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OBSERVATÓRI@ DOS DIREITOS E CIDADANIA DA MULHER E No Brasil? Abril e Maio de 2016 Internacional Veja Também: Conheça os países que tem o melhor índice de Igualdade de Gênero do mundo e algumas de suas políticas para ampliar o acesso de mulheres à saúde, educação, economia e participação política. Como se calcula esse índice? Quais dados são considerados? Secretaria de Políticas Públicas para as mulheres: que papel desempenha e qual sua situação. Dados sobre a Igualdade de Gênero no Brasil Igualdade de Gênero. O que significa? Conceito Políticas Públicas Políticas Públicas apontadas pelo Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e Caribe como “Políticas Justas” Conceito IGUALDADE DE GÊNERO O que é: Igualdade de Gênero? Segundo as Nações Unidas, Igualdade de Gênero se refere aos direitos iguais, responsabilidades e oportunidades das mulheres e homens, meninas e meninos. Igualdade não significa que mulheres e homens se tornarão o mesmo, mas que os direitos, responsabilidades e oportunidades não dependerão de fato de nascer homem ou mulher. Igualdade de Gênero implica que os interesses, necessidades e prioridades de homens ou mulheres sejam levadas em consideração, reconhecendo a diversidade de diferentes grupos. Igualdade de Gênero não é uma questão das mulheres, mas deve ser preocupação e deve engajar homens tanto quanto as mulheres. Igualdade entre mulheres e homens é visto também como uma questão relacionada aos direitos humanos como uma pré condição, e um indicador de desenvolvimento sustentável centrado nas pessoas. (Tradução Livre) Ref letindo sobre essa def inição... Para saber mais acesse: “Pensando a teoria da Justiça: o que há de aproximações entre as concepções liberal, libertária, comunitarista, igualitária e capacitária?” de Walace Ferreira Abril e Maio de 2016 Essa definição reconhece que há diferenças em acesso e oportunidade entre mulheres e homens. Mas... O quanto as relações de poder da sociedade se transformariam ampliando e igualando oportunidades e acesso para mulheres e homens? Que outros fatores também determinam a desigualdade entre homense mulheres? Segundo Mariana Di Stella Piazzolla, colaboradora do Espelho de Vênus essa definição recebe críticas porque se concentra em variáveis ligadas ao viés econômico, oriundo do igualitarismo liberal. http://www.un.org/womenwatch/osagi/conceptsandefinitions.htm https://jus.com.br/artigos/23551/pensando-a-teoria-da-justica-o-que-ha-de-aproximacoes-entre-as-concepcoes-liberal-libertaria-comunitarista-igualitaria-e-capacitaria http://www.un.org/womenwatch/osagi/conceptsandefinitions.htm Igualdade ou Equidade? Qual a Diferença? Alguns autores discutem o uso do termo igualdade pelo seu caráter universalizador e apontam a possibilidade do uso do termo equidade. A definição de Equidade no dicionário de língua portuguesa é bastante semelhante à difundida definição de Igualdade: 1 :Justiça natural; 2: Disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada qual; 3: Igualdade, justiça, retidão. Antônimo:injustiça. Equidade de gênero denota a equivalência nos resultados da vida para homens e mulheres, reconhecendo suas diferenças necessidades e interesses, demandando a redistribuição de poder e recursos (...) as metas da equidade de gênero são vistas como mais políticas que as metas da igualdade de gênero e portanto menos aceitas pelas principais agências de desenvolvimento” (Reeves e Baden, 2000) É por isso que a equidade de gênero é apontada como a abordagem mais adequada, já que esse termo abarca várias variáveis como classe, etnia, idades sendo capaz de pensar as necessidade de todos os grupos em sua diversidade. “Igualdade de Gênero denota que mulheres tem as mesmas oportunidades na vida que os homens, incluindo a habilidade para participar da esfera pública. Isso expressa a ideia do feminismo liberal, na qual a remoção da discriminação nas oportunidades para as mulheres permitiria a elas atingirem um status igual ao dos homens (...) Contudo, esse foco as vezes chamado de igualdade formal, não necessariamente demanda ou assegura a igualdade dos resultados. Presume que uma vez que as barreiras da participação são removidas, passa a existir igualdade de condições.” (Reeves e Baden, 2000) 1945 - Carta de São Francisco: O direito Internacional proíbe a discriminação pelo sexo. A Carta da ONU assinada em São Francisco, EUA em 1945 colocou o princípio da igualdade de oportunidades e não discriminação na esfera dos direitos humanos. Em seu preâmbulo a carta afirma que: “Se reafirma a fé nos direitos fundamentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos entre homens e mulheres das grandes e pequenas nações“ Carta de São Francisco 1966 - A Organização das Nações Unidas completou o catálogo de direitos juridicamente vinculantes para todos os estados membros através do texto chamado “Declaração Internacional dos Direitos Humanos”. Esse documento é composto pela Carta de São Francisco, a Declaração Universal dos direitos Humanos de 1948, O pactos internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Pacto Internacional de direitos Civis e Políticos, configuram o princípio de não discriminação como principio estrutural 1979 - A Convenção da ONU sobre a eliminação de toda forma de discriminação contra a mulher é considerada obrigatoriedade para os países membros. A convenção amplia os direitos das mulheres em diversos âmbitos, como direitos políticos, questões trabalhistas, educação, saúde e economia. Nesse contexto surge a o Comitê para Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, órgão que tem como objetivo a tutela do direito a não discriminação por razão de sexo. 60 70 80 90 1993 - A Conferência da ONU em Viena reitera que “os direitos humanos da mulher são parte inalienável, integrante e inseparável dos direitos humanos universais” Contexto das revindicações do movimento feminista sufragista, com forte influência da ideologia liberal, as mulheres revindicavam igualdade partindo do princípio que também eram cidadãs e deveriam ter os mesmo direitos dos homens, sendo consideradas parte da esfera pública. Essa perspectiva influencia movimentos feministas da década de 70 Na década de 80, a difusão da ideia de que o gênero supera o determinismo biológico, surge uma abordagem mais atenta às diferenças entre grupos na sociedade. Nesse contexto, a igualdade é vinculada à equidade, incluindo as diferenças dentro da categoria “mulher” e pensar a desigualdade de gênero. Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacional Conceito 1995 - Na 4ª Conferencia Mundial da ONU sobre a Mulher em Pequim manifesta-se consenso entre estados membro sobre a universalidade e globalidade dos problemas das mulheres e destaca a importância da igualdade e a não discriminação em razão do sexo como fator imprescindível para construir as sociedades do século XXI. A igualdade de oportunidades entre sexos e a autonomia das mulheres se destacam como um objetivo de desenvolvimento das Nações Unidas para o milênio. Abril e Maio de 2016 Clique no nome dos documentos para acessar hiper l ink https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacional (http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=equidade http://www.bridge.ids.ac.uk/sites/bridge.ids.ac.uk/files/reports/re55.pdf http://www.bridge.ids.ac.uk/sites/bridge.ids.ac.uk/files/reports/re55.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos/integra.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0592.htm http://www.dhnet.org.br/abc/onu/comites_mulher.htm http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/viena/viena.html • Participaçãoe oportunidade econômicas: salários, participação e liderança • Educação: acesso a níveis básicos e superiores de educação • Empoderamento político: representação em estrutura de tomada de decisão • Saúde e Sobrevivência: expectativa de vida e proporção homem/mulher O gráfico mostra o desempenho global em cada uma das dimensões analisadas no ano de 2015. ÍNDICE DE IGUALDADE DE GÊNERO: COMO SE CALCULA? O índice Global de Diferença de Gênero classifica o desempenho de 145 países com relação a diferença entre homens e mulheres no que se refere a saúde, educação, economia e indicadores políticos. O objetivo é compreender se os países estão distribuindo seus recursos e oportunidades de maneira equitativa entre mulheres e homens, independentemente de seus níveis de receita em geral. O informe mede o tamanho da lacuna em quatro áreas: Internacional Abril e Maio de 2016 http://reports.weforum.org/global-gender-gap-report-2015/ Os resultados do índice podem ser interpretados como a porcentagem da diferença que diminuiu entre mulheres e homens, e permitem aos países comparar resultados atuais com os obtidos no passado. Além disso, as classificações permitem que se possam fazer comparações entre países. 13 das 14 variáveis que são utilizadas para criar o índice procedem de indicadores de dados públicos de organizações internacionais como a Organização Internacional do Trabalho, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Organização Mundial de Saúde, e a outra variável procede de uma entrevista de percepção realizada pelo Fórum Econômico Mundial. Para ver a análise do relatório acesse o link (em espanhol). Os dez países com maiores índices de igualdade de gênero Clique no mapa para conhecer algumas as políticas implementadas nos primeiro colocados do ranking Esse fato é importante para o país que passou por um genocídio estatal em 1994, quando as minorias étnicas tutsis e o hutus moderados foram perseguidos e assassinados pelo exercito ruandês. Nessa ocasião 10 % da população do país foi morta e estima-se um número entre 250 mil e 500mil mulheres foram estupradas. Após o conflito 70% da população adulta de Ruanda era composta por mulheres. Além da criação de cotas para as mulheres na ocupação de cargos políticos, foram criados os conselhos locais exclusivos. Para entender a trajetória e o papel da mulher na sociedade ruandesa antes, durante e após o genocídio, refletir sobre as mudanças que ocorream e os mecanismos implementados para o empoderamento da mulher no país acesse o artigo Ruanda: Os avanços na promoção da igualdade de gênero e a ascensão das mulheres na política no pós-genocídio realizado por Suenia Lagares Batista. Separamos também duas reportagens mais breves que realizam um panorama das mudanças no país. Leia: DESTAQUE: RUANDA Apesar das mulheres ruandesas ainda terem dificuldades de acesso à saúde, educação e na consolidação de sua autonomia econômica, o País lidera o ranking mundial da participação feminina na política sendo que 63% das cadeiras da câmara baixa e 40% das vagas no Senado são ocupadas por mulheres. O mapa do Ranking Completo está disponível em Gender Gap Index 2015 • Vinte anos após o genocídio, as mulheres lideram em Ruanda, publicado pela Revista Fórum. • Como o Parlamento de Ruanda se tornou o mais feminino do mundo, publicado pelo HuffPost Brasil. Parlamentares Ruandesas. Fonte: BrasilPost Internacional Abril e Maio de 2016 https://agenda.weforum.org/espanol/2015/11/19/informe-global-de-la-brecha-de-genero-2015/ https://www.google.com/maps/d/edit?mid=zBnyjdefnhtU.k04UwxnvP344&usp=sharin http://widgets.weforum.org/gender-gap-2015/ hiperlink no nome do artigo http://www.revistaforum.com.br/2014/04/09/vinte-anos-apos-o-genocidio-mulheres-lideram-em-ruanda/) http://www.brasilpost.com.br/2015/11/11/mulheres-parlamentares-mu_n_8340686.html) http://bdm.unb.br/bitstream/10483/11379/1/2015_SueniaLagaresBatista.pdf) http://www.brasilpost.com.br/2015/11/11/mulheres-parlamentares-mu_n_8340686.html Internacional Observatório De Igualdade De Gênero Da Amériaca Latina E No Caribe Para pensar a Igualdade de Gênero na América Latina utilizaremos os dados e referencial teórico do OBSERVATÓRIO DE IGUALDADE DE GÊNERO DA AMÉRIACA LATINA E NO CARIBE. O Observatório surge durante a Conferência Regional sobre a Mulher de América Latina e do Caribe, em 2007, em Quito no Equador. A Divisão de Assuntos de Gênero da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da ONU (CEPAL) se responsabilizou por coletar os dados estatísticos junto aos órgãos responsáveis por gerar e coletar essa informação em cada um dos estados-membros, disponibilizando-os em seu portal on line e gerando publicações. Objetivos do Observatório de Igualdade de Gênero de América Latina e Caribe: 1. Analisar e visibilizar o cumprimento de metas e objetivos internacionais de Igualdade de Gênero 2. Oferecer apoio técnico e capacitação aos Institutos Nacionais de Estatística e de Mecanismos para o Desenvolvimento da Mulher 3. Produzir um informe anual divulgando o diagnóstico sobre as desigualdades entre homens e mulheres no que se refere à Trabalho remunerado, uso do tempo e pobreza; Acesso a tomada de decisões e representação política; Violência de Gênero e Saúde e Direitos Reprodutivos O índice Global de Diferença de Gênero realiza também um ranking para a região Latino Americana. Ranking na América Latina e Caribe País Ranking Global 1º Nicarágua 12 2º Bolívia 22 3º Barbados 24 4º Cuba 29 5º Equador 33 6º Argentina 35 7º Costa Rica 38 8° Bahamas 40 9° Colômbia 42 10° Panamá 44 Fonte: Global Gap Gender Report 2015 NA AMÉRICA LATINA Clique na imagem e acesse a página do Observatório: www.cepal.org/oig Abril e Maio de 2016 www.cepal.org/oig www.cepal.org/oig http://www.cepal.org/oig/ http://www.cepal.org/oig/ Para avaliar a Igualdade de Gênero o Observatório considera as seguintes dimensões de análise: Internacional Autonomia Física Fonte: Observatório da igualde de Gênero da Aérica Latina e Caribe Violência Direitos Reprodutivos Esfera Privada Autonomia para Tomada de Decisões Postos de Decisão Política Autonomia Econômica Esfera Pública Trabalho Remunerado Trabalho Não Remunerado Marco Conceitual utilizado pelo Observatório da Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe - CEPAL Para outros conhecer outros documento e resultados da conferências regionais acesse: CEPAL, www.cepal.org 2007 - Consenso de Brasília: Consenso regional aprovada na 11º Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe. 1966 - Declaração Internacional dos Direitos Humanos 1979 - A convenção da ONU sobre a eliminação de toda forma de discriminação contra a mulher. Surge a Comitê para Eliminação da Discriminação contra as Mulheres.1945 - Carta de São Francisco 1993 - A Conferência da ONU em Viena 1994 - Convenção de Belém do Pará: Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra as mulheres, adotada e aberta à assinatura, ratificação e adesão pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos. 2013 - Consenso de Santo Domingo: Consenso regional aprovada na Conferência Regional XII sobre a Mulher da América Latina e do Caribe 1995 - Na 4a Conferencia Mundial da ONU sonre a Mulher em Pequim 60 70 80 90 00 10 2007 - Consenso de Quito: Consenso regional aprovada na 10º Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe. Histórico Regional Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacionalFonte: www.cepal.org Abril e Maio de 2016 http://www.cepal.org/cgi-bin/getprod.asp?xml=/oig/noticias/paginas/0/34070/P34070.xml&xsl=/oig/tpl/p18f.xsl&base=/oig/tpl/top-bottom-economica.xsl http://www.cepal.org/cgi-bin/getProd.asp?xml=/oig/agrupadores_xml/aes982.xml&xsl=/oig/agrupadores_xml/agrupa_listado.xsl&base=/oig/tpl/top-bottom-decisiones.xslt https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacionalhttp://www.cepal.org/cgi-bin/getprod.asp?xml=/mujer/noticias/paginas/8/28478/P28478.xml&xsl=/mujer/tpl/p18f-st.xsl&base=/tpl/e-mail.xsl#.VNDpJdKG_vx http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=122009 http://www.spm.gov.br/assuntos/acoes-internacionais/Articulacao/articulacao-internacional/consenso-de-quito-espanhol.pdf/view http://www.cepal.org/mujer/conferencia/doc/ConsensoBrasilia-portugues.pdf http://www.cepal.org/12conferenciamujer/noticias/paginas/6/49916/PLE_Consenso_de_Santo_Domingo.pdf Internacional Fonte: CEPAL Fonte: CEPAL Autonomia Física Abril e Maio de 2016 http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=01&language=spanish http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=03&language=spanish FONTE: CEPAL (http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.as- p?page=03&language=spanish ) Internacional Fonte: CEPAL Autonomia para Tomada de Decisões Fonte: CEPAL Abril e Maio de 2016 http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=07&language=spanish http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=07&language=spanish Autonomia Econômica F o n te : C E P A L F o n te : C E P A L Internacional Nível hierárquico dos Mecanismos de Avanço para as Mulheres (MAM) América latina El Caribe Ministério ou entidade de nível ministerial Entidade anexada à presidência ou mecanismo de suporte pelo qual a presidência é diretamente responsável (anexo aos gabinetes presidenciais, secretários, institutos nacionais e outras figuras) Entidades dependentes de um Ministério, (vice ministérios, subsecretarias, institutos, conselhos e outras figuras) 25% 15% 60% 84.2% 10.5% 5.3% Fonte: CEPAL Como veremos mais adiante, antes de 2015 a Secretaria de Políticas para Mulheres se enquadrava na categoria representada em amarelo, como uma Secretaria vinculada ao Gabinete da Presidência Note que esse gráfico se refere à população SEM ingresso, ou seja considera se há ou não há ingresso. Essa abordagem é interessante para mensurar a autonomia financeira porque destaca a ausência de ingressos. Mesmo assim é importante qualificar o ingresso para averiguarmos se este é capaz de conceder autonomia financeira às mulheres que o recebem. Portanto, o número de mulheres sem autonomia financeira é ainda maior que do que o representado pelo gráfico. Abril e Maio de 2016 http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=13&language=spanish http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=12&language=spanish http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=11&language=spanish Internacional A. Identificação e Definição dos problemas públicos aos quais a política responde • Quadros de significado • Identificação do Problema • Identificação de injustiças de gênero D. Avaliação • Monitoramento • Produção de informação • Resultados em relação aos objetivos da política • Avanço na justiça para as mulheres • Questões pendentes B. Formulação/Desenho • Objetivo da Ação Estatal • Marco Normativo • Marco político-social C. Implementação • Descrição geral • Transversalidade • Relação sistema político- administrativo/ sociedade civil • Informação e Difusão • Sustentabilidade • Desenvolvimento de competências e capacidades Acesse o mapa e conheça as políticas destacadas pelo Observatório da Igualdade de Gênero da América Latina e Caribe como “políticas justas”. F o n te : O IG L a ta m e C a ri b e Como o Observatório da Igualdade de gênero da América Latina e do Caribe avalia o que considera “Políticas Justas”? Veja: Políticas Justas, segundo o OIG Abril e Maio de 2016 http://www.cepal.org/cgi-bin/getProd.asp?xml=/oig/noticias/noticias/4/46514/P46514.xml&xsl=/oig/tpl/p1f.xsl&base=/oig/tpl/top-bottom-decisiones.xslt https://www.google.com/maps/d/u/0/edit?mid=zBnyjdefnhtU.kuQrnYcteecw E no Brasil? No Brasil foi criada em 2003 a Secretaria de Políticas Públicas Para as Mulheres através do decreto presidencial No 10.683 de 2003, atendendo às demandas da sociedade civil e aos compromissos estabelecidos em pactos internacionais. A SPM se organizou em três principais linhas de ação : (a) Políticas do Trabalho e da Autonomia Econômica das Mulheres; (b) Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; e (c) Programas e Ações nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, Participação Política, Igualdade de Gênero e Diversidade. No momento de sua criação a estrutura básica da SPM era composta pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (órgão colegiado), o Gabinete da Ministra de Estado Chefe, a Secretaria-Executiva e de três outras Secretarias. Em 2 de outubro de 2015 a Secretaria foi incorporada ao Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, unindo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Secretaria de Direitos Humanos, e a Secretaria de Políticas para as Mulheres conforme determinado pela Medida Provisória Nº 696 DE 2015. Desde a criação da Secretaria, há 13 anos, destacam-se algumas políticas de impacto na vida das brasileiras, como por exemplo a Lei Maria da Penha Lei 11.340/2006, a Lei do Feminicídio Lei Nº 13.104, De 9 De Março De 2015. Crítica Separamos algumas manifestações contrárias a incorporação da Secretaria pelo novo Ministério. Leia: “Nós feministas somos contra o fim da Secretaria de Políticas para Mulheres” publicada pela Sempreviva Organização Feminista (SOF) “Feministas criticam ameaça de extinção da SPM, Seppir e SDH” publicado pela agência Patrícia Galvão “Gestoras enviam carta à presidenta Dilma em defesa da SPM como ministério” publicado pela agência Patrícia Galvão. Abril e Maio de 2016 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.683.htm), http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv696.htm#art8i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm hiperlink para http://www.sof.org.br/2015/08/26/nos-feministas-somos-contra-o-fim-da-secretaria-de-politicas-para-mulheres/ http://agenciapatriciagalvao.org.br/mulheres-de-olho-2/feministas-criticam-ameaca-de-extincao-da-spm-seppir-e-sdh/ http://agenciapatriciagalvao.org.br/mulheres-de-olho-2/gestoras-enviam-carta-a-presidenta-dilma-em-defesa-da-spm-como-ministerio/ http://www.spm.gov.br/ E NO BRASIL? II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres Clique na imagem e acessar Clique na imagem e acesse a versão compacta do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres O PNPM II lançado em 2008 deu-se como resultado da II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em 2007. Da conferência Nacional Participaram 18 órgãos da administração pública federal e representantes de mecanismos governamentais estaduais e municipais de políticas para as mulheres e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Este plano é mais sofisticado que o primeiro já que considera resultados e aprofundamento de implementação de políticas Públicas paras as Mulheres contando com 94 metas, 56 prioridades e 388 ações distribuídas em 11 grandes áreas de atuação. Último Plano Nacional de Políticas para as Mulheres Clique na imagem para acessar Clique na imagem e acessar O I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres foi construído em 2005 com base nos resultados da I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres incorporando a perspectiva de gênero e raça nas políticas públicas para o enfrentando as desigualdades entre homens e mulheres, negros e negras, no contexto do projeto político de gestão governamental. O processo de elaboração do plano contou com a participação de representantes dos poderes executivos estaduais e municipais, diversos ministérios e secretarias especiais, além de organizações de mulheres e feministas.O PNPM está estruturado em 4 áreas estratégicas de atuação: • Autonomia, igualdade no mundo do trabalho e cidadania; • Educação inclusiva e não sexista; saúde das mulheres, • Direitos sexuais e direitos reprodutivos; • Enfrentamentoà violência contra as mulheres I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres E no Brasil? Abril e Maio de 2016 http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/politicas-publicas/pnpm/i-pnpm/I%20PNPM_versao%20compacta.pdf http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/politicas-publicas/pnpm/comite-de-monitoramento-do-ii-pnpm/II%20PNPM%20-%20versao%20compacta.pdf http://www.compromissoeatitude.org.br/wp-content/uploads/2012/08/SPM_PNPM_2013.pdf E NO BRASIL? O dados do nosso boletim estão organizados do nas seguintes dimensões: • Participação e Representação política • Trabalho e Renda • Educação • Saúde e Enfrentamento à Violência de Gênero 1. Estrutura Demográfica DADOS Para refletirmos sobre a igualdade de gênero no Brasil selecionamos alguns dados estatísticos de gênero. A principal fonte de dados foi o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2014 (RASEAM) Também utilizamos dados do CEPAL e do SNIG, Sistema de informações de gênero do IBGE. Muitos dos dados selecionados mostram que as constatações diárias que realizamos ao observarmos a sociedade em suas relações de gênero, são numericamente comprovadas através de pesquisas. Esse tipo de informação é importante para dimensionarmos a desigualdade entre homens e mulheres e somam argumentos na luta por ampliação de direitos das mulheres. Alguns desses dados apresentam a comparação entre homens e mulheres. De qualquer maneira, gostaríamos de chamar atenção para os gráficos que além da comparação de gênero, comparam também raça ou cor e população urbana e rural. Esses gráficos mostram a complexidade da questão de gênero as diferenças materiais entre as mulheres. Essa questão é fundamental para pensarmos a igualdade de gênero, já que os números que abarcam mulheres de maneira geral podem diluir desigualdades profundas. Quer entender melhor o que são dados estatísticos de gênero? Veja o vídeo. Estrutura Demográfica Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Distrubuição percentual da população residente 51,3 48,7 2012 PNAD 2,1 Esperança de vida ao nascer (em anos) 78,2 70,9 2012 PNAD 2,3 Taxa de Fecundidade total (filhas/os por mulher em idade reprodutiva) 1,7 - 2014 Projeção da população do Brasil para o período 2000-2060 / IBGE 2,4 Proporção percentual de mulheres de 15 a 19 anis de idade com filhas/osnascidas/osvivas/os 10,4 - 2012 PNAD 2,7 Distribuição percentual da chefia familia 38,1 61,9 2012 PNAD 2,11 e 2,12 Proporção percentual e mulheres / homens chefes de familia sem cônjurge com filhas/os 42,7 3,5 2012 PNAD 2,11 e 2,12 E no Brasil? Abril e Maio de 2016 http://www.spm.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/livro-raseam_completo.pdf_ https://www.youtube.com/watch?v=xMIiMNI6iGU https://www.youtube.com/watch?v=xMIiMNI6iGU http://www.spm.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/livro-raseam_completo.pdf Trabalho e Renda 2. 3. Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Taxa de desocupação das pessoas de 16 a 59 anos de idade 64,2 86,2 2012 PNAD 3,1 Taxa de descocupação das pessoas de 16 a 59 anos de idade 8,4 4,7 2012 PNAD 3,3 Proporção percentual de pessoas de 16 anos de idade ou masi ocupados em trabalhos formais 55,8 57,7 2012 PNAD 3,6 Proporção percentual de pessoas de 16 anos de idade ou mais ocupadas como trabalhandoras/es domésticas/os, com relação ao total da popoulação opcupada 14,7 0,9 2012 PNAD 3,11 Proporção percentual de pessoas de 16 anos de idade ou mais no setor agrícola ocupafas e sem remuneração 22,1 5,8 2012 PNAD 3,12 Rendimento-hora do trabalho principal da população ocupada de 16 anos de idade ou mais (em R$) 10,2 12,2 2012 PNAD 3,13 e 3,14 Distribuição percentual das pessoas que recebem benefícias da Pevidência Social 56,8 43,2 2012 AEPS 3,15 Proporção percentual de mulheres de 16 anos ou mais de idade, com todas/os as/os filhas/os de 0 a 3 anis frequentando creche 20,3 - 2012 PNAD 3,17 Distribuição percentual de pessoas de 16 anos de idade ou mais que realizam afarezes domésticos 67,2 32,8 2012 PNAD 3,19 Destacamos nessa tabela alguns dados que mostram desigualdades importantes entre homens e mulheres no brasil: A proporção percentual de pessoas de 16 anos ou mais no setor agrícola ocupadas e sem remuneração é de 22% para as mulheres e 5,8% para os homens. A distribuição percentual de pessoas de 16 anos ou mais que realizam afazeres domésticos é de 67,2% para as mulheres e 32,8% para homens. A tabela mostra que 92,3% dos trabalhadores domésticos no Brasil são mulheres. 28,4% das mulheres ocupadas no trabalho doméstico possuem carteira assinada, sendo que entre os homens ocupados no trabalho doméstico 50% possuem carteira assinada. Destacamos também que 23% das meninas de 10 a 15 estão anos ocupadas no trabalho doméstico. Entre os meninos da mesma idade o percentual é de 1,3% Média de horas semanais gastas em afazeres domêsticos pelas pessoas ocupadas de 16 anos de idade ou mais (em horas) 20,8 10,0 2012 PNAD 3,21 Proporçnao percentual de familias com pessoa de referência do sexo feminino / masculinno com a renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo 26,4 22,8 2012 PNAD 3,27 e 3,28 Distribuição percentual por sexo das/os beneficiárias do Programa Bolsa Familia 55,9 44,1 2014 DataSocial 3,30 Distribuição percentual da população de 16 anos de idade ou mais ocupada no trabalho doméstico 92,3 7,7 2012 PNAD 3,32 Proporção percentual da população de 16 anos de idade ou mais ocupada no trabalho doméstico com carteira assinada 28,4 50,2 2012 PNAD 3,33 rendimento médio em todos os trabalhos da população de 16 anos ou mais de idade ocupada no trabalho doméstico (em R$) 579,81 848,45 2012 PNAD 3,36 Proporção percentual da populaç~åo de 10 a 15 anos de idade ocupada no setor agricola 29,6 49,9 2012 AEPS 3,38 Proproção percentual da populaç~åo de 10 a 15 anos de idade ocupada no trabalho deméstico 23,7 1,3 2012 PNAD 3,38 E no Brasil? Abril e Maio de 2016 F o n te : IB G E , p e sq u is a n a c io n a l p o r a m o rt ra d e d o m ic íl io s 2 0 12 4. 5. Fonte: CEPAL Repare que o último gráfico que mede a população rural sem ingresso dialoga com o dado destacado na primeira tabela que aponta o alto percentual de mulheres ocupadas em trabalho rural que não obtém remuneração. 1,6% 42,6% 25,4% 19,6% 10,8% Distribuição percentual das pessoas de 25 anos ou mais de idade ocupadas em cargos de direção. Por sexo e cor ou raça - Brasil - 2012 Homens brancos Homens negros Mulheres brancas Mulheres negras Outras/os Fonte: IBGE, pesquisa Nacional por Amostra de Domicilos, 2012. 0 10 20 30 2 0 0 3 18 ,6 3 7, 0 3 3 ,7 3 3 ,4 3 0 ,9 3 1, 9 3 0 ,2 2 9 ,9 2 9 ,5 2 7, 9 2 8 ,3 17 ,4 16 ,9 16 ,5 16 ,4 15 ,2 15 ,8 15 ,7 15 ,2 15 ,9 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 11 2 0 12 2 0 13 População urbana sem ingressos próprios por sexo - 2003 a 2013 (em porcentagem) População rural sem ingressos próprios por sexo - 2003 a 2013 (em porcentagem) Mulheres Homens Mulheres Homens 0 10 20 40 30 2 0 0 3 2 0 ,1 4 6 ,5 4 1, 9 4 2 ,5 3 7, 5 3 9 ,2 3 6 ,7 3 4 ,8 3 2 ,8 2 9 ,2 2 8 ,9 2 0 ,6 19 ,6 19 ,6 2 1, 7 19 ,7 2 0 ,0 2 0 ,9 2 0 ,7 2 1, 0 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 11 2 0 12 2 0 13 E no Brasil? Abril e Maio de 2016 http://www.cepal.org/oig/WS/getCountryProfile.asp?language=spanish&country=BRA 6. Distruibição percentual da população ocupada de 16 anos ou mais de idade no trabalho doméstico, por posse de carteira assinada e sexo - Brasil - 2012 Homens Mulheres 28,4 71,6 49,850,2 0% 20% 40% 60% 80% 100% Com Carteira Sem Carteira Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amotra de Domicilios, 2012 Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amotra de Domicilios, 2012 7. Branca NegraOutra Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - Oeste 0% 20% 40% 60% 80% 100%10% 30% 50% 70% 90% Distruibição das mulheres 16 anos ou mais de idade ocupadas no trabalho doméstico, por cor ou raça - Grandes Regiões - 2012 36,1 17,2 20,4 29,7 28,2 65,1 63,4 81,7 79,2 60,0 71,0 34,3 0,5 1,1 0,4 0,3 0,8 0,6 E no Brasil? Abril e Maio de 2016 Note que além das mulheres trabalharem mais em afazeres domésticos, trabalham mais horas no total chegando a quase 60 horas semanais no meio urbano. Esse dado é importante para desconstruir a idea de que os homens trabalham mais. Trabalham mais horas no trabalho principal, porém ao somarmos as horas gastas com o trabalho principal e as horas gastas com afazeres domésticos as mulheres trabalham mais horas. Trabalho pricipal Afazeres domêsticos Total Total Urbano Urbano Rural Rural 0% 20% 40% 60%10% 30% 50% 8. Média de horas semanais trabalhafas no trabalho pricipal e média de horas gastas em afazeres domésticos pelas pessoas de 16 anis ou mais de idade ocupadas na semana de referência. Por sexo, sgundo a situação do domicílio - Brasil - 2012 35,1 37,1 27,1 41,8 39,2 42,3 20,8 20,0 26,3 10,0 10,1 9,9 Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amotra de Domicilios, 2012 9. Proporção das famílias com mulheres responsáveis, nas famílias únicas e conviventes principais em domicilios particulares, segundo a cor ou raça do responsável pela família, o tipo de composição familiar, as classes de rendimento nominal mensal familiar per capita e a presença de filho/enteado de 0 a 5 anos de idade na família. Brasil 2010 Branca Total 38,7 Preta ou parda C o r o u r a ç a T ip o d e c o m p o si ç ã o fa m il ia r C la ss e s d e re n d im e n to n o m in a l m e n d a l fa m il ia r p e r c a p it a Casal sem filho Casal com filho Responsável sem cônjuge com folho(s) Até 1/2 salário mínimo per capita Mais de 2 salários mínimos per capita Presença de filho/enteado de 0 a 5 anos de idade 41,2 26,9 37,3 39,3 24,8 35,6 37,4 21,4 23,8 25,3 15,8 22,7 23,9 16,4 87,4 88,3 78,3 40,8 46,4 26,0 32,7 33,2 17,1 30,3 32,2 20,8 Urbano Rural Total E no Brasil? Abril e Maio de 2016 F o n t e : IB G E C e n s o D e m o g r á f ic o 2 0 1 0 10. 11. Observe como as mulheres são maioria em profissões da área de Educação, Saúde e Bem Estar Social. Destaca-se a importancia social dessas profissões no contexto brasileiro com conta com educação e saúde universais. E no Brasil? Abril e Maio de 2016 12. 13. 17,5% 9,4% 22,9% 42,7% 7,3% Distribuição percentual das famílias com pessoa de referência do sexo feminino por tipo de família - Brasil - 2012 Distribuição percentual da população ocupada com 25 anos ou mais de idade, por níval de intrução, segundo o sexo e entre as mulheres - Brasil - 2010 Unipessoal Casal com filhas/os Casal sem filha/os Mulheres sem conjuge com filhas/os Outros Fonte: IBGE, pesquisa Nacional por Amostra de Domicilos, 2012. Superíor completo Fundamental completo e médio incompleto Médio completo e superior incompleto Sem intrução e fundamental incompleto Total 40,9% 45,5% 34,8% 28,2% 42,5% 15,5% 16% 10% 14,2% 16% 28,8% 27,1% 31% 31,6% 30,4% 14,8% 11,5% 19,2% 26% 11,2% Homens Mulheres Mulheres brancas Mulheres pretas ou pardas E no Brasil? Abril e Maio de 2016 F o n t e : IB G E C e n s o D e m o g r á f ic o 2 0 1 0 Para pensar a autonomia econômica da mulher leia: Severinas, as novas mulheres do sertão, por Eliza Capai, para A Pública. “Titulares do Bolsa Família, as sertanejas estão começando a transformar seus papéis na família e na sociedade do interior do Piauí e se libertando da servidão ao homem, milenar como a miséria” Participação e Representação Política14. Fonte: A Pública Mulheres em espaços de poder e decisão Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Distrubuição percentual de eleitoras/es incritas/os 52,1 47,9 2014 TSE 7,1 Distrubuição percentualde deputadas/os federais em exercício 8,8 91,2 2014 Câmara dos Deputados 7,2 Distrubuição percentual de senadores/es em exercício 12,3 87,7 2014 Senado Federal 7,2 Mulheres em espaços de poder e decisão Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Distrubuição percentual de gorvernadoras/es estaduais e do Distrito Federal em exercício 7,4 92,6 2014 Governadores estaduais e do Distrito Federal 7,2 Distrubuição percentual de servidoras/es ocupantes de DAS 43,0 57,0 2014 Ministério do Planejamento 7,4 Distrubuição percentual de Ministras/os dos Tribunais Superiores 18,7 81,3 2014 TSE 7,16 Distrubuição percentual de pessoas em cargos de direção das centrais sindicais 28,9 71,1 2014 Centrais Sindicais 7,19 Distrubuição percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade ocupadas em cargos de direção 36,8 63,2 2012 PNAD 7,22 E no Brasil? Abril e Maio de 2016 F o n t e : R A S E A M 2 0 1 4 http://apublica.org/2013/08/severinas-novas-mulheres-sertao/) http://apublica.org/2013/08/severinas-novas-mulheres-sertao/ http://apublica.org/2013/08/severinas-novas-mulheres-sertao/) Leia na íntegra: Câmara dos Deputados: 71% de representação de homens brancos e baixa representação de mulheres negras Veja também: • Quem são as Mulheres negras na Política? Publicado no portal Geledés • 13 mulheres negras brasileiras de destaque na política, publicado por portal Geledés • Você Conhece a história da primeira deputada negra do Brasil? Para pensarmos a participação das mulheres negras na elaboração de políticas públicas: “A Fogueira está armada para nós”, por Adrea Dip e Anna Beatriz Anjos para A Pública via CEERT. 15. Fonte: Agência Patrícia Galvão, 2014 71% 15% 3,5% 0,6% 8,3% 1,6% Composição da Câmara por cor da pele e sexo E no Brasil? Homens Brancos Homens Pretos Homens Pardos Mulheres Brancas Mulheres Pardas Mulheres Pretas Abril e Maio de 2016 http://agenciapatriciagalvao.org.br/politica/mulher-negra-e-pobre-esta-excluida-debate-politico-congresso-nacional/ http://www.geledes.org.br/quem-sao-as-mulheres-negras-na-politica/ http://arquivo.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/17342-13-mulheres-negras-brasileiras-de-destaque-na-politica http://www.ceert.org.br/noticias/historia-cultura-arte/9474/voce-conhece-a-historia-da-primeira-deputada-negra-do-brasil Leia na íntegra: Assembleias de todo o País terão 26 mulheres a menos Leia na íntegra: Eleições 2014: Como é a participação da mulher brasileira na política? ÚLTIMAS ELEIÇÕES 16. 17. 18. 19. 20. Fonte para 18, 19 e 20: Agência Patrícia Galvão, 2014 Fonte: DataSenado, 2014 4 888 333333 2 1 2 4444 5 666 55 2010 2014 5 44444 3 44 555 9 7 1010 9 7 1212 8 77 22222 1 2 TOAPPAAM RRACROSEALMARNCEPEPBDFPIGOMSMTMGSPRJBAESPRSCRS AP DF SE AC CE ES PI RJ RS MS PA RO TO TOTAL AMMTPRMGALRNRRPBGOSCPESPBA 33,3 20,8 16,7 16,7 15,2 14,3 13,3 13,3 12,8 12,7 12,5 12,5 12,5 12,5 11,44,24,25,56,57,48,38,38,39,71010,210,611,1 Mulher na Política Participado feminino nas assembleias diminiu na maior parte do país Presença feminia nas assembleias MA E no Brasil? Abril e Maio de 2016 8 de 24 7 de 63 10 de 94 5 de 49 4 de 40 4 de 41 3 de 36 4 de 305 de 24 4 de 24 4 de 24 7 de 46 6 de 42 4 de 30 2 de 24 2 de 24 9 de 70 7 de 55 7 de 55 2 de 77 3 de 24 3 de 243 de 24 3 de 24 3 de 24 3 de 24 3 de 24 119 de 1,042 Assembleias terão menos mulheres 17 4 5Mantiveram número de deputadas Terão mais representantes femininas http://agenciapatriciagalvao.org.br/politica/assembleias-de-todo-o-pais-terao-26-mulheres-menos/ http://agenciapatriciagalvao.org.br/politica/eleicoes-2014-como-e-participacao-da-mulher-brasileira-na-politica/ http://www12.senado.gov.br/institucional/procuradoria/pesquisa/cartilha-mulheres-na-politica Reforma Política e Representatividade Feminina Veja a Entrevistacom a professora mestra em ciência política Raquel Boing Marinucci que explica que “o Brasil já tem tentando, a partir de políticas de cotas, melhorar esse quantitativo”. Ela disse que as mulheres constituem mais da metade da população brasileir Clique na Imagem para ver a entrevista: Educação 21. Educação para a Igualdade e Cidadania Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Taxa de alfabetização de pessoas de 50 anos de idade ou mais 81,0 81,9 2012 PNAD 4,1 Taxa de frequência bruta à creche das crianças de 0 a 3 anos de idade 21,2 21,1 2012 PNAD 4,4 Taxa de frequência bruta à pré-escola das crianças de 4 e 5 anos de idade 78,4 77,9 2012 PNAD 4,4 Taxa de frequência líquida das pessoas de 6 a 14 anos de idade 92,4 92,6 2012 PNAD 4,5 Taxa de frequência líquida das pessoas de 15 a 17 anos de idade 59,8 48,4 2012 PNAD 4,5 Taxa de frequência líquida das pessoas de 18 a 24 anos de idade 17,4 12,9 2012 PNAD 4,5 Distribuição percentual das pessoas concluintes de cursos profissionalizantes 54,5 45,5 2012 Censo Escolar / INEP 4,14 Distribuição percentual das pessoas concluintes de cursos de graduação do ensino superior 61,2 38,8 2012 Censo do Ensino Superior / INEP 4.15 Distribuição percentual de bolsas-ano concedidas pelo CNPq no país 50,5 49,5 2012 CNPq 4,20 E no Brasil? Abril e Maio de 2016 F o n te : R A S E A M 2 0 14 https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=WvcnWFKBkMI 0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 50.0% 60.0% 70.0% 80.0% 90.0% 100.0% 22. 23. 88,6 79,6 88,1 69,4 69,4 78,8 55,4 87,8 93,7 82,2 80,6 89,1 70,8 71,1 82,2 57,6 94,0 83,7 50 a 59 anos 50 a 59 anos60 a 69 anos 60 a 69 anos Mulheres Homens 70 anos ou mais 70 anos ou mais Taxa de alfabetização, por sexo e cor ou raça, segundo os grupos de idade - Brasil - 2012 Desenvolvimento educacional e social Produção aliementícia Produção cultural e design Ambiente e Saúde Infraestrutura Turismo, hospitalidade e lazer Recursos naturais Informação e communicação Controle e processos industriais Militar Mulheres Homens 0% 20% 40% 60%10% 30% 50% Distribuição percentual por sexo das matrículas em cursos profissionalizantes, segundo a grande área - Brasil - 2012 83,4 82,0 73,0 67,3 40,3 39,3 37,7 19,4 8,8 91,2 66,8 16,6 18,0 27,0 32,7 59,7 60,7 62,3 80,6 33,2 E no Brasil? Abril e Maio de 2016 F o n te : M E C /I n e p /D E E D C e n so E n si n o S u p e ri o r 2 0 12 F o n te : IB G E , P e sq u is a N a c io n a l p o r A m o st ra d e D o m ic il io s, 2 0 12 . Saúde e Enfrentamento à Violência 24. 25. 25. E no Brasil? Educação para a Igualdade e Cidadania Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Proporção percentual de mulheres de 15 a 49 anos de idade que utilizam algum método anticonceptivo 67,8 - 2006 PNDS/MS 5,1 Proporção percentual de nascidas/os vivas/os cujas mães eram menores de 19 anos de idade 19,3 - 2012 SINASC/MS 5,2 Proporção percentual de nascidas/os vivas/os cujas mães tiveram 7 ou mais consultas de atendimento pré-natal 62,4 - 2012 SINASC/MS 5,3 Proporção percentual de nescidas/os vivas/os por parto cesáreo 55,7 - 2012 SINASC/MS 5,6 Variação relativa de nascidades/os vivas/os por parto cesáreo +46,2% - 2000-2012 SINASC/MS 5,7 Razão de mortalidade materna (RMM) (por 100.000 nascidas/os vivas/os) 63,9 - 2011 SIM/MS 5,10 Proporção percentual da mortalidade materna por causas obstétricas diretas por causes obstétricas indiretas 66,0 30,9 - 2012 SIM/MS 5,11 Pesssoas residentes em domicílios particulares permanentes com saneamento adequando 59,9 57,6 2012 PNAD/IBGE 5,16 Prevalêcia de consumo absusivo de álcool (%) 10 10,3 27,9 2012 VIGITEL/MS 5,17 Prevalêcia (%) de diabete melito 11 de hipertensão arterial 12 12,2 26,9 11,0 21,3 2012 VIGITEL/MS 5,22 Taxa de internação no Sistema Único de Saúde - SUS, por causas externas (por 10.000 mulheres) 30,0 73,9 2012 SIH/SUS/MS 5,24 Taxa de incidência anual de neoplasias malignas especificas em mulheres (por 10.000 mulheres) 13 Neoplasias malignas da pele Mama Colo do útero Cólon, junç~åo retossigmóide, reto e ânus Pulmão, traquéia e brônquios 71,3 52,5 17,5 15,9 10,1 - 2012-2013 Inca/MS 5,25 Saúde integral, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Taxa padronizada de mortalidade (por 100,000 mulheres) por causas obstétricas diretas por causes obstétricas indiretas 12,9 5,0 - 2012 SIM/MS 5,28 Distribuição percentual dos casos novos de AIDS 36,7 63,3 2012 Programa de DST/Aids/MS 5,31 Taxa de incidência de AIDS (por 100,000 habitantes) 14,5 26,1 2012 Programa de DST/Aids/MS 5,32 Proporção percentual de casos de AIDS por transmissão sexual 95,0 93,1 2012 Programa de DST/Aids/MS 5,35 Taxa de mortalidade específica, por 100,000 habitantes, de AIDS 4,1 7,8 2012 SIM/MS 5,36 Taxa padronizada de mortalidade (por 10.000 habitantes) de doenças cerebrovasculares de doenças isquêmicas do coração de diabete melito de doenças hipertensivas de insuficiência cardíaca 46,9 41,2 30,0 22,7 15,0 48,8 58,6 24,1 20,5 14,9 2012 SIM/MS 5,41 e 5,42 Abril e Maio de 2016 F o n te : R a se a m 2 0 14 27. 26. E no Brasil? 0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 50.0% 60.0% 70.0% 80.0% Proporção de nascidas/os vivas/os cujas mães tiveram sete ou mais consultas durante o pré-natal, por cor ou raça da mãe - Brasil - 2012 Indígena 24,3 54,8 56,4 68,3 74,9 62,4 Parda Preta Amarela Branca Total F o n te : M in is té ri o d a S a ú d e /S V S /C G IA E - S is te m a d e I n fo rm a ç õ e s so b re N a sc id o s V iv o s (S in a sc ). 2 0 12 . N o ta : E x c lu i o s c a so s c o m i n fo rm a ç ã o i g n o ra d a d e c o n su lt a s (1 ,2 % ) e d e c o r o u ra ç a d a m ã e n ã o d e c la ra d a ( 7, 3 % ) D a d o s p re li m in a re s p a ra 2 0 12 . 3,2% 30,9% 66,0% Causes Obstétricas Indiretas Causas Obstétricas Diretas: Causas Obstétricas Não Especificadas Aborto Hemorragia Hipertensão Infecção puerperal Outras causas obstétricas diretas 21,9% 7,0% 20,6% 12,1% 4,4% F o n te : M in is té ri o d a S aú d e/ S V S /C G IA E - S is te m a d e In fo rm aç õ es s o b re M o rt al id ad e (S IM ). 2 0 12 . N o ta : D ad o s p re lim in ar es p ar a 20 12 F o n te : M in is té ri o d a S aú d e/ S V S /C G IA E - S is te m a d e In fo rm aç õ es s o b re M o rt al id ad e (S IM ). 2 0 12 . N o ta : D ad o s p re lim in ar es p ar a 20 12 Negra Indígena Amarela Branca35,6% 62,8% 1,4% 0,2% Distribuição percentual da mortalidade materna por tipo de causa obstétrica e por tipo de causa obstétrica direta - Brasil - 2012 28. Distribuição percentual da mortalidade materna por cor ou raça - Brasil - 2012 Abril e Maio de 2016 29. 30. E no Brasil? Martalidade, distribuição percentual, por sexo, segundo grupo de causas - Brasil, 2011 Grupo de Causas Distribuição (%) Total Mulheres Homens Doenças infecciosas e parasitárias 4,5 4,4 4,6 Neoplasias 16,9 18,2 15,9 Doenças do aparelho circulatório 30,7 34,0 28,2 Doenças do aparelho respiratório 11,6 12,8 10,7 Afecções originadas no período perinatal 2,1 2,1 2,1 Causas esternas 13,3 5,5 19,3 Demais causas definidas 20,8 22,9 19,9 F o n te : M in is té ri o d a S a ú d e /S V S /C G IA E - S is te m a d e I n fo rm a ç õ e s so b re M o rt a li d a d e - S IM . B ra sí li a - D F 2 0 11 N o ta : A m o rt a li d a d e p ro p o rc io n a l (p e rc e n tu a l d e ó b it o s in d o rm a d o s a o S IM ) e st á c a lc u la d a s o b re o t o ta l d e ó b it o s c o m c a u sa s d e fi n id a s; co m i st o , c o n si d e ra -s e q u e o s ó b it o s c o m c a u sa m a s d e fi n id a e st ã o d is tr ib u id o s li n e a rm e n te p e lo s d e m ia s g ru p o s d e c a u sa s. E st ã o s u p ri m id o s o s ó b it o s se m d e fi n iç ã o d e s e x o . F o n te : C G A J E /S V S /M S *2 0 13 : D a d o s p re li m in a re s D C V -G P P , d o e n ç a s c a rd io v a sc u la re s c o m p li c a n d o a g e st a ç ã o , p a rt o e p u e rp é ri o Parda Ignorado Indígena Amarela Branca Preta 49% 34% 11% 5% 1% 0% Branca Preta Amarela Parda Indígena Ignorado Hipertensão 17,4 22,7 0 20,9 13 18,3 Hemorragia 11,4 8,7 33,3 11,9 17,4 12,7 Infecção puerperal 6,9 7 33,3 7,1 13 7 Aborto 2,8 8,1 0 4,7 4,3 2,8 DCV - GPP 8,8 5,2 0 6,2 0 11,3 Outras Causas 52,7 48,3 33,4 49,2 52,3 47,9 Outras Causas 52,7 48,3 33,4 49,2 52,3 47,9 Total Obitos Maternos (n) 534 172 3 780 23 71 Óbitos maternos segundo raça cor e causas de mortalidade - Brasil, 2012 Abril e Maio de 2016 Enfrentamento da Violência 31. 32. E no Brasil? Enfrentamento de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Proporção percentual de relatos de violência física contra a mulher 54,2 - 2013 Ligue 180/ SPM 6,1 Proporção percentual de relatos de violência contra a mulher praticada por companheiro/a ou ex- companheiro/a 81,8 - 2013 Ligue 180/ SPM 6,7 Proporção percentual de mulheres em situação de violência com filhas/os 82,4 - 2013 Ligue 180/ SPM 6,10 Proporção percentual de filhas/os de mulheres em situação de violência que presenciam ou sofrem violência 83,1 - 2013 Ligue 180/ SPM 6,12 Distribuição percentual de registros de violências deméstica, sexual e/ou outras violências 65,8 - 2000-2012 SINASC/MS 6,13 Distribuição percentual de registros de violências doméstica, sexual e/ou outras violências, cujo agressor era do sexo masculino 82,0 18,0 2012 SINASC/MS 6,14 Distribuição percentual de registros de violências doméstica, sexual e/ou outras violênciasem que se suspeita o uso de álcool pelo/a agressor/a 82,9 17,1 2012 SINASC/MS 6,15 As estimativas do INCA são feitas cada 2 anos, em função da estabilidade da ocorrência, com pouca variação anual; portanto, a taxa de incidência calculada é anual e os valores apresentados na tabela são válidos para o ano de 2012 e para o ano de 2013. A taxa apresentada para neoplasias malignas da pele exclui a taxa de incindência de melanoma maligno da pele. Enfrentamento de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela Proporção percentual dos casos de violência de repetição de violências doméstica, sexual e outras violências contra mulheres adultas. de 20 a 59 de idade 40,8 - 2012 Viva Contínuo/MS 6,20 Proporção percentual de agressão física nos casos de violências doméstica, sexual e/ou outras violências 79,2 20,8 2012 Viva Contínuo/MS 6,22 Taxa padronizada de mortalidade por homicídio (por 100,000 habitantes) 4,6 51,0 2012 SIM/MS 6,26 Proporção percentual de escolares frequentando o 9º ano do ensino fundamental que, nos 30 dias anteriores à pesquisa, foram agredidas/os fisicamente por uma pessoa adulta da família 11,5 9,6 2012 PeNSE/IBGE 6,33 Taxa de ocupação de mulheres no sistema penitenciário brasileiro 1,3 - 2013 InfoPen/MJ 6,5 Proporção percentual da população carcerária que cometeu/tentou crimes contra a pessoa 33,7 40,5 2013 InfoPen/MJ 6,40 Abril e Maio de 2016 Fonte: RASEAM 2014 33. 34. 35. E no Brasil? Serviços exclusivos de atendimento às mulheres em situação de violência Indicadores Total Ano Fonte Tabela Número de Delgacias Especializadas no Atendimento à Mulher 421 2013 ESTADIC/ BGE 6,42 Número de Núcleos especualizados em delegacias comuns 110 Número de Núcleos Especualizados da Mulher em Defesorias Públicas 53 2013 ESTADIC/ BGE 6,43 Número de Juizados ou varas especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher 85 Número de Serviços de saúde especializados para o atendimento dos casos de violência contra a mulher 128 2013 ESTADIC/ BGE 6,44 Número de Institutos Médico-Legal 288 Número de Centros Especualizados de Atendimento à Mulher em Situação de Violência-CEAM 172 2013 ESTADIC/ BGE 6,45 Número de Casas-Abrigo 22 Companheiro Pessoa do convívo interpessoal Pessoa do convívo de trabalho Pessoas desconhecidas Outros Ex-companheiro Famíliares Distribuição percentual dos relatos de violência contra a mulher, segundo o tipo de violência - 2013 Distribuição percentual dos relatos de violência contra a mulher, segundo a relação do agressor com a vítima - 2013 F o n te : C e n tr a l d e A n te n d im e n to à M u lh e r - L ig u e 1 8 0 , 2 0 13 . Fonte: Central de Antendimento à Mulher - Ligue 180, 2013. Obsevação: Na categoria “companheira/o” estão agregados as demais categorias de relacionamento afetivo, como cônjuge, namorada/o e amante. Da mesma forma, na categoria “ex- companheira/o” foram agregados ex-conjuges, ex-namoradas/os e ex-amantes. Na categoria “famíliares” estão incluidas/os filhas/ os, irmã/o, parentes, pai, mãe, cunhada/o, padastro, madastra e sogra/o. “Pessoas de convivo interpessoal” referem-se a amiga/o, vizinha/o e conhecida/o. Já a categoria “pessoas de convivio de trabalho” inclui chefa/e e colega de trabalho. 30,3% 54,2% 10,4% 1,9% 1,7% 0,9% 0,5% Violência física Violência patrimonial Violência sexual Cárcere privado Tráfico de pessoas Violência psicológica Violência moral 19,0% 62,8% 13,7% 10,2% 0,4% 1,1% 2,9% Abril e Maio de 2016 Para concluir essa edição do boletim, gostaríamos de apresentar alguns pontos de destaque discutidos pela nossa equipe sobre o contexto de revindicações das mulheres e atenção jurídica dedicada à elas. Igualdade de Gênero e Equidade de Gênero Entendemos que o uso do conceito de Igualdade de Gênero, necessita atenção já que vem sendo amplamente utilizado para comparar a experiência e as oportunidades de homens e mulheres como também no âmbito de revindicação por direitos e garantias para mulheres. Como vimos nesta edição, a ideia de igualdade muitas vezes está associada ao viés econômico e ao acesso das mulheres a equipamentos e políticas públicas. Gostaríamos de registrar que mesmo que as dimensões (economia, participação política, saúde e educação) apresentadas pelo Índice Globa de Igualdade de Gênero são, sem dúvida nenhuma, relevantes para a melhoria na qualidade de vida das mulheres ao redor do mundo. Em que pese a promoção do acesso às dimensões citadas pelos índices promovam o equilíbrio de poderes entre homens e mulheres, é necessário atentar para outros aspectos culturais extremamente arraigados em nossa sociedade que impedem não apenas o acesso de mulheres aos equipamentos públicos e o exercício de seus direitos, mas também impedem o reconhecimento da mulher como detentora dos mesmos direitos que os homens, além da negação das necessidades específicas das mulheres e entre mulheres. Nesse sentido atentamos para o fato de que as mudanças em relação ao ampliaçao e exercício de direitos e acesso as mulheres às políticas públicas, também passam pelo reconhecimento social da mulher como sujeito político. pleno de direitos. A transformação da cultura patriarcal em um cultura igualitária, equilibrada, necessita a relativização e desconstrução do poder centrado na figura masculina pela sociedade como um todo. Essa transformação cultural será potencializada pelo acesso às dimensões elencadas pelo índice já que empoderam mulheres, porém o acesso em si não garante a transformação estrutural da sociedade machista. Ainda tendo em vista a concentração de poder no gênero masculino, gostaríamos de destacar também a importância da ideia de equidade. Como vimos o conceito de equidadereconhece equilíbrio entre entes, considerando as especificidades de cada um. Nesse sentido é importante notar que tanto a garantia e quanto a ampliação do acesso das mulheres a oportunidades devem ser modelados levando-se em conta as necessidades comuns aos homens e específicas do gênero femenino. Por exemplo, além de salário igual, distribuição das tarefas domésticas para equilibrar horas diárias trabalhadas, as mulheres necessitam garantias de poder deixar os filhos em local seguro e responsável enquanto trabalham. Necessitam também um regime laboral que atenda às incumbências da maternidade que lhe recaem, como por exemplo, amamentar. A mesma garantia deve existir para a permanência estudantil de mulheres mães. Em relação à saúde, mulheres necessitam atendimento e recursos diferentes dos homens, e principalmente de políticas que promovam a historicamente tutelada autonomia sobre seus corpos. Quanto a participação política é necessário que além de garantir através de políticas afirmativas a participação das mulheres, que todo tipo de discriminação ou intimidação contra as parlamentares seja repudiado, semeando o equilíbrio de poderes em âmbito institucional. A mesma relação deve-se estabelecer em âmbito privado e no mercado de trabalho. É por considerar as diferenças de cada parte envolvida nas relações sociais entre as quais se estabelece comparação que a equidade nos remete também a ideia de justiça, já que prevê a distribuição igualitária de poderes e recursos sensível às especificidades de cada parte, promovendo o equilibrio não entre iguais, mas entre diferentes. Nesse sentido o Observatóri@ continuará sua pesquisa buscando aprofundar-se nesse conceito, bem como encontrar ações e políticas afirmativas voltadas para as mulheres que promovam a equidade e a redistribuição de recursos e poderes sociais entre homens e mulheres. A ideia de equidade parece ser adequada também para o tratamento das questões específicas da população transgênero. Se reconhecidas as especificidades desse grupo de mulheres, é possível aprofundar políticas que promovam seu acesso Opinião FFC Abril e Maio de 2016 ao mercado de trabalho, à saúde, educação e participação política. Mesmo assim, sabemos que a transfobia é uma realidade, sendo necessária a transformação da cultura machista transfóbica em direção ao reconhecimento social dessas mulheres como detentoras de direito pleno. Este Observatóri@ também seguirá pesquisando e divulgando ações e políticas representativas para as mulheres trans, divulgando e questionando a concentração de poder e os privilégios das pessoas cisgêneros. Dados Estatísticos de Gênero no Brasil Outro destaque dessa edição foi a apresentação de dados estatísticos de gênero. Os dados apresentados mostram um contexto social desigual e complexo. No que se refere à participação das mulheres na política, os dados mostram que mesmo que as mulheres representem pouco mais da metade do eleitorado, ainda é baixa a participação e permanência das mulheres âmbito parlamentar. Essa situação limita a ampliação dos direitos, facilmente verificável no contexto atual, onde o parlamento majoritariamente composto por homens legisla e promove políticas públicas que muitas vezes não atendem e ameaçam as necessidades e garantias de direitos para mulheres. Esse quadro dramático caracteriza a tutela masculina intrínseca à institucionalidade estatal e democrática deflagrando a violência de gênero estrutural, na filosofia do direito conceituada como androcentrismo No que se refere ao trabalho e a economia, são verificáveis diferenças salariais entre homens e mulheres, além da discrepância entre horas semanais trabalhadas. Os dados mostram a necessidade de políticas que equiparem a remuneração, bem como, ações que contribuam para o reconhecimento do trabalho doméstico como trabalho inerente à vida humana, não como tarefa natural das mulheres. Mas além das disparidades entre homens e mulheres os dados apresentados mostram que dentro da “categoria mulher”, existem fortes disparidades em todas as dimensões, reforçando o entendimento de que além da opressão de gênero sofrida por todas as mulheres, são grandes as desigualdades entre mulheres brancas, negras e indígenas. Também há desigualdades notórias entre as mulheres que vivem no meio urbano e rural. Nesse sentido este Observatóri@ continuará a explorar e divulgar ações, políticas e revindicações de todos esses grupos, suas necessidades específicas, e revindicações oriundas de uma cultura machista e racista, historicamente construída e praticada. Os dados mostram que para além da desigualdade de gênero existem diversos eixos de opressão que tornam as experiências vividas pelas mulheres negras, brancas e indígenas brasileiras muito desiguais conforme apontam os dados sobre remuneração, educação e saúde. Este Observatório continuará buscando apresentar a perspectiva do feminismo interseccional, tema da 3ª edição do boletim, para difundir a luta das mulheres em sua diversidade e para sensibilizar outras mulheres de que a universalização de suas necessidades e/ou o não reconhecimento das desigualdades entre as mulheres também oprime e silencia. Reconhecer privilégios e desigualdades pode fortalecer as análises de políticas públicas específicas para as mulheres, como também pode aprofundar a participação democrática no desenho dessas políticas para que tenham impacto na vida de TODAS. A mesma perspectiva interseccional pode ser aplicada na instrumentação jurídica e no amparo legal dado às mulheres. Os dados apresentados, à luz das garantias e direitos constitucionais e legais desafiam a prática advocatícia a atuar junto às mulheres reconhecendo-as em suas particularidades de gênero, raça, classe social, sexualidade e identidade, oferecendo assim, atenção às mulheres em sua integralidade, com a oportunidade de fruição plena de seus direitos e contribuindo através da elaboração de teses modeladas caso a caso para a difusão de estratégias jurídicas baseadas nos princípios da equidade de gênero. Opinião FFC Abril e Maio de 2016
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