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BOLETIM OBSERVATORI 4 ed

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OBSERVATÓRI@ 
DOS DIREITOS 
E CIDADANIA DA 
MULHER
E No Brasil? 
Abril e Maio de 2016
Internacional
Veja Também: 
Conheça os países que tem o melhor 
índice de Igualdade de Gênero do mundo 
e algumas de suas políticas para ampliar 
o acesso de mulheres à saúde, educação,
economia e participação política.
Como se calcula esse índice? 
Quais dados são considerados?
Secretaria de 
Políticas Públicas 
para as mulheres: 
que papel 
desempenha e 
qual sua situação. 
Dados sobre a 
Igualdade de 
Gênero no Brasil
Igualdade de Gênero.
O que significa?
Conceito
Políticas Públicas
Políticas Públicas apontadas pelo 
Observatório de Igualdade de Gênero 
da América Latina e Caribe como 
“Políticas Justas”
Conceito 
IGUALDADE DE GÊNERO
O que é: Igualdade de Gênero? 
Segundo as Nações Unidas, Igualdade de Gênero se refere aos direitos 
iguais, responsabilidades e oportunidades das mulheres e homens, meninas e 
meninos. Igualdade não significa que mulheres e homens se tornarão o mesmo, 
mas que os direitos, responsabilidades e oportunidades não dependerão de fato 
de nascer homem ou mulher. Igualdade de Gênero implica que os interesses, 
necessidades e prioridades de homens ou mulheres sejam levadas em 
consideração, reconhecendo a diversidade de diferentes grupos. Igualdade de 
Gênero não é uma questão das mulheres, mas deve ser preocupação e deve 
engajar homens tanto quanto as mulheres. Igualdade entre mulheres e homens é 
visto também como uma questão relacionada aos direitos humanos como uma 
pré condição, e um indicador de desenvolvimento sustentável centrado nas 
pessoas. (Tradução Livre) 
Ref letindo sobre essa def inição...
Para saber mais acesse: “Pensando a teoria 
da Justiça: o que há de aproximações entre as 
concepções liberal, libertária, comunitarista, 
igualitária e capacitária?” de Walace Ferreira 
Abril e Maio de 2016
Essa definição reconhece que há diferenças 
em acesso e oportunidade entre mulheres e
homens. Mas... O quanto as relações de poder 
da sociedade se transformariam ampliando 
e igualando oportunidades e acesso para 
mulheres e homens? Que outros fatores 
também determinam a desigualdade entre 
homense mulheres? Segundo Mariana Di Stella 
Piazzolla, colaboradora do Espelho de Vênus 
essa definição recebe críticas porque se 
concentra em variáveis ligadas ao viés 
econômico, oriundo do igualitarismo liberal.
http://www.un.org/womenwatch/osagi/conceptsandefinitions.htm
https://jus.com.br/artigos/23551/pensando-a-teoria-da-justica-o-que-ha-de-aproximacoes-entre-as-concepcoes-liberal-libertaria-comunitarista-igualitaria-e-capacitaria
http://www.un.org/womenwatch/osagi/conceptsandefinitions.htm
Igualdade ou Equidade? Qual a Diferença?
Alguns autores discutem o uso do termo igualdade pelo seu caráter universalizador e apontam a 
possibilidade do uso do termo equidade. A definição de Equidade no dicionário de língua portuguesa 
é bastante semelhante à difundida definição de Igualdade: 1 :Justiça natural; 2: Disposição para 
reconhecer imparcialmente o direito de cada qual; 3: Igualdade, justiça, retidão. Antônimo:injustiça. 
Equidade de gênero denota a equivalência nos resultados da vida para homens e mulheres, 
reconhecendo suas diferenças necessidades e interesses, demandando a redistribuição de poder 
e recursos (...) as metas da equidade de gênero são vistas como mais políticas que as metas da 
igualdade de gênero e portanto menos aceitas pelas principais agências de desenvolvimento” 
(Reeves e Baden, 2000) 
É por isso que a equidade de gênero é apontada como a abordagem mais adequada, já que esse 
termo abarca várias variáveis como classe, etnia, idades sendo capaz de pensar as necessidade de 
todos os grupos em sua diversidade. 
“Igualdade de Gênero denota que mulheres tem as mesmas oportunidades na vida que os homens, 
incluindo a habilidade para participar da esfera pública. Isso expressa a ideia do feminismo liberal, na qual 
a remoção da discriminação nas oportunidades para as mulheres permitiria a elas atingirem um status 
igual ao dos homens (...) Contudo, esse foco as vezes chamado de igualdade formal, não necessariamente 
demanda ou assegura a igualdade dos resultados. Presume que uma vez que as barreiras da 
participação são removidas, passa a existir igualdade de condições.” (Reeves e Baden, 2000) 
1945 - Carta de São Francisco: 
O direito Internacional proíbe 
a discriminação pelo sexo. 
A Carta da ONU assinada 
em São Francisco, EUA em 
1945 colocou o princípio da 
igualdade de oportunidades 
e não discriminação na esfera 
dos direitos humanos. Em seu 
preâmbulo a carta afirma que: 
“Se reafirma a fé nos direitos 
fundamentais do ser humano, 
na dignidade e no valor da 
pessoa humana, na igualdade 
de direitos entre homens 
e mulheres das grandes e 
pequenas nações“
Carta de São Francisco
1966 - A Organização das 
Nações Unidas completou 
o catálogo de direitos
juridicamente vinculantes para
todos os estados membros
através do texto chamado
“Declaração Internacional
dos Direitos Humanos”. Esse
documento é composto pela
Carta de São Francisco, a
Declaração Universal dos
direitos Humanos de 1948, O
pactos internacional de Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais
e o Pacto Internacional de
direitos Civis e Políticos,
configuram o princípio de não
discriminação como principio
estrutural
1979 - A Convenção da ONU 
sobre a eliminação de toda 
forma de discriminação contra 
a mulher é considerada 
obrigatoriedade para os países 
membros. A convenção amplia 
os direitos das mulheres 
em diversos âmbitos, como 
direitos políticos, questões 
trabalhistas, educação, saúde 
e economia. Nesse contexto 
surge a o Comitê para 
Eliminação da Discriminação 
contra as Mulheres, órgão que 
tem como objetivo a tutela do 
direito a não discriminação por 
razão de sexo.
60 70 80 90
1993 - A Conferência da 
ONU em Viena reitera que 
“os direitos humanos da 
mulher são parte inalienável, 
integrante e inseparável dos 
direitos humanos universais” 
Contexto das revindicações do movimento feminista sufragista, 
com forte influência da ideologia liberal, as mulheres 
revindicavam igualdade partindo do princípio que também eram 
cidadãs e deveriam ter os mesmo direitos dos homens, sendo 
consideradas parte da esfera pública. Essa perspectiva influencia 
movimentos feministas da década de 70
Na década de 80, a difusão da ideia de que o gênero supera 
o determinismo biológico, surge uma abordagem mais atenta
às diferenças entre grupos na sociedade. Nesse contexto, a
igualdade é vinculada à equidade, incluindo as diferenças dentro
da categoria “mulher” e pensar a desigualdade de gênero.
Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacional
Conceito 
1995 - Na 4ª Conferencia 
Mundial da ONU sobre 
a Mulher em Pequim 
manifesta-se consenso 
entre estados membro 
sobre a universalidade e 
globalidade dos problemas 
das mulheres e destaca a 
importância da igualdade 
e a não discriminação em 
razão do sexo como fator 
imprescindível para construir 
as sociedades do século XXI. 
A igualdade de oportunidades 
entre sexos e a autonomia 
das mulheres se destacam 
como um objetivo de 
desenvolvimento das Nações 
Unidas para o milênio. 
Abril e Maio de 2016
Clique no nome dos documentos para acessar hiper l ink
https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacional
(http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=equidade
http://www.bridge.ids.ac.uk/sites/bridge.ids.ac.uk/files/reports/re55.pdf
http://www.bridge.ids.ac.uk/sites/bridge.ids.ac.uk/files/reports/re55.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf
http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos/integra.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0592.htm
http://www.dhnet.org.br/abc/onu/comites_mulher.htm
http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/viena/viena.html
• Participaçãoe oportunidade econômicas: salários, participação e liderança
• Educação: acesso a níveis básicos e superiores de educação
• Empoderamento político: representação em estrutura de tomada de decisão
• Saúde e Sobrevivência: expectativa de vida e proporção homem/mulher
O gráfico mostra o desempenho global em cada uma das dimensões analisadas no 
ano de 2015. 
ÍNDICE DE IGUALDADE DE GÊNERO: 
COMO SE CALCULA?
O índice Global de Diferença de Gênero classifica o desempenho de 145 países com 
relação a diferença entre homens e mulheres no que se refere a saúde, educação, 
economia e indicadores políticos. O objetivo é compreender se os países estão 
distribuindo seus recursos e oportunidades de maneira equitativa entre mulheres e 
homens, independentemente de seus níveis de receita em geral. O informe mede o 
tamanho da lacuna em quatro áreas:
Internacional
Abril e Maio de 2016
http://reports.weforum.org/global-gender-gap-report-2015/
Os resultados do índice podem ser interpretados como a porcentagem da diferença 
que diminuiu entre mulheres e homens, e permitem aos países comparar resultados 
atuais com os obtidos no passado. Além disso, as classificações permitem que se 
possam fazer comparações entre países. 13 das 14 variáveis que são utilizadas para criar 
o índice procedem de indicadores de dados públicos de organizações internacionais
como a Organização Internacional do Trabalho, o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento e Organização Mundial de Saúde, e a outra variável procede de uma
entrevista de percepção realizada pelo Fórum Econômico Mundial.
Para ver a análise do relatório acesse o link (em espanhol).
Os dez países com maiores índices de igualdade de gênero
Clique no mapa para conhecer algumas as políticas implementadas nos primeiro colocados do ranking
Esse fato é importante para o país que passou por um genocídio estatal em 
1994, quando as minorias étnicas tutsis e o hutus moderados foram perseguidos 
e assassinados pelo exercito ruandês. Nessa ocasião 10 % da população do 
país foi morta e estima-se um número entre 250 mil e 500mil mulheres foram 
estupradas. Após o conflito 70% da população adulta de Ruanda era composta 
por mulheres. Além da criação de cotas para as mulheres na ocupação de 
cargos políticos, foram criados os conselhos locais exclusivos. 
Para entender a trajetória e o papel da mulher na sociedade ruandesa antes, 
durante e após o genocídio, refletir sobre as mudanças que ocorream e 
os mecanismos implementados para o empoderamento da mulher no 
país acesse o artigo Ruanda: Os avanços na promoção da igualdade de 
gênero e a ascensão das mulheres na política no pós-genocídio realizado 
por Suenia Lagares Batista. Separamos também duas reportagens mais 
breves que realizam um panorama das mudanças no país. Leia:
DESTAQUE: RUANDA
Apesar das mulheres ruandesas ainda terem 
dificuldades de acesso à saúde, educação e na 
consolidação de sua autonomia econômica, o 
País lidera o ranking mundial da participação 
feminina na política sendo que 63% das 
cadeiras da câmara baixa e 40% das vagas no 
Senado são ocupadas por mulheres. 
O mapa do Ranking Completo está disponível em Gender Gap Index 2015
• Vinte anos após o genocídio, as mulheres
lideram em Ruanda, publicado pela Revista
Fórum.
• Como o Parlamento de Ruanda se tornou
o mais feminino do mundo, publicado pelo
HuffPost Brasil.
Parlamentares Ruandesas. Fonte: BrasilPost
Internacional
Abril e Maio de 2016
https://agenda.weforum.org/espanol/2015/11/19/informe-global-de-la-brecha-de-genero-2015/
https://www.google.com/maps/d/edit?mid=zBnyjdefnhtU.k04UwxnvP344&usp=sharin
http://widgets.weforum.org/gender-gap-2015/
hiperlink no nome do artigo http://www.revistaforum.com.br/2014/04/09/vinte-anos-apos-o-genocidio-mulheres-lideram-em-ruanda/)
http://www.brasilpost.com.br/2015/11/11/mulheres-parlamentares-mu_n_8340686.html)
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/11379/1/2015_SueniaLagaresBatista.pdf)
http://www.brasilpost.com.br/2015/11/11/mulheres-parlamentares-mu_n_8340686.html
Internacional
Observatório De Igualdade De Gênero 
Da Amériaca Latina E No Caribe
Para pensar a Igualdade de Gênero na América 
Latina utilizaremos os dados e referencial teórico do 
OBSERVATÓRIO DE IGUALDADE DE GÊNERO DA 
AMÉRIACA LATINA E NO CARIBE. O Observatório 
surge durante a Conferência Regional sobre a Mulher 
de América Latina e do Caribe, em 2007, em Quito 
no Equador. A Divisão de Assuntos de Gênero da 
Comissão Econômica para a América Latina e Caribe 
da ONU (CEPAL) se responsabilizou por coletar os 
dados estatísticos junto aos órgãos responsáveis 
por gerar e coletar essa informação em cada um 
dos estados-membros, disponibilizando-os em seu 
portal on line e gerando publicações. 
Objetivos do Observatório de Igualdade 
de Gênero de América Latina e Caribe:
1. Analisar e visibilizar o cumprimento de metas e
objetivos internacionais de Igualdade de Gênero
2. Oferecer apoio técnico e capacitação aos
Institutos Nacionais de Estatística e de
Mecanismos para o Desenvolvimento da Mulher
3. Produzir um informe anual divulgando o
diagnóstico sobre as desigualdades entre homens
e mulheres no que se refere à Trabalho
remunerado, uso do tempo e pobreza; Acesso
a tomada de decisões e representação política;
Violência de Gênero e Saúde e Direitos
Reprodutivos
O índice Global de Diferença de 
Gênero realiza também um ranking 
para a região Latino Americana.
Ranking na América Latina e Caribe 
País Ranking Global
1º Nicarágua 12
2º Bolívia 22
3º Barbados 24
4º Cuba 29
5º Equador 33
6º Argentina 35
7º Costa Rica 38
8° Bahamas 40
9° Colômbia 42
10° Panamá 44
Fonte: Global Gap Gender Report 2015
NA AMÉRICA LATINA 
Clique na imagem e acesse 
a página do Observatório: 
www.cepal.org/oig
Abril e Maio de 2016
www.cepal.org/oig
www.cepal.org/oig
http://www.cepal.org/oig/
http://www.cepal.org/oig/
Para avaliar a Igualdade de Gênero o Observatório 
considera as seguintes dimensões de análise:
Internacional
Autonomia Física
Fonte: Observatório da igualde de Gênero da Aérica Latina e Caribe
Violência
Direitos 
Reprodutivos
Esfera Privada
Autonomia para 
Tomada de 
Decisões
Postos de 
Decisão 
Política
Autonomia Econômica
Esfera Pública
Trabalho 
Remunerado
Trabalho Não 
Remunerado
Marco Conceitual utilizado pelo Observatório da Igualdade 
de Gênero da América Latina e do Caribe - CEPAL
Para outros conhecer outros 
documento e resultados da 
conferências regionais acesse: 
CEPAL, www.cepal.org
2007 - Consenso de 
Brasília: Consenso regional 
aprovada na 11º Conferência 
Regional sobre a Mulher da 
América Latina e do Caribe.
1966 - Declaração 
Internacional dos 
Direitos Humanos 
1979 - A convenção da ONU sobre 
a eliminação de toda forma de 
discriminação contra a mulher. 
Surge a Comitê para Eliminação 
da Discriminação contra as 
Mulheres.1945 - Carta de 
São Francisco
1993 - A Conferência 
da ONU em Viena
1994 - Convenção de Belém do 
Pará: Convenção Interamericana para 
prevenir, punir e erradicar a violência 
contra as mulheres, adotada e aberta 
à assinatura, ratificação e adesão pela 
Assembleia Geral da Organização dos 
Estados Americanos. 
2013 - Consenso 
de Santo Domingo: 
Consenso regional 
aprovada na 
Conferência Regional 
XII sobre a Mulher da 
América Latina e do 
Caribe
1995 - Na 4a Conferencia 
Mundial da ONU sonre a 
Mulher em Pequim
60 70 80 90 00 10
2007 - Consenso de Quito: 
Consenso regional aprovada na 10º 
Conferência Regional sobre a Mulher 
da América Latina e do Caribe.
Histórico Regional
Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacionalFonte: www.cepal.org 
Abril e Maio de 2016
http://www.cepal.org/cgi-bin/getprod.asp?xml=/oig/noticias/paginas/0/34070/P34070.xml&xsl=/oig/tpl/p18f.xsl&base=/oig/tpl/top-bottom-economica.xsl
http://www.cepal.org/cgi-bin/getProd.asp?xml=/oig/agrupadores_xml/aes982.xml&xsl=/oig/agrupadores_xml/agrupa_listado.xsl&base=/oig/tpl/top-bottom-decisiones.xslt
https://es.wikipedia.org/wiki/Igualdad_de_g%C3%A9nero#Marco_internacionalhttp://www.cepal.org/cgi-bin/getprod.asp?xml=/mujer/noticias/paginas/8/28478/P28478.xml&xsl=/mujer/tpl/p18f-st.xsl&base=/tpl/e-mail.xsl#.VNDpJdKG_vx
http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=122009
http://www.spm.gov.br/assuntos/acoes-internacionais/Articulacao/articulacao-internacional/consenso-de-quito-espanhol.pdf/view
http://www.cepal.org/mujer/conferencia/doc/ConsensoBrasilia-portugues.pdf
http://www.cepal.org/12conferenciamujer/noticias/paginas/6/49916/PLE_Consenso_de_Santo_Domingo.pdf
Internacional
Fonte: CEPAL
Fonte: CEPAL
Autonomia Física
Abril e Maio de 2016
http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=01&language=spanish
http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=03&language=spanish
FONTE: CEPAL (http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.as-
p?page=03&language=spanish ) 
Internacional
Fonte: CEPAL
Autonomia para Tomada de Decisões
Fonte: CEPAL
Abril e Maio de 2016
http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=07&language=spanish
http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=07&language=spanish
Autonomia Econômica
F
o
n
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: 
C
E
P
A
L
F
o
n
te
: 
C
E
P
A
L
Internacional
Nível hierárquico dos Mecanismos de Avanço para as Mulheres (MAM)
América latina El Caribe
Ministério ou entidade de 
nível ministerial
Entidade anexada à 
presidência ou mecanismo 
de suporte pelo qual a 
presidência é diretamente 
responsável (anexo aos 
gabinetes presidenciais, 
secretários, institutos 
nacionais e outras figuras)
Entidades dependentes de um 
Ministério, (vice ministérios, 
subsecretarias, institutos, 
conselhos e outras figuras)
25%
15%
60%
84.2%
10.5%
5.3%
Fonte: CEPAL
Como veremos mais adiante, antes de 2015 a Secretaria de Políticas para 
Mulheres se enquadrava na categoria representada em amarelo, como uma 
Secretaria vinculada ao Gabinete da Presidência
Note que esse gráfico se refere 
à população SEM ingresso, ou 
seja considera se há ou não há 
ingresso. Essa abordagem é 
interessante para mensurar a 
autonomia financeira porque 
destaca a ausência de ingressos. 
Mesmo assim é importante 
qualificar o ingresso para 
averiguarmos se este é capaz de 
conceder autonomia financeira 
às mulheres que o recebem. 
Portanto, o número de mulheres 
sem autonomia financeira é ainda 
maior que do que o representado 
pelo gráfico.
Abril e Maio de 2016
http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=13&language=spanish
http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=12&language=spanish
http://www.cepal.org/oig/ws/getRegionalIndicator.asp?page=11&language=spanish
Internacional
A. Identificação e Definição dos problemas 
públicos aos quais a política responde
• Quadros de significado
• Identificação do Problema
• Identificação de injustiças de gênero
D. Avaliação
• Monitoramento
• Produção de informação
• Resultados em relação aos objetivos da política
• Avanço na justiça para as mulheres
• Questões pendentes
B. Formulação/Desenho
• Objetivo da Ação Estatal
• Marco Normativo
• Marco político-social
C. Implementação
• Descrição geral
• Transversalidade
• Relação sistema político- administrativo/ sociedade civil 
• Informação e Difusão
• Sustentabilidade
• Desenvolvimento de competências e capacidades
Acesse o mapa e 
conheça as políticas 
destacadas pelo 
Observatório da 
Igualdade de Gênero da 
América Latina e Caribe 
como “políticas justas”.
F
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O
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Como o Observatório da 
Igualdade de gênero da 
América Latina e do Caribe 
avalia o que considera 
“Políticas Justas”? Veja:
Políticas Justas, segundo o OIG
Abril e Maio de 2016
http://www.cepal.org/cgi-bin/getProd.asp?xml=/oig/noticias/noticias/4/46514/P46514.xml&xsl=/oig/tpl/p1f.xsl&base=/oig/tpl/top-bottom-decisiones.xslt
https://www.google.com/maps/d/u/0/edit?mid=zBnyjdefnhtU.kuQrnYcteecw
E no Brasil? 
No Brasil foi criada em 2003 a Secretaria de Políticas Públicas Para as Mulheres 
através do decreto presidencial No 10.683 de 2003, atendendo às demandas da 
sociedade civil e aos compromissos estabelecidos em pactos internacionais. A SPM se 
organizou em três principais linhas de ação : (a) Políticas do Trabalho e da Autonomia 
Econômica das Mulheres; (b) Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; e (c) 
Programas e Ações nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, Participação Política, 
Igualdade de Gênero e Diversidade. No momento de sua criação a estrutura básica da 
SPM era composta pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (órgão colegiado), 
o Gabinete da Ministra de Estado Chefe, a Secretaria-Executiva e de três outras
Secretarias.
Em 2 de outubro de 2015 a Secretaria foi incorporada ao Ministério das Mulheres, 
Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, unindo a Secretaria de Políticas de Promoção 
da Igualdade Racial, a Secretaria de Direitos Humanos, e a Secretaria de Políticas para 
as Mulheres conforme determinado pela Medida Provisória Nº 696 DE 2015. 
Desde a criação da Secretaria, há 13 anos, destacam-se algumas políticas de 
impacto na vida das brasileiras, como por exemplo a Lei Maria da Penha Lei 
11.340/2006, a Lei do Feminicídio Lei Nº 13.104, De 9 De Março De 2015.
Crítica 
Separamos algumas manifestações contrárias a incorporação da 
Secretaria pelo novo Ministério. Leia:
“Nós feministas somos contra o fim da Secretaria 
de Políticas para Mulheres”
publicada pela Sempreviva Organização Feminista (SOF)
“Feministas criticam ameaça de extinção da 
SPM, Seppir e SDH”
publicado pela agência Patrícia Galvão
“Gestoras enviam carta à presidenta Dilma em 
defesa da SPM como ministério”
publicado pela agência Patrícia Galvão. 
Abril e Maio de 2016
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.683.htm),
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Mpv/mpv696.htm#art8i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13104.htm
hiperlink para http://www.sof.org.br/2015/08/26/nos-feministas-somos-contra-o-fim-da-secretaria-de-politicas-para-mulheres/
http://agenciapatriciagalvao.org.br/mulheres-de-olho-2/feministas-criticam-ameaca-de-extincao-da-spm-seppir-e-sdh/
http://agenciapatriciagalvao.org.br/mulheres-de-olho-2/gestoras-enviam-carta-a-presidenta-dilma-em-defesa-da-spm-como-ministerio/
http://www.spm.gov.br/
E NO BRASIL? 
II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres
Clique na imagem e acessar
Clique na imagem e acesse a versão compacta do II Plano 
Nacional de Políticas para as Mulheres O PNPM II lançado em 
2008 deu-se como resultado da II Conferência Nacional de 
Políticas para as Mulheres, realizada em 2007. Da conferência 
Nacional Participaram 18 órgãos da administração pública 
federal e representantes de mecanismos governamentais 
estaduais e municipais de políticas para as mulheres e do 
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Este plano é 
mais sofisticado que o primeiro já que considera resultados 
e aprofundamento de implementação de políticas Públicas 
paras as Mulheres contando com 94 metas, 56 prioridades 
e 388 ações distribuídas em 11 grandes áreas de atuação.
Último Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 
Clique na imagem para acessar
Clique na imagem e acessar
O I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres foi construído 
em 2005 com base nos resultados da I Conferência Nacional 
de Políticas para as Mulheres incorporando a perspectiva de 
gênero e raça nas políticas públicas para o enfrentando as 
desigualdades entre homens e mulheres, negros e negras, 
no contexto do projeto político de gestão governamental. O 
processo de elaboração do plano contou com a participação 
de representantes dos poderes executivos estaduais e 
municipais, diversos ministérios e secretarias especiais, além 
de organizações de mulheres e feministas.O PNPM está 
estruturado em 4 áreas estratégicas de atuação: 
• Autonomia, igualdade no mundo do trabalho e cidadania;
• Educação inclusiva e não sexista; saúde das mulheres,
• Direitos sexuais e direitos reprodutivos;
• Enfrentamentoà violência contra as mulheres
I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/politicas-publicas/pnpm/i-pnpm/I%20PNPM_versao%20compacta.pdf
http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/politicas-publicas/pnpm/comite-de-monitoramento-do-ii-pnpm/II%20PNPM%20-%20versao%20compacta.pdf
http://www.compromissoeatitude.org.br/wp-content/uploads/2012/08/SPM_PNPM_2013.pdf
E NO BRASIL? 
O dados do nosso boletim estão organizados do nas seguintes dimensões:
• Participação e Representação política
• Trabalho e Renda
• Educação
• Saúde e Enfrentamento à Violência de Gênero
1. Estrutura Demográfica
DADOS 
Para refletirmos sobre a igualdade de gênero no 
Brasil selecionamos alguns dados estatísticos 
de gênero. A principal fonte de dados foi o 
Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 
2014 (RASEAM)
Também utilizamos dados do CEPAL e do SNIG, 
Sistema de informações de gênero do IBGE. 
Muitos dos dados selecionados mostram que 
as constatações diárias que realizamos ao 
observarmos a sociedade em suas relações 
de gênero, são numericamente comprovadas 
através de pesquisas. Esse tipo de informação é 
importante para dimensionarmos a desigualdade 
entre homens e mulheres e somam argumentos 
na luta por ampliação de direitos das mulheres. 
Alguns desses dados apresentam a comparação 
entre homens e mulheres. De qualquer maneira, 
gostaríamos de chamar atenção para os 
gráficos que além da comparação de gênero, 
comparam também raça ou cor e população 
urbana e rural. Esses gráficos mostram a 
complexidade da questão de gênero as 
diferenças materiais entre as mulheres. Essa 
questão é fundamental para pensarmos a 
igualdade de gênero, já que os números que 
abarcam mulheres de maneira geral podem 
diluir desigualdades profundas. 
Quer 
entender 
melhor o 
que são 
dados 
estatísticos 
de gênero? 
Veja o 
vídeo.
Estrutura Demográfica
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Distrubuição percentual da população residente 51,3 48,7 2012 PNAD 2,1
Esperança de vida ao nascer (em anos) 78,2 70,9 2012 PNAD 2,3
Taxa de Fecundidade total (filhas/os por mulher 
em idade reprodutiva)
1,7 - 2014
Projeção da população 
do Brasil para o período 
2000-2060 / IBGE
2,4
Proporção percentual de mulheres de 15 a 19 anis 
de idade com filhas/osnascidas/osvivas/os
10,4 - 2012 PNAD 2,7
Distribuição percentual da chefia familia 38,1 61,9 2012 PNAD 2,11 e 2,12
Proporção percentual e mulheres / homens 
chefes de familia sem cônjurge com filhas/os
42,7 3,5 2012 PNAD 2,11 e 2,12
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
http://www.spm.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/livro-raseam_completo.pdf_
https://www.youtube.com/watch?v=xMIiMNI6iGU
https://www.youtube.com/watch?v=xMIiMNI6iGU
http://www.spm.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/livro-raseam_completo.pdf
Trabalho e Renda
2.
3.
Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Taxa de desocupação das pessoas de 16 a 59 anos de 
idade
64,2 86,2 2012 PNAD 3,1
Taxa de descocupação das pessoas de 16 a 59 anos de 
idade
8,4 4,7 2012 PNAD 3,3
Proporção percentual de pessoas de 16 anos de idade ou 
masi ocupados em trabalhos formais 
55,8 57,7 2012 PNAD 3,6
Proporção percentual de pessoas de 16 anos de idade ou 
mais ocupadas como trabalhandoras/es domésticas/os, 
com relação ao total da popoulação opcupada
14,7 0,9 2012 PNAD 3,11
Proporção percentual de pessoas de 16 anos de idade ou 
mais no setor agrícola ocupafas e sem remuneração
22,1 5,8 2012 PNAD 3,12
Rendimento-hora do trabalho principal da população 
ocupada de 16 anos de idade ou mais (em R$)
10,2 12,2 2012 PNAD
3,13 e 
3,14
Distribuição percentual das pessoas que recebem 
benefícias da Pevidência Social
56,8 43,2 2012 AEPS 3,15
Proporção percentual de mulheres de 16 anos ou mais 
de idade, com todas/os as/os filhas/os de 0 a 3 anis 
frequentando creche 
20,3 - 2012 PNAD 3,17
Distribuição percentual de pessoas de 16 anos de idade 
ou mais que realizam afarezes domésticos
67,2 32,8 2012 PNAD 3,19
Destacamos nessa tabela alguns dados que mostram desigualdades importantes entre homens e mulheres 
no brasil:
A proporção percentual de pessoas de 16 anos ou mais no setor agrícola ocupadas e sem remuneração 
é de 22% para as mulheres e 5,8% para os homens. 
A distribuição percentual de pessoas de 16 anos ou mais que realizam afazeres domésticos é de 67,2% 
para as mulheres e 32,8% para homens. A tabela mostra que 92,3% dos trabalhadores domésticos no 
Brasil são mulheres. 28,4% das mulheres ocupadas no trabalho doméstico possuem carteira assinada, 
sendo que entre os homens ocupados no trabalho doméstico 50% possuem carteira assinada.
Destacamos também que 23% das meninas de 10 a 15 estão anos ocupadas no trabalho doméstico. Entre 
os meninos da mesma idade o percentual é de 1,3%
Média de horas semanais gastas em afazeres domêsticos 
pelas pessoas ocupadas de 16 anos de idade ou mais (em 
horas)
20,8 10,0 2012 PNAD 3,21
Proporçnao percentual de familias com pessoa de 
referência do sexo feminino / masculinno com a renda 
familiar per capita de até 1/2 salário mínimo
26,4 22,8 2012 PNAD
3,27 e 
3,28
Distribuição percentual por sexo das/os beneficiárias do 
Programa Bolsa Familia 
55,9 44,1 2014 DataSocial 3,30
Distribuição percentual da população de 16 anos de idade 
ou mais ocupada no trabalho doméstico
92,3 7,7 2012 PNAD 3,32
Proporção percentual da população de 16 anos de idade 
ou mais ocupada no trabalho doméstico com carteira 
assinada
28,4 50,2 2012 PNAD 3,33
rendimento médio em todos os trabalhos da população 
de 16 anos ou mais de idade ocupada no trabalho 
doméstico (em R$)
579,81 848,45 2012 PNAD 3,36
Proporção percentual da populaç~åo de 10 a 15 anos de 
idade ocupada no setor agricola 29,6 49,9 2012 AEPS 3,38
Proproção percentual da populaç~åo de 10 a 15 anos de 
idade ocupada no trabalho deméstico
23,7 1,3 2012 PNAD 3,38
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
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2
0
12
4.
5.
Fonte: CEPAL
Repare que o último gráfico que mede a população rural sem ingresso 
dialoga com o dado destacado na primeira tabela que aponta o alto 
percentual de mulheres ocupadas em trabalho rural que não obtém 
remuneração.
1,6%
42,6%
25,4%
19,6%
10,8%
Distribuição percentual das pessoas de 25 anos ou mais de idade ocupadas em 
cargos de direção. Por sexo e cor ou raça - Brasil - 2012
Homens brancos
Homens negros
Mulheres brancas
Mulheres negras
Outras/os
Fonte: IBGE, pesquisa Nacional por Amostra de Domicilos, 2012.
0
10
20
30
2
0
0
3
18
,6
3
7,
0
3
3
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,5
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17
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16
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16
,5
16
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15
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15
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15
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15
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13
População urbana sem ingressos próprios 
por sexo - 2003 a 2013 (em porcentagem)
População rural sem ingressos próprios por 
sexo - 2003 a 2013 (em porcentagem)
Mulheres Homens Mulheres Homens
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19
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19
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13
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Abril e Maio de 2016
http://www.cepal.org/oig/WS/getCountryProfile.asp?language=spanish&country=BRA
6. Distruibição percentual da população ocupada de 16 anos ou mais de idade no 
trabalho doméstico, por posse de carteira assinada e sexo - Brasil - 2012
Homens
Mulheres 28,4 71,6
49,850,2
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Com Carteira Sem Carteira
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amotra de Domicilios, 2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amotra de Domicilios, 2012
7.
Branca NegraOutra
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro - 
Oeste
0% 20% 40% 60% 80% 100%10% 30% 50% 70% 90%
Distruibição das mulheres 16 anos ou mais de idade ocupadas no trabalho 
doméstico, por cor ou raça - Grandes Regiões - 2012
36,1
17,2
20,4
29,7
28,2
65,1
63,4
81,7 
79,2
60,0
71,0
34,3
0,5
1,1 
0,4
0,3
0,8
0,6
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
Note que além das 
mulheres trabalharem 
mais em afazeres 
domésticos, trabalham 
mais horas no total 
chegando a quase 
60 horas semanais 
no meio urbano. Esse 
dado é importante para 
desconstruir a idea de 
que os homens trabalham 
mais. Trabalham mais 
horas no trabalho 
principal, porém ao 
somarmos as horas gastas 
com o trabalho principal 
e as horas gastas com 
afazeres domésticos as 
mulheres trabalham mais 
horas.
Trabalho pricipal Afazeres domêsticos
Total
Total
Urbano
Urbano
Rural
Rural
0% 20% 40% 60%10% 30% 50%
8. Média de horas semanais trabalhafas no trabalho pricipal e média de horas gastas em
afazeres domésticos pelas pessoas de 16 anis ou mais de idade ocupadas na semana de
referência. Por sexo, sgundo a situação do domicílio - Brasil - 2012
35,1
37,1
27,1
41,8
39,2
42,3
20,8
20,0
26,3
10,0
10,1
9,9
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amotra de Domicilios, 2012
9. Proporção das famílias com mulheres responsáveis, nas famílias únicas e conviventes
principais em domicilios particulares, segundo a cor ou raça do responsável pela família,
o tipo de composição familiar, as classes de rendimento nominal mensal familiar per
capita e a presença de filho/enteado de 0 a 5 anos de idade na família. Brasil 2010
Branca
Total
38,7
Preta ou parda
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Casal sem filho
Casal com filho
Responsável sem 
cônjuge com folho(s)
Até 1/2 salário 
mínimo per capita 
Mais de 2 salários 
mínimos per capita 
Presença de filho/enteado 
de 0 a 5 anos de idade
41,2
26,9
37,3
39,3
24,8
35,6
37,4
21,4
23,8
25,3
15,8
22,7
23,9
16,4
87,4
88,3
78,3
40,8
46,4
26,0
32,7
33,2
17,1
30,3
32,2
20,8
Urbano
Rural
Total
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Abril e Maio de 2016
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10.
11.
Observe como as mulheres são maioria em profissões da área de Educação, Saúde 
e Bem Estar Social. Destaca-se a importancia social dessas profissões no contexto 
brasileiro com conta com educação e saúde universais.
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
12.
13.
17,5%
9,4%
22,9%
42,7%
7,3%
Distribuição percentual das famílias com pessoa de referência do sexo feminino 
por tipo de família - Brasil - 2012
Distribuição percentual da população ocupada com 25 anos ou mais de idade, 
por níval de intrução, segundo o sexo e entre as mulheres - Brasil - 2010
Unipessoal
Casal com filhas/os
Casal sem filha/os
Mulheres sem conjuge com filhas/os
Outros
Fonte: IBGE, pesquisa Nacional por Amostra de Domicilos, 2012.
Superíor completo Fundamental completo e médio incompleto
Médio completo e superior incompleto Sem intrução e fundamental incompleto
Total
40,9% 45,5% 34,8% 28,2% 42,5%
15,5%
16%
10%
14,2%
16%
28,8%
27,1%
31%
31,6%
30,4%
14,8% 11,5%
19,2%
26%
11,2%
Homens Mulheres Mulheres 
brancas 
Mulheres 
pretas ou 
pardas 
E no Brasil? 
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Para pensar a autonomia econômica da mulher leia: 
Severinas, as novas mulheres do sertão, por Eliza Capai, para A Pública. 
“Titulares do Bolsa Família, as sertanejas estão começando a transformar seus 
papéis na família e na sociedade do interior do Piauí e se libertando da servidão ao 
homem, milenar como a miséria” 
Participação e Representação Política14.
Fonte: A Pública 
Mulheres em espaços de poder e decisão
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Distrubuição percentual de eleitoras/es 
incritas/os
52,1 47,9 2014 TSE 7,1
Distrubuição percentualde deputadas/os 
federais em exercício
8,8 91,2 2014
Câmara dos 
Deputados
7,2
Distrubuição percentual de senadores/es em 
exercício
12,3 87,7 2014 Senado Federal 7,2
Mulheres em espaços de poder e decisão
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Distrubuição percentual de gorvernadoras/es 
estaduais e do Distrito Federal em exercício
7,4 92,6 2014
Governadores 
estaduais e do 
Distrito Federal
7,2
Distrubuição percentual de servidoras/es 
ocupantes de DAS
43,0 57,0 2014
Ministério do 
Planejamento
7,4
Distrubuição percentual de Ministras/os dos 
Tribunais Superiores
18,7 81,3 2014 TSE 7,16
Distrubuição percentual de pessoas em cargos 
de direção das centrais sindicais
28,9 71,1 2014 Centrais Sindicais 7,19
Distrubuição percentual de pessoas de 25 anos 
ou mais de idade ocupadas em cargos de direção
36,8 63,2 2012 PNAD 7,22
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http://apublica.org/2013/08/severinas-novas-mulheres-sertao/)
http://apublica.org/2013/08/severinas-novas-mulheres-sertao/
http://apublica.org/2013/08/severinas-novas-mulheres-sertao/)
Leia na íntegra: Câmara dos Deputados: 71% de representação de homens 
brancos e baixa representação de mulheres negras 
Veja também: 
• Quem são as Mulheres negras na Política?
Publicado no portal Geledés
• 13 mulheres negras brasileiras de destaque na política,
publicado por portal Geledés
• Você Conhece a história da primeira deputada negra do Brasil?
Para pensarmos a participação das mulheres negras na elaboração de
políticas públicas: “A Fogueira está armada para nós”, por Adrea Dip e Anna
Beatriz Anjos para A Pública via CEERT.
15.
Fonte: Agência Patrícia Galvão, 2014
71%
15%
3,5%
0,6%
8,3%
1,6%
Composição da Câmara por cor da pele e sexo
E no Brasil? 
Homens Brancos
Homens Pretos
Homens Pardos
Mulheres Brancas
Mulheres Pardas
Mulheres Pretas
Abril e Maio de 2016
http://agenciapatriciagalvao.org.br/politica/mulher-negra-e-pobre-esta-excluida-debate-politico-congresso-nacional/
http://www.geledes.org.br/quem-sao-as-mulheres-negras-na-politica/
http://arquivo.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/17342-13-mulheres-negras-brasileiras-de-destaque-na-politica
http://www.ceert.org.br/noticias/historia-cultura-arte/9474/voce-conhece-a-historia-da-primeira-deputada-negra-do-brasil
Leia na íntegra: Assembleias de todo o País terão 26 mulheres a menos
Leia na íntegra: Eleições 2014: Como é a participação da mulher brasileira na política? 
ÚLTIMAS ELEIÇÕES
16.
17. 18.
19. 20.
Fonte para 18, 19 e 20: Agência Patrícia Galvão, 2014 Fonte: DataSenado, 2014 
4
888
333333
2
1
2
4444
5
666
55
2010 2014
5
44444
3
44
555
9
7
1010
9
7
1212
8
77
22222
1
2
TOAPPAAM RRACROSEALMARNCEPEPBDFPIGOMSMTMGSPRJBAESPRSCRS
AP DF SE AC CE ES PI RJ RS MS PA RO TO 
TOTAL AMMTPRMGALRNRRPBGOSCPESPBA
33,3 20,8 16,7 16,7 15,2 14,3 13,3 13,3 12,8 12,7 12,5 12,5 12,5 12,5
11,44,24,25,56,57,48,38,38,39,71010,210,611,1
Mulher na Política
Participado feminino nas assembleias diminiu na maior parte do país
Presença feminia nas assembleias
MA
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
8 de 24
7 de 63 10 de 94 5 de 49 4 de 40 4 de 41 3 de 36
4 de 305 de 24 4 de 24 4 de 24 7 de 46 6 de 42 4 de 30
2 de 24 2 de 24
9 de 70
7 de 55
7 de 55
2 de 77
3 de 24
3 de 243 de 24
3 de 24
3 de 24
3 de 24 3 de 24
119 de 
1,042
Assembleias 
terão menos 
mulheres
17 4 5Mantiveram número de 
deputadas
Terão mais 
representantes 
femininas
http://agenciapatriciagalvao.org.br/politica/assembleias-de-todo-o-pais-terao-26-mulheres-menos/
http://agenciapatriciagalvao.org.br/politica/eleicoes-2014-como-e-participacao-da-mulher-brasileira-na-politica/
http://www12.senado.gov.br/institucional/procuradoria/pesquisa/cartilha-mulheres-na-politica
Reforma Política e Representatividade Feminina
Veja a Entrevistacom a professora mestra em ciência política Raquel Boing Marinucci 
que explica que “o Brasil já tem tentando, a partir de políticas de cotas, melhorar esse 
quantitativo”. Ela disse que as mulheres constituem mais da metade da população brasileir
Clique na Imagem para ver a entrevista:
Educação 
21.
Educação para a Igualdade e Cidadania
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Taxa de alfabetização de pessoas de 50 anos 
de idade ou mais
81,0 81,9 2012 PNAD 4,1
Taxa de frequência bruta à creche das 
crianças de 0 a 3 anos de idade
21,2 21,1 2012 PNAD 4,4
Taxa de frequência bruta à pré-escola das 
crianças de 4 e 5 anos de idade
78,4 77,9 2012 PNAD 4,4
Taxa de frequência líquida das pessoas de 6 a 
14 anos de idade 
92,4 92,6 2012 PNAD 4,5
Taxa de frequência líquida das pessoas de 15 
a 17 anos de idade 
59,8 48,4 2012 PNAD 4,5
Taxa de frequência líquida das pessoas de 18 
a 24 anos de idade
17,4 12,9 2012 PNAD 4,5
Distribuição percentual das pessoas 
concluintes de cursos profissionalizantes
54,5 45,5 2012
Censo Escolar / 
INEP 4,14
Distribuição percentual das pessoas 
concluintes de cursos de graduação do 
ensino superior
61,2 38,8 2012
Censo do Ensino 
Superior / INEP 4.15
Distribuição percentual de bolsas-ano 
concedidas pelo CNPq no país
50,5 49,5 2012 CNPq 4,20
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
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22.
23.
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79,6
88,1
69,4 69,4
78,8
55,4
87,8
93,7
82,2 80,6
89,1
70,8 71,1
82,2
57,6
94,0
83,7
50 a 59 anos 50 a 59 anos60 a 69 anos 60 a 69 anos
Mulheres Homens
70 anos 
ou mais
70 anos 
ou mais
Taxa de alfabetização, por sexo e cor ou raça, segundo os grupos de idade - Brasil - 2012
Desenvolvimento 
educacional e social
Produção 
aliementícia
Produção 
cultural e design
Ambiente e Saúde
Infraestrutura
Turismo, 
hospitalidade e lazer
Recursos 
naturais 
Informação e 
communicação
Controle e 
processos 
industriais
Militar
Mulheres Homens
0% 20% 40% 60%10% 30% 50%
Distribuição percentual por sexo das matrículas em cursos 
profissionalizantes, segundo a grande área - Brasil - 2012
83,4
82,0
73,0
67,3
40,3
39,3
37,7
19,4
8,8 91,2
66,8
16,6
18,0
27,0
32,7
59,7
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62,3
80,6
33,2
E no Brasil? 
Abril e Maio de 2016
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Saúde e Enfrentamento à Violência 
24.
25.
25.
E no Brasil? 
Educação para a Igualdade e Cidadania
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Proporção percentual de mulheres de 15 a 49 anos de 
idade que utilizam algum método anticonceptivo 
67,8 - 2006 PNDS/MS 5,1
Proporção percentual de nascidas/os vivas/os cujas mães 
eram menores de 19 anos de idade 
19,3 - 2012 SINASC/MS 5,2
Proporção percentual de nascidas/os vivas/os cujas mães 
tiveram 7 ou mais consultas de atendimento pré-natal
62,4 - 2012 SINASC/MS 5,3
Proporção percentual de nescidas/os vivas/os por parto 
cesáreo
55,7 - 2012 SINASC/MS 5,6
Variação relativa de nascidades/os vivas/os por parto 
cesáreo
+46,2% - 2000-2012 SINASC/MS 5,7
Razão de mortalidade materna (RMM) (por 100.000 
nascidas/os vivas/os)
63,9 - 2011 SIM/MS 5,10
Proporção percentual da mortalidade materna 
por causas obstétricas diretas
por causes obstétricas indiretas
66,0
30,9
- 2012 SIM/MS 5,11
Pesssoas residentes em domicílios particulares 
permanentes com saneamento adequando
59,9 57,6 2012 PNAD/IBGE 5,16
Prevalêcia de consumo absusivo de álcool (%)
10
10,3 27,9 2012 VIGITEL/MS 5,17
Prevalêcia (%) 
de diabete melito
 11
de hipertensão arterial
 12
12,2
26,9
11,0
21,3
2012 VIGITEL/MS 5,22
Taxa de internação no Sistema Único de Saúde - SUS, por 
causas externas (por 10.000 mulheres)
30,0 73,9 2012 SIH/SUS/MS 5,24
Taxa de incidência anual de neoplasias malignas 
especificas em mulheres (por 10.000 mulheres)
13
Neoplasias malignas da pele
Mama
Colo do útero
Cólon, junç~åo retossigmóide, reto e ânus
Pulmão, traquéia e brônquios
71,3
52,5
17,5
15,9
10,1
- 2012-2013 Inca/MS 5,25
Saúde integral, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Taxa padronizada de mortalidade (por 100,000 
mulheres)
por causas obstétricas diretas
por causes obstétricas indiretas
12,9
5,0
- 2012 SIM/MS 5,28
Distribuição percentual dos casos novos de AIDS 36,7 63,3 2012
Programa de 
DST/Aids/MS 5,31
Taxa de incidência de AIDS (por 100,000 habitantes) 14,5 26,1 2012
Programa de 
DST/Aids/MS 5,32
Proporção percentual de casos de AIDS por transmissão 
sexual 
95,0 93,1 2012
Programa de 
DST/Aids/MS 5,35
Taxa de mortalidade específica, por 100,000 habitantes, 
de AIDS
4,1 7,8 2012 SIM/MS 5,36
Taxa padronizada de mortalidade (por 10.000 
habitantes)
de doenças cerebrovasculares
de doenças isquêmicas do coração
de diabete melito
de doenças hipertensivas
de insuficiência cardíaca
46,9
41,2
30,0
22,7
15,0
48,8
58,6
24,1
20,5
14,9
2012 SIM/MS
5,41 e 
5,42
Abril e Maio de 2016
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27.
26.
E no Brasil? 
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50.0%
60.0%
70.0%
80.0%
Proporção de nascidas/os vivas/os cujas mães tiveram sete ou mais 
consultas durante o pré-natal, por cor ou raça da mãe - Brasil - 2012
Indígena
24,3
54,8 56,4
68,3
74,9
62,4
Parda Preta Amarela Branca Total F
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3,2%
30,9%
66,0%
Causes Obstétricas Indiretas
Causas Obstétricas Diretas:
Causas Obstétricas Não Especificadas
Aborto
Hemorragia
Hipertensão
Infecção puerperal
Outras causas obstétricas diretas
21,9%
7,0%
20,6%
12,1%
4,4%
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Negra
Indígena
Amarela
Branca35,6% 62,8%
1,4%
0,2%
Distribuição percentual da mortalidade materna por tipo de causa 
obstétrica e por tipo de causa obstétrica direta - Brasil - 2012
28. Distribuição percentual da
mortalidade materna por cor
ou raça - Brasil - 2012
Abril e Maio de 2016
29.
30.
E no Brasil? 
Martalidade, distribuição percentual, por sexo, segundo grupo de causas - Brasil, 2011
Grupo de Causas
Distribuição (%)
Total Mulheres Homens
Doenças infecciosas e parasitárias 4,5 4,4 4,6
Neoplasias 16,9 18,2 15,9
Doenças do aparelho circulatório 30,7 34,0 28,2
Doenças do aparelho respiratório 11,6 12,8 10,7
Afecções originadas no período perinatal 2,1 2,1 2,1
Causas esternas 13,3 5,5 19,3
Demais causas definidas 20,8 22,9 19,9
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Ignorado
Indígena
Amarela
Branca
Preta
49% 34%
11%
5%
1%
0%
Branca Preta Amarela Parda Indígena Ignorado
Hipertensão 17,4 22,7 0 20,9 13 18,3
Hemorragia 11,4 8,7 33,3 11,9 17,4 12,7
Infecção puerperal 6,9 7 33,3 7,1 13 7
Aborto 2,8 8,1 0 4,7 4,3 2,8
DCV - GPP 8,8 5,2 0 6,2 0 11,3
Outras Causas 52,7 48,3 33,4 49,2 52,3 47,9
Outras Causas 52,7 48,3 33,4 49,2 52,3 47,9
Total Obitos 
Maternos (n)
534 172 3 780 23 71
Óbitos maternos segundo raça cor e causas de mortalidade - Brasil, 2012
Abril e Maio de 2016
Enfrentamento da Violência
31.
32.
E no Brasil? 
Enfrentamento de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Proporção percentual de relatos de violência física 
contra a mulher 
54,2 - 2013
Ligue 180/
SPM
6,1
Proporção percentual de relatos de violência contra 
a mulher praticada por companheiro/a ou ex-
companheiro/a
81,8 - 2013
Ligue 180/
SPM
6,7
Proporção percentual de mulheres em situação de 
violência com filhas/os
82,4 - 2013
Ligue 180/
SPM
6,10
Proporção percentual de filhas/os de mulheres em 
situação de violência que presenciam ou sofrem 
violência
83,1 - 2013
Ligue 180/
SPM
6,12
Distribuição percentual de registros de violências 
deméstica, sexual e/ou outras violências
65,8 - 2000-2012 SINASC/MS 6,13
Distribuição percentual de registros de violências 
doméstica, sexual e/ou outras violências, cujo agressor 
era do sexo masculino
82,0 18,0 2012 SINASC/MS 6,14
Distribuição percentual de registros de violências 
doméstica, sexual e/ou outras violênciasem que se 
suspeita o uso de álcool pelo/a agressor/a
82,9 17,1 2012 SINASC/MS 6,15
As estimativas do INCA são feitas cada 2 anos, em função da estabilidade da ocorrência, com pouca variação anual; portanto, a taxa de incidência calculada é 
anual e os valores apresentados na tabela são válidos para o ano de 2012 e para o ano de 2013. A taxa apresentada para neoplasias malignas da pele exclui a taxa 
de incindência de melanoma maligno da pele. 
Enfrentamento de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres
Indicadores Mulheres Homens Ano Fonte Tabela
Proporção percentual dos casos de violência de 
repetição de violências doméstica, sexual e outras 
violências contra mulheres adultas. de 20 a 59 de idade
40,8 - 2012
Viva 
Contínuo/MS
6,20
Proporção percentual de agressão física nos casos de 
violências doméstica, sexual e/ou outras violências
79,2 20,8 2012
Viva 
Contínuo/MS
6,22
Taxa padronizada de mortalidade por homicídio (por 
100,000 habitantes)
4,6 51,0 2012 SIM/MS 6,26
Proporção percentual de escolares frequentando o 9º 
ano do ensino fundamental que, nos 30 dias anteriores 
à pesquisa, foram agredidas/os fisicamente por uma 
pessoa adulta da família
11,5 9,6 2012 PeNSE/IBGE 6,33
Taxa de ocupação de mulheres no sistema penitenciário 
brasileiro
1,3 - 2013 InfoPen/MJ 6,5
Proporção percentual da população carcerária que 
cometeu/tentou crimes contra a pessoa
33,7 40,5 2013 InfoPen/MJ 6,40
Abril e Maio de 2016
Fonte: RASEAM 2014
33.
34.
35.
E no Brasil? 
Serviços exclusivos de atendimento às mulheres em situação de violência
Indicadores Total Ano Fonte Tabela
Número de Delgacias Especializadas no Atendimento à Mulher 421
2013
ESTADIC/
BGE
6,42
Número de Núcleos especualizados em delegacias comuns 110
Número de Núcleos Especualizados da Mulher em Defesorias 
Públicas
53
2013
ESTADIC/
BGE
6,43
Número de Juizados ou varas especiais de violência doméstica e 
familiar contra a mulher
85
Número de Serviços de saúde especializados para o atendimento dos 
casos de violência contra a mulher
128
2013
ESTADIC/
BGE
6,44
Número de Institutos Médico-Legal 288
Número de Centros Especualizados de Atendimento à Mulher em 
Situação de Violência-CEAM
172
2013
ESTADIC/
BGE
6,45
Número de Casas-Abrigo 22
Companheiro
Pessoa do convívo interpessoal
Pessoa do convívo de trabalho
Pessoas desconhecidas
Outros
Ex-companheiro
Famíliares
Distribuição percentual dos 
relatos de violência contra 
a mulher, segundo o tipo de 
violência - 2013
Distribuição percentual dos 
relatos de violência contra a 
mulher, segundo a relação do 
agressor com a vítima - 2013
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Fonte: Central de Antendimento à Mulher - Ligue 180, 2013. 
Obsevação: Na categoria “companheira/o” estão agregados as 
demais categorias de relacionamento afetivo, como cônjuge, 
namorada/o e amante. Da mesma forma, na categoria “ex-
companheira/o” foram agregados ex-conjuges, ex-namoradas/os 
e ex-amantes. Na categoria “famíliares” estão incluidas/os filhas/
os, irmã/o, parentes, pai, mãe, cunhada/o, padastro, madastra 
e sogra/o. “Pessoas de convivo interpessoal” referem-se a 
amiga/o, vizinha/o e conhecida/o. Já a categoria “pessoas de 
convivio de trabalho” inclui chefa/e e colega de trabalho. 
30,3%
54,2%
10,4%
1,9%
1,7%
0,9%
0,5%
Violência física
Violência patrimonial
Violência sexual
Cárcere privado
Tráfico de pessoas
Violência psicológica
Violência moral
19,0%
62,8%
13,7%
10,2%
0,4%
1,1%
2,9%
Abril e Maio de 2016
Para concluir essa edição do boletim, gostaríamos 
de apresentar alguns pontos de destaque discutidos 
pela nossa equipe sobre o contexto de revindicações 
das mulheres e atenção jurídica dedicada à elas.
Igualdade de Gênero e 
Equidade de Gênero
Entendemos que o uso do conceito de Igualdade 
de Gênero, necessita atenção já que vem sendo 
amplamente utilizado para comparar a experiência 
e as oportunidades de homens e mulheres como 
também no âmbito de revindicação por direitos e 
garantias para mulheres.
Como vimos nesta edição, a ideia de igualdade 
muitas vezes está associada ao viés econômico e 
ao acesso das mulheres a equipamentos e políticas 
públicas. Gostaríamos de registrar que mesmo que 
as dimensões (economia, participação política, 
saúde e educação) apresentadas pelo Índice Globa 
de Igualdade de Gênero são, sem dúvida nenhuma, 
relevantes para a melhoria na qualidade de vida 
das mulheres ao redor do mundo. Em que pese a 
promoção do acesso às dimensões citadas pelos 
índices promovam o equilíbrio de poderes entre 
homens e mulheres, é necessário atentar para 
outros aspectos culturais extremamente arraigados 
em nossa sociedade que impedem não apenas o 
acesso de mulheres aos equipamentos públicos e 
o exercício de seus direitos, mas também impedem
o reconhecimento da mulher como detentora dos
mesmos direitos que os homens, além da negação
das necessidades específicas das mulheres e entre
mulheres. Nesse sentido atentamos para o fato
de que as mudanças em relação ao ampliaçao e
exercício de direitos e acesso as mulheres às políticas
públicas, também passam pelo reconhecimento
social da mulher como sujeito político. pleno de
direitos.
A transformação da cultura patriarcal em um cultura 
igualitária, equilibrada, necessita a relativização 
e desconstrução do poder centrado na figura 
masculina pela sociedade como um todo. Essa 
transformação cultural será potencializada pelo 
acesso às dimensões elencadas pelo índice já que 
empoderam mulheres, porém o acesso em si não 
garante a transformação estrutural da sociedade 
machista.
Ainda tendo em vista a concentração de poder no 
gênero masculino, gostaríamos de destacar também 
a importância da ideia de equidade. Como vimos 
o conceito de equidadereconhece equilíbrio entre
entes, considerando as especificidades de cada
um. Nesse sentido é importante notar que tanto
a garantia e quanto a ampliação do acesso das
mulheres a oportunidades devem ser modelados
levando-se em conta as necessidades comuns aos
homens e específicas do gênero femenino. Por
exemplo, além de salário igual, distribuição das
tarefas domésticas para equilibrar horas diárias
trabalhadas, as mulheres necessitam garantias de
poder deixar os filhos em local seguro e responsável
enquanto trabalham. Necessitam também um
regime laboral que atenda às incumbências da
maternidade que lhe recaem, como por exemplo,
amamentar. A mesma garantia deve existir para
a permanência estudantil de mulheres mães. Em
relação à saúde, mulheres necessitam atendimento
e recursos diferentes dos homens, e principalmente
de políticas que promovam a historicamente tutelada
autonomia sobre seus corpos. Quanto a participação
política é necessário que além de garantir através
de políticas afirmativas a participação das mulheres,
que todo tipo de discriminação ou intimidação
contra as parlamentares seja repudiado, semeando
o equilíbrio de poderes em âmbito institucional.
A mesma relação deve-se estabelecer em âmbito
privado e no mercado de trabalho.
É por considerar as diferenças de cada parte 
envolvida nas relações sociais entre as quais se 
estabelece comparação que a equidade nos remete 
também a ideia de justiça, já que prevê a distribuição 
igualitária de poderes e recursos sensível às 
especificidades de cada parte, promovendo o 
equilibrio não entre iguais, mas entre diferentes. 
Nesse sentido o Observatóri@ continuará sua 
pesquisa buscando aprofundar-se nesse conceito, 
bem como encontrar ações e políticas afirmativas 
voltadas para as mulheres que promovam a 
equidade e a redistribuição de recursos e poderes 
sociais entre homens e mulheres.
A ideia de equidade parece ser adequada também 
para o tratamento das questões específicas 
da população transgênero. Se reconhecidas as 
especificidades desse grupo de mulheres, é possível 
aprofundar políticas que promovam seu acesso 
Opinião FFC
Abril e Maio de 2016
ao mercado de trabalho, à saúde, educação e 
participação política. Mesmo assim, sabemos que 
a transfobia é uma realidade, sendo necessária a 
transformação da cultura machista transfóbica em 
direção ao reconhecimento social dessas mulheres 
como detentoras de direito pleno. Este Observatóri@ 
também seguirá pesquisando e divulgando ações 
e políticas representativas para as mulheres trans, 
divulgando e questionando a concentração de 
poder e os privilégios das pessoas cisgêneros.
Dados Estatísticos de 
Gênero no Brasil
Outro destaque dessa edição foi a apresentação 
de dados estatísticos de gênero. Os dados 
apresentados mostram um contexto social desigual 
e complexo. No que se refere à participação das 
mulheres na política, os dados mostram que mesmo 
que as mulheres representem pouco mais da 
metade do eleitorado, ainda é baixa a participação 
e permanência das mulheres âmbito parlamentar. 
Essa situação limita a ampliação dos direitos, 
facilmente verificável no contexto atual, onde o 
parlamento majoritariamente composto por homens 
legisla e promove políticas públicas que muitas 
vezes não atendem e ameaçam as necessidades e 
garantias de direitos para mulheres. Esse quadro 
dramático caracteriza a tutela masculina intrínseca à 
institucionalidade estatal e democrática deflagrando 
a violência de gênero estrutural, na filosofia do 
direito conceituada como androcentrismo No que 
se refere ao trabalho e a economia, são verificáveis 
diferenças salariais entre homens e mulheres, além 
da discrepância entre horas semanais trabalhadas. 
Os dados mostram a necessidade de políticas que 
equiparem a remuneração, bem como, ações que 
contribuam para o reconhecimento do trabalho 
doméstico como trabalho inerente à vida humana, 
não como tarefa natural das mulheres. 
Mas além das disparidades entre homens e mulheres 
os dados apresentados mostram que dentro da 
“categoria mulher”, existem fortes disparidades em 
todas as dimensões, reforçando o entendimento de 
que além da opressão de gênero sofrida por todas 
as mulheres, são grandes as desigualdades entre 
mulheres brancas, negras e indígenas. Também 
há desigualdades notórias entre as mulheres que 
vivem no meio urbano e rural.
Nesse sentido este Observatóri@ continuará a 
explorar e divulgar ações, políticas e revindicações 
de todos esses grupos, suas necessidades 
específicas, e revindicações oriundas de uma cultura 
machista e racista, historicamente construída e 
praticada. Os dados mostram que para além da 
desigualdade de gênero existem diversos eixos de 
opressão que tornam as experiências vividas pelas 
mulheres negras, brancas e indígenas brasileiras 
muito desiguais conforme apontam os dados sobre 
remuneração, educação e saúde. Este Observatório 
continuará buscando apresentar a perspectiva do 
feminismo interseccional, tema da 3ª edição do 
boletim, para difundir a luta das mulheres em sua 
diversidade e para sensibilizar outras mulheres de 
que a universalização de suas necessidades e/ou 
o não reconhecimento das desigualdades entre as
mulheres também oprime e silencia. Reconhecer
privilégios e desigualdades pode fortalecer as
análises de políticas públicas específicas para
as mulheres, como também pode aprofundar a
participação democrática no desenho dessas
políticas para que tenham impacto na vida de
TODAS.
A mesma perspectiva interseccional pode ser 
aplicada na instrumentação jurídica e no amparo 
legal dado às mulheres. Os dados apresentados, à 
luz das garantias e direitos constitucionais e legais 
desafiam a prática advocatícia a atuar junto às 
mulheres reconhecendo-as em suas particularidades 
de gênero, raça, classe social, sexualidade e 
identidade, oferecendo assim, atenção às mulheres 
em sua integralidade, com a oportunidade de 
fruição plena de seus direitos e contribuindo através 
da elaboração de teses modeladas caso a caso para 
a difusão de estratégias jurídicas baseadas nos 
princípios da equidade de gênero. 
Opinião FFC
Abril e Maio de 2016

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