>e) Errada. O art. 50, § 4º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quin-</p><p>ze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (grifamos).</p><p>Letra d.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>93 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>020. (FUNCAB/PC – RO/DELEGADO/2014) Em relação à Lei n. 11.343/2006 (Lei Antidrogas),</p><p>no crime de tráfico de drogas, são causas que aumentam a pena do referido delito de um sexto</p><p>a dois terços, EXCETO:</p><p>a) o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão</p><p>de educação, poder familiar, guarda ou vigilância.</p><p>b) quando caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal.</p><p>c) o agente oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relaciona-</p><p>mento, para juntos a consumirem.</p><p>d) o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qual-</p><p>quer processo de intimidação difusa ou coletiva.</p><p>e) a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do</p><p>fato evidenciarem a transnacionalidade do delito.</p><p>a) Errada. A alternativa traz a causa de aumento de pena prevista no art. 40, II da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>b) Errada. A alternativa traz a causa de aumento de pena prevista no art. 40, V da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>c) Certa. A conduta de “Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu</p><p>relacionamento, para juntos a consumirem” constitui crime (e não causa de aumento de pena),</p><p>previsto no art. 33, § 3º da Lei n. 11.343/2006.</p><p>d) Errada. A alternativa traz a causa de aumento de pena prevista no art. 40, IV da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>e) Errada. A alternativa traz a causa de aumento de pena prevista no art. 40, I da Lei n.</p><p>11.343/2006.</p><p>Letra c.</p><p>021. (ACAFE/PC – SP/DELEGADO/2014) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a</p><p>Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006) e a Lei dos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990) no Brasil</p><p>é correto afirmar:</p><p>a) O tráfico ilícito de entorpecentes está entre as condutas mais criminalizadas pelo sistema</p><p>penal brasileiro, conforme estatísticas oficiais da clientela prisional realizadas pelo Ministério</p><p>da Justiça em 2013.</p><p>b) O tráfico ilícito de entorpecentes é crime hediondo punido com pena de reclusão de 5 (cinco)</p><p>a 15 (quinze) anos.</p><p>c) O tráfico ilícito de entorpecentes é crime insuscetível de anistia, graça e indulto, mas susce-</p><p>tível de fiança.</p><p>d) O porte de drogas para consumo pessoal é tipificado no artigo 28 da lei de drogas mas não</p><p>é mais</p><p>punido com pena de prisão nem submetido à prisão em flagrante, mas à medida de</p><p>internação compulsória.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>94 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>e) Divide-se a doutrina sobre a natureza jurídica da atual redação do artigo 28 da lei de drogas:</p><p>a) o porte de drogas para consumo próprio foi descriminalizado, não sendo mais considerado</p><p>crime; b) foi despenalizado; c) foi descarcerizado e d) é inconstitucional. A posição adotada</p><p>pelo Supremo Tribunal Federal é a da letra “a”.</p><p>a) Certa. De acordo com dados do Depen, os crimes relacionados às drogas, são os que mais</p><p>geram a prisão no Brasil.</p><p>b) Errada. O tráfico de drogas não é crime hediondo, é crime equiparado a hediondo.</p><p>c) Errada. O tráfico de drogas é inafiançável e insuscetível de graça anistia ou indulto como</p><p>estabelece o art. 5º, XLIII da CF/1988.</p><p>d) Errada. O porte de drogas para consumo pessoal é tipificado no artigo 28 da lei de drogas,</p><p>não é mais punido com pena de prisão nem submetido à prisão em flagrante ou à internação</p><p>compulsória.</p><p>e) Errada. De acordo com o STF, a conduta de tráfico de drogas para uso pessoal foi despe-</p><p>nalizada pela Lei n. 11.343/2006, mas não foi descriminalizada, não havendo de se falar em</p><p>abolitio crimiinis.</p><p>Letra a.</p><p>022. (ACAFE/PC – SC/DELEGADO/2014/ADAPTADA) Com relação à repressão à produção</p><p>não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, assinale a alternativa correta.</p><p>a) As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que recolhe-</p><p>rá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das con-</p><p>dições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a</p><p>preservação da prova.</p><p>b) Em caso de ser utilizada a queimada para destruir plantação ilícita, observar-se-á, além das</p><p>cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, a indispensável e prévia autorização do</p><p>órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama.</p><p>c) Os veículos, embarcações, aeronaves, e quaisquer outros meios de transporte, os maquiná-</p><p>rios, as armas de fogo, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para</p><p>a prática dos crimes definidos na Lei n. 11.343/2006, que instituiu o Sisnad, após a sua regular</p><p>apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia judiciária.</p><p>d) A destruição de drogas apreendidas será executada imediatamente pelo delegado de polícia</p><p>competente, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.</p><p>a) Certa. Trata-se da previsão do art. 32 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>b) Errada. Na hipótese descrita na alternativa, a autorização prévia do Sisnama é dispensada.</p><p>Neste sentido, o art. 32, § 3º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>95 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das cautelas</p><p>necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto n. 2.661, de 8 de julho de 1998,</p><p>no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Am-</p><p>biente – Sisnama.</p><p>c) Errada. O art. 60 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que “A apreensão de veículos, embarca-</p><p>ções, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instru-</p><p>mentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática, habitual ou não, dos crimes</p><p>definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária res-</p><p>ponsável pela investigação ao juízo competente.” Estes bens apreendidos não ficarão sob a</p><p>custódia judiciária, eles serão alienados, como prevê o art. 60, § 1º:</p><p>O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da comunicação de que trata o caput, determinará a</p><p>alienação dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma da legislação</p><p>específica.</p><p>d) Errada. Em se tratando de prisão em flagrante as drogas serão destruídas no prazo de 15</p><p>(quinze) dias, como prevê o art. 50, § 4º. Não sendo o caso de prisão em flagrante, esta des-</p><p>truição ocorrerá e, 30 (trinta) dias, como estabelece o art. 50-A.</p><p>Letra a.</p><p>023. (UEPA/PC – PA/DELEGADO/2013) A atual Lei de Drogas brasileira (Lei n. 11.343, de</p><p>2006) permite que se faça a seguinte afirmação:</p><p>a) policial militar que surpreende jovem fumando um cigarro de maconha pode prendê-lo em</p><p>flagrante e conduzi-lo a uma delegacia para instauração de inquérito.</p><p>b) indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de comemorar</p><p>seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo, todavia, por uma forma</p><p>mais branda do delito.</p><p>c) na situação de flagrante preparado, em que o policial se faz passar por comprador, a pri-</p><p>são em flagrante é ilegal, porque nenhuma ação ilícita teria sido praticada pelo traficante</p><p>no contexto.</p><p>d) a associação estável de pessoas, com vistas ao tráfico de drogas, constitui crime à parte,</p><p>porém não pode ser imputada simultaneamente com o tráfico, para evitar o bis in idem (dupla</p><p>punição pelo mesmo fato)</p><p>e) indivíduo que empresta dinheiro ao irmão traficante, uma única vez, com o objetivo de com-</p><p>pletar a quantia necessária para comprar certa quantidade de drogas, para revenda, deve res-</p><p>ponder pelo crime de financiamento do tráfico.</p><p>a) Errada. O art. 48 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo</p><p>o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>96 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requi-</p><p>sições dos exames e perícias necessários. (grifamos).</p><p>b) Certa. O indivíduo que fornece gratuitamente cocaína a amigos, com o único objetivo de co-</p><p>memorar seu aniversário, enquadra-se na condição de traficante, respondendo pelo crime pre-</p><p>visto no art. 33, § 3º da Lei n. 11.343/2006 (Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de</p><p>lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem), sujeito à pena de detenção,</p><p>de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos)</p><p>dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.</p><p>c) Errada. O flagrante preparado (ou provocado) é ilícito. Neste tipo de flagrante, a pessoa não</p><p>teria tomado a iniciativa de praticar a conduta criminosa se não tivesse sido estimulada, ou</p><p>induzida, por um terceiro provocador (que poderá ser, por exemplo, um policial disfarçado).</p><p>d) Errada. a associação para o tráfico constitui crime autônomo, e pode ser imputado simulta-</p><p>neamente com o crime de tráfico. De acordo com o STJ</p><p>Não acarreta bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 40 da</p><p>Lei n. 11. 343/2006 aos crimes de tráfico de drogas e de associação para fins</p><p>de tráfico,</p><p>porquanto são delitos autônomos, cujas penas devem ser calculadas e fixadas separada-</p><p>mente (STJ – Jurisprudência em Teses n. 131)</p><p>e) Errada. A maior parte da doutrina entende que o tipo penal do art. 36 é habitual (ou seja, exi-</p><p>ge a realização de práticas reiteradas de custeio e financiamento). De acordo com este enten-</p><p>dimento, quando as condutas de “financiar e custear” são praticadas sem habitualidade, não</p><p>haveria incidência do art. 36, e sim a participação em crime de tráfico, possibilitando, assim, a</p><p>incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, inciso VII.</p><p>Letra b.</p><p>024. (FGV/PC – MA/DELEGADO/2012) Com relação ao prazo para a conclusão do inquérito</p><p>policial instaurado para apurar a prática do crime de tráfico de entorpecentes, de acordo com</p><p>a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Será de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 30, na hipótese de o indiciado</p><p>estar solto.</p><p>b) Não poderá ultrapassar 30 dias, se o indiciado estiver preso.</p><p>c) Será de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto, podendo o</p><p>juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária,</p><p>triplicar tal prazo.</p><p>d) Excepcionalmente, quando requerido de forma fundamentada pela autoridade de polícia</p><p>judiciária, ouvido o Ministério Público, poderá ser de 180 dias, se o indiciado estiver solto.</p><p>e) Será de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 dias, quando estiver solto, podendo o</p><p>juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária,</p><p>duplicar tal prazo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>97 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>a) Errada. O art. 51 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90</p><p>(noventa) dias, quando solto. (grifamos).</p><p>b) Errada. Os prazos previstos no art. 51 (para conclusão do inquérito) poderão ser duplicados</p><p>pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia</p><p>judiciária.</p><p>c) Errada. O art. 50, § 1º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que os prazos de conclusão do</p><p>inquérito poderão ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justifi-</p><p>cado da autoridade de polícia judiciária.</p><p>d) Certa. O art. 51 da Lei n. 11.343/2006 prevê que o inquérito policial será concluído no prazo</p><p>de 90 dias, se o indiciado estiver solto. O § 1º deste artigo estabelece que este prazo poderá</p><p>ser duplicado pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da autoridade de polícia ju-</p><p>diciária. Nesta hipótese excepcional, o prazo de 90 dias passará a ser de 180 dias (90 + 90).</p><p>e) Errada. O art. 51 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90</p><p>(noventa) dias, quando solto. (grifamos).</p><p>Letra c.</p><p>025. (FGV/PC – AP/DELEGADO/2010) Relativamente à Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006),</p><p>analise as afirmativas a seguir:</p><p>I – Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos na Lei de Dro-</p><p>gas, é permitida a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, median-</p><p>te autorização do Ministério Público.</p><p>II – O crime de tráfico de drogas (art. 33, da Lei n. 11.343/2006) é inafiançável, insuscetível</p><p>de graça, indulto, anistia, liberdade provisória e livramento condicional.</p><p>III – Uma vez encerrado o prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias penden-</p><p>tes de realização, a autoridade de polícia judiciária relatará sumariamente as circuns-</p><p>tâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando</p><p>a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condi-</p><p>ções em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta,</p><p>a qualificação e os antecedentes do agente.</p><p>Assinale:</p><p>a) se somente a afirmativa I estiver correta.</p><p>b) se somente a afirmativa II estiver correta.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>98 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>c) se somente a afirmativa III estiver correta.</p><p>d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>e) se todas as afirmativas não estiverem corretas.</p><p>I – Errado. O art. 53 da Lei n. 11.434/2006 estabelece que é possível o procedimento investi-</p><p>gatório da infiltração policial, em qualquer fase da persecução, mediante autorização judicial</p><p>e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios. O MP não precisa</p><p>autorizar, mas precisa ser ouvido.</p><p>II – Errado. A vedação à concessão da liberdade provisória (art. 44, caput, da Lei n.</p><p>11.343/2006) foi declarada inconstitucional pelo STF, por ser incompatível com o princípio</p><p>da presunção de inocência. É cabível o livramento condicional após o cumprimento de dois</p><p>terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico, conforme estabelece o art.</p><p>44, parágrafo único da Lei.</p><p>III – Certo. Trata-se da previsão do art. 52, I da Lei n. 11.303/2006.</p><p>Letra c.</p><p>026. (FGV/PC – AP/DELEGADO/2010) O oferecimento da substância entorpecente Canna-</p><p>bis sativa L. (popularmente conhecida como maconha) a outrem sem objetivo de lucro e para</p><p>consumo conjunto constitui o seguinte crime:</p><p>a) posse de drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regula-</p><p>mentar para consumo pessoal (art. 28, da Lei n. 11.343/2006), punido com penas de ad-</p><p>vertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a</p><p>programa ou curso educativo.</p><p>b) conduta equiparada ao crime de tráfico de drogas (art. 33, § 3º, da Lei n. 11.343/2006)</p><p>punido com pena de detenção seis meses a um ano, pagamento de 700 (setecentos) a 1.500</p><p>(mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas de advertência, prestação de serviços</p><p>à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>c) cultivo de plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou pro-</p><p>duto capaz de causar dependência física ou psíquica para uso pessoal (art. 28, § 1º, da Lei</p><p>n. 11.343/2006) punido com penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e</p><p>medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>d) tráfico de drogas (art. 33, da Lei n. 11.343/2006), punido com pena de reclusão de cinco a</p><p>quinze anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.</p><p>e) posse de drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regula-</p><p>mentar para consumo pessoal (art. 28, da Lei n. 11.343/2006), punido com penas de deten-</p><p>ção de seis meses a dois anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos)</p><p>dias-multa.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>99 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>O oferecimento da substância entorpecente Cannabis sativa</p><p>L. (popularmente conhecida como</p><p>maconha) a outrem sem objetivo de lucro e para consumo conjunto constitui crime equiparável</p><p>ao tráfico de drogas, previsto no art. 33, § 3º da Lei n. 11.343/2006, com a seguinte redação:</p><p>§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para</p><p>juntos a consumirem:</p><p>Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e</p><p>quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.</p><p>Letra b.</p><p>027. (FUNCAB/PC – RO/DELEGADO/2009) A respeito da disciplina normativa prevista na Lei</p><p>n. 11.343/2006, também conhecida como Lei Antidrogas, é correto afirmar que:</p><p>a) nos crimes tratados por essa lei, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta)</p><p>dias se o indiciado estiver preso, e de 60 (sessenta) dias, quando solto.</p><p>b) a conduta daquele que traz consigo droga sem autorização ou em desacordo com determi-</p><p>nação legal ou regulamentar para uso próprio, submete-se ao procedimento estabelecido na</p><p>Lei n. 9.099/95.</p><p>c) no crime de tráfico ilícito de entorpecentes, a denúncia poderá ser oferecida sem o laudo</p><p>prévio, desde que, no momento da sentença, já exista laudo definitivo confirmando a natureza</p><p>da substância.</p><p>d) na defesa prévia, somente poderão ser arroladas testemunhas e requeridas diligências.</p><p>e) a infiltração de agentes de polícia é expressamente vedada na investigação dos crimes pre-</p><p>vistos nessa lei.</p><p>a) Errada. O art. 51 da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90</p><p>(noventa) dias, quando solto. (grifamos).</p><p>b) Certa. O crime previsto no art. 28 constitui infração penal de menor potencial ofensivo, es-</p><p>tando submetido às regras procedimentais da Lei n. 9.099/1995.</p><p>c) Errada. O Art. 50 § 1º da Lei n. 11.343/2006 estabelece que</p><p>Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito,</p><p>é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou,</p><p>na falta deste, por pessoa idônea.</p><p>d) Errada. O art. 55 § 1º da Lei n. 11.343/2006 prevê que</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>100 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá arguir preliminares e</p><p>invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que</p><p>pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. (grifamos).</p><p>e) Errada. A infiltração por agentes de polícia é admitida no art. 53, I da Lei n. 11.343/2006.</p><p>Letra b.</p><p>028. (INSTITUTO AOCP/INVESTIGADOR/2019) Considerando o disposto na Lei n.</p><p>11.343/2006 (Lei Antidrogas), assinale a alternativa correta.</p><p>a) Constitui crime punido com pena de reclusão a conduta de oferecer droga, eventualmente e</p><p>sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem.</p><p>b) A Lei n. 11.343/2006 não criminaliza a conduta de conduzir embarcação ou aeronave após</p><p>o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.</p><p>c) Quem adquirir, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com de-</p><p>terminação legal ou regulamentar poderá ser submetido à pena de prestação de serviços à</p><p>comunidade.</p><p>d) Prescreve em 1 ano a imposição e a execução da pena para quem adquirir, para consumo</p><p>pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.</p><p>e) O tráfico transnacional de drogas não configura uma causa de aumento de pena.</p><p>a) Errada. A conduta descrita está prevista no art. 33, § 3º e é submetida a pena de</p><p>detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhen-</p><p>tos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.</p><p>b) Errada. A conduta descrita constitui crime, previsto no art. 39 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>c) Certa. A alternativa descreve o crime de porte de drogas para consumo pessoal, previsto no</p><p>art. 28 da Lei de Drogas e sujeito às penas de</p><p>I – advertência sobre os efeitos das drogas;</p><p>II – prestação de serviços à comunidade.</p><p>d) Errada. A prescrição será de 2 (dois) anos, conforme prevê o art. 30 da Lei de Drogas.</p><p>e) Errada. O tráfico transnacional de drogas constitui causa de aumento de pena previsto no</p><p>art. 40, I da Lei n. 11.343/2006.</p><p>Letra c.</p><p>029. (VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS – SP/GUARDA MUNICIPAL/2019) A Lei Fede-</p><p>ral n. 11.343/2006 estabelece que, se um indivíduo trouxer consigo, comprovadamente, para</p><p>consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou re-</p><p>gulamentar,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>101 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>a) não ficará sujeito a qualquer tipo de pena.</p><p>b) ficará sujeito, entre outras penas, à prestação de serviços à comunidade.</p><p>c) poderá ser punido com a pena de prisão.</p><p>d) poderá ser obrigado a comparecer a programa ou curso educativo pelo período de 12 meses.</p><p>e) ficará sujeito, entre outras, à pena de detenção.</p><p>a) Errada. Embora não haja pena de restrição de liberdade, o crime de porte de drogas para</p><p>consumo pessoal é sujeito à pena, prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>b) Certa. O art. 28, II da Lei de Drogas prevê a pena de prestação de serviços à comunidade ao</p><p>crime de porte de drogas para consumo pessoal.</p><p>c) Errada. A Lei n. 11.343/2006 não prevê a pena de prisão ao crime de porte de droga para</p><p>consumo pessoal.</p><p>d) Errada. De acordo com o art. 28, § 3º, a pena de comparecimento a programa ou curso edu-</p><p>cativo será aplicada pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. Se houver reincidência o prazo</p><p>máximo será de 10 meses (como prevê o art. 28, § 4º).</p><p>e) Errada. Não há previsão da pena de detenção ao crime previsto no art. 28 da Lei de Drogas.</p><p>Letra b.</p><p>030. (FEPESE/SJC – SC/AGENTE PENITENCIÁRIO/2019) A respeito do procedimento penal</p><p>previsto na Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, relacionado com a repressão à produção</p><p>não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia,</p><p>por escrito, no prazo de 10 dias.</p><p>b) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará comunicação imediata</p><p>ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao represen-</p><p>tante do Ministério Público, em 72 horas.</p><p>c) A destruição das drogas será executada pelo escrivão de polícia no prazo de 90 dias na pre-</p><p>sença do Delegado de Polícia e da autoridade sanitária.</p><p>d) O inquérito policial será concluído no prazo de 60 dias, se o indiciado estiver preso, e de 120</p><p>dias, quando solto.</p><p>e) Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das</p><p>testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao defensor do acusado e ao representan-</p><p>te do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 20 minutos para cada um.</p><p>a) Certa. Trata-se da previsão contida no art. 55 da Lei n. 11.340/2006.</p><p>b) Errada. O art. 50 da Lei de Drogas estabelece que</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se</p><p>aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>102 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação</p><p>ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Minis-</p><p>tério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. (grifo nosso).</p><p>c) Errada. O art. 50, § 4º estabelece que</p><p>A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quin-</p><p>ze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (grifos nossos).</p><p>d) Errada. De acordo com o art. 51 da Lei de Drogas</p><p>O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90</p><p>(noventa) dias, quando solto. (grifos nossos).</p><p>e) Errada. O art. 57 da Lei de Drogas prevê que</p><p>Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das teste-</p><p>munhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao defensor</p><p>do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por</p><p>mais 10 (dez), a critério do juiz.</p><p>Letra a.</p><p>031. (IDECAN/PC – CE/INSPETOR/2021) A Lei n. 11.343/2006 – Lei de Drogas – revogou a</p><p>antiga Lei de Entorpecentes – 6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inova-</p><p>ções: a retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente previsto no artigo</p><p>28 da Lei n. 11.343/2006. O Superior Tribunal de Justiça possui um grande acervo jurisprudencial</p><p>sobre o tema. Assinale a afirmativa que está em DESACORDO com a jurisprudência do STJ.</p><p>a) A inobservância do art. 55 da Lei n. 11.343/2006, que determina o recebimento da denúncia</p><p>após a apresentação da defesa prévia, constitui nulidade relativa quando forem demonstrados</p><p>os prejuízos suportados pela defesa.</p><p>b) É prescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infra-</p><p>ção disciplinar e a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabele-</p><p>cimento prisional.</p><p>c) A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera irregularidade que não</p><p>tem o condão de anular o referido exame.</p><p>d) As contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência,</p><p>mostrando-se, portanto, desproporcional que condenações anteriores pelo delito do art. 28 da</p><p>Lei n. 11.343/2006 configurem reincidência, uma vez que não são puníveis com pena privativa</p><p>de liberdade.</p><p>e) É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência</p><p>das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da</p><p>Lei 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>103 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>a) Certa. Trata-se de entendimento do STJ previsto na Jurisprudência em Teses 131, n. 02.</p><p>b) Errada. De acordo com o STJ</p><p>É imprescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infração</p><p>disciplinar e a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabelecimento</p><p>prisional. (Jurisprudência em Teses 131, n. 11).</p><p>c) Certa. Trata-se de entendimento do STJ, previsto na Jurisprudência em teses 131, n. 4.</p><p>d) Certa. Trata-se de entendimento do STJ, previsto na Jurisprudência em teses 131, n. 7.</p><p>e) Certa. Trata-se de entendimento do STJ, previsto na Jurisprudência em teses 131, n. 01.</p><p>Letra b.</p><p>032. (INSTITUTO AOCP/PC – PA/ESCRIVÃO/2021) No que concerne à Lei de Drogas (Lei n.</p><p>11.343/2006), assinale a alternativa correta.</p><p>a) Prescrevem em dois anos a imposição e a execução das penas no tocante ao crime de porte</p><p>de drogas para consumo pessoal.</p><p>b) A pena de prestação de serviços à comunidade, no caso de porte de drogas para consumo</p><p>pessoal, será aplicada pelo prazo máximo de seis meses.</p><p>c) Em caso de reincidência no crime de porte de drogas para consumo pessoal, a pena de pres-</p><p>tação de serviços à comunidade poderá ser aplicada pelo prazo máximo de um ano.</p><p>d) A internação involuntária, nos casos de tratamento do usuário de drogas, perdurará apenas</p><p>pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de cento e vinte dias, tendo seu</p><p>término determinado pelo médico responsável.</p><p>e) O inquérito policial será concluído no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver preso, e de</p><p>sessenta dias, quando solto.</p><p>a) Certa. A prescrição de 2 (dois) anos para o crime de porte de drogas para consumo pessoal</p><p>está previsto no art. 30 da Lei n. 11.343/2006.</p><p>b) Errada. A pena de prestação de serviços à comunidade, no caso de porte de drogas para consumo</p><p>pessoal, será aplicada pelo prazo máximo de cinco (cinco) meses. (art. 28, § 3º da Lei de Drogas).</p><p>c) Errada. Em caso de reincidência no crime de porte de drogas para consumo pessoal, a pena</p><p>de prestação de serviços à comunidade poderá ser aplicada pelo prazo máximo de 10 (dez)</p><p>meses. (art. 28, § 4º da Lei n. 11.343/2006).</p><p>d) Errada. Art. 23-A, § 5º da Lei n. 11.343/2006</p><p>A internação involuntária: III – perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo</p><p>máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável. (grifo nosso).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>104 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>e) Errada. Art. 51 da Lei n. 11.343/2006:</p><p>O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90</p><p>(noventa) dias, quando solto.</p><p>Letra a.</p><p>033. (FCC/IAPEN – AP/AGENTE PENITENCIÁRIO/2018) O crime de posse de drogas para</p><p>uso pessoal (art. 28 da Lei n. 11.343/2006) está submetido à pena de</p><p>a) reclusão em regime fechado.</p><p>b) advertência sobre os efeitos das drogas.</p><p>c) liberdade assistida.</p><p>d) perda de bens e valores.</p><p>e) detenção em regime aberto.</p><p>O crime de posse de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei n. 11.343/2006) está sujeito</p><p>às seguintes penas:</p><p>I – advertência sobre os efeitos das drogas;</p><p>II – prestação de serviços à comunidade;</p><p>III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>Letra b.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>105 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALENCAR, Rosmar Rodrigues; ARAÚJO, Fábio Roque; TÁVORA, Nestor; Legislação Penal para</p><p>Concursos. Editora JusPODIVM, 2021.</p><p>ARAÚJO, Fábio Roque; COSTA, Klaus Negri. Processo Penal Didático. 4ª ed. Salvador: Editora</p><p>JusPODIVM, 2021.</p><p>ARAÚJO, Fábio Roque; TÁVORA, Nestor. Código de Processo Penal para concursos. 10ª ed.</p><p>Salvador: Editora JusPODIVM, 2021.</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Texto constitucional pro-</p><p>mulgado em 5 de outubro de 1988, com alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais,</p><p>até a de n. 97,</p><p>de 4 de outubro de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/</p><p>constituicao/constituicao.htm.</p><p>BRASIL. Lei n. 8072/90. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII,</p><p>da Constituição Federal, e determina outras providências. Disponível em http://www.planalto.</p><p>gov.br/ccivil_03/leis/L8072compilada.htm</p><p>BRASIL. Lei n. 7.210/1984. Institui a Lei de Execução Penal. Disponível em http://www.planal-</p><p>to.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm</p><p>BRASIL. Decreto-Lei 2484/1940. Institui o Código Penal. Disponível em http://www.planalto.</p><p>gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm</p><p>BRASIL. Lei n. 11.343/2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas</p><p>– Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de</p><p>usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autori-</p><p>zada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Disponível em http://</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm</p><p>BRASIL. Lei 9.455/97. Define os crimes de tortura e dá outras providências. Disponível em</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9455.htm</p><p>BRASIL. Lei 13.260/16. Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5º da Constituição Fe-</p><p>deral, disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e refor-</p><p>mulando o conceito de organização terrorista; e altera as Leis n º 7.960, de 21 de dezembro de</p><p>1989, e 12.850, de 2 de agosto de 2013. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_</p><p>ato2015-2018/2016/lei/l13260.htm</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>106 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>BRASIL. Lei n. 13.964/2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. Disponível em</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13964.htm</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>art33iv</p><p>art50§3</p><p>_Hlk102462981</p><p>Apresentação</p><p>Lei n. 11.343/2006 – Lei de Drogas</p><p>1. Considerações Iniciais sobre a Lei n. 11.343/2006</p><p>1.1. Mandado de Criminalização – Art. 5º, XLIII, da CF/1988</p><p>1.2. Expressão “Droga” e a Norma Penal em Branco Heterogênea</p><p>1.3. Exceções à Proibição de Drogas no Território Nacional</p><p>2. Porte de Drogas para Consumo Pessoal (Art. 28)</p><p>3. Título IV da Lei n. 11.343/2006: da Repressão à Produção não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas</p><p>3.1. Destruição das plantações ilícitas e expropriação de glebas em que se localizem culturas ilegais de plantas psicotrópicas (art. 32)</p><p>4. Crime de Tráfico de Drogas (Art. 33 da Lei n. 11.343/2006)</p><p>4.1. Crime Equiparado a Hediondo (Arts. 33, Caput e § 1º, Arts. 34, 36 e 37 da Lei de Drogas)</p><p>4.2. Características do Crime de Tráfico de Drogas Previsto no Art. 33 da Lei n. 11.343/2006</p><p>4.3. Figuras Equiparadas ao Tráfico de Droga (Art. 33, § 1º da Lei n. 11.343/2006)</p><p>4.4. Art. 34, § 4º: causa de diminuição de pena para os crimes de tráfico (art. 33) e para os crimes equiparados ao tráfico (art. 33, § 1º) – “Tráfico Privilegiado”</p><p>5. Art. 33, § 2º: Induzir, Instigar ou Auxiliar Alguém ao Uso Indevido de Droga</p><p>6. Art. 33, § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem</p><p>7. Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação</p><p>8. Art. 35. Associação para o tráfico: associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei</p><p>9. Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei</p><p>9.1. Realização das condutas descritas no art. 36 juntamente com a participação direta no crime de tráfico de drogas</p><p>10. Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei</p><p>11. Causas de Aumento de Pena para os Crimes Previstos entre os Arts. 33 a 37</p><p>12. Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar</p><p>13. Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem</p><p>13.1. Qualificadora do Crime Previsto no Art. 39: se Destinar a Transporte Coletivo de Passageiros</p><p>14. Colaboração Premiada (Art. 41)</p><p>15. Circunstâncias Judiciais para a Aplicação da Pena (Art. 42)</p><p>16. Fixação da Pena de Multa nos Crimes Previstos nos Arts. 33 a 39 da Lei n. 11.343/2006</p><p>17. Vedações Previstas no Art. 44 da Lei n. 11.343/2006</p><p>18. Ininputabilidade e Semi-Imputabilidade Causadas pelo Consumo de Drogas</p><p>18.1. Inimputabilidade (Art. 45)</p><p>18.2. Semi-imputabilidade (Art. 46)</p><p>19. Quanto ao Procedimento Penal Aplicado à Lei de Drogas</p><p>19.1. Fase Investigativa (Art. 50 a 53)</p><p>19.2. Instrução Criminal</p><p>Resumo</p><p>Mapas Mentais</p><p>Questões de Concurso</p><p>Gabarito</p><p>Gabarito Comentado</p><p>Referências</p><p>AVALIAR 5:</p><p>Página 107:</p><p>3) Penas: o crime de porte de drogas para consumo pessoal poderá ser submetido às se-</p><p>guintes sanções penais:</p><p>a) Advertência sobre os efeitos das drogas;</p><p>b) Prestação de serviços à comunidade;</p><p>c) Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>As penas previstas no art. 28 se diferem das penas restritivas de direito previstas no Códi-</p><p>go Penal por possuírem duas características:</p><p>a) Não substitutividade: ao contrário do que ocorre com as penas restritivas de direito do</p><p>Código Penal, as penas previstas no art. 28 da Lei n. 11.343/2006 não são substitutivas</p><p>de uma pena privativa de liberdade. Note bem! A Lei de Drogas não prevê pena de restri-</p><p>ção da liberdade à usuários.</p><p>b) Não conversibilidade: ao contrário do que ocorre com o Código Penal, as penas do art.</p><p>28 da Lei n. 11.343/2006 não podem ser convertidas em pena privativa de liberdade, no</p><p>caso de descumprimento.</p><p>4) Não é cabível nenhuma modalidade de prisão para o crime de porte de drogas para</p><p>consumo pessoal. Em razão disso, a doutrina aponta que, após a entrada em vigor da Lei</p><p>n. 11.343/2006, houve a “descarcerização” ou “despenalização em sentido estrito”, deste</p><p>tipo penal.</p><p>Perceba que não será possível a prisão em flagrante pelo crime de porte de drogas para</p><p>consumo pessoal! Neste caso, o agente de polícia irá conduzir o possuidor da droga à Delega-</p><p>cia para prestar esclarecimentos e informações. A droga, deverá ser apreendida e destruída,</p><p>após a realização do exame de constatação. Porém, a autoridade policial não promoverá a</p><p>lavratura do auto de prisão em flagrante.</p><p>5) Possibilidade de cumulação e de substituição das penas previstas no art. 28 da Lei n.</p><p>11.343/2006: de acordo com o art. 27 da Lei de drogas, as penas, pelo porte de drogas para</p><p>consumo pessoal, poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa. Este mesmo artigo</p><p>estabelece também que, ao se constatar, no caso concreto, que a pena inicialmente aplicada</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>10 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>não atendeu à sua finalidade, será possível que o juiz a substitua por outra, também prevista</p><p>no art. 28, desde que o membro do Ministério Público e o defensor sejam previamente ouvidos.</p><p>Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem</p><p>como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.</p><p>A substituição da pena aplicada ao usuário de drogas ocorrerá quando o juiz notar, no caso</p><p>concreto, a ineficácia da medida inicialmente cominada. Porém esta substituição, prevista no</p><p>art. 27, não ocorre em caso de descumprimento da pena pelo condenado! A hipótese de des-</p><p>cumprimento está prevista no art. 28, § 6º da Lei de Drogas.</p><p>6) Medidas coercitivas em caso de descumprimento da pena: O art. 28, § 6º da Lei n.</p><p>11.343/2006 prevê que, caso o condenado por crime de porte de droga para consumo próprio</p><p>descumpra, de forma injustificada, à pena a ele aplicada, o juiz poderá submetê-lo aos seguin-</p><p>tes meios coercitivos:</p><p>a) admoestação verbal;</p><p>b) multa.</p><p>É importante deixar claro, desde já que estas medidas não constituem pena, e sim meios</p><p>coercitivos para que o condenado cumpra as penalidades que lhe foram cominadas por deci-</p><p>são judicial.</p><p>Como vimos, as penas do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 não podem ser convertidas em</p><p>pena privativa de liberdade, no caso de descumprimento. Ou seja, o crime de porte de drogas</p><p>para consumo pessoal possui a característica da não conversibilidade. Assim, caso o conde-</p><p>nado não cumpra a sentença judicial o magistrado não poderá prendê-lo, devendo, no caso,</p><p>aplicar-lhe sucessivamente, as medidas coercitivas de admoestação verbal e multa.</p><p>Perceba, ainda, que as medidas coercitivas previstas no art. 28, § 6º da Lei n. 11.343/2006</p><p>deverão ser aplicadas de forma sucessiva. Assim, só haverá aplicação da multa se o condena-</p><p>do já tiver passado pela admoestação verbal e, ainda assim, não tiver cumprido a pena estipu-</p><p>lada pelo juiz.</p><p>Perceba que a multa não é uma penalidade aplicada ao crime de porte de drogas para</p><p>consumo pessoal! Em outras palavras, esta multa não constitui pena, e sim medida coercitiva,</p><p>aplicada pelo juiz, caso o condenado pelo crime previsto no art. 28 descumpra, novamente, a</p><p>sanção penal que lhe foi aplicada.</p><p>Quanto à fixação e destinação da multa, o art. 29 da Lei n. 11.343/2006 prevê que:</p><p>Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6º do art. 28, o juiz, aten-</p><p>dendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior</p><p>a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade</p><p>econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.</p><p>Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6º do art. 28</p><p>serão creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>11 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>7) Tratamento especializado ao usuário: o § 7º do art. 28, estabelece que “O juiz determi-</p><p>nará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de</p><p>saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado”.</p><p>Note que este parágrafo é um comando destinado ao Poder Público, e não ao usuário.</p><p>Assim, o tratamento especializado não constitui pena, logo, não será cabível a sanção ou apli-</p><p>cação de medidas coercitivas caso o usuário se recuse a realizar o tratamento.</p><p>8) Comprovação da materialidade do delito: o STJ entende que a comprovação da mate-</p><p>rialidade do delito de porte de drogas para consumo pessoal ocorre por meio da elaboração de</p><p>laudo de constatação da substância:</p><p>A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (art. 28</p><p>da Lei n. 11.343/2006) exige a elaboração de laudo de constatação da substância entor-</p><p>pecente que evidencie a natureza e a quantidade da substância apreendida (STJ – Juris-</p><p>prudência em Teses n. 131, Item 12).</p><p>9) Norma Penal em Branco Heterogênea: é importante, ainda, lembrarmos que o crime pre-</p><p>visto no art. 28, assim como os demais tipos penais previstos na Lei n. 11.343/2006, configura</p><p>norma penal em branco heterogênea, cujo conceito de “droga” é complementado (especifica-</p><p>do) pela portaria n. 344 da ANVISA.</p><p>10) Elemento Subjetivo: este crime só poderá ser praticado de forma dolosa, devendo, as-</p><p>sim, estar presentes o binômio “consciência e vontade” de praticar uma, ou mais, das condutas</p><p>descritas no art. 28. Exige-se, ainda, a presença do dolo específico (especial finalidade no agir),</p><p>consistente no objetivo de consumir a substância listada na Portaria da Anvisa.</p><p>11) Diferença entre usuário e traficante: muitas das condutas previstas no crime de porte</p><p>ilegal de drogas para uso pessoal também estão dispostas no crime de tráfico de drogas (pre-</p><p>visto no art. 33). A diferença básica, e mais importante, entre estas duas infrações repousa</p><p>na finalidade do agente, ou seja, no dolo específico. Isto porque, no caso do art. 28, o agente</p><p>realiza os núcleos do tipo com o objetivo de fazer consumo pessoal da droga.</p><p>A doutrina aponta dois sistemas que são utilizados para a diferenciação entre usuário e</p><p>traficante. Vamos a</p><p>eles...</p><p>a) Sistema de quantificação legal: Neste modelo, a lei estabelece parâmetros quantitati-</p><p>vos para diferenciar usuário de traficante. Ou seja, a depender da quantidade de droga</p><p>apreendida, o agente será enquadrado como usuário ou como traficante. Este sistema</p><p>é bastante criticado por sua baixa eficácia, já que, na prática, é comum que traficantes</p><p>portem pequenas quantidades de droga, que não ultrapassem o patamar legislativo,</p><p>para serem enquadrados como meros usuários, caso haja flagrante.</p><p>b) Sistema de reconhecimento judicial ou policial: É o sistema adotado no Brasil. Neste,</p><p>não há um patamar quantitativo para configuração de usuário e traficante. A lei prevê</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>12 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>alguns critérios que devem ser analisados à luz de cada caso concreto, inicialmente</p><p>pela autoridade policial (em uma eventual prisão em flagrante) e, posteriormente, pela</p><p>autoridade judiciária. Deste modo, o art. 28, § 2º estabelece que:</p><p>Art. 28, § 2º: Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza</p><p>e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às</p><p>circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.</p><p>Assim, de acordo com o Sistema de reconhecimento judicial ou policial (adotado no Brasil),</p><p>serão adotados os seguintes critérios para aferir se a droga era destinada a uso pessoal ou</p><p>ao tráfico:</p><p>a) à natureza e à quantidade da substância apreendida;</p><p>b) ao local e às condições em que se desenvolveu a ação;</p><p>c) às circunstâncias sociais e pessoais;</p><p>d) à conduta e aos antecedentes do agente.</p><p>Em tese, a dúvida em relação ao enquadramento da conduta do agente deve militar em</p><p>seu favor (in dubio pro reo), de modo a enquadrar o sujeito ativo como usuário, por ser um tipo</p><p>penal mais benéfico a este.</p><p>12) Figura equiparada ao crime de porte de drogas para consumo pessoal (Art. 28, § 1º):</p><p>o art. 28, § 1º traz uma figura equiparada ao crime de porte de drogas para consumo pessoal,</p><p>ao dispor que</p><p>Art. 28, § 1º. Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou</p><p>colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de</p><p>causar dependência física ou psíquica.</p><p>Desta maneira, aquele que pratica as condutas de “semear, cultivar ou colher” plantas des-</p><p>tinadas à preparação de pequena quantidade de droga para consumo pessoal, responderá</p><p>com as mesmas penas previstas no caput do art. 28, quais sejam: a) advertência sobre os</p><p>efeitos das drogas; b) prestação de serviços à comunidade; c) medida educativa de compare-</p><p>cimento a programa ou curso educativo. Estas penalidades, por sua vez, poderão ser aplicadas</p><p>de forma isolada ou cumulativa, a depender do caso concreto.</p><p>Este dolo específico (de produzir a substância para consumo pessoal) é o principal ele-</p><p>mento diferenciador entre o crime previsto no art. 28, § 1º e aquele previsto no art. 33, § 1º, II,</p><p>o qual estabelece que:</p><p>Art. 33, § 1º, II. Nas mesmas penas incorre quem: semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização</p><p>ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em maté-</p><p>ria-prima para a preparação de drogas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>13 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Nesta hipótese, descrita no art. 33, § 1º, II, o agente pratica a conduta com a finalidade de</p><p>comercializar a droga ou a entregá-la a consumo, equiparando-se, assim, ao crime de tráfico,</p><p>sujeito à pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a</p><p>1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.</p><p>Outra diferença entre a infração prevista no art. 28, § 1º e a disposta no art. 33, § 1º, II con-</p><p>siste na quantidade do produto. Isto porque, no crime equiparado ao porte de drogas para con-</p><p>sumo pessoal, a planta, “semeada, cultivada ou colhida” pelo agente, destina-se à preparação</p><p>de pequena quantidade de substância. Contudo, a Lei n. 11.343/2006 não define o que seria</p><p>esta “pequena quantidade”, cabendo ao julgador, fazer esta análise à luz do caso concreto.</p><p>O objeto material do crime previsto no art. 28, § 1º é a planta que servirá de matéria prima</p><p>para a produção da substância, e não a droga em si.</p><p>13) Prazo prescricional de 2 (dois) anos para imposição e execução das penas previstas</p><p>no art. 28 da Lei n. 11.343/2006: o Art. 30 da Lei de Drogas prevê que:</p><p>Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à</p><p>interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.</p><p>O crime de porte de drogas para consumo pessoal prescreve em 2 (dois) anos. Este prazo</p><p>se refere tanto à prescrição da pretensão punitiva (poder de aplicar a pena) quanto à prescri-</p><p>ção da pretensão executória (poder estatal de executar a pena cominada por sentença transi-</p><p>tada em julgado).</p><p>Em relação à interrupção do prazo prescricional, há uma imprecisão no art. 30 da Lei n.</p><p>11.343/2006 ao fazer menção ao art. 107 do Código Penal. Isto porque, o artigo do Código que</p><p>trata sobre o tema é o 117.</p><p>Deste modo, com base no art. 117 do CP, o curso do prazo prescricional é interrompido nas</p><p>seguintes hipóteses:</p><p>a) pelo recebimento da denúncia ou da queixa;</p><p>b) pela pronúncia;</p><p>c) pela decisão confirmatória da pronúncia;</p><p>d) pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;</p><p>e) pelo início ou continuação do cumprimento da pena;</p><p>f) pela reincidência.</p><p>De acordo com o art. 117, § 2º do CP, “interrompida a prescrição todo o prazo começa a</p><p>correr, novamente, do dia da interrupção”, exceto se esta interrupção tiver ocorrido em razão do</p><p>início ou continuação do cumprimento da pena.</p><p>Algumas condutas previstas no art. 28 configuram crimes permanentes (“ter em depósito,</p><p>transportar, trazer consigo e guardar”). Nestas hipóteses, o prazo prescricional só começará a</p><p>correr a partir do dia em que cessar a permanência, como prevê o art. 111, III do Código Penal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>14 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>3. títuLo iV dA Lei n. 11.343/2006: dA repressão à produção não Au-</p><p>torizAdA e Ao tráFiCo iLíCito de drogAs</p><p>O art. 31 ao 64 da Lei de Drogas refere-se à “repressão à produção não autorizada e ao</p><p>tráfico ilícito de drogas”. Como vimos, as drogas são, em regra, proibidas em todo o território</p><p>nacional, deste modo, o art. 31 estabelecer que:</p><p>Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar,</p><p>transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transpor-</p><p>tar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-</p><p>-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais.</p><p>Com base neste dispositivo, a realização de condutas</p><p>referentes às drogas, ou às matérias-</p><p>-primas destinadas à sua produção, dependerá de licença prévia da autoridade competente,</p><p>com observação das demais exigências legais. Atualmente, esta licença será concedida pela</p><p>Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, conforme prevê a Portaria SVS/MS</p><p>n. 344, em seu art. 2º.</p><p>Perceba que a realização das condutas descritas no art. 31 dependerão de Licença Prévia!</p><p>Logo, a licença prévia da autoridade competente torna o fato atípico! Já a Licença Posterior,</p><p>não afasta a tipicidade da conduta.</p><p>3.1. destruição dAs pLAntAções iLíCitAs e eXpropriAção de gLebAs eM</p><p>que se LoCALizeM CuLturAs iLegAis de pLAntAs psiCotrópiCAs (Art. 32)</p><p>O art. 32 da Lei n. 11.343/2006 estabelece o procedimento para a destruição de plantações</p><p>ilícitas, dispondo que:</p><p>Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do</p><p>art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levanta-</p><p>mento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessá-</p><p>rias para a preservação da prova.</p><p>§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além das cautelas</p><p>necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto n. 2.661, de 8 de julho de 1998,</p><p>no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Am-</p><p>biente – Sisnama.</p><p>§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art.</p><p>243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.</p><p>Perceba que este artigo trata da destruição de plantações ilícitas que produzem a matéria</p><p>prima para a produção das drogas. O art. 32 não regula a destruição da droga em si!!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2661.htm</p><p>15 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Ao contrário do que ocorre com a destruição de drogas, a destruição das plantações ilíci-</p><p>tas será realizada de forma imediata, não dependendo de autorização judicial ou parecer do</p><p>Ministério Público. Do mesmo modo, este ato de destruição não precisará ser acompanhado</p><p>pelo promotor de justiça ou pelo representante da autoridade sanitária3.</p><p>O procedimento de destruição das plantações ilícitas será determinado pelo Delegado de</p><p>Polícia, que deverá observar as cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente e o respeito</p><p>ao Decreto n. 2.661/98 (que estabelece normas de precaução relativas ao emprego do fogo</p><p>em práticas agropastoris e florestais). Entretanto, é dispensada a autorização prévia do Sisna-</p><p>ma (Sistema Nacional do Meio Ambiente) para a realização do ato.</p><p>A destruição das plantações ilícitas será realizada pelo Delegado de Polícia, independentemen-</p><p>te de decisão judicial, de parecer do Ministério Público ou autorização prévia do Sisnama. O ato</p><p>não precisa ser acompanhado pelo Promotor de Justiça ou por representante da autoridade</p><p>sanitária. O proprietário não terá direito à indenização.</p><p>O § 4º do art. 32 da Lei de Drogas prevê que “as glebas cultivadas com plantações ilícitas</p><p>serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com</p><p>a legislação em vigor”.</p><p>Deste modo, o cultivo ilegal de plantas psicotrópicas dará ensejo ao ajuizamento de ação</p><p>expropriatória, regulada pela Lei n. 8.257/1991.</p><p>Importante pontuar que o ajuizamento da ação expropriatória não depende do trânsito</p><p>em julgado de processo criminal em que se apura a existência de crimes previstos na Lei n.</p><p>11.343/2006 (a exemplo do tráfico de drogas ou condutas a este equiparadas).</p><p>O cultivo de plantações ilícitas dará ensejo ao ajuizamento de ação expropriatória ainda</p><p>que a propriedade constitua bem de família.</p><p>O Supremo Tribunal Federal entende que a expropriação recai sobre toda a propriedade, e</p><p>não apenas sobre a área em que estão as plantações ilícitas.</p><p>4. CriMe de tráFiCo de drogAs (Art. 33 dA Lei n. 11.343/2006)</p><p>O art. 33 da Lei n. 11.343/2006 prevê, como crime de tráfico de drogas, as condutas de:</p><p>Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter</p><p>em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou for-</p><p>necer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal</p><p>ou regulamentar.</p><p>3 No caso de destruição da própria droga (e não das plantações ilícitas), haverá a necessidade de autorização</p><p>judicial, mediante prévia oitiva do membro do Ministério Público. A realização do ato ocorre na presença do</p><p>promotor de justiça e do representante da autoridade sanitária, conforme estabelecem os artigos 50 e 50-A da</p><p>Lei n. 11.343/2006.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>16 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Estamos diante de uma norma penal em branco, que depende da definição da expressão</p><p>“drogas” para que haja a complementação do seu preceito primário. Esta definição, por sua</p><p>vez, está contida na Portaria n. 344 da ANVISA.</p><p>Trata-se, ainda, de um tipo penal misto alternativo, logo, a realização de mais de uma das</p><p>condutas previstas em seu texto, dentro de um mesmo contexto fático e em relação ao mesmo</p><p>objeto material, acarretará um único crime! Assim, se por exemplo o agente realiza a conduta</p><p>de importar a droga e, posteriormente, a recebe e expõe a venda, terá praticado mais de uma</p><p>conduta prevista no art. 33, mas responderá, por apenas um crime de tráfico de drogas.</p><p>Porém, se as ações são realizadas em contextos fáticos distintos e recaírem sobre dife-</p><p>rentes objetos materiais, estaremos diante de um caso de crime continuado, hipótese em que</p><p>a pena será exasperada de um sexto a dois terços, conforme prevê o art. 71 do Código Penal:</p><p>Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da</p><p>mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,</p><p>devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só</p><p>dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto</p><p>a dois terços.</p><p>Logo, haverá continuidade delitiva do crime de tráfico se, por exemplo, o agente realizar</p><p>carregamento de drogas de forma reiterada, em diferentes momentos (contextos fáticos) e</p><p>com diferentes objetos materiais. Neste caso, será aplicada a pena prevista no art. 33 aumen-</p><p>tada de um sexto a dois terços.</p><p>Súmula 630 do STJ: A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de</p><p>tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não</p><p>bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. Portanto, o acu-</p><p>sado só fará jus à atenuante se confessar a prática do tráfico ilícito de entorpecentes.</p><p>4.1. CriMe equipArAdo A Hediondo (Arts. 33, CAput e § 1º, Arts. 34,</p><p>36 e 37 dA Lei de drogAs)</p><p>De antemão, é importante que você tenha em mente que o tráfico de drogas (chamado de</p><p>tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, pela CF) não configura crime hediondo propria-</p><p>mente dito, e sim crime equiparado a hediondo.</p><p>Sabemos que a Lei n. 11.343/2006 estabelece tipos penais relacionados a drogas. A per-</p><p>gunta que</p><p>se faz é: quais crimes, previstos nesta legislação, devem ser considerados equipara-</p><p>dos a hediondos sendo, assim, insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança?</p><p>Para responder a este questionamento, a doutrina e jurisprudência se valem da previsão</p><p>contida no art. 44 da Lei de Drogas, a qual estabelece que</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>file:///C:/Users/Claudia%20Capella/Desktop/PDF%20DIAGRAMA%c3%87%c3%83O/020522LPE570E1%20-%20Lei%20n.%2011.343-2006%20-%20Lei%20de%20Drogas/javascript:;</p><p>file:///C:/Users/Claudia%20Capella/Desktop/PDF%20DIAGRAMA%c3%87%c3%83O/020522LPE570E1%20-%20Lei%20n.%2011.343-2006%20-%20Lei%20de%20Drogas/javascript:;</p><p>file:///C:/Users/Claudia%20Capella/Desktop/PDF%20DIAGRAMA%c3%87%c3%83O/020522LPE570E1%20-%20Lei%20n.%2011.343-2006%20-%20Lei%20de%20Drogas/javascript:;</p><p>17 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Art. 44. Os crimes previstos nos artigos. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e</p><p>insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas</p><p>penas em restritivas de direitos.</p><p>Com base no art. 44 da Lei de Drogas, a doutrina majoritária e a jurisprudência entendem</p><p>que, são equiparáveis a hediondo, os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, bem como nos</p><p>arts. 34, 36 e 37 da Lei de Drogas.</p><p>Embora o art. 44 também tenha previsto um tratamento mais recrudescido para o crime de</p><p>associação para o tráfico (previsto no art. 35), a jurisprudência afirma que este tipo penal não</p><p>se enquadrada no rol dos crimes equiparados a hediondo.</p><p>Isto porque, de acordo com este entendimento, os arts. 33, caput e § 1º, bem como nos</p><p>arts. 34, 36 e 37 da Lei de Drogas, se relacionam diretamente à prática do tráfico (financiamen-</p><p>to, colaboração etc.). Já o crime de associação para o tráfico (art. 35) possui caráter autônomo</p><p>em relação aos demais crimes eventualmente praticados (como ocorre, por exemplo, com o</p><p>crime de associação criminosa, previsto no art. 288 do CP).</p><p>A jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça reconhece que o crime de asso-</p><p>ciação para o tráfico de entorpecentes (art. 35 da Lei n. 11.343/2006) não figura no rol de</p><p>delitos hediondos ou a eles equiparados, tendo em vista que não se encontra expressa-</p><p>mente previsto no rol taxativo do art. 2º da Lei n. 8.072/1990. (STJ – AgRg no HC 499.706/</p><p>SP. Relator Ministro Antônio Saldanha Pinheiro. Sexta Turma. Julgado em 18/06/2019.</p><p>Dje 27/06/2019)</p><p>Equiparam-se a hediondos os crimes previstos nos arts. 33, caput, 33, § 1º, 34, 36 e 37 da Lei</p><p>n. 11.343/2006:</p><p>Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, ofere-</p><p>cer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo</p><p>ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação</p><p>legal ou regulamentar:</p><p>Art. 33, § 1º Nas mesmas penas incorre quem:</p><p>I – importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem</p><p>em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em</p><p>desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico</p><p>destinado à preparação de drogas;</p><p>II – semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou</p><p>regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;</p><p>III – utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guar-</p><p>da ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização</p><p>ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>18 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>IV – vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à prepara-</p><p>ção de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a</p><p>agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta crimi-</p><p>nal preexistente.</p><p>Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título,</p><p>possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qual-</p><p>quer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autori-</p><p>zação ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:</p><p>Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e</p><p>34 desta Lei</p><p>Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de</p><p>qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei</p><p>O crime de associação para tráfico (art. 35) não é equiparável a hediondo.</p><p>4.2. CArACterístiCAs do CriMe de tráFiCo de drogAs preVisto no Art.</p><p>33 dA Lei n. 11.343/2006</p><p>Feitas estas primeiras considerações, vamos partir para a análise das principais caracterís-</p><p>ticas do crime de tráfico de drogas:</p><p>Sujeito Ativo: em regra, trata-se de crime comum, podendo, assim, ser praticado por qual-</p><p>quer pessoa. Há, entretanto, duas exceções a esta regra: as condutas de “prescrever” e “minis-</p><p>trar” só podem ser realizadas por profissional de saúde devidamente habilitado, configurando,</p><p>assim, crimes próprios, por exigirem uma qualidade especial do agente.</p><p>Sujeito Passivo: o crime de tráfico é praticado contra a coletividade.</p><p>Objeto Jurídico: o art. 33 da Lei n. 11.343/2006 pretende tutelar o bem jurídico “saúde pú-</p><p>blica”. Estamos diante de um crime de perigo abstrato.</p><p>Objeto Material (pessoa ou coisa sob a qual recai a conduta criminosa): a conduta delituo-</p><p>sa recai sobre a droga, aqui entendida como uma das substâncias listadas na Portaria 344 da</p><p>ANVISA, já que estamos falando de uma norma penal em branco heterogênea (complementa-</p><p>da por ato infralegal).</p><p>Elemento Subjetivo: o tráfico de drogas só poderá ser praticado de forma dolosa, devendo,</p><p>assim, estar presentes o binômio “consciência e vontade” de praticar uma, ou mais, das condu-</p><p>tas descritas no art. 33. Porém, ao contrário do que ocorre com o crime de porte de drogas para</p><p>consumo pessoal (art. 28), o crime de tráfico não exige a presença de dolo específico (especial</p><p>finalidade no agir). Portanto, o objetivo de obter lucro não é dolo específico, não sendo, assim,</p><p>imprescindível para a caracterização do crime de tráfico.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>19 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>Obs.: � Observação! O crime de tráfico não admite a modalidade culposa. Se as condutas</p><p>“prescrever” e “ministrar” forem praticadas de forma culposa, não configurará crime</p><p>de tráfico e sim o crime previsto no art. 38 (“Prescrever ou ministrar, culposamente,</p><p>drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em</p><p>doses excessivas ou em</p><p>desacordo com determinação legal ou regulamentar”). Se as demais condutas forem</p><p>realizadas culposamente os fatos serão atípicos.</p><p>Consumação: o crime se consuma com a prática de qualquer uma das dezoito condutas</p><p>previstas no art. 33. Algumas destas condutas constituem crime instantâneo (como “adquirir”,</p><p>“vender”, “prescrever”, “ministrar”, “fornecer”, etc.); outras configuram crime permanente, que</p><p>se protrai no tempo (a exemplo de “ter em depósito”, “transportar”, “trazer consigo”, “guardar”,</p><p>“expor a venda”), nestes casos, será cabível a prisão em flagrante enquanto não cessar a per-</p><p>manência (art. 303 do CPC).</p><p>Em relação às condutas que configuram crime permanente o prazo prescricional só come-</p><p>çará a correr a partir do dia em que cessar a permanência, como prevê o art. 111, III do Código</p><p>Penal. Além disso, nestes crimes, a situação de flagrante delito se mantém durante todo o tem-</p><p>po em que o agente estiver praticando a conduta típica (art. 303 do CPP). Em consequência</p><p>disso, será possível a invasão domiciliar, sem expedição de mandado de busca e apreensão,</p><p>quando o agente estiver praticando crime permanente, já que ele estará em situação de fla-</p><p>grância. Esta possibilidade encontra respaldo no art. 5º, XI da CF, que prevê:</p><p>A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do mo-</p><p>rador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por</p><p>determinação judicial. (grifo nosso).</p><p>Assim, por exemplo, o agente que pratica tráfico de drogas por meio da conduta de “ter em</p><p>depósito” (crime permanente), estará em situação de flagrância até que cesse a ação delituo-</p><p>sa, o que permite o ingresso de policiais em sua residência, independentemente de mandado</p><p>judicial.</p><p>Entretanto, a medida de violação domiciliar não poderá ocorrer de forma arbitrária. Nestes</p><p>casos, devem estar presentes “fundadas razões” para a realização do ato. Assim, o STJ já</p><p>entendeu, por exemplo, que a “fama de traficante” não constitui razão razoável apta a permitir</p><p>a violação de domicílio (STJ – RCH 126.092), assim como a denúncia anônima sem que haja</p><p>certeza visual do agente policial (STJ – HC 496.420). Deste modo, a invasão de domicílio, sem</p><p>mandado judicial, por motivo de flagrante delito estará sujeita a controle jurisdicional posterior.</p><p>Acerca do tema, vamos analisar o seguinte julgado do STF:</p><p>(...) 5. Justa causa. A entrada forçada em domicílio, sem uma justificativa prévia con-</p><p>forme o direito, é arbitrária. Não será a constatação de situação de flagrância, poste-</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>20 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>rior ao ingresso, que justificará a medida. Os agentes estatais devem demonstrar que</p><p>havia elementos mínimos a caracterizar fundadas razões (justa causa) para a medida. 6.</p><p>Fixada a interpretação de que a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é</p><p>lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente</p><p>justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante</p><p>delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade</p><p>e de nulidade dos atos praticados. 7. Caso concreto. Existência de fundadas razões para</p><p>suspeitar de flagrante de tráfico de drogas. (STF – RE 603.616, Rel. Min. Gilmar Mendes.</p><p>Julgado em 05/11/2015. Dje 10/05/2016).</p><p>Ação Penal: Pública Incondicionada.</p><p>Pena – a 11.343/2006 recrudesceu o tratamento conferido ao crime de tráfico de drogas,</p><p>que passou a ser punido com a pena de “Reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamen-</p><p>to de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa”, enquanto que, na legislação</p><p>anterior (Lei n. 6.368/1976), este crime era sujeito a “Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos,</p><p>e pagamento de 50 (cinquenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.”</p><p>Neste caso, por se tratar de uma lei mais gravosa (novatio legis in pejus), não poderá haver</p><p>retroatividade para alcançar fatos praticados antes da sua vigência.</p><p>Lembre-se, porém, de que a Súmula 711 do STF estabelece que “A lei penal mais grave apli-</p><p>ca-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da</p><p>continuidade ou da permanência”. De acordo com este entendimento, se o tráfico de drogas for</p><p>realizado por meio de alguma das condutas que configure crime permanente, e tenha se inicia-</p><p>do sob a vigência da Lei anterior, e finalizado após a entrada em vigor da Lei n. 11.343/2006,</p><p>esta nova legislação deverá ser aplicada, ainda que seja mais gravosa ao réu.</p><p>O art. 33 da Lei n. 11.343/2006 estabelece, ainda, a pena de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil</p><p>e quinhentos) dias-multa. Perceba que, diferentemente do que ocorre com o crime de porte</p><p>de drogas para consumo pessoal (cuja multa é uma medida coercitiva aplicada em caso de</p><p>descumprimento das penalidades impostas pelo magistrado), no crime de tráfico de drogas a</p><p>multa tem natureza de penalidade.</p><p>Ainda em relação às penalidades aplicadas pela Lei n. 11.343/2006, o seu art. 42 prevê</p><p>que “O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59</p><p>do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a</p><p>conduta social do agente”.</p><p>Importante não confundir a averiguação da “natureza da substância” (fator a ser analisado</p><p>no momento da fixação da pena), com o grau de pureza da droga. De acordo com o STF “O grau</p><p>de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena”. (STF – HC 132909/SP, Rel.</p><p>Min. Cármen Lúcia. Julgado em 15.3.2016. Informativo 818).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>21 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>4.3. FigurAs equipArAdAs Ao tráFiCo de drogA (Art. 33, § 1º dA Lei n.</p><p>11.343/2006)</p><p>O § 1º do art. 33 traz tipos penais que preveem condutas equiparadas ao crime de tráfico</p><p>de drogas.</p><p>§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:</p><p>I – importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem</p><p>em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em</p><p>desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico</p><p>destinado à preparação de drogas;</p><p>II – semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou</p><p>regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;</p><p>III – utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guar-</p><p>da ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização</p><p>ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.</p><p>IV – vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à prepa-</p><p>ração de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamen-</p><p>tar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta</p><p>criminal preexistente.</p><p>Lembre-se que, assim como ocorre com o tráfico de drogas, os crimes previstos no art. 33,</p><p>§ 1º são equiparados a hediondos.</p><p>As condutas equiparadas ao tráfico de drogas (art. 33, § 1º) só poderão ser praticadas</p><p>de</p><p>forma dolosa, devendo estar presentes o binômio “consciência e vontade”.</p><p>I – Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, for-</p><p>nece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem au-</p><p>torização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo</p><p>ou produto químico destinado à preparação de drogas</p><p>Como podemos perceber, o objeto material destas condutas não são a droga em si, e sim</p><p>a matéria-prima, insumo ou produto químico utilizado na preparação destas.</p><p>As drogas, objeto do crime de tráfico (art. 33, caput) estão previstas em rol taxativo na Por-</p><p>taria n. 344 da ANVISA, contudo, esta Portaria não especifica quais são as “matérias-primas”,</p><p>insumos ou produtos químicos utilizados em sua preparação.</p><p>II – Semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determina-</p><p>ção legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação</p><p>de drogas;</p><p>A conduta de “semear” é realizada quando o agente lança sementes sobre a terra para que</p><p>a plantação venha a germinar. Trata-se, assim, de crime instantâneo. Já a ação de “cultivar”</p><p>ocorre quando o agente prepara o solo para que as plantas se desenvolvam. Neste caso, o cri-</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>22 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>me será permanente, se protraindo no tempo. A conduta de “fazer colheita” consiste no recolhi-</p><p>mento daquilo que foi produzido pela plantação, configurando, também, em crime permanente.</p><p>Deste modo, as ações de “semear” e “cultivar” configuram crimes permanente, que se pro-</p><p>traem no tempo. Em consequência disso, o agente permanece em flagrante delito enquanto</p><p>não cessar a permanência (art. 303 do CPP), gerando a possibilidade de invasão domiciliar, por</p><p>agente policial, independentemente de autorização judicial. Ainda em relação a estes crimes,</p><p>lembre-se, também, que o prazo prescricional só começará a correr no dia em que cessar a</p><p>permanência (art. 111, III do CP).</p><p>A conduta descrita no art. 33, § 1º, II se assemelha àquela prevista no art. 28, § 1º, que</p><p>estabelece uma figura equiparada ao crime de porte de drogas para consumo pessoal ao pre-</p><p>ver que “Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva</p><p>ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto</p><p>capaz de causar dependência física ou psíquica”.</p><p>Na hipótese descrita no 28, § 1º, o agente realiza as condutas de “semear, cultivar e colher</p><p>plantas” a fim de preparar pequena quantidade de drogas, destinada ao seu consumo pessoal.</p><p>Assim, não estando presente qualquer dos dois requisitos (pequena quantidade e consumo</p><p>pessoal), estaremos diante de crime equiparado ao tráfico de drogas, previsto no art. 33, § 1º,</p><p>inciso II.</p><p>Por fim, não esqueça que, de acordo com o art. 243 da Constituição Federal, as proprie-</p><p>dades onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas, serão objeto de ação</p><p>expropriatória, regulamentada pela Lei n. 8.257/1991.</p><p>III – Utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, adminis-</p><p>tração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente,</p><p>sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico</p><p>ilícito de drogas.</p><p>De antemão, perceba que o art. 33, § 1º, III estabelece duas condutas distintas: na</p><p>primeira, o agente utiliza o local ou bem para realizar o tráfico de drogas. Na segunda, o</p><p>agente não pratica o tráfico pessoalmente, mas consente que o bem ou local seja utilizado</p><p>para esta realização.</p><p>Ao prever as expressões “bem” ou “local” o legislador deixa claro que o objeto material</p><p>deste delito poderá ser um bem imóvel (a exemplo de uma casa), ou móvel (a ex. de um carro).</p><p>A doutrina entende a expressão “tráfico ilícito de drogas” de maneira ampla, abarcando tan-</p><p>to o caput do art. 33, quanto os dois primeiros incisos do art. 33, § 1º, que preveem as condutas</p><p>equiparadas ao tráfico. Assim, por exemplo, o proprietário que consente que seu imóvel seja</p><p>utilizado para o cultivo de plantas que constituam matéria-prima para a preparação de drogas</p><p>(art. 33, § 1º., II) pratica o crime previsto no art. 33, § 1º, III da mesma Lei.</p><p>Perceba que, no tipo penal do art. 33, § 1º, III, o bem ou local é utilizado para o tráfico</p><p>de drogas. Logo, em respeito ao princípio da legalidade, não haverá incidência deste crime,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>23 de 107www.grancursosonline.com.br</p><p>Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas</p><p>LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL</p><p>Fábio Roque e Flávia Araújo</p><p>se, por exemplo, o proprietário consentir que seu imóvel seja utilizado para consumo destas</p><p>substâncias.4</p><p>O agente não precisa, necessariamente, ser proprietário. Além da propriedade, ele poderá</p><p>também ser possuidor, exercer a administração, a guarda ou a vigilância do bem ou local, utili-</p><p>zando-o, ou permitindo sua utilização, para realização do tráfico de drogas.</p><p>Assim, poderá responder por este crime, por exemplo, o locatário (possuidor), o gerente do</p><p>estabelecimento (administrador), pessoa responsável pela segurança do local (vigilância) etc.,</p><p>desde que estas, utilizem o local ou bem para exercer, pessoalmente, o tráfico de drogas ou</p><p>permita que o crime seja realizado.</p><p>Lembre-se que, assim como o crime de tráfico, os demais crimes a este equiparados</p><p>(previstos no art. 33, § 1º) só podem ser cometidos de forma dolosa. Assim, não haverá</p><p>crime se, por exemplo, o agente faltar com o dever de cuidado sobre o bem ou o local, que,</p><p>em razão disso, passe a ser utilizado para a realização do tráfico de drogas. Neste caso,</p><p>a conduta será atípica, já que o delito previsto no art. 33, § 1º, III não admite a modalida-</p><p>de culposa.</p><p>Não se exige que o agente tenha o objetivo de obter lucro ao conceder o bem ou local para</p><p>a realização do tráfico de drogas. Assim, haverá crime ainda que este consentimento tenha</p><p>sido realizado mediante empréstimo gratuito, por exemplo.</p><p>Também não é exigida a habitualidade na conduta. Ou seja, haverá crime mesmo se o su-</p><p>jeito tiver praticado a conduta (de utilização ou consentimento na utilização do bem ou local</p><p>para a prática de tráfico de drogas) apenas uma vez.</p><p>IV – Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à</p><p>preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regu-</p><p>lamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de</p><p>conduta criminal preexistente.</p><p>Este inciso foi acrescentado pela Lei Anticrime (Lei n. 13.964/2019), configurando mais</p><p>uma hipótese de crime equiparado ao tráfico de drogas.</p><p>Perceba que, o caso descrito não configura hipótese de flagrante provocado, ou preparado,</p><p>já que devem estar presentes “elementos probatórios razoáveis de conduta preexistente”. Va-</p><p>mos destrinchar melhor esta explicação...</p><p>Primeiramente é importante que você saiba que o flagrante preparado (ou provocado) é</p><p>ilícito. Neste tipo de flagrante, a pessoa não teria tomado a iniciativa de praticar a conduta</p><p>criminosa se não tivesse sido estimulada, ou induzida, por um terceiro provocador (que poderá</p><p>ser, por exemplo, um policial disfarçado). Portanto, neste caso, não há “conduta criminal pre-</p><p>existente”.</p><p>4 Nesta hipótese, poderá</p>