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diagrama trevisi (2)

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Tó
pi
co
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sp
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1 Graduado em Odontologia, Especialista em Ortodontia.
2 Graduada em Odontologia, Mestre em Ortodontia.
Correspondência com o autor: hugo@trevisi.com.br 
Recebido para publicação: 09/08/2012
Aceito para publicação: 12/08/2012
Diagrama ortodôntico individualizado Trevisi
Trevisi individualized orthodontic arch form diagram
Hugo José Trevisi1
Renata Chicarelli Trevisi2
Resumo
As pesquisas sobre formas de arcos vêm demonstrando, desde o início do século 20, que um dos fatores 
para manter a estabilidade pós-tratamento ortodôntico é não alterar consideravelmente a forma do arco 
mandibular do paciente, a distância intercaninos e a distância intermolares. A proposta dessa investiga-
ção foi idealizar uma forma de arco ortodôntica ideal ao paciente, observando a forma original, anali-
sando a necessidade ou não de fazer algumas modificações, considerando a forma, o diâmetro anterior 
e o diâmetro posterior do arco mandibular. A recomendação é manter a forma do arco, caso este não 
apresente alterações significativas. A metodologia proposta é prática, sobrepondo os templates sobre o 
modelo de gesso inferior do paciente na região anterior pela vestibular de canino a canino e na região 
de molares no terço cervical, exatamente no sulco gengival. Uma vez selecionada a forma apropriada 
do arco ortodôntico ao paciente, confeccionar os arcos de aço sobre o diagrama apropriado que serão 
utilizados no final do alinhamento, na fase da biomecânica (fechamento de espaços) e na fase de detalhe 
e acabamento. 
Descritores: Estabilidade, templates, diagrama, oclusão.
Abstract
Research on arch form since the early 20th century has shown that a successful stability after orthodontic 
treatment can be achieved if the orthodontist refrains from significantly altering the patient’s mandibular 
arch form, intercanine width and intermolar width. Thus, this research aimed to devise an ideal archwire 
form for the patient about to undergo orthodontic treatment. An archwire form that could prove ideal 
for the patient based on his/her original dental arch form, while determining whether or not changes are 
required in light of the form, anterior diameter and posterior diameter of the mandibular dental arch. The 
author’s recommendation is that the patient’s original dental arch form be preserved, unless it has un-
dergone significant changes. The proposed methodology is straightforward. It consists in superimposing 
the templates buccally over the patient’s mandibular cast, from canine to canine, and in the molar region 
in the cervical third, precisely on the gingival sulcus.Once an arch form suitable to the patient has been 
found, the orthodontist can then proceed to produce - guided by the appropriate template - the steel 
archwires that will be used at the end of the alignment phase, in the biomechanics phase (space closure) 
and in the detailing and finishing phase. 
Descriptors: Stability, templates, diagram, occlusion.
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Figura 1 - Foto de um modelo de gesso com visão oclusal, escolhido para 
a pesquisa, o qual apresenta boa forma de arco, mínimo apinhamento ante-
rior, boa distância intercaninos, inter pré-molares e intermolares. A relação 
entre a linha do arco e borda Wala é boa, e a curva de Wilson está plana.
Figura 2 - Foto de um modelo de gesso selecionado para a pesquisa que 
apresenta uma boa curvatura anterior de canino a canino. 
Introdução
Com o desenvolvimento dos aparelhos pré-
-ajustados, surgiu a possibilidade de idealizar um 
diagrama ortodôntico apropriado aos pacientes, 
definindo as formas das arcadas dentárias.
Os in-out incorporados nos bráquetes pré-
-ajustados possibilitam idealizar formas de arcos 
sem a necessidade de introduzir dobras de primei-
ra ordem nos tratamentos ortodônticos1.
O sistema proposto pelos autores é definir 
um diagrama ortodôntico preservando as carac-
terísticas individuais de cada paciente a partir do 
formato triangular, oval ou quadrado e definir a 
curvatura anterior de canino a canino, a distância 
intercaninos, a distância intermolares e o períme-
tro do arco1.
Por meio deste sistema, o profissional poderá 
utilizar os arcos pré-formados de memória, “trian-
gular, oval ou quadrado”, na fase de alinhamen-
to e idealizar o diagrama apropriado ao paciente, 
confeccionando os arcos de aço na fase final de 
nivelamento, na fase de trabalho (fechamento de 
espaços) e na fase de detalhes e acabamentos8.
A pesquisa encontrou 48 formas de arcadas 
dentárias para as quais o profissional, por meio de 
templates, idealizará de forma simples e coorde-
nada o diagrama ideal ao paciente. 
Metodologia
Este trabalho foi obtido por um estudo de 120 
modelos de gesso da arcada dentária inferior de 
pacientes que se submeteriam a tratamento orto-
dôntico e, nos quais, na avaliação do autor, não 
havia alterações significativas nos segmentos de 
incisivos, de caninos, de pré-molares e de molares 
(Figura 1).
O primeiro estudo da pesquisa verificou a cur-
vatura do arco dentário de canino a canino, por 
meio das faces vestibulares dos dentes que, na 
continuidade dessa curvatura, concluía uma cir-
cunferência (Figura 2). 
Nessa investigação das curvaturas de arcos 
dos dentes anteriores foram obtidos os raios das 
circunferências e os modelos foram separados em 
grupos.
Foram encontradas oito curvaturas de canino 
a canino, com raios que variaram de 18 mm a 26 
mm, assim classificadas:
- Curvatura com raio de 18 mm: diagrama nú-
mero 1;
- Curvatura com raio de 19 mm: diagrama nú-
mero 2;
- Curvatura com raio de 20 mm: diagrama nú-
mero 3;
- Curvatura com raio de 21 mm: diagrama nú-
mero 4;
- Curvatura com raio de 22 mm: diagrama nú-
mero 5;
- Curvatura com raio de 23 mm: diagrama nú-
mero 6;
- Curvatura com raio de 24 mm: diagrama nú-
mero 7;
- Curvatura com raio de 26 mm: diagrama nú-
mero 8 (Figura 3).
Esses modelos foram divididos de acordo com 
a numeração, obtendo-se oito grupos separada-
mente. 
Orthodontic Science and Practice. 2012; 5(19):275-282.
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Figura 3 - Estudo das curvaturas anteriores de canino a canino. Foram 
encontradas oito curvaturas com raios que variaram de 18 mm a 25 mm e 
receberam numerações de 1 a 8. 
Figura 4 e 5 - As figuras mostram as tomadas das distâncias interprimeiros e segundos molares através das faces vestibulares no terço gengival das coroas 
clínicas.
O segundo estudo da pesquisa mediu indivi-
dualmente o diâmetro (largura) do arco mandibu-
lar na região de primeiros e segundos molares de 
cada grupo. Foram feitas as medidas de primeiro 
molar do lado direito ao primeiro molar do lado 
esquerdo na região cervical e repetido o procedi-
mento para os segundos molares.
Neste estudo, obtiveram-se várias distâncias, 
mas para efeito de idealização do diagrama, leva-
ram-se em consideração a máxima e a mínima dis-
tância encontrada para cada grupo (Figuras 4 e 5).
O terceiro estudo da pesquisa encontrou um 
ponto geométrico que, por meio de uma curva-
tura, unia as curvaturas dos dentes anteriores na 
região de caninos às larguras máximas e mínimas 
obtidas dos molares. Criaram-se mais quatro cur-
vaturas intermediárias entre a distância máxima e 
a mínima dos molares.
Essa curvatura que une a distal dos caninos 
à região dos molares define automaticamente as 
distâncias interprimeiros e segundos pré-molares 
(Figura 6).
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Figura 6 - Foram criados pontos geométricos (ponto X) que uniram a distal dos caninos ao diâmetro máximo e mínimo das distâncias intermolares dos grupos 
individualizados. Por meio desse ponto geométrico, idealizaram-se a curvatura e as formas dos arcos. Foram criadas mais quatros linhas intermediárias entre a 
máxima e mínima, totalizando seis aberturas posteriores para cada número de diagrama.
Figura 7 - Foi idealizada uma escala vertical na lateral dosarcos com objetivo de propiciar o perímetro (comprimento) do arco para facilitar a diagramação e o 
trabalho do profissional na boca do paciente.
O quarto estudo da pesquisa definiu o perí-
metro (comprimento) das arcadas dentárias infe-
riores e superiores a partir da vestibular dos inci-
sivos centrais até a distal dos segundos molares. 
Criou-se uma escala vertical lateral nos diagramas 
de modo que permite ao profissional confeccionar 
os arcos com o comprimento mais aproximado ao 
comprimento do arco dentário do paciente 
(Figura 7). 
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Figura 8 - A foto mostra a seleção do diagrama individualizado do paciente 
superpondo o template no modelo de gesso inferior. Primeiramente, verifica-
-se qual o número que melhor se adapta por meio das faces vestibulares de 
canino a canino. Escolhido o número, verifica-se qual letra melhor se adapta 
para abertura posterior intermolar que deverá ser no terço gengival das faces 
vestibulares. 
Figura 9 - A foto mostra o diagrama individualizado apropriado ao paciente 
que foi selecionado por meio dos templates.
Forma de utilização do diagrama e forma de 
confecção dos arcos individualizados ao pa-
ciente
A primeira fase para idealizar o diagrama apro-
priado ao paciente será realizar uma análise de-
talhada da arcada dentária do paciente por meio 
do modelo de gesso inferior7,8. Nessa avaliação, o 
profissional deverá verificar se existem alterações 
significativas da forma da arcada, da distância in-
tercaninos, da distância inter pré-molares e a dis-
tância intermolares3. Nessa avaliação, poderá ser 
considerada, também, a distância existente entre 
o ponto central das coroas clínicas e a borda Wala 
(Figura 1).
Caso a forma do arco dentário do paciente 
não apresente alguma alteração sagital transversal 
anterior ou posterior, o profissional deverá seguir 
a sequência de uso por meio dos templates (dia-
grama individualizado do paciente):
1°: Verificar no modelo inferior do paciente 
qual o diagrama que melhor se adapta pela vesti-
bular de canino a canino, representado pelos nú-
meros 1 a 8 (Figura 8);
2°: Depois de selecionado o número corres-
pondente que representa a curvatura anterior de 
canino a canino, verificar o diâmetro posterior que 
é representado pelas letras A, B, C, D, E, F. O diâ-
metro posterior deverá coincidir com o terço cer-
vical da face vestibular dos primeiros e segundos 
molares (Figura 8);
3°: Selecionar o diagrama apropriado ao pa-
ciente que encontra-se nas cartelas individuais de 
formas de arcos (Figura 9);
Figura 9 - A foto mostra o diagrama individu-
alizado apropriado ao paciente que foi seleciona-
do por meio dos templates.
4°: Verificar o perímetro (comprimento) do 
arco inferior observando a escala vertical, aumen-
tando 3 mm a partir da distal do primeiro ou se-
gundo molar e colocando a letra I dos lados direito 
e esquerdo no diagrama apropriado do paciente 
(Figura 10);
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Figura 12 - A foto mostra a confecção do arco de aço inferior sobre a linha do diagrama 
e a confecção do arco superior 2 mm maior em toda extensão em relação ao arco inferior.
Figura 10 - A foto mostra o diagrama apropriado ao paciente, foi colocado 
a letra I do lado direito e esquerdo, o que significa o perímetro (comprimento) 
do arco inferior do paciente, aumentando 3 mm a partir da distal dos primei-
ros ou segundos molares. 
Figura 11 - A foto mostra a superposição do template no modelo superior 
do paciente para verificar somente o comprimento do arco superior. Na Figu-
ra 10, mostra a letra S marcada nos lados direito e esquerdo, que representa 
o comprimento ideal do arco superior. 
4°: Verificar o perímetro (comprimento) do 
arco superior com o mesmo diagrama por meio da 
escala vertical, aumentando 3 mm a partir dos pri-
meiros ou segundos molares e colocando a letra S 
do lado direito e esquerdo no diagrama apropria-
do do paciente (Figuras 10 e 11);
Obs.: O diagrama individualizado não se adap-
ta ao modelo superior; esse procedimento deverá 
ser feito a fim de verificar o comprimento do arco 
para que seja confeccionado sem causar descon-
forto ao paciente. 
5°: Confeccionar o arco inferior sobre o dia-
grama escolhido e confeccionar o arco superior 2 
mm maior em relação ao arco inferior (Figura 12);
Obs.: Em casos de extrações de pré-molares, 
recomenda-se utilizar um diagrama com o núme-
ro maior na letra correspondente.
Seleção do diagrama individualizado em ca-
sos ortodônticos considerados atípicos
Em casos com fortes apinhamentos anteriores:
Em casos que existe muito apinhamento in-
ferior com desalinhamento das faces vestibulares 
dos incisivos e caninos, recomenda-se selecionar o 
diagrama por meio do rebordo alveolar inferior1. 
Caso não existam alterações significativas, o re-
bordo alveolar mantém a forma do arco mandibu-
lar do paciente (triangular, oval ou quadrada) e o 
diâmetro posterior (largura) dos molares na região 
cervical (Figura 13).
Em casos de atresia mandibular:
Em casos de arcos dentários atrésicos, reco-
menda-se selecionar um diagrama de tamanho 
maior para confecção dos arcos individualizados 
do paciente. Cinco pontos serão importantes na 
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Figura 13 - A foto mostra um modelo com forte apinhamento na região 
anterior. Aconselha-se a escolha do diagrama por meio do contorno anterior 
do rebordo alveolar. 
Figura 15 - A foto mostra um modelo que apresenta inclinação dos caninos 
e dos molares para lingual e não apresenta boa relação entre a linha do arco 
e a borda Wala na região de molares. Neste caso, recomenda-se expandir na 
região de caninos e na região de molares.
Figura 14 - Modelo de gesso de paciente que apresenta boa distância 
intercaninos com atresia da distância intermolares, com a curva de Wilson 
inclinada para lingual e a relação do arco com a borda Wala insatisfatória. 
Neste caso, recomenda-se idealizar um diagrama com o objetivo de definir 
as distâncias intermolares e manter a distância intercaninos.
seleção do diagrama: a) forma da arcada; b) 
distância intercaninos; c) distância intermolares; d) 
curva de Wilson e e) relação da forma do arco e a 
borda Wala. 
Nos casos em que os caninos não permitem 
expansão, selecionar um diagrama que possibilite 
a expansão somente na região posterior (Figura 
14). 
Nos casos em que os caninos permitem expan-
são, selecionar um diagrama que possa expandir 
na região anterior e posterior (Figura 15).
Casos com mordidas cruzadas posteriores
Aos pacientes que apresentam mordidas cru-
zadas posteriores ou aqueles que se submete-
rão à disjunção maxilar, recomenda-se utilizar o 
diagrama superior maior para manter os dentes 
posteriores descruzados no período do tratamen-
to corretivo. O arco dentário mandibular deve 
ser diagramado de acordo com o diagrama sele-
cionado e o arco superior deverá ser expandido. 
Na fase de utilização do arco retangular de aço, 
recomenda-se, após a expansão do arco superior, 
introduzir torque vestibular progressivo a partir da 
distal dos caninos até o último molar (Figura 16).
Figura 16 - Diagramação e coordenação entre os arcos inferiores e supe-
riores para um caso que apresenta mordida cruzada posterior ou foi subme-
tido a expansão ou disjunção maxilar. 
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Discussão
Visando a estabilidade pós-tratamentos orto-
dônticos, os autores pesquisados tinham a grande 
preocupação de estabelecer uma forma de arco 
ideal para todos os pacientes que iriam se sub-
meter a tratamentos ortodônticos1,3,4,5,6. Com os 
estudos pesquisados, verificou-se que todos os 
autores tinham como objetivo finalizar os trata-
mentos ortodônticos com a forma de arco o mais 
próximo possível da forma inicial do tratamento.
Analisando a evolução da ciência ortodônticade aparelhos pré-ajustados, definiram padrões mí-
nimos de arcos sem se preocupar com formas de 
arcos individualizados.
A partir das investigações, os autores pro-
põem trabalhar com os aparelhos pré-ajustados, 
utilizando arcos com boa elasticidade na fase de 
alinhamento e nivelamento e na fase de trabalho 
e detalhes de acabamentos, utilizar diagramação 
nos arcos de aços para restabelecer padrões de 
formas, diâmetro sagital anterior e posterior o 
mais próximo possível às formas dos arcos origi-
nais dos pacientes. 
 
Considerações finais
Para o sucesso do tratamento ortodôntico cor-
retivo, devem ser considerados os seguintes fato-
res6,9:
- Bom diagnóstico e plano de tratamento;
- Restabelecer a dinâmica funcional por meio 
da obtenção da oclusão em relação cêntrica, e os 
movimentos funcionais por meio das guias dos in-
cisivos e dos caninos;
- Conseguir um posicionamento anteroposte-
rior ideal dos incisivos inferiores com bom equilí-
brio muscular; 
- Determinar uma forma da arcada dentária 
ideal ao tratamento ortodôntico.
A experiência clínica de muitos anos vem de-
monstrando que a estabilidade em longo prazo 
obtida nos tratamentos ortodônticos está intima-
mente ligada a esses fatores relacionados.
Alterações desordenadas de formas de arcos 
dentários dos pacientes podem comprometer o 
tratamento, ocasionando recidivas das distâncias 
intermolares, inter pré-molares e intercaninos com 
apinhamento dos incisivos.
Desde 1979, o autor2,11, procura selecionar cri-
teriosamente a forma e o diâmetro do arco den-
tário aos pacientes, porque considera tal procedi-
mento um dos fatores primordiais para o sucesso 
do tratamento. 
Portanto, a proposta deste diagrama individu-
alizado atribui critérios científicos suficientes para 
estabilidade a longo prazo dos tratamentos orto-
dônticos.
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